10 julho 2013
CPI do Eike
Confusão a caminho – As relações do governo do PT com o megaempresário Eike Batista pode ser maior do que o escândalo do Mensalão do PT, esquema de corrupção montado no governo Lula para comprar apoio de parlamentares no Congresso Nacional, cujo principal mentor, o ex-deputado e então ministro José Dirceu, foi condenado juntamente com outros parlamentares pelo Supremo Tribunal Federal. A opinião é do presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP).
Freire defendeu a união dos partidos de oposição para exigir investigação em todas as instâncias cabíveis de Eike Batista e seus negócios com o governo Lula. “Pelas relações promíscuas e eivadas de corrupção, pelas facilidades com que esse empresário circulava nas hostes governistas, este escândalo poderá ser maior do que do Mensalão, nestes tempos lulopetistas. É preciso que as oposições exijam apuração deste caso”, afirmou Freire.
Ele lembrou que foi graças ao patrocínio do ex-presidente Lula que Eike Batista foi elevado a “símbolo de capitalista dos tempos de ouro do governo petista”.
O parlamentar defendeu que os contratos do empresário com a Petrobras sejam apurados, bem como o uso do BNDES (Banco de Desenvolvimento Econômico e Social) para beneficiar onze empresas do grupo EBX, de propriedade de Eike Batista, com o empréstimo de R$ 10 bilhões. “O BNDES é apenas um instrumento desse colossal escândalo que, se for apurado com rigor, poderá abalar a República”, alertou Roberto Freire.
Fonte aqui
Erros de previsão
Com incertezas se acumulando no cenário macroeconômico — incluindo as flutuações do câmbio e as pressões das manifestações populares —, os especialistas têm cada vez mais dificuldade de acertar previsões sobre indicadores, como os resultados da produção industrial e a expansão do PIB (Produto Interno Bruto, conjunto de produtos e serviços produzidos).
Na última divulgação da produção industrial, na semana passada, nenhum dos 30 principais bancos listados pela Bloomberg acertou a queda de 2%. As previsões apontavam retração de 1,1%. No mês anterior, as projeções indicavam alta de 1%, mas o resultado foi de 1,9%.
No Banco Central, o fato de o IBC-Br, prévia da instituição para o PIB, ficar bem próximo do resultado oficial costumava ser exaltado e era estampado em documentos, como o relatório de inflação. Agora, com as divergências, o BC frisa que usa metodologia diferente da aplicada pelo IBGE, que afere o PIB oficial.
Especialistas afirmam que o cenário está mais complexo e isto eleva a volatilidade dos dados. (...)
O Globo - Com dólar, incentivos e manifestações, especialistas erram previsões econômicas
Na última divulgação da produção industrial, na semana passada, nenhum dos 30 principais bancos listados pela Bloomberg acertou a queda de 2%. As previsões apontavam retração de 1,1%. No mês anterior, as projeções indicavam alta de 1%, mas o resultado foi de 1,9%.
No Banco Central, o fato de o IBC-Br, prévia da instituição para o PIB, ficar bem próximo do resultado oficial costumava ser exaltado e era estampado em documentos, como o relatório de inflação. Agora, com as divergências, o BC frisa que usa metodologia diferente da aplicada pelo IBGE, que afere o PIB oficial.
Especialistas afirmam que o cenário está mais complexo e isto eleva a volatilidade dos dados. (...)
O Globo - Com dólar, incentivos e manifestações, especialistas erram previsões econômicas
Questão de segundos
Pressionada pela promotoria de Nova York, a Thomson Reuters suspendeu a divulgação antecipada — em dois segundos — do índice de confiança do consumidor americano a clientes que pagam uma taxa extra. Os dados são produzidos pela Universidade de Michigan e fornecidos à agência num contrato anual de pelo menos US$ 1 milhão por ano. A universidade põe as informações em seu site duas vezes por mês, às 10h. A clientes, a Reuters oferece as informações às 9h 55m. E a um seleto grupo que paga uma taxa extra, às 9h 54m 58s.
Os dois segundos representam uma vantagem para fundos quantitativos (de alta frequência, que usam algoritmos para encontrar oportunidades e disparam ordens de compra e venda automaticamente, em segundos), que pagam mais de US$ 6 mil por mês pelo privilégio.
A prática, iniciada em 2008, viola a legislação antifraude, avaliam os promotores, que vêm investigando o caso desde abril, após denúncia de empregados da agência. O objetivo é proteger os investidores, nivelando o acesso a informações. O índice de confiança do consumidor é uma das mais importantes medidas do cenário econômico do país.
