31 julho 2008
Mercado é tudo
O blog Marginal Revolution traz regularmente uma coluna denominada “Mercado é tudo”.
Mostra situações onde o “mercado” é responsável por situações absurdas. A última do blog: Playboy em Braille (aqui).
Neste blog a notícia deveria estar no item “Rir é o melhor remédio”, não?
P.S. A foto é para mostrar que a notícia é verdadeira.
Vida privada numa empresa aberta
A recente doença de Steve Jobs levantou uma questão interessante para a contabilidade: qual o limite para divulgação de informação sobre a vida privada de um executivo de uma empresa. O caso de Jobs é interessante, pois esse executivo tem sua vida vinculada a Apple, e vice-versa.
Até que ponto isso é importante? Em alguns casos é sabido que a presença (ou ausência) de um executivo pode ser crucial para o desempenho futuro de uma entidade. Informar ao mercado sobre a doença de Jobs faz com que a informação deixe de ser assimétrica.
Para ler mais, clique aqui
Até que ponto isso é importante? Em alguns casos é sabido que a presença (ou ausência) de um executivo pode ser crucial para o desempenho futuro de uma entidade. Informar ao mercado sobre a doença de Jobs faz com que a informação deixe de ser assimétrica.
Para ler mais, clique aqui
Gravata
Quase ninguém usa gravata hoje em dia, reparou nisso?
(...) Pesquisa recente feita pelo Gallup nos EUA mostrou que o número de homens que usa gravata todos os dias no trabalho chegou a apenas 6%, o mais baixo percentual em toda a história desse item de vestuário. Em 2002, há 6 anos portanto, esse índice era bem melhor chegava a 10%. (...) A gravata era um símbolo de poder e autoridade até bem pouco tempo atrás. Mas o surgimento da sociedade do conhecimento fez com que essa autoridade fosse melhor representada por outros produtos, como, por exemplo, os relacionados com alta tecnologia. Por isso mesmo, as gravatas vao saindo de cena discretamente, obrigando as empresas que produzem e vendem esse acessório a rever suas estratégias.
Passivo e Valor justo
Em Fair valuation of own debt is counter-intuitive
(23/07/2008), Jennifer Hughes, reporter do Financial Times especializada em contabilidade, comenta a aplicação do valor justo para a situação do passivo e a sua aparente contradição.
A idéia é que uma entidade com dificuldades econômicas deveria avaliar seu passivo a valor justo. Nessa situação, o valor justo do passivo é menor. É como se a entidade pudesse comprar de volta o passivo por um preço menor, já que o risco é maior.
A questão é que uma entidade com problemas dificilmente irá comprar a dívida de volta, mas sim tentará encontrar mais recursos (dinheiro) para suas operações.
Hughes faz uma analogia interessante com uma pessoa que possui dívida com cartão de crédito. Como existem dúvidas sobre o pagamento da dívida, o valor justo do passivo seria menor. Mas será que terei condições de encontrar recursos para reduzir minha dívida por um valor menor que o histórico? Além disso, mesmo que use o valor justo, ainda existirá uma dívida.
Além disso, quanto maior o aumento nos problemas com meu passivo maior o ganho que irá para resultado. Contraditório?
Em outras palavras, na prática, a teoria é outra.
(23/07/2008), Jennifer Hughes, reporter do Financial Times especializada em contabilidade, comenta a aplicação do valor justo para a situação do passivo e a sua aparente contradição.
A idéia é que uma entidade com dificuldades econômicas deveria avaliar seu passivo a valor justo. Nessa situação, o valor justo do passivo é menor. É como se a entidade pudesse comprar de volta o passivo por um preço menor, já que o risco é maior.
A questão é que uma entidade com problemas dificilmente irá comprar a dívida de volta, mas sim tentará encontrar mais recursos (dinheiro) para suas operações.
Hughes faz uma analogia interessante com uma pessoa que possui dívida com cartão de crédito. Como existem dúvidas sobre o pagamento da dívida, o valor justo do passivo seria menor. Mas será que terei condições de encontrar recursos para reduzir minha dívida por um valor menor que o histórico? Além disso, mesmo que use o valor justo, ainda existirá uma dívida.
Além disso, quanto maior o aumento nos problemas com meu passivo maior o ganho que irá para resultado. Contraditório?
Em outras palavras, na prática, a teoria é outra.
Banco Central (Diagnóstico SFN x IFRS)
O Banco Central disponibilizou seu diagnóstico sobre a Convergência das normas contábeis brasileiras do Sistema Financeiro Nacional para normas internacionais. De acordo com o texto de apresentação, objetivo é divulgar as ações e estudos desenvolvidos pelo Departamento de Normas do Sistema Financeiro no âmbito do processo de convergência de que trata o Comunicado 14.259, de 10 de março de 2006.
O Comunicado 14.259 divulga procedimentos para a convergência das normas de contabilidade e auditoria aplicáveis às instituições financeiras e às demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil com as normas internacionais promulgadas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e pela International Federation of Accountants (IFAC)
Acesse aqui o diagnóstico do BACEN
Fonte: Alexandre Alcantara
Neuroeconomia
Na The Economist da semana uma extensa reportagem sobre a Neuroeconomia (Do economists need brains?)
O texto lembra que a neuroeconomia é uma tentativa de usar o Homo sapiens no lugar do homo economicus da teoria econômica. A origem está nas finanças comportamentais (que o texto denomina de behavioural economics):
Um exemplo citado é o ultimatum game, onde uma pessoa recebe uma quantia em dinheiro para dividir com um desconhecido. O segundo jogador pode aceitar ou não a oferta, mas se rejeitar ambos não recebem nada. Pela teoria econômica tradicional, qualquer valor proposta para o segundo jogador seria racionalmente interessante.
