Não conhecia esta discussão, sobre a "assetization". Aqui uma discussão sobre um livro que afirma que isto seria uma coisa ruim. O que seria isto? Segundo o comentário:
atribuir um valor monetário a coisas com valor intrínseco, mais a dimensão do poder do proprietário do ativo sobre quem o aluga.
Isto está muito ligado ao processo de mensuração. Assim, procurar definir e quantificar tudo aquilo que seja ativo: obra de arte, capital intelectual, recurso humano, recurso natural, conhecimento e muitos outros.
O conceito de um ativo cujo valor é herdado ao longo do tempo e depende agora de que tipo de futuro criamos é fundamental para a construção de uma economia sustentável.
Aqui um livro com a abordagem negativa da assetization (foto da capa).
04 agosto 2020
Reserva de Emergência em Finanças Pessoais
Um dos tópicos relevantes na educação financeira (e em finanças pessoais) é a constituição de uma reserva de emergência. Um dos parâmetros é ter em caixa (ou aplicações de baixíssimo risco e elevada liquidez) seis meses de salário: Esta discussão é relevante, em momentos de elevado desemprego.
As recomendações dos especialistas variam, mas de forma geral eles dizem que o ideal é guardar o equivalente a pelo menos seis meses do que se precisa para viver. “Quanto mais instável for a fonte de renda, maior deve ser a reserva”, diz Samantha Millais, facilitadora de educação financeira da Guide Investimentos. Funcionários públicos, por exemplo, geralmente precisam ter menos recursos para emergência; autônomos e microempresários deveriam guardar até um ano de seus gastos ou sua renda, considera. (Reserva de emergência deve ser prioridade | Suplementos | Valor Econômico)
Foto: aqui
A razão dos seis meses? Se você perder o emprego, cortando gastos supérfluos, você teria condições de ficar desemprego, com estes recursos, por até um ano.
As recomendações dos especialistas variam, mas de forma geral eles dizem que o ideal é guardar o equivalente a pelo menos seis meses do que se precisa para viver. “Quanto mais instável for a fonte de renda, maior deve ser a reserva”, diz Samantha Millais, facilitadora de educação financeira da Guide Investimentos. Funcionários públicos, por exemplo, geralmente precisam ter menos recursos para emergência; autônomos e microempresários deveriam guardar até um ano de seus gastos ou sua renda, considera. (Reserva de emergência deve ser prioridade | Suplementos | Valor Econômico)
Foto: aqui
A razão dos seis meses? Se você perder o emprego, cortando gastos supérfluos, você teria condições de ficar desemprego, com estes recursos, por até um ano.
Máquinas podem aprender Finanças?
Resumo:
Machine learning for asset management faces a unique set of challenges that differ markedly from other domains where machine learning has excelled. Understanding these differences is critical for developing impactful approaches and realistic expectations for machine learning in asset management. We discuss a variety of beneficial use cases and potential pitfalls, and emphasize the importance of economic theory and human expertise for achieving success through financial machine learning.
Israel, Ronen and Kelly, Bryan T. and Moskowitz, Tobias J., Can Machines 'Learn' Finance? (January 10, 2020).Forthcoming 2020. pdf
03 agosto 2020
Qual o preço justo de um vinho?
De um artigo do Valor Econômico de 31 de julho:
Qual é o preço justo de um vinho? A resposta, sem dúvida, não está numa planilha de custo, computando produção e venda, como qualquer produto de consumo. Há tantos fatores intangíveis no vinho que fazem com que o valor que se paga por uma garrafa esteja mais ligado à disposição do consumidor em comprá-la do que a somatória de itens concretos e mensuráveis. Tem a ver com a reputação e a pressão sobre a oferta. (...)
Mais adiante, o autor comenta um caso interessante:
Surpresas não faltam, em especial em degustações às cegas, até entre críticos experientes. Para ilustrar, vale acessar youtu.be/1leRdKluE7I, vídeo curtinho de um evento realizado em Paris, em junho de 2009, organizado pela Grand Jury Européen (GJE), uma associação independente sem fins lucrativos cujo objetivo era servir como alternativa a avaliações individuais que renomados críticos (principalmente Robert Parker) faziam de grandes vinhos.
Na ocasião, 15 reconhecidos experts, entre eles Michel Bettane, o mais conhecido e influente (também o mais arrogante) jornalista francês do setor, e Olivier Poussier, melhor sommelier do mundo em 2000, analisaram 11 dos principais bordeaux tintos da safra 2001. Na verdade, eram dez Grands Crus Classés mais um “intruso”, o Château de Reignac, nada além do que um bom rótulo da simplória categoria Bordeaux Supérieur, considerado muitos degraus abaixo de seus nobres conterrâneos.
Recolhidas as anotações e pontuações individuais atribuídas pelos jurados a cada uma das amostras apreciadas, e enquanto os dados eram compilados por um observador autônomo, François Mauss, presidente do GJE, pedia aos integrantes do grupo que expusessem suas impressões vinho a vinho, na sequência em que foram provados. A cada rodada de comentários a identidade da amostra era revelada. As reações mostraram desconforto, provocando uma ou outra justificativa inoportuna.
Foto: aqui
Qual é o preço justo de um vinho? A resposta, sem dúvida, não está numa planilha de custo, computando produção e venda, como qualquer produto de consumo. Há tantos fatores intangíveis no vinho que fazem com que o valor que se paga por uma garrafa esteja mais ligado à disposição do consumidor em comprá-la do que a somatória de itens concretos e mensuráveis. Tem a ver com a reputação e a pressão sobre a oferta. (...)
Mais adiante, o autor comenta um caso interessante:
Surpresas não faltam, em especial em degustações às cegas, até entre críticos experientes. Para ilustrar, vale acessar youtu.be/1leRdKluE7I, vídeo curtinho de um evento realizado em Paris, em junho de 2009, organizado pela Grand Jury Européen (GJE), uma associação independente sem fins lucrativos cujo objetivo era servir como alternativa a avaliações individuais que renomados críticos (principalmente Robert Parker) faziam de grandes vinhos.
Na ocasião, 15 reconhecidos experts, entre eles Michel Bettane, o mais conhecido e influente (também o mais arrogante) jornalista francês do setor, e Olivier Poussier, melhor sommelier do mundo em 2000, analisaram 11 dos principais bordeaux tintos da safra 2001. Na verdade, eram dez Grands Crus Classés mais um “intruso”, o Château de Reignac, nada além do que um bom rótulo da simplória categoria Bordeaux Supérieur, considerado muitos degraus abaixo de seus nobres conterrâneos.
Recolhidas as anotações e pontuações individuais atribuídas pelos jurados a cada uma das amostras apreciadas, e enquanto os dados eram compilados por um observador autônomo, François Mauss, presidente do GJE, pedia aos integrantes do grupo que expusessem suas impressões vinho a vinho, na sequência em que foram provados. A cada rodada de comentários a identidade da amostra era revelada. As reações mostraram desconforto, provocando uma ou outra justificativa inoportuna.
Foto: aqui
Projeções
Analisando algumas das mais recentes notícias divulgadas por empresas brasileiras, achei esta da Cemig, que no dia 22 de julho divulgou o seguinte (grifo nosso):
A COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS –CEMIG (“Cemig”),companhia aberta, com ações negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri, vem a público informar, nos termos da Instrução CVM nº 358 de 03/01/2002, conforme alterada, à Comissão de Valores Mobiliários -CVM, à B3 S.A. -Brasil, Bolsa, Balcão (“B3”) e ao mercado em geral que, em decorrência da impossibilidade de quantificar, com precisão, os impactos gerados pela pandemia do Coronavírus (COVID-19) no contexto, principalmente, de incertezas quanto à evolução da COVID-19 nos mercados em que atua, a Cemig optou por suspender as projeções financeiras (Guidance) divulgadas em seu “XXIV Encontro Anual”, realizado em 29/05/2019.
