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24 outubro 2011

Frase

"Assim foi que o menino tornou-se filho não de um advogado, mas de um evadido da escola secundária com paixão por mecânica e sua humilde esposa, que trabalhava então como guarda-livros"

Trecho do livro: Steve Jobs - A Biografia

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 529


Recentemente o time de futebol italiano Juventus divulgou seus resultados. Segundo o Brasil Econômico, a equipe apurou um deficit de 95,4 milhões de euros, que corresponderia ao

"pior balanço de sua história", segundo as palavras de seu presidente, Andrea Agnelli.

Conforme o jornal, o clube acabou de inaugurar um estádio, que teve um custo de 122 milhões de euros e “é o grande motivo do déficit”

Como o clube é de capital aberto, o resultado será discutido na Assembleia, que irá aprovar um aumento de capital extraordinário no montante de 120 milhões de euros.

Pede-se:

a) a frase “pior balanço de sua história” estaria correta? (ou faz sentido)
b) Suponha que o estádio tenha um vida útil prevista de quarenta anos, sem valor residual. Qual seria o peso do novo estádio no prejuízo do clube?
c) Faça dois lançamentos contábeis:
c.1) o lançamento do resultado no patrimônio líquido
c.2) o aumento de capital


Resposta do Anterior: a) 2,4 x (683,65/100) = 16 milhões a preços de hoje. Como o F35 custa 122, o avião atual é muito mais caro. b) 2,4 milhões / 747,5 bilhões  = 0,000321% do PIB da época; 122 milhões/15012 bilhões = 0,000813% do PIB atual. Ou seja, o avião atual é mais caro. Fonte dos dados: aqui

Análise dos co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA

BERGMANN, D. R.; SAVOIA, J. R. F; MENDES_DA_SILVA, W.; DE OLIVEIRA, M. A.; NAKAMURA, W. T.

Neste artigo, a teoria de cópulas é utilizada para analisar os co-movimentos entre os mercados de capitais do Brasil e dos EUA. Na finalidade de implementação de uma estratégia de alocação de ativos é importante entender os eventos extremos – tanto os positivos (boom) como os negativos (crashes) – e seus efeitos sobre os mercados. Os índices de mercado usados são o IBOVESPA e o S&P 500 cobrindo o período de 03/2001 a 04/2007. A aderência aos log-retornos das principais cópulas encontradas na literatura financeira é avaliada. Os seguintes critérios foram escolhidos: o Log-likelihod, o critério de informação de Akaike e o critério de informação bayesiano. Os resultados mostram que a cópula de Joe-Clayton simetrizada é a mais adequada para modelar a estrutura de dependência entre os log-retornos do IBOVESPA e os do S&P500. Este trabalho difere de alguns estudos já realizados [e.g. Mendes e Moretti(2005) e Canela e Collazo(2005)], pois leva em consideração a modelagem de cópulas dinâmicas introduzida por Patton (2006). Finalmente, através dos índices de dependência caudal ao longo do tempo, pode-se concluir que a ocorrência de eventos extremos negativos (crashes) no mercado norte-americano tende a afetar mais o mercado brasileiro quando da comparação da ocorrência dos eventos extremos positivos (booms).

BBR, v. 8, n. 4, p. 124-138, out./dez. 2011

Panamericano

Com respeito ao banco Panamericano, o jornal Estado de São Paulo traz um conjunto de reportagens sobre a procura de solução por parte dos executivos da entidade junto a políticos e fundo de pensão (aqui, aqui, aqui e aqui). Em um dos trechos, comenta sobre o governo de Alagoas, que descontava os empréstimos consignados da folha dos seus funcionários, mas não repassava as instituições financeiras.

Após reter os valores, o governo passava a negociar com os bancos o pagamento, cobrando um taxa de retorno de 25%. Sob ameaça de transformar a dívida em precatório judicial. Neste caso, os valores somente seriam recebidos muitos anos depois.

Produtividade: entre 151 países, Brasil está em 130º

O trabalho no Brasil não se tornou mais produtivo ao longo dos últimos 30 anos. A produtividade do trabalho, fator fundamental do crescimento econômico sustentado, caiu entre 1980 e 2008. De lá para cá, o indicador recuou na crise global, depois se recuperou rapidamente, mas parou de crescer a partir do segundo semestre de 2010.

