Baltazar Guimarães Silva trabalhou durante muitos anos com contabilidade numa cidade do interior de Minas Gerais. Com esta experiência, ele foi testemunha de inúmeras transformações que ocorreram na área. Fizemos uma entrevista com ele.
Pergunta: Em que ano começou a trabalhar com a contabilidade?
Em março de 1948 comecei a trabalhar na Prefeitura de Patos de Minas, no serviço de Educação, como Inspetor de Ensino, com a missão de visitar as escolas rurais. Com base nestas visitas eram estabelecidas normas das quais se exigia fiel cumprimento. Cabia-me também elaborar um painel do que ocorria, de modo amplo, abrangendo todo o município, com base nos dados individuais de cada escola. Este painel, além de relatos históricos, era enriquecido com números: de alunos matriculados; de alunos freqüentes; e de alunos aprovados nos exames finais de cada ano.
Em setembro de 1951, com o pedido de demissão do chefe do serviço de Contabilidade, o então Prefeito Jacques Correa da Costa me mandou para seu lugar, embora não tivesse conhecimento da matéria. Alegou que meus relatórios sobre as escolas tinham muito de contabilidade e que estudasse a matéria específica. Ele não tinha outra pessoa a quem confiar o serviço.
Minhas novas funções seriam a elaboração de ordens de pagamentos, dentro das dotações orçamentárias e respectiva escrituração do livro de Empenho de Despesas. Em etapa imediata a escrituração dos livros de Receita e Despesas. Com isto se exercia o controle da execução orçamentária.
A contabilidade oficial, propriamente dita, era exercida pelo Contador que não cumpria horário no serviço público, exercendo a profissão em escritório próprio, na Cidade.
Cabe esclarecer ainda que eu não era contabilista. Só fiz o curso de Técnico em Contabilidade nos anos de 1957, 58 e 59, com a fundação de escola própria em nossa Cidade.
Pergunta: Que tipo de tecnologia existia naquela época que ajudava o trabalho do profissional?
O contador acima aludido me chamou para trabalhar em seu escritório, fora do horário do serviço público. Ele me ensinou muito sobre contabilidade e tive o máximo interesse em aprender tudo que me era ensinado, embora ainda não fosse contabilista.
Os princípios gerais são os mesmos: contabilidade é o registros de débitos e de créditos; o total dos débitos é sempre igual ao total dos créditos; em cada lançamento pode havia apenas um devedor e um credor, como podem ser vários devedores e um credor, um só devedor e vários credores, ou, finalmente, vários devedores e vários credores.
A execução dos lançamentos destes débitos e créditos, a princípio, era feita apenas manualmente. Pessoalmente comecei a me libertar deste método primário, usando o sistema de inserção frontal de ficha (Front Feed), que consiste em exercer a contabilidade escrita a máquina. Um dispositivo especial na máquina permite a inserção frontal de fichas, em que são lançados, de modo discriminado, os históricos e valores relacionados às diversas ocorrências.
Ao mesmo tempo os lançamentos são registrados em folha solta, mediante carbono copiativo que depois é transferido para o livro diário. Nesta transferência para o diário existiam dois sistemas: diário de folha opaca, no qual a cópia era feita mediante gelatina; e diário de folha transparente, fina, sendo a cópia feita diretamente.
Pergunta: Como se mantinha atualizado das alterações da profissão e das mudanças na legislação? Existiam muitas alterações?
Alterações sempre existiram. Eu assinava uma revista especializada, editada em Belo Horizonte, que informava e orientava sobre as diversas alterações ocorridas na legislação. Mas as modificações precisam ser observadas de imediato e a publicação na revista poderia sofrer algum atraso. As assinaturas do Minas Gerais [diário com legislação estadual] e o do Diário Oficial da União mantinham a atualização. As publicações se complementavam: Os jornais informavam de imediato e as revistas eram mais apropriadas para serem colecionadas, arquivadas.
Sobre a existência ou não de muitas alterações só posso dizer que sempre há alterações e precisam ser acompanhadas diuturnamente.
Pergunta: Você morava numa cidade com cerca de cem mil habitantes, onde as pessoas se conheciam. Qual era a importância de ter uma boa reputação como profissional?
Especialmente em uma cidade onde todos se conhecem, a vida profissional acaba se inserindo na vida social comunitária. Um mau profissional não é bem visto nem bem aceito na vivência comunitária. Sempre fui muito bem reconhecido profissionalmente.
Pergunta: Você fez muitas escritas para empresas de pequeno e médio porte. O empresário, naquela época, interessava pelo que você fazia?
A mentalidade geral, na época, era de que a contabilidade deveria ser feita para satisfazer uma obrigação legal. Não se tinha a consciência de que a principal finalidade da escrita contábil é prestar informações de natureza administrativa para a própria firma.
Pergunta: Como era a relação como outros profissionais? Era cordial?
No que dependesse de minha pessoa, o relacionamento com os demais era cordial. Mas sempre existem os de difícil convivência.