A Cemig reitera o compromisso de manter seus acionistas, credores e o mercado em geral devida e oportunamente informados.
Temos a impressão que a empresa divulgou estas projeções e esqueceram delas. Até alguém questionar se ainda eram válidas.
Fotografia: aqui
A COMPANHIA ENERGÉTICA DE MINAS GERAIS –CEMIG (“Cemig”),companhia aberta, com ações negociadas nas bolsas de valores de São Paulo, Nova Iorque e Madri, vem a público informar, nos termos da Instrução CVM nº 358 de 03/01/2002, conforme alterada, à Comissão de Valores Mobiliários -CVM, à B3 S.A. -Brasil, Bolsa, Balcão (“B3”) e ao mercado em geral que, em decorrência da impossibilidade de quantificar, com precisão, os impactos gerados pela pandemia do Coronavírus (COVID-19) no contexto, principalmente, de incertezas quanto à evolução da COVID-19 nos mercados em que atua, a Cemig optou por suspender as projeções financeiras (Guidance) divulgadas em seu “XXIV Encontro Anual”, realizado em 29/05/2019.
A Cemig reitera o compromisso de manter seus acionistas, credores e o mercado em geral devida e oportunamente informados.
Temos a impressão que a empresa divulgou estas projeções e esqueceram delas. Até alguém questionar se ainda eram válidas.
Fotografia: aqui
Matt Walker: como o álcool e a cafeína afetam o sono
A cafeína nos acorda, e o álcool nos faz cochilar, não é mesmo? Não é tão simples assim. O cientista do sono Matt Walker nos mostra maneiras reveladoras pelas quais essas bebidas afetam a quantidade e a qualidade do nosso sono.
Conexões Políticas e Informações Privilegiadas
Resumo:
We analyze the trading of corporate insiders at leading financial institutions during the 2007 to 2009 financial crisis. We find strong evidence of a relation between political connections and informed trading during the period in which Troubled Asset Relief Program (TARP) funds were disbursed, and that the relation is most pronounced among corporate insiders with recent direct connections. Notably, we find evidence of abnormal trading by politically connected insiders 30 days in advance of TARP infusions, and that these trades anticipate the market reaction to the infusion. Our results suggest that political connections can facilitate opportunistic behavior by corporate insiders.
Alan D. Jagolinzer, David F. Larcker, Gaizka Ormazabal, and Daniel J. Taylor, “Political Connections and the Informativeness of Insider Trades,”
We analyze the trading of corporate insiders at leading financial institutions during the 2007 to 2009 financial crisis. We find strong evidence of a relation between political connections and informed trading during the period in which Troubled Asset Relief Program (TARP) funds were disbursed, and that the relation is most pronounced among corporate insiders with recent direct connections. Notably, we find evidence of abnormal trading by politically connected insiders 30 days in advance of TARP infusions, and that these trades anticipate the market reaction to the infusion. Our results suggest that political connections can facilitate opportunistic behavior by corporate insiders.
Alan D. Jagolinzer, David F. Larcker, Gaizka Ormazabal, and Daniel J. Taylor, “Political Connections and the Informativeness of Insider Trades,”
02 agosto 2020
Novo Webinar do Iasb
No dia 11 de agosto o IASB, através do representante brasileiro Tadeu Cendon e do membro do staff Gustavo Olinda, irão apresentar um Webinar sobre a Minuta de alteração das demonstrações contábeis. Este Webinar irá explicar os aspectos mais específicos da mudança.
Aqui a página da Fundação.
Aqui a página da Fundação.
Rir é o melhor remédio
Este rir é para um título de um artigo publicado no PLOS de 17 de julho:
Whoop! There it is: The surprising resurgence of pertussis
(sobre a doença da coqueluche). Mas vale a pena ler os comentários do Twitter onde alguns apresentaram outros exemplos de títulos de artigos científicos
Whoop! There it is: The surprising resurgence of pertussis
(sobre a doença da coqueluche). Mas vale a pena ler os comentários do Twitter onde alguns apresentaram outros exemplos de títulos de artigos científicos
01 agosto 2020
Petrobras tem prejuízo, mas continua gerando caixa operacional
Foi destaque, nesta semana, o prejuízo trimestral da empresa estatal Petrobras. Os efeitos da pandemia e o preço do petróleo foram as possíveis razões para este desempenho. E pareceu uma notícia ruim, mesmo o presidente da empresa afirmando que a entidade está preparada para um cenário de baixo preço. Isto é duvidoso, já que o ponto de equilíbrio da Petrobras é bastante elevado em razão dos custos de exploração, em alto mar, serem maiores do que de outras empresas.
A empresa segue com planos de redução em algumas áreas, já tendo obtido o aval do TCU para a venda. É importante notar que o resultado também foi influenciado, positivamente, por um ganho de uma causa judicial.
Entretanto, há tempos considero que o resultado líquido não é uma boa medida de desempenho de médio e longo prazo da empresa. Os últimos anos foram conturbados, com amortização de ativos por conta da corrupção da empresa e da forte influencia do governo. Particularmente acho mais interessante o fluxo de caixa oriundo das operações.
A empresa segue com planos de redução em algumas áreas, já tendo obtido o aval do TCU para a venda. É importante notar que o resultado também foi influenciado, positivamente, por um ganho de uma causa judicial.
Entretanto, há tempos considero que o resultado líquido não é uma boa medida de desempenho de médio e longo prazo da empresa. Os últimos anos foram conturbados, com amortização de ativos por conta da corrupção da empresa e da forte influencia do governo. Particularmente acho mais interessante o fluxo de caixa oriundo das operações.
Neste sentido, a Petrobras gerou um caixa de 29 bilhões de reais, um pouco abaixo dos 35 bilhões, mas acima do mesmo período do ano passado. Os 64 bilhões de caixa operacional é bastante respeitável, para uma empresa que gerou menos 17 bilhões de receita.
Teste Múltiplo
Eis uma situação onde a engenhosidade humana pode ajudar a resolver um problema de recursos escassos. Eis a situação (clique na imagem para ver melhor)
Bilder e seus colegas estimam que três Estados - Connecticut, Maine e Vermont - poderiam
quadruplicar sua capacidade de testes com o agrupamento. Um quarto, Nova York - poderia chegar
próximo àquele nível, adicionando 294% de capacidade. Outros sete Estados, principalmente no
nordeste, mas também Havaí e Michigan, poderiam mais do que triplicar sua capacidade. Os estatísticos do governo tiveram essa ideia na década de 1940, quando precisaram de uma maneira
mais eficiente para examinar recrutas da Segunda Guerra Mundial para a sífilis. (...)
Os pesquisadores temem que, à medida que o tamanho de um agrupamento aumente, o teste pode perder a sensibilidade e deixar passar alguns casos em que os pacientes têm cargas virais muito baixas, geralmente no início ou no fim de suas infecções. Pesquisadores na Alemanha reuniram até 30 amostras, mas observam que "amostras únicas positivas limítrofes podem escapar da detecção em grandes agrupamentos".
Leia mais em "Como testar mais pessoas para o novo coronavírus sem realmente precisar de mais testes", Quoctrung Bui, Sarah Kliff e Margot Sanger-Katz, The New York Times, via Estado de S Paulo, 30 de julho de 2020.
