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13 julho 2013

O que Bernanke e os protestos têm em comum?

O que Bernanke e os protestos têm em comum?"
Texto de Ilan Goldfajn para O Estado de S. Paulo e O Globo.
Publicado em: 02/07/2013

Tudo está mudando ao mesmo tempo. Choque internacional, protestos no País. Até a Seleção Brasileira mudou e voltou a jogar como campeã.
 
Parece obra do acaso. Mas não acredito em coincidências, o choque externo sinaliza proximidade do fim de um ciclo global e, através de caminhos diversos, desperta a insatisfação local já existente. Por isso acontecem ao mesmo tempo. A economia global certamente está mudando de rumo. E pressionando a economia brasileira. Após anos de juros zero, fluxos de capitais abundantes para países emergentes e pressão para apreciação do real, a maré está mudando. O Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) deixou claro que já está preparando a diminuição dos estímulos dos últimos anos e, no futuro, a subida de juros. Agora os fluxos de capitais estão voltando aos EUA e o real deprecia, pressionando a inflação e requerendo políticas mais austeras. O Banco Central do Brasil (BC) tem intervindo no mercado de câmbio tentando suavizar o impacto do choque, mas o movimento é forte.
 
Ao mesmo tempo, os protestos indicam necessidade de mudanças: melhores serviços públicos, mais crescimento, menos inflação e, de uma forma geral, aumento do bem-estar. Essa situação reduz o espaço de manobra da política econômica, no curto prazo. Mas a dificuldade abre espaço para a oportunidade que, se bem aproveitada, pode melhorar a economia no longo prazo.
 
São vários protestos no mundo, cada um diferente do outro. O que têm em comum é que ocorrem no fim de um longo ciclo global, que começou com uma década de crescimento forte (sem discriminar por país ou tipo de política econômica, não havia política errada) e passou por uma crise financeira global, que quase levou à depressao no mundo e à quebra do euro, só evitadas graças a políticas extremas de estímulo por parte dos governos. O fim do ciclo está próximo, pelo menos nos EUA, onde o desemprego cai e aproxima-se do patamar de 6,5%, ponto focal para reversão das políticas de estímulo. O excesso de estímulo fica para trás. A nova realidade assusta o mundo.
 
A princípio não haveria por que temer a nova realidade nos EUA. Se, por um lado, juros mais altos nos EUA e reversão dos fluxos de capitais têm consequências negativas, como a liquidação de ativos nos países desenvolvidos, queda nas bolsas e nos outros ativos, sem falar na depreciação cambial, por outro lado, o país que primeiro entrou em crise, com o problema dos empréstimos "subprime", está começando a sair dela. E a volta do crescimento nos EUA pode significar, com alguma defasagem de tempo, o começo do fim da recessão na Europa e a volta para um "novo normal". Até mesmo a desaceleração recente das economias emergentes  pode ser revertida com a ajuda da volta do crescimento nos países avançados. Entendo a desaceleração atual nos emergentes como efeito da desaceleração global – retardado alguns anos pelas políticas domésticas de estímulo que conseguiram adiar o efeito do choque global. Agora seria o começo do caminho na direção contrária.
 
A subida dos juros no mundo é a outra face da volta do crescimento global. Uma não vai ocorrer sem a outra. O impacto em cada uma das economias no mundo emergente vai depender da combinação do impacto financeiro negativo com o impacto da volta do crescimento global.
 
Na América Latina acredito que existam defesas bem construídas para choques financeiros. A grande maioria dos países (inclusive o Brasil) construiu grandes (e custosos) estoques de reservas internacionais que servem de defesa, pois podem ser usados para suavizar qualquer ajuste necessário na economia, sem grandes traumas. Muitos governos tornaram-se credores em moeda forte, os passivos externos são menos rígidos e a maturidade da dívida pública é mais longa. As defesas foram construídas como lições das crises das décadas anteriores, essencialmente financeiras. Acredito que após o choque inicial e o ajuste aos tremores que se seguem haverá reversão dos eventuais exageros e a volta da calmaria.
 
