Em 2009 a Olympus informou ao mercado que estava trocando a KPMG pel Ernst & Young em razão do término do contrato. A empresa não informou, no entanto, que existia divergências com a KPMG sobre a aquisição de empresas e pagamentos realizados para “consultorias”.
Revelou-se agora um documento interno da empresa onde o Kikukawa, ex-chefão da empresa, afirma que não pretendia divulgar ao mercado o desentendimento com a KPMG. Provavelmente este documento foi divulgado pelo CEO demitido, Michael Woodford, que também questionava os pagamentos e foi demitido por Kikukawa.
05 novembro 2011
Só 9% da alta da arrecadação é usada para investimentos
Uma fatia pequena do aumento expressivo da carga tributária ocorrido desde meados da década de 90 se traduziu em novos investimentos públicos no Brasil. De cada R$ 100 a mais em impostos arrecadados entre 1995 e 2010, apenas R$ 8,6 foram direcionados para elevar investimentos feitos pelo governo, como construção de escolas e hospitais, ampliação de portos e aeroportos e melhorias em estradas. A conta é do economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central. A elevação significativa da carga tributária nos últimos anos serviu principalmente para sustentar o aumento dos gastos correntes do governo, que incluem benefícios sociais e salários de funcionários públicos. “Nós aumentamos a carga tributária para gastar mais”, afirma Schwartsman.
Os investimentos da chamada administração direta (incluindo governos federal, estaduais e municipais) cresceram R$ 56,9 bilhões entre 1995 e 2010, descontada a inflação. Esse aumento equivale a 8,6% dos R$ 661,6 bilhões a mais arrecadados. “O governo está tomando muitos recursos sob a forma de impostos e retribuindo muito pouco em investimentos”, diz o economista Marcelo Moura, do Insper. Moura ressalta que, em 2010, quase metade das despesas do governo federal foi direcionada a gastos sociais (como os programas de transferências de renda e a previdência social). Outros 25% cobriram gastos com servidores públicos e 6,8% se converteram em investimentos.
Fonte:Érica Fraga
Folha de S.Paulo, 31/10/2011
Os investimentos da chamada administração direta (incluindo governos federal, estaduais e municipais) cresceram R$ 56,9 bilhões entre 1995 e 2010, descontada a inflação. Esse aumento equivale a 8,6% dos R$ 661,6 bilhões a mais arrecadados. “O governo está tomando muitos recursos sob a forma de impostos e retribuindo muito pouco em investimentos”, diz o economista Marcelo Moura, do Insper. Moura ressalta que, em 2010, quase metade das despesas do governo federal foi direcionada a gastos sociais (como os programas de transferências de renda e a previdência social). Outros 25% cobriram gastos com servidores públicos e 6,8% se converteram em investimentos.
Fonte:Érica Fraga
Folha de S.Paulo, 31/10/2011
04 novembro 2011
Pesquisa
Prezado Leitor,
Convidamos você a participar desta pesquisa conduzida no âmbito do doutorado do Programa Multiinstitucional e Interregional de Pós-Graduação em Contabilidade integrado pelas Universidades de Brasília UnB), Federal da Paraíba (UFPB) e Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se de investigação sobre a percepção de leitores de relatórios anuais disponíveis em sites de empresas.
Para isto, clique neste link e siga as instruções.
Agradecemos a contribuição.
César Augusto Tibúrcio Silva, Carlos Jorge Fontainhas e Nair Aguiar-Miranda
Convidamos você a participar desta pesquisa conduzida no âmbito do doutorado do Programa Multiinstitucional e Interregional de Pós-Graduação em Contabilidade integrado pelas Universidades de Brasília UnB), Federal da Paraíba (UFPB) e Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Trata-se de investigação sobre a percepção de leitores de relatórios anuais disponíveis em sites de empresas.
Para isto, clique neste link e siga as instruções.
Agradecemos a contribuição.