Bilder e seus colegas estimam que três Estados - Connecticut, Maine e Vermont - poderiam
quadruplicar sua capacidade de testes com o agrupamento. Um quarto, Nova York - poderia chegar
próximo àquele nível, adicionando 294% de capacidade. Outros sete Estados, principalmente no
nordeste, mas também Havaí e Michigan, poderiam mais do que triplicar sua capacidade. Os estatísticos do governo tiveram essa ideia na década de 1940, quando precisaram de uma maneira
mais eficiente para examinar recrutas da Segunda Guerra Mundial para a sífilis. (...)
Os pesquisadores temem que, à medida que o tamanho de um agrupamento aumente, o teste pode perder a sensibilidade e deixar passar alguns casos em que os pacientes têm cargas virais muito baixas, geralmente no início ou no fim de suas infecções. Pesquisadores na Alemanha reuniram até 30 amostras, mas observam que "amostras únicas positivas limítrofes podem escapar da detecção em grandes agrupamentos".
Leia mais em "Como testar mais pessoas para o novo coronavírus sem realmente precisar de mais testes", Quoctrung Bui, Sarah Kliff e Margot Sanger-Katz, The New York Times, via Estado de S Paulo, 30 de julho de 2020.
Resultados dos Bancos
Entre os resultados dos bancos, o Santander apresentou seu primeiro prejuízo em 163 anos de funcionamento: 10,8 bilhões de euros. O problema foi a provisão para as perdas esperadas nos empréstimos concedidos pelo banco e alguns resultados ruins nas filiais (especialmente Reino Unido, Estados Unidos, América Latina e Polônia).
O Santander não é o único banco com problema. Mas o seu porte e o potencial de contágio chamam a atenção. Além disto, o importante mercado da América Latina pode reservar surpresas ruins nos próximos meses por conta da pandemia.
O principal risco é que o aumento da falência da região, o aumento do desemprego e a contração acentuada das economias possam desencadear outra crise da dívida. Se isso acontecesse, a exposição excessiva dos dois maiores bancos da Espanha à região poderia servir como fonte de contágio na Europa.
Isto não é problema quando uma instituição financeira tem capital para absorver as perdas. Mas conforme a autoridade bancária europeia, os bancos espanhóis estão entre os piores em termos de capitalização. E neste quesito, a posição do Santander não é boa.
Leia mais aqui (aqui, aqui e aqui). Imagem: aqui
O Santander não é o único banco com problema. Mas o seu porte e o potencial de contágio chamam a atenção. Além disto, o importante mercado da América Latina pode reservar surpresas ruins nos próximos meses por conta da pandemia.
O principal risco é que o aumento da falência da região, o aumento do desemprego e a contração acentuada das economias possam desencadear outra crise da dívida. Se isso acontecesse, a exposição excessiva dos dois maiores bancos da Espanha à região poderia servir como fonte de contágio na Europa.
Isto não é problema quando uma instituição financeira tem capital para absorver as perdas. Mas conforme a autoridade bancária europeia, os bancos espanhóis estão entre os piores em termos de capitalização. E neste quesito, a posição do Santander não é boa.
Leia mais aqui (aqui, aqui e aqui). Imagem: aqui
31 julho 2020
Fraude Filmada
A fraude contábil da empresa alemã Wirecard será transformada em documentário, com lançamento previsto para 2021. A ascensão e queda da empresa correspondeu a um dos maiores escândalos contábeis da Alemanha. A "obra de arte" terá a direção de Raymond Ley, com produção de Nico Hoffman e Marc Lepetit.
A expectativa é que o documentário tenha seis episódios de 45 minutos cada. Também deverá existir um podcast da série que estará disponível no audionow.de.
A expectativa é que o documentário tenha seis episódios de 45 minutos cada. Também deverá existir um podcast da série que estará disponível no audionow.de.
Presos e estrangeiros
O gráfico mostra a proporção de estrangeiros nas prisões. Em Mônaco, 100% dos prisioneiros são estrangeiros. Ou seja, os locais não cometem crimes. Andorra e Emiratos Arábes possuem uma percentagem elevada também. De comum, são em geral países pequenos, vários deles Europeus. Preconceito? Alguns deles são locais atrativos para operações financeiras de diversos tipos. No caso de Mônaco, há outra explicação: a população local é minoria.
30 julho 2020
Taxando as Multinacionais
Um artigo bem interessante publicado no Financial Times, denominado Epidemia eleva pressão para taxar mais as multinacionais (traduzido pelo Valor Econômico) discute a situação da taxação das empresas multinacionais. O texto apresenta um exemplo simples, do Savoy:
Em 2018, o Savoy tinha dívidas de 347 milhões de libras e pagava juros de até 15%, altíssimos para a Europa. O dinheiro foi emprestado pela controladora imediata do The Savoy Hotel Limited, uma empresa chamada Dunwilco (1784) Limited, que por sua vez pertence à uma empresa chamada Dunwilco (1783), que por sua vez pertence à Dunwilco (1847), que por sua vez pertence ao dono derradeiro do hotel, a Breezeroad Limited, com registro no Reino Unido. A dívida flui em cascata nessa estrutura empresarial e costuma ser refinanciada a cada um ou dois anos. Para os dois principais acionistas do Savoy Hotel, um dos homens mais ricos do mundo e um dos maiores fundos soberanos, esse arranjo complexo têm dois efeitos notáveis: as contas do Savoy parecem impenetráveis para quem é de fora e a empresa não pagou nada de imposto como pessoa jurídica nos últimos 15 anos.
O exemplo fica mais concreto com dados mais amplos:
No Reino Unido, mais de 50% das subsidiárias de multinacionais estrangeiras atualmente não contabilizam lucros tributáveis, segundo estudo de 2019 da pesquisadora Katarzyna Bilicka, da Universidade de Oxford. Nos EUA, 91 empresas da lista Fortune 500, entre as quais Amazon, Chevron e IBM, pagaram uma taxa efetiva zero em impostos federais em 2018.
De um lado, tem-se corporações com um batalhão de funcionários pensando no planejamento financeiro. De outro, burocratas em diversos países, que não possuem o mesmo interesse e não conseguem extrair impostos das multinacionais. Segundo o texto, a OCDE está preparando um projeto tendo por base dois pilares:
A primeira, chamada de “pilar 1”, fortalece o direito de os países tributarem as empresas a partir das vendas em seus territórios, independentemente de onde a empresa é legalmente constituída (um ganho para a maioria das grandes economias e uma perda para os paraísos fiscais). (...)
O segundo pilar tenta criar um patamar mínimo de imposto a ser aplicado sobre todas as multinacionais. A OCDE estima que as duas reformas elevariam a arrecadação de impostos sobre as empresas em 4% no mundo, somando US$ 100 bilhões ao ano.
Mesmo este valor estimado é pouco em relação ao potencial de taxação das multinacionais.
Imagem aqui
Em 2018, o Savoy tinha dívidas de 347 milhões de libras e pagava juros de até 15%, altíssimos para a Europa. O dinheiro foi emprestado pela controladora imediata do The Savoy Hotel Limited, uma empresa chamada Dunwilco (1784) Limited, que por sua vez pertence à uma empresa chamada Dunwilco (1783), que por sua vez pertence à Dunwilco (1847), que por sua vez pertence ao dono derradeiro do hotel, a Breezeroad Limited, com registro no Reino Unido. A dívida flui em cascata nessa estrutura empresarial e costuma ser refinanciada a cada um ou dois anos. Para os dois principais acionistas do Savoy Hotel, um dos homens mais ricos do mundo e um dos maiores fundos soberanos, esse arranjo complexo têm dois efeitos notáveis: as contas do Savoy parecem impenetráveis para quem é de fora e a empresa não pagou nada de imposto como pessoa jurídica nos últimos 15 anos.
