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18 setembro 2010

Preço

Me parece visível a mudança que a contabilidade de custos sofreu na última década. O preço do produto não é mais determinado pela linha de produção, e sim, pelo mercado consumidor. Como o mercado define o preço, me parece que a melhor análise deve partir da percepção que o cliente faz do preço do produto, para depois eu adequar a minha produção, ou, em casos drásticos, sair do mercado.

Análise de Valor - Balbinot

Acredito que o preço de um produto é determinado pelos 3 C´s: custo, cliente e concorrente.

Pós-graduação

(...) a área acadêmica de administração no Brasil poderia ter um destaque mundial muito maior do que tem – mas vários fatores impedem que isso aconteça. (...)

Hoje apresento 3 fatores, semana que vem trago mais.

O jogo dos pontinhos da Capes

Para mim, o fator que mais mediocriza a produção acadêmica brasileira. Toda escola que oferece programa de pós-graduação está sujeita a um sistema de medida elaborado pela Capes para manter seus programas. Entre alguns outros critérios, os professores de cada escola de administração que oferece mestrado e/ou doutorado têm que atingir uma certa média de pontos por pessoa para a escola ser considerada boa. Publicações contam pontos dependendo da qualidade do periódico.

Poxa, até aí tudo ótimo, um sistema de avaliação que dá incentivo para a produtividade. Mas... a lista de publicações é ruim - já houve muitas mudanças ao longo dos últimos 10 anos, desde versões que não incluíam nenhum dos periódicos mais importantes da área (ou seja, se alguém publicasse no melhor periódico da sua área não ganhava nenhum ponto) até versões que dão a mesma pontuação para períodicos bons e medíocres (ou seja, publicar nos melhores, que é muito mais difícil, não vale o esforço). E, mesmo com as médias sendo calculadas a cada 3 anos, as escolas colocam pressões em seus professores para fazer pontos no curto prazo – o que faz com que ninguém queira correr o risco de submeter para os melhores periódicos, já que o ciclo para ter um artigo publicado neles leva de 2 a 5 anos. A consequência? Todo mundo finge que está fazendo algo importante, mas na verdade só está pensando em maximizar os tais pontinhos gerando quantidade (ao invés de qualidade).

Como é no resto do mundo? Na sua grande maioria, os sistemas são elaborados pelas próprias escolas. As melhores geralmente colocam como objetivo publicar 5 ou 6 artigos em 6 anos (dependendo do impacto dos artigos e da escola, esse número pode ser menor). Só vale publicação nos periódicos considerados "A", uma lista ao redor de 6 periódicos por área. Conseguindo-se esse objetivo (junto com objetivos de qualidade de ensino e contribuição à instituição), voce está livre para publicar o que quiser na velocidade que quiser (sistema chamado de "tenure"). Não conseguindo, tem que procurar emprego em outra escola. Os prazos são maiores, os objetivos mais ambiciosos, e depois de alguns anos você conquista liberdade para fazer coisas mais arriscadas. No Brasil, ao contrário, você esta sujeito eternamente aos pontinhos, à obrigação de gerar artigos em certa quantidade, artigos que não estabelecerão diálogo com pesquisadores pelo mundo porque foram publicados no periódico onde era mais rápido conseguir os pontinhos.

Triste, mas verdadeiro.

Em terra de economista, quem administra se estrumbica

Nos EUA, professores de business school ganham pelo menos 50% a mais que professores de economia (salários universitários norte-americanos variam de área para área). As melhores escolas da Europa pagam o mesmo ou mais que nos EUA, para atrair bons professores. Se isso é "certo" ou não sob ponto de vista de criação de valor, eu não sei – mas sempre que vejo economistas tentando ser científicos e errando feio em seus conselhos, acho que faz sentido os administradores ganharem mais.

