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08 junho 2013

Nova norma de reconhecimento da receita

Uma pesquisa do AICPA concluiu que os executivos financeiros estão esperando uma dificuldade reduzida na implantação da nova regra de reconhecimento da receita. A nova regra foi proposta, em conjunto, pelo FASB e IASB.

A nova norma deverá entrar em vigor em 2017.

UBS

A justiça francesa acusou o banco suíço UBS de práticas ilegais. A suspeita é de que a instituição financeira montou um sistema destinado a convencer franceses ricos a abrirem contas não declaradas na Suíça no começo dos anos 2000, informaram fontes judiciais nesta sexta-feira.

A acusação ao maior banco suíço ocorre dois dias depois de a sua filial francesa ter sido acusada por "cumplicidade em transações ilegais".

O banco também é considerado testemunha em investigações de lavagem de dinheiro e fraude fiscal, estando sob controle da justiça com uma fiança de 2,87 bilhões de euros, afirmaram as fontes.

A justiça francesa suspeita que o UBS permitiu a seus representantes suíços a captarem clientes na França, violando a legislação vigente. Além disso, o banco teria realizado uma dupla contabilidade para ocultar movimentos de capitais entre a França e a Suíça.

Um ex-diretor geral do UBS França, Patrick de Fayet, um ex-diretor do escritório do UBS em Lille (no norte do país), e um funcionário do UBS em Estrasburgo já foram acusados. Denúncias de ex-empregados do banco permitiram as investigações.

A AFP teve acesso a uma mensagem anônima enviada à autoridade responsável pela área, a ACP, que menciona a existência, entre 2002 e 2007, de um sistema destinado a registrar a abertura de contas não declaradas na Suíça, realizadas por representantes do banco.

Na mensagem, está descrito o suposto papel desses representantes na Suíça e na França, assim como a função dos gerentes do UBS na França nesta dupla contabilidade.

De acordo com a nota, o sistema não deixava rastros no sistema oficial do banco, embora permitisse calcular a premiação que os funcionários do banco deveriam receber no final do ano.

A investigação sobre as práticas do banco suíço na França começou em abril de 2012. A acusação era de "marketing bancário ou financeiro por pessoa desabilitada e fraude fiscal e de fundos obtidos com ajuda de transações ilegais, crimes realizados por grupo organizado".

Os juízes responsáveis pela investigação enviaram à receita federal francesa uma lista de 353 nomes de pessoas suspeitas de terem aberto contas na Suíça neste esquema.


Justiça francesa acusa o banco suíço UBS de práticas ilegais - Por AFP - 7 de junho de 2013

Xi e o Sexo

Um texto interessante do Quartz mostra que a recente viagem do poderoso chefão chinês Xi Jinping esteve associada a "sexo". Primeiro, a fotografia abaixo, em que Xi olha, com ternura, para o presidente do México:


Depois a capa da revista The Economist, fazendo uma comparação com o filme Brokeback Mountain:

Naturalmente que tudo isto foi censurado na China

Mais manipulação

O governo decidiu que vai reduzir as taxas de parte dos empréstimos concedidos desde 1997 para o BNDES, numa operação que poderá aumentar o superavit primário do governo -- a economia feita para pagar juros da dívida. Não é possível saber ainda, porém, se o impacto será relevante.

Atualmente, o BNDES pega emprestados recursos com o governo e concede financiamentos aos empresários a taxas mais baratas. O prejuízo do banco nessa operação é bancado com subsídios do Tesouro Nacional, que no último ano somaram R$ 12,6 bilhões.

Com a redução das taxas pagas ao governo, o Tesouro vai diminuir seus custos com os subsídios. Essa operação vai impactar positivamente o resultado primário do governo, porque as receitas financeiras não entram no cálculo, mas os gastos com subsídios são registrados como despesa.

A renegociação dos juros dos empréstimos ao BNDES foi autorizada na Medida Provisória 618, publicada nesta quinta-feira no "Diário oficial da União". O governo não divulgou, no entanto, qual será o volume de dívida que será renegociado. Segundo o secretário-executivo interino, Dyogo de Oliveira, isso ainda está sendo definido.

Ele reconheceu que a mudança aumentará o superavit primário, mas disse que o impacto não será relevante. De acordo com Oliveira, a motivação da medida é melhorar a gestão financeira do BNDES. [1]

"Não há uma preocupação com o [superavit] primário. [Essa media] Não é relevante para o cumprimento do primário. A preocupação aqui é com uma melhor gestão financeira do banco", disse Oliveira.