Visando um relacionamento bom entre todos os contabilistas, alguns dentre os profissionais fundamos a Associação Profissional dos Contabilistas de Patos de Minas, depois transformada em Sindicato.
O funcionamento da Associação ou Sindicato é sempre útil no sentido de manter o bom relacionamento entre seus associados. O Sindicato continua até hoje prestando um excelente serviço à classe contábil.
Pergunta: Em quantos dias era possível "fechar" o mês?
Cada caso é cada caso. Há firmas cuja escrita é mais simples e outras em que é mais complicada. Na mesma firma, há meses em que a escrita é mais simples e outros em que é mais complicada. Não é possível dar uma resposta única à pergunta, pois depende de numerosas circunstâncias em cada mês, em cada escrita. Possibilidades: três dias, uma semana, um mês...
16 junho 2013
15 junho 2013
Recorde de Visitas
Na segunda-feira atingimos 3.174 visitas. Este número é um marco. Este blog começou em 2006 e desde então já postamos mais de 14 mil itens. Muitas destas postagens levam horas para ser preparadas, como é o caso dos textos que estamos publicando sobre a história da contabilidade no Brasil. Este trabalho é recompensado com elogios.
Em nome da Isabel e Pedro, agradeço aos leitores. Para nós, este é o fato da semana.
Em nome da Isabel e Pedro, agradeço aos leitores. Para nós, este é o fato da semana.
Teste da Semana
Este é um teste para verificar se você acompanhou de perto os principais eventos do mundo contábil. As respostas estão ao final.
1 – O banco UBS foi acusado de ajudar os ricos reduzir os impostos pagos através de uma dupla contabilidade. O país que está acusando o banco é
Estados Unidos
França
Suíça
2 – O bilionário saudita Alwaleed bin Talal fez uma reclamação à revista Fortune:
Que ele paga mais impostos do que revelado pela revista
Que ele possui mais automóveis que revelado pela revista
Que sua fortuna é maior que a revista afirma
3 – A jovem Farrah Abraham está estudando contabilidade e auditoria e irá fazer um filme chamado Internal Auditing. Internal Auditing é um filme
De espionagem
De terror
Pornográfico
4 – No primeiro filme de Abraham ela recebeu
1.500 dólares
150.000 dólares
1.500.000 dólares
5 – Os bancos HSBC, Credit Suisse e ING estão cobrando desta empresa 530 milhões de reais. Eles acusam de ser sócia oculta da Imcopa, que pediu empréstimos e não pagou. Esta empresa é
Cervejaria Petrópolis
CGX
JBS
6 – As empresas que receberiam indenização pelo fim do contrato de concessão tiveram uma grande surpresa: não irão receber aquilo que estavam esperando. Isto ocorreu em razão
Da cobrança de imposto sobre o valor a ser recebido
Pela mudança nas regras do pagamento
Pelo recebimento através de precatórios
7 – O AICPA lançou uma norma para
Empresas de auditoria
Operações de leasing
Pequenas e médias empresas
8 – Ainda com respeito a norma do AICPA, esta entra em conflito com
IASB
PCC
SEC
9 – Esta celebridade foi notícia esta semana por ser mais um com problemas com o fisco. No caso, o fisco espanhol:
Julio Iglesias
Messi
Shakira
10 – Este produto subiu nove vezes acima da inflação e foi a palavra mais procurada na sexta-feira
Feijão
Tomate
Vinagre
Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze
Respostas: (1) França; (2) sua fortuna é maior que a revista afirma; (3) pornográfico; (4) 1.500.000 dólares; (5) Cervejaria Petrópolis; (6) Da cobrança de imposto (7) Pequenas e médias empresas; (8) PCC; (9) Messi; (10) Vinagre
1 – O banco UBS foi acusado de ajudar os ricos reduzir os impostos pagos através de uma dupla contabilidade. O país que está acusando o banco é
Estados Unidos
França
Suíça
2 – O bilionário saudita Alwaleed bin Talal fez uma reclamação à revista Fortune:
Que ele paga mais impostos do que revelado pela revista
Que ele possui mais automóveis que revelado pela revista
Que sua fortuna é maior que a revista afirma
3 – A jovem Farrah Abraham está estudando contabilidade e auditoria e irá fazer um filme chamado Internal Auditing. Internal Auditing é um filme
De espionagem
De terror
Pornográfico
4 – No primeiro filme de Abraham ela recebeu
1.500 dólares
150.000 dólares
1.500.000 dólares
5 – Os bancos HSBC, Credit Suisse e ING estão cobrando desta empresa 530 milhões de reais. Eles acusam de ser sócia oculta da Imcopa, que pediu empréstimos e não pagou. Esta empresa é
Cervejaria Petrópolis
CGX
JBS
6 – As empresas que receberiam indenização pelo fim do contrato de concessão tiveram uma grande surpresa: não irão receber aquilo que estavam esperando. Isto ocorreu em razão
Da cobrança de imposto sobre o valor a ser recebido
Pela mudança nas regras do pagamento
Pelo recebimento através de precatórios
7 – O AICPA lançou uma norma para
Empresas de auditoria
Operações de leasing
Pequenas e médias empresas
8 – Ainda com respeito a norma do AICPA, esta entra em conflito com
IASB
PCC
SEC
9 – Esta celebridade foi notícia esta semana por ser mais um com problemas com o fisco. No caso, o fisco espanhol:
Julio Iglesias
Messi
Shakira
10 – Este produto subiu nove vezes acima da inflação e foi a palavra mais procurada na sexta-feira
Feijão
Tomate
Vinagre
Acertando 10 ou 9 questões = medalha de ouro; 7 ou 8 = prata; 5 ou 6 = bronze
Respostas: (1) França; (2) sua fortuna é maior que a revista afirma; (3) pornográfico; (4) 1.500.000 dólares; (5) Cervejaria Petrópolis; (6) Da cobrança de imposto (7) Pequenas e médias empresas; (8) PCC; (9) Messi; (10) Vinagre
Como estudar sozinho em casa
Dicas rápidas e simples que sairam na Superinteressante. Dica de Rafael Bevilaqua, a quem agradecemos.