O exemplo fica mais concreto com dados mais amplos:
No Reino Unido, mais de 50% das subsidiárias de multinacionais estrangeiras atualmente não contabilizam lucros tributáveis, segundo estudo de 2019 da pesquisadora Katarzyna Bilicka, da Universidade de Oxford. Nos EUA, 91 empresas da lista Fortune 500, entre as quais Amazon, Chevron e IBM, pagaram uma taxa efetiva zero em impostos federais em 2018.
De um lado, tem-se corporações com um batalhão de funcionários pensando no planejamento financeiro. De outro, burocratas em diversos países, que não possuem o mesmo interesse e não conseguem extrair impostos das multinacionais. Segundo o texto, a OCDE está preparando um projeto tendo por base dois pilares:
A primeira, chamada de “pilar 1”, fortalece o direito de os países tributarem as empresas a partir das vendas em seus territórios, independentemente de onde a empresa é legalmente constituída (um ganho para a maioria das grandes economias e uma perda para os paraísos fiscais). (...)
O segundo pilar tenta criar um patamar mínimo de imposto a ser aplicado sobre todas as multinacionais. A OCDE estima que as duas reformas elevariam a arrecadação de impostos sobre as empresas em 4% no mundo, somando US$ 100 bilhões ao ano.
Mesmo este valor estimado é pouco em relação ao potencial de taxação das multinacionais.
Imagem aqui
PIB dos EUA caiu 33%
Desde fevereiro, a maior economia do mundo está em recessão. Agora, a informação de que o PIB anualizado do segundo trimestre dos Estados Unidos caiu 32,9%, muito acima da redução de 10% em 1958. A principal razão foi a redução no consumo.
o colapso do PIB era esperado e, de fato, pode ser considerado "melhor que o esperado". A verdadeira questão é o que acontece a seguir e o terceiro trimestre é o trimestre de recuperação em forma de V.
o colapso do PIB era esperado e, de fato, pode ser considerado "melhor que o esperado". A verdadeira questão é o que acontece a seguir e o terceiro trimestre é o trimestre de recuperação em forma de V.
Impairment na Shell
A empresa de petróleo Shell registrou um prejuízo. A razão foi o teste de recuperabilidade.
A empresa ainda foi forçada a fazer uma rebaixa recorde do valor dos seus ativos de petróleo e gás através de uma taxa de redução no valor recuperável de 16,8 mil milhões de dólares depois de rever as suas previsões para os preços globais do petróleo após a pandemia da Covid-19. A depreciação inclui a participação do grupo num campo de petróleo offshore na Nigéria, de propriedade da parceria da empresa italiana de petróleo Eni, que está a ser alvo de um processo judicial, em Itália.
A Shell espera que os preços globais do petróleo permaneçam bem abaixo dos níveis médios de 2019 nos próximos três anos. A petrolífera previa que os preços do petróleo chegassem a 35 dólares por barril em 2020, subindo para 40 dólares em 2021, 50 dólares em 2022 e 60 dólares em 2023. O preço médio do petróleo no ano passado foi de 64,36 dólares por barril.
A empresa ainda foi forçada a fazer uma rebaixa recorde do valor dos seus ativos de petróleo e gás através de uma taxa de redução no valor recuperável de 16,8 mil milhões de dólares depois de rever as suas previsões para os preços globais do petróleo após a pandemia da Covid-19. A depreciação inclui a participação do grupo num campo de petróleo offshore na Nigéria, de propriedade da parceria da empresa italiana de petróleo Eni, que está a ser alvo de um processo judicial, em Itália.
A Shell espera que os preços globais do petróleo permaneçam bem abaixo dos níveis médios de 2019 nos próximos três anos. A petrolífera previa que os preços do petróleo chegassem a 35 dólares por barril em 2020, subindo para 40 dólares em 2021, 50 dólares em 2022 e 60 dólares em 2023. O preço médio do petróleo no ano passado foi de 64,36 dólares por barril.
Lições da Pemex
A empresa de petróleo estatal mexicana Pemex sofreu os mesmos problemas da Petrobras: uma corrupção generalizada. Uma análise de um periódico mexicano faz uma constatação triste sobre a dificuldade de comprovar os atos ilícitos.
La razón es que los delitos que se el imputaban eran de los denominados “formales” que, según los abogados consultados, son aquellos que no tienen una conclusión material fácilmente identificable como si la tiene, por ejemplo, un robo donde se puede regresar lo robado, o el peculado donde puedes devolver el dinero que posiblemente desviaste. Lozoya [ex-presidente da empresa e provavelmente corrupto, foto], al igual que Duarte [ex-governador de um estado do México e provavelmente corrupto], está acusado de asociación delictuosa y cohecho (recibir sobornos).
“Asociación delictuosa es reunirse para cometer un delito. Es un acuerdo que aunque delictivo no tiene una consumación material. Si nos acusan de cohecho pues la afectación es para quien dio el soborno, tampoco hay reparación. Y es lo mismo en el lavado de dinero. La única alternativa es que haya algún decomiso de cuentas o casas, pero eso es distinto a una reparación que se ordene”, dijo Gabriel Regino, experto penalista.
La razón es que los delitos que se el imputaban eran de los denominados “formales” que, según los abogados consultados, son aquellos que no tienen una conclusión material fácilmente identificable como si la tiene, por ejemplo, un robo donde se puede regresar lo robado, o el peculado donde puedes devolver el dinero que posiblemente desviaste. Lozoya [ex-presidente da empresa e provavelmente corrupto, foto], al igual que Duarte [ex-governador de um estado do México e provavelmente corrupto], está acusado de asociación delictuosa y cohecho (recibir sobornos).
“Asociación delictuosa es reunirse para cometer un delito. Es un acuerdo que aunque delictivo no tiene una consumación material. Si nos acusan de cohecho pues la afectación es para quien dio el soborno, tampoco hay reparación. Y es lo mismo en el lavado de dinero. La única alternativa es que haya algún decomiso de cuentas o casas, pero eso es distinto a una reparación que se ordene”, dijo Gabriel Regino, experto penalista.
Um ponto comum entre a Pemex e a Petrobras: a presença da Odebrecht como provável corruptora.
Códigos do Submundo
Um comentário bem pertinente na análise do livro Codes of the Underworld, de Diego Gambetta
Detentores do poder corruptos promovem os mais incompetentes para mostrar que seu poder supera objeções.
Fiquei pensando sobre este ponto: Calígula (e seu cavalo), Trump (e seu genro) e ... temos bons exemplos aqui.
Contabilidade - há um campo fértil de investigação contábil de fraude e outros crimes. Se este comentário for realmente pertinente, quando um auditor (ou investigador) encontrar em uma entidade um empregado realmente incompetente, isto talvez seja um sinal de que seu chefe pode ser corrupto.
Detentores do poder corruptos promovem os mais incompetentes para mostrar que seu poder supera objeções.
Fiquei pensando sobre este ponto: Calígula (e seu cavalo), Trump (e seu genro) e ... temos bons exemplos aqui.
Contabilidade - há um campo fértil de investigação contábil de fraude e outros crimes. Se este comentário for realmente pertinente, quando um auditor (ou investigador) encontrar em uma entidade um empregado realmente incompetente, isto talvez seja um sinal de que seu chefe pode ser corrupto.
Rir é o melhor remédio
Este é aquele teste para saber se você está ficando velho. Se você souber para que serve cada um destes objetos, então ...