César Augusto Tibúrcio Silva, Carlos Jorge Fontainhas e Nair Aguiar-Miranda
Links
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Existe o efeito Lindsay Lohan? Quando ela é punida o mercado cai
Desvantagem de nascer em certos meses do ano
Mais bebês nascem no Valetine´s Day e menos no Halloween
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Informação
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Medalha para operar taxi em Nova Iorque vale 1 milhão de dólar
Indústrias
O lobby da indústria de alimentos
Cigarros: uma indústria ameaçada
Teste 511
Neste final de ano, o artista João Gilberto, um dos mais importantes músicos brasileiros, e precursor da bossa nova, estará fazendo shows em algumas poucas cidades brasileiras. Foram colocados à venda 10 mil ingressos, com preços variando de 500 a 1400 reais. (Informações obtidas na reportagem Quanto Vale o Show?, Roberta Penmafort, Estado de S Paulo, 29 de setembro de 2011).
A turnê tem um custo de R$4,5 milhões, incluindo o cachê do cantor, custo de locomoção, técnicos do Japão, carga tributária, equipamentos e aluguel de espaço. O valor é reduzido já que João Gilberto faz o seu show na companhia do violão, somente.
Pede-se:
a) Determine o resultado, caso todos os ingressos sejam vendidos pelo preço mínimo.
b) Determine o resultado com os ingressos vendidos pelo valor máximo.
c) Geralmente parte dos ingressos é dada de cortesia, para diversas pessoas (patrocinadores, imprensa, pedidos pessoais do artista etc). A estimativa é que este percentual seja, para o show de João Gilberto, de 10% do total. Qual o valor do resultado, admitindo o preço mínimo.
d) Considere um preço médio de 600 reais. Qual o nível de ocupação para zerar o resultado?
O Segredo da Eterna Juventude
O tema Governança Corporativa tornou-se moda nos últimos anos. Muitas pesquisas foram realizadas propondo medidas que permitiriam a empresa um melhor gerenciamento dos seus recursos. Por trás das discussões existia uma espécie de busca pela “fonte da juventude” das empresas. Mecanismos de governança passaram a ser considerados como fundamentais na sobrevivência de médio e longo prazo das empresas.
Uma pesquisa recente realizada por quatro pessoas da University of Zurich resolveu investigar a “fonte da juventude” de um grupo particular de entidade. Num conjunto de 150 entidades, 25 ainda estão abertas. Aparentemente este número é reduzido, mas quando se considera que a vida média deste grupo que sobreviveu é de 287 anos a primeira impressão muda. Das 125 entidades que fecharam a maioria (85) não tiveram nenhum problema de agência relatado, sendo que 6 fecharam de maneira voluntária, com uma idade média de 540 anos, e o restante deixaram de existir, depois de 568 anos, em média de funcionamento, por fatores externos. O mais interessante que somente 26% das entidades tiveram algum tipo de problema de agência. Neste caso, a média de anos em que estiveram abertas foi um pouco acima de 300. A tabela a seguir mostra estes dados.
Os autores acreditam que a vida longa destas entidades se deve a três fatores. Em primeiro lugar, o modelo de governança básica foi formado muito cedo e permaneceu constante ao longo do tempo. Segundo, existia uma norma básica, que impedia que se adotassem outras estruturas de governança. E finalmente, os mecanismos de governança externa davam estabilidade sem retirar a autonomia.
Se as empresas modernas buscam o segredo da fonte da eterna juventude aqui teríamos talvez a situação mais próxima disto. As 150 entidades investigadas pelos autores correspondem a monastérios beneditinos localizados na região de Baden-Württemberg, Bavaria e Alemanha.
The Corporate Governance of Benedictine Abbeys: What can Stock Corporations Learn from Monasteries? Katja Rost, Emil Inauen, Margit Osterloh & Bruno S. Frey Disponível aqui
Risco China
Há muito se fala da possibilidade de desaceleração do crescimento chinês. Caso isto aconteça, alguns países irão sentir de maneira extrema, como é o caso da Mongólia e Hong Kong. As áreas em vermelho são os países que seriam mais atingidos, incluindo Austrália, Chile e Peru. O motivo seria a exportação de commodities, que inclui a economia brasileira entre as prejudicadas por uma recessão chinesa (vide postagem anterior, onde comentamos sobre a dependência da exportação de produtos básicos).