O secretário não soube informar qual o estoque total de empréstimos do governo para o BNDES [2]. Esse saldo passou a crescer com mais intensidade depois da crise financeira mundial de setembro de 2008.

Segundo relatório do banco relativo ao primeiro trimestre deste ano, desde 2009 o governo emprestou R$ 285 bilhões ao banco. Devido a correção da dívida, o saldo devedor relativo a esses empréstimos chega a R$ 295,5 bilhões.

CAPITALIZAÇÃO DO BNDES

Na mesma medida provisória, o Tesouro Nacional foi autorizado a capitalizar o BNDES em mais R$ 15 bilhões. Oliveira afirmou que isso será feito gradualmente e a partir desse ano e que o objetivo é adequar as contas do banco as regras de Basiléia 3, que entram em vigor em 2014.

As regras de Basiléia estabelecem limites para os bancos emprestar em relação ao seu patrimônio. As exigências estão sendo elevadas com objetivo de dar mais segurança ao sistema financeiro.


Fonte: Folha de S Paulo - Renegociação dos empréstimos ao BNDES aumentará superavit do governo - 6 de junho de 2013

[1] se a medida não é relevante, qual a razão da sua adoção? E como isto irá melhorar a gestão financeira do BNDES?
[2] se ele não tem esta informação, como pode afirmar que não será relevante?

07 junho 2013

Propaganda de motel? Opção para a sua lua de mel?

Não. Folder do IX Encontro Nacional da Mulher Contabilista. Recebi hoje, novamente, - obrigada CFC. Que honra. Uma vez não foi suficientemente informativo. ¬_¬

Sua história de amor recomeça (?) aqui!


Mais em: Encontro bla bla bla mulher contabilista

Rir é o melhor remédio

Manual de Usuário: Fotos Turísticas

Talento e erro

Um funcionário talentoso é aquele que comete poucos erros. Provavelmente este funcionário será bem remunerado e estaria menos sujeito a ser despedido de uma empresa. Acredito que nenhum leitor irá discordar destas afirmações. E certamente isto também será válido para a área contábil, onde os contadores mais talentosos serão aqueles que cometem menos erros.

Mas como comprovar que isto é verdadeiro na prática? Somente o senso comum não é suficiente para que as afirmativas anteriores sejam consideradas verdadeiras pela ciência. É necessário que dados práticos possam responder a esta questão.

Três pesquisadores australianos conseguiram mostrar que a qualidade do profissional contábil está relacionada com a sua remuneração e chance de ser mandado embora. Para comprovar a qualidade, os pesquisadores pensaram numa situação onde os executivos contábeis das grandes empresas fossem submetidos a um teste para determinar seu talento. Para sorte dos pesquisadores, esta situação ocorreu na própria Austrália.

Este país adotou em 2005/2006 as normas internacionais de contabilidade do Iasb. Estas normas foram adotadas no mesmo período para todas as empresas, já que a adoção preliminar não foi permitida naquele país. Isto criou uma competição entre os responsáveis pela contabilidade das grandes empresas daquele país, os CFOs, e a adoção no mesmo período simplificou os testes que eles realizaram.

Mas como medir o talento dos executivos? Para isto, os pesquisadores adotaram um subterfúgio bastante criativo: os executivos mais talentosos seriam aqueles que as empresas cometeriam menos erros na adoção inicial das IFRS, as normas internacionais de contabilidade.

Assim, era possível verificar o desempenho da contabilidade das empresas numa situação de uma grande alteração para todas as empresas. Controlando diversos fatores econômicos e o tamanho do erro, os achados dos pesquisadores australianos foram interessantes. Com 280 empresas australianas, a pesquisa encontrou uma relação entre o talento dos contadores e sua remuneração. Isto comprova o senso comum comentado no início do texto.

Os efeitos também ocorreram no ano seguinte, quando os executivos mais talentosos obtiveram uma remuneração, sob a forma de bônus, mais elevada que os menos talentosos. Finalmente, os contadores que cometeram menos erros na fase de transição tinha mais probabilidade de permanecer na empresa do que aqueles que erraram mais.

Assim foi possível comprovar que contadores mais talentosos são recompensados. Pelo menos na Austrália.