29 julho 2020
Marketing é a Economia Comportamental Original
O famoso autor Philip Kotler, da área de marketing, escreveu (via aqui) um texto defendendo a ideia que a chamada economia comportamental foi precedida pelo marketing social. Segundo ele,
O campo do marketing classifica e explica a grande variedade de comportamentos humanos há mais de 100 anos. Os profissionais de marketing se basearam nas disciplinas de psicologia, sociologia, antropologia e psicologia social para descrever as grandes variedades de comportamento humano. Os profissionais de marketing ficaram fascinados com exemplos de comportamento "irracional". Por que muitas pessoas continuam seu hábito de fumar quando sabem que isso reduzirá sua vida? Por que as famílias pobres têm tantos filhos que os manterão e a seus filhos pobres? Por que um CEO decide adquirir um concorrente mesmo quando ele sabe que mais da metade de todas as fusões fracassa. (...) Poderíamos ter chamado isso de “economia comportamental” porque sempre estávamos preocupados em equilibrar o lado da demanda e o lado do custo desses esforços.
Imagem: aqui
Contabilidade - há um grande interesse da contabilidade pelo campo comportamental. Várias pesquisas são realizadas para tentar entender como o ser humano se comporta diante da informação contábil, por exemplo.
O campo do marketing classifica e explica a grande variedade de comportamentos humanos há mais de 100 anos. Os profissionais de marketing se basearam nas disciplinas de psicologia, sociologia, antropologia e psicologia social para descrever as grandes variedades de comportamento humano. Os profissionais de marketing ficaram fascinados com exemplos de comportamento "irracional". Por que muitas pessoas continuam seu hábito de fumar quando sabem que isso reduzirá sua vida? Por que as famílias pobres têm tantos filhos que os manterão e a seus filhos pobres? Por que um CEO decide adquirir um concorrente mesmo quando ele sabe que mais da metade de todas as fusões fracassa. (...) Poderíamos ter chamado isso de “economia comportamental” porque sempre estávamos preocupados em equilibrar o lado da demanda e o lado do custo desses esforços.
Imagem: aqui
Contabilidade - há um grande interesse da contabilidade pelo campo comportamental. Várias pesquisas são realizadas para tentar entender como o ser humano se comporta diante da informação contábil, por exemplo.
Computação em Nuvem e estrutura de custo
A pandemia aumentou a utilização dos serviços de computação em nuvem. Conforme um texto do Valor:
A pandemia alimentou ainda mais a demanda, à medida que a atividade on-line aumentou, oferecendo uma vantagem para os grandes players de nuvem, incluindo Amazon, Microsoft e Google, ajudando a impulsionar o setor de tecnologia durante a crise econômica. A Amazon, líder do setor, disse em abril que sua divisão de nuvem cresceu 33%, para US$ 10,22 bilhões no primeiro trimestre. A companhia vai divulgar os resultados do segundo trimestre nesta quinta-feira.
Do outro lado, a computação em nuvem é uma despesa. Com as atividades reduzidas, pode ser uma despesa que precisa ser reavaliada. Eis um exemplo da Entur, empresa de administração de emissão de bilhetes e planejamento de viagens da Noruega. Esta empresa dobrou seus gastos anuais em três anos.
a covid-19 derrubou a venda de passagens. O uso da nuvem da Entur caiu mais de 50% - mas, para o choque da empresa, sua fatura mensal da nuvem do Google, de cerca de US$ 100 mil, aumentou 7% entre janeiro e abril, porque os aplicativos precisavam continuar em execução. A Entur, então, começou a vasculhar seus relatórios de uso da nuvem e encontrou gastos desnecessários, como pagar por servidores em nuvem adicionais para lidar com aumentos na hora do rush.
Foto: Aqui
A pandemia alimentou ainda mais a demanda, à medida que a atividade on-line aumentou, oferecendo uma vantagem para os grandes players de nuvem, incluindo Amazon, Microsoft e Google, ajudando a impulsionar o setor de tecnologia durante a crise econômica. A Amazon, líder do setor, disse em abril que sua divisão de nuvem cresceu 33%, para US$ 10,22 bilhões no primeiro trimestre. A companhia vai divulgar os resultados do segundo trimestre nesta quinta-feira.
Do outro lado, a computação em nuvem é uma despesa. Com as atividades reduzidas, pode ser uma despesa que precisa ser reavaliada. Eis um exemplo da Entur, empresa de administração de emissão de bilhetes e planejamento de viagens da Noruega. Esta empresa dobrou seus gastos anuais em três anos.
a covid-19 derrubou a venda de passagens. O uso da nuvem da Entur caiu mais de 50% - mas, para o choque da empresa, sua fatura mensal da nuvem do Google, de cerca de US$ 100 mil, aumentou 7% entre janeiro e abril, porque os aplicativos precisavam continuar em execução. A Entur, então, começou a vasculhar seus relatórios de uso da nuvem e encontrou gastos desnecessários, como pagar por servidores em nuvem adicionais para lidar com aumentos na hora do rush.
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Assembleias e a Participação Virtual
Com a pandemia, a CVM regularizou a realização de Assembleias de maneira virtual. Após a normatização, um grande número de empresas fez seu encontro, seja totalmente virtual ou de forma híbrida.
Uma declaração do diretor da CVM sugere que esta não será uma alternativa provisória.
“No cenário sem pandemia, as assembleias híbridas vão ser mais comuns”
(diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Gustavo Gonzalez).
A princípio parece descartado a assembleia 100% digital, no cenário posterior à pandemia.
(Imagem aqui)
Uma declaração do diretor da CVM sugere que esta não será uma alternativa provisória.
“No cenário sem pandemia, as assembleias híbridas vão ser mais comuns”
(diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Gustavo Gonzalez).
A princípio parece descartado a assembleia 100% digital, no cenário posterior à pandemia.
(Imagem aqui)
Investigações não divulgadas da SEC
Resumo:
One of the hallmarks of the SEC’s investigative process is that it is shrouded in secrecy––only the SEC staff, high-level managers of the company being investigated, and outside counsel are typically aware of active investigations. We obtain novel data on all investigations closed by the SEC between 2000 and 2017––data that was heretofore non-public––and find that such investigations predict economically material declines in future firm performance. Despite evidence that the vast majority of these investigations are economically material, firms are not required to disclose them, and only 19% of investigations are initially disclosed. We examine whether corporate insiders exploit the undisclosed nature of these investigations for personal gain. Despite the undisclosed and economically material nature of these investigations, we find that insiders are not abstaining from trading. In particular, we find a pronounced spike in insider selling among undisclosed investigations with the most severe negative outcomes; and that abnormal selling activity appears highly opportunistic and earns significant abnormal returns. Our results suggest that SEC investigations are often undisclosed, economically material non-public events and that insiders are trading in conjunction with these events.
Blackburne, Terrence and Kepler, John and Quinn, Phillip J. and Taylor, Daniel, Undisclosed SEC Investigations (April 25, 2020). Management Science, Forthcoming, Available at SSRN: https://ssrn.com/abstract=3507083
One of the hallmarks of the SEC’s investigative process is that it is shrouded in secrecy––only the SEC staff, high-level managers of the company being investigated, and outside counsel are typically aware of active investigations. We obtain novel data on all investigations closed by the SEC between 2000 and 2017––data that was heretofore non-public––and find that such investigations predict economically material declines in future firm performance. Despite evidence that the vast majority of these investigations are economically material, firms are not required to disclose them, and only 19% of investigations are initially disclosed. We examine whether corporate insiders exploit the undisclosed nature of these investigations for personal gain. Despite the undisclosed and economically material nature of these investigations, we find that insiders are not abstaining from trading. In particular, we find a pronounced spike in insider selling among undisclosed investigations with the most severe negative outcomes; and that abnormal selling activity appears highly opportunistic and earns significant abnormal returns. Our results suggest that SEC investigations are often undisclosed, economically material non-public events and that insiders are trading in conjunction with these events.