"O Brasil é um país no qual, não importa como se meça a produtividade, nada parece acontecer", diz José Alexandre Scheinkman, economista brasileiro da Universidade Princeton.

Em 1980, um trabalhador brasileiro produzia em média o equivalente a US$ 21 mil por ano. Em 2008, esse número havia caído para US$ 17,8 mil. Houve, portanto, queda de 15% no período. Esses dados fazem parte da Penn World Table, banco de dados do Centro para Comparações Internacionais de Produção, Renda e Preços da Universidade da Pensilvânia, com indicadores econômicos de 189 países e territórios.

Os números vão até 2008 para a maioria dos países, inclusive para o Brasil. Os valores da Penn World Table sobre a produtividade do trabalho são todos convertidos para dólares de 2005, com paridade de poder de compra (PPP). Isso significa que a diferença de custo de vida entre os diferentes países é eliminada.

Entre os 150 países da Penn World Table com dados completos de produtividade do trabalho entre 1980 e 2008, o Brasil está em 130.º em termos de desempenho neste período.

O Brasil só ganha de 21 países, sendo 11 da África, incluindo Costa do Marfim, Malawi, Somália, Camarões, Togo e Zimbábue. Todos os outros países africanos tiveram desempenho melhor do que o Brasil.

Na América Latina, a evolução da produtividade do trabalho brasileira nas últimas três décadas só não é pior do que a apresentada por Paraguai, Venezuela, Nicarágua e Haiti.

Comparado a outras grandes economias emergentes, ou a países sul-americanos como Argentina e Chile, o Brasil tem o pior desempenho na produtividade do trabalho entre 1980 e 2008.

A Argentina saiu de US$ 21,2 mil para US$ 24,8 mil (alta de 17%).
O Chile, de US$ 15,1 mil para US$ 27,5 mil (82%).
A China, de US$ 1,2 mil para US$ 10,9 mil (778%).
A Índia, de US$ 2,8 mil para US$ 7,8 mil (181%).
E a Coreia, finalmente, de US$ 14 mil para US$ 50 mil (256%).

Scheinkman nota ainda que, como proporção da produtividade do trabalho dos Estados Unidos, o desempenho brasileiro nas últimas décadas também é muito ruim. "Os Estados Unidos são a fronteira, e o Brasil não está se aproximando", ele diz.

(...)

Para Scheinkman, a má performance brasileira deve-se a deficiências de educação e infraestrutura, à integração ainda baixa com a economia global, à baixa absorção de tecnologia, à falta de inovação em muitos setores e às dificuldades burocráticas para formalizar ou aumentar o tamanho das empresas.

Ele nota que programas como o Simples, que aliviam a tributação para as pequenas empresas, ajudam na formalização mas se tornam um desincentivo ao crescimento. "As empresas não ganham a escala necessária para se tornarem mais produtivas, trocando-se um problema pelo outro."

Scheinkman ressalva, porém, que a agricultura é um setor em que a produtividade teve grandes avanços no Brasil. "As pessoas reclamam da agricultura, mas não percebem que ela vai muito melhor que os outros setores em termos de produtividade", ele diz.

O economista Samuel Pessôa, da consultoria Tendências, acha que uma série de fatores interrompeu o bom desempenho da produtividade do trabalho no Brasil a partir do início da década de 80.

Um dos mais básicos foi a evolução da tecnologia a partir de meados dos anos 70, que começou a exigir trabalhadores com melhor qualidade educacional.

"Aquele milagre brasileiro no pós-guerra, em um país de baixíssima escolaridade, sem nenhum investimento em educação, se dissipou, porque a tecnologia mudou na direção de requerer capital humano, que era exatamente o que não tínhamos e ainda não temos", diz Pessôa.


Fonte: Estadão

Frase

"O país que não adotar esse padrão não vai atrair investidores internacionais." Márcio Luiz Borinelli, coordenador do curso de Contábeis da USP, no Estado. Será?

