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10 agosto 2013

Mudança Contábil e Resultado

Gigantes como Petrobras e Braskem puxaram a fila de empresas brasileiras que estão adotando uma nova forma de contabilidade para amenizar a volatilidade de seus resultados devido ao efeito da variação cambial sobre dívidas em moeda estrangeira.

A Petrobras e a Braskem adotaram a chamada "contabilidade de hedge" (ou hedge accounting, em inglês) nos resultados do segundo trimestre. Na esteira, a Vale e a produtora agrícola Vanguarda Agro já anunciaram que vão fazer o mesmo.

O sistema tem como objetivo usar as exportações como proteção contra a variação da dívida em moeda estrangeira, já que a alta em uma linha compensa a queda da outra.

Para isso, o efeito da variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira não é totalmente contabilizada no resultado financeiro da companhia, mas no patrimônio líquido.

Apenas uma parcela da variação da dívida é transferida para o resultado, mas este montante corresponde ao valor que pode ser compensado pelas exportações faturadas naquele período.

"Este impacto é reconhecido de forma escalonada, conforme for compensado pela receita", explica o professor de finanças do Insper, Michael Viriato.

Desta forma, o câmbio não derruba o lucro em tempos de apreciação do dólar, e tampouco favorece os resultados em época de depreciação da moeda norte-americana.

Segundo o professor Fernando Caio Galdi, da Fipecafi, esse recurso reflete de forma mais realista a realidade econômica destas companhias.

"O hedge accounting faz com que a compensação entre passivo e ativo seja refletida de maneira mais adequada na demonstração financeira", disse. Ele acredita que outras exportadoras devem seguir o mesmo caminho, pois contam com uma proteção natural das exportações.

A contabilidade de hedge pode ser usada no Brasil desde 2009, quando foi aprovado o pronunciamento contábil 38 (CPC 38). Até então, apenas instituições financeiras podiam usar este instrumento. Segundo Galdi, o processo para adotar a metodologia é complexo, pois a empresa deve comprovar que o hedge é seguro. "O processo é bastante detalhado e complexo", afirmou.

A Braskem foi a primeira a colher os frutos desta estratégia. A petroquímica teve lucro líquido de US$ 99 milhões no primeiro semestre. Caso tivesse mantido a prática contábil anterior, o resultado registrado seria um prejuízo de R$ 855 milhões, segundo a companhia.

No segundo trimestre, a petroquímica teve prejuízo de R$ 128 milhões, que poderia ter sido muito maior (de R$ 1,08 bilhão) não fosse o novo padrão contábil.

O mesmo efeito deve ocorrer com a Petrobras, que divulga os resultados nesta sexta-feira (09/08). Procuradas pela reportagem, Braskem, Petrobras e Vanguarda não comentaram o assunto.

Para a analista do Banco do Brasil Investimento Carolina Flesch, com a novidade contábil o resultado da petroleira terá maior coerência com o resultado operacional. "Dessa forma, a Petrobras antecipa também os dividendos sobre as receitas a serem obtidas com as exportações futuras", disse em relatório.

A decisão foi bem recebida pelos analistas de mercado porque beneficia a distribuição de dividendos no curto prazo e reduz as oscilações dos resultados. "A volatilidade do lucro líquido deve ser significativamente reduzida sob a nova política", disseram em relatório os analistas do Bank of America Merrill Lynch quando a Braskem anunciou a medida.

Especialistas em contabilidade, no entanto, questionam se o investidor pessoa física, e até mesmo alguns institucionais, conseguirão avaliar a mudança. Outro problema pode ser a quebra de uniformidade das demonstrações financeiras ao longo do tempo.

"Ficará mais difícil comparar com o resultado do ano passado, por exemplo", diz o professor de contabilidade da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), Eduardo Flores. Segundo ele, será necessário que as notas explicativas sejam mais detalhadas, afim de que as mudanças sejam avaliadas com precisão pelo investidores.

A Vale deve ser a próxima grande exportadora a adotar a contabilidade de hedge. A companhia disse em teleconferência na quinta-feira que a mudança deve ocorrer em 2014.

No segundo trimestre, o lucro líquido da companhia despencou para R$ 832 milhões, ante R$ 5,32 bilhões no mesmo período de 2012, refletindo perdas contábeis por conta do efeito da valorização do dólar na sua dívida.