28 julho 2020
Recebendo comida: como trajar
Energia Verde será secundária por muitos anos
É sempre bom ler um artigo que desafia o pensamento típico com bons argumentos. Este é o caso do artigo de Gail Tverberg, no blog Our Finite World (via aqui). Tverberg argumenta que não é possível um mundo futuro baseado na chamada energia “verde” (hidráulica, solar e eólica). São vários os argumentos, mas gostaria de destacar dois deles.
O primeiro é que estas fontes de energia são intermitentes. Ou seja, está disponível quando o sol estiver brilhando ou o vento soprando. Mas muitas aplicações da indústria a intermitência é um problema. Se você quiser usar um elevador, a energia intermitente pode significar que a máquina pararia de funcionar se não existir vento soprando. Isto é válido para uma série de situações, o que faz com que a energia verde tenha uma limitação de uso. Conforme lembra Tverberg, para ser útil, a eletricidade precisa estar disponível quando existir uma demanda por parte dos usuários. A luz solar pode ser uma boa fonte de energia em dias claros, mas não em períodos nublados ou durante o período noturno. Talvez por este motivo, a energia verde é responsável por uma parcela bem reduzida do abastecimento mundial: aproximadamente 10% tem sua origem nos ventos, no sol ou na força dos rios (gráfico). E isto não deve mudar tão cedo.
O segundo aspecto interessa ao leitor do blog. Refere-se ao custo de produção. Para Tverberg, não sabemos efetivamente quando custa produzir a energia verde, uma vez que em muitos locais do mundo há um forte subsídio para este setor. E parte deste recurso é proveniente do petróleo e derivados. Assim, não é possível comparar a energia verde com as fontes predominantes e afirmar, como pretendem alguns, que os custos estão cada vez mais próximo. Na visão do texto, há ainda um grande futuro para as fontes tradicionais de energia.
O primeiro é que estas fontes de energia são intermitentes. Ou seja, está disponível quando o sol estiver brilhando ou o vento soprando. Mas muitas aplicações da indústria a intermitência é um problema. Se você quiser usar um elevador, a energia intermitente pode significar que a máquina pararia de funcionar se não existir vento soprando. Isto é válido para uma série de situações, o que faz com que a energia verde tenha uma limitação de uso. Conforme lembra Tverberg, para ser útil, a eletricidade precisa estar disponível quando existir uma demanda por parte dos usuários. A luz solar pode ser uma boa fonte de energia em dias claros, mas não em períodos nublados ou durante o período noturno. Talvez por este motivo, a energia verde é responsável por uma parcela bem reduzida do abastecimento mundial: aproximadamente 10% tem sua origem nos ventos, no sol ou na força dos rios (gráfico). E isto não deve mudar tão cedo.
O segundo aspecto interessa ao leitor do blog. Refere-se ao custo de produção. Para Tverberg, não sabemos efetivamente quando custa produzir a energia verde, uma vez que em muitos locais do mundo há um forte subsídio para este setor. E parte deste recurso é proveniente do petróleo e derivados. Assim, não é possível comparar a energia verde com as fontes predominantes e afirmar, como pretendem alguns, que os custos estão cada vez mais próximo. Na visão do texto, há ainda um grande futuro para as fontes tradicionais de energia.
Os balanços que estão chegando
Os balanços que as empresas anunciarão nos próximos dias (ou já anunciaram) serão importantes para medir a influência da pandemia sobre os resultados. Uma vez que os efeitos maiores da crise de saúde ocorreu especialmente a partir de final de março, será no segundo trimestre de 2020 que teremos uma ideia melhor como o Covid-19 prejudicou (ou beneficiou) as empresas.
Nesta semana, algumas das maiores empresas do mundo irão divulgar os resultados, como as empresas de tecnologia e de petróleo. O Financial Times (via aqui) resume bem esta situação:
Decorridas duas semanas da safra de balanços corporativos nos Estados Unidos, três lições importantes ficaram claras. Primeiro, Wall Street pode ter sido pessimista demais em relação aos resultados. Segundo, as empresas que parecem estar prosperando na pandemia serão castigadas se seus números desapontarem. E terceiro, as incertezas com o coronavírus tornaram mais difícil para as empresas dizer muitas coisas sobre o futuro.
Um ponto interesse diz respeito a estrutura de custos. Neste sentido, alguns custos não evitáveis justificam um eventual resultado ruim:
Embora as empresas tenham reduzido as folhas de pagamento em resposta às quarentenas, muitas tiveram problemas para reduzir uma série de custos fixos, como as despesas com leasing, e precisaram gastar mais para viabilizar o trabalho a distância ou permitir o distanciamento social, além de realizar medidas de higiene intensas para manter seus funcionários e clientes seguros.
Apesar do foco no resultado, o texto chama atenção para o interesse nos dividendos.
“Talvez o importante nessa safra de balanços não sejam os lucros; talvez sejam os dividendos”, diz Jeff Kleintop, principal estrategista global de investimentos da Charles Schwab. Ele observa que muitos investidores estão em busca de rendas que não estão conseguindo no mercado de bônus.
Foto: aqui
Nesta semana, algumas das maiores empresas do mundo irão divulgar os resultados, como as empresas de tecnologia e de petróleo. O Financial Times (via aqui) resume bem esta situação:
Decorridas duas semanas da safra de balanços corporativos nos Estados Unidos, três lições importantes ficaram claras. Primeiro, Wall Street pode ter sido pessimista demais em relação aos resultados. Segundo, as empresas que parecem estar prosperando na pandemia serão castigadas se seus números desapontarem. E terceiro, as incertezas com o coronavírus tornaram mais difícil para as empresas dizer muitas coisas sobre o futuro.
Um ponto interesse diz respeito a estrutura de custos. Neste sentido, alguns custos não evitáveis justificam um eventual resultado ruim:
Embora as empresas tenham reduzido as folhas de pagamento em resposta às quarentenas, muitas tiveram problemas para reduzir uma série de custos fixos, como as despesas com leasing, e precisaram gastar mais para viabilizar o trabalho a distância ou permitir o distanciamento social, além de realizar medidas de higiene intensas para manter seus funcionários e clientes seguros.
Apesar do foco no resultado, o texto chama atenção para o interesse nos dividendos.
“Talvez o importante nessa safra de balanços não sejam os lucros; talvez sejam os dividendos”, diz Jeff Kleintop, principal estrategista global de investimentos da Charles Schwab. Ele observa que muitos investidores estão em busca de rendas que não estão conseguindo no mercado de bônus.
Foto: aqui
Pressão e manipulação
Eis uma caso onde a pressão por atingir metas termina por conduzir a manipulação dos resultados. A empresa europeia Airbus, de fabricação de aviões, tem várias fábricas pelo continente. A produção espalhada faz com que o planejamento deva ser observado de forma bem rigorosa. Na produção do modelo A350, as instalações na Espanha, em Getafe, manipulou, entre 2016 e 2017,
O problema envolveu uma diferença entre as horas de trabalho que faltavam para terminar o projeto e o que estava realmente pendente. A investigação interna ocorreu em 2018.
Além da suposta maquiagem nas horas pendentes de trabalho, a investigação reuniu testemunhos sobre problemas de natureza industrial no processo de montagem de componentes do A350 confiados à Airbus Getafe, como “a falta de espaço e dificuldades de automação, que eram um obstáculo para que ele poderia alcançar seus objetivos operacionais e financeiros ".
Leia mais aqui. Foto: Airbus
O problema envolveu uma diferença entre as horas de trabalho que faltavam para terminar o projeto e o que estava realmente pendente. A investigação interna ocorreu em 2018.
