Diante da reação da economia e já de olho nas eleições de 2018, empresas têm ido ao mercado para antecipar pagamentos e alongar dívidas para evitar potencial volatilidade de preços em meio à corrida pelo Palácio do Planalto. De janeiro a agosto, companhias captaram R$ 69,9 bilhões com a emissão de dívida – valor 32% maior que no mesmo período de 2016.
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03 outubro 2017
Indicador de Situação Previdênciária (ISP)
Preocupado com a piora das contas da Previdência dos servidores de Estados e municípios, o governo federal resolveu fazer um radiografia da situação e montou um ranking para acompanhar de perto o problema que ameaça a sustentabilidade das contas públicas. O Indicador de Situação Previdenciária (ISP), que lista 2.107 regimes próprios de Previdência em todo o País, revela que o desequilíbrio é maior nas regiões Norte e Nordeste.
Na primeira avaliação, o indicador médio nacional ficou em 0,583 numa escala de zero a 1. A nota leva em consideração o grau de cumprimento das normas de organização e funcionamento, o equilíbrio futuro da previdência dos servidores e a transparência das contas. Zero significaria a falência total do regime e quanto mais próximo de 1 mais eficiente e com as contas em dia está o plano. O resultado ruim coloca em xeque a eficiência da gestão previdenciária no setor público do País.
Na primeira avaliação, o indicador médio nacional ficou em 0,583 numa escala de zero a 1. A nota leva em consideração o grau de cumprimento das normas de organização e funcionamento, o equilíbrio futuro da previdência dos servidores e a transparência das contas. Zero significaria a falência total do regime e quanto mais próximo de 1 mais eficiente e com as contas em dia está o plano. O resultado ruim coloca em xeque a eficiência da gestão previdenciária no setor público do País.
02 outubro 2017
Números
Desde que veio a público a delação premiada, os irmãos Joesley e Wesley Batista já se desfizeram de praticamente metade dos negócios para salvar seu império.
As empresas vendidas até agora foram avaliadas em R$ 24,4 bilhões, enquanto o valor de mercado das companhias que ainda pertencem à família está em cerca de R$ 26,4 bilhões.
Banqueiros ponderam, no entanto, que os investidores vêm subavaliando a JBS, carro-chefe do grupo, enquanto o comprador da fabricante de celulose Eldorado pode ter sido otimista demais -o negócio foi avaliado em R$ 15 bilhões.
Uma evidência disso é que as empresas já vendidas têm juntas receita líquida equivalente a 9% dos cerca de R$ 170 bilhões da JBS.
A JBS vale na Bolsa R$ 23 bilhões, mas os especialistas do setor acreditam que poderia ser muito maior se ela abrisse capital no exterior -projeto que travou após a prisão dos dois irmãos.
Fonte: Aqui
É necessário levar em consideração que as operações de venda entregaram o controle das empresas, o que não é possível, na maioria dos casos brasileiros. Assim, ao vender a Eldorado, a JBS estava vendendo o controle da empresa. O valor de 15 bilhões parece elevado, mas não conhecemos os termos da venda. (E para fazer inferências sobre os negócios dos irmãos Batista é necessário conhecer bem os termos da venda e toda informação relevante)
As empresas vendidas até agora foram avaliadas em R$ 24,4 bilhões, enquanto o valor de mercado das companhias que ainda pertencem à família está em cerca de R$ 26,4 bilhões.
Banqueiros ponderam, no entanto, que os investidores vêm subavaliando a JBS, carro-chefe do grupo, enquanto o comprador da fabricante de celulose Eldorado pode ter sido otimista demais -o negócio foi avaliado em R$ 15 bilhões.
Uma evidência disso é que as empresas já vendidas têm juntas receita líquida equivalente a 9% dos cerca de R$ 170 bilhões da JBS.