Outra que pretende adotar a contabilidade de hedge é a produtora agrícola Vanguarda Agro. Em julho, a companhia disse que começaria a adotar a prática em 1º de agosto.

Mudança contábil ameniza danos cambiais sobre os balanços - Brasil Econômico - Por Natalia Gómez e Juliana Schincariol/ Reuters - 09/08/13

Aqui um texto, em inglês, da Reuters sobre a Vale.

Contabilidade nos clubes

O Valor Econômico (Governo endossa proposta que enquadra cartolas, Caio Junqueira, 09/08/2013) informa que o governo está apoiando uma proposta que altera a gestão dos clubes de futebol e entidades esportivas que recebem recursos públicos. A proposta poderá afetar diretamente a contabilidade destas entidades:

Agora, a divergência é sobre o texto que prevê, por exemplo, mandato de quatro anos para dirigentes, com direito a apenas uma reeleição; presença obrigatória de atletas na direção das entidades esportivas e de clubes; transparência quanto a dados econômicos, como contratos, direitos de imagem, patrocinadores, propriedade intelectual; existência e autonomia de Conselhos Fiscais; controle social interno e acesso irrestrito a todos associados e filiados a documentos e informações relativos à prestação de contas e publicação deles na internet.

Obviamente o texto deverá encontrar resistências no parlamento, onde a bancada da bola é muito forte.

(Cartoon, adaptado daqui)

Hedge e Petrobras

A Petrobras divulga hoje o resultado do segundo trimestre, o primeiro depois de adotada a contabilidade de hedge, regulada no Brasil pelo pronunciamento contábil CPC38. A regra permite minimizar os efeitos da desvalorização do real sobre as dívidas da companhia, que é neutralizada em parte pelas receitas futuras obtidas com exportações alinhadas aos prazos de vencimento da dívida em dólar.

A estatal informou que a nova regra abrange 70% do total de sua dívida líquida exposta à variação cambial que será protegida por 20% das exportações durante os próximos sete anos. A dívida líquida da Petrobras é de R$ 150 bilhões, dos quais cerca de 78% expostos ao dólar. A nova regra aumentou em 15%, para R$ 30 bilhões, a estimativa do J.P.Morgan para o lucro líquido da Petrobras em 2013.

No segundo trimestre, a contabilidade de hedge livrou a Petrobras de um prejuízo de R$ 2,32 bilhões segundo os analistas do banco, que agora se converte em estimativa de lucro líquido de R$ 3,89 bilhões no trimestre. São previstas ainda receitas de R$ 72,12 bilhões e Ebitda de R$ 16,7 bilhões.

Alguns críticos afirmam que a medida ajuda o esforço do governo, maior acionista da estatal, a melhorar suas contas. O resultado positivo é bom para os detentores da ações ordinárias (ON), que receberão mais dividendos.

Outra crítica é que a Petrobras é importadora líquida de derivados, que ainda são vendidos no Brasil com defasagem. E a nova regra não vai evitar o efeito da desvalorização do real sobre o custo operacional, considerando gastos com serviços e materiais que são pagos em dólares, não em reais.

Como ressaltaram os analistas Caio Carvalhal e Felipe dos Santos, do J.P.Morgan, quando a regra foi anunciada, no longo prazo a nova contabilidade é neutra e não se traduz em perdas ou ganhos para a companhia. Os analistas estão pessimistas com a produção da Petrobras, que deve fechar o ano em torno de 1,8% abaixo da meta.

Em relatório para clientes do HSBC, Luiz Felipe Carvalho e Filipe Gouveia, calculam que a nova contabilidade trará impacto imediato de R$ 4,1 bilhões no lucro trimestral da Petrobras, ajudando também a pagar dividendos. Mais crítico, o HSBC avalia que a nova contabilidade, que considera oportunista, trará resultados confusos e com menos visibilidade.

Entre os itens mais importantes para se observar na Petrobras, o HSBC aponta a política de preços de combustíveis, que mantém defasagem de 22% no preço da gasolina e 18% no diesel em relação ao mercado internacional. E ressaltam que a manutenção dessa política deverá causar perdas de R$ 15,6 bilhões no segmento de refino em 2013.

