Mudar
20 maio 2016
19 maio 2016
Eletrobras: e a conta vai para o nosso bolso
Fonte: Aqui |
O governo editou aquela MP para forçar um recuo na tarifa de eletricidade. A norma desequilibrou financeiramente as empresas do setor. Veio o “tarifaço”, que socorreu as distribuidoras privadas; tirou dinheiro do nosso bolso para resolver o problema que o governo Dilma criou. Uma parte dos graves problemas da estatal tem origem na MP 579. Agora, a movimentação é para repor dessas perdas do sistema Eletrobras. Cerca de R$ 3,3 bi serão pagos pelos consumidores.
As dificuldades da Eletrobras não param por aí. Ela não consegue mensurar o tamanho da corrupção e a auditoria não quer chancelar o seu balanço [parece familiar?]. A companhia atrasou a entrega de informações no mercado de capitais americano e teve seus papéis retirados da bolsa de Nova York. Dessa forma, a empresa pode ser obrigada a pagar antecipadamente algumas obrigações bilionárias.
Fonte: Aqui
Emprego e salário na contabilidade
Mensalmente este blog está divulgando os dados de desemprego no setor contábil. E o quadro é muito ruim: o número de demitidos tem sido muito superior aos admitidos. Outro efeito da crise econômica tem surgido nos dados de emprego formal do Caged: a troca de funcionários com maior salário por novos com menor salário.
Usando os dados de “contadores e auditores”, “escriturários de contabilidade” e “técnicos em contabilidade” do Caged este blog tabulou o número de admitidos e de demitidos entre janeiro de 2014 a março de 2016. (Observação importante: nos dados que geralmente divulgamos a “família” é somente de contadores e auditores. Ou seja, esta base é mais ampla)
Também se obteve o salário médio mensal dos dois grupos (admitidos e demitidos). O resultado, ao longo deste período, encontra-se no gráfico a seguir:
Ao longo dos últimos meses o salário médio dos admitidos é muito menor que o salário médio dos demitidos. As empresas estão contratando menos e quando contratam são pessoas com menor salário. Profissionais com maiores salários são demitidos e quando as empresas contratam a oferta é por um salário menor. No período analisado a diferença entre os salários ficou em 17%. (Falta considerar o efeito da inflação) (Em outubro de 2015 a diferença ficou em 28%). Em termos monetários, o demitido custava R$338 a mais que o admitido.
Usando os dados de “contadores e auditores”, “escriturários de contabilidade” e “técnicos em contabilidade” do Caged este blog tabulou o número de admitidos e de demitidos entre janeiro de 2014 a março de 2016. (Observação importante: nos dados que geralmente divulgamos a “família” é somente de contadores e auditores. Ou seja, esta base é mais ampla)
Também se obteve o salário médio mensal dos dois grupos (admitidos e demitidos). O resultado, ao longo deste período, encontra-se no gráfico a seguir:
Ao longo dos últimos meses o salário médio dos admitidos é muito menor que o salário médio dos demitidos. As empresas estão contratando menos e quando contratam são pessoas com menor salário. Profissionais com maiores salários são demitidos e quando as empresas contratam a oferta é por um salário menor. No período analisado a diferença entre os salários ficou em 17%. (Falta considerar o efeito da inflação) (Em outubro de 2015 a diferença ficou em 28%). Em termos monetários, o demitido custava R$338 a mais que o admitido.
Carol Fishman Cohen: Como voltar ao trabalho depois de uma pausa na carreira
Se você tiver feito uma pausa na carreira e agora está tentando voltar ao mercado de trabalho, você consideraria um estágio? A especialista em retomada de carreira Carol Fishman Cohen acha que você deveria. Nesta palestra, saiba sobre a experiência da própria Carol como uma estagiária de 40 anos de idade, seu trabalho defendendo o sucesso dos "reiniciantes" e como os empregadores estão mudando a forma como eles se envolvem com o talento dos que retornam ao trabalho.
Rir é o melhor remédio
A internet caiu. O que fazer?
1. PÂNICO!!!
2. Perceber que talvez essa seja uma boa oportunidade de parar de surfar na web e realmente fazer alguma coisa.
3. Espera, deixa pra lá. A internet voltou.
4. Voltar a surfar na web.
1. PÂNICO!!!
2. Perceber que talvez essa seja uma boa oportunidade de parar de surfar na web e realmente fazer alguma coisa.
3. Espera, deixa pra lá. A internet voltou.
4. Voltar a surfar na web.
18 maio 2016
Eletrobras - Comunicado ao mercado
Em resposta às reportagens vinculadas sobre a suspensão da negociação de papéis da Eletrobras na Bolsa de Nova Iorque, a seguinte nota foi publicada (grifo nosso):
Escreveu, escreveu, mas disse alguma coisa nova e realmente relevante?
[...] a Companhia vem esclarecer aos seus acionistas e mercado em geral o que se segue:
1. Através do Fato Relevante publicado em 17 de maio de 2016, a Eletrobras informou devidamente ao mercado que, por motivos alheios a sua vontade e esforços, não estava em condições de arquivar tempestivamente os Formulários 20F dos exercícios sociais de 2014 e 2015, e, por esta razão, a Bolsa de Valores de Nova York (“NYSE”) suspenderia a negociação dos American Deposit Shares (“ADS”) emitidos pela Companhia junto à NYSE (ticker EBR e EBR-B), enquanto inicia-se o processo de deslistagem.
2. No dia de hoje, 18 de maio de 2016, a Eletrobras recebeu ofício da NYSE s/n informando que a negociação dos ADS foram suspensos, a partir desta data, e que a Eletrobras tem o prazo de 10 (dez) dias úteis para encaminhar preliminares do recurso que a Eletrobras pretende apresentar contra esta decisão junto ao Comitê do Conselho de Administração da NYSE e se manifestar se deseja apresentar, em oportunidade ainda ser agendada, apresentação oral ao referido Comitê. Para tanto, a Companhia deverá pagar uma taxa recursal de U$ 20.000 (vinte mil dólares).
3. A Companhia pretende apresentar todos os recursos cabíveis, conforme mencionado no Fato Relevante publicado em 17 de maio de 2016.
4. A Companhia aproveita para informar que os ADS poderão ser negociados no mercado Over the Counter (“OTC”), a partir de amanhã, conforme os ticker a seguir: ADS de ações preferenciais: CUSIP: 15234Q108 (OTC ticker: EBRBY) ADS de ações ordinárias: CUSIP: 15234Q207 (OTC ticker: EBRYY) COMUNICADO AO MERCADO ELET3 & ELET6 2015
5. Igualmente, no Fato Relevante acima mencionado, foi esclarecido que os contratos de empréstimos e financiamentos celebrados pela Companhia, assim como os bônus internacionais emitidos pela Companhia, não contém covenants em virtude da deslistagem junto à NYSE.
6. A Companhia, igualmente, não tem conhecimento, nesta data, de qualquer grupo de trabalho que tenha sido criado para avaliar eventual capitalização da Companhia.
7. A Eletrobras esclarece, igualmente, ao mercado que está adimplente com as suas obrigações financeiras perante os seus credores titulares dos bônus internacionais.
Escreveu, escreveu, mas disse alguma coisa nova e realmente relevante?
Links
Demissão do presidente da Mitsubishi por fraude (emissão de poluentes)
Cinco motivos para explicar que o futuro será do carro sem motorista (inclui seguros)
Instrução da CVM altera oferta pública de ação
Análise das finanças dos três times de Pernambuco
Os suecos são tão desonestos como os italianos
Para Meirelles (foto) não há necessidade de capitalização da Petrobras
Cinco motivos para explicar que o futuro será do carro sem motorista (inclui seguros)
Instrução da CVM altera oferta pública de ação
Análise das finanças dos três times de Pernambuco
Os suecos são tão desonestos como os italianos
Para Meirelles (foto) não há necessidade de capitalização da Petrobras
Como ficar rico rapidamente
Uma ideia simples da empresa CIF. Contratou corretores imobiliários para avaliar uma casa normal da cidade de Londres. O valor médio de três corretores foi de 1,05 milhão de libras esterlinas. A seguir uma equipe de limpeza profissional fez a limpeza na casa com Cif. Outros três agentes foram contratados para avaliar a casa. O valor médio foi de 1,33 milhão ou 21% a mais do que no dia anterior, sem a limpeza. Com o produto Cif o dono da casa aumentaria sua riqueza em 21%. Veja o vídeo a seguir:
Erro bobo?
