Translate

13 março 2014

Rir é o melhor remédio


Prejuízo na Itália

Um texto publicado no Estadão:

O UniCredit, maior banco da Itália em ativos, divulgou ontem um surpreendente prejuízo de 14 bilhões em 2013, após enormes baixas contábeis relativas a fusões e empréstimos podres, refletindo medidas para limpar o balanço antes de uma verificação da solidez do setor por reguladores europeus.

Este tema já foi objeto de postagem neste blog recentemente.

O UniCredit informou ontem que as provisões para devedores duvidosos no ano totalizaram 13,7 bilhões, sendo 9,3 bilhões provisionados apenas no quarto trimestre. Os resultados do UniCredit mostraram a limpeza mais dramática de um balanço contábil até agora na zona do euro antes dos testes de saúde bancária que será feito pelo Banco Central Europeu (leia mais ao lado).


Então somente a provisão não justifica todo o prejuízo. Mas observe o leitor que o texto fala em provisão.

"Esta foi uma limpeza chocante", disse um analista do setor bancário, que não quis ser identificado. "A companhia está assumindo 9,3 bilhões de euros com empréstimos. Tínhamos previsto 4,5 bilhões e ainda achávamos que era uma estimativa alta".


Uma confusão entre despesa com devedores, provisão e empréstimos. Agora é o empréstimo. Para continuar...

Baixas. A baixa contábil referente a ágio feita pelo UniCredit ficou em 9 bilhões, conforme o banco realizou expressivas baixas no valor de suas aquisições desde 2005.


Agora a baixa é decorrente de ágio...

O enorme prejuízo líquido registrado no ano passado leva em consideração um ganho líquido de capital de 1,2 bilhão oriundo da reavaliação da participação do UniCredit no Banco Central da Itália, cuja contabilidade ainda está sendo discutida.

O resultado se compara a uma estimativa média entre analistas de um lucro de 916,5 milhões em 2013, segundo uma pesquisa feita pela Thomson Reuters


Pergunta: Afinal, qual foi a principal razão do prejuízo? (Foto: Maluco Beleza, Raul Seixas)

Brasil, um país improdutivo

Editorial O Estado de S.Paulo

A combinação perversa de baixo crescimento, inflação elevada e contas externas em deterioração reflete a baixa eficiência da economia brasileira, batida com folga nos últimos anos tanto pelos competidores mais dinâmicos da Ásia quanto por vários vizinhos sul-americanos. Nos últimos 25 anos o Brasil foi um retardatário na corrida da produtividade, como têm indicado estudos de respeitadas instituições públicas e privadas. Segundo relatório recém-publicado pela consultoria McKinsey & Company, a produtividade do trabalho cresceu em média, no Brasil, 1% ao ano no quarto de século até 2012. No mesmo período, o aumento anual chegou a 4,7% na Coreia do Sul, 3,3% no Peru, 2,4% no Chile e 1,6% nos Estados Unidos. Diferentes estudos podem apresentar diferenças nos resultados numéricos, mas a conclusão básica é a mesma, em todos os casos, e ajuda a entender a perda de vigor da economia nacional, nos últimos anos, e o baixo poder de competição de sua indústria.

Sem ganhos consideráveis de eficiência, o Brasil continuará incapaz de avançar em ritmo semelhante ao de outros países emergentes, nos próximos anos. A expansão econômica do País tem dependido excessivamente da incorporação de mão de obra. Os ganhos provenientes dessa incorporação tendem a diminuir, com a mudança demográfica e a expansão mais lenta da oferta de trabalho. Cada vez mais o aumento do PIB dependerá da produtividade gerada por investimentos em educação, inovação, máquinas, equipamentos e infraestrutura.

Em todos esses quesitos o Brasil está atrasado. Principalmente nos últimos dez anos, o governo escolheu prioridades erradas para a educação; demorou a se preocupar com a infraestrutura; administrou mal os próprios gastos; desperdiçou recursos com empresas selecionadas; e adotou uma política industrial anacrônica, baseada no protecionismo.

Segundo o Ipea, entre 1992 e 2001, o aumento do PIB per capita foi derivado quase totalmente (uma parcela de 93,23%) dos ganhos de produtividade. Nos dez anos seguintes essa fatia encolheu para 70,63%, enquanto cresceu a importância da absorção de mão de obra.

De acordo com o mesmo estudo, publicado em setembro de 2013, a agropecuária foi o setor com maior aumento de produtividade entre 2000 e 2009 - uma taxa média anual de 3,8%. Nesse período, na indústria de transformação a perda anual foi de 0,8%. Entre 2007 e 2010 houve um ganho acumulado de 6% na indústria de transformação (pouco mais de 1% ao ano) e de 20% na de extração mineral.