(Clique na imagem para ampliá-la).
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Consolidação 2
As novas normas para definição de controle e contabilização de empreendimentos em conjunto causaram muita confusão no mercado. O entra e sai de projetos nos balanços e a falta de clareza sobre os impactos da adoção dos IFRS 10 e 11 deixaram investidores e analistas no escuro sobre o desempenho efetivo das companhias no começo do ano.
As maiores queixas vieram do setor de energia elétrica, no qual os efeitos das medidas do governo para reduzir a conta de luz já geraram distorções significativas. "É praticamente impossível saber o que foi efeito de reavaliação de ativos regulatórios, dos novos preços praticados pelas empresas e ou das novas regras de consolidação", afirma o analista de um banco de investimento.
No setor, foram poucas as empresas que divulgaram comparativos sobre o que seria o balanço sob as regras antigas. Por essa razão, a Ernst & Young não conseguiu medir o impacto das medidas para o segmento neste ano. A conta só foi possível para o primeiro trimestre de 2012, comparando os dados apresentados no ano passado e reapresentados neste ano, já sob a vigência das novas regras.
Em relatório, o analista Antonio Junqueira do BTG Pactual afirma que, no balanço da Cemig, R$ 4 bilhões de dívidas "sumiram" sob as novas regras de consolidação, mas não houve divulgação de mais detalhes sobre a redução. "Com base no que foi divulgado, é difícil dizer com alguma clareza ou confiança o que realmente aconteceu", afirmou à época da divulgação dos resultados da estatal mineira.
Com as novas regras de contabilização, projetos importantes para a estatal mineira, como a Light, a transmissora Taesa e a usina de Belo Monte são agora contabilizadas como equivalência patrimonial, com impactos em receita, dívida líquida, Ebitda e margens, lembra Sérgio Tamashiro, do J. Safra em boletim aos clientes.
No setor de construção civil, a transição foi um pouco mais fácil, afirma Guilherme Vilazante, do Bank of America Merrill Lynch (BofA). "Tem ativos importantes que a gente não enxerga mais. Temos que buscar a informação nas notas e refazer algumas contas para fazer a análise por fluxo de caixa", afirmou o analista, para quem a mudança "atrapalhou, mas não comprometeu" a análise.
Em teoria, o IFRS 12, que também entrou em vigor neste começo de ano, exige que as empresas abram uma série de informações nas notas explicativas a respeito de suas joint ventures, coligadas e outras investidas que são contabilizadas por equivalência patrimonial. Na prática, no entanto, os analistas afirmam que as explicações, muitas vezes, não são suficientes.
Segundo auditores que acompanharam o processo adaptação às novas regras, a tendência é que as empresas se aperfeiçoem na divulgação de informações de suas subsidiárias. "É tudo muito recente e os impactos foram significativos. Para atrair o investidor, as empresas vão ter de detalhar melhor os projetos", afirma Danilo Simões, sócio do departamento de práticas profissionais da KPMG.
A aplicação do IFRS 12 também vai de encontro à tendência de tentar reduzir o tamanho das demonstrações financeiras - cada vez mais inchadas por um número sem fim de notas explicativas. "O IFRS 12 não é exatamente um exemplo de como simplificar as coisas", afirma Ramon Jubels, também da KPMG.
Alexandre Cassini, da Deloitte, lembra que, nesse caso, entra novamente o embate entre quantidade e qualidade. "A empresa tem que prestar as informações que têm utilidade para o investidor, para o analista. No caso do IFRS 12, as informações sobre a controladas são imprescindíveis. É o tipo de informação que agrega", afirma.
Mudanças de regras causam confusão - Valor Econômico - 13/06/2013
As maiores queixas vieram do setor de energia elétrica, no qual os efeitos das medidas do governo para reduzir a conta de luz já geraram distorções significativas. "É praticamente impossível saber o que foi efeito de reavaliação de ativos regulatórios, dos novos preços praticados pelas empresas e ou das novas regras de consolidação", afirma o analista de um banco de investimento.