A unidade mexicana da empresa Diageo [Smirnoff, Guinness e Jonhnnie Walker] cometeu um erro bobo (?) na sua contabilidade:
Diageo’s Mexico unit sold some bottles of Don Julio to the company’s U.S. unit that it recorded as an external sale. The company’s U.S. unit then sold on those bottles and recorded that as a separate sale.
Diageo’s Mexico unit sold some bottles of Don Julio to the company’s U.S. unit that it recorded as an external sale. The company’s U.S. unit then sold on those bottles and recorded that as a separate sale.
Elsevier compra SSRN
A editora científica Elsevier, uma das maiores do mundo, adquiriu a SSRN, um dos maiores repositório de produção científica do mundo, numa transação que poderia ser considerada como improvável. Afinal, a Elsevier vive de direitos autorais e compra um valor considerável dos leitores para a leitura dos seus periódicos. Já a SSRN não tem taxa nenhuma.
A Elsevier disse que nada irá mudar na SSRN. Enquanto isto, endereços como Scihub permitem que o usuário possa ter acesso às obras de editoras, como a Elsevier. A editora não é bem quista por alguns, como o site Boingboing, que afirma que a Elsevier tem um histórico de criação de falso periódico especializado para ajudar as empresas farmacêuticas. Ou por fazer lobby contra o acesso aberto.
A Mendeley também faz parte desta associação.
O comunicado por parte da SSRN foi feito por Michael Jensen
A Elsevier disse que nada irá mudar na SSRN. Enquanto isto, endereços como Scihub permitem que o usuário possa ter acesso às obras de editoras, como a Elsevier. A editora não é bem quista por alguns, como o site Boingboing, que afirma que a Elsevier tem um histórico de criação de falso periódico especializado para ajudar as empresas farmacêuticas. Ou por fazer lobby contra o acesso aberto.
A Mendeley também faz parte desta associação.
O comunicado por parte da SSRN foi feito por Michael Jensen
A ilusão com o Big Data
O mundo vive a era do volume colossal de dados. Muitas pessoas acham que a solução para problemas de diversas áreas virá do acúmulo e análise de grandes volumes de dados. No entanto, descrever em detalhes as moléculas que compõem os investidores no mercado financeiro não ajudará na formulação de políticas para evitar crises financeiras. Em sistemas complexos o mais importante é saber quais informações são as mais relevantes. O segredo é determinar quais informações são pivotais e alteram o comportamento de um sistema. Para a compreensão dos dados, é necessário identificar os padrões, que são determinados por um pequeno conjuntos de informações. Além disso, é preciso identificar as transições que ocorrem num sistema. Identificar o comportamento passado não é a solução.
Devido a complexidade do mundos, as tradicionais ferramentas do cálculo e da estatística falham em identificar mudanças radicais em diversos sistemas físicos e sociais. Num sistema complexo, as unidades do sistema não agem de forma totalmente independente ou juntas. Em verdade, elas são interdependentes: uma influencia a outra. Assim, as técnicas acadêmicas tradicionais não conseguem capturar esse comportamento interdependente.
Um exemplo de sistema complexo é o mercado de commodities. A teoria econômica tradicional pressupõem que os agentes decidem seus investimentos de maneira racional e independente, gerando uma curva de demanda e oferta em equilíbrio. O problema dessa análise não é a questão da racionalidade, mas da independência. Pela ótica de sistemas complexos, as decisões das pessoas influenciam as outras e vice-versa (trend-following). Ou seja, não são totalmente independentes, o que leva as ações individuais se combinarem em oscilações coletivas (bandwagon effect). Não entanto, os conceitos e a matemática utilizado pelos economistas não são capazes de descrever essa dinâmica, apesar das evidências dos trabalhos econômicos mostrarem esses efeitos no mercado.
Sob esse contexto, uma explicação para a formação de bolhas quebras é a interação entre investidores especuladores (denominados trend-followers, que compram quando o preço está subindo e vendem quando o preço está caindo) e investidores fundamentalistas ( que compram na baixa e vendem quando o mercado está em alta). Com o uso do método da renormalização em grupo , é possível identificar com sucesso a dinâmica de bolhas e quebras do mercado de commmodities, por exemplo. Quando o preço está subindo, os investidores que seguem tendências (trend-followers) tendem a entrar no mercado comprando o ativo, levando o preço para longe do seu equilíbrio. Quando o preço está em alta, investidores fundamentalistas passam a vender o ativo e o preço cai em direção ao equilíbrio. Nesse momento, a interação entre os agentes leva a um efeito de vagão, em que os investidores seguem o comportamento uns dos outros e acabam vendendo o ativo, gerando mais vendas e por consequência, o mercado quebra. Um raciocínio simétrico é válido para o caso de bolhas. Em suma, quando os investidores seguem tendências, bolhas ou quebras são induzidas por esse padrão de comportamento em larga escala.
O problema das metodologias tradicionais utilizadas pela academia (como o cálculo e a estatística) é que elas apenas modelam sistemas simples, em que há separação do comportamento entre a escala micro e macro. Não obstante, a interação entre as partes, gera o comportamento de larga escala, que não é correspondente a separação entre as partes. Assim, uma nova ferramenta matemática denominada renormalização em grupo foi desenvolvida por físicos para dar detemerminar quais informações são importantes em larga escala. Ou seja, esse método considera a importância da informação (escala). O método da renormalização em grupo já foi aplicado com sucesso em áreas da biologia e sistemas sociais.
Descrever todos os detalhes de um sistema complexo ( como sistemas biológicos e sistemas sociais), gera excesso de informação. Por outro lado, descrever somente a média é insuficiente para entender o funcionamento do sistema. Assim, é preciso saber quais variáveis são relevantes.
O perfil de complexidade representa a quantidade de informação necessária para descrever um sistema em função de sua escala . Quanto maior a escala, menos informação é necesária para representar de maneira fidedigna o sistema. Segundo esse perfil, cada pedaço de informação de um sistema tem um tamanho. Dessa maneira, ao invés de acumular detalhes sobre o sistema, é melhor começar a compreender o sistema pelo seu padrão de comportamento em larga escala e adicionar informação apenas quando necessário.
Quanto maior a escala de um sistema, menos detalhes são visíveis e apenas distinções agregadas são vistas. A agregação das partes de um sistema é uma função de como cada parte depende uma da outra. Entender como as propriedades das partes se unem auxilia a compreensão das propriedades do sistema em larga escala. Assim, modelar sistemas com o método de renormalização em grupo permite a compreensão das interdependências de um sistema, indentificação de sua a estrutura e entendimento de como realizar intervenções de maneira formal.
Fonte: Yaneer Bar-Yam and Maya Bialik, Beyond Big Data: Identifying important information for real world challenges,2013
Devido a complexidade do mundos, as tradicionais ferramentas do cálculo e da estatística falham em identificar mudanças radicais em diversos sistemas físicos e sociais. Num sistema complexo, as unidades do sistema não agem de forma totalmente independente ou juntas. Em verdade, elas são interdependentes: uma influencia a outra. Assim, as técnicas acadêmicas tradicionais não conseguem capturar esse comportamento interdependente.
Um exemplo de sistema complexo é o mercado de commodities. A teoria econômica tradicional pressupõem que os agentes decidem seus investimentos de maneira racional e independente, gerando uma curva de demanda e oferta em equilíbrio. O problema dessa análise não é a questão da racionalidade, mas da independência. Pela ótica de sistemas complexos, as decisões das pessoas influenciam as outras e vice-versa (trend-following). Ou seja, não são totalmente independentes, o que leva as ações individuais se combinarem em oscilações coletivas (bandwagon effect). Não entanto, os conceitos e a matemática utilizado pelos economistas não são capazes de descrever essa dinâmica, apesar das evidências dos trabalhos econômicos mostrarem esses efeitos no mercado.
