(...) o regulador tem que lutar para que sua regra de divulgação não perca o seu significado, que é ajudar o investidor a tomar sua decisão de forma refletida. Em alguns casos, a publicação excessiva de informações em documentos como o prospecto de ofertas públicas acaba sendo usada mais como mecanismo de proteção de emissores e intermediários. (...)
A discussão do tema passa ainda pela adoção de outros canais para a publicação de informações, como a própria internet, a dinamização do sistema de divulgação de informações da CVM (empresas.Net), uso de infográficos e material visual para facilitar a vida do investidor.
Parece que esta discussão deveria ter ocorrido há dez anos
09 outubro 2017
Economia sempre foi comportamental
Eu não sei quem inventou esse nome economia comportamental, pois até onde sei os economistas sempre estudaram o comportamento humano. Cada área da economia usa uma ferramenta diferente para tentar modelar e prever o comportamento humano: matemática, estatística, pisicologia, história, computação, física e por aí vai. Então não faz sentido usar esse nome economia comportamental, pois tudo que os economistas estudam sempre foi comportamental. Adam Smith, um dos maiores filósofos e economistas de todos os tempos, escreveu este famoso trecho. que já tratava de economia "comportamental":
"Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter."
"Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que esperamos o nosso jantar, mas da consideração que ele têm pelos próprios interesses. Apelamos não à humanidade, mas ao amor-próprio, e nunca falamos de nossas necessidades, mas das vantagens que eles podem obter."
Nobel para pesquisa em psicologia econômica
Richard Thaler foi anunciado vencedor do prêmio Nobel de Economia. Thaler tem inúmeras pesquisas na área comportamental da economia.
Thaler se junta a Kahneman, que ganhou o prêmio anteriormente, em 2002. Outro grande nome da área comportamental da economia, Amos Tversky, não pode receber o prêmio pois faleceu em 1996.
Thaler nasceu em 1945 e colaborou com Kahneman em diversos trabalhos.
Thaler se junta a Kahneman, que ganhou o prêmio anteriormente, em 2002. Outro grande nome da área comportamental da economia, Amos Tversky, não pode receber o prêmio pois faleceu em 1996.
Thaler nasceu em 1945 e colaborou com Kahneman em diversos trabalhos.
08 outubro 2017
Fato da Semana: Impostos e Multinacionais
Fato da Semana: Impostos e Multinacionais
Data: 4 de outubro
Contextualização - As empresas multinacionais utilizam do planejamento tributário para reduzir o volume de impostos pagos. Um dos mecanismos é o preço de transferência. Mesmo com a fiscalização, algumas empresas escolhem paraísos fiscais para receber suas receitas, como é o caso da Apple com a Irlanda ou a Amazon com Luxemburgo. Isto gera uma perda de receita dos países que "compram" o produto e que possuem alíquotas elevadas. No ano passado a Comunidade Europeia multou a Apple por usar este mecanismo e obrigou a Irlanda a coletar os impostos devidos. Entretanto, a Irlanda está "enrolando", evitando cobrar os impostos.
Relevância - o preço de transferência é um velho conhecido do profissional contábil. A implicância da Comunidade Europeia não será a primeira, nem a última, vez que o fisco tenta conter este mecanismo de planejamento tributário. O que talvez seja inédito são os valores elevados e o fato de estar concentrado nas empresas de tecnologia.
Notícia boa - Indiferente.
Desdobramento - Pelos valores elevados será que a Apple irá pagar o que está sendo cobrado? Ou melhor, será que a Irlanda irá cobrar o que está sendo exigido? Se não o fizer, haverá retaliação da Comunidade Europeia? Sou cético e acho que haverá um acordo.
Mas a semana só teve isto? Ao contrário da semana passada, nesta semana tivemos poucos fatos.
Data: 4 de outubro
Contextualização - As empresas multinacionais utilizam do planejamento tributário para reduzir o volume de impostos pagos. Um dos mecanismos é o preço de transferência. Mesmo com a fiscalização, algumas empresas escolhem paraísos fiscais para receber suas receitas, como é o caso da Apple com a Irlanda ou a Amazon com Luxemburgo. Isto gera uma perda de receita dos países que "compram" o produto e que possuem alíquotas elevadas. No ano passado a Comunidade Europeia multou a Apple por usar este mecanismo e obrigou a Irlanda a coletar os impostos devidos. Entretanto, a Irlanda está "enrolando", evitando cobrar os impostos.
Relevância - o preço de transferência é um velho conhecido do profissional contábil. A implicância da Comunidade Europeia não será a primeira, nem a última, vez que o fisco tenta conter este mecanismo de planejamento tributário. O que talvez seja inédito são os valores elevados e o fato de estar concentrado nas empresas de tecnologia.
Notícia boa - Indiferente.
Desdobramento - Pelos valores elevados será que a Apple irá pagar o que está sendo cobrado? Ou melhor, será que a Irlanda irá cobrar o que está sendo exigido? Se não o fizer, haverá retaliação da Comunidade Europeia? Sou cético e acho que haverá um acordo.
Mas a semana só teve isto? Ao contrário da semana passada, nesta semana tivemos poucos fatos.
07 outubro 2017
Alexandre Wagner: O que realmente motiva as pessoas a serem honestas nos negócios
Todo ano, uma em cada sete grandes empresas comete fraude. Por quê? Para descobrir isso, Alexander Wagner nos leva para o mundo da economia, da ética e da psicologia de se fazer a coisa certa. Junte-se a ele numa jornada introspectiva nas encostas escorregadias da fraude, enquanto ele nos ajuda a entender por que as pessoas se comportam da maneira que comportam.
06 outubro 2017
Sobre a Postalis
Sobre a intervenção do fundo de pensão Postalis:
Fontes com conhecimento do assunto disseram que a decisão do Postalis de terceirizar a gestão de créditos podres que já tinham sido baixados para prejuízo também foi levada em conta pelo regulador.
Em 2016, a fundação transferiu bilhões de créditos podres de seus dois planos para fundos de direitos creditórios e contratou as gestoras Jive, Novero e Cadence para geri-los. (...) A operação segundo uma fonte, não está prevista na resolução 3.792 que regulamenta os investimentos dos fundos de pensão. (Schincariol, Juliana. Má governança leva Previc a intervir no Postalis, Valor, 5 de outubro de 2017, C1)
O motivo deveria ser os listados mais adiante: denúncias de má gestão, corrupção e fraudes.
Fontes com conhecimento do assunto disseram que a decisão do Postalis de terceirizar a gestão de créditos podres que já tinham sido baixados para prejuízo também foi levada em conta pelo regulador.
Em 2016, a fundação transferiu bilhões de créditos podres de seus dois planos para fundos de direitos creditórios e contratou as gestoras Jive, Novero e Cadence para geri-los. (...) A operação segundo uma fonte, não está prevista na resolução 3.792 que regulamenta os investimentos dos fundos de pensão. (Schincariol, Juliana. Má governança leva Previc a intervir no Postalis, Valor, 5 de outubro de 2017, C1)
O motivo deveria ser os listados mais adiante: denúncias de má gestão, corrupção e fraudes.
PwC, Barclays e Tesco
Fonte: Aqui |
Ontem o Financial Times reportou que o órgão de controle contábil do Reino Unido (FRC) desistiu da sua investigação sobre a PwC. A conclusão foi de que era improvável que se provasse que a empresa de contabilidade agiu de forma inapropriada.
Em junho, a FRC também abandonou uma investigação sobre a auditoria da PwC sobre a Tesco, iniciada após o supermercado se envolver em um escândalo contábil de alto perfil.
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