Translate

20 abril 2008

Custo e Benefício do controle


Nos últimos anos observa-se um aumento substancial na fiscalização e controle dos entes públicos. O advento da Constituição Federal de 1988, em conjunto com outros normativos recentes, criou uma serie de entidades e instrumentos que permite uma maior transparência das ações do Estado brasileiro. Por um lado, esta transformação possibilita, a princípio, uma melhor gestão dos recursos públicos, com possibilidades para reduzir os desperdícios. Por outro lado, a criação destes mecanismos provocou um aumento dos custos na administração pública.

Isso criou uma sobrecarga de trabalho e tarefas na administração pública resultante do acréscimo de instrumentos de controle. O gestor dos recursos públicos necessita dispor de uma grande quantidade de tempo para atender as demandas burocráticas, em especial aquelas vinculadas ao controle do recursos públicos.

Existe uma predisposição em considerar que os instrumentos de controle do uso do dinheiro público seja plenamente justificável. Isto faz com que estes instrumentos sejam implantados sem que existam um estudo prévio.

Existem duas maneiras de estudar esta questão: através dos custos ou através de uma análise comparativa entre empresas (comparando uma empresa estatal e uma empresa não estatal que atuam no mesmo setor).

19 abril 2008

Novelas da Globo e Natalidade


Novelas da Globo influenciaram a queda de natalidade no Brasil
As novelas e seu apelo junto ao publico brasileiro causaram em parte a queda da taxa de natalidade no país nos ultimos 40 anos, diz um estudo do Center for Economic Policy Research (CEPR), com sede em Londres. Segundo a pesquisa, o modelo de familia pequena apresentado pelas telenovelas da Globo seria um fator de importância consideravel - teria influenciado o numero de filhos desejados pelas brasileiras. Dados de Censos e outros estudos indicam que a taxa de 6,3 filhos por mulher em 1960 caiu para 2,3 filhos em 2000, queda explicavel em parte pelas novelas globais. E a pesquisa vê ainda uma influência "bastante notável" na escolha dos nomes dos recem nascidos, batizados a partir de nomes de personagens das novelas. Noticia da France Presse. Fonte: Aqui

Caixa e Firmas de Tecnologia

Em 2000 as empresas de tecnologia sofreram por não ter reservas de caixa suficiente. Em março de 2008 estas empresas tinham 232 bilhões em caixa e equivalentes, 6% a mais que no ano anterior, segundo a S&P. Mas o mercado não gosta de empresas com caixa não usado e o caixa construído como reserva para recessão pode agora ser usado para fusões e aquisições, segundo Douglas McIntyre (aqui)

Links

1. Obesidade é um grande problema para as empresas e 40% estão implantando um programa de redução de peso

2. Artigo de Thaler e Sunstein, para o Boston Globe tenta explicar a crise

3. Conversa entre Paola Antonelli (arquiteta) e Mandelbrot (matemático de fractais)

18 abril 2008

Futebol e Violência


O gráfico mostra o número médio de cartões amarelos por jogador, segundo seu país de origem, e o número de anos de guerra civil desse país (desde 1960). Foi resultado de uma pesquisa com jogadores das ligas européias, onde alguns dos jogadores são provenientes de países com histórico de conflitos internos. A relação é robusta (como se diz em estatística), mesmo quando se controla variáveis como continente, posição do jogador e idade.Fonte: aqui

O problema é da métrica


O Comitê da Basileia inicia mudanças do Basel II Framework em razão da crise internacional, para melhorar a administração do risco bancária e práticas de avaliação. Segundo o Comitê, isso pode ter contribuído para concentração em produtos ilíquidos. Abaixo a reportagem do Financial Times e publicada na Folha

Bancos terão de enfrentar regulação mais severa
Folha de São Paulo - 17/4/2008

Proposta do Comitê de Basiléia reforça endurecimento de regulação para o setor

Mudanças são vistas como esforço para melhorar o acordo de Basiléia 2 e devem obrigar bancos a aumentar reservas na esteira da crise

PETER THAL LARSEN, GILLIAN TETT e JENNIFER HUGHES

DO "FINANCIAL TIMES", EM LONDRES

Os reguladores bancários intensificaram a pressão sobre os bancos ontem, anunciando regras que visam prevenir uma repetição da crise que vem abalando o sistema financeiro.

As propostas divulgadas pelo Comitê de Basiléia de Supervisão Bancária reforçam a determinação dos reguladores em adotar medidas específicas para endurecer a regulamentação, na esteira da turbulência no sistema financeiro que expôs falhas na estrutura regulatória global. "Estamos sofrendo enorme pressão política para fazer alguma coisa", disse um político sênior dos EUA.

Os planos anunciados exigem que os bancos reservem mais capital para produtos complexos e veículos externos às folhas de balanço e reforcem o gerenciamento de riscos.