Sob esse contexto, uma explicação para a formação de bolhas quebras é a interação entre investidores especuladores (denominados trend-followers, que compram quando o preço está subindo e vendem quando o preço está caindo) e investidores fundamentalistas ( que compram na baixa e vendem quando o mercado está em alta). Com o uso do método da renormalização em grupo , é possível identificar com sucesso a dinâmica de bolhas e quebras do mercado de commmodities, por exemplo. Quando o preço está subindo, os investidores que seguem tendências (trend-followers) tendem a entrar no mercado comprando o ativo, levando o preço para longe do seu equilíbrio. Quando o preço está em alta, investidores fundamentalistas passam a vender o ativo e o preço cai em direção ao equilíbrio. Nesse momento, a interação entre os agentes leva a um efeito de vagão, em que os investidores seguem o comportamento uns dos outros e acabam vendendo o ativo, gerando mais vendas e por consequência, o mercado quebra. Um raciocínio simétrico é válido para o caso de bolhas. Em suma, quando os investidores seguem tendências, bolhas ou quebras são induzidas por esse padrão de comportamento em larga escala.
Descrever todos os detalhes de um sistema complexo ( como sistemas biológicos e sistemas sociais), gera excesso de informação. Por outro lado, descrever somente a média é insuficiente para entender o funcionamento do sistema. Assim, é preciso saber quais variáveis são relevantes.
O perfil de complexidade representa a quantidade de informação necessária para descrever um sistema em função de sua escala . Quanto maior a escala, menos informação é necesária para representar de maneira fidedigna o sistema. Segundo esse perfil, cada pedaço de informação de um sistema tem um tamanho. Dessa maneira, ao invés de acumular detalhes sobre o sistema, é melhor começar a compreender o sistema pelo seu padrão de comportamento em larga escala e adicionar informação apenas quando necessário.
Fonte: Yaneer Bar-Yam and Maya Bialik, Beyond Big Data: Identifying important information for real world challenges,2013
17 maio 2016
JBS
A empresa JBS informou ao mercado que pretende fazer uma reorganização societária. A empresa irá criar a JBS Foods International, que será listada na bolsa de Nova Iorque e na bolsa brasileira. Os objetivos para esta reorganização seriam segundo a empresa:
i. melhor refletir a presença global e a diversidade das operações internacionais da Companhia, mediante a constituição da JBS Foods International;
ii. melhorar o acesso aos mercados internacionais de capital e dívida que reforçará a capacidade da Companhia na obtenção de financiamentos para suportar suas operações, reduzindo o seu custo de capital. Isso aumentará a capacidade da Companhia de participar da crescente consolidação da indústria global de alimentos e melhorará a competitividade com outras empresas globais de alimentos;
iii. alavancar o perfil da Companhia entre a comunidade global de investidores institucionais;
iv. criar um programa de BDR e manter a JBS S.A. como companhia aberta, permitindo aos acionistas brasileiros participar do crescimento global e da esperada captura de uma melhor avaliação da Companhia; e
v. maximizar o valor da JBS S.A. e da JBS Foods International, beneficiando todos os seus stakeholders.
A questão da redução do custo de capital é controversa. Acredita-se que a JBS foi imensamente beneficiada com empréstimos governamentais. Considerando que a possibilidade de novos empréstimos tenha se encerrado, a criação da nova empresa poderia substituir a fonte BNDES da empresa; mas afirmar que irá reduzir talvez seja questionável. Outro aspecto sobre esta redução é que o custo de capital é composto do custo do capital próprio e de terceiros. Neste último, a alíquota do imposto é relevante. Numa entrevista, o executivo da empresa afirmou que “não podemos dizer que tem benefício porque não temos análise e esse não foi o foco do trabalho”. Se a empresa concluiu que a operação irá reduzir o custo do capital, certamente levou em consideração o valor da alíquota.
i. melhor refletir a presença global e a diversidade das operações internacionais da Companhia, mediante a constituição da JBS Foods International;
ii. melhorar o acesso aos mercados internacionais de capital e dívida que reforçará a capacidade da Companhia na obtenção de financiamentos para suportar suas operações, reduzindo o seu custo de capital. Isso aumentará a capacidade da Companhia de participar da crescente consolidação da indústria global de alimentos e melhorará a competitividade com outras empresas globais de alimentos;
iii. alavancar o perfil da Companhia entre a comunidade global de investidores institucionais;
iv. criar um programa de BDR e manter a JBS S.A. como companhia aberta, permitindo aos acionistas brasileiros participar do crescimento global e da esperada captura de uma melhor avaliação da Companhia; e
v. maximizar o valor da JBS S.A. e da JBS Foods International, beneficiando todos os seus stakeholders.
A questão da redução do custo de capital é controversa. Acredita-se que a JBS foi imensamente beneficiada com empréstimos governamentais. Considerando que a possibilidade de novos empréstimos tenha se encerrado, a criação da nova empresa poderia substituir a fonte BNDES da empresa; mas afirmar que irá reduzir talvez seja questionável. Outro aspecto sobre esta redução é que o custo de capital é composto do custo do capital próprio e de terceiros. Neste último, a alíquota do imposto é relevante. Numa entrevista, o executivo da empresa afirmou que “não podemos dizer que tem benefício porque não temos análise e esse não foi o foco do trabalho”. Se a empresa concluiu que a operação irá reduzir o custo do capital, certamente levou em consideração o valor da alíquota.
16 maio 2016
Links
Política de Dados Abertos do Executivo
Administradores da Mundial são condenados por infrações contábeis
A contabilidade do PCC (detalhe para o "aver")
O mais realista psicopata do cinema (e não é Normann Bates ou Hannibal)
Administradores da Mundial são condenados por infrações contábeis
A contabilidade do PCC (detalhe para o "aver")
O mais realista psicopata do cinema (e não é Normann Bates ou Hannibal)
15 maio 2016
Números engraçados
Existe hoje uma grande preocupação dos reguladores com os resultados ajustados. Estes números não seguem os princípios contábeis exigidos pelos reguladores (Fasb, Iasb, CPC etc) e adivinhe? São denominados de “funny numbers” por alguns analistas por motivos óbvios: são realmente engraçados.
Os números engraçados geralmente excluem eventos, como efeitos de fusões, baixas contábeis e outros itens. Os administradores geralmente afirmam que estes números são mais informativos e que representam melhor a realidade da empresa que a contabilidade. Um levantamento entre as 500 empresas que compõe o SP 500, com as maiores empresas negociadas na bolsa de New York, 467 usaram nos últimos doze meses os funny numbers. Entre elas, 361 ou 77% tiveram um lucro por ação maior que os números da contabilidade. E dentre estas, 26 empresas transformaram números negativos em positivos. Entre estas empresas estão: Alcoa, AIG, ConAgra, Kraft, News Corp e Yahoo.
14 maio 2016
Fato da Semana: Temos novo presidente
Fato: Temos um novo presidente
Data: 12 de maio de 2016
Fonte: Senado Federal
Fatos Relacionados com a Contabilidade
09/mai/16 - A construtora Andrade Gutierrez publica um anúncio assumindo que cometeu erros e que irá pagar uma indenização de 1 bilhão
09/mai/16 - Uma reportagem do Estado informa que os esqueletos com estatais e outros órgãos públicos podem chegar a 600 bilhões de reais.
10/mai/16 - O índice de miséria mostra que o Brasil chegou ao nada louvável terceiro lugar. O baixo crescimento do PIB, taxa de juros elevada e desemprego ajudaram.
10/mai/16 - Instrução normativa conjunta cria a Gestão de Risco e Governança no Executivo
11/mai/16 - A Petros está com dificuldade de fechar o balanço.
11/mai/16 - A STN divulga o Boletim de Finanças Públicas dos Estados e Municípios que poderá ajudar, no futuro, no controle das contas públicas.
12/mai/16 - Eletrobras e Petrobras divulgam resultados com prejuízo. A Eletrobras pode ter cancelada o registro de negociação nos EUA.