Estratégia de segundos
Um porta-voz da agência defendeu a prática e, a princípio, se recusou a suspendê-la. Mas a promotoria avisou que pediria um mandato judicial. Diante da perspectiva de uma batalha nos tribunais, a Reuters disse ontem que, enquanto a investigação estiver em curso, todos os usuários receberão as informações às 9h55. A agência não quis informar quantos clientes tinham acesso aos dados antecipadamente.
O caso destaca a crescente importância das operações de alta frequência — mais da metade do movimento de ações nos EUA é feito desta forma hoje. Provedores de informação, incluindo as grandes Bolsas, cobram pelo acesso antecipado a dados, um mercado estimado em US$ 25 bilhões, de acordo com o “Financial Times”, e os reguladores começam a examinar a questão.
Publicado no New York Times via O Globo
Os dois segundos representam uma vantagem para fundos quantitativos (de alta frequência, que usam algoritmos para encontrar oportunidades e disparam ordens de compra e venda automaticamente, em segundos), que pagam mais de US$ 6 mil por mês pelo privilégio.
A prática, iniciada em 2008, viola a legislação antifraude, avaliam os promotores, que vêm investigando o caso desde abril, após denúncia de empregados da agência. O objetivo é proteger os investidores, nivelando o acesso a informações. O índice de confiança do consumidor é uma das mais importantes medidas do cenário econômico do país.
Estratégia de segundos
Um porta-voz da agência defendeu a prática e, a princípio, se recusou a suspendê-la. Mas a promotoria avisou que pediria um mandato judicial. Diante da perspectiva de uma batalha nos tribunais, a Reuters disse ontem que, enquanto a investigação estiver em curso, todos os usuários receberão as informações às 9h55. A agência não quis informar quantos clientes tinham acesso aos dados antecipadamente.
O caso destaca a crescente importância das operações de alta frequência — mais da metade do movimento de ações nos EUA é feito desta forma hoje. Provedores de informação, incluindo as grandes Bolsas, cobram pelo acesso antecipado a dados, um mercado estimado em US$ 25 bilhões, de acordo com o “Financial Times”, e os reguladores começam a examinar a questão.
Publicado no New York Times via O Globo
Valor do dinheiro
A Argentina lançou, ano passado, uma nota de 100 pesos, com a estampa de Evita. Mas os comerciantes estão com restrição em aceitar a nota, seja por desconhecimento ou por não gostar de Evita. Para resolver este problema, o Banco Central da Argentina lançou uma linha direta para que sejam feitas denúncias contra pessoas que recusam em aceitar a nota.
Rodízio
O PCAOB tentou implantar o rodízio de auditoria nos Estados Unidos. Mas nesta semana o congresso daquele país aprovou, por 321 a 62, o Audit Integrity and Job Protection Act. E teve apoio inclusive do AICPA: seu presidente afirmou que foi uma clara mensagem para o fim do debate sobre o rodízio.
As reações podem ser vistas aqui.
As reações podem ser vistas aqui.
Evidenciação em Redes Sociais
A CVM está estudando o que fazer com a evidenciação nas redes sociais. A razão: grupo empresarial Eike Batista:
(...) Batista [acionista do grupo X] tinha atuação frequente no Twitter, onde costumava falar com otimismo sobre o desenvolvimento das obras e projetos das empresas do grupo. Em maio, após ressalva de que tinha restrições em sua comunicação com seus seguidores, chegou a dizer a um acionista que anunciaria em breve um novo plano de negócios para a OGX. Após o recrudescimento da crise, o empresário reduziu drasticamente a frequência com que interage na rede social.
CVM estuda monitorar redes sociais, após caso Eike - Nicola Pamplona - 9 de julho de 2013 - Brasil Econômico
(...) Batista [acionista do grupo X] tinha atuação frequente no Twitter, onde costumava falar com otimismo sobre o desenvolvimento das obras e projetos das empresas do grupo. Em maio, após ressalva de que tinha restrições em sua comunicação com seus seguidores, chegou a dizer a um acionista que anunciaria em breve um novo plano de negócios para a OGX. Após o recrudescimento da crise, o empresário reduziu drasticamente a frequência com que interage na rede social.
CVM estuda monitorar redes sociais, após caso Eike - Nicola Pamplona - 9 de julho de 2013 - Brasil Econômico
Jogo combinado
Na disputa na sexta divisão do futebol da Nigéria, Police Machine e Plateau United Feeders disputavam o privilégio da promoção. Police jogaria contra Bubayaro e Plateau contra Akurba. Caso ambos vencessem, o critério de desempate seria o saldo de gols.