Concentrando-se no Fluxo de Caixa

A Burlington Nothern Santa Fe opera a segunda mairo ferrovia dos EUA. O vice-presidente sênior, diretor financeiro e tesoureiro da empresa é Tom Hunt que afirma que em "termos gerais somosmuito orientados para fluxo de caixa". Após a fusão da Burlington Northern com a Santa Fe, a empresa passou por vários anos de pesados investimentos e fluxos de caixa negativos. Para manter-se a par da posição de caixa da empresa, Hunt fazia com que uma pevisão de caixa fosse elaborada a cada mês." Tudo cai como dominós de fluxo de caixa livre", diz Hunt,"isso nos dá alternativas. Agora mesmo, a alternativa preferida é recomprar nossas próprias ações... mas poderia ser aumentar os dividendos ou realizar aquisições de outras empresas. Nenhuma dessas coisas sequer estaria na tela do radar se não tivéssemos fluxo de caixa livre"
Fonte: Randy Myers," Crash Crop: The 2000 Working Capital Survey," CFO, agosto de 2000, pp.59-82.

Idosos usam seus cérebros com mais eficiência do que jovens

Teorias científicas e crenças populares sugerem que nosso cérebro se deteriora com a idade, tornando-se menos capaz de tomar decisões fundamentadas. Mas, na verdade, a velhice pode ser sinônimo de sabedoria.

Cientistas provaram que as pessoas com mais de 55 anos usam seus cérebros com muito mais eficiência do que as pessoas mais jovens.

Pesquisadores do Canadá descobriram que anos de experiência de vida faz com que cérebros mais velhos sejam tão eficazes quando se trata de tomada de decisão quanto o de seus colegas mais jovens.

As pessoas mais velhas se incomodam menos com cometer um erro, e usam seus cérebros de forma mais seletiva do que as mentes mais jovens, apenas envolvendo certas partes no momento preciso em que são necessárias.

Os cientistas do Instituto de Geriatria da Universidade de Montreal estudaram 24 jovens com idades entre 18 e 35 anos, ao lado de um grupo de 10 idosos com idades entre 55 a 75 anos.

Os participantes completaram uma série de tarefas cada vez mais difíceis, enquanto os pesquisadores monitoravam sua atividade cerebral.

Os resultados de exames de neuroimagem mostraram que os cérebros jovens e idosos reagiam de maneira muito diferente quando ouviam que tinha cometido um erro em um exercício.

Enquanto os jogadores mais jovens instantaneamente ativavam diversas áreas de seus cérebros, os participantes mais velhos “lutavam” contra o erro e mantinham as partes relevantes do seu cérebro dormentes até a próxima tarefa.

O autor do estudo, Oury Monchi, disse que o experimento foi uma prova de que a sabedoria vem com a idade. “Quando se trata de determinadas tarefas, os cérebros de adultos mais velhos podem ter o mesmo desempenho que os de mais jovens”, acrescentou.

Ele disse que as descobertas se assemelham ao conto da lebre e da tartaruga, a fábula em que o concorrente mais lento, mas mais cauteloso, ganha a corrida. “Já se sabia que o envelhecimento não é necessariamente associado a uma perda significativa na função cognitiva. Quanto mais velho, mais experiência tem o cérebro, que sabe que nada se ganha com pressa”, argumentou Monchi.


Fonte: Aqui.

Malária

De 108 países onde a malária é endêmica, dez estão em vias de eliminar a doença num futuro próximo, de acordo com um relatório da Roll Back Malaria ,publicado em 18 de outubro. Para muitos outros, zerar o número de mortes causados pelo parasita é um sonho distante. No entanto, isso não pode apagar o progresso realizado na última década, durante o qual as mortes por malária caíram 20% (ver gráfico). A correlação entre a redução de mortes e o dinheiro gasto é bastante forte, muito mais do que a correlação entre a ajuda convencionais e desenvolvimento econômico. Dado que melhorias na saúde, muitas vezes ocorrem antes de avanços em termos de PIB per capita;os gastos com malária podem, eventualmente, apresentar um retorno ainda maior do que até agora.




Fonte: aqui

QI não é estático

O QI de um adolescente pode aumentar ou diminuir até 20 pontos em apenas alguns anos, concluiu um grupo que examina o cérebro num estudo publicado na quarta-feira [19/10/2011] que sugere que a medida da inteligência de uma pessoa jovem não é tão fixa como se pensava.

Os pesquisadores também descobriram que mudanças no QI tiveram relação com pequenas alterações físicas em áreas do cérebro ligadas a habilidades intelectuais, apesar de eles não terem conseguido mostrar claramente causa e efeito.