12/mai/16 - Decreto 8.777 cria a Política de Dados Abertos
Notícia boa para contabilidade?
Tempos caóticos, com boas notícias (?) como a Instrução Conjunta e o Decreto 8.777 e notícias ruins (esqueletos, índice de miséria, Petros etc). O saldo final é negativo.
Desdobramentos
Na próxima semana devemos ter uma definição para importantes entidades (Petrobras, BB, CEF etc). Também saberemos mais sobre o plano de recuperação das finanças públicas. Pior do que está pode ficar?
Mas a semana só teve isto?
E não basta?
BNDES com ressalvas
Por causa da forma como o BNDES contabiliza no balanço consolidado parte dessas perdas contábeis, a consultoria KPMG, responsável pela auditoria independente dos dados, aprovou as informações "com ressalvas". Para a KPMG, o lucro líquido do primeiro trimestre deveria ser R$ 127,4 milhões menor.
Também tiveram efeito negativo no resultado do primeiro trimestre as despesas com provisão para risco de crédito. O BNDES registrou despesas de R$ 871 milhões em 2016, ante R$ 393 milhões no primeiro trimestre do ano passado.
"O aumento da despesa refletiu o ciclo econômico atual, que resultou na revisão da classificação de risco das empresas em geral, sem concentrações em companhias ou setores específicos", diz a nota do BNDES, ressaltando que a inadimplência, considerando apenas os créditos vencidos há mais de 90 dias, está em 0,11%.
Em termos de indicadores bancários, o índice de Basileia ficou em 15,5% no primeiro trimestre de 2016, ante 14,7% no encerramento de 2015.
Também tiveram efeito negativo no resultado do primeiro trimestre as despesas com provisão para risco de crédito. O BNDES registrou despesas de R$ 871 milhões em 2016, ante R$ 393 milhões no primeiro trimestre do ano passado.
"O aumento da despesa refletiu o ciclo econômico atual, que resultou na revisão da classificação de risco das empresas em geral, sem concentrações em companhias ou setores específicos", diz a nota do BNDES, ressaltando que a inadimplência, considerando apenas os créditos vencidos há mais de 90 dias, está em 0,11%.
Em termos de indicadores bancários, o índice de Basileia ficou em 15,5% no primeiro trimestre de 2016, ante 14,7% no encerramento de 2015.
13 maio 2016
Ingerência Política
O Valor Econômico faz uma defesa nada velada a atual diretoria da Petrobras. O título já expressa a opinião: Temor de Ingerência Política Volta a Assombrar a Petrobras. A ideia é que a nova equipe econômica poderia mudar a atual direção da empresa, fazendo a "ingerência política. Mas a atual gestão não é política? Bendine (fotografia) não era o nome de confiança de Dilma? Sim e sim.
O texto do jornal usa um subterfúgio muito comum do Valor: fontes não identificadas, que reduz a credibilidade do texto enormemente. Eis alguns trechos para o leitor do blog:
Para a equipe de Bendine, as mudanças ocorreram justamente porque não há hoje um viés político na gestão.
E no caso de mudanças do atual conselho, a percepção da diretoria é de que mexer de forma mais profunda na Petrobras pode levar a uma "ruptura com a sociedade", já que a empresa vai continuar no foco dos holofotes. A empresa é grande demais e se envolveu em polêmicas proporcionais a esse gigantismo.
Há convicção de que a companhia criou defesas, ainda que frágeis e que precisam amadurecer.
A interpretação do comando da petroleira é que no ano passado a Petrobras estava diante do maior desafio de sua história.
A certeza no comando da estatal agora é que acabou o temor com relação à solvência.
O jornal teve um dos seus colunistas grampeados pela Operação Lava-Jato telefonando para o ex-presidente Lula para, entre palavrões, dar conselhos nada éticos. (É bem verdade que este colunista já não escreve mais no jornal). Em outro texto, segundo o jornal, a CVM estaria alerta a interferência na Petrobras. Mas não foi a própria CVM que "permitiu" que a situação chegasse onde chegou?
O texto do jornal usa um subterfúgio muito comum do Valor: fontes não identificadas, que reduz a credibilidade do texto enormemente. Eis alguns trechos para o leitor do blog:
Para a equipe de Bendine, as mudanças ocorreram justamente porque não há hoje um viés político na gestão.
E no caso de mudanças do atual conselho, a percepção da diretoria é de que mexer de forma mais profunda na Petrobras pode levar a uma "ruptura com a sociedade", já que a empresa vai continuar no foco dos holofotes. A empresa é grande demais e se envolveu em polêmicas proporcionais a esse gigantismo.
Há convicção de que a companhia criou defesas, ainda que frágeis e que precisam amadurecer.
A interpretação do comando da petroleira é que no ano passado a Petrobras estava diante do maior desafio de sua história.
A certeza no comando da estatal agora é que acabou o temor com relação à solvência.
O jornal teve um dos seus colunistas grampeados pela Operação Lava-Jato telefonando para o ex-presidente Lula para, entre palavrões, dar conselhos nada éticos. (É bem verdade que este colunista já não escreve mais no jornal). Em outro texto, segundo o jornal, a CVM estaria alerta a interferência na Petrobras. Mas não foi a própria CVM que "permitiu" que a situação chegasse onde chegou?
Mudança no modelo contábil da União alinha BGU às normas internacionais
A Secretaria do Tesouro Nacional (STN), Órgão central do Sistema de Contabilidade Federal, realizou importantes alterações no modelo contábil da União para alinhamento às normas internacionais de contabilidade aplicadas ao setor público, bem como atender às recomendações feitas Tribunal de Contas da União (TCU) para a contabilização de ativos e passivos, com objetivo de atualizar o cálculo da situação patrimonial.
Como exemplo dessas mudanças, destaca-se a realização de significativos avanços na elaboração do Balanço Geral da União – BGU, que é enviado ao Tribunal de Contas da União como parte da Prestação de Contas da Presidente da República (PCPR). O aprimoramento da prática contábil resultou, dentre outros, na melhor avaliação dos direitos e bens (ativos) e das obrigações (passivos) do setor público.
As discussões sobre o uso de normas internacionais de contabilidade foram iniciadas em 2000 por diversos países e organismos mundiais como as Nações Unidas, a OTAN, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Alguns países, como Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, já adotaram esse novo modelo. Outros, como os Estados Unidos, França e Canadá, estão em transição.
Desde que iniciou esse processo, em 2008, o Brasil realizou mudanças importantes na contabilização da situação patrimonial da União, como o reconhecimento das rodovias e estradas federais como ativos de infraestrutura, em 2012; o reconhecimento das provisões matemáticas atuariais (passivo atuarial) relacionado ao Regime Próprio de Previdência Social dos servidores civis, em 2014; e a constituição de provisões para atender às demandas judiciais contra à União, em 2015.
Exigências das Normas Internacionais de Contabilidade
Além disso, em 2015, o Tribunal de Contas da União recomendou que o Ministério da Fazenda adotasse metodologia para aperfeiçoar a mensuração do ajuste para perdas de créditos tributários a receber. De acordo com o TCU, a União deveria estudar a melhor forma de adequar o registro contábil dos referidos ativos aos critérios de reconhecimento na visão do modelo do novo Plano de Contas e das Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (IPSAS, na sigla em inglês), editadas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC, na sigla em inglês).
Para atender à recomendação do TCU, o Ministério da Fazenda criou, em julho de 2015, um Grupo de Trabalho de Créditos Tributários, cujo relatório final concluiu que créditos sob a supervisão da Receita Federal que possuem exigibilidade suspensa não atendiam, de acordo com a nova metodologia, aos critérios de classificação como ativo.
Essa decisão afetou, portanto, os créditos que estão suspensos devido a questionamentos no âmbito administrativo ou judicial, e que dependem de uma decisão futura para que se convertam em benefícios econômicos para a União, representando uma redução no seu Ativo de R\$ 1,1 trilhão. Um dos principais reflexos dessa nova prática contábil, pode ser verificado na inversão do Patrimônio Líquido (PL) da União, no montante de R\$ 1,46 trilhão.