Os resultados foram "interessantes"
Police Machine 67 x 0 Bubayaro
Plateau 79 x 0 Akurba
Algo estranho? A Federação da Nigéria também achou e resolveu suspender os times. Outro detalhe: dos 146 gols, 133 ocorreram no segundo tempo de jogo, mais de um gol por minuto.
Os resultados foram "interessantes"
Police Machine 67 x 0 Bubayaro
Plateau 79 x 0 Akurba
Algo estranho? A Federação da Nigéria também achou e resolveu suspender os times. Outro detalhe: dos 146 gols, 133 ocorreram no segundo tempo de jogo, mais de um gol por minuto.
Basileia 3
O principal órgão global de supervisão bancária abriu a possibilidade de fazer mudanças para simplificar as novas regras sobre capital próprio dos bancos, estabelecidas no acordo de Basileia 3.
O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária divulgou ontem um documento sobre as bases de discussão envolvendo complexidade, comparação e sensibilidade a riscos nas novas exigências impostas ao setor. "O comitê está perfeitamente consciente do presente debate sobre a complexidade do atual quadro regulamentar", afirmou em comunicado o presidente do comitê e presidente do Banco Central da Suécia, Stefan Ingves.
Segundo o grupo, manter um "equilíbrio razoável" entre simplicidade e sensibilidade aos riscos é essencial para o sucesso das regras. "Há evidência de que algumas partes do arcabouço sobre capital tornaram-se complexas demais e que os benefícios marginais de mais complexidade poderiam ser pequenos, ou mesmo negativos."
Em resposta à crise financeira, o Comitê de Basileia introduziu uma série de reformas para aumentar substancialmente a resiliência do sistema financeiro a choques, sobretudo reforçando o capital próprio dos bancos. As medidas incluem introdução de índice de alavancagem e exigência adicional de capital para bancos importantes demais para quebrar, entre outras.
Bancos dos Estados Unidos, sobretudo, não cessaram de pedir para as autoridades reduzirem a complexidade de Basileia 3. O Federal Reserve aprovou na semana passada um conjunto de regras para ajudar na aplicação do acordo.
Agora, o comitê abre caminho para a discussão. "O comitê pensa que se beneficiará de observações suplementares sobre essa questão crucial antes de decidir sobre o mérito de mudanças específicas na atual regulação", diz o texto.
Entre as questões para as quais o comitê espera retorno do mercado estão se o atual arcabouço, que leva em conta o capital ponderado pelo risco como principal item, fornece o equilíbrio apropriado ou se há outros objetivos que deveriam ser considerados na adequação do capital internacional. (Com agências internacionais)
Comitê admite rever Basileia 3 - Assis Moreira - Valor Econômico - 09/07/2013
O Comitê de Basileia de Supervisão Bancária divulgou ontem um documento sobre as bases de discussão envolvendo complexidade, comparação e sensibilidade a riscos nas novas exigências impostas ao setor. "O comitê está perfeitamente consciente do presente debate sobre a complexidade do atual quadro regulamentar", afirmou em comunicado o presidente do comitê e presidente do Banco Central da Suécia, Stefan Ingves.
Segundo o grupo, manter um "equilíbrio razoável" entre simplicidade e sensibilidade aos riscos é essencial para o sucesso das regras. "Há evidência de que algumas partes do arcabouço sobre capital tornaram-se complexas demais e que os benefícios marginais de mais complexidade poderiam ser pequenos, ou mesmo negativos."
Em resposta à crise financeira, o Comitê de Basileia introduziu uma série de reformas para aumentar substancialmente a resiliência do sistema financeiro a choques, sobretudo reforçando o capital próprio dos bancos. As medidas incluem introdução de índice de alavancagem e exigência adicional de capital para bancos importantes demais para quebrar, entre outras.
Bancos dos Estados Unidos, sobretudo, não cessaram de pedir para as autoridades reduzirem a complexidade de Basileia 3. O Federal Reserve aprovou na semana passada um conjunto de regras para ajudar na aplicação do acordo.
Agora, o comitê abre caminho para a discussão. "O comitê pensa que se beneficiará de observações suplementares sobre essa questão crucial antes de decidir sobre o mérito de mudanças específicas na atual regulação", diz o texto.