Análise mais recente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) apontou um aumento de 2,4% na produtividade do setor em 2013, quando a produção cresceu 1,2%, as horas pagas diminuíram 1,3% e o nível de emprego caiu 1,1%. A ocupação diminuiu e as empresas, aparentemente, retiveram a mão de obra com melhores qualificações. No triênio, no entanto, a produtividade aumentou em média apenas 0,6% ao ano.

"Esse é um fator preponderante", segundo a análise, para explicar a perda de competitividade do produto nacional diante do estrangeiro tanto no mercado interno como no externo. Essa perda, perceptível há anos, explica a participação crescente dos importados no mercado nacional de bens industriais e o déficit brasileiro no comércio de manufaturados e semimanufaturados.

Nem com o aumento de produtividade estimado para 2013 a indústria nacional se tornou mais capaz de competir, porque esse ganho foi anulado, segundo o estudo do Iedi, por um aumento salarial equivalente. No triênio, o custo da mão de obra subiu 3,2% em média, por ano, superando de longe a elevação de eficiência da mão de obra. Esse descompasso entre salário e produtividade na indústria tem sido apontado em relatórios do Banco Central (BC) como um importante fator inflacionário. Essa relação, conhecida há muito tempo, é um lugar comum nos manuais de análise econômica. Os formuladores da política econômica parecem ignorá-la.

Complexidade

Segundo o The Telegraph, o governo inglês criou uma comissão para estudar a possibilidade de simplificar os impostos. A equipe resolveu classificar as normas conforme fazer uma classificação de complexidade visando priorizar o trabalho.

Mas a solução encontrada revelou-se muito mais difícil: uma pesquisa na literatura revelou que existe muita polêmica para definir complexidade.

Listas: Número de Parceiros no comércio mundial

A seguir a relação do número de vezes que o país é o principal parceiro comercial:

1. Estados Unidos = 44 países
2. China = 35
3. Alemanha = 18
4. França = 14
5. África do Sul = 10
6. Rússia = 9
7. Austrália = 6
8. Índia = 6
9. Brasil = 5
Japão = 5
Nova Zelândia = 5
União dos Emiratos Árabes = 5

Fonte: Quartz

12 março 2014

Rir é o melhor remédio

Eu só quero lavar as mãos. Qual é o sabonete líquido?

Listas: Os mais bem pagos da Bilboard

1. Taylor Swift (foto) - $39,699,575.60
2. Kenny Chesney - $32,956,240.70
3. Justin Timberlake - $31,463,297.03
4. Bon Jovi - $29,436,801.04
5. The Rolling Stones - $26,225,121.71
6. Beyoncé - $24,429,176.86
7. Maroon 5 - $22,284,754.07
8. Luke Bryan - $22,142,235.98
9. Pink - $20,072,072.32
10. Fleetwood Mac - $19,123,101.98

Fonte: Aqui

Desmatamento

O gráfico mostra, em vermelho, a perda de cobertura vegetal entre 2000 a 2013. De azul, o ganho de cobertura. É nítido que estamos perdendo na região Centro-Oeste e Norte, mas existem alguns ganhos em certas áreas da região Sul e Sudeste.

Hábito de Leitura

Quem é professor sabe como é difícil fazer os alunos lerem. Esta tarefa parece que é mais difícil a cada dia que passa, onde as facilidades da tecnologia parecem afastar o discente de uma leitura mais aprofundada. Em lugar disto, os alunos estão mais interessados nos curtos comentários das redes sociais. E isto é um problema para os mestres.

Uma pesquisa recente verificou o hábito de leitura de alunos do primeiro, quarto e oitavo semestres numa universidade estadual da Bahia no curso de contabilidade. O trabalho mostra alguns fatos já conhecidos e outros nem tanto. É importante verificar que no primeiro semestre 43% dos alunos não trabalhavam; este percentual cai para 13% no quarto semestre e 8% no oitavo. Ao mesmo tempo, o número de alunos que trabalham em tempo integral aumenta de 32% no primeiro semestre para 71% no oitavo. Esta parece ser uma realidade que constatamos em quase todos os cursos de contábeis do Brasil.