A novidade chega quando organismos que determinam os padrões de auditorias estudam propostas para aumentar a transparência na contabilidade dos bancos, exigindo que os credores revelem mais seus interesses pelos balanços.

Sir David Tweedie, presidente do Conselho Internacional de Padrões de Contabilidade Financeira, sugeriu que a contabilidade financeira possa ser modificada para obrigar o fornecimento de listas de instituições sem vínculos oficiais.

Os planos do Comitê de Basiléia representam um esforço para aprimorar as bases do acordo de Basiléia 2, adotado formalmente pela maioria dos bancos do mundo neste ano, após quase uma década de preparativos. Basiléia 2 visa aperfeiçoar a concessão de crédito no sistema financeiro, usando os modelos de riscos dos próprios bancos como ponto de partida para determinar o capital necessário em reservas.

A turbulência, que resultou em perdas no setor, levou alguns políticos a pedir que Basiléia 2 seja descartado. As mudanças propostas provavelmente vão intensificar as pressões para que os bancos reforcem suas reservas.

As mudanças também devem impor limites às técnicas que os bancos utilizam para tentar transferir riscos. "Os incentivos dos bancos para tirar valores de suas folhas de balanço serão enfraquecidos, levando a bancos maiores e mais seguros e a uma securitização menor", disse Jan Loeys, economista sênior no JPMorgan.

Funcionários do FMI propõem limites às entidades autorizadas a lidar com "swaps" de crédito. Gary Stern, do Fed de Minneapolis, pede o impedimento de instituições de fora da rede de segurança de construir posições que criem interconectividade sistêmica.

Tradução de CLARA ALLAIN

Frase


O museu Guggenheim de Bilbao (foto) é um dos mais conhecidos da europa. Segundo notícia da CFO (The Art of the Steal, Bilbao-Style, Stephen Taub, 17/4/2008), descobriu-se que Roberto Barrenetxea, diretor financeiro, desviou, desde 1998, quase 800 mil dólares. Roberto prometeu devolver o dinheiro. Depois de dez anos sem ser pego pelo controle interno, para o museu, a situação é "um caso isolado".

Segundo esta reportagem do El País, o museu tinha passado por auditoria externa e pelo controle interno. Num comunicado, o museu afirma que Roberto

asumía «de manera personal el control de costes, tesorería, realización de pagos, control de ingresos y gastos, relación con entidades de crédito, seguimiento y ejecución de cobros…» (fonte: aqui)

Ou seja, descumpriu um princípio básico do controle: divisão de tarefas.

Doping Intelectual


Uma pesquisa mostrou que 20% dos cientistas (aproximadamente) fazem uso de doping intelectual, consumindo drogas como Ritalin, Provigil e beta bloqueadores.

Vide aqui o link

Morreu Edward Lorenz




Professor do Massachusetts Institute of Technology que desenvolveu o conceito de que pequenos efeitos podem provocar grandes mudanças. Isto ficou conhecido como "efeito borboleta", onde uma pequena borboleta bate asas no Brasil e pode levar a uma tempestade na China. Em outras palavras, Lorenz é um dos responsáveis pela teoria do caos. (FOTO) http://www.boingboing.net/2008/04/17/rip-father-of-chaos.html. Aqui o verbete da Wikipedia, já atualizado.

Valor Justo

O valor justo ainda é o centro das atenções no meio contábil americano. Os contadores ainda não conseguiram absorver as novas regras impostas pelo FASB (FASB Statement Nº. 157 -Fair Value Measurements) .

De acordo com observadores, em uma reunião ocorrida nos últimos dias no FASB, no intuito de esclarecer os três critérios de avaliação, especialmente em relação aos critérios de avaliação dos passivos, ocorreu que em determinado momento chegou-se ao entendimento que tamanha confusão estava formada que seria necessário a preparação de um resumo para que a norma pudesse ser compreendida. Já se fala em revisão da FAS157.

Aqui no Brasil ainda não sabemos como os órgão reguladores se preparam para "normatizar" o valor justo. Esperamos que a comunidade contábil esteja atenta e assuma uma postura crítica a exemplo do que vem ocorrendo na terra das "normas contábeis"


Fonte: Alexandre Alcantara

Aqui um artigo que diz que valor justo é igual a gasolina em fogo

Al Qaeda


"Fiquei muito perturbado pelo que você fez", escreveu Atef. "Eu obtive 75000 rupias para você e sua família para viagem ao Egito. Eu soube que você não enviou o comprovante para o contador".

Uma reportagem do Los Angeles Times mostra que a rede terrorista era burocrática.

O Petróleo Brasileiro segundo a The Economist


A revista The Economist faz um resumo bem interessante sobre a história recente do nosso país. Mas não considera a descoberta de petróleo uma boa notícia. A revista considera que a descoberta pode tornar evidente as fraquezas da economia.
Aqui, aqui e aqui