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28 julho 2021

ESG e Investidores


E por que acredito que ESG não cria confiança na sociedade? Porque não representa o olhar da sociedade – ESG representa o olhar do investidor. ESG tem uma abordagem predominante de riscos. Os investidores não querem que impactos sociais (como ex. corrupção) ou ambientais (como ex. a rutura de uma barragem) estraguem os lucros deles. (Heiko Spitzeck, Fundação Dom Cabral)

Fonte: aqui

Há uma simplificação muito grande aqui. O melhor talvez fosse "os investidores não querem que os lucros deles sejam estragados por problemas sociais ou ambientais". 

Conservadorismo no esporte

 


Em 1980, o basquete adotou a regra dos três pontos. Em termos simples, um arremesso na cesta a partir de uma região mais distante teria um valor maior que um arremesso certo, mas próximo da cesta.

Isto representa uma mudança nas regras, as uma análise histórica mostra que somente muitos anos depois é que o esporte sofreu uma alteração na sua forma de jogar.

Uma análise estatística mostra que a cesta de três pontos tem um valor de 50% a mais que a cesta de dois pontos. É um prêmio bem interessante. Além disso, diante da ameaça de fazer três pontos, a marcação do time defensor tem que mudar. Isso deveria abrir o jogo, criando espaços. Outro fato é que o erro em uma tentativa de três pontos geralmente não rende um contra-ataque, ao contrário da cesta de dois pontos.

Mas desde a mudança nas regras, a tentativa de fazer três pontos foi subutilizada. O número médios de arremessos de três pontos por equipe e por jogo era de 2 em 1980. Cinco anos depois, em 1985, o número aumentou para 3,3. Eis a evolução nos anos seguintes:

1980: 2.0

1985: 3.3

1990: 7.1

1995: 13.2

2000: 14.9

2005: 16.8

2010: 18.1

2015: 24.1

2020: 34.6

Qual a razão? A conservadorismo das pessoas. 

Revisões profissionais ou palpites da massa

A popularização do sistema de avaliação criou uma questão importante: qual opinião é mais relevante, dos críticos ou das classificações baseadas nas multidões? Veja o caso do cinema; o IMDb utiliza a opinião das pessoas que queiram palpitar sobre seu filme, enquanto o Rotten trabalha com os críticos. Ou o caso da avaliação de um restaurante. Ou a avaliação de um livro.

Existindo sabedoria das multidões, o razoável seria indicar que o sistema de classificações das multidões. Eis uma pesquisa importante sobre o assunto: 

Em um artigo na American Economic Review, Waldfogel e co-autor Imke Reimers investigaram os impactos relativos das análises dos críticos profissionais e das classificações baseadas em multidões no bem-estar do consumidor de mercado de livros.

Waldfogel e Reimers se concentraram em livros vendidos pela Amazon, responsável por quase metade do mercado de livros físicos dos EUA. Eles usaram medidas diárias de classificações de vendas e classificações por estrelas baseadas em multidões para 21.546 edições vendidas durante 2018 e fizeram referência cruzada desses dados com análises profissionais, incluindo The New York Times.

Revisões profissionais e classificações da Amazon tiveram impactos significativos nas vendas. Nos primeiros cinco dias após a publicação, as vendas do livro melhoraram 55% e, ao longo de um ano, as vendas aumentaram 2,8%. As críticas aumentaram a receita de vendas de livros em quase US $ 20 milhões. Os ratings de estrelas da Amazon renderam um aumento de US $ 27,51 milhões.

As figuras abaixo mostram os impactos do New York Times (painel esquerdo) e outras revisões profissionais importantes (painel direito) por 20 dias antes e 40 dias após a revisão. O painel esquerdo mostra que o Times ofereceu uma melhoria imediata no ranking de vendas. (...) Outras análises profissionais também têm um impacto considerável, embora não tanto quanto a revisão do Times. 



(...) Apesar argumentos em contrário, o crescente domínio do mercado da Amazon não enfraqueceu a influência de revisores profissionais. Os autores descobriram que a crítica do NY Times não teve menos impacto em 2018 do que em 2004.

Rir é o melhor remédio

"Ei senhor, quer limonada?" pergunta uma criança

O corretor de bolsa, na sua BMW novinha, resolve olhar com calma. Tem uma placa dizendo:

"Limonada R$50".

"O seu letreiro está errado", diz o corretor. "Acho que quer dizer R$5".

A criança balança a cabeça. 

"Não, cinquenta reais senhor. Preciso do dinheiro para comprar um celular novo!"

O corretor de bolsa faz uma pausa de um minuto. Era evidente que a criança estava fazendo besteira.

"Olha querida, sei que está tentando ganhar dinheiro, mas tens de cobrar o que as pessoas estão dispostas a pagar. Ninguém vai pagar tanto por uma limonada. Conhece o conceito de valor justo?"

A criança escuta e diz: 

"Cinquenta reais, senhor"!

O corretor de bolsa dá um suspiro, discordando. 

"Está bem. Você não pode ter lucro quando ninguém paga o seu preço. Tem mais alguma coisa à venda?"

"Bolachas caseiras, dois reais"

"OK olha, eu estudei contabilidade e tenho uma especialização e por isso vou ensinar-te um pouco sobre negócios, está bem?" 

A criança sacode a cabeça e sorri. 

"Não, obrigado, senhor. Cinquenta reais a limonada, por favor!"

"Eu desisto. Toma dez reais e vou comprar cinco das suas bolachas. Mas não comprarei a limonada, que está muito cara. Estou tentando ser simpático e ensinar sobre negócios, mas desisto".

"Está bem!". 

A criança pega os dez reais e coloca cinco bolachas em um prato. O corretor decide comer uma das bolachas na frente da criança. De repente, começa a tossir de maneira incontrolável.

"Oh meu Deus...o que é...o que é que tem aqui?"

A criança sorri alegremente e diz: 

"É a minha receita especial! Ovos, farinha, manteiga, cacau e pelo de cabra"!

"Isto é horrível! Tenho de tirar este sabor da minha boca"!

A criança diz sorridente: 

"Quer limonada?

Adaptado daqui

27 julho 2021

Sobre o custo das Olimpíadas


As Olimpíadas possuem um custo elevado para o país hospedeiro. A seguir, um texto da mala direta do New York Times, por Andrew Ross Sorkin e Sarah Kessler

A cerimónia de abertura olímpica de ontem teve um ano de atraso e teve lugar num estádio quase vazio, durante um estado de emergência. Os Jogos, que a maioria dos residentes do Japão teria preferido adiar ou cancelar novamente, serão, no mínimo, invulgares - e um desastre de saúde pública, no pior dos casos. 

Mas a grande quantidade de dinheiro que Tóquio vai queimar ao acolher o evento enquadra-se perfeitamente nas fogueiras financeiras ainda a arder em muitos locais de antigos Jogos Olímpicos.  