No setor, foram poucas as empresas que divulgaram comparativos sobre o que seria o balanço sob as regras antigas. Por essa razão, a Ernst & Young não conseguiu medir o impacto das medidas para o segmento neste ano. A conta só foi possível para o primeiro trimestre de 2012, comparando os dados apresentados no ano passado e reapresentados neste ano, já sob a vigência das novas regras.
Em relatório, o analista Antonio Junqueira do BTG Pactual afirma que, no balanço da Cemig, R$ 4 bilhões de dívidas "sumiram" sob as novas regras de consolidação, mas não houve divulgação de mais detalhes sobre a redução. "Com base no que foi divulgado, é difícil dizer com alguma clareza ou confiança o que realmente aconteceu", afirmou à época da divulgação dos resultados da estatal mineira.
Com as novas regras de contabilização, projetos importantes para a estatal mineira, como a Light, a transmissora Taesa e a usina de Belo Monte são agora contabilizadas como equivalência patrimonial, com impactos em receita, dívida líquida, Ebitda e margens, lembra Sérgio Tamashiro, do J. Safra em boletim aos clientes.
No setor de construção civil, a transição foi um pouco mais fácil, afirma Guilherme Vilazante, do Bank of America Merrill Lynch (BofA). "Tem ativos importantes que a gente não enxerga mais. Temos que buscar a informação nas notas e refazer algumas contas para fazer a análise por fluxo de caixa", afirmou o analista, para quem a mudança "atrapalhou, mas não comprometeu" a análise.
Em teoria, o IFRS 12, que também entrou em vigor neste começo de ano, exige que as empresas abram uma série de informações nas notas explicativas a respeito de suas joint ventures, coligadas e outras investidas que são contabilizadas por equivalência patrimonial. Na prática, no entanto, os analistas afirmam que as explicações, muitas vezes, não são suficientes.
Segundo auditores que acompanharam o processo adaptação às novas regras, a tendência é que as empresas se aperfeiçoem na divulgação de informações de suas subsidiárias. "É tudo muito recente e os impactos foram significativos. Para atrair o investidor, as empresas vão ter de detalhar melhor os projetos", afirma Danilo Simões, sócio do departamento de práticas profissionais da KPMG.
A aplicação do IFRS 12 também vai de encontro à tendência de tentar reduzir o tamanho das demonstrações financeiras - cada vez mais inchadas por um número sem fim de notas explicativas. "O IFRS 12 não é exatamente um exemplo de como simplificar as coisas", afirma Ramon Jubels, também da KPMG.
Alexandre Cassini, da Deloitte, lembra que, nesse caso, entra novamente o embate entre quantidade e qualidade. "A empresa tem que prestar as informações que têm utilidade para o investidor, para o analista. No caso do IFRS 12, as informações sobre a controladas são imprescindíveis. É o tipo de informação que agrega", afirma.
Mudanças de regras causam confusão - Valor Econômico - 13/06/2013
Consolidação
As incorporadoras mudaram de tamanho no primeiro trimestre - e não foi apenas por causa do ritmo de lançamentos ou da perda de fôlego da economia. Levantamento feito pela consultoria Ernst & Young com base nas demonstrações contábeis de oito empresas do setor mostra que as receitas encolheram em média 4% no período apenas por conta da adoção do conjunto de normas que altera o conceito de controle e a contabilização de empreendimentos administrados em parceria.
Porém, ao contrário do observado nos setores de energia elétrica e aluguel de propriedades comerciais, que também trabalham com muitos projetos em associação, no segmento de incorporação a tendência geral não foi de "redução" dos balanços. Na amostra considerada pela E&Y, os efeitos foram díspares. Enquanto a Tecnisa viu sua receitas minguarem 12%, o faturamento da Helbor cresceu 20% só pelo efeito das novas normas. Outras empresas, como Cyrela, PDG e Direcional tiveram pouco impacto na primeira linha do balanço.
Na prática, o que ocorreu foi que algumas empresas do setor se viram donas de empreendimentos dos quais não reconheciam o controle pelas normas anteriores - e vice-versa. Pela regra vigente até o ano passado, os projetos controlados em conjunto, as joint ventures, podiam ser contabilizados linha a linha nas demonstrações de resultados, de acordo com a participação no capital da empresa investida e essa era opção amplamente adotada. No modelo, conhecido como consolidação proporcional, se uma companhia tinha uma fatia de 50% em um empreendimento, contabilizaria metade de suas receitas, custos, despesas, ativos, passivos e assim por diante.
Pelo IFRS 11, que passou a ser obrigatório neste ano, as joint ventures passaram a ser contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial e entram em apenas uma linha no balanço. Nada muda no lucro e nem no patrimônio, mas há redução de receitas, custos e despesas. Ativos e passivos também podem sofrer alterações significativas. A expectativa, portanto, era de que as empresas "encolhessem".