A JBS vale na Bolsa R$ 23 bilhões, mas os especialistas do setor acreditam que poderia ser muito maior se ela abrisse capital no exterior -projeto que travou após a prisão dos dois irmãos.
Fonte: Aqui
É necessário levar em consideração que as operações de venda entregaram o controle das empresas, o que não é possível, na maioria dos casos brasileiros. Assim, ao vender a Eldorado, a JBS estava vendendo o controle da empresa. O valor de 15 bilhões parece elevado, mas não conhecemos os termos da venda. (E para fazer inferências sobre os negócios dos irmãos Batista é necessário conhecer bem os termos da venda e toda informação relevante)
Emissão direta de títulos feriu a LRF segundo parecer do TCU
O quadro acima corresponde as emissões diretas de títulos do Tesouro nos bancos estatais federais. Segundo o Valor Econômico, um parecer técnico do TCU considerou que este tipo de operação é irregular, pois fere a Lei de Responsabilidade Fiscal. O maior beneficiário foi o BNDES, com mais de 462 bilhões de reais. O parecer seria sigiloso e foi encaminhado para o relator do processo no TCU, para emitir seu parecer.
Santander e Operação Zelotes
Relatórios da Operação Zelotes, obtidos pelo Estado, apontam que o Santander teria obtido R$ 83 milhões em créditos tributários por meio de um esquema de pagamento de propinas na Receita Federal. Conforme a investigação, o banco contratou um escritório de consultoria em 2013, que teria comprado decisões favoráveis do Fisco.
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Direito de ser dono
Desde o advento dos smartphones, os consumidores vêm tendo de se conformar com o fato de que não controlam os softwares de seus dispositivos. Têm apenas licença para utilizá-los. Mas, com os controles digitais apertando o cerco com número cada vez maior de engenhocas e traquitanas, dos automóveis e termostatos aos brinquedos eróticos, determinar quem é dono de quê e quem controla o quê está se tornando problemático. Os consumidores precisam tomar consciência de que alguns de seus direitos de propriedade estão sob ameaça.
O texto foi traduzido do The Economist e publicado no Estado. Para a contabilidade, o assunto tem um grande interesse. Originalmente, o conceito de ativo estava atrelado a sua propriedade. Recentemente, o entendimento era que o relevante seria "captar" o fluxo de caixa. As recentes mudanças nas normas de leasing mostram que o assunto ainda não está pacificado. O que o texto mostra é que a existência de softwares por um lado permite ter um produto de maior qualidade e funcionalidade. Mas por outro, restringe seu uso.
Tais intromissões deveriam servir para lembrar às pessoas de que elas devem zelar por seus direitos de propriedade. Os consumidores precisam brigar por seu direito de manipular como bem entenderem as coisas de que se tornam proprietários, modificando-as se o desejarem.
O texto foi traduzido do The Economist e publicado no Estado. Para a contabilidade, o assunto tem um grande interesse. Originalmente, o conceito de ativo estava atrelado a sua propriedade. Recentemente, o entendimento era que o relevante seria "captar" o fluxo de caixa. As recentes mudanças nas normas de leasing mostram que o assunto ainda não está pacificado. O que o texto mostra é que a existência de softwares por um lado permite ter um produto de maior qualidade e funcionalidade. Mas por outro, restringe seu uso.
Tais intromissões deveriam servir para lembrar às pessoas de que elas devem zelar por seus direitos de propriedade. Os consumidores precisam brigar por seu direito de manipular como bem entenderem as coisas de que se tornam proprietários, modificando-as se o desejarem.
Apoio para KPMG da África do Sul
Recentemente a KPMG da África do Sul esteve envolvida num escândalo político e contábil que levou a demissão dos principais executivos naquele país. O problema envolvida a qualidade da auditoria feita pela KPMG e algumas atitudes ilegais da filial. Em razão dos escândalos, algumas empresas começaram a trocar de auditor, o que levantava dúvidas sobre a continuidade da auditoria no país africano.