Tóquio disse inicialmente que iria gastar 7,3 bilhões de dólares, mas uma auditoria governamental de 2019 colocou as despesas reais em cerca de 28 bilhões de dólares.  

Todos os Jogos Olímpicos desde 1960 ultrapassaram o orçamento, uma média de 172 por cento em termos de inflação ajustada, de acordo com uma análise feita por investigadores da Universidade de Oxford. Eles concluíram que esta foi "a maior ultrapassagem de todas para qualquer tipo de megaprojeto", ultrapassando largamente estradas, pontes, barragens e outros grandes empreendimentos.  

Para os Jogos de Verão de 2016, o Rio de Janeiro orçamentou 14 bilhões de dólares e gastou cerca de 20 bilhões, de acordo com dados recolhidos pelo Conselho de Relações Exteriores. Sochi, na Rússia, orçamentou 10,3 bilhões de dólares para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 e gastou mais de 51 bilhões de dólares. E Londres, o anfitrião de Verão em 2012, orçou 5 bilhões de dólares e gastou 18 bilhões de dólares.  

Outro estudo, publicado no Journal of Economic Perspectives, examinou como as projeções cor-de-rosa do impacto econômico dos Jogos - geralmente encomendadas por organizações com interesse em que a sua cidade acolhesse o espetáculo - se desviaram da realidade. Concluiu que os efeitos reais "estão próximos de zero ou uma fracção do previsto antes do evento".  

Poucos investigadores estudaram mais os negócios dos Jogos Olímpicos do que Andrew Zimbalist, um professor do Smith College que publicou três livros sobre a economia dos Jogos Olímpicos. A sua pesquisa levou-o a levantar questões sobre o valor para as cidades da realização das Olimpíadas - e influenciou algumas cidades a recuar em relação à licitação. Ele acredita que Tóquio gastou mais com os Jogos Olímpicos do que a auditoria governamental de 2019 estimou e espera que os Jogos percam pelo menos 35 bilhões de dólares.  

"Vão ser elefantes brancos", disse ele sobre muitos dos edifícios e recintos olímpicos recentemente construídos. "A razão pela qual não existiam antes das Olimpíadas é porque não havia uma utilização economicamente viável para eles".  

DealBook falou com o Sr. Zimbalist sobre a razão pela qual ele acredita que acolher os Jogos Olímpicos, mesmo em tempos normais, é ruim para as cidades - e porque é que elas acabam por competir para os acolher de qualquer maneira. Ele também tem uma solução inteligente para resolver tudo isto.  

Como é que as cidades olímpicas acabam por gastar bilhões de dólares?  

O orçamento elaborado pelo comité organizador é para o funcionamento dos Jogos durante 17 dias. Para além dos 17 dias, nos últimos anos começaram também a incluir algumas outras despesas, como locais temporários. O valor que estão utilizando para Tóquio é de cerca de 15 bilhões de dólares. Não inclui a construção do estádio nacional, a construção da Aldeia Olímpica e a aldeia dos meios de comunicação social. Também não inclui nenhum dos investimentos em infraestrutura de transporte, comunicação e hospitalidade que foram feitos para acolher os Jogos. O número em si é muito fungível, dependendo do que se pretende incluir.  

Para onde mais vai o dinheiro?  

O orçamento de segurança será de cerca de 2 bilhões de dólares. Depois há transporte para as 205 equipas olímpicas que estão chegando a Tóquio. O Comité Olímpico Internacional paga todos os voos para que cheguem a Tóquio.  

Se olhar para o documento de licitação, o COI exige muitas despesas de hospitalidade - Thomas Bach e John Coates e outros para ficar em hotéis de luxo e as suas refeições. É preciso pagar pelos 11.000 atletas e seus treinadores e treinadores que estiveram na Aldeia Olímpica. Têm de pagar o alojamento, alimentação, cuidados de saúde e assim por diante. E outra coisa que está lá, a propósito, são os 3 bilhões de dólares que custou o adiamento.  

Porque é que as cidades continuam a concorrer às Olimpíadas se, como argumentam, a economia é tão ruim?  

Se recuarmos quatro ou cinco Jogos Olímpicos, temos consistentemente várias cidades europeias a desistir das suas candidaturas por causa de um plebiscito ou os seus residentes votaram: "Não, não queremos fazer isto". Eles estão a olhar para o balanço, que é esmagadoramente negativo. Estão olhando para as perturbações sociais e ambientais, o que é extremamente problemático.  

O que o COI fez em resposta a isso foi introduzir algumas reformas tépidas. Uma das quais é colocar toda a licitação atrás de portas fechadas. Eles estão fartos e cansados de serem envergonhados pelas cidades que desistem. Por isso, o processo é agora secreto.  

Mas algumas cidades ainda querem fazer isto, certo?  

A principal resposta é que os executivos da indústria da construção decidiram que isto seria uma coisa maravilhosa para a sua indústria. Vão receber bilhões de dólares de contratos. Podem alinhar, claro, os sindicatos, e alguns banqueiros de investimento. Contratam uma empresa de consultoria para fazer um estudo de impacto económico, que utiliza uma metodologia defeituosa e faz algumas suposições irrealistas. E saem com "Por Deus, isto vai colocar a nossa cidade no mapa".  

Então trata-se de desalinhamentos?  

Se, digamos, a Deloitte, tendo sido contratada por uma câmara de comércio, e dissesse: "Isto é uma ideia louca. A vossa cidade nunca deveria fazer isto", nunca mais vão fazer outro estudo de impacto econômico para um evento desportivo gigantesco. Portanto, este é o seu modus operandi.  

E quanto aos 4 bilhões de dólares que o COI recebe das emissoras?  

Os membros individuais não fazem nada, exceto que são tratados com hospitalidade. O COI tem uma estrutura operacional imensa e elaborada com todos os tipos de subcomissões e subagências. Assim, os seus custos operacionais são bastante substanciais. Estão provavelmente na ordem dos 15% das suas receitas totais ao longo de um ciclo olímpico de quatro anos.  

Acha que os direitos de transmissão irão ganhar ou perder valor no futuro?  

Bem, será que vamos começar a apostar nos Jogos Olímpicos? Certamente que a decisão do Supremo Tribunal invalidando a Lei de Protecção do Desporto Profissional e Amador é uma indicação de que as apostas desportivas vão atingir todas as ligas desportivas. Isto pode ser um grande item gerador de receitas para as taxas de direitos de transmissão.  

Os próximos Jogos Olímpicos serão em Pequim este Inverno. Como espera que se realizem?  

Imagino que há uma enorme quantidade de impulso político para COI ter selecionado Pequim. É claro que só tinham escolha entre Pequim e Almaty, Cazaquistão. Foi uma escolha da Hobson.  

Será que Pequim vai ganhar dinheiro?  