O Itaú BBA espera lucro de R$ 4,9 bilhões, receitas de R$ 72,15 bilhões e Ebitda de R$ 16,7 bilhões. As projeções do Deutsche são ligeiramente menores: receita de R$ 69,246 bilhões, lucro de R$ 4,69 bilhões e Ebitda de 16,33 bilhões. A corretora Planner vê piora no desempenho do trimestre, com queda da rentabilidade operacional, aumento da despesa financeira e aumento das vendas de combustíveis. Por isso prevê receitas de R$ 76,46 bilhões e lucro de apenas R$ 3,058 bilhões.


Nova regra contábil evita que a Petrobras tenha prejuízo - Cláudia Schüffner - Valor Econômico - 09/08/2013

Caça ao efeito Eike

A temporada de balanços e teleconferências de bancos deste segundo trimestre teve um ingrediente adicional: a caça a eventuais estragos deixados por empréstimos concedidos às empresas do grupo EBX, controlado por Eike Batista.

A busca - que não é uma tarefa fácil, por causa do sigilo bancário - encontrou vestígios. Mas nada que tenha abalado os gigantes do sistema financeiro local.

Embora as empresas X não tenham atrasado o pagamento de seus empréstimos (até onde se sabe), os bancos são obrigados a constituir provisões para perdas mesmo antes disso, em caso de evidências da piora da qualidade de crédito de cliente.

Indo além dos releases de resultados (onde costuma parar a maioria dos investidores) e fazendo uma leitura detalhada de notas explicativas e dos relatórios de administração completos, foi possível notar uma piora nas carteiras voltadas para grandes empresas tanto do Itaú como do Bradesco, tidos como os mais expostos ao grupo EBX.

No caso do BTG Pactual, a constituição de provisões no segmento de empréstimos corporativos não teve qualquer alteração. E os executivos disseram abertamente que "não esperam eventos negativos vindos do grupo EBX" que possam ter impacto no balanço da instituição.

Segundo o BTG, sua maior exposição está na MPX, empresa de energia, que tem a melhor estrutura de capital entre as companhias X e que tem agora a alemã E.ON como maior acionista, dividindo o controle com Eike. Olhando o histórico recente das provisões do BTG, o principal movimento relevante de piora da qualidade de crédito ocorreu no terceiro trimestre do ano passado, quando a carteira com rating "E", que exige provisão de 30% do saldo, subiu de R$ 71 milhões para R$ 536 milhões. Contudo, não é possível identificar o motivo.

O Itaú não foi tão direto quando o BTG sobre Eike Batista. Disse apenas que o aumento de 39% das despesas com provisões para perdas em empréstimos no banco de atacado (que reúne operações com grandes empresas) ante igual trimestre do ano passado, para R$ 1,02 bilhão, não se deve a um risco sistêmico, mas a "casos específicos".

Analistas ficaram intrigados com uma reclassificação de rating feita pelo Itaú, que moveu cerca de R$ 30 bilhões da carteira com nota de risco "A", que exige provisão de 0,5%, para a carteira "AA", a mais alta, que não exige nenhuma provisão. O efeito da mudança seria positivo em R$ 150 milhões no resultado.

Embora não tenham sido explícitos nas perguntas, analistas e investidores queriam saber se a melhora na avaliação de parte da carteira de crédito teria sido feita para anular a deterioração de outra parcela do portfólio, esta ligada às empresas de Eike Batista. Mas o Itaú garantiu que não.

O diretor de relações com investidores do banco, Rogério Calderón, disse ao Valor que foi feito "um aprimoramento no sistema de avaliação das garantias" nas linhas de financiamento de veículos, crédito imobiliário e empréstimos para pequenas e médias empresas. Nos casos em que o valor atualizado da garantia superava o saldo a receber, houve uma elevação do rating. Quando o colateral estava inferior ao valor registrado no balanço, houve rebaixamento.

Embora admita que a migração dos R$ 30 bilhões para o rating "AA" teria efeito positivo no resultado, Calderón ressalta uma mudança de aproximadamente R$ 900 milhões do rating "D" para o "E", que teve efeito contrário e praticamente anulou o impacto. Nesse caso, de "D" para "E", a provisão precisa subir de 10% para 30% do valor total, com impacto negativo de R$ 180 milhões. "O efeito total líquido, considerando essas e outras reclassificações menores, é imaterial", disse ele.