É importante destacar que esses valores são deduzidos do ativo, mas ficam registrados em contas de controle, que são mensalmente conciliadas. Caso parte desses créditos suspensos se transformem de fato em crédito tributário, eles voltam a fazer parte do ativo.
Como mencionado anteriormente, as inovações ocorridas em 2015 não devem ser vistas como uma iniciativa isolada, tendo o processo para convergência aos padrões internacionais sido iniciado em 2008, com a edição da Portaria nº 184/2008, do Ministério da Fazenda. Importante destacar que esse modelo contábil, aderente ao regime de competência (accrual basis of accounting), é utilizado por diversos países avançados, que também apresentam patrimônio líquido negativo, como é o caso de:
Estados Unidos, com o PL negativo em R\$ 72,3 trilhões (US\$ 18,2 trilhões – 09/2015).
Reino Unido, com o PL negativo em R\$ 6,8 trilhões (US\$ 3 trilhões – 03/2014).
Canadá, com o PL negativo em R\$ 1,5 trilhões (US\$ 482 bilhões – 03/2015).
França, com o PL negativo em R\$ 3,2 trilhões (US\$ 1,2 trilhões – 12/2014).
Austrália, com o PL negativo em R\$ 738,4 bilhões (US\$ 238 bilhões – 06/2015).
Os valores dos ativos e passivos referentes aos itens citados, bem como o patrimônio líquido apresentado no BGU 2015, não podem ser comparados com os valores a eles referentes no BGU 2014, tendo em vista que as alterações metodológicas, por sua relevância, tornaram não correta a comparação entre os dois documentos. Para melhor compreensão deste ponto, a tabela abaixo apresenta o Patrimônio Líquido divulgado oficialmente e o Patrimônio Líquido simulado (com aplicação dos parâmetros utilizados em 2015).
(a) A simulação considera redução em igual intensidade da ocorrida em 2015 (de 78,4\% do crédito tributário). (b) Valores corrigidos pelo INP-C com data base de 31/12/2015. (c) A simulação considera o ajuste a valor presente, considerando o INP-C.
Fonte: SIAFI/STN, 2010 a 2015.
Como pode ser observado na tabela, o resultado foi negativo para todos os períodos, o que é previsível e está em linha com resultados dos demais países do mundo. Os governos, salvo raras exceções, possuem mais passivos que ativos. A dívida é paga com tributos ao longo de toda a existência do Estado, e um PL negativo significa que o governo precisa fazer superávits primários ao longo do tempo para pagar esses passivos.
O PL negativo está em linha com a dívida líquida do setor público, indicador criado pelo Banco Central a pedido do Fundo Monetário Internacional em 1982. Ele listava os ativos e passivos do governo e mostrava, já em 1982, que o Brasil tinhas mais passivos que ativos, ou seja, um PL negativo.
As alterações verificadas no BGU de 2015 fazem parte de um processo cujas etapas de implantação vão até 2021, como, por exemplo, a inclusão dos demais ativos em infraestrutura, que possuem grande relevância dentre os ativos não financeiros da União. Os prazos para implantação das mudanças foram estabelecidos pelo Plano de Implantação dos Procedimentos Contábeis Patrimoniais – PIPCP, aprovado pela Portaria STN nº 548, de 24 de setembro de 2015. Além de já ter implementado no SIAFI todos os procedimentos com aplicação imediata, a União está elaborando um plano de ação, que apresentará as ações necessárias para adequação das normas e dos sistemas, bem como para a capacitação dos gestores públicos.
Acesse aqui:
Balanço Geral da União
Apresentação sobre o BGU.
Artigo técnico sobre as alterações Fonte: Aqui
Como exemplo dessas mudanças, destaca-se a realização de significativos avanços na elaboração do Balanço Geral da União – BGU, que é enviado ao Tribunal de Contas da União como parte da Prestação de Contas da Presidente da República (PCPR). O aprimoramento da prática contábil resultou, dentre outros, na melhor avaliação dos direitos e bens (ativos) e das obrigações (passivos) do setor público.
As discussões sobre o uso de normas internacionais de contabilidade foram iniciadas em 2000 por diversos países e organismos mundiais como as Nações Unidas, a OTAN, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial. Alguns países, como Reino Unido, Austrália e Nova Zelândia, já adotaram esse novo modelo. Outros, como os Estados Unidos, França e Canadá, estão em transição.
Desde que iniciou esse processo, em 2008, o Brasil realizou mudanças importantes na contabilização da situação patrimonial da União, como o reconhecimento das rodovias e estradas federais como ativos de infraestrutura, em 2012; o reconhecimento das provisões matemáticas atuariais (passivo atuarial) relacionado ao Regime Próprio de Previdência Social dos servidores civis, em 2014; e a constituição de provisões para atender às demandas judiciais contra à União, em 2015.
Exigências das Normas Internacionais de Contabilidade
Além disso, em 2015, o Tribunal de Contas da União recomendou que o Ministério da Fazenda adotasse metodologia para aperfeiçoar a mensuração do ajuste para perdas de créditos tributários a receber. De acordo com o TCU, a União deveria estudar a melhor forma de adequar o registro contábil dos referidos ativos aos critérios de reconhecimento na visão do modelo do novo Plano de Contas e das Normas Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (IPSAS, na sigla em inglês), editadas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC, na sigla em inglês).
Para atender à recomendação do TCU, o Ministério da Fazenda criou, em julho de 2015, um Grupo de Trabalho de Créditos Tributários, cujo relatório final concluiu que créditos sob a supervisão da Receita Federal que possuem exigibilidade suspensa não atendiam, de acordo com a nova metodologia, aos critérios de classificação como ativo.
Essa decisão afetou, portanto, os créditos que estão suspensos devido a questionamentos no âmbito administrativo ou judicial, e que dependem de uma decisão futura para que se convertam em benefícios econômicos para a União, representando uma redução no seu Ativo de R\$ 1,1 trilhão. Um dos principais reflexos dessa nova prática contábil, pode ser verificado na inversão do Patrimônio Líquido (PL) da União, no montante de R\$ 1,46 trilhão.
É importante destacar que esses valores são deduzidos do ativo, mas ficam registrados em contas de controle, que são mensalmente conciliadas. Caso parte desses créditos suspensos se transformem de fato em crédito tributário, eles voltam a fazer parte do ativo.
Como mencionado anteriormente, as inovações ocorridas em 2015 não devem ser vistas como uma iniciativa isolada, tendo o processo para convergência aos padrões internacionais sido iniciado em 2008, com a edição da Portaria nº 184/2008, do Ministério da Fazenda. Importante destacar que esse modelo contábil, aderente ao regime de competência (accrual basis of accounting), é utilizado por diversos países avançados, que também apresentam patrimônio líquido negativo, como é o caso de:
Estados Unidos, com o PL negativo em R\$ 72,3 trilhões (US\$ 18,2 trilhões – 09/2015).
Reino Unido, com o PL negativo em R\$ 6,8 trilhões (US\$ 3 trilhões – 03/2014).
Canadá, com o PL negativo em R\$ 1,5 trilhões (US\$ 482 bilhões – 03/2015).
França, com o PL negativo em R\$ 3,2 trilhões (US\$ 1,2 trilhões – 12/2014).
Austrália, com o PL negativo em R\$ 738,4 bilhões (US\$ 238 bilhões – 06/2015).
Os valores dos ativos e passivos referentes aos itens citados, bem como o patrimônio líquido apresentado no BGU 2015, não podem ser comparados com os valores a eles referentes no BGU 2014, tendo em vista que as alterações metodológicas, por sua relevância, tornaram não correta a comparação entre os dois documentos. Para melhor compreensão deste ponto, a tabela abaixo apresenta o Patrimônio Líquido divulgado oficialmente e o Patrimônio Líquido simulado (com aplicação dos parâmetros utilizados em 2015).
(a) A simulação considera redução em igual intensidade da ocorrida em 2015 (de 78,4\% do crédito tributário). (b) Valores corrigidos pelo INP-C com data base de 31/12/2015. (c) A simulação considera o ajuste a valor presente, considerando o INP-C.