Estão a fazer coisas realmente loucas, loucas. Selecionaram dois locais a 60 e 120 milhas a norte de Pequim para acolher os eventos de esqui nórdico e alpino. Ambas as áreas são áridas - não muito longe do deserto de Gobi. Têm de investir dezenas de bilhões de dólares num sistema de transferência de água, porque vão ter de utilizar neve artificial. Nada disso vai aparecer no orçamento olímpico. É extremamente estúpido gastar tanto dinheiro para promover o esqui no norte da China, quando não é um desporto muito popular. Eles admitiram ter gasto 44 bilhões de dólares para os Jogos de Verão de 2008.  

Quanto é que as Olimpíadas têm países e cidades a demonstrar poder político?  

É difícil para mim imaginar que o Presidente Xi pense que isto vai colocar Pequim no mapa. Uma das coisas que aprendemos em 2008 foi que Pequim foi terrivelmente poluída, e aprendemos muito mais sobre a repressão na China devido à transmissão dos Jogos.  

Então porque é que o Japão concorreu?  

Em 1964, uma das coisas com que o Japão estava tão feliz quando acolheu os Jogos Olímpicos foi a oportunidade de dizer ao mundo: "Já não fazemos parte das potências do Eixo. Somos uma sociedade capitalista jovem e em crescimento". Em certa medida funcionou, porque eles estavam se transformando dramaticamente.  

Quando licitaram em 2013, promulgaram estas ideias no Japão: "Íamos poder mostrar ao mundo que recuperámos de Fukushima e que o milagre económico - que parou no início dos anos 90 e foi seguido de três décadas de estagnação - ultrapassámos isso".  

Identificou muitos problemas. Tem uma solução?  

Se estivéssemos a viver num mundo racional, teríamos a mesma cidade a acolher os Jogos de dois em dois anos. Não há razão para reconstruir o Shangri-La Olímpico de quatro em quatro anos. Não faz sentido para as cidades. Não faz certamente qualquer sentido do ponto de vista das alterações climáticas. Quando os Jogos Olímpicos modernos foram criados em 1896, não tínhamos telecomunicações internacionais e viagens internacionais em jactos. Assim, para que o mundo participasse e desfrutasse das Olimpíadas, era necessário deslocá-lo de um lado para o outro. Já não temos de fazer isso.  

Acha que o COI alguma vez faria isso?  

Eles não vão responder positivamente a essa ideia. O seu papel no mundo e o seu prestígio no mundo, e a sua definição de si próprios, giram em torno do seu poder de decidir onde vão decorrer os Jogos Olímpicos. Porque é que abdicariam desse poder?  

E quanto à parte dos Jogos Olímpicos que se sente bem? Não acredita no argumento de que as Olimpíadas unem o mundo?  

Gosto de um pouco do simbolismo das Olimpíadas. Não tenho a certeza de quão penetrante é, mas gosto da ideia de reunir os melhores atletas do mundo de 205 países, e de os fazer competir uns contra os outros no campo de jogo e não no campo de batalha. Isso tem ressonância para mim. Gosto disso. Agora, até onde é que isso nos leva? Não penso que muito longe. É um simbolismo muito caro.

Links


Ghost-writers veem demanda crescer com ascensão de influenciadores

O que está errado com a Victoria´s Secret?

Poucas evidências que métricas ESG mais elevadas significa redução no crescimento das emissões

Quando a ciência segue a política (vice-versa) (figura)

Rir é o melhor remédio

O chefão do crime descobre que um guarda-costas enganou a organização em 10 milhões de reais. O guarda-costas é surdo e por isso conseguiu o emprego. Sendo mudo, não escutava as combinações do chefão e seus asseclas e não poderia denunciar a organização. Quando foi confrontar o guarda-costas, o Chefão levou consigo o seu contador, o único que conhecia a linguagem de sinais. O padrinho diz ao contador: 

- Pergunte para ele onde está o dinheiro. 

O contador, em linguagem de sinais, faz a pergunta sobre o dinheiro. O guarda-costas responde: 

- Eu não sei do que o padrinho está falando. 

O contador transmite a resposta para o Chefão. O padrinho saca o revólver, coloca na cabeça do guarda-costas e manda o contador perguntar novamente. O contador faz a pergunta para o guarda-costas na linguagem de sinais. Este treme e diz, em sinais: 

- Está bem. O dinheiro está enterrado no quintal do meu primo Bruno, perto da árvore. 

 O padrinho, vendo os sinais sendo feito e impaciente, pergunta: 

- O que ele disse? 

O contador responde: 

- Ele disse que você não é homem para puxar o gatilho.

26 julho 2021

As maiores empresas de auditoria

 Por receita, em 2020:

  1. Deloitte (1)
  2. PwC (2)
  3. EY (3)
  4. KPMG (4)
  5. RSM US (5)
  6. Grant Thornton (6)
  7. BDO USA (7)
  8. CliftonLarsonAllen (8)
  9. Baker Tilly (11)
  10. Crowe (9)
Em parênteses, a posição do ano anterior. 

Custo dos Jogos

 

Fonte: aqui

Um problema é que o valor geralmente é bem acima do orçado. No caso do Rio, 350%. Eis uma frase resumo:

o legado duradouro de sediar as Olimpíadas nada mais foi do que uma série de locais abandonados e cobertos de vegetação.

Cartas de comentários pode ajudar na regulação

Does enhanced regulatory transparency facilitate alignment of private and public enforcement? Utilizing the SEC's 2004 decision to publicly disclose its comment letters, we explore the actions of the SEC and shareholder litigants. We find the two parties converge more on enforcement targets after the public disclosure. The increased alignment is attributable to public scrutiny of SEC oversight enhancing regulator incentives and reducing regulatory capture, and to shareholder plaintiffs gaining information previously accessible only by regulators, enabling litigants to identify cases with “merit.” These findings suggest regulatory transparency enhances the complementarity of public and private enforcement, potentially improving enforcement outcomes. 

Regulatory transparency and the alignment of private and public enforcement: Evidence from the public disclosure of SEC comment letters - Journal of Financial Economics - 2021 - Amy Hutton, Susan Shua e Xin Zheng

Rir é o melhor remédio

 

Coisas engraçadas que somente um fraudador irá entender.

24 julho 2021

Causa e dinheiro para estudos

 

Nem sempre a "necessidade" da sociedade significa financiamento para pesquisa. A tabela acima mostra, em ordem, as principais causas de morte nos Estados Unidos, da primeira causa até a vigésima. Doença do coração é a principal causa e recebeu um pouco abaixo da média. Nesse caso, a média significa a quantidade de fundos para pesquisa por mortos. Diabetes tem recebido bem acima da média em dinheiro para pesquisa. HIV também ($182 mil). 

Dois destaques no sentido oposto. A violência com armas, a 12a causa de mortes, tem recebido bem menos. Isso parece estar mudando nos últimos anos. Apesar do artigo destacar a questão das armas, é interessante que as quedas receba tão pouco em pesquisa. 