Mas uma revisão no conceito de controle, introduzida pelo IFRS 10, que também entrou em vigor neste ano, trouxe um efeito inesperado. Anteriormente, o controlador era quem, independentemente da participação acionária, definia as políticas financeiras e operacionais da investida. Agora, o controle está nas mãos daquele que tem o poder de gerir as atividades relevantes e que afetam os retornos variáveis do projeto.
Dois termos nessa definição foram suficientes para produzir uma revolução nos balanços das construtoras. O primeiro é o "poder de gerir". Ainda que uma das partes atualmente não esteja no comando das principais decisões no dia a dia, se o contrato, no momento de sua constituição, prevê que ela possa influenciar de forma significativa essas decisões, há controle.
O segundo ponto foi ainda mais relevante para as incorporadoras: a definição de atividades que geram os principais retornos. Nas parcerias formadas para empreendimentos imobiliários, as atividades relevantes são construção e financiamento: se o contrato prevê que uma determinada empresa é que tem o poder se interferir sobre essas atividades, ela é a controladora. As demais atividades são consideradas "acessórias".
De acordo com Paul Sutcliffe, sócio responsável pela área de IFRS da E&Y e coordenador do levantamento, os dois efeitos foram observados para a maior parte das empresas. Houve empreendimentos que mantiveram o status de joint ventures e passaram a ser contabilizados por equivalência patrimonial. Outros projetos que eram classificados como operados em conjunto passaram a ter um controlador definido, e a consolidação foi integral. "No fim das contas, em algumas empresas, um efeito falou mais alto que o outro", afirma.
No caso da Cyrela, 49 empreendimentos mantiveram o status de joint ventures, enquanto outros 29 passaram a ser considerados como controlados, o que compensou o impacto na primeira linha do balanço: o efeito na receita foi de apenas 1%. Já a Helbor, que registrou o maior salto na receita pela adoção das novas normas, a companhia se viu controladora de pelo menos 45 projetos a mais do que no modelo anterior.
Nesses casos, o resultado do projeto é consolidado integralmente no balanço, linha a linha: 100% das receitas, custos e despesas são incorporados ao balanço do controlador. A diferença referente à fatia do capital não detida é retirada na apresentação do lucro dos não controladores.
Os profissionais ouvidos pelo Valor afirmam que houve alguma resistência dos empresários em relação às novas normas. "Houve algumas discussões mais "apimentadas" porque os empresários se julgavam controladores apenas por mandar no dia a dia", afirma Sutcliffe, da E&Y.
De acordo com Alessandro Cassini, da Deloitte, a intenção por trás da novas regras foi adotar uma política mais conservadora nos balanços: "Numa joint venture, não necessariamente uma empresa tem acesso às receitas, ao caixa e aos ativos que consolidava antes no balanço", afirma. Mas, segundo ele, muitos empresários afirmaram que o novo modelo não reflete bem a cara do negócio.
"O IFRS 10 é altamente conceitual e é muito menos prático que a norma antiga", afirma Ramon Jubels, sócio do departamento de práticas profissionais da KPMG. Segundo ele, aplicar o IFRS 10 a cada uma das centenas de contratos de parceria firmados pelas empresas exigiu um esforço comparável à adoção das normas contábeis internacionais, na virada de 2009 para 2010.
A Rossi não conseguiu se adequar às novas normas a tempo e publicou seus números do primeiro trimestre ainda sob o modelo antigo. O balanço, auditado pela Deloitte, levou uma ressalva, o que indica que há inconsistências relevantes em relação aos padrões contábeis. Procurada pela reportagem, a Rossi informou que está em processo de avaliação das parcerias e que a expectativa é que no segundo trimestre as normas já sejam aplicadas.
Nova definição de controle mexe com balanço de incorporadoras - Natalia Viri - Valor Econômico - 13/06/2013
Porém, ao contrário do observado nos setores de energia elétrica e aluguel de propriedades comerciais, que também trabalham com muitos projetos em associação, no segmento de incorporação a tendência geral não foi de "redução" dos balanços. Na amostra considerada pela E&Y, os efeitos foram díspares. Enquanto a Tecnisa viu sua receitas minguarem 12%, o faturamento da Helbor cresceu 20% só pelo efeito das novas normas. Outras empresas, como Cyrela, PDG e Direcional tiveram pouco impacto na primeira linha do balanço.
Na prática, o que ocorreu foi que algumas empresas do setor se viram donas de empreendimentos dos quais não reconheciam o controle pelas normas anteriores - e vice-versa. Pela regra vigente até o ano passado, os projetos controlados em conjunto, as joint ventures, podiam ser contabilizados linha a linha nas demonstrações de resultados, de acordo com a participação no capital da empresa investida e essa era opção amplamente adotada. No modelo, conhecido como consolidação proporcional, se uma companhia tinha uma fatia de 50% em um empreendimento, contabilizaria metade de suas receitas, custos, despesas, ativos, passivos e assim por diante.