Já no Brasil, com sua eterna obsessão por fatores macro e sua paixão por "especialistas" fazendo previsões, economistas são reis: tem universidades onde professores de economia ganham o dobro dos de administração. Para alguém terminando o PhD em economia, voltar para o Brasil não significa uma perda de salário – às vezes ganhando até mais do que ganharia nos EUA ou Europa. Já para o PhD em administração, a diferença é grande, geralmente ganhando o dobro fora do país. E para os cursos executivos (geralmente adicionais ao salário normal), as diferenças no valor por hora-aula variam de 4 a 10 vezes – pelo simples fato que vim para os EUA, o valor de minha hora-aula cresceu 5 vezes. Mesma aula, mesmo tipo de alunos.

"Ah, mas no Brasil os salários são mais baixos mesmo". Hmm. Isso não é verdade para os economistas, e não é verdade para recém-MBAs, que atualmente conseguem melhores ofertas no Brasil que no exterior. Banqueiro ganha a mesma coisa no Brasil que nos EUA, consultor ganha mais, diretor ganha a mesma coisa ou mais... por que o professor de administração tem que ganhar metade ou menos?

Relacionado a isso, há também as diferenças de salário num mesmo departamento, que criam problemas ainda maiores – disso falarei mais na semana que vem.

Aulas, aulas, aulas

Um professor nas melhores escolas de administração dos EUA ou Europa tem uma carga horária entre 75 e 120 horas de aula.

Por ano.

No Brasil, mesmo as escolas muito generosas pedem no mínimo mais que o dobro disso. E há casos que chegam a mais de 500 horas/ano.

O que o professor das melhores escolas do mundo faz no resto do tempo? Produz artigos, visita empresas, conversa com executivos, dá palestras, viaja, apresenta idéias, expande as fronteiras do conhecimento. Recicla-se. Planeja com cuidado seus cursos. Sobretudo aprende, para fazer com que seus alunos aprendam mais.

O que o professor no Brasil faz com o que resta do seu tempo? Dá mais aulas, para aumentar seu salário (vide discussão do item anterior). E faz pontinhos para a Capes ficar feliz e os burocratas poderem mostrar a pretensa "pujança" do nosso ambiente acadêmico.


O que há de errado na área acadêmica de Administração no Brasil – Parte 1
Por Paulo Prochno

Devo lembrar que no Brasil a área de contabilidade, na pós-graduação, está dentro da Administração na Capes.

17 setembro 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #350

Esta big four (uma das quatro grandes empresas de auditoria do mundo) está mudando sua marca:

Deloitte
E & Y
PwC

Resposta do Anterior: Diferir = semear/ Passivo = suscetível de paixão/ Receita = recuperado / Patrimônio = haveres / Demonstração = Comprovação

Preço

Me parece visível a mudança que a contabilidade de custos sofreu na última década. O preço do produto não é mais determinado pela linha de produção, e sim, pelo mercado consumidor. Como o mercado define o preço, me parece que a melhor análise deve partir da percepção que o cliente faz do preço do produto, para depois eu adequar a minha produção, ou, em casos drásticos, sair do mercado.

Análise de Valor - Balbinot

O preço de um produto é determinado pelos 3 C´s: custo, cliente e concorrente. Em alguns setores, em certos momentos, um deles prevalece. Mas não é possível imaginar que estejam separados.

Normas internacionais

Duas posições divergentes sobre as normas internacionais de contabilidade:

Aqui no Brasil, a Lei 11.638/07 que em tese manda adotar os padrões internacionais de contabilidade, peca em objetividade e clareza, pois ela fala em adotar aqueles padrões que em geral estão sendo aplicados. No entanto, os padrões do IASB anda não são unanimidade e nem estão sendo aplicados no mundo todo. Daí, o Risco de se adotar tais princípios, pois, além de quedarem por certos princípios que em nada primam pela técnica, pelo zelo, e pela fidedignidade das informações contábeis, ainda podem deturpar a imagem da contabilidade enquanto Ciência que tem como compromisso a clareza e a transparência nas suas demonstrações.