Links


Um site pornô mostra o problema dos links na internet

CFO do Benfica, clube português, envolvido em fraude fiscal

Corridas de F1 e o carro elétrico

A resistência aos Jogos. Rejeição enorme na Coréia, Japão e Brasil

8% dos dados científicos são fabricados e falsificados

Rir é o melhor remédio

 

Meu cérebro 

23 julho 2021

FRC critica o trabalho da KPMG Britânica


KPMG enfrenta duras críticas do regulador do Reino Unido. "É inaceitável que falhem pelo terceiro ano" A empresa de auditoria foi alvo de críticas por parte do Financial Reporting Council, por falhar, há três anos consecutivos, as exigências requeridas pelo regulador. Em Portugal, a KPMG foi esta semana condenada pelo Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão. 

A KPMG, empresa que presta serviços de auditoria, está a enfrentar novas críticas pela qualidade das suas auditorias aos bancos, depois de o reguladores britânico ter dito que era "inaceitável" que, pelo terceiro ano consecutivo, o trabalho da empresa não estivesse à altura do pretendido. 

(...)  "Os resultados da inspeção à KPMG não mostram melhorias e é inaceitável que, pelo terceiro ano consecutivo, a FRC encontre novas falhas nas auditorias de bancos e entidades semelhantes à KPMG", pode ler-se no comunicado.  

Nas sete maiores empresas de auditoria do Reino Unido - incluindo a Ernst & Young e a Deloitte - quase 30% de toda a contabilidade estava abaixo da média no ano até o final de março, de acordo com o relatório anual do Conselho de Relatórios Financeiros. Esta meta fica bem abaixo os 10% que o regulador britânico definiu.  

As firmas de contabilidade têm enfrentado intenso escrutínio por reguladores e promotores para qualquer papel que possam ter desempenhado em uma série de colapsos e escândalos de empresas. O FRC abriu investigações sobre as auditorias da Greensill Capital, uma fintech que implodiu no início deste ano, e um banco de propriedade de um de seus maiores tomadores de empréstimos.  

O regulador do Reino Unido disse que "dada a importância sistémica dos bancos para a economia do Reino Unido, irá monitorizar de perto as ações da KPMG para garantir que os resultados sejam tratados em tempo útil". A empresa concordou com um conjunto de melhorias que forma exigidas e que serão realizadas este ano, disse ainda.  

(...)  Gonçalo Almeida - aqui

Carros Elétricos e a lucratividade


A Volkswagen é uma empresa que está investindo na produção de carros elétricos. Conforme postamos no início do ano, a empresa alemã era uma grande surpresa do mercado, pelo investimento em carros elétricos. 

Na Assembleia anual da empresa, realizada agora, o seu executivo operacional afirmou que as margens dos veículos elétricos ainda são inferiores aos carros de combustão, mas que em dois ou três anos haverá uma equivalência. Os números da empresa mostram que as vendas no primeiro semestre de 2021 foram duas vezes maiores que as vendas de 2020. 

Outro ponto interessante é que os executivos agora possuem incentivos vinculados a questão "verde".

Rir é o melhor remédio

 

O Museu Britânico é composto por muitas peças que foram "retiradas" de seus países de origem de maneira questionável. Isto, por sinal, é uma questão contábil interessante: faz sentido reconhecer como ativo uma relíquia histórica de foi obtida de maneira questionável? 

22 julho 2021

Mais informação ambiental?

Eis um argumento contrário ao que está sendo posto atualmente:


Com base no padrão de materialidade bem estabelecido, as empresas públicas devem divulgar quaisquer riscos financeiros potenciais das mudanças climáticas globais. A SEC está questionando se essas divulgações são inadequadas e está considerando padrões de divulgação adicionais mais detalhados e padronizados. A imposição de tais padrões seria onerosa para as empresas públicas e diminuirá o conhecimento dos investidores sobre os riscos financeiros potenciais das mudanças climáticas globais. 

Divulgações mais precisas exigem um número excessivo de premissas. Cada suposição contém erros desconhecidos, e como esses erros se agravam também é desconhecido. Como resultado, como empresas como empresas de divulgação de mais detalhes e padronizações sobre o impacto financeiro das armas climáticas, resultados globais resultantes de informações mais precisas, mas homens confiados, para os investidores. 

Os desafios que surgem para as empresas de combustíveis fósseis exemplificam o problema. Como empresas de combustíveis, as empresas são enfrentam riscos das mudanças climáticas, por exemplo, uma demanda por combustíveis, os produtos são reduzidos, prejudicando as receitas e os riscos financeiros para os investidores. 

(...) Atualmente, o petróleo alimenta um terço das necessidades de energia do mundo e é um componente insubstituível em milhares de produtos de consumo. Embora seja possível que alternativas viáveis surjam, também é possível que nenhuma delas o faça. E, mesmo quando como tecnologias se desenrolam, essas novas experiências experimentam um crescente dramático para impactar significativamente uma demanda por combustíveis fósseis ou que estão longe de ser certificado.

Wayne Winegarden

P.S. O título anterior do texto foi alterado para refletir melhor seu conteúdo. O título anterior da postagem era "Mais informação ambiental? A SEC não concorda"

Identidade secreta de Banksy e os direitos autorais


Ironia. O artista Banksy, do qual já fizemos diversas postagens, está diante de uma situação difícil. Uma empresa está usando suas obras e comercializando em cartões de felicitações. A Full Color Black foi levada a um tribunal e conseguiu convencer a retirar a marca registrada do artista em duas peças. O Escritório de Propriedade Intelectual da União Européia considerou que sua identidade oculta um fator relevante para a perda dos direitos. 

A decisão refere-se as obras Girl With Umbrella e Radar Rat. A ironia? 

Em seu livro Wall and Piece, de 2006, o artista disse que as reivindicações de direitos autorais são "para perdedores" e incentivou as pessoas a "copiar, emprestar, roubar e alterar" seu trabalho. Em um ato decididamente contraditório, Banksy continua a reivindicar direitos de marca registrada. 

Essas últimas decisões abrem os portões para as pessoas fazerem exatamente isso, o que significa que, se ele deseja manter a propriedade de seu trabalho, Banksy pode ser forçado a revelar sua identidade.

Duolingo irá abrir capital


Eis uma surpresa. O Duolingo, conhecido app de ensino de idiomas, deverá abrir o capital. 

Sua avaliação estimada é de 2,4 bilhões, mas a oferta é no sentido de uma avaliação de 3,4 bilhões de dólares. 

 A Duolingo foi criada em 2011 nos Estados Unidos e oferece cursos em 40 idiomas para cerca de 40 milhões de usuários mensais ativos. A companhia vai oferecer 5,1 milhões de ações no IPO e a faixa indicativa foi definida entre US$ 85 e US$ 95 por papel. Em novembro, a empresa foi avaliada em US$ 2,4 bilhões depois de receber investimento da Durable Capital Partners e da General Atlantic. 