Suponha que o primeiro jogador proponha ficar com $99 e o segundo com $1. Esta proposta seria interessante para o segundo jogador, que ficaria $1 mais rico. No entanto, nas pesquisas empíricas, o segundo jogador tende a recusar essa proposta. A recusa é uma forma de punição para uma proposta que é considerada injusta.
Usando uma máquina chamada MRI, a neuroeconomia tenta verificar o que passa no cérebro dos jogadores através da visão do fluxo do sangue. Já foi encontrado que a rejeição do ultimatum game ocorre numa parte do cérebro onde as decisões de premiação e punição é realizada.
O texto lembra as críticas que a neuroeconomia (e as finanças comportamentais) estão sujeitas. Para Faruk Gul e Wolfgang Pesendorfer (The Case for Mindless Economics), o que ocorre dentro do cérebro é irrelevante para economia. O que importante são as preferências das pessoas.
Para outros, a razão da racionalidade nos modelos econômicos era a inexistência de ferramentas para entender o comportamento humano.
O texto lembra que a neuroeconomia é uma tentativa de usar o Homo sapiens no lugar do homo economicus da teoria econômica. A origem está nas finanças comportamentais (que o texto denomina de behavioural economics):
Desde a década de 1980 pesquisadores neste ramo da disciplina utilizaram a psicologia para desenvolver idéias mais "realistas" dos modelos de tomada de decisões individuais, nas quais muitas vezes as pessoas fizem coisas que não representam seus melhores interesses. Mas a neuroeconomia tinha o potencial que alguns acreditavam de ir mais longe e incorporar a economia em processos químicos que ocorrem no cérebro.
Um exemplo citado é o ultimatum game, onde uma pessoa recebe uma quantia em dinheiro para dividir com um desconhecido. O segundo jogador pode aceitar ou não a oferta, mas se rejeitar ambos não recebem nada. Pela teoria econômica tradicional, qualquer valor proposta para o segundo jogador seria racionalmente interessante.
Suponha que o primeiro jogador proponha ficar com $99 e o segundo com $1. Esta proposta seria interessante para o segundo jogador, que ficaria $1 mais rico. No entanto, nas pesquisas empíricas, o segundo jogador tende a recusar essa proposta. A recusa é uma forma de punição para uma proposta que é considerada injusta.
Usando uma máquina chamada MRI, a neuroeconomia tenta verificar o que passa no cérebro dos jogadores através da visão do fluxo do sangue. Já foi encontrado que a rejeição do ultimatum game ocorre numa parte do cérebro onde as decisões de premiação e punição é realizada.
O texto lembra as críticas que a neuroeconomia (e as finanças comportamentais) estão sujeitas. Para Faruk Gul e Wolfgang Pesendorfer (The Case for Mindless Economics), o que ocorre dentro do cérebro é irrelevante para economia. O que importante são as preferências das pessoas.
Para outros, a razão da racionalidade nos modelos econômicos era a inexistência de ferramentas para entender o comportamento humano.
Os 100 atletas para as Olimpíadas
Se você acha que o Brasii- iillll irá fazer um bom papel na Olimpíadas, este link mostra a aposta da revista Time nos astros dos jogos. Dos cem citados, uma brasileira: Marta, no futebol. (É bem verdade que a revista indica Djokovic no tênis, mas não Nadal).
Auditoria e crise
Nesse artigo, a ausência de auditoria é considerada como uma das responsáveis pela crise financeira nos Estados Unidos
Auditoria não é sinal de separação de função, apesar de existir uma ligação. Além disso, mesmo que existisse a separação de função e a conferência do trabalho do outro, se o instrumento para concessão de crédito não for adequado nada disto é relevante.
Há séculos existem leis que norteiam a boa prática bancária. A primeira diz: "um faz e outro confere"; a explicação é que a atividade dos bancos é altamente vulnerável a fraudes, erros de avaliação, pressões e distrações. Há versões mais modernas da lei, chamadas de controles internos, segregação de funções, auditoria, fiscalização e supervisão. Apesar das novas nomenclaturas e da sofisticação das operações, a lei na sua versão primitiva vigora para bancos individualmente e para sistemas financeiros. Se a lei tivesse sido observada com rigor, a crise americana teria sido evitada.Roberto Luis Troster - Leis bancárias - Valor Econômico - 31/07/2008
A origem dos problemas lá está em empréstimos imobiliários concedidos a mutuários em condições incompatíveis com sua capacidade de pagamento. A demora em verificar os detalhes dos créditos permitiu um crescimento exponencial dessas operações sem lastro real. Era uma riqueza falsa e o valor das perdas será consideravelmente superior ao dos empréstimos predatórios que originaram a quebra de confiança. (...)
Auditoria não é sinal de separação de função, apesar de existir uma ligação. Além disso, mesmo que existisse a separação de função e a conferência do trabalho do outro, se o instrumento para concessão de crédito não for adequado nada disto é relevante.
30 julho 2008
Contabilidade Básica: 3a. edição
Saiu a terceira edição do livro Contabilidade Básica, com as adaptações da nova Lei 11.638. Quando escrevemos a obra ousamos em acrescentar, num livro texto introdutório, conteúdo sobre o que denominamos Fluxo do Disponível.
Com a nova lei, o Fluxos de Caixa tornou-se realidade. O livro passou por algumas adaptações para se adequar a esta nova legislação.
Assinar:
Postagens (Atom)