Pelo IFRS 11, que passou a ser obrigatório neste ano, as joint ventures passaram a ser contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial e entram em apenas uma linha no balanço. Nada muda no lucro e nem no patrimônio, mas há redução de receitas, custos e despesas. Ativos e passivos também podem sofrer alterações significativas. A expectativa, portanto, era de que as empresas "encolhessem".
Mas uma revisão no conceito de controle, introduzida pelo IFRS 10, que também entrou em vigor neste ano, trouxe um efeito inesperado. Anteriormente, o controlador era quem, independentemente da participação acionária, definia as políticas financeiras e operacionais da investida. Agora, o controle está nas mãos daquele que tem o poder de gerir as atividades relevantes e que afetam os retornos variáveis do projeto.
Dois termos nessa definição foram suficientes para produzir uma revolução nos balanços das construtoras. O primeiro é o "poder de gerir". Ainda que uma das partes atualmente não esteja no comando das principais decisões no dia a dia, se o contrato, no momento de sua constituição, prevê que ela possa influenciar de forma significativa essas decisões, há controle.
O segundo ponto foi ainda mais relevante para as incorporadoras: a definição de atividades que geram os principais retornos. Nas parcerias formadas para empreendimentos imobiliários, as atividades relevantes são construção e financiamento: se o contrato prevê que uma determinada empresa é que tem o poder se interferir sobre essas atividades, ela é a controladora. As demais atividades são consideradas "acessórias".
De acordo com Paul Sutcliffe, sócio responsável pela área de IFRS da E&Y e coordenador do levantamento, os dois efeitos foram observados para a maior parte das empresas. Houve empreendimentos que mantiveram o status de joint ventures e passaram a ser contabilizados por equivalência patrimonial. Outros projetos que eram classificados como operados em conjunto passaram a ter um controlador definido, e a consolidação foi integral. "No fim das contas, em algumas empresas, um efeito falou mais alto que o outro", afirma.
No caso da Cyrela, 49 empreendimentos mantiveram o status de joint ventures, enquanto outros 29 passaram a ser considerados como controlados, o que compensou o impacto na primeira linha do balanço: o efeito na receita foi de apenas 1%. Já a Helbor, que registrou o maior salto na receita pela adoção das novas normas, a companhia se viu controladora de pelo menos 45 projetos a mais do que no modelo anterior.
Nesses casos, o resultado do projeto é consolidado integralmente no balanço, linha a linha: 100% das receitas, custos e despesas são incorporados ao balanço do controlador. A diferença referente à fatia do capital não detida é retirada na apresentação do lucro dos não controladores.
Os profissionais ouvidos pelo Valor afirmam que houve alguma resistência dos empresários em relação às novas normas. "Houve algumas discussões mais "apimentadas" porque os empresários se julgavam controladores apenas por mandar no dia a dia", afirma Sutcliffe, da E&Y.
De acordo com Alessandro Cassini, da Deloitte, a intenção por trás da novas regras foi adotar uma política mais conservadora nos balanços: "Numa joint venture, não necessariamente uma empresa tem acesso às receitas, ao caixa e aos ativos que consolidava antes no balanço", afirma. Mas, segundo ele, muitos empresários afirmaram que o novo modelo não reflete bem a cara do negócio.
"O IFRS 10 é altamente conceitual e é muito menos prático que a norma antiga", afirma Ramon Jubels, sócio do departamento de práticas profissionais da KPMG. Segundo ele, aplicar o IFRS 10 a cada uma das centenas de contratos de parceria firmados pelas empresas exigiu um esforço comparável à adoção das normas contábeis internacionais, na virada de 2009 para 2010.
A Rossi não conseguiu se adequar às novas normas a tempo e publicou seus números do primeiro trimestre ainda sob o modelo antigo. O balanço, auditado pela Deloitte, levou uma ressalva, o que indica que há inconsistências relevantes em relação aos padrões contábeis. Procurada pela reportagem, a Rossi informou que está em processo de avaliação das parcerias e que a expectativa é que no segundo trimestre as normas já sejam aplicadas.
Nova definição de controle mexe com balanço de incorporadoras - Natalia Viri - Valor Econômico - 13/06/2013
Banco Rural
A Rural Agroinvest, pertencente ao Grupo Rural, não conseguiu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) impedir o bloqueio e a transferência de mais de R$ 100 milhões para o pagamento de dívidas trabalhistas da falida Vasp. Na quarta-feira, a 2ª Seção analisou novo recurso da empresa - embargos de declaração - e manteve sua decisão. (...)
A fraude, de acordo com o processo, consistiria na alienação de cabeças de gado, por meio da Rural Agroinvest, na época no valor de R$ 38 milhões. O objetivo seria ocultar os bens de Canhedo. Segundo o advogado Carlos Duque Estrada Jr., que defende o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo e 800 ex-trabalhadores da companhia aérea, "nenhuma cabeça de gado foi transferida", e o valor atualizado chega a R$ 140 milhões. Segundo ele, a decisão traz uma grande vitória aos trabalhadores. (...)