Imaginava que seria uma entidade sem fins lucrativos. 

Links

 O número de candidatos ao CPA foram os mais baixos em mais de uma década

Fundos Hedge e a governança da Toshiba

Tecnologia precisa de uma nova narrativa

39 (em 750) empresas brasileiras estão entre as melhores do mundo na prática ESG

Mudança do Fasb para doações

Foto: Noah Buscher

Rir é o melhor remédio

O novo chefe da contabilidade estava disposto a livrar o setor dos funcionários preguiçosos. Na sua primeira visita ao setor que iria comandar, decidiu deixar isso bem claro. No meio das diversas mesas, com funcionários concentrados e trabalhando, e nota uma pessoa de pé, olhando para seu celular. Disse então bem alto: 
- Bom dia. Sou o novo chefe da contabilidade. A partir de hoje só quero funcionário dedicado no nosso setor. Nada de pessoa sem fazer nada. 
Todos prestam atenção. Chegando perto da pessoa que estava em pé, ainda distraído, pergunta: 
- Quanto de dinheiro você ganha por semana? 
- R$600 por semana. Por quê? 
O novo chefe coloca a mão no bolso e tira várias notas: 
- Tome aqui R$2.400 por quatro semanas de trabalho. Agora saia e não volte mais. Só quero funcionário comprometido com o trabalho. 
O rapaz pega o dinheiro e vai embora. Sentido feliz com seu gesto, que colocaria todos os funcionários no lugar. 
- Alguém sabe me dizer quem é aquele? 
 Um funcionário do setor responde: 
- É o entregador da pizza, que estava esperando o pagamento

21 julho 2021

Trump e seus negócios durante seu governo


Mesmo com perdas, receita dos negócios são mil vezes maior do que salário anual doado pelo ex-presidente dos Estados Unidos 

Em abril de 2017, o então secretário de imprensa dos Estados Unidos, Sean Spicer, subiu ao pódio na sala de reuniões da Casa Branca e anunciou que o presidente estava doando seu salário do primeiro trimestre ao Serviço Nacional de Parques. Com uma expressão séria no rosto, Spicer puxou um cheque enorme com uma assinatura enorme. Foi o primeiro de vários cheques que Donald Trump assinou enquanto estava no cargo, dando seu salário de US$ 400 mil por ano em troca de boa publicidade.  

A quantia era um trocado para Trump. Seu dinheiro real vinha dos seus negócios (ele se recusou a desinvestir), não de seu salário no governo. Uma análise de documentos, alguns dos quais só se tornaram públicos nas últimas semanas, mostra o quanto os negócios de Trump arrecadaram enquanto ele estava no cargo. Vasculhe tudo – incluindo registros de propriedade, declarações de ética, documentos de dívida e registros de títulos – e você encontrará cerca de US$ 2,4 bilhões em receita de janeiro de 2017 a dezembro de 2020.  

Se não fosse pela pandemia, teria ainda mais. Os negócios de Trump geravam cerca de US$ 650 milhões anualmente durante os primeiros três anos de sua presidência. Mas em 2020, as receitas caíram para cerca de US$ 450 milhões quando a Covid chegou. “Isso está me prejudicando, e está prejudicando o Hilton, e está prejudicando todas as grandes redes de hotéis em todo o mundo”, disse Trump em uma coletiva em março de 2020, na Casa Branca. “Está prejudicando a todos. Quero dizer, existem muito poucos negócios que estão indo bem agora.”  

A maior parte da receita de Trump fluiu por meio de seus clubes e propriedades de golfe, que geraram aproximadamente US$ 940 milhões em quatro anos. O Trump National Doral, um resort de golfe em Miami, contribuiu com cerca de US$ 270 milhões. Mar-a-Lago, o clube de Trump em Palm Beach, também na Flórida, arrecadou cerca de US$ 90 milhões. Um clube de golfe em Nova Jersey, onde o ex-presidente tem se hospedado neste verão, arrecadou cerca de US$ 60 milhões. Nem todo esse dinheiro acabou no bolso de Trump, no entanto. A administração dos clubes de golfe e dos resorts é cara, com margens de lucro operacional de 20% em tempos de bonança. Durante a pandemia, os campos tradicionais de Trump se saíram razoavelmente bem, mas seus resorts de golfe tiveram que lidar com longos períodos de paralisação, fazendo com que suas receitas gerais de golfe e clubes caíssem 27%, para cerca de US$ 190 milhões em 2020.  

Felizmente para Trump, ele também tinha participações em imóveis comerciais para reforçar seus resultados financeiros. Isso se provou especialmente importante em 2020, uma vez que os inquilinos comerciais – muitos presos a contratos de longo prazo – continuaram a pagar o aluguel. No 555 California Street, um prédio de escritórios em São Francisco no qual Trump detém uma participação de 30%, seu aluguel aumentou no ano passado, de US$ 42 milhões para US$ 43 milhões, de acordo com documentos analisados. A mesma coisa aconteceu na 1290 Avenue of the Americas de Nova York, onde a arrecadação de Trump aumentou de cerca de US$ 55 milhões para US$ 58 milhões.  

Os negócios de hotelaria, licenciamento e gestão, por outro lado, não se saíram tão bem. As receitas estimadas ficaram bem acima de US$ 100 milhões de 2017 a 2019, mas caíram para perto de US$ 50 milhões em 2020. Nenhuma parte do portfólio de Trump estava mais mal posicionada para suportar tal golpe, dado o peso da dívida de seus hotéis. Em seu hotel em Washington, DC, as receitas se estabilizaram em cerca de US$ 52 milhões de 2017 a 2019. Com a receita estagnada, o hotel não parecia estar produzindo lucro suficiente para cobrir os juros de seu empréstimo de US$ 170 milhões ao Deutsche Bank. As coisas só pioraram quando a Covid-19 chegou, e a receita caiu para menos de US$ 20 milhões. Não é de admirar que a Organização Trump tenha tentado vender o estabelecimento.  

Mas o ex-presidente não teve muita sorte em se livrar daquele hotel ou de outros ativos no ano passado. Trump se desfez de US$ 32 milhões em imóveis em 2017, estimados em US$ 53 milhões em 2018, depois US$ 32 milhões em 2019. Em 2020, porém, ele embolsou apenas US$ 435 mil com a venda de apartamentos em Las Vegas. A falta de vendas foi um dos motivos pelos quais as receitas caíram cerca de 25%, para estimados US$ 450 milhões. Uma quantia menor, com certeza, mas ainda mais de mil vezes o salário anual que ele doou.

Fonte: aqui. Foto: Daren Halstead

Isso é bem controverso, já que o presidente não permite o acesso a sua declaração do imposto de renda. 