"Se a descoberta for verdadeira, pode sinalizar que fatores ambientais estão mudando o cérebro e a inteligência num período relativamente curto de tempo", disse o psicólogo Robert Plomin do Kings College em Londres, que estuda a genética da inteligência e não estava envolvido na pesquisa. "Isso é um tanto surpreendente."

Há tempos no centro dos debates sobre como a inteligência pode ser medida, o QI — as iniciais significam "quociente de inteligência" — normalmente mede a capacidade mental através de uma bateria de testes padronizados da capacidade linguística, habilidade espacial, aritmética, memória e raciocínio. Um QI de 100 é considerado médio. Excluindo casos de acidentes, essa capacidade intelectual permanece constante ao longo da vida, acredita a maioria dos especialistas.

Mas as novas descobertas dos pesquisadores da University College London, divulgadas na versão on-line da "Nature", sugerem que o QI, geralmente usado para prever desempenho escolar e perspectivas de trabalho, pode ser mais maleável do que se acreditava antes — e mais suscetível a influências externas, como uso de tutores ou negligência de adultos.

"Uma alteração de 20 pontos é uma diferença enorme", disse a pesquisadora sênior do grupo, Cathy Price, do Centro do Fundo Wellcome de Mapeamento Neurológico da universidade. Realmente, pode significar a diferença entre ser avaliado na média ou ser superdotado — ou, reciprocamente, ser categorizado como abaixo do padrão.

Para melhorar o entendimento da inteligência, Price e seus colegas estudaram 33 jovens britânicos saudáveis cujos QIs variavam entre 80 e 140. Eles testaram os voluntários com exames padronizados de inteligência em 2004 e 2008, para incluir os anos de pico da adolescência, enquanto monitoravam mudanças sutis na estrutura do cérebro usando imagens de ressonância magnética.

Ao analisar o desempenho verbal e não-verbal do QI separadamente, os pesquisadores descobriram que essas facetas fundamentais da inteligência poderiam mudar de forma relevante, mesmo nos casos em que a contagem geral ficasse relativamente constante.

"Um quinto deles saltou em uma das duas direções", disse Price. Um escore de QI verbal de um adolescente subiu de 120 aos 13 anos para 138 aos 17 anos, enquanto o QI não-verbal caiu de 103 para 85. Outro QI verbal aumentou de 104 para 127 em quatro anos, enquanto o seu desempenho não-verbal permaneceu o mesmo.

A ascensão e queda dos escores de testes verbais de QI aparentemente estão ligadas a mudanças na área do cérebro ligada à fala, enquanto as variações no QI não-verbal se relacionam à região envolvida no controle motor e nos movimentos das mãos.

Nos últimos anos, cientistas determinaram que a experiência pode facilmente alterar o cérebro, à medida que as redes de sinapses neurais afloram em resposta à atividade ou murcham com a falta de uso. Quando músicos profissionais, malabaristas de circo e taxistas de Londres estudam mapas — até mesmo guerrilheiros colombianos aprendendo a ler —, todos eles exibem mudanças cerebrais ligadas ao ato de praticar uma ação, relataram vários estudos de imagens do cérebro.

Mas, até agora, pesquisadores consideravam a inteligência geral muito básica para ser afetada por tais ajustes neurais relativamente pequenos. Price e seus colegas não sabem o que causou as mudanças no cérebro e nos escores que eles documentaram, mas especularam que podem ser resultado de experiências de aprendizado.

Diversos especialistas do cérebro disseram que as mudanças poderiam também refletir um ritmo normal de crescimento e mudanças nos QIs poderiam ser causadas pelo desempenho inconsistente no teste.

As variações podem também indicar que o teste de QI em si pode ter falhas. "Pode ser um verdadeiro indício de como a inteligência varia ou pode significar que nossas medidas de inteligência são inconstantes", disse o pioneiro em imagem cerebral B.J. Casey, da Faculdade de Medicina Weill, da Universidade Cornell, que não participou do estudo.

"Um aspecto importante dos resultados é que as habilidades cognitivas podem aumentar ou diminuir", disse o especialista em psicometria da Universidade Estadual de Oklahoma, Robert Sternberg, ex-presidente da Associação Americana de Psicologia que também não participou do estudo. "Aqueles que são mentalmente ativos provavelmente vão se beneficiar. Os preguiçosos, que não se exercitam intelectualmente, vão pagar o preço."


Fonte: WSJ