A reação da KPMG foi, além de demitir executivos, destinar recursos para organizações que combatem a corrupção. Agora, segundo a Reuters, a unidade local da KPMG recebeu um apoio inesperado do banco central: a KPMG seria "too big to fail". Pela regra local, nenhum banco pode deixar ou contratar um auditor sem a aprovação do banco central e foi isto que foi dito para as instituições financeiras.
A Reuters tentou investigar este assunto com o Reserve Bank, que não respondeu diretamente. Mas mandou um comunicado de duas semanas, onde afirmava que iria fazer reuniões para "manter a estabilidade do sistema financeiro". A saída da KPMG prejudicaria, por exemplo, o sistema de rodízio existente.
A reação da KPMG foi, além de demitir executivos, destinar recursos para organizações que combatem a corrupção. Agora, segundo a Reuters, a unidade local da KPMG recebeu um apoio inesperado do banco central: a KPMG seria "too big to fail". Pela regra local, nenhum banco pode deixar ou contratar um auditor sem a aprovação do banco central e foi isto que foi dito para as instituições financeiras.
A Reuters tentou investigar este assunto com o Reserve Bank, que não respondeu diretamente. Mas mandou um comunicado de duas semanas, onde afirmava que iria fazer reuniões para "manter a estabilidade do sistema financeiro". A saída da KPMG prejudicaria, por exemplo, o sistema de rodízio existente.
01 outubro 2017
Fato da Semana: Deloitte e os hackers
Fato da Semana: Deloitte e os Hackers
Data: O fato ocorreu março de 2017 e só foi divulgado agora
Contextualização - A Deloitte, uma grande empresa de auditoria, teve seu sistema de e-mail atacado na conta do administrador. A empresa informa que somente alguns clientes tiveram prejuízo com o problema e evitou dar detalhes sobre o problema. O fato ocorre justamente quando a SEC reconheceu um ataque que pode ter sido usado como insider information. Anteriormente, uma grande empresa de cadastro de crédito teve que reconhecer um problema parecido.
Relevância - Dois pontos tornam o aspecto relevante: o ataque foi na conta do administrador, que pode ter afetado muitos e-mails da entidade (a Deloitte nega); e a entidade de auditoria não forneceu muitas informações sobre o caso.
Notícia boa - Não. Segunda semana seguida com um escândalo de uma Big Four.
Desdobramento - A capacidade sobrevivência de uma Big Four é enorme e mais um "problema" será suplantado.
Mas a semana só teve isto? Semana intensa de fatos: (1) resolução do CFC tratando de lavagem de dinheiro; (2) leilão do setor elétrico; (3) desdobramentos do ataque de hacker na SEC; (4) novas normas de contabilidade do Setor Público.
Data: O fato ocorreu março de 2017 e só foi divulgado agora
Contextualização - A Deloitte, uma grande empresa de auditoria, teve seu sistema de e-mail atacado na conta do administrador. A empresa informa que somente alguns clientes tiveram prejuízo com o problema e evitou dar detalhes sobre o problema. O fato ocorre justamente quando a SEC reconheceu um ataque que pode ter sido usado como insider information. Anteriormente, uma grande empresa de cadastro de crédito teve que reconhecer um problema parecido.
Relevância - Dois pontos tornam o aspecto relevante: o ataque foi na conta do administrador, que pode ter afetado muitos e-mails da entidade (a Deloitte nega); e a entidade de auditoria não forneceu muitas informações sobre o caso.
Notícia boa - Não. Segunda semana seguida com um escândalo de uma Big Four.
Desdobramento - A capacidade sobrevivência de uma Big Four é enorme e mais um "problema" será suplantado.
Mas a semana só teve isto? Semana intensa de fatos: (1) resolução do CFC tratando de lavagem de dinheiro; (2) leilão do setor elétrico; (3) desdobramentos do ataque de hacker na SEC; (4) novas normas de contabilidade do Setor Público.
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