Além da suposta maquiagem nas horas pendentes de trabalho, a investigação reuniu testemunhos sobre problemas de natureza industrial no processo de montagem de componentes do A350 confiados à Airbus Getafe, como “a falta de espaço e dificuldades de automação, que eram um obstáculo para que ele poderia alcançar seus objetivos operacionais e financeiros ".
Leia mais aqui. Foto: Airbus
27 julho 2020
Ciência Aberta
Já está no ar o Episódio #2 – Comportamento Desonesto dos Indivíduos nas Decisões em Grupo – da Série Ciência Aberta!
Neste episódio, conversamos sobre a pesquisa de tese de doutorado (PPGCont/UnB) - Honest Individuals, (Dis) Honest Groups? Experiments about the Influence of the Collective on Individual Behavior - da Pesquisadora e Profa. Dra. Mariana Bonfim (UFF), orientado pelo Prof. Dr. César Augusto Tibúrcio Silva (PPGCont/UnB) e com apresentação das discentes de graduação em Ciências Contábeis, Maria Eloisa Jerônimo Rodrigues e Sofia Dias Novais (UnB).
Esta pesquisa foi indicada pelo Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis - PPGCONT/UnB à premiação de melhor Tese 2018, no Edital/UnB/DPG no 008/2020 - Prêmio UnB de Dissertação e Tese 2018 e 2019.
Esta Série é uma parceria entre o Projeto de Extensão – Contabilidade num Ambiente Conectad@ com a Sociedade (Contabilidade Conectada) - e o Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis - PPGCONT/UnB.
Serão episódios de podcast, apresentando de forma prática e objetiva a produção e o conhecimento científico gerados nos cursos de graduação e pós-graduação em Ciências Contábeis da UnB, numa linguagem clara e acessível.
Siga as mídias sociais do Contabilidade Conectada e saiba de todas as novidades e agora, em podcasts.
Acusação com glossário
Um notícia portuguesa sobre o processo de investigação do Espírito Santo, um dos escândalos ocorridos no país europeu.
A acusação no Universo Espírito Santo tem 4.117 páginas. Um processo denso com 25 acusados: 18 pessoas e 7 empresas, acusadas de 348 crimes.
Sendo um processo técnico em termos económicos, o Ministério Público optou por colocar um glossário antes de explicar a acusação. E só para esse fim ocupa 37 páginas, mais de 40 mil caracteres.
O Jornal Econômico fez uma listagem dos termos. Note que um texto com mais de 40 mil caracteres corresponde a cinco artigos científicos, aproximadamente.
Cartoon aqui
A acusação no Universo Espírito Santo tem 4.117 páginas. Um processo denso com 25 acusados: 18 pessoas e 7 empresas, acusadas de 348 crimes.
Sendo um processo técnico em termos económicos, o Ministério Público optou por colocar um glossário antes de explicar a acusação. E só para esse fim ocupa 37 páginas, mais de 40 mil caracteres.
O Jornal Econômico fez uma listagem dos termos. Note que um texto com mais de 40 mil caracteres corresponde a cinco artigos científicos, aproximadamente.
Cartoon aqui
Dez regras para conversar melhor
Quando seu trabalho depende de sua habilidade de conversar com as pessoas, você aprende muito sobre como conversar, e aprende que a maioria de nós não sabemos conversar muito bem. Celeste Headlee comanda um programa de rádio há décadas e conhece os ingredientes para uma boa conversa: honestidade, concisão, clareza e uma boa dose de escuta. Nesta palestra tão sagaz, ela compartilha conosco dez regras bastante úteis para termos conversas melhores. "Saiam, conversem com as pessoas, ouçam as pessoas", ela diz. "E, mais importante, estejam preparados para se surpreenderem".
26 julho 2020
Uma imagem vale mais que mil palavras
Uma imagem vale mais do que mil palavras. No caso, uma fotografia da Reuters (via aqui) com dois barcos que fazem passeio turístico em Niágara. Com cores vermelhas, um barco canadense, com capacidade para 700 pessoas, com seis à bordo. O outro barco, com capacidade de 500 pessoas, dos Estados Unidos, estava lotado. Nada de distanciamento social em tempos de pandemia.
Contabilidade - Isto me lembrou de um trabalho com o título "Mais que mil palavras" (TCC sob orientação de Fernanda Fernandes Rodrigues), de autoria de Ysmael J C da Silva. A contabilidade utiliza dos números e das palavras na apresentação do seu trabalho. Mas precisa aprender a usar as imagens também.
Contabilidade - Isto me lembrou de um trabalho com o título "Mais que mil palavras" (TCC sob orientação de Fernanda Fernandes Rodrigues), de autoria de Ysmael J C da Silva. A contabilidade utiliza dos números e das palavras na apresentação do seu trabalho. Mas precisa aprender a usar as imagens também.
25 julho 2020
Covid e Ensino Superior
O texto Are American Colleges and Universities the Next Covid Casualties? analisa a influencia do Covid sobre a educação superior. Apesar do texto ter uma forte referência a questão social dos Estados Unidos, alguns aspectos podem ser usados para pensar a realidade brasileira. A questão do diploma universitário como uma forma de ascensão social é válida para os dois países. A estratificação do ensino, onde a elite dos EUA focava nas universidades famosas - mas nem sempre gratuitas, também existe no Brasil. O problema do financiamento, que no Brasil sustentou o boom das faculdades particulares, também é necessário resolver.
Há grandes divergências. Lá ocorreu uma redução do corpo docente permanente, embora aqui isto sempre esteve presente nas faculdades particulares, mas não nas universidades públicas. Nos Estados Unidos parte da questão financeira foi solucionada, nos últimos anos, com os alunos estrangeiros, o que não ocorreu no Brasil.
com a pandemia do Covid 19, o aperto financeiro de longo prazo ameaça se transformar da noite para o dia em genuína insolvência, enquanto as instituições lutam para descobrir como executar com segurança sistemas instrucionais dependentes de atividades pessoais e sistemas de apoio que lembram demais os navios de cruzeiro. O presidente da Duke University, Vincent Price, enviou recentemente ao conselho, corpo docente e funcionários um memorando afirmando que a Duke precisaria encontrar entre US $ 150 milhões e US $ 200 milhões adicionais para passar pelo próximo ano acadêmico. Os administradores da Universidade de Michigan e da Universidade de Stanford projetam perdas em uma escala semelhante.
(...) faculdades e universidades geralmente recebem importantes receitas com pagamentos de estudantes por serviços de dormitórios e refeições.
Neste ambiente, surge a possibilidade da expansão da instrução on-line. Apesar disto ser possível em alguns nichos, os MOOCs (Massive Open Online Courses) estão na moda. Há um debate interessante sobre este assunto, que passa pela discussão sobre o tamanho ideal de turmas (há alguns estudos que consideram que turmas menores promovem melhor aprendizado). Ao mesmo tempo, a pandemia popularizou estes MOOCS: a inscrição no Coursera aumentou 640% entre março e abril.
Contabilidade - Há muitos aspectos contábeis nesta discussão. A questão dos custos (curso presencial versus on-line) está presente. A fonte de financiamento das instituições - que inclui um necessário debate sobre finanças públicas para o caso brasileiro - também pode ter na contabilidade um instrumento para propor soluções.