A vulnerabilidade maior na América Latina hoje é a um choque real. Uma desaceleração mais forte da China, que venha a impactar negativamente as commodities e os termos de troca e, portanto, a renda na região teria um impacto maior. Qual  a probabilidade desse cenário? Num contexto em que a economia global se recupera lentamente, uma desaceleração mais forte da China seria consequência do estouro da bolha de crédito e de investimento, estímulos usados para revitalizar a economia depois da quebra do Lehman Brothers. Uma desaceleração específica da China teria um impacto maior nas economias da América Latina (e no Brasil) do que o impacto do choque de juros de Bernanke.
 
O impacto do novo ciclo mundial no Brasil depende, portanto, das idiossincrasias na China, mas também de suas próprias. O que temos de específico no Brasil em relação ao resto do mundo? Em que divergimos mais? Entramos nesta nova fase com inflação mais alta que nossos vizinhos, muitos com inflação abaixo das suas metas. Isso coloca limites na depreciação do câmbio que pode ser absorvida pela economia (pelo menos sem que a alta da inflação exija mais medidas de austeridade, difíceis no contexto atual). Também adotamos política fiscal mais estimulativa do que os outros, em parte porque o Brasil começou a desacelerar antes das outras economias do mundo. Precisamos fazer ajuste fiscal e ao mesmo tempo atender às novas demandas de velhos problemas. Está claro que a dificuldade de hoje é também a oportunidade de rebalancear a economia. Precisamos voltar a investir em infraestrutura, mas também em serviços públicos consistentes com a alta carga tributária. Reformas que privilegiem a educação são muito bem-vindas, há que se olhar o longo prazo. Só assim reagiremos à altura ao choque externo combinado aos protestos.
 
 Ilan Goldfajn é economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco.

12 julho 2013

Rir é o melhor remédio










Contabilidade na Petrobras

Leiam o texto a seguir:

Para evitar o forte impacto do câmbio em seus balanços, a Petrobras informou que passou a adotar desde maio deste ano uma nova regra contábil, conhecida contabilidade de hedge --instrumento usado para proteção contra variações de moedas em empresas que tem receitas ou dívidas em outras moedas que não o real.

Segundo a Petrobras, essa prática é regulamentada no Brasil e "permite que empresas reduzam impactos provocados por variações cambiais em seus resultados periódicos (balanços trimestres)".

O mecanismo só pode ser usado, porém, desde que as companhias "gerem fluxos de caixa futuros em moeda de outro país que se equivalham e tenham sentidos opostos", de acordo com a estatal.

Em outras palavras, a empresa terá de obter receitas em moeda estrangeira que compensem, por exemplo, o impacto negativo do câmbio em suas dívidas.

No caso da Petrobras, a nova regra contempla, inicialmente, cerca de 70% do total das dívidas expostas à variação cambial (ou seja, denominada em dólar ou outras moedas) por um período de sete anos. Desse modo, a estatal tem esse prazo para "compensar" eventuais perdas decorrentes do câmbio.

A compensação se dará por meio das exportações da estatal, protegendo cerca de 20% das vendas externas da companhia pelo mesmo período.

"Com a aplicação da contabilidade de hedge, os ganhos ou perdas oriundos das dívidas em dólares norte-americanos, provocados por variações cambiais, somente afetarão o resultado da companhia na medida em que as exportações forem realizadas.

Até que essas exportações sejam realizadas, as referidas variações serão acumuladas em conta do patrimônio líquido", diz a estatal em comunicado.

Para o banco britânico Barclays, espera-se com a introdução do mecanismo "reduzir o impacto causado pela variação cambial" no balanço da estatal.

No primeiro trimestre deste ano, por exemplo, a oscilação do câmbio gerou menor pressão sobre o endividamento da Petrobras e resultou num impacto positivo de R$ 925 milhões na comparação com o primeiro trimestre de 2012.