MF Global
A MF Global, que pediu concordata no dia 31/10/2011, pode entrar para a lista dos dez maiores colapsos da história corporativa dos EUA, segundo dados da empresa de pesquisa BankruptcyData.com, com base no valor dos ativos antes da solicitação de concordata. Pelos dados divulgados até 30 de setembro, a MF Global deve ficar pouco acima da Chrysler, como a oitava maior concordata norte-americana. Veja a lista, segundo The Wall Street Journal:
1) Lehman Brothers Holdings. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 691 bilhões
2) Washington Mutual. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 327,9 bilhões
3) WorldCom. Concordata em 2002. Ativos: US$ 103,9 bilhões
4) General Motors. Concordata em junho de 2009. Ativos: US$ 91 bilhões
5) CIT Group. Concordata em novembro de 2009. Ativos: US$ 80,4 bilhões
6) Enron. Concordata em 2001. Ativos: US$ 65,5 bilhões
7) Conseco. Concordata em 2002. Ativos: US$ 61,4 bilhões
8)Chrysler. Concordata em abril de 2009. Ativos: US$ 39,3 bilhões (MF Global. Ativos: US$ 41 bilhões, em 30 de setembro)
9) Thornburg Mortgage. Concordata em maio de 2009. Ativos: US$ 36,5 bilhões
10) Pacific Gas & Electric Co. Concordata em 2001. Ativos US$ 36,15 bilhões
Fonte: Agência Estado e Dow Jones
1) Lehman Brothers Holdings. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 691 bilhões
2) Washington Mutual. Concordata em setembro de 2008. Ativos: US$ 327,9 bilhões
3) WorldCom. Concordata em 2002. Ativos: US$ 103,9 bilhões
4) General Motors. Concordata em junho de 2009. Ativos: US$ 91 bilhões
5) CIT Group. Concordata em novembro de 2009. Ativos: US$ 80,4 bilhões
6) Enron. Concordata em 2001. Ativos: US$ 65,5 bilhões
7) Conseco. Concordata em 2002. Ativos: US$ 61,4 bilhões
8)Chrysler. Concordata em abril de 2009. Ativos: US$ 39,3 bilhões (MF Global. Ativos: US$ 41 bilhões, em 30 de setembro)
9) Thornburg Mortgage. Concordata em maio de 2009. Ativos: US$ 36,5 bilhões
10) Pacific Gas & Electric Co. Concordata em 2001. Ativos US$ 36,15 bilhões
Fonte: Agência Estado e Dow Jones
Libor
Discrepâncias entre o que os bancos divulgam como o custo diário de obter recursos no curto prazo e o que têm pago de verdade fizeram com que um parâmetro de juros amplamente monitorado minimizasse os problemas de financiamento enfrentados pelos bancos europeus
Vários bancos europeus estão oferecedo atualmente juros mais altos por recursos de curto prazo do que o que divulgam na pesquisa diária de participantes do mercado interbancário realizada pela Associação Britânica de Banqueiros, dizem pessoas que operam no mercado.
Isso significa que o custo real desses bancos para obter financiamentos em dólar é consideravelmente maior que a taxa de juros interbancários de Londres. Conhecida como Libor, a taxa é um número composto derivado da pesquisa da ABB e que define o preço de vários empréstimos e títulos de renda fixa no mundo inteiro.
A discrepância sugere que a Libor não está retratando adequadamente a escassez de recursos para os bancos durante a crise da zona do euro, apesar de ter aumentado consideravelmente nos últimos meses. E, tão importante quanto, isso significa que alguns bancos europeus enfrentam pressões competitivas que vão diminuir sua rentabilidade num momento em que as autoridades europeias estão forçando-os a captar mais recursos.
“A Libor é uma média de taxas de juros que ninguém usa” na realidade, disse Stuart Sparks, estrategista da área de juros do Deutsche Bank em Nova York, que descreveu a diferença entre a Libor e os juros pagos de verdade pelos bancos como “consistente com o que o mercado avalia ser o risco”.
A média de terça-feira para o juro pago por empréstimos em dólar com vencimento em três meses era de 0,4317%, segundo os números oferecidos para a pesquisa da Libor.