Fonte: SIAFI/STN, 2010 a 2015.
Como pode ser observado na tabela, o resultado foi negativo para todos os períodos, o que é previsível e está em linha com resultados dos demais países do mundo. Os governos, salvo raras exceções, possuem mais passivos que ativos. A dívida é paga com tributos ao longo de toda a existência do Estado, e um PL negativo significa que o governo precisa fazer superávits primários ao longo do tempo para pagar esses passivos.
O PL negativo está em linha com a dívida líquida do setor público, indicador criado pelo Banco Central a pedido do Fundo Monetário Internacional em 1982. Ele listava os ativos e passivos do governo e mostrava, já em 1982, que o Brasil tinhas mais passivos que ativos, ou seja, um PL negativo.
As alterações verificadas no BGU de 2015 fazem parte de um processo cujas etapas de implantação vão até 2021, como, por exemplo, a inclusão dos demais ativos em infraestrutura, que possuem grande relevância dentre os ativos não financeiros da União. Os prazos para implantação das mudanças foram estabelecidos pelo Plano de Implantação dos Procedimentos Contábeis Patrimoniais – PIPCP, aprovado pela Portaria STN nº 548, de 24 de setembro de 2015. Além de já ter implementado no SIAFI todos os procedimentos com aplicação imediata, a União está elaborando um plano de ação, que apresentará as ações necessárias para adequação das normas e dos sistemas, bem como para a capacitação dos gestores públicos.
Acesse aqui:
Balanço Geral da União
Apresentação sobre o BGU.
Artigo técnico sobre as alterações Fonte: Aqui
O contador
O novo filme estrelado por Ben Affleck, "O contador", ganhou seu primeiro trailer nesta quinta-feira (12). Com estreia prevista para o dia 20 de outubro no Brasil, o longa é dirigido por Gavin O'Connor ("Guerreiro").
Na produção, Affleck ("Batman vs. Superman: O despertar da justiça") interpreta um contador com uma síndrome que limita suas habilidades sociais que cuida da contabilidade de organizações criminosas, mas aceita seu primeiro cliente que parece ser legítimo -- e que leva uma vida secreta como assassino profissional.
Além do ator, o elenco ainda conta com Anna Kendrick ("Amor sem escalas"), J. K. Simmons ("Whiplash - Em busca da perfeição"), Jon Bernthal (da série "Demolidor"), Jeffrey Tambor (da série "Transparent") e John Lithgow ("Interestelar").
Indicado pelo nosso querido amigo Glauber. Fonte: aqui.
Falso Positivo
Aparentemente a CIA e NSA (fotografia) estão usando “metadados” para determinar a probabilidade de uma pessoa ser terrorista. Usando a rede de telefonia celular e algoritmos de aprendizagem de máquina, as agências de espionagem dos EUA estão trabalhando no Paquistão para impedir a proliferação do terrorismo. Gelman, citando Grothoff e Porup mostra que uma taxa de falso positivo de 0,18% numa população de 55 milhões de pessoas (do Paquistão que usa celular) significa que 99 mil inocentes serão taxados de terroristas.
Sair do Vermelho
A expressão “sair do vermelho” significa na contabilidade fazer com que o resultado seja positivo. Se você colocar a expressão no Google irão aparecer muitos resultados com dicas para fazer com que seu orçamento pessoal seja mais equilibrado. Em inglês existe a expressão “be in the black” ou mostrar um balanço positivo. É interessante notar que ao contrário da expressão negativa tradicional, o “black” aqui adquire uma conotação positiva. E o vermelho seria uma cor que representa algo ruim. O inglês também admite a expressão “be in the red”, que pode ser traduzida como perder dinheiro.
Esta expressão parece ser relativamente recente. Procurando a mesma no acervo do Estado de S Paulo a primeira ocorrência que encontramos é da década de 1980. E com o sentido de melhorar uma situação ruim. Em 1982 o jornal falava de uma central de recados que em um ano e meio ou dois deveria “sair do vermelho”. Em 1993, numa manchete, informava que a “Varig muda para sair do vermelho”.
Antes disto o Jornal do Brasil, em 1970, falavam que os clubes de futebol do Brasil “só vão sair do vermelho no dia que passarem a ser administrados como empresa”. Em 1964 o mesmo jornal fez um interessante trocadilho: “O sr. Aluísio Alves vai cuidar de sua vida, deixando as atividades políticas até sair do vermelho (bem entendido, em termos bancários)”. O Paraná Esportivo, em 1960, comentava da vitória do Coritiba de 9x1 sobre o Iraty: “pensar, principalmente, na possibilidade que existe do Ferroviário virar azulão e sair vermelho de vergonha da cancha”. Aqui o vermelho está associado a ter vergonha. Este foi o resultado mais antigo que obtive na hemeroteca digital da Biblioteca Nacional.
Talvez a expressão esteja associada a “nota vermelha”, devido ao hábito de alguns professores ressaltarem a nota ruim dos alunos com uma caneta vermelha. A Wikipedia, no verbete Nota Escolar, diz que este é um critério informal, usado quando o aluno tira uma nota menor que a média.
Esta expressão parece ser relativamente recente. Procurando a mesma no acervo do Estado de S Paulo a primeira ocorrência que encontramos é da década de 1980. E com o sentido de melhorar uma situação ruim. Em 1982 o jornal falava de uma central de recados que em um ano e meio ou dois deveria “sair do vermelho”. Em 1993, numa manchete, informava que a “Varig muda para sair do vermelho”.
Antes disto o Jornal do Brasil, em 1970, falavam que os clubes de futebol do Brasil “só vão sair do vermelho no dia que passarem a ser administrados como empresa”. Em 1964 o mesmo jornal fez um interessante trocadilho: “O sr. Aluísio Alves vai cuidar de sua vida, deixando as atividades políticas até sair do vermelho (bem entendido, em termos bancários)”. O Paraná Esportivo, em 1960, comentava da vitória do Coritiba de 9x1 sobre o Iraty: “pensar, principalmente, na possibilidade que existe do Ferroviário virar azulão e sair vermelho de vergonha da cancha”. Aqui o vermelho está associado a ter vergonha. Este foi o resultado mais antigo que obtive na hemeroteca digital da Biblioteca Nacional.
Talvez a expressão esteja associada a “nota vermelha”, devido ao hábito de alguns professores ressaltarem a nota ruim dos alunos com uma caneta vermelha. A Wikipedia, no verbete Nota Escolar, diz que este é um critério informal, usado quando o aluno tira uma nota menor que a média.
Economia precisa de modelos baseados em agentes
In today’s high-tech age, one naturally
assumes that US President Barack
Obama’s economic team and its international
counterparts are using sophisticated
quantitative computer models
to guide us out of the current economic
crisis. They are not.
The best models they have are of two
types, both with fatal flaws. Type one is
econometric: empirical statistical models
that are fitted to past data. These successfully
forecast a few quarters ahead
as long as things stay more or less the
same, but fail in the face of great change.
Type two goes by the name of ‘dynamic
stochastic general equilibrium’. These
models assume a perfect world, and by
their very nature rule out crises of the
type we are experiencing now.
As a result, economic policy-makers
are basing their decisions on common
sense, and on anecdotal analogies to
previous crises such as Japan’s ‘lost
decade’ or the Great Depression (see
Nature 457, 957; 2009). The leaders of
the world are flying the economy by the
seat of their pants.
[...]
There is a better way: agent-based models. An agent-based model is a computerized simulation of a number of decision-makers (agents) and institutions, which interact through prescribed rules. The agents can be as diverse as needed — from consumers to policy-makers and Wall Street professionals — and the institutional structure can include everything from banks to the government. Such models do not rely on the assumption that the economy will move towards a predetermined equilibrium state, as other models do. Instead, at any given time, each agent acts according to its current situation, the state of the world around it and the rules governing its behaviour. An individual consumer, for example, might decide whether to save or spend based on the rate of inflation, his or her current optimism about the future, and behavioural rules deduced from psychology experiments. The computer keeps track of the many agent interactions, to see what happens over time. Agent-based simulations can handle a far wider range of nonlinear behaviour than conventional equilibrium models. Policy-makers can thus simulate an artificial economy under different policy scenarios and quantitatively explore their consequences.