No caso do Bradesco, foi possível notar um aumento de R$ 2,4 bilhões entre março e junho nas operações com nota "D", que exigem provisão de 10%, dentro da carteira de grandes empresas. Em junho, esse rating passou a representar 2,5% do total de empréstimos para o segmento corporativo (que costuma ter inadimplência baixa), ante uma fatia de apenas 1% em março e que costuma se manter abaixo disso.

Chama atenção que o Bradesco, assim como o principal rival, também fez uma reclassificação que fugiu ao padrão histórico nas notas de crédito de alguns empréstimos no segundo trimestre. Houve redução de R$ 7 bilhões nas operações com rating "C", e de outros R$ 4 bilhões com nota máxima "AA", enquanto subiram os empréstimos com notas "A", "B" e "D".

Em nota, o diretor executivo do Bradesco, Luiz Carlos Angelotti, disse que a qualidade dos ativos é avaliada mensalmente e que tanto operações específicas como grupos de operações "têm seus riscos agravados ou melhorados, conforme as novas informações que estão sendo capturadas no mercado, ou mesmo pelo aprimoramento das nossas ferramentas de análise". Segundo ele, "o efeito líquido em resultados desses procedimentos foi irrelevante".

Caça a "efeito Eike" nos balanços encontra apenas vestígios - Fernando Torres - Valor Econômico - 09/08/2013

09 agosto 2013

Rir é o melhor remédio

Rodízio de auditoria

O custo de um assento de um avião: classe executiva



O vídeo é do jornal de New York Times (via aqui), sobre assentos da classe executiva. O custo de um assento num avião pode chegar a 80 mil dólares. Existe um desenho exclusivo, além da agregação de conforto para o passageiro.

Animais de estimação mais gordos

Uma pesquisa de 2011 (via Marginal Revolution) verificou a evolução do peso de uma população de 12 animais de 8 espécies diferentes que vivem no ambiente humano. A conclusão: os animais estão ganhando peso.

Um exemplo: gatas aumentaram o peso em 13,6% numa década, enquanto os machos tiveram um aumento de 5,7%. Bem maior que a taxa dos cachorros: 3% para os machos e 2,2% para fêmeas.

O aumento de peso ocorreu também com animais como ratos.

Recurso contábil e o resultado da Braskem

A petroquímica Braskem reduziu prejuízo líquido no segundo trimestre para R$ 128 milhões, tendo evitado perda bilionária ao adotar recurso contábil de classificar parte de seus passivos em dólar como hedge de suas futuras exportações.

O prejuízo de abril a junho de 2013 ficou abaixo do resultado negativo de R$ 1,033 bilhão registrado um ano antes, e segundo a empresa, caso a operação de hedge não tivesse sido adotada, as perdas seriam de R$ 1,082 bilhão. No primeiro trimestre, a maior petroquímica da América Latina teve lucro de R$ 227 milhões.

A Braskem anunciou em julho que havia decidido classificar, a partir de 1º de maio, parte de seus passivos em dólar como hedge de suas futuras exportações em estratégia semelhante à adotada pela Petrobras.

O resultado da estratégia permitiu à companhia reduzir fortemente o impacto contábil negativo da desvalorização de 10% do real frente ao dólar para R$ 126 milhões. "Caso essa prática não tivesse sido adotada, esse impacto no resultado financeiro da Braskem teria sido negativo em R$ 1,5 bilhão", informou a companhia no balanço. (...)


Recurso contábil ajuda Braskem a cortar prejuízo - Brasil Econômico - Por Roberta Vilas Boas e Alberto Alerigi Jr./Reuters
08/08/13

Computador mente

Trabalhos o dia inteiro com um computador que pensamos que ele é infalível. O alemão David Kriesel descobriu que um WorkCenter da marca Xerox não estava reproduzindo os valores constantes do documento original; estava criando novos números. Kriesel concluiu que a técnica de compressão de imagem utilizada estava fazendo a troca.

Depois da descoberta de Kriesel, a empresa Xerox está tentando corrigir o problema. Mas o caso chama a atenção para erros cometidos por máquinas. Em razão da necessidade de aumento na velocidade dos softwares, a qualidade tem sido comprometida por atalhos realizados na programação.