Na mesma faixa de dados apresentados à associação na terça, os bancos franceses BNP Paribas e Crédit Agricole divulgaram que ofereceram pagar juros de 0,47% a 0,52% para os empréstimos de três meses. Mas segundo operadores a par do processo, os três bancos franceses estão pagando mais de 0,1 ponto porcentual a mais que o juro divulgado para esses financiamentos.
Segundo um operador que acompanhou os empréstimos tomados pelos bancos franceses, o Crédit Agricole oferecia 0,65% e 0,61% pelos empréstimos de três meses. Não havia dados precisos sobre BNP, mas os operadores notaram que o custo dos três bancos franceses para obter empréstimos no mercado interbancário foi mais ou menos igual no último mês, com todos eles exibindo discrepâncias parecidas em relação à Libor.
Ao mesmo tempo, os bancos espanhóis têm pago ainda mais por seus recursos de curto prazo. Os dois maiores bancos da Espanha, Banco Santander SA e Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA, não participam da pesquisa da associação, mas têm sido consistente obrigados a pagar juros de 1,41% e 1,20%, respectivamente, segundo o mesmo operador que acompanhou a captação dos bancos franceses.
O Crédit Agricole não quis comentar, bem como o BNP e o Santander. A Associação Britânica de Banqueiros não respondeu a pedidos para comentar a questão e não foi possível localizar um representante do SocGen. Um porta-voz do BBVA disse que o juro alto que se afirmou que o banco está tendo de pagar por recursos em dólares não é motivo de preocupação, porque cada subsidiária do BBVA no mundo se financia sozinha na moeda local e o financiamento em dólares para a matriz “não é significativo”.
Os números maiores refletem as dificuldades enfrentadas por muitos bancos europeus para obter financiamento de curto prazo em meio a um ciclo de rebaixamentos de nota de crédito. A demanda por seus commercial papers em dólares caiu muito nos últimos meses já que os fundos do mercado monetário têm resistido a comprar títulos com qualquer coisa maior que alguns dias de vencimento.
Não há quaisquer indícios de que os juros menores divulgados para a pesquisa diária reflitam comportamentos ilegais ou possam influenciar uma investigação em andamento nos Estados Unidos sobre acusações de conluio entre os bancos para definir a Libor. Operadores dizem que os juros indicados pelos bancos à associação, que registra o quanto eles estão dispostos a pagar pelos fundos em vez do custo real, refletem simplesmente jogadas de operadores que não estão dispostos a revelar demais suas cartas quando negociam recursos. Mesmo assim, a discrepância sugere que não dá para confiar na Libor para medir o nível de estresse dos bancos.
Para realmente monitorar a pressão sobre a oferta de dólares, muitos analistas verificam atualmente o spread da Libor-OIS de três meses, que compara a Libor com o índice de swap no overnight, que reflete as expectativas de juro após o fechamento do mercado. O spread da Libor-OIS subiu para 34,75 na terça, o maior nível desde 2009 e quase três vezes mais que a média de longo prazo.
Fonte: Vincent Cignarella, WSJ, Valor Economico
Vários bancos europeus estão oferecedo atualmente juros mais altos por recursos de curto prazo do que o que divulgam na pesquisa diária de participantes do mercado interbancário realizada pela Associação Britânica de Banqueiros, dizem pessoas que operam no mercado.
Isso significa que o custo real desses bancos para obter financiamentos em dólar é consideravelmente maior que a taxa de juros interbancários de Londres. Conhecida como Libor, a taxa é um número composto derivado da pesquisa da ABB e que define o preço de vários empréstimos e títulos de renda fixa no mundo inteiro.
A discrepância sugere que a Libor não está retratando adequadamente a escassez de recursos para os bancos durante a crise da zona do euro, apesar de ter aumentado consideravelmente nos últimos meses. E, tão importante quanto, isso significa que alguns bancos europeus enfrentam pressões competitivas que vão diminuir sua rentabilidade num momento em que as autoridades europeias estão forçando-os a captar mais recursos.
“A Libor é uma média de taxas de juros que ninguém usa” na realidade, disse Stuart Sparks, estrategista da área de juros do Deutsche Bank em Nova York, que descreveu a diferença entre a Libor e os juros pagos de verdade pelos bancos como “consistente com o que o mercado avalia ser o risco”.