A contabilidade de Britney Spears


A novela da tutela de Britney Spears teve um bom relato por parte da Forbes, no que se refere a parte financeira. Eis os dados:

Durante mais de uma década de controle, Britney Spears pagou ao seu pai um salário mensal, forneceu um escritório, e deu a ele uma parte de sua fama. Ao todo, Jamie Spears recebeu pelo menos US$ 5 milhões (antes de impostos) desde fevereiro de 2008. Por causa da tutela, Britney também teve que pagar centenas de milhares – senão milhões – de dólares em taxas legais para advogados e seus tutores.

Desde pelo menos fevereiro de 2009 – um ano depois que seu pai Jamie foi nomeado tutor e encarregado de seu patrimônio – Britney teve que pagar a ele US$ 16 mil por mês, de acordo com documentos judiciais analisados ​​pela Forbes. Em 12 anos, essa compensação totalizou US$ 2,4 milhões.

Além disso, um relatório desta semana do “The New York Times” apontou para o fato de que ele também levou parte das receitas de turnês da cantora – o que poderia explicar as acusações de Britney de que foi forçada a trabalhar e se apresentar mesmo não querendo ou doente. Os pagamentos para Jamie Spears incluíram 1,5% da venda bruta de ingressos e peças de marketing dos shows “Piece of Me”, realizados entre 2013 a 2017, em Las Vegas. As apresentações arrecadaram US$ 137,7 milhões, de acordo com o Caesars Entertainment, deixando para Jamie Spears nada menos que US$ 2,1 milhões. Ainda segundo o NYT, o pai da cantora também recebeu uma comissão de 2,95% de sua turnê “Femme Fatale”, de 2011.

Além dos milhões que Britney Spears pagou ao pai como parte de um “salário” ordenado pelo tribunal, ela também teve que pagar várias outras despesas. Foram US$ 300 mil em aluguel para um escritório. Como parte de uma peculiaridade dos acordos de tutela, os tutelados muitas vezes são obrigados a pagar tanto pelos seus próprios advogados, quanto pelos dos responsáveis por seus bens.

Nos últimos 13 anos em que Britney Spears esteve sob sua tutela, essas taxas aumentaram. Embora o total que ela gastou em custas judiciais não seja público, os registros judiciais de 2018 e 2019 detalham que, entre 1º de outubro de 2018 e 31 de outubro de 2019, o escritório de advocacia Freeman, Freeman and Smiley, que representava Jamie Spears na época, a cobrou cerca de US$ 170 mil. Outro documento detalhou os honorários de seu próprio advogado, Samual Ingham, de 6 de novembro de 2016 a 10 de outubro de 2018. O total chegou a US$ 331.940,50 para 698,7 horas de trabalho – ou US$ 475 por hora.

De acordo com um pedido de 2018 do advogado de Jamie Spears, “o espólio estava quase sem fundos e equivalentes de caixa” quando a tutela começou em fevereiro de 2008. O pedido afirma que entre 2014 e novembro de 2018, o valor do espólio aumentou em US$ 20 milhões, atribuindo o crescimento em parte à administração do dinheiro de Britney Spears pelos tutores.

Línguas mais faladas do mundo


As 20 lí­nguas mais faladas do mundo

1. Inglês = 1,35 Bilhões  

2. Mandarim = 1,12 bilhões

3. Hindi = 600 milhões (apesar de ser a língua oficial da Índia)

4. Espanhol = 543 milhões

5. Árabe padrão = 274 milhões

6. Bengali = 268 milhões

7. Francês = 267 milhões

8. Russo = 258 milhões

9. Português = 258 milhões

10. Urdu = 230 milhões = falado no Paquistão e Índia

11. Indonésio = 199 milhões

12. Alemão = 135 milhões

13. Japonês = 126 milhões

14. Marathi = 99 milhões (falado na Índia)

15. Telugu = 96 milhões

16. Turco = 88 milhões

17. Tamil = 85 milhões

18. Yue = 85 milhões (China)

19. Wu = 82 milhões (China)

20. Coreano = 82 milhões


Rir é o melhor remédio

 

Fonte: aqui

20 julho 2021

Economia e sua medida imperfeita


Qual a razão dos restaurantes estarem abertos, mas as bibliotecas não? Tim Harford responde que o PIB pode explicar:

Restaurantes, sendo uma empresa comercial na qual o dinheiro muda de mãos, contribuem diretamente para o PIB. As outras atividades não. A reabertura total de todas as mesas de uma biblioteca aumentaria, em princípio, o valor dos serviços educacionais produzidos, mas é improvável que essa mudança se registre em nossas contas nacionais. 

(...) Em todo o Reino Unido, as pessoas estão respondendo a incentivos. Para um restaurante, a reabertura é uma questão de sobrevivência e (o atualmente modestos) os riscos do Covid-19 serão tolerados. Por outro lado, a escola local não depende da renda de clubes de natação amadores. As bibliotecas Bodleian da universidade de Oxford, com mais de quatro séculos de idade, não correm perigo iminente se não puderem aumentar a capacidade amanhã. 

(...) Embora algumas das melhores coisas da vida sejam gratuitas, dificilmente deve ser uma surpresa que as pessoas possam ser cautelosas ao acomodar um esforço voluntário enquanto movem montanhas quando seus próprios empregos estão em risco. (...)

Podemos dizer o mesmo do ativo tangível de uma empresa e o seu intangível? 

Foto: Kyle Ryan

Comentários falsos no processo de regulação

O Promarket discute como o processo de audiência pública foi corrompido por participantes falsos. Os casos discutidos pelo site correspondem a discussão sobre a neutralidade da internet nos Estados Unidos, com mais de 8,5 milhões de comentários fraudulentos. 

Diante disso, a Procuradoria Geral da República de Nova York procedeu uma investigação. A conclusão indicou melhorias no processo e considerou os comentários falsos como um incômodo. A conclusão preocupa, já que o mecanismo de audiência pública deveria ter a participação do público e os comentários são relevantes no processo. Além do desperdício de recursos públicos com os comentários "não técnicos" e "não substantivos".

Veja que o procedimento de minuta é muito usado pelos reguladores contábeis. Recentemente a Fundação IFRS lançou uma proposta de discussão sobre a criação de uma entidade voltada para a regulação ambiental. A proposta recebeu mais de 500 comentários. 

Talvez a questão do comentário não seja binária. Se o caso dos EUA considera que os comentários são um estorvo, o procedimento da audiência pública não faz sentido. Por outro lado, se os comentários são considerados, o resultado final pode se afastar do objetivo desejado pelos reguladores. Talvez na prática os comentários sejam do tipo "allegro, ma non troppo". Ou seja, um grande número de comentários contrário a uma proposta, pode fazer com que a entidade repense sua proposta. Mas um número pouco substancial, a proposta deve seguir adiante. 

Os estudos realizados pela pesquisadora Márcia Ferreira, da UFPE, mostram que os comentários podem ser relevantes, mas depende de quem faz.