Entre as questões para as quais o comitê espera retorno do mercado estão se o atual arcabouço, que leva em conta o capital ponderado pelo risco como principal item, fornece o equilíbrio apropriado ou se há outros objetivos que deveriam ser considerados na adequação do capital internacional. (Com agências internacionais)
Comitê admite rever Basileia 3 - Assis Moreira - Valor Econômico - 09/07/2013
09 julho 2013
Viés em pesquisas acadêmicas
Um dos requisitos para galgar degraus na carreira acadêmica nos dias de hoje é a publicação de pesquisas em periódicos de renome. Esta pressão tem criado situações onde o cientista procura aumentar as suas chances de publicar seu artigo.
Sabemos que as pesquisas que trazem novidades apresentam mais chances de serem aceitas. Isto termina por incentivar os cientistas a buscarem os resultados que possam agradar mais aos pareceristas e editores dos periódicos.
Usando 641 artigos publicados em três periódicos de excelência na área de economia (American Economic Review, The Journal of Political Economy e Quarterly Journal of Economics) quatro pesquisadores investigaram os resultados dos testes estatísticos. Isto significou analisar mais de 50 mil testes estatísticos, já que cada artigo possui em média 78 testes e mais de três mil tabelas. Como os artigos foram publicados entre 2005 e 2011, a investigação corresponde ao estado da arte da pesquisa na área de economia.
O resultado não foi uma grande surpresa: uma vez que os periódicos gostam das pesquisas que rejeitam a hipótese nula, os resultados apresentam uma grande distorção. Os valores do “valor do p” que os pesquisadores encontraram parecem um desenho de um camelo, com muitos valores acima de 25%, um vale entre 10% e 25%. Isto parece indicar que os pesquisadores “inflam” os resultados, tornando-os mais próximo daquilo que se esperam os periódicos.
Leia Mais em BRODEUR, Abel et al. Star Wars: The Empirics STrike Back. Working Paper, Iza DP 7268, 2013.
Sabemos que as pesquisas que trazem novidades apresentam mais chances de serem aceitas. Isto termina por incentivar os cientistas a buscarem os resultados que possam agradar mais aos pareceristas e editores dos periódicos.
Usando 641 artigos publicados em três periódicos de excelência na área de economia (American Economic Review, The Journal of Political Economy e Quarterly Journal of Economics) quatro pesquisadores investigaram os resultados dos testes estatísticos. Isto significou analisar mais de 50 mil testes estatísticos, já que cada artigo possui em média 78 testes e mais de três mil tabelas. Como os artigos foram publicados entre 2005 e 2011, a investigação corresponde ao estado da arte da pesquisa na área de economia.
O resultado não foi uma grande surpresa: uma vez que os periódicos gostam das pesquisas que rejeitam a hipótese nula, os resultados apresentam uma grande distorção. Os valores do “valor do p” que os pesquisadores encontraram parecem um desenho de um camelo, com muitos valores acima de 25%, um vale entre 10% e 25%. Isto parece indicar que os pesquisadores “inflam” os resultados, tornando-os mais próximo daquilo que se esperam os periódicos.
Leia Mais em BRODEUR, Abel et al. Star Wars: The Empirics STrike Back. Working Paper, Iza DP 7268, 2013.
Vice-presidência da Louis Vuitton
Delphine Arnault, francesa, 38, filha mais velha do gigante de bens de luxo, Bernard Arnault, foi nomeada esta semana como diretora-geral adjunta da Louis Vuitton, o que a coloca em segundo lugar no comando da marca. Desde 2008, ela ocupava o mesmo cargo na Dior.
Ela substitui Pietro Beccari, agora CEO da Fendi, e responderá diretamente a Michael Burke, chairman e CEO da Louis Vuitton. Juntos pretendem elevar a marca de bens de couro para o topo do mercado de luxo.
Delphine, que estudou na EDHEC Business School, na França, e na London School of Economics, na Inglaterra, começou sua carreira na empresa de consultoria McKinsey & Co. Desde 2003, ela encontra-se no conselho da LVMH e, além da Dior, já trabalhou em outras marcas que pertencem à holding, como Céline e Loewe.
Fonte: Adaptado daqui
Ela substitui Pietro Beccari, agora CEO da Fendi, e responderá diretamente a Michael Burke, chairman e CEO da Louis Vuitton. Juntos pretendem elevar a marca de bens de couro para o topo do mercado de luxo.
Delphine, que estudou na EDHEC Business School, na França, e na London School of Economics, na Inglaterra, começou sua carreira na empresa de consultoria McKinsey & Co. Desde 2003, ela encontra-se no conselho da LVMH e, além da Dior, já trabalhou em outras marcas que pertencem à holding, como Céline e Loewe.
Fonte: Adaptado daqui
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