Às 15h27 (horário de Brasília), as ações mais negociadas da Petrobras (preferenciais, sem direito a voto) subiam 2,89%, para R$ 15,65, enquanto os papéis ordinários (com direito a voto) da petroleira avançavam 6,44%, para R$ 14,69. (Folha de S Paulo, grifo nosso, 
Petrobras muda contabilidade para reduzir impacto do câmbio, 11 julho 2013)

Observem a forma "torta" com que o texto trata a contabilidade por hedge: o texto dar a entender que o hedge é uma regra contábil, quando na verdade os lançamentos contábeis refletem este fato. Pensei em fazer uma série de observações, mas confesso que não tive paciência. 

Estudo destaca ocupações de nível técnico com maiores ganhos salariais



Com base em dados extraídos do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED/MTE), uma pesquisa divulgada pelo Ipea apontou as carreiras de nível técnico que mais geraram vagas de trabalho e tiveram maiores ganhos salariais entre 2009 e 2012. Na geração de vagas, destaque para a área de saúde.

Entre as ocupações que predominam com maiores ganhos salariais estão as de operadores de câmara fotográfica, de cinema e de televisão (com aumento real de 51,1% nos salários), dos técnicos de inspeção, fiscalização e coordenação administrativa (aumento de 41,6%) e dos técnicos em laboratório (29,3%).

Os dados fazem parte da edição especial do boletim Radar - Tecnologia, Produção e Comércio Exterior.

CVM e Evidenciação

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) discute internamente a possibilidade de divulgar ao mercado os ofícios de alerta que encaminha às companhias abertas ou a pessoas físicas que atuam no mercado de capitais. Nesses documentos, a autarquia, após identificar alguma irregularidade desses agentes, chama a atenção para o fato, fixa um prazo para que a irregularidade seja corrigida e alerta para que ela não se repita.

Fernando Soares Vieira, superintendente da área de relações com empresas (SEP) da CVM, conta que em 2008 o colegiado da época discutiu o tema e decidiu que esses documentos não deveriam se tornar públicos, conforme a deliberação 542.

"Mas hoje nosso entendimento é que seria muito bom divulgá-los, até mesmo para dar uma satisfação ao mercado. Três ou quatro casos recentes nos fizeram chegar a essa conclusão", diz Soares, ressaltando que a decisão não cabe à superintendência, mas sim ao colegiado, que deverá examinar novamente o tema.

Os ofícios de alertas são apenas um dos instrumentos de fiscalização e supervisão de riscos da CVM, rotineiramente utilizados, mas que quase nunca se tornam públicos, a menos que, por exemplo, alguma companhia tome a iniciativa de divulgá-los.

O mercado já acostumou-se à resposta-padrão da CVM a questionamentos sobre possíveis más condutas. "A autarquia não comenta casos específicos, mas está sempre analisando todos os casos no mercado". Apesar da pouca informação, essa resposta está longe de indicar que a atividade de fiscalização na CVM não seja intensa e criteriosa, embora, a própria autarquia reconheça que suas atividades são pouco divulgadas ao público.

"Sabemos que [essa falta de divulgação] traz o risco de ficar no mercado uma imagem de que a CVM não está atuando", afirma Claudia Hasler, assessora da SEP. "Mas nós não podemos correr o risco de perder um caso. Se ficar a sensação de que fizemos um pré julgamento, pode ser alegado que houve um cerceamento de defesa. E com isso podemos perder um caso em que uma punição poderia ser feita até mesmo com um efeito instrutivo para o mercado", afirma. É por essa razão, explica Claudia, que a CVM sempre opta por ser discreta. "O regulador não pode parecer injusto, ter a imagem de que não apura tudo o que deve apurar ou de que não ouve as pessoas e as companhias. Nenhuma das duas coisas seriam boas", afirma. (...)


CVM estuda tornar público alerta enviado a companhia - Ana Paula Ragazzi | Do Rio - Valor Econômico - 11/07/2013

Crédito Tributário para bancos

As instituições financeiras autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, com exceção das cooperativas de crédito e administradoras de consórcio, poderão apurar crédito tributário presumido a partir de provisões para cobrir possíveis perdas com devedores duvidosos, a cada ano. Crédito presumido é um valor que a instituição financeira pode registrar no seu livro fiscal e usar para quitar tributos devidos no futuro, como se fosse uma espécie de devolução.