Luis Antonio Pinheiro - O risco da Convergência Contábil

"Com o advento das Normas Internacionais de Contabilidade para o setor público, esse cenário vai mudar", garante Chiomento, pontuando que os ativos como edifícios, equipamentos, máquinas, terrenos, móveis e imóveis e os bens de uso público como praças, parques, rodovias, rios tenham seu valor calculado e registrado no balanço governamental. "O valor desses bens representa obter um registro confiável do patrimônio e para a tomada de decisões no que diz respeito às políticas públicas. Além disso, obteremos uma visão mais real e abrangente dos custos no setor público", finaliza.


Contabilidade pública também seguirá padrões internacionais

Provavelmente a posição intermediária seja mais coerente. Com respeito ao primeiro texto, é exagero assumir que as normas internacionais causou a crise financeira de 2008 e os argumentos não se sustentam. De igual modo, não é possível acreditar que as normas internacionais poderão transformar o nosso serviço público.

Informação


A placa avisa a existência de um ponto de controle contra drogas. O aviso, do xerife local, tem por finalidade observar a reação dos motoristas e, a partir daí, agir. Neste caso, a informação é dada com o fim de obter outra informação.

Provisão

A TAM vai reverter no resultado do terceiro trimestre R$ 585,9 milhões referentes a provisões constituídas para o pagamento de um adicional tarifário equivalente a 1% das tarifas aéreas.

Em valores líquidos de impostos e contribuição social, a reversão será de R$ 386,7 milhões, montante que terá impacto positivo no resultado líquido das demonstrações financeiras de julho a setembro.

As provisões foram constituídas no período de junho de 2001 a agosto deste ano com a finalidade de bancar o subsidio à aviação regional previsto em uma portaria editada pelo Comando da Aeronáutica em fevereiro de 2000.

A companhia, no entanto, conseguiu suspender esses pagamentos por meio de liminar obtida em 2001. Neste mês, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) desobrigou o pagamento do adicional em caráter definitivo, permitindo, inclusive, o não desembolso dos valores relativos ao período da liminar - o que explica a reversão das provisões.


TAM reverte provisão de R$ 585,9 milhões após decisão judicial - 16 Set 2010(Eduardo Laguna | Valor Econômico)

Palmeiras

A oposição do Palmeiras vai aumentar a pressão contra as contas do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Como não tem maioria no COF, que vota os balancetes mensais, decidiu notificar os conselheiros que votam pela aprovação que eles serão responsabilizados caso o clube no futuro enfrente problemas financeiros.

Os conselheiros pró-aprovação dizem que endossam a lisura da contabilidade, não a gestão de Belluzzo.


Pressão contra contas de Belluzzo aumenta - Lance

Desempenho


Uma forma de medir o sucesso de um curso é comparar o aluno antes e depois. Se a diferença for significativa, isto significa que o curso é reconhecido pelo sociedade. Como estamos num sistema capitalista, o principal critério de desempenho chama-se salário. Assim, um curso será mais eficiente se conseguir aumentar o salário do aluno. O gráfico mostra algumas escolas selecionadas e o salário antes (azul claro) e após (a barra total) um curso de MBA. Neste critério, a HEC, de Paris, tem um bom desempenho, mais que dobrando o salário do aluno. O mesmo não se pode dizer da escola de Hong Kong, onde o aumento é reduzido.

Fonte da figura, The Economist.

16 setembro 2010

Rir é o melhor remédio


Um pequeno detalhe

Teste #349

Buscar a etimologia de uma palavra pode revelar surpresas. As palavras Demonstração, Diferir, Patrimônio, Passivo e Receita possuem origem histórica associado aos termos Comprovação, Haveres, Recuperado, Semear e Suscetível de paixão. Você seria capaz de fazer a associação entre o primeiro grupo de palavras e o segundo?

Resposta do Anterior: Parece que assustei e nenhum leitor do blog arriscou uma resposta. Numa classe pequena, um aluno outlier gênio faz com que a média da nota aumente. Ou seja, o resultado é influenciado pelos extremos. Em classes maiores, estes extremos não influenciam tanto. Deste modo, o tamanho da turma pode não ser relevante para o desempenho do aluno. Fonte: Marginal Revolution