Banco Rural responderá por dívidas da Vasp - Adriana Aguiar - Valor Econômico - 14/06/2013
A fraude, de acordo com o processo, consistiria na alienação de cabeças de gado, por meio da Rural Agroinvest, na época no valor de R$ 38 milhões. O objetivo seria ocultar os bens de Canhedo. Segundo o advogado Carlos Duque Estrada Jr., que defende o Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo e 800 ex-trabalhadores da companhia aérea, "nenhuma cabeça de gado foi transferida", e o valor atualizado chega a R$ 140 milhões. Segundo ele, a decisão traz uma grande vitória aos trabalhadores. (...)
Banco Rural responderá por dívidas da Vasp - Adriana Aguiar - Valor Econômico - 14/06/2013
Cultura é uma (des)vantagem competitiva?
Quando a pergunta é a se a cultura organizacional é mesmo importante para a empresa, a resposta mais comum é: "Sem dúvida! Veja os nossos valores!". Na maior parte das vezes, porém, os valores que estão amplamente divulgados nos quadros, nas agendas e nos documentos oficiais não espelham a realidade da organização.
Então o que é cultura organizacional? É o jeito de ser e de fazer de uma empresa. Ele é modelado pelos que estão na direção e influenciado pela cultura do país onde a companhia está inserida.
Não tenho dúvida de que a cultura pode ser a maior vantagem competitiva de uma organização, inclusive porque sustenta ou não a execução da sua estratégia. Ela vai muito além da simples divulgação de valores porque está no coração de cada um, na "causa" de todas as pessoas, que se sentem inspiradas (ou não) a oferecer aquela sua "energia extra".
As estratégias de negócio, fonte histórica de vantagem competitiva, são cada vez mais facilmente copiáveis, com raríssimas exceções. Os processos também. A estrutura organizacional mais ainda. O que, de fato, faz a maior diferença? Pessoas, claro. Em alguns momentos, porém, as empresas buscam no mercado indivíduos que têm o que elas querem. Na maioria das vezes, atinge-se o almejado, mas paga-se caro por isso. Embora não exista a intenção de copiar, a busca é por um certo modelo de talento. Já a liderança, não na perspectiva individual, mas na coletiva, e a cultura são duas faces de uma mesma moeda. E aqui eu diria que é impossível copiar- embora seja possível, e não raramente necessário, mudar.
Mas é mesmo possível transformar a cultura de uma organização? A resposta é sim. Só que não se faz isso rapidamente, nem sem dor. E não se trata de sofrimento. Como disse Drummond, "a dor é inevitável, o sofrimento é opcional".
São três as principais situações de mudança de cultura. A primeira é a fusão ou aquisição. Porém, atenção: não significa que em todas as operações de F&A a cultura mude. Em alguns casos, por estratégia, ela é mantida. A segunda situação é a troca do presidente da empresa. Novamente, há casos em que isso não altera significativamente a cultura. Não raro, porém, opta-se por mudar o presidente da empresa porque ele já estabeleceu relações tão fortes com a organização que se torna muito mais difícil orquestrar uma mudança verdadeira. Por último, mas não menos importante, estão as situações de crise. A mais comum é a financeira: nesses momentos, ou se muda, ou se morre. E algumas organizações desaparecem por não conseguirem engendrar uma nova forma de ser e de fazer.
O ponto mais importante de uma situação de crise é aquele em que o momento econômico-financeiro está muito bom, mas o dirigente ou seu time tem a consciência de que a cultura existente não garantirá um futuro tão brilhante como o presente. Aqui, sim, é indispensável a decisão de um comandante, aquele que tem a coragem de, mesmo em momentos de bonança, não se acomodar, enxergar além, ver o que a maioria não vê e, conscientemente, mudar o fluxo natural das coisas.
É assim que se engendram novas formas de pensar, de sentir e de agir, que são promovidas por meio de diálogo, reflexão conjunta, troca de ideias e, consequentemente, envolvimento emocional. E o que torna tudo isso possível é a confiança, pedra angular de um processo de transformação.
Em síntese, a mudança de cultura só é realizável por meio das lideranças, cuja essência, influenciar pessoas, se concretiza através do relacionamento, da interação pessoal, do compartilhamento.
No processo de mudança de cultura é preciso conversar, conversar e conversar, abrir espaço na agenda frenética para compreender mais profundamente o outro.
A criação de um novo mapa mental requer o questionamento contínuo das certezas culturais que conduzem às práticas vigentes. Assim você aumenta a possibilidade de a cultura da sua empresa ser, de fato, uma vantagem competitiva sustentável. Esta ninguém copia.
14 junho 2013
Inflação do vinagre
O vinagre está liderando a lista de palavras mais procuradas no Google nesta sexta-feira, 14, segundo o site trendsmap.com, que permite ver no mapa global as principais palavras chave buscadas na internet mundial por região a cada instante.
Presente diariamente na mesa do brasileiro, o preço do produto subiu quase nove vezes acima da inflação em maio na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O vinagre subiu 0,86% em maio, enquanto a inflação média dos produtos pesquisados, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ficou em 0,10%.