[...]
But there is a still larger problem. Even if rational expectations are a reasonable model of human behaviour, the mathematical machinery is cumbersome and requires drastic simplifications to get tractable results. The equilibrium models that were developed, such as those used by the US Federal Reserve, by necessity stripped away most of the structure of a real economy. There are no banks or derivatives, much less sub-prime mortgages or credit default swaps — these introduce too much nonlinearity and complexity for equilibrium methods to handle. When it comes to setting policy, the predictions of these models aren’t even wrong, they are simply non-existent (see Nature 455, 1181; 2008).
Agent-based models potentially present a way to model the financial economy as a complex system, as Keynes attempted to do, while taking human adaptation and learning into account, as Lucas advocated. Such models allow for the creation of a kind of virtual universe, in which many players can act in complex — and realistic — ways. In some other areas of science, such as epidemiology or traffic control, agent-based models already help policy-making.
[...]
Such economic models should be able to provide an alternative tool to give insight into how government policies could affect the broad characteristics of economic performance, by quantitatively exploring how the economy is likely to react under different scenarios. In principle it might even be possible to create an agent-based economic model capable of making useful forecasts of the real economy, although this is ambitious. Creating a carefully crafted agent-based model of the whole economy is, like climate modelling, a huge undertaking. It requires close feedback between simulation, testing, data collection and the development of theory. This demands serious computing power and multidisciplinary collaboration among economists, computer scientists, psychologists, biologists and physical scientists with experience in largescale modelling.
Fonte: The economy needs agent-based modelling- J Doyne Farmer, Duncan Foley-2009/8/6-Nature-Nature 460, 685-686 (6 August 2009) | doi:10.1038/460685a; Published online 5 August 2009
[...]
There is a better way: agent-based models. An agent-based model is a computerized simulation of a number of decision-makers (agents) and institutions, which interact through prescribed rules. The agents can be as diverse as needed — from consumers to policy-makers and Wall Street professionals — and the institutional structure can include everything from banks to the government. Such models do not rely on the assumption that the economy will move towards a predetermined equilibrium state, as other models do. Instead, at any given time, each agent acts according to its current situation, the state of the world around it and the rules governing its behaviour. An individual consumer, for example, might decide whether to save or spend based on the rate of inflation, his or her current optimism about the future, and behavioural rules deduced from psychology experiments. The computer keeps track of the many agent interactions, to see what happens over time. Agent-based simulations can handle a far wider range of nonlinear behaviour than conventional equilibrium models. Policy-makers can thus simulate an artificial economy under different policy scenarios and quantitatively explore their consequences.
[...]
But there is a still larger problem. Even if rational expectations are a reasonable model of human behaviour, the mathematical machinery is cumbersome and requires drastic simplifications to get tractable results. The equilibrium models that were developed, such as those used by the US Federal Reserve, by necessity stripped away most of the structure of a real economy. There are no banks or derivatives, much less sub-prime mortgages or credit default swaps — these introduce too much nonlinearity and complexity for equilibrium methods to handle. When it comes to setting policy, the predictions of these models aren’t even wrong, they are simply non-existent (see Nature 455, 1181; 2008).
Agent-based models potentially present a way to model the financial economy as a complex system, as Keynes attempted to do, while taking human adaptation and learning into account, as Lucas advocated. Such models allow for the creation of a kind of virtual universe, in which many players can act in complex — and realistic — ways. In some other areas of science, such as epidemiology or traffic control, agent-based models already help policy-making.
[...]
Such economic models should be able to provide an alternative tool to give insight into how government policies could affect the broad characteristics of economic performance, by quantitatively exploring how the economy is likely to react under different scenarios. In principle it might even be possible to create an agent-based economic model capable of making useful forecasts of the real economy, although this is ambitious. Creating a carefully crafted agent-based model of the whole economy is, like climate modelling, a huge undertaking. It requires close feedback between simulation, testing, data collection and the development of theory. This demands serious computing power and multidisciplinary collaboration among economists, computer scientists, psychologists, biologists and physical scientists with experience in largescale modelling.
Fonte: The economy needs agent-based modelling- J Doyne Farmer, Duncan Foley-2009/8/6-Nature-Nature 460, 685-686 (6 August 2009) | doi:10.1038/460685a; Published online 5 August 2009
12 maio 2016
Eletrobrás
Segundo o Estadão chama a atenção para o problema da Eletrobrás, que deve atrasar a entrega do balanço nos EUA:
O impasse é considerado mais emergencial porque a estatal tem prazo até o próximo dia 18 de maio para apresentar à SEC formulário referente ao balanço de 2014, que está pedente. A empresa já admitiu ontem em comunicado ao mercado financeiro que poderá não cumprir o prazo de entrega da documentação dos exercícios de 2014 e 2015 e evitar a deslistagem dos seus ADRs, negociados no mercado norte-americano. Caso isso ocorra, fontes do governo avaliam que há risco também de desaceleração da dívida da empresa. Isso significa que os credores da estatal poderão, na prática, cobrar antecipadamente dívidas da companhia.
O impasse é considerado mais emergencial porque a estatal tem prazo até o próximo dia 18 de maio para apresentar à SEC formulário referente ao balanço de 2014, que está pedente. A empresa já admitiu ontem em comunicado ao mercado financeiro que poderá não cumprir o prazo de entrega da documentação dos exercícios de 2014 e 2015 e evitar a deslistagem dos seus ADRs, negociados no mercado norte-americano. Caso isso ocorra, fontes do governo avaliam que há risco também de desaceleração da dívida da empresa. Isso significa que os credores da estatal poderão, na prática, cobrar antecipadamente dívidas da companhia.
Petrobras: a sina continua
A Petrobras acaba de divulgar o resultado do primeiro trimestre de 2016. Um prejuízo de 1,2 bilhão, que segundo a empresa deveu-se a:
- maiores despesas de juros e variações monetárias e cambiais negativas, que atingiram R$ 9.579 milhões;
- redução de 7% da produção de petróleo e gás natural (Brasil e exterior);
- queda de 8% na venda de derivados no mercado doméstico;
- aumento dos custos com depreciação; e
- maiores gastos com ociosidade de equipamentos, principalmente de sondas.
Mas a empresa destacou o Ebitda Ajustado (sem nenhuma relevância), o fluxo de caixa livre positivo (decorrente da redução drástica do investimento), redução do endividamento bruto para 450 bilhões de reais (quase isto) (mas que aumentou em dólar).
- maiores despesas de juros e variações monetárias e cambiais negativas, que atingiram R$ 9.579 milhões;
- redução de 7% da produção de petróleo e gás natural (Brasil e exterior);
- queda de 8% na venda de derivados no mercado doméstico;
- aumento dos custos com depreciação; e
- maiores gastos com ociosidade de equipamentos, principalmente de sondas.
Mas a empresa destacou o Ebitda Ajustado (sem nenhuma relevância), o fluxo de caixa livre positivo (decorrente da redução drástica do investimento), redução do endividamento bruto para 450 bilhões de reais (quase isto) (mas que aumentou em dólar).
Eletrobras
A Eletrobrás teve prejuízo de R\$ 3,898 bilhões no 1º trimestre do ano, informou a empresa em seu site na noite de ontem. No 1º trimestre do ano passado, a estatal registrou lucro de R\$ 1,255 bilhão e no 4º trimestre de 2015, prejuízo de R\$ 10,327 bilhões.
Os maiores impactos negativos no resultado se devem à provisão para contingências judiciais de R\$ 2,949 bilhões, em especial o empréstimo compulsório de R\$ 2,814 bilhões, e ao prejuízo apurado nas empresas de distribuição de R\$ 1,169 bilhão.
Fonte: Estadão
Os maiores impactos negativos no resultado se devem à provisão para contingências judiciais de R\$ 2,949 bilhões, em especial o empréstimo compulsório de R\$ 2,814 bilhões, e ao prejuízo apurado nas empresas de distribuição de R\$ 1,169 bilhão.
