1. Será a bolsa um investimento de longo prazo?
2. Problemas com a Herbalife?
3. Aplicando Fibonacci no Mercado
4. Convergência dos padrões Japoneses com os padrões do Iasb
14 abril 2008
Empresa Antiga
Let´s Make a Deal
Este é um problema famoso e que tem despertado interesse da pesquisa acadêmica. São três portas que você deve escolher, sendo que numa delas existe um bom prêmio (um carro, por exemplo) e em outras duas você não ganha nada. Você escolhe uma porta.
Para dar emoção ao jogo, é mostrado uma das duas portas restantes, que não tem o prêmio. Pergunta-se: você mudaria de porta?
Existem duas estratégias: permanecer com a porta ou mudar para a que restou. A lógica é mudar sempre pois a probabilidade de acerto é maior.
Aqui você pode testar isto. Clique numa das portas. Clique em Continue. Irá aparecer uma "vaca" numa outra porta. Pergunta se você quer trocar (switch) ou não (don´t switch). Clique em switch. Repita isto várias vezes e observe o placar do lado direito. O percentual de vitória será maior que 50%, como seria a intuição do jogo.
Mais, aqui.
Geralmente pensamos que devemos continuar com a escolha. Seria um caso de insistência irracional?
Para dar emoção ao jogo, é mostrado uma das duas portas restantes, que não tem o prêmio. Pergunta-se: você mudaria de porta?
Existem duas estratégias: permanecer com a porta ou mudar para a que restou. A lógica é mudar sempre pois a probabilidade de acerto é maior.
Aqui você pode testar isto. Clique numa das portas. Clique em Continue. Irá aparecer uma "vaca" numa outra porta. Pergunta se você quer trocar (switch) ou não (don´t switch). Clique em switch. Repita isto várias vezes e observe o placar do lado direito. O percentual de vitória será maior que 50%, como seria a intuição do jogo.
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Geralmente pensamos que devemos continuar com a escolha. Seria um caso de insistência irracional?
Eletrobrás
Eletrobrás quer poder financeiro
Empresa tem R$ 78 bilhões de patrimônio e R$ 30 bilhões de valor de mercado, situação oposta à da Vale
Irany Tereza & Suely Caldas - O Estado de São Paulo - 14/04/2008
A Eletrobrás passou, há uma semana, por sua mais profunda transformação desde que começou a operar, em 1962. A lei 11.651, que lhe deu poderes semelhantes aos da Petrobrás, o maior grupo empresarial brasileiro, conferiu autoridade à soberania da empresa, mas não o respaldo de mercado. A companhia recuperou o que havia perdido no período de privatizações, nos anos 90, e ainda teve ganhos extras no controle de suas oito subsidiárias. Mas não ganhou musculatura financeira.
O sistema Eletrobrás, que tenta há quatro anos negociar ações na Bolsa de Nova York, esbarra no rigor da Security Exchange Commission (SEC), o temido órgão de controle do mercado acionário americano. Entre as principais dificuldades, está a ingerência política que sempre marcou a gestão do grupo.
O engenheiro eletricista José Antonio Muniz Lopes, atual presidente da Eletrobrás, apesar da qualificação técnica, não foge à regra: apadrinhado do senador peemedebista José Sarney, ele garante que tem a fórmula para corrigir os problemas das seis distribuidoras federalizadas, que hoje são o calcanhar-de-aquiles do grupo. "Este ano vamos chegar à ADR2 (American Depositary Receipts de nível 2, os títulos negociados em Nova York). Estamos chegando perto", afirma Lopes. O que falta, então? O executivo titubeia. Diz que não sabe "o detalhe exatinho" e cita "alguns passos dessa tal governança corporativa, criação de alguns comitês, alguma forma de fazer a contabilidade mais explícita". Mas, garante, sai este ano: "O pessoal do financeiro me falou que chegamos lá."