Leia mais

LOYEUNG, Anna; MATOLCSY, Zoltan; WELLS, Peter. IFRS errors, CFOs´accounting talento, compensation and turnover. Working Paper, 2011

Quanto a Apple paga de imposto

Recentemente a empresa Apple foi questionada sobre a quantidade de impostos que paga para o governo dos Estados Unidos. O executivo-chefe da empresa, Timothy Cook, informou ao Senado daquele país que a empresa pagava 30,5% de imposto sobre os lucros. A alíquota legal é de 35% e a diferença foi justificada pelo fato da empresa obter parte da receita no exterior, onde a alíquota é menor.

O Senado gostaria de mostrar que a Apple evita pagar impostos por mandar seus lucros para a Irlanda. E isto criaria um diferido, conta do passivo, que somente seria pago quando da repatriação do dinheiro. 

Mas tudo que se refere a imposto nunca é tão simples assim. Segundo a Bloomberg, a informação de Cook de que a empresa paga 30,5% está distorcida. E caso o governo daquele país decida conceder uma anistia fiscal para a repatriação deste passivo, isto poderia gerar um ganho contábil com a reversão do passivo, informa o New York Times. 

Esta discussão inclui também o nível de divulgação das informações sobre a tributação nas empresas. Enquanto os funcionários com cargo de chefia no Brasil são obrigados a entregar sua declaração para fiscalização dos órgãos de controle, as empresas somente apresentam poucas linhas sobre o valor pago.  O articulista do New York Times sugere um aumento nesta evidenciação para satisfazer o contribuinte.

Ainda sobre o imposto da Apple, o Senado dos Estados Unidos afirmou que a empresa pagou em três anos 5,3 bilhões de dólares. Neste período, o lucro foi de 65 bilhões, o que indica uma alíquota real de 8,2%. Este valor não considera os impostos pagos no exterior e eventuais diferenças. Mas os números tão divergentes indicam que a discussão ainda não terminou. 

Ainda não: contador do setor público

O Ministério do Planejamento enterrou a proposta de medida provisória encaminhada pela Subsecretaria de Contabilidade Pública da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), que promove 4.755 técnicos e analistas com formação em contabilidade à elite do funcionalismo federal [...]. Conforme reportagem publicada ontem pelo Correio [Braziliense], eles teriam reajustes de mais de 200% de 2014 a 2016, passando a receber salários que ultrapassariam os R$ 22 mil no caso dos analistas. A pasta da ministra Miriam Belchior afirmou que o texto de MP enviado foi considerado “inviável” e que as conclusões foram encaminhadas ontem à STN.

“Concluiu-se não haver possibilidade de transposição de servidores para carreiras que venham a ser criadas, tampouco, está prevista a criação de carreiras ou de estruturas remuneratórias especiais”, informou o Planejamento. O órgão destacou que “os reajustes, fruto de negociação com todas as categorias, estão definidos até 2015”.

O Ministério da Fazenda e a Secretaria do Tesouro Nacional negaram na última sexta-feira o envio formal da proposta, que gera custos adicionais de mais de R$ 600 milhões por ano, que “não tem apoio técnico” dos dois órgãos. Afirmaram ter sido uma iniciativa do subsecretário Gilvan Dantas, que é contador. Tanto o Planejamento, em seus registros internos, quanto a Controladoria-Geral da União, no relatório de Prestação de Contas da Presidência da República relativo a 2012, sustentam que a MP foi encaminhada oficialmente pela STN. O fortalecimento da área contábil do governo é uma cobrança feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em 2006 e em 2012, ao encontrar diversas falhas na prestação dos gastos públicos.

"O assunto foi encaminhado para lá e a equipe do Tesouro participou. Eles decidiram então por chancelar essa proposta", afirma Adriano Marrocos, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Distrito Federal
O presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC) do Distrito Federal, Adriano Marrocos, afirmou que o texto da medida provisória foi elaborado pela entidade e revisto por servidores públicos da área. O presidente do CRC garantiu que o envio do texto da minuta da MP por meio da STN havia sido uma orientação do diretor do Departamento de Planejamento das Estruturas e da Força de Trabalho da pasta do Planejamento, Antônio Amaral, com a tutela da cúpula da STN.

“Entregamos pronta a redação. Primeiramente, seria enviada por meio de memorando do CRC. Mas o próprio Planejamento falou que, se mandasse com apoio e chancela do Tesouro, seria mais fácil o trâmite. Foi sugestão do próprio diretor (Amaral)”, afirmou Marrocos.