Links



Obra cortada de Rembrandt (reconstruída pela IA)

Como escolher alguém para dar uma carta de referência para um doutorado (conhecer você pessoalmente, conhecer seu perfil, alguém disponível para escrever a carta, com experiência e sem conflito de interesses)

Como escolher o avaliador de uma tese

A história do dono da OnlyFans (ou picareta tem em todo lugar)

Chá, café ou soda?

 

Os países com a cor escura tem consumo prevalente de café. Vermelho (?) domina o consumo de soda. E na cor verde, o consumo de chá. 

O mapa original está aqui

Rir é o melhor remédio

 Não fume (ou não nade)

Jesus trabalhou muito: transformando água em vinho
Instalação do projetor perfeita
Cada um por si
Mais situações aqui

19 julho 2021

Contabilidade e previsão

 

No Spotify aqui

Reportem em probabilidade?


Robin Hanson comentando sobre a recente divulgação de documentos sobre UFO nos Estados Unidos pede para que o incidente seja divulgado em termos de probabilidade física. 

Isto faz lembrar a solicitação de alguns para que a contabilidade divulgue suas demonstrações em termos de intervalo. Em lugar de um número para o ativo da empresa, um intervalo onde estaria esse valor. 

Há algumas desvantagens importantes nessa ideia. 

Primeiro, a contabilidade perderia a áurea de precisão que passa quando divulga um balanço, onde os totais dos dois lados são idênticos. Muitas vezes a contabilidade é confundida com a matemática. Essa confusão é muito boa para o profissional e para o campo de estudo.

Segundo, as pessoas não sabem lidar com a probabilidade; inclui no amplo grupo também os contadores. A capacidade de cometer erros seria muito maior. Também haveria uma confusão no momento da análise. 

Terceiro, a probabilidade deveria trazer também a informação sobre qual a distribuição mais adequada para a medida e os parâmetros necessários para construção da curva de probabilidade. Se a distribuição for normal, seria necessário informar a média e o desvio. Mas outras curvas de distribuição demandariam mais informações.

Finalmente, a relação custo-benefício deveria ser testada, sendo provavelmente desfavorável. 

Foto: aqui

Avaliação de alunos durante a pandemia


A pandemia fez com que muitas universidades afrouxassem seus padrões de aprovação e reprovação. Em algumas delas, a reprovação virou palavra feia. Isto terá consequências sérias na sinalização para o mercado de trabalho no futuro (vide Bryan Caplan). E para outros processos seletivos, como a entrada em um programa de pós. 

Em outras instituições, a avaliação tornou-se binária. Eis um bom comentário sobre o assunto:

La lógica habitual de esa política es fomentar una actitud orientada al aprendizaje en los estudiantes con el objetivo de que salgan de sus zonas de confort y se atrevan con asignaturas a priori más difíciles y exigentes. Otra razón para implementar una política del aprobado/suspenso tiene que ver con la salud mental de los estudiantes: estudios recientes han demostrado que los niveles de estrés se reducen, mientras que la satisfacción con los estudios aumenta

O texto possui bastante citação e é favorável ao sistema binário. Para quem interessa, vale a pena uma lida. 

E se o periódico fechar?


O Journal of Business foi um dos cinco principais periódicos na área de finanças do mundo. Editado pela Chicago University, boas pesquisas eram publicadas no Journal of Business. Em 2004, a editora decidiu interromper o título por uma questão administrativa. O fechamento oficial ocorreu em 2006 e nada mais foi publicado. 

Um estudo feito a partir do caso do Journal of Business mostra que os artigos que foram publicados no periódico sofreram com a decisão de encerramento do mesmo. Segundo a pesquisa, os artigos recebem até 20% menos citações, quando se compara com citações de artigos semelhantes publicados em periódicos ainda existente. 

Isto significa dizer que não é somente o "valor" da pesquisa que conta no momento da citação. O prestígio atual do periódico também é importante. Usando três mil artigos, a pesquisa rastreou as citações nos anos seguintes e comparou com pesquisas semelhantes. 

Contabilidade - Nos últimos vinte anos, nós tivemos uma proliferação de periódicos no Brasil na área de contabilidade. Cada programa de pós e cada faculdade queria ter o seu. O custo era reduzido, pois eram digitais. Só precisava de algum editor para tocar a tarefa. Agora chegou o momento em que alguns deles irão descontinuar e outros reduzirão sua relevância. As pesquisas desses periódicos irão sofrer com uma provável descontinuidade.  

Rir é o melhor remédio

 


17 julho 2021

Reforma tributária mundial pode ser difícil


Eis uma análise pessimista da taxação mundial:

Como temos dito há um tempo agora, o esforço do governo Biden para criar um novo imposto corporativo mínimo provavelmente nunca terá êxito, apesar de todos os relatórios otimistas da imprensa ocidental 

Uma das razões, e citando a Bloomberg, é que o número de países que precisam aceitar a proposta é muito grande. A estimativa seria de mais de 100 países.

(O mapa coloca o Brasil como membro do G20. Não invalida a análise)

Pandemia de ciberataques


Um estudo da London Business School, prestes a ser publicado, captura as tendências analisando as observações feitas para investidores por 12 mil empresas listadas em 85 países ao longo de duas décadas. O risco cibernético mais do que quadruplicou desde 2002 e triplicou desde 2013. O padrão de atividade tem se tornado mais global e afetado uma gama maior de setores. Aqueles que passaram a se conectar de casa para trabalhar durante a pandemia, provavelmente, fizeram com que os riscos aumentassem. E o número de empresas afetadas atingiu um recorde. 

Diante desse quadro, é natural se preocupar mais com as assombrosas crises causadas por ataques cibernéticos. Todos os países têm nós físicos (pontos conectados) vulneráveis, como oleodutos, usinas de energia e portos, cuja falha pode paralisar grande parte da atividade econômica. O setor financeiro é um foco crescente de crimes cibernéticos: atualmente, os ladrões de banco preferem laptops a balaclavas. As autoridades reguladoras começaram a se preocupar com a possibilidade de um ataque causar o colapso de um banco. (...) 

Uma nuvem de sigilo e vergonha em torno dos ataques cibernéticos aumenta as dificuldades. As empresas não costumam divulgá-los. Os incentivos habituais para que elas e suas contrapartes mitiguem os riscos não funcionam bem. Muitas empresas negligenciam o básico, como a autenticação em dois fatores. A Colonial Pipeline não tinha tomado nem mesmo precauções simples. E a indústria da segurança cibernética tem muitas pessoas desonestas que enganam os clientes. Muito do que é vendido é pouco melhor do que “amuletos mágicos medievais”, nas palavras de uma autoridade de segurança cibernética. 

Tudo isso significa que os mercados financeiros têm dificuldade em definir o preço do risco cibernético e a penalidade paga por empresas mal protegidas é muito pequena. O estudo da London Business School, por exemplo, conclui que o risco cibernético é contagioso e está começando a ser contabilizado nos preços das ações. Mas os dados são tão difíceis de entender que é improvável que o efeito reflita o risco real.