Imagem aqui
Há grandes divergências. Lá ocorreu uma redução do corpo docente permanente, embora aqui isto sempre esteve presente nas faculdades particulares, mas não nas universidades públicas. Nos Estados Unidos parte da questão financeira foi solucionada, nos últimos anos, com os alunos estrangeiros, o que não ocorreu no Brasil.
com a pandemia do Covid 19, o aperto financeiro de longo prazo ameaça se transformar da noite para o dia em genuína insolvência, enquanto as instituições lutam para descobrir como executar com segurança sistemas instrucionais dependentes de atividades pessoais e sistemas de apoio que lembram demais os navios de cruzeiro. O presidente da Duke University, Vincent Price, enviou recentemente ao conselho, corpo docente e funcionários um memorando afirmando que a Duke precisaria encontrar entre US $ 150 milhões e US $ 200 milhões adicionais para passar pelo próximo ano acadêmico. Os administradores da Universidade de Michigan e da Universidade de Stanford projetam perdas em uma escala semelhante.
(...) faculdades e universidades geralmente recebem importantes receitas com pagamentos de estudantes por serviços de dormitórios e refeições.
Neste ambiente, surge a possibilidade da expansão da instrução on-line. Apesar disto ser possível em alguns nichos, os MOOCs (Massive Open Online Courses) estão na moda. Há um debate interessante sobre este assunto, que passa pela discussão sobre o tamanho ideal de turmas (há alguns estudos que consideram que turmas menores promovem melhor aprendizado). Ao mesmo tempo, a pandemia popularizou estes MOOCS: a inscrição no Coursera aumentou 640% entre março e abril.
Contabilidade - Há muitos aspectos contábeis nesta discussão. A questão dos custos (curso presencial versus on-line) está presente. A fonte de financiamento das instituições - que inclui um necessário debate sobre finanças públicas para o caso brasileiro - também pode ter na contabilidade um instrumento para propor soluções.
Imagem aqui
24 julho 2020
Documento do IFAC sobre Ética e Auditoria
O IFAC deu conhecimento de um documento chamado "Fortalecendo o Sistema Internacional de Auditoria e Ética". O documento trata, entre outros pontos, do processo de desenvolvimento de padrões em auditoria no IFAC. O Documento pode ser encontrado aqui
Tributos sobre Empresas no Brasil
Os dados estão no Corporate Tax Statistics Database da OCDE e consideram impostos sobre a renda das empresas do governo central e dos governos regionais.
São disponibilizados dados para 108 países: 36 pertencentes à OCDE e 72 não-pertencentes.
As alíquotas mais altas estão na Índia, 48,3%, seguida pela República Democrática do Congo e por Malta, 35%, e pelo Brasil com 34%. É isso mesmo: as empresas brasileiras pagam a quarta maior alíquota de impostos sobre renda entre os 108 países avaliados pela OCDE. E piora: em nenhum país da OCDE a alíquota é maior que no Brasil. Chega perto, como é o caso da França, mas não é maior.Vale repetir para enfatizar: o Brasil tributa mais as empresas do que todos os países ricos da OCDE. (Isso não é exatamente uma novidade para os leitores deste site. Este artigo, por exemplo, mostra que, após todos os impostos, uma empresa fica com apenas 3% de seu faturamento.)
Considerando todos os países da amostra de 108 países, a alíquota média é de 20,7%.
Retirando os 11 países onde a alíquota dos impostos sobre a renda das empresas é zero – nenhum deles pertence à OCDE —, a alíquota média sobe para 23%.
Para os países que não pertencem à OCDE e cobram alíquotas maiores do que zero, a alíquota média é de 22,8% e a mediana é de 25%.
A figura abaixo mostra as alíquotas desses 61 países que não pertencem à OCDE, com o Brasil em destaque.
Já na amostra com apenas os países da OCDE, a alíquota média é de 23,3% e a mediana é de 23,5%. A figura abaixo mostra essa amostra de países adicionada ao Brasil. Fica claro que as alíquotas de impostos sobre a renda enfrentadas pelas empresas brasileiras são bem maiores que as de outros países, inclusive de países ricos.
Fonte: aqui
23 julho 2020
Prazo adicional para ITR do segundo semestre
Companhias abertas com exercício social findo em 31/12/2019 têm 15 dias adicionais para divulgarem informações referentes ao segundo trimestre de 2020
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) edita hoje, 23/7/2020, a Deliberação CVM 862, que estende em 15 dias o prazo de entrega do formulário trimestral referente ao trimestre encerrado em 30/06/2020 para as companhias abertas registradas na CVM com exercício social findo em 31/12.
O adiamento da entrega considera, de um lado, os impactos sobre a atividade econômica e a produção de informações por parte das companhias abertas. De outro lado, a prorrogação por apenas 15 dias levou em conta a importância de os participantes do mercado de capitais tomarem conhecimento da exata dimensão dos impactos da pandemia da Covid-19 sobre as companhias abertas.
Estas demonstrações são relevantes. Considerando que a pandemia começou em meados de marços, as demonstrações do primeiro trimestre tiveram baixo reflexo do problema. Os impactos maiores devem aparecer no segundo trimestre.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) edita hoje, 23/7/2020, a Deliberação CVM 862, que estende em 15 dias o prazo de entrega do formulário trimestral referente ao trimestre encerrado em 30/06/2020 para as companhias abertas registradas na CVM com exercício social findo em 31/12.
O adiamento da entrega considera, de um lado, os impactos sobre a atividade econômica e a produção de informações por parte das companhias abertas. De outro lado, a prorrogação por apenas 15 dias levou em conta a importância de os participantes do mercado de capitais tomarem conhecimento da exata dimensão dos impactos da pandemia da Covid-19 sobre as companhias abertas.
Estas demonstrações são relevantes. Considerando que a pandemia começou em meados de marços, as demonstrações do primeiro trimestre tiveram baixo reflexo do problema. Os impactos maiores devem aparecer no segundo trimestre.
Maior Tributação do Mundo
A alíquota de 12% proposta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para o novo imposto federal que pretende substituir o PIS/Cofins pode fazer com que a tributação final sobre o consumo no Brasil seja a maior do mundo.
O novo imposto seria chamado de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com uma alíquota única de 12%.
Ao se juntar os tributos estaduais e municipais, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) final chegaria a 35%, nas contas do presidente do Sindifisco Nacional, sindicato dos auditores da Receita. “Será o maior IVA do mundo. O governo não está aumentando a tributação, mas revelando o tamanho da carga tributária”, avalia Kleber Cabral.
O novo imposto seria chamado de Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), com uma alíquota única de 12%.
Ao se juntar os tributos estaduais e municipais, o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) final chegaria a 35%, nas contas do presidente do Sindifisco Nacional, sindicato dos auditores da Receita. “Será o maior IVA do mundo. O governo não está aumentando a tributação, mas revelando o tamanho da carga tributária”, avalia Kleber Cabral.
Avaliando as intervenções públicas com a Covid
O IFAC e a Universidade de Zurique publicaram uma ferramenta para governos para analisar programas relacionados com o Covid-19. O instrumento permite analisar as intervenções dos governos versus os impactos nas finanças públicas. Isto inclui a avaliação das intervenções e como isto afeta a informação contábil.
“Governos com informações contábeis por competência estão melhor posicionados para entender a verdadeira imagem de suas finanças públicas”, afirmou Ross Smith, diretor do Programa e Técnico da IPSASB. "Compreender o impacto da pandemia nas finanças do governo é especialmente importante quando se considera a necessidade e a capacidade de fornecer intervenções adicionais no futuro".
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“Governos com informações contábeis por competência estão melhor posicionados para entender a verdadeira imagem de suas finanças públicas”, afirmou Ross Smith, diretor do Programa e Técnico da IPSASB. "Compreender o impacto da pandemia nas finanças do governo é especialmente importante quando se considera a necessidade e a capacidade de fornecer intervenções adicionais no futuro".
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