Falta de pessoal
O dirigente da entidade disse ter estranhado a posição da STN e da Fazenda, que informaram ao Correio [Braziliense] não apoiar os reajustes propostos. “O assunto foi encaminhado para lá e a equipe do Tesouro participou (das discussões). Eles decidiram então por chancelar essa proposta. Politicamente, eles devem estar encontrando alguma dificuldade”, comentou.

Marrocos também questionou o fato de o governo agora virar as costas para a proposta, se a MP foi mencionada pela Presidência da República na prestação de contas de 2012, para se explicar ao TCU. “O que não dá é a presidente utilizar a MP para dizer ao TCU que está providenciando (o atendimento dos acórdãos) e não providenciar”, disse.

Segundo Marrocos, os órgãos setoriais de contabilidade do Executivo têm passado por grandes dificuldades em decorrência da falta de pessoal qualificado, o que foi apontado pelos relatórios do TCU, que exigiu providências urgentes do governo. O presidente do Sindicato Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon), Rudnei Marques, afirmou que o problema das falhas do sistema contábil do Executivo precisa ser resolvido, mas que não concorda com a forma como está sendo feito, pois não houve discussão com a categoria. [...]

Fonte: aqui
Leia mais: aqui (site Contador Público) e aqui (CRC-DF)

Enquanto isso... R$ 594,6 milhões para novos cargos

O governo autorizou a criação de 7.098 cargos públicos. A decisão está presente na Lei 12.823/2013, publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União, em decisão assinada pela presidente Dilma Rousseff e pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior.

- cargos do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo; da carreira de Analista de Infraestrutura; do plano de carreiras para a área de Ciência e Tecnologia; da carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho; dos planos de carreiras e cargos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro); do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar ANS) - 

Quando todos os cargos aprovados forem preenchidos - o que não tem prazo para ocorrer - o valor anualizado chegará a R$ 594,6 milhões. Esse montante engloba os cargos criados para a finalidade específica de substituição de terceirizados, conforme acordos firmados com o Ministério Público do Trabalho. [Conto da Carochinha "Substituição de terceirizados"!? Você por aqui de novo!?]

Resumindo: sem novidades. Mesma 'velha história de sempre'.

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Adoção das IFRS


Até o fim deste ano será possível conhecer com precisão a real extensão do uso do padrão contábil internacional IFRS no mundo.

Embora seja comum ouvir membros do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês) dizerem que mais de cem países adotam ou permitem o uso do IFRS, o fato é que se tem um conhecimento limitado sobre o verdadeiro alcance do padrão em cada país [1].

No que chamou de primeira fase do projeto, a Fundação IFRS divulgou ontem dados sobre o estágio de adoção em 66 jurisdições, incluindo todas do G20, que responderam a uma pesquisa realizada pela entidade. O órgão espera concluir o levantamento até o fim de 2013.

Do grupo já catalogado, 55, ou mais de 80%, adotaram o IFRS de forma obrigatória para pelo menos um grupo de empresas de seus países [2]. Isso inclui tanto os casos como o do Brasil [3], em que a adoção vale para todas as empresas [4], como os de países como Argentina e Chile, em que a exigência atinge apenas as empresas listadas.

Dos 11 países que responderam a pesquisa mas não exigem o IFRS, destaque para os Estados Unidos, que permitem uso voluntário para empresas estrangeiras com ações negociadas nas bolsas do país, e para Japão e Índia, onde o uso voluntário vale também para empresas locais. Na China, a informação é de que o país adaptou a maior parte de suas normas contábeis ao IFRS [5].

Segundo o levantamento da Fundação IFRS, 55 jurisdições requerem o uso do padrão contábil para empresas com ações em bolsa, das quais cinco excluíram os bancos dessa exigência.


Fundação terá mapa sobre IFRS - Valor Econômico - 06/06/2013

[1] Já não era sem tempo o reconhecimento de que a adoção em "mais de cem países" era questionável. Mas a leitura do artigo não traz boas notícias.
[2] Este dado continua vago. Se um país adota as IFRS para um pequeno setor, sem expressão econômica, estaria dentro deste 80%. Além disto, a adoção pode ser parcial, como é o caso do Brasil.
[3] Observe o leitor que estão contando o Brasil como um dos países que adota as IFRS. Mas será o caso? A adoção é parcial para as empresas de capital aberto e as instituições financeiras. E não ocorre para as pequenas empresas.
[4] Acho que estou vivendo num país diferente do jornal. Ele afirma que a adoção das IFRS vale para todas as empresas. Quem informou isto?
[5] Há controvérsias sobre isto.