Esses créditos presumidos são fruto de tributos que foram cobrados anteriormente sobre essas provisões. Eles são importantes porque podem ser usados na composição do patrimônio de referência (PR) dos bancos.

A possibilidade de apuração de tais créditos pelas instituições financeiras foi instituída pela Lei nº 12.838, publicada ontem no Diário Oficial da União. Essa lei relaciona-se com a Medida Provisória nº 608, de 2013, conhecida como "MP da Basileia". Existe estimativa de que os créditos oriundos da provisão para crédito de liquidação duvidosa somem cerca de R$ 63 bilhões.

De acordo com a nova lei, esse crédito presumido poderá ser apurado quando as instituições financeiras apresentarem, ao mesmo tempo, créditos decorrentes de diferenças temporárias oriundos de provisões para cobrir possíveis perdas com devedores duvidosos e prejuízo fiscal. Ambos valores devem ter sido apurados no ano anterior. Assim, não vale usar o prejuízo fiscal acumulado até o ano anterior para o cálculo desses créditos.

O valor do crédito presumido corresponde a 25% de Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e 15% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). Os tributos incidem sobre as diferenças entre as despesas com essas provisões, segundo a lei contábil, e as despesas autorizadas como dedução para a determinação do lucro real. A nova lei traz a fórmula para o cálculo exato do valor do crédito presumido.

Nos casos de falência ou liquidação extrajudicial das instituições financeiras, o total do saldo de créditos decorrentes de diferenças temporárias oriundos de provisões para cobrir possíveis perdas com devedores duvidosos, apurado na escrituração societária, corresponderá ao crédito presumido a partir da data da decretação da falência ou da liquidação extrajudicial. Isso valerá para instituições com falência ou liquidação decretadas a partir de janeiro de 2014.

Na prática, segundo Carlos Pelá, diretor setorial da comissão de tributação da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), antes as instituições corriam o risco de ter que recolher mais imposto. "Com a nova lei, os créditos tributários decorrentes dessas provisões para cobrir possíveis perdas com devedores duvidosos passam a ser computados no PR como dedutíveis [do lucro]", afirma. Quanto maiores os valores dedutíveis, menor a base de cálculo de IRPJ e CSLL a pagar.

Os bancos poderão pedir o ressarcimento dos créditos presumidos ao Fisco. Mas a Fazenda poderá checar a exatidão do valor apurado. Em relação a todas essas mudanças, a nova lei produz efeitos a partir de 1º de janeiro de 2014.


Bancos poderão solicitar crédito tributário referente a provisões - Laura Ignacio | De São Paulo - Valor Econômico - 11/07/2013

11 julho 2013

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

Gastos da União


[...]

Ninguém sabe disso com clareza, mas 75% dos gastos da União se dão com uma gigantesca folha de pagamento de benefícios previdenciários e assistenciais, além dos salários de servidores, resultado de um exagerado modelo de transferência de dinheiro para certos segmentos, não necessariamente os mais necessitados. Essa folha corresponde hoje a cerca de 54 milhões de contracheques, onde se pendura mais de metade da população brasileira, se raciocinarmos com duas pessoas sustentadas a cada contracheque.
Os 25% restantes da despesa total se decompõem em 8% para gastos correntes em saúde; 1,3% para os investimentos em transportes; 4,7% para os demais investimentos; e os demais 11% são gastos correntes pulverizados em setores que às vezes deveriam ser prioritários e não o são. Essa última parcela inclui, ainda, o espremido custeio geral da máquina, de onde o ministro da Fazenda quer agora tirar algo 50% acima do gasto em transportes, obviamente inviável.
Ressalte-se que em 1987, um pouco antes da implementação do atual modelo de gastos, os gastos em saúde representavam os mesmos 8% do total, enquanto os de investimento eram 16% do todo. Enquanto isso, a “grande folha de pagamento” pesava bem menos: 39% do total.
Como se vê pelos protestos, saúde e infraestrutura estão na linha de frente dos gritos. Ou seja, só transferir dinheiro não é suficiente. A tarefa é grande e urgente. O país precisa correr porque está em cima do laço.
[...]