Outro destaque da pesquisa dos autores é a fonte da leitura. Os alunos novos, que estão no início do curso, tem como fonte principal de notícia a Internet (93%). Mas para os alunos do último ano este percentual cai para 79% e os livros passam a fazer parte da rotina (7% versus nenhuma resposta). É bem verdade que não sabemos se esta mudança no perfil da leitura se deve a idade dos respondentes, que geralmente são mais novos no inicio do curso (a juventude possui muito mais contato com a internet que os mais velhos).

Um aspecto curioso da pesquisa é a justificativa para a prática da leitura. Nos alunos do primeiro semestre a falta de tempo era responsável por 54% das respostas, enquanto que no último ano este percentual cai para 39%. Mas aparentemente isto não faz sentido, já que os alunos do primeiro semestre em geral não trabalham, conforme resultado da própria pesquisa. Esta resposta seria incoerente? Talvez não, já que o cansaço passa a ser uma grande desculpa para os alunos do meio e final de curso (41% e 37% das respostas).

A pesquisa merece ser aperfeiçoada e aplicada em outras realidades do Brasil. Talvez assim possamos saber, como maior precisão, o que realmente faz o hábito da leitura nos alunos de ciências contábeis.

Leia mais em: SANTANA, Hanaelson; PEREIRA, Daniel; SILVA, Luiz; ARAÚJO, Kroiff. Hábito de leitura dos alunos do curso de Ciências Contábeis da Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS. Revista de Administração e Contabilidade, vol. 5, n. 3, p. 100-116.

11 março 2014

Rir é o melhor remédio


Frequência e Previsibilidade da Auditoria

Sabemos que uma auditoria modifica o comportamento das pessoas. Se uma atividade está sujeita a um processo de auditagem, muito provavelmente as pessoas desonestas tenderão a agir com mais cuidado ou então a não fazer falcatruas. Mas se estas pessoas sabem que não serão auditadas, provavelmente cairão na tentação de praticar algum ato desonesto. Assim, a atividade de auditoria é um potente inibidor dos desvios numa organização.

Um estudo realizado por três pesquisadores europeus mostrou como os “sistemas de auditoria” influenciam nos indivíduos. Daí, Hogarth e Marie Villeval fizeram uma série de experimentos para verificar como elas agiam numa situação de fornecimento de bens públicos. Quando se tem um sistema de auditoria menos frequente e mais irregular, as pessoas acreditam que terão uma elevada probabilidade de serem auditadas. Segundo a pesquisa, este tipo de opção – com auditorias mais irregulares, mas também menos frequentes, são muito mais eficientes.

Em outras palavras, o segredo da boa auditoria é a incapacidade do desonesto fazer “previsões” sobre quando ocorrerá a auditoria. Isto já era de conhecimento de quem trabalha na área. A inovação é que não é preciso que a auditoria seja frequente. Pelo contrário, auditorias frequentes não produzem o mesmo efeito.

Para ler mais:
DAI, Zhixin; HOGARTH, Robin; VILLEVAL, Marie Clarie. Ambiguity on Audits and Cooperation in a Public Goods Game. IZA Discussion Paper 7932, janeiro de 2014.

Petrobras

A Petrobras parece que saiu em busca do dinheiro de terceiros:

A Petrobras deve precificar nesta segunda-feira uma emissão multibilionária de bônus no exterior. A estatal pode vender dívida em sua segunda oferta de seis partes em 10 meses. Os recursos devem ser usados para financiar os US$ 221 bilhões de investimento para os próximos cinco anos. A empresa levantou US$ 11 bilhões em uma venda de seis partes, em maio, o maior da história para um emitente de mercados emergentes.

A empresa não deverá captar tanto recurso, já que possui um endividamento no limite. Ou seja, tem o risco de ter sua nota rebaixada.

"Todo mundo sabe que eles precisam do dinheiro , e faz sentido para eles para aumentá-lo agora", Carlos Gribel , o vice-presidente para mercados emergentes da INTL FCStone Securities Inc., disse em uma entrevista por telefone de Miami.

As estimativas de preços iniciais, segundo o IFR, eram de Treasuries mais 260 pontos, Libor de três meses mais 246 pontos, Treasuries mais 340 pontos, Libor de três meses mais 298 pontos, Treasuries mais 360 pontos e Treasuries mais 370 pontos, respectivamente, de acordo com o IFR.


Caro ou barato? Considerando as taxas básicas, a empresa estará pagando de 2,5% a quase 4% a mais. Para uma empresa do porte da Petrobras, entre as maiores do mundo, que diz possui um ativo valioso, parece caro. Mas para as condições políticas e o risco, não é tão caro assim.

Logo após ter escrito esta postagem surgiu a notícia que a empresa conseguiu captar os 8,8 bilhões de dólares