Em suma, a pesquisa não irá demonstrar o grau de aceitação das IFRS.

Internet e o uso do carro

Longtemps, la voiture a été le symbole de la liberté individuelle aux Etats-Unis, immortalisée dans des road movies légendaires. Mais alors que les Américains ont toujours plus roulé pendant une période ininterrompue de soixante ans, le nombre de kilomètres parcourus a commencé à baisser depuis le milieu de la dernière décennie.


Les faits sont connus et ont déjà fait l'objet de recherches outre-Atlantique. L'argument économique y est régulièrement avancé. De fait, les conducteurs ont tendance à moins prendre le volant en période de récession, puisqu'ils travaillent moins et tentent d'économiser de l'argent. Surtout, le prix de l'essence a explosé depuis les années 1970.
Mais selon un nouveau rapport publié, mardi 14 mai, par l'ONG US Public Interest Research Group, cette thèse n'explique pas tout. Les modifications des habitudes de conduite ont en effet précédé la récente récession et semblent plutôt fairepartie d'un changement structurel lié à l'évolution démographique. Ainsi, selon l'étude, les jeunes sont moins susceptibles de conduire – ou même d'avoir un permis de conduire – que les générations précédentes, pour lesquelles la voiture s'apparentait à un droit.

LA FIN DU "DRIVING BOOM"

C'est ce que prouve toute une série de chiffres : alors que la distance parcourue par personne et par an est passée de 8 700 à 16 100 km entre 1970 et 2004 (+ 85 %), au cours de ce que le rapport appelle le "driving boom", elle a légèrement diminué entre 2004 et 2012, pour atteindre 15 000 km (- 7 %), soit le niveau de 1996. Autre preuve de ce recul : à la fin de 2012, les conducteurs représentaient 49 % de la population de plus de 16 ans contre 61 % lors du dernier sommet, en juin 2005.


Evolution de la distance parcourue en voiture chaque année au total et par Américain, entre 1946 et 2012.

A l'opposé, les Américains ont effectué presque 10 % de plus de déplacements en transports en commun en 2011 par rapport à 2005. Les déplacements à vélo et à pied ont également augmenté.
Cette tendance est encore plus marquée chez les jeunes : dans la tranche d'âge 16-34 ans, la diminution de l'utilisation de la voiture se monte à 23 % de kilomètres de moins en 2009 par rapport à 2001. Par ailleurs, de plus en plus de jeunes Américains n'ont pas le permis de conduire : ce taux est passé de 21 à 26 % entre 2000 et 2010 chez les moins de 34 ans.

TECHNOLOGIES DE L'INTERNET

"La génération née entre 1983 et 2000 est plus susceptible de vouloir vivre dans des quartiers urbains et piétons et s'avère plus ouverte à d'autres transports que la voiture que ses aînés, explique le rapport. Elle est aussi la première génération à adopter pleinement les technologies mobiles de l'Internet, qui offrent rapidement de nouvelles options de transport et peuvent même se substituer aux déplacements, grâce notamment au télétravail, au shopping en ligne, aux téléconférences et aux réseaux sociaux."

Cette étude corrobore des recherches menées en 2012 par Michael Sivak de l'Institut de recherche sur les transports de l'Université du Michigan, qui avaient déjà constaté que les jeunes obtiennent moins de permis de conduire que les générations précédentes. "La plus grande proportion d'utilisateurs d'Internet est associée à un taux d'obtention de permis plus basécrivait-ilCe résultat est cohérent avec l'hypothèse que les contacts virtuels réduisent le besoin de contacts réels chez les jeunes."

Si le déclin de la conduite chez les jeunes se poursuit, selon le rapport du USPublic Interest Research Group, les taux de conduite aux Etats-Unis devraientrester en deçà du pic de 2007 jusqu'en 2040, même avec une croissance prévue de la population de 20 %.

Malgré cette évolution, la politique de transports américaine reste  ancrée dans le passé, regrette le rapport. "Les prévisions officielles continuent de tabler sur une augmentation constante de la conduite, en dépit des chiffres de la dernière décennie, indique l'étude. Les politiques fédérales, étatiques et locales devraient au contraire contribuer à créer les conditions dans lesquelles les Américains peuvent réaliser leur désir de conduire moins. L'augmentation des investissements dans les transports en commun, les infrastructures cyclistes et piétonnes et le transport ferroviaire interurbain permettrait à davantage d'Américains de profiter d'un plus large éventail d'options de transport."