Inflação na Venezuela

O gráfico mostra a inflação anualizada da Venezuela. Hoje está em quase 40%. Para o Iasb, uma taxa de 100% em três anos representa uma economia hiperinflacionária. Já o Goldman Sachs considera uma taxa anual superior a 40%.

Caixa dois na Espanha

O Partido Popular (PP), que governa a Espanha, foi obrigado a divulgar ontem reiterados desmentidos de que operava recursos de "caixa dois" para fazer pagamentos não declarados a seus membros mais antigos, entre os quais o atual primeiro-ministro, Mariano Rajoy.

O partido de Rajoy foi atacado por políticos da oposição, depois que o jornal "El Mundo" publicou ontem o que alega serem cópias de originais com registros de movimentações de dinheiro clandestinas, que eram mantidos por Luis Bárcenas [montagem], ex-tesoureiro do PP que está na prisão aguardando julgamento.

(...) O jornal "El Mundo" afirma que os documentos que publicou mostram que Mariano Rajoy recebeu pagamentos ilegais quando era ministro no governo de José María Aznar, o então primeiro-ministro, juntamente com outras altas figuras do PP, como Rodrigo Rato, então ministro da Economia e, posteriormente, diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Todos os supostos beneficiários negaram que esses pagamentos tenham sido feitos.

Os desmentidos vieram na esteira da anterior publicação, pelo jornal "El País", de fotocópias da contabilidade clandestina supostamente mantida pelo ex-tesoureiro Bárcenas, documentos que, segundo o PP, não têm credibilidade por não serem originais. Agora o "El Mundo" alega ter publicado cópias dos originais.

Bárcenas, que está detido e aguarda um julgamento sobre como acumulou uma fortuna em torno de € 48 milhões em contas bancárias no exterior, dissera inicialmente que os documentos eram falsos, mas depois mudou sua versão, alegando que o partido o pressionara para que mentisse a respeito. (...)


Cresce escândalo do mensalão do PP na Espanha - Miles Johnson | Financial Times publicado no Valor Econômico - 10/07/2013


Sarcasmo

Uma empresa francesa está desenvolvendo uma ferramenta que será capaz de identificar comentários sarcásticos publicados na internet. O software usa um combinação de linguistica, semântica e heurística para obter algoritmos. Alguns especialistas estão duvidando dos resultados, já que o sarcasmo pode ser muito sútil. Mas acredita-se que a taxa de sucesso seja de 80%.

PwC e a Mulher

Gaenor Bagley, da PricewaterhouseCoopers, reconheceu que sua empresa não tem feito progressos significativos na participação das mulheres no topo do comando. Num artigo escrito para o The Telegraph, Bagley informa que 15% dos partners são mulheres (eram 8% em 2008) e 27% do board são mulheres. Apesar da evolução, Bagley reconhece que a taxa de promoção das mulheres na PwC ainda é baixa: apesar de 29% dos diretores serem mulheres, nas últimas promoções somente 16% eram mulheres.

A análise de Bagley realmente é interessante:

The reality is that there are still a number of barriers businesses need to overcome before satisfactory progress is made. This includes tackling the unconscious assumptions people make about leadership, which are influenced by our history of predominantly male leaders. So leadership is often linked in people’s minds with attributes such as gravitas and impact, which they associate with men. The effect is many women are simply not putting themselves forward for these roles as they don’t think they fit the mould. But also they are less likely to be perceived by others as leaders or having the potential to be a leader.

People tend to promote in their own image, and with men still holding the majority of managerial positions, women are often being unfairly viewed as a
more ‘risky’ choice because they don’t necessarily display the same leadership traits at work as men, or they may display them in a different way. It is an uncomfortable truth that we are influenced by deep-held stereotypes and are therefore not as fair as we think we are. We are missing out on some key talent because of this.