The Economist via Estado de São Paulo

Foto: Max Hopman

Videntes e a indústria do petróleo


Na sua origem, a indústria de petróleo contava com a "ajuda" de pessoas que comunicavam com os espíritos para localizar as primeiras reservas do produto. 

Mas, de acordo com o historiador do petróleo Paul H. Giddens, eles não confiavam nos cientistas para lhes dizer onde perfurar Os poucos geólogos profissionais que tentaram usar "meios científicos" para localizar poços foram "considerados charlatães" pelos práticos petroleiros. 

Em vez disso, os petroleiros confiavam em pessoas que contavam com "fontes espirituais, sensoriais ou extra-sensoriais" para sua autoridade escreve a estudiosa literária Rochelle Ranieri Zuck 

Nos anos 80, um ex-ministro César Cals confiou em Neila Alkimin, uma famosa vidente, para indicar para Petrobras onde estariam as reservas minerais no Brasil. 

Estas fontes espirituais, nos dias atuais, seriam aceitas como "especialistas" por parte da contabilidade? Parece absurda a questão, mas vejam que o uso de uma vidente em uma empresa de grande porte no Brasil aconteceu há cerca de 50 anos. 

Links


Peter Jackson e o documentário dos Beatles em novembro

RollingStone: Billie Eilish e a Felicidade

AI Chinês bate um piloto em um combate simulado

Estados ainda descumprem a LRF e manipulam suas contas

O que conhecemos sobre influência ainda vale nos dias atuais?

Noruega lidera na venda de carros elétricos e o papel dos custos

Rir é o melhor remédio

 

Quando fechou o Balanço

16 julho 2021

Mais sobre PCAOB


A destituição do chefe responsável pela fiscalização das empresas de auditoria nos Estados Unidos, Duhnke, ainda traz muita polêmica:

O Wall Street Journal na Quinta-feira afirma que a SEC está investigando se Duhnke violou alguma regra relacionada ao tratamento de reclamações internas no PCAOB. Duhnke foi removido abruptamente no início deste mês pelo novo presidente da SEC, Gary Gensler, dizendo que a medida “protegeria melhor os investidores” e permitiria que o regulador de auditoria cumprisse sua missão sob a Lei Sarbanes-Oxley. Duhnke foi criticado por não realizar reuniões do Grupo Consultivo para Investidores e do Grupo Consultivo Permanente do PCAOB. (...) 

Além disto, a ex-diretora de administração 

Sue Lee acusou Duhnke de discriminar sua etnia chinesa e usar termos como "gripe kung" e "gripe chinesa" na frente dela e que ele queria substituir os liberais no PCAOB pelos republicanos. A SEC e o PCAOB não responderam imediatamente aos pedidos de comentário.

A SEC contratou Pitt [ex-presidente da SEC] em julho de 2019 para avaliar as políticas e práticas de governança corporativa do PCAOB e recomendou as alterações apropriadas. O relatório de Pitt, que custou US $ 125.000 aos contribuintes e ainda não foi divulgado, poderia esclarecer se são necessárias reformas no PCAOB e esclarecer se a SEC tem uma base legítima para revisar a participação do conselho

Mensuração do impacto econômico da Cannabis no Canadá


No The Walrus, o esforço que os canadenses fizeram para reconhecer o impacto da maconha na economia.  

Além de estabelecer protocolos semânticos, o StatCan enfrentou dois obstáculos centrais na determinação de como contar a maconha: quanto os canadenses usam? E quanto custa? Mas os economistas do StatCan queriam calcular esses números não apenas para o último trimestre de 2018, quando a maconha se tornou legal, mas para todos os anos desde 1961, que está tão atrás quanto as contas nacionais, pelo menos em sua forma atual. O raciocínio era que a maconha representa um aumento de cerca de US $ 6 bilhões por ano na atividade econômica. Sem considerar o ajuste, parece que o Canadá teve um 2018 extraordinariamente ótimo, uma ofensa contábil que os economistas do StatCan não puderam aceitar. 

Outros países não tiveram tais escrúpulos. Em 2014, depois que os países da União Europeia adicionaram drogas ilegais e trabalho sexual em suas contas, além de incorporar outras mudanças impostas pelas novas diretrizes internacionais, seus PIBs aumentaram, escreve Diane Coyle. O Reino Unido saltou cerca de 4%, a Espanha por 2,5%. Os da Finlândia e da Suécia provavelmente ganharam ainda mais, diz ela.

A intuição funciona?


A partir dos resultados dos testes de cognição (CRT),

O que coloca a questão: se nossas intuições podem estar tão erradas, as intuições das pessoas sobre economia também podem estar erradas, com impactos adversos na formulação de políticas? 

Sim. O exemplo mais óbvio é a ideia de que as finanças do governo são como as de uma família e, portanto, os governos devem "equilibrar os suas contas. Não é necessário que eu lhe diga que isso não faz sentido. [Mas como esta comparação é feita nos textos] 

Outro exemplo, embora menos flagrante, é a imigração. A intuição nos diz que um aumento na oferta de trabalhadores reduz os salários e, portanto, a imigração deve ser ruim para os trabalhadores. A verdade, no entanto, não é tão simples, porque existem outras mecanismos no trabalho: trabalhadores migrantes também aumentam a demanda; qualquer queda incipiente nos salários aumenta a demanda por trabalhadores ou reduz os preços ou as taxas de juros, e assim por diante. 

David Leiser e Zeev Kril mostram os leigos interpretam a economia usando uma heurística “bom gera bom". O que pode explicar atitudes em relação ao Brexit; se você acha que o Brexit é uma coisa boa por qualquer motivo, também estará inclinado a pensar que é bom para a economia. 

Claro, tudo isso é chapéu velho. Em 1850, Frederic Bastiat avisou contra confiar em nossas intuições, porque os mecanismos econômicos que vemos são apenas alguns dos que realmente operam. E mais recentemente Bryan Caplan tem argumentou que os eleitores irracionais sistematicamente entendem mal a economia.

Fico pensando se o termo "sabedoria das multidões" não ajuda a propagar a ideia de que a intuição das pessoas, mesmo da multidão, pode ser adequada. Há exemplos a favor e contra. Talvez não estamos preocupados com as condições necessárias para que exista a sabedoria. 

Foto: Ryan Gagnon

Links

A criação da nova entidade de normas na área ambiental: a resposta do CPC e do CFC (é interessante como os documentos são diferentes)

SASB e IIRC completam fusão para formar Value Reporting Foundation

Relação de Epstein com seu maior cliente

Nafas, a palavra árabe que explica a mão boa na culinária

Índice de luta no xadrez que mede a competitividade dos melhores jogadores (vale para outros esportes, mas no xadrez é mais fácil de medir)

Rir é o melhor remédio

 


quando você acabou de entender um pronunciamento e o Iasb avisa que está preparando outros para você...
(De um lance bem conhecido da partida Inglaterra e Itália, final da Eurocopa)