(...) Muniz vai enfrentar outro delicado problema: cobrar a enorme dívida da CEA (distribuidora do Amapá) com a Eletronorte. O principal defensor da CEA é o senador pelo Amapá, José Sarney, justamente quem indicou Muniz para a presidência da Eletrobrás. O desempenho financeiro da CEA é tão caótico que, há quase um ano, a Aneel pediu a caducidade da concessão que o governo federal se recusa até hoje a conceder, por influência direta de Sarney. O atual governador, Valdez Goes (PDT), aliado de Sarney, baixou decreto concedendo energia gratuita para todos os habitantes com renda per capita até um salário mínimo, o que abrange a grande maioria da população. Sem faturamento, a CEA também não paga a Eletronorte, que lhe fornece energia. Lopes admite que a Eletrobrás, apesar do caixa superavitário, "está perdendo valor de mercado". O lucro de R$ 1,547 bilhão em 2007, que representou crescimento de 33% ante o ano anterior, foi atribuído por ele a questões conjunturais. "O lucro foi muito em cima de um cálculo atuarial do fundo de pensão de Furnas. Mas, se o dólar não tivesse caído tanto, teríamos um resultado melhor por causa dos recebíveis de Itaipu", comenta, referindo-se à receita em dólares proveniente da usina binacional, que ainda paga o investimento de sua construção à Eletrobrás.
(...) Se hoje a Eletrobrás tem R$ 78 bilhões de patrimônio e apenas R$ 30 bilhões de valor do mercado - uma relação escandalosamente ruim se comparada a empresas como a Vale, que tem R$ 57 bilhões de patrimônio e R$ 200 bilhões de valor de mercado -, isso vai mudar, diz Lopes, que se fia num plano estratégico, traçado por consultoria internacional, para definir, até o fim do ano, as novas diretrizes da empresa.
Grifo meu.
13 abril 2008
12 abril 2008
11 abril 2008
Copyright, convergência, code law
Segundo Rappeport (One Standard, Many Laws, CFO Magazine, April 1, 2008) o processo de convergência pode ser afetado por questões legais.
Um aspecto curioso apresentado é a questão do copyright. O FASB possui direitos autorais dos seus pronunciamentos (incluindo as interpretações técnicas). Já o Iasb não (muito embora o Iasb não seja, efetivamente, um organismo que facilite o acesso as normas emitidas. Pelo contrário.). Caso os Estados Unidos adotem as normas internacionais, como ficaria a cobrança desses direitos?
Mas a discussão central do texto é sobre a influência do sistema jurídico. Por ser um organismo internacional, o Iasb está sujeito a influência de diferentes países com diferentes estruturas jurídicas.
Neste caso, a contraposição do common-law dos países de influência britânica (inclusive os Estados Unidos) versus o code law latino:
This contrast between proprietary and free highlights a fundamental difference between U.S. GAAP and other countries' accounting standards — and is one of several reasons that convergence may be more complicated than people think. In the United States, accounting is governed by a common-law system modeled after that of Great Britain. Rules are created independently, function as best practices, and are enforced through litigation. They can be copyrighted and sold.
But many countries, including Germany, France, Italy, Belgium, and Spain, are governed by code (or civil) law, and hence much of Europe (as well as Asia) uses a code-law system of accounting. Code laws, dating back from when they were still literally etched in stone, were always intended to be free.
Apesar desta distinção parecer acadêmica, os efeitos práticos são importantes. Existe uma crença de que o common law seja melhor e mais eficiente e o IFRS utiliza este sistema.
Code-law accounting systems, by comparison, are less market-oriented and rely more on private information. The accounting code is written by the government, which also levies penalties for violations. Code-law standards give managers more wiggle room to make accounting estimates while leaving policing and punishment to the government.
Entretanto, muitos países adotam estruturas mais tradicionais e isto pode ser um problema:
The distinction is also important for the world's push toward a single, global set of accounting standards. IFRS are rooted in common law, but many of the countries adopting them traditionally use code law, with their governments creating and enforcing accounting rules. Will IFRS survive intact as they are adopted by code-law countries, or will they morph into a number of different, even contradictory, country-specific versions?
Isto gera questionamentos sobre a implementação do IFRS na prática:
"Implementation is the Achilles' heel of IFRS," says Ball. "There are overwhelming reasons to expect IFRS to be uneven around the world." Without perfectly integrated markets, attempts to regulate international accounting standards could become heavily politicized and contentious, as a one-size set of standards might not fit everyone's needs.
Most recently, common law and code law clashed last year when the European Union created a "carve-out" in IFRS to change a rule about hedge accounting. Code law prevailed and the carve-out was kept.
Uma guinada para o code-law é considerada um posicionamento em torno da menor qualidade dos padrões contábeis:
Accounting purists consider greater politicization problematic because it moves GAAP closer to a code-law system, which would potentially erode the quality of the accounting standards.
Será?
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