Outro caso, relatado pela Quartz, refere-se a saída de supercomputadores usados na previsão do tempo. Os resultados, uma pesquisa concluiu, são afetados pelos softwares que usam. A forma como os programas lidam com os erros de arredondamento podem comprometer a previsão da meteorologia.

Informações privadas

Cientistas convenceram 58.466 voluntários que utilizam o Facebook nos EUA a responder centenas de perguntas pessoais sobre assuntos particulares, como consumo de drogas e álcool, religião, política, preferencias sexuais, fidelidade conjugal e vida familiar. Além disso, o QI desses voluntários foi medido e suas características psicológicas foram determinadas. Também foram coletados todos os "likes" difundidos por cada um desses indivíduos.

Depois, os cientistas correlacionaram o conteúdo dos "likes" às características individuais, construindo enormes tabelas que relacionavam as características pessoais com os termos associados aos "likes". Descobriram que a palavra "dança" é mais escolhida por pessoas extrovertidas e "videogames", por introvertidos. Que "Harley-Davidson" está levemente associada a um QI baixo e "tempestades", a pessoas com QI mais alto. Foram feitas associações desse tipo com milhares de palavras para cada uma de dezenas de características. Muitas delas parecem óbvias, mas outras, como batata frita estar associada a pessoas de QI mais alto, Hillary com pessoas que têm muitos amigos e Yahoo com mulheres heterossexuais não são tão óbvias.

Feitas as associações entre palavras ou frases e características pessoais declaradas, os cientistas construíram um modelo matemático que usa os "likes" públicos para descobrir informações privadas. Cada uma das associações por si só não tem um alto poder preditivo (eu uso o Yahoo e não sou uma mulher heterossexual), mas, quando analisadas em conjunto, são capaz de fazer previsões precisas sobre comportamentos e características individuais.

Os resultados mostram que é possível, usando só os "likes" de um usuário do Facebook, saber seu sexo, idade, preferencia sexual, se é emocionalmente estável, seu QI, se fuma, bebe ou se droga, se é democrata ou republicano, se seus pais se separaram antes dele ter 21 anos, se é fiel, e dezenas de outros atributos pessoais. A previsão é mais confiável quanto mais a pessoa dá "likes". É claro também que o grau de confiança nessas previsões com o tema avaliado. Além disso, a previsão só é possível para os usuários americanos do Facebook, pois as associações dependem da cultura de cada país.

Os pesquisadores publicaram os resultados e criaram o site www.youarewhatyoulike.org, em que você pode logar com sua identidade no Facebook. Usando os dados de seus "likes", o site prediz suas características. Todos que usaram dizem que o resultado é impressionante.

Esses resultados demonstram o que muita gente suspeitava. A cada clique, deixamos vazar um pouco de nossa intimidade. Como fazemos isso dezenas de vezes por dia, ao longo de muitos anos, basta estatísticos competentes e um computador para juntar todas essas microdicas e, com elas, descobrir informações que guardamos a sete chaves tentando preservar nossa intimidade.


Como Deixamos vazar informações privadas - FERNANDO REINACH - Estado de S. Paulo - 27 de julho de 2013, p. A21

MAIS INFORMAÇÕES: PRIVATE TRAITS AND ATRIBUTES ARE PREDICTABLE FROM DIGITAL RECORDS OF HUMAN BEHAVIOR. PROC. NAT. ACAD. SCI. VOL. 110 PAG. 5802 2013.

Qualidade das empresas de auditoria 2

Publicamos anteriormente um ranking da qualidade das empresas de auditoria. Agora, a notícia que a EY piorou seu desempenho em 2012 nos Estados Unidos.

No relatório do PCAOB (via Compliance Week), ao inspecionar 52 trabalhos da EY, a entidade encontrou problemas sérios em 25 deles. Um percentual próximo aos 50%. Em 2011 era de 36% e em 2010 de 21%. Já a Deloitte o desempenho tem melhorado: era de 45 % em 2010 e passou para 42% em 2011.

Abbey Road

Há 44 anos foi tirada a foto dos Beatles atravessando Abbey Road. Aqui uma câmera ao vivo da rua.