Mas, o motivo da fama do vinagre da noite para o dia não foi a inflação, e, sim, a prisão de manifestantes nos protestos contra as tarifas de ônibus.
Mais de 30 pessoas foram detidas por porte de vinagre. O produto costuma ser usado pelos frequentadores assíduos de manifestações pela sua qualidade química de abrandar efeitos do gás lacrimogêneo, outra presença garantida nos protestos que terminam em choque com a polícia.
Inflação do vinagre. A inflação do vinagre desde o início do ano, porém, é negativa, ou seja, houve deflação de -8,86% no preço do produto na capital paulista. A inflação da Fipe este ano foi de 1,57%.
Em 12 meses, a alta do vinagre é de apenas 1,5%, enquanto a alta inflação da Fipe chega a 5,11%.
Mas, se na matemática dos preços o comportamento do vinagre é exemplar, na área de segurança o produto virou figura procurada pela polícia.
Segundo o tenente-coronel Ben-Hur Junqueira, comandante da operação militar que resultou em pancadaria em São Paulo, o vinagre representa uma série de riscos em grandes aglomerações, e pode até ser usado na fabricação de bombas.
As demais palavras mais buscadas no Google também referem-se às manifestações. As palavras 'policial', 'viatura' e 'borracha' mostram outro efeito da manifestação desta quinta-feira: a moral da polícia foi, literalmente, para o vinagre.
Fonte: Aqui
Autor da charge: Carlos Ruas
Presente diariamente na mesa do brasileiro, o preço do produto subiu quase nove vezes acima da inflação em maio na cidade de São Paulo, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O vinagre subiu 0,86% em maio, enquanto a inflação média dos produtos pesquisados, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), ficou em 0,10%.
Mas, o motivo da fama do vinagre da noite para o dia não foi a inflação, e, sim, a prisão de manifestantes nos protestos contra as tarifas de ônibus.
Mais de 30 pessoas foram detidas por porte de vinagre. O produto costuma ser usado pelos frequentadores assíduos de manifestações pela sua qualidade química de abrandar efeitos do gás lacrimogêneo, outra presença garantida nos protestos que terminam em choque com a polícia.
Inflação do vinagre. A inflação do vinagre desde o início do ano, porém, é negativa, ou seja, houve deflação de -8,86% no preço do produto na capital paulista. A inflação da Fipe este ano foi de 1,57%.
Em 12 meses, a alta do vinagre é de apenas 1,5%, enquanto a alta inflação da Fipe chega a 5,11%.
Mas, se na matemática dos preços o comportamento do vinagre é exemplar, na área de segurança o produto virou figura procurada pela polícia.
Segundo o tenente-coronel Ben-Hur Junqueira, comandante da operação militar que resultou em pancadaria em São Paulo, o vinagre representa uma série de riscos em grandes aglomerações, e pode até ser usado na fabricação de bombas.
As demais palavras mais buscadas no Google também referem-se às manifestações. As palavras 'policial', 'viatura' e 'borracha' mostram outro efeito da manifestação desta quinta-feira: a moral da polícia foi, literalmente, para o vinagre.
Fonte: Aqui
Autor da charge: Carlos Ruas
João Gilberto Falleiros
Faleceu no dia 12 de junho o professor João Gilberto Falleiros, da Universidade de Brasília. Falleiros, como era conhecido por todos nós, era mestre em administração e foi o segundo chefe da história do departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília. Ele geralmente ministrava as disciplinas de Contabilidade Geral 1, Comercial, Administração dos Recursos Materiais e Prática Comercial.
Durante anos trabalhamos juntos para criar e consolidar o Departamento. Logo após a criação do mesmo, quando o então coordenador do curso assumiu a chefia do novo departamento, Falleiros esteve sempre presente ajudando no processo de conquista do espaço físico e da organização da nova unidade. Lembro-me quando fomos procurados por uma entidade filantrópica e ele prontamente interessou em ajudar a arrumar a contabilidade da mesma. Era um jovem mestre e aprendi muito com ele nesta ocasião.
Depois de aposentado, Falleiros costumava passar pela Faculdade para uma conversa e um cafezinho. Sempre bem humorado e sábio, estas conversas era uma situação ideal para continuarmos aprendendo com sua experiência.
Existiu alguém que não gostava dele?
Durante anos trabalhamos juntos para criar e consolidar o Departamento. Logo após a criação do mesmo, quando o então coordenador do curso assumiu a chefia do novo departamento, Falleiros esteve sempre presente ajudando no processo de conquista do espaço físico e da organização da nova unidade. Lembro-me quando fomos procurados por uma entidade filantrópica e ele prontamente interessou em ajudar a arrumar a contabilidade da mesma. Era um jovem mestre e aprendi muito com ele nesta ocasião.
Depois de aposentado, Falleiros costumava passar pela Faculdade para uma conversa e um cafezinho. Sempre bem humorado e sábio, estas conversas era uma situação ideal para continuarmos aprendendo com sua experiência.
Existiu alguém que não gostava dele?
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