Fonte: Estadão
Salto Alto da PwC
Uma atriz foi contratada por empresa de emprego sazonal para exercer a função de recepcionista nos escritórios da PwC em Londres. Como se recusava a usar saltos altos - entre "cinco a dez" centímetros, a mulher foi demitida. Segundo o El País, Nicola Thorp (fotografia), de 27 anos, disse que ninguém tinha dito ser necessário usar salto alto e que não recebeu nada. E agora está começando uma campanha contra a obrigação de usar salto alto no trabalho.
La empresa de subcontratación Portico, de la que dependía Thorp, aseguró que la joven había firmado "un código sobre indumentaria", que incluía los tacones, pero asegura que ahora está dispuesta a revisar estas normas. PwC ha asegurado que no tiene directrices sobre cómo deben acudir al trabajo sus empleados, hombres o mujeres.
La joven ha detallado que desde su primer día como recepcionista manifestó sus problemas para trabajar a jornada completa con tacones altos. Por ello pidió que se le permitiera ir a su puesto con zapatos planos. Sin embargo, siempre según su relato a la BBC, inmediatamente le pidieron que se comprara tacones.
La empresa de subcontratación Portico, de la que dependía Thorp, aseguró que la joven había firmado "un código sobre indumentaria", que incluía los tacones, pero asegura que ahora está dispuesta a revisar estas normas. PwC ha asegurado que no tiene directrices sobre cómo deben acudir al trabajo sus empleados, hombres o mujeres.
La joven ha detallado que desde su primer día como recepcionista manifestó sus problemas para trabajar a jornada completa con tacones altos. Por ello pidió que se le permitiera ir a su puesto con zapatos planos. Sin embargo, siempre según su relato a la BBC, inmediatamente le pidieron que se comprara tacones.
Value at risk e a crise financeira
O artigo abaixo tenta modelar os impactos do uso do Value at risk (VaR) na gestão de riscos pelo sistema bancário na crise financeira de 2008. O grande problema do Var é que ele considera que cada banco está isolado no seu iniverso. No entanto, como todos os bancos tem que usar essa métrica, as movimentações de compra e venda necessárias para alcançar as metas de riscos de cada banco dadas pelo VaR podem destabilizar o mercado. Ou seja, o VaR não leva em conta as interações entre os agentes.
Os autores simularam um sistema bancário em que, quando permitem que os bancos tomem pequenos riscos, o sistema bancário fica estável. No entanto, quando permitem que os bancos tomem mais riscos (ou quando o sistema bancário cresce), o mercado entra num período de grande oscilação, em que , num primeiro momento, a alavancagem e os preços sobem lentamente
e a volatilidade cai lentamente. E, em seguida, a volatilidade dispara e os preços e alavangem despencam, assim como na crise de 2008.
Os autores propõem que a melhor de política de gestão de riscos tem que levar em conta o tamanho do mercado bancário e da quantidade de risco que cada banco toma.
Resumo:
We investigate a simple dynamical model for the systemic risk caused by the use of Value-at-Risk, as mandated by Basel II. The model consists of a bank with a leverage target and an unleveraged fundamentalist investor subject to exogenous noise with clustered volatility. The parameter space has three regions: (i) a stable region, where the system has a fixed point equilibrium; (ii) a locally unstable region, characterized by cycles with chaotic behavior; and (iii) a globally unstable region. A calibration of parameters to data puts the model in region (ii). In this region there is a slowly building price bubble, resembling the period prior to the Global Financial Crisis, followed by a crash resembling the crisis, with a period of approximately 10–15 years. We dub this the Basel leverage cycle. To search for an optimal leverage control policy we propose a criterion based on the ability to minimize risk for a given average leverage. Our model allows us to vary from the procyclical policies of Basel II or III, in which leverage decreases when volatility increases, to countercyclical policies in which leverage increases when volatility increases. We find the best policy depends on the market impact of the bank. Basel II is optimal when the exogenous noise is high, the bank is small and leverage is low; in the opposite limit where the bank is large and leverage is high the optimal policy is closer to constant leverage. In the latter regime systemic risk can be dramatically decreased by lowering the leverage target adjustment speed of the banks. While our model does not show that the financial crisis and the period leading up to it were due to VaR risk management policies, it does suggest that it could have been caused by VaR risk management, and that the housing bubble may have just been the spark that triggered the crisis.
Aymanns, C., et al., Taming the Basel leverage cycle. J. Financial Stability (2016), http://dx.doi.org/10.1016/j.jfs.2016.02.004
Os autores simularam um sistema bancário em que, quando permitem que os bancos tomem pequenos riscos, o sistema bancário fica estável. No entanto, quando permitem que os bancos tomem mais riscos (ou quando o sistema bancário cresce), o mercado entra num período de grande oscilação, em que , num primeiro momento, a alavancagem e os preços sobem lentamente
e a volatilidade cai lentamente. E, em seguida, a volatilidade dispara e os preços e alavangem despencam, assim como na crise de 2008.
Os autores propõem que a melhor de política de gestão de riscos tem que levar em conta o tamanho do mercado bancário e da quantidade de risco que cada banco toma.
Resumo:
We investigate a simple dynamical model for the systemic risk caused by the use of Value-at-Risk, as mandated by Basel II. The model consists of a bank with a leverage target and an unleveraged fundamentalist investor subject to exogenous noise with clustered volatility. The parameter space has three regions: (i) a stable region, where the system has a fixed point equilibrium; (ii) a locally unstable region, characterized by cycles with chaotic behavior; and (iii) a globally unstable region. A calibration of parameters to data puts the model in region (ii). In this region there is a slowly building price bubble, resembling the period prior to the Global Financial Crisis, followed by a crash resembling the crisis, with a period of approximately 10–15 years. We dub this the Basel leverage cycle. To search for an optimal leverage control policy we propose a criterion based on the ability to minimize risk for a given average leverage. Our model allows us to vary from the procyclical policies of Basel II or III, in which leverage decreases when volatility increases, to countercyclical policies in which leverage increases when volatility increases. We find the best policy depends on the market impact of the bank. Basel II is optimal when the exogenous noise is high, the bank is small and leverage is low; in the opposite limit where the bank is large and leverage is high the optimal policy is closer to constant leverage. In the latter regime systemic risk can be dramatically decreased by lowering the leverage target adjustment speed of the banks. While our model does not show that the financial crisis and the period leading up to it were due to VaR risk management policies, it does suggest that it could have been caused by VaR risk management, and that the housing bubble may have just been the spark that triggered the crisis.
11 maio 2016
Gestão de Risco e Governança no Executivo
Saiu no Diário Oficial de hoje a instrução normativa Conjunta de 10 de maio de 2016, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e a Controladoria Geral da União. A norma dispõe sobre “controles internos, gestão de riscos e governança no âmbito do Poder Executivo federal”. No seu capítulo I trata de disposições gerais, incluindo conceitos dos termos usados. O capítulo II é sobre os controles internos da gestão. Segundo a norma, estes controles baseiam-se no gerenciamento de riscos e devem integrar o processo de gestão. Este capítulo também aponta os princípios, os objetivos, estrutura e responsabilidades. O capítulo III trata da gestão de riscos e talvez seja o capítulo mais interessante da instrução. O capítulo seguinte é sobre governança. A seguir, institui o Comitê de Governança, Riscos e Controle em cada órgão e entidade do executivo, com suas competências.
A questão da gestão de risco já tem sido tratada em alguns órgãos públicos por pressão do TCU. Na UnB, por exemplo, existe um relatório de riscos, como ocorre nas principais universidades do mundo. Na UFRJ, na gestão passada, existia uma pro-reitoria de governança, sob direção da professora Aracéli.
O grande problema desta instrução: a data de publicação. Hoje teremos a votação no senado para o afastamento do presidente. Tudo leva a crer que será aprovado com tranquilidade. A publicação no dia de hoje, com a assinatura de dois ministros que estão saindo (fracos politicamente) