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16 abril 2008

Testosterona




Quando os corretores da bolsa têm um elevado nível de testosterona, principal hormônio sexual masculino, têm mais tendência a assumir riscos e obtêm maiores ganhos, revelou um trabalho de pesquisadores britânicos divulgado nesta segunda-feira (14) nos Estados Unidos.

A pesquisa permite também explicar decisões irracionais responsáveis por bolhas especulativas e "cracks" na bolsa, segundo os pesquisadores da Universidade de Cambridge.

Os cientistas acompanharam 17 corretores da Londres durante oito dias de trabalho consecutivos e mediram seus níveis de testosterona por meio de amostras de saliva duas vezes por dia: às 11h, em plena atividade da bolsa, e às 16h, ao final da sessão.

A cada vez que mediam o nível de testosterona eram registradas também as perdas e os ganhos.

Comparando os dados recolhidos, os pesquisadores determinaram que os ganhos obtidos eram muito maiores que a média diária quando os corretores tinham níveis de testosterona muito mais elevados.

Confiança

Baseando-se em estudos anteriores, os cientistas acreditam que o fenômeno seria explicado pelo fato de que a testosterona aumenta a confiança em si mesmo e o gosto pelo risco.

A influência dos esteróides, especificamente a testosterona e o cortisol ou hidrocortisona, poderia também explicar por que os operadores de mercados custam a reagir racionalmente frente a bolhas especulativas ou a uma quebra, exacerbando as crises financeiras.

O testosterona é um hormônio determinante para o comportamento sexual e a competitividade, já que atua sobre a agressividade. Este hormônio aumenta em um atleta antes de uma competição e segue aumentando em caso de vitória, mas diminui em caso de derrota.

"O aumento dos níveis de testosterona e de cortisol predispõem os corretores aos riscos", afirmou o doutor John Coates da Universidade de Cambridge, co-autor do trabalho e ex-corretor de bolsa.

"No entanto, se a testosterona se tornar excessiva no organismo, como pode ocorrer facilmente em situações de bolhas especulativas, o gosto pelo risco pode se tornar obsessivo", acrescentou.

O estudo foi divulgado nos "Anais da Academia Nacional de Ciências" dos Estados Unidos desta segunda-feira.


Fonte: Aqui

Efeito Tiger Woods


Tiger Woods terminou em segundo lugar no Masters tournament deste ano. Segundo analistas do BNP Paribas, quando Woods ganha o troféu, o retorno médio do Lehman Brothers Aggregate Bond Index é de 1.09% e um retorno médio de 1,11% para Treasurys. Em quatro ocasiões Woods venceu o Masters: 1997, 2001, 2002 e 2005. Quando não venceu, o Lehman Aggregate teve um retorno negativo de 0.12% e Treasurys também ficou negativo (0,33%).

Eis mais um caso de correlação espúria.

Fonte: Aqui

Corrupção e contabilidade


Em 2005, as autoridades federais concluíram que um consultor da Monsanto visitou a casa de um alto funcionário da Indonésia e, com a aprovação de um executivo sênior da empresa, entregou um envelope recheado de notas de US$ 100. O dinheiro era suborno para obter regulamentos ambientais mais brandos para as safras de algodão da Monsanto, segundo documento judicial. E teria ocultado o suborno com faturas falsas. Alguns anos antes, na era da Enron, acusações dessa natureza resultariam em indiciamento criminal. Em vez disso, a Monsanto foi autorizada a pagar US$ 1 milhão e evitar ação criminal ao entrar num acordo de monitoração com o Departamento de Justiça.

Numa importante mudança de estratégia, o Departamento de Justiça, outrora conhecido por processar grandes corporações, como o Arthur Andersen, adiou o processo de mais de 50 empresas suspeitas de má conduta nos últimos três anos. Em vez disso, muitas empresas, de boutiques a gigantes corporações, evitaram o custo e o estigma de se defenderem contra acusações criminais com os chamados acordos de processo diferido, que permitem ao governo arrecadar multas e indicar um monitor externo para impor reformas internas, sem julgamento.

(...) Os especialistas dizem que a tática pode ter enviado sinais errados para as corporações - a promessa, de fato, de terem um cartão para se livrarem da cadeia. A aplicação crescente de processos diferidos também sugere um roteiro que o Departamento de Justiça pode seguir nas investigações suscitadas pela crise hipotecária subprime. Os acordos de processos diferidos (DPA, na sigla em inglês) são mais controversos por causa do acordo de uma companhia de suplementos médicos para pagar US$ 52 milhões para a consultora de John Ashcroft, ex-promotor geral, como monitora externa para evitar uma ação criminal. Esse acordo suscitou inquéritos no Congresso e pedidos de diretrizes mais rigorosas. (...)

EUA mudam estratégia e fazem acordo com acusados de fraude
Gazeta Mercantil - 16/4/2008
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 9)(The New York Times)


O que isto mudaria na contabilidade do passivo? Provavelmente a mensuração é simplificada.

Leia o texto completo aqui

Finanças Comportamentais: artigo


O jornal Valor Econômico traz hoje um artigo de Andre Delben Silva onde se comenta, resumidamente, alguns dos problemas existentes no processo decisório. Apesar do autor não usar o termo "finanças comportamentais" (ou algo próximo), os aspectos abordados são provenientes de pesquisas da área.

O ser humano é muito menos racional do que nos faz crer as teorias tradicionais de finanças. A experiência tem mostrado que, no mercado financeiro, as decisões dos investidores, das mais simples às mais complexas, nem sempre seguem a racionalidade. No processo de julgamento, é muito comum esses investidores serem afetados por questões psicológicas, que pode levar a um comportamento equivocado no mundo dos investimentos, como as principais que são abordadas a seguir:

- Excesso de confiança e otimismo: Ocorrem quando as pessoas se classificam como acima da média e acham que os outros irão julgá-las melhores do que são realmente. Excesso de confiança sugere que o investidor superestima a habilidade de prever eventos futuros. Na prática, a grande maioria dos investidores não pode estar acima da média.

- Aposta errônea: Quando se trata de probabilidades, a falta de conhecimento pode levar a conclusões erradas. Considere uma série de 20 moedas que, quando jogadas, caíram todas com o lado "cara" virado para cima. Numa aposta errônea, pode-se pensar que é mais provável que a próxima moeda caia com o lado "coroa" virado para cima. Essa linha de raciocínio representa uma compreensão inexata de probabilidade, porque a chance de uma moeda não viciada cair com o lado "cara" para cima é sempre de 50%.

- Ancoragem: Daniel Kahneman e Amos Tversky (1974), conduziram estudo no qual uma roda com números de 1 a 100 seria girada. Os candidatos eram questionados se a porcentagem de países africanos membros das Nações Unidas era maior ou menor do que o número dado na roda. Em seguida os candidatos deveriam fazer uma estimativa atual desse valor. Tversky e Kahneman descobriram que esse valor apresentado na roda mostrou grande influência sobre as respostas dadas pelos candidatos. Por exemplo, quando a roda parou no número 10, a estimativa média dada pelos candidatos foi de 25%. Porém, quando parou no 60, a estimativa média foi de 45%.

- Contabilidade mental: É a tendência que as pessoas têm de separar seu patrimônio em partes com finalidades individuais. Existem casos de pessoas que têm uma poupança para os filhos e que usam o limite do cheque especial. Outras tratam o dinheiro da restituição do imposto de renda como se fosse um prêmio e reservam o valor para um gasto especial. Uma maneira de evitar o mau uso da contabilidade mental é sempre lembrar que o patrimônio, incluindo ativos e passivos, deve ser analisado de forma única.

- Tendência ao exagero e disponibilidade: Uma conseqüência de envolver emoções no mercado financeiro é a tendência ao exagero ante uma nova informação. Boas notícias devem aumentar o preço do ativo, e este não deve cair se nenhuma nova informação for dada. Às vezes, participantes do mercado financeiro criam um efeito de supervalorização do ativo. Segundo a teoria da disponibilidade, as pessoas tendem a dar maior peso às informações mais recentes para uma tomada de decisão. Por exemplo, imagine um acidente de carro que acaba de acontecer num trecho de rodovia de uso diário. É possível que, pelas próximas semanas, você dirigirá com mais cautela pela rodovia. Presenciar o acidente o induziu a tendência ao exagero, porém, em pouco tempo você voltará aos seus hábitos normais.

- Efeito Manada: Eventos no mercado financeiro, como o estouro da bolha da internet, continuam a acontecer dado o efeito manada, que é a tendência do indivíduo em imitar as ações de um grupo maior. Temos a necessidade de agir em conformidade com o grupo onde estamos inseridos. Errar em companhia da maioria é menos estressante. Já conviver com as conseqüências de um erro em virtude de um posicionamento oposto ao do grupo é um constrangimento que a maioria evita.

- Viés de confirmação: No mundo dos investimentos, esse viés sugere que é mais provável que o investidor busque informações que confirmem sua idéia inicial a respeito de um investimento em vez de fatos que contradigam sua opinião. Como conseqüência, isso pode resultar em um processo de decisão errado, dado o conjunto incompleto de informações disponíveis.Viés de retrospecto: Psicólogos atribuem esse viés a nossa necessidade inata de encontrar ordem no mundo por meio de explicações que nos levem a acreditar que os eventos são previsíveis. Muitas pessoas acham, agora, que os sinais da bolha de internet eram óbvios. Se a formação de uma bolha fosse óbvia na época, ela nunca teria existido, pois os investidores teriam medo de comprar à medida que os preços subiam.


Questões psicológicas afetam comportamento do investidor
Valor Econômico - 16/4/2008
Andre Delben Silva

15 abril 2008

Rir é o melhor remédio


Pensamento. Fonte: Aqui

Revista Time 1984


Bill Gates segurando um disquete. fonte: aqui

Links

1. A questão do preço

2. Banqueiros contra o FAS 157

3. FAS 157 e volatilidade

4. O Guru da Google

5. Cinco comerciais: informação assimétrica

6. A visão dinâmica e a contabilidade (dica de Alexandre Alcantara, grato)

Otimismo


Reforma das SAs: o Brasil em novo patamar
Gazeta Mercantil - 15/4/2008 - Pedro Melo (KPMG)

15 de Abril de 2008 - Ao traçar o caminho de convergência entre as normas brasileiras e as melhores práticas contábeis internacionais, a nova Lei das SAs (11.638/07) insere o Brasil no mercado global, além de ser uma garantia institucional de que o País concorda com as regras que são utilizadas na maior parte do mundo.

As conseqüências das mudanças ultrapassam os segmentos ligados à contabilidade. A nova Lei das SAs trará mais transparência, comparabilidade e segurança à economia brasileira. A nova legislação também incentivará uma visão mais abrangente do conceito de governança corporativa e contribuirá para a melhoria do ambiente de negócios, o que funcionará como um estímulo a mais para o desenvolvimento.

O primeiro passo para a modernização da legislação das SAs foi o comunicado emitido pelo BC (Banco Central) e pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que estabeleceu que empresas no escopo dos dois órgãos reguladores serão obrigadas a emitir, até 2010, demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as IFRS (International Financial Reporting Standards) - as normas contábeis internacionais mais aceitas em todo o mundo.

Tendo em vista a inserção do Brasil no mercado internacional e levando-se em conta a consolidação do mercado brasileiro de capitais, a escolha das IFRS sinaliza o aumento da transparência e da comparabilidade entre diferentes companhias nos diferentes países que as adotam.

A reforma da Lei das SAs também tem outro efeito importante: a expansão no número de empresas obrigadas a elaborar demonstrações financeiras completas. Antes, somente as organizações reguladas pela CVM, pelo Banco Central e pela Susep (Superintendência de Seguros Privados) eram obrigadas a preparar suas demonstrações financeiras e divulgá-las. A nova lei expande esse conceito também para as companhias que não são reguladas por esses órgãos. Agora, elas terão de elaborar seus balanços de acordo com práticas contábeis equivalentes às exigidas das companhias de capital aberto, com pareceres de auditores independentes. A extensão da divulgação das demonstrações ainda é objeto de muita discussão. Com as novas regras, as exigências para duas empresas de mesmo porte, uma de capital aberto e regulada pela CVM, e outra de capital fechado, serão as mesmas e, considerando que todas divulguem, isto representará o fim do desequilíbrio de transparência no mercado.

Uma vez que todas as empresas de grande porte - com ativos superiores a R$ 240 milhões ou receita bruta anual acima de R$ 300 milhões - preparem e disponibilizem demonstrações financeiras auditadas, a comparabilidade será garantida, aumentando a competição. Essa é uma modernização há muito almejada pelo mercado, já que o Brasil é a única economia desse porte que ainda não tinha essa regra.

O terceiro grande componente benéfico é que a nova lei 11.638/07 vem para legislar sobre algumas importantes questões contábeis. Ou seja, normatizar aspectos contábeis mais técnicos.

Essas três questões, definitivamente, ajudam o Brasil na busca para alcançar o investment grade. Como conseqüência desse novo cenário de padronização dos balanços, a expectativa é de que fique muito mais lógica a manutenção do bom fluxo de investimentos que o País vem recebendo. O investidor, que sempre reage negativamente aos sinais de debilidade de uma economia, terá mais acesso a informações claras, o que evitará especulações financeiras e contribuirá para que tomem decisões mais acertadas sobre qual movimento realizar.

Daqui para a frente, surgirão grandes desafios para as empresas. A expectativa é de que, nos próximos dois anos, o órgão de contabilidade emita diversas regras contábeis, com conteúdos diferentes daquilo que vem sendo praticado no Brasil. As corporações terão de preparar seus profissionais, entender qual é o impacto das novas regras em suas demonstrações financeiras e de que maneira essas mudanças serão percebidas pelos investidores.

Em alguns casos, as novas normas podem mostrar uma rentabilidade diferente daquela que vinha sendo apresentada no passado. Não é possível ignorar, também, as mudanças nos processos internos que a alteração das regras de contabilidade acarretará: impacto na mensuração de resultados internos, na remuneração de pessoas e na área de sistemas. Em outras palavras, os próximos anos serão de muitos desafios. A boa notícia é que o País parece estar pronto para superá-los.

Custo de criar um filho


Pais desembolsam até R$ 1,6 milhão com a criação dos filhos

Que criar um filho custa caro, ninguém duvida. Mas quem arrisca um palpite de quanto é o dispêndio total? Uma equipe do Instituto Nacional de Vendas e Trade Marketing (Invent), sob a coordenação do diretor Adriano Amui, colocou na ponta do lápis cada gasto de 320 famílias brasileiras com os herdeiros, da infância até os 23 anos. Resultado: os filhos dos ricos custam em média R$ 1,6 milhão, ou 23 vezes os R$ 68 mil gastos pelos mais pobres.

As classes intermediárias, chamadas genericamente de B e C, não deixam por menos e gastam R$ 883 mil e R$ 407 mil até os filhos terminarem os estudos. “Nesse momento de projeção do País, mesmo com um real incremento de renda, a discrepância social ainda é muito grande”, comenta Amui.

O traço comum entre todos os grupos – à exceção da classe D – é o pesado investimento na educação das crianças. “Isso demonstra uma crença de que a educação significa a melhor semente que se poderia plantar para um filho”, conclui o pesquisador. Em entrevista à Agência Estado, ele explica os detalhes do levantamento.

(...)AE – No dia-a-dia, percebe-se que a maior parcela de gastos das famílias com os filhos se concentra na educação, o que é mostrado de fato no levantamento. Isso demonstra que educação é a principal preocupação com os pais?

Amui – Isso demonstra uma crença de que a educação significa a melhor semente que se poderia plantar para um filho. Também demonstra a absoluta descrença do brasileiro com relação à educação pública. Será que isso é cem por cento legítimo? Quanto desse esforço se volta efetivamente em favor da criança? Quem está nas classes A ou B tem muito pouca chance de errar. Tendo condição financeira para escolher uma escola com histórico de sucesso absoluto, tenho certeza de que vai ter bom resultado. Mas a família da classe C fica no limite. Apesar de não conseguir acessar as escolas melhor ranqueadas, faz um investimento pesado [R$ 96 mil]. Esse dinheiro não seria melhor aplicado se fosse para outra atividade complementar à educação pública?

AE – O porcentual de comprometimento do gasto total com educação aumenta conforme cai a classe. O grupo A gasta 37% da renda inteira com a escola. No grupo B, são 41% e no C, 45%. O que isso demonstra?

Amui – Esse é o tamanho do esforço que a família faz. Surpreende também o grupo “tendências” [que inclui os gastos com brinquedos, informática, telefonia e novas tecnologias]. Nas classes A e B, todos os quartos das crianças têm notebook e TV de plasma. Então, quais são os valores firmados pela família? Por traz de um orçamento deve haver um fio condutor, regido por valores familiares. Não consigo conceber a necessidade de um notebook para uma criança de cinco anos. Além disso, criam-se nichos dentro das famílias. O jantar fica muito rápido porque cada um vai assistir TV no seu quarto. As famílias perdem o tempo de ficar junto para discutir tais valores. Muitas despesas são usadas pelas famílias que têm pouco tempo como uma maneira de se auto-punir pela sua ausência.

AE – Os gastos com atividades extra-curriculares também é grande, passando de R$ 49 mil na classe mais alta e chegando a quase R$ 17 mil no grupo C. Tanto dispêndio é de fato necessário?

Amui – Na classe mais simples, essas atividades não são mais do que um complemento à escola. Não passa do inglês, judô ou balé. No nosso entender, isso é saudável e minimamente necessário. Nas classes mais abastadas, há o fenômeno da transferência dos hobbies da família para a criança, que também faz o futebol de que gosta, a natação indicada pelo médico, a oficina de teatro para superar a timidez. Essa história cria uma redoma. A criança tem uma agenda repleta, mas não tem tempo de viver. Isso parece preocupante e leva a pensar sobre o quanto é benéfica essa sobrecarga.

AE – Percebe-se que as famílias têm feito um esforço também para formar o que o estudo chama de reserva financeira, que já é possível nas classes A, B e C. A classe D não consegue poupar para os filhos, de acordo com o estudo.

Amui – A reserva financeira é outro valor importante. Mais e mais as famílias acreditam que se querem dar um futuro positivo ao filho ou subsidiar uma necessidade, o melhor é poupar agora. Isso surpreende, pois não existia. No grupo D, infelizmente toda a despesa é praticamente para a subsistência. Ele come e coloca alguma roupa nas crianças. Um fenômeno interessante a registrar na classe D é que se percebe um incremento na despesa com vestuário quando a criança completa cinco anos. Isso é típico do momento em que os filhos começam a perceber o peso das marcas e os valores dos grupos a que pertencem. Até o quarto ano, período em que tipicamente mais se compra roupa, eles vestem o que mamãe manda. Depois, a quantidade de roupa diminui e fica mais seleta. É quando escolhem que tribos que seguirão.

AE – Qual a principal dica financeira para famílias que pensam em ter filhos?

Amui – A grande dica é fazer um planejamento, que significa apontar quanto você pode gastar – ou seja, não assuma responsabilidades maiores do que pode arcar só porque tem acesso a crédito fácil – e escolher precisamente os aspectos que quer privilegiar para a criança.

Mariana Segala - AE

A crise financeira e o risco moral


Um artigo interessante do Valor Econômico (enviado por Ricardo Viana, grato) comenta a questão da crise financeira atual.

A justificativa da intervenção do governo na crise foi salvar o sistema de uma crise maior.

Para ele, a atitude do Fed no caso Bear Stearns “é o jeito certo de salvar o sistema do colapso” em um momento delicado como o atual. “Aparentemente, você está salvando um banco em particular”, comentou, em entrevista ao Valor, por telefone. “Mas, o que você realmente está salvando são as instituições financeiras como um todo, os mercados financeiros e os investidores maiores e também os menores”.


De uma forma geral, o texto é favorável a intervenção. Mas num determinado momento lembra a questão do risco moral:

Um dos principais argumentos contra a ajuda ao mercado tem sido o chamado “risco moral”. Ao socorrer os mutuários e bancos, o governo estimularia esses agentes a realizar outros empréstimos inviáveis, na expectativa de que poderiam voltar a ter ajuda do Estado.