A média de terça-feira para o juro pago por empréstimos em dólar com vencimento em três meses era de 0,4317%, segundo os números oferecidos para a pesquisa da Libor.
Na mesma faixa de dados apresentados à associação na terça, os bancos franceses BNP Paribas e Crédit Agricole divulgaram que ofereceram pagar juros de 0,47% a 0,52% para os empréstimos de três meses. Mas segundo operadores a par do processo, os três bancos franceses estão pagando mais de 0,1 ponto porcentual a mais que o juro divulgado para esses financiamentos.
Segundo um operador que acompanhou os empréstimos tomados pelos bancos franceses, o Crédit Agricole oferecia 0,65% e 0,61% pelos empréstimos de três meses. Não havia dados precisos sobre BNP, mas os operadores notaram que o custo dos três bancos franceses para obter empréstimos no mercado interbancário foi mais ou menos igual no último mês, com todos eles exibindo discrepâncias parecidas em relação à Libor.
Ao mesmo tempo, os bancos espanhóis têm pago ainda mais por seus recursos de curto prazo. Os dois maiores bancos da Espanha, Banco Santander SA e Banco Bilbao Vizcaya Argentaria SA, não participam da pesquisa da associação, mas têm sido consistente obrigados a pagar juros de 1,41% e 1,20%, respectivamente, segundo o mesmo operador que acompanhou a captação dos bancos franceses.
O Crédit Agricole não quis comentar, bem como o BNP e o Santander. A Associação Britânica de Banqueiros não respondeu a pedidos para comentar a questão e não foi possível localizar um representante do SocGen. Um porta-voz do BBVA disse que o juro alto que se afirmou que o banco está tendo de pagar por recursos em dólares não é motivo de preocupação, porque cada subsidiária do BBVA no mundo se financia sozinha na moeda local e o financiamento em dólares para a matriz “não é significativo”.
Os números maiores refletem as dificuldades enfrentadas por muitos bancos europeus para obter financiamento de curto prazo em meio a um ciclo de rebaixamentos de nota de crédito. A demanda por seus commercial papers em dólares caiu muito nos últimos meses já que os fundos do mercado monetário têm resistido a comprar títulos com qualquer coisa maior que alguns dias de vencimento.
Não há quaisquer indícios de que os juros menores divulgados para a pesquisa diária reflitam comportamentos ilegais ou possam influenciar uma investigação em andamento nos Estados Unidos sobre acusações de conluio entre os bancos para definir a Libor. Operadores dizem que os juros indicados pelos bancos à associação, que registra o quanto eles estão dispostos a pagar pelos fundos em vez do custo real, refletem simplesmente jogadas de operadores que não estão dispostos a revelar demais suas cartas quando negociam recursos. Mesmo assim, a discrepância sugere que não dá para confiar na Libor para medir o nível de estresse dos bancos.
Para realmente monitorar a pressão sobre a oferta de dólares, muitos analistas verificam atualmente o spread da Libor-OIS de três meses, que compara a Libor com o índice de swap no overnight, que reflete as expectativas de juro após o fechamento do mercado. O spread da Libor-OIS subiu para 34,75 na terça, o maior nível desde 2009 e quase três vezes mais que a média de longo prazo.
Fonte: Vincent Cignarella, WSJ, Valor Economico
Perdão
Alguns dos principais bancos que quebraram na década de 1990 estão prestes a conseguir um alívio bilionário em suas dívidas. Beneficiados por uma lei aprovada no meio do ano passado, instituições como Econômico e Nacional devem fechar, em breve, acordos de perdão de nada menos que R$ 18,9 bilhões em débitos.
O desconto total equivale a 30% de toda a dívida de cinco bancos: Nacional, Econômico, Mercantil de Pernambuco, Banorte e Bamerindus. Segundo o balanço do Banco Central (BC), em 30 de junho os débitos totais dessas cinco instituições eram de R$ 64,4 bilhões. Com os descontos, caem para R$ 45,5 bilhões, desconto de 30% sobre o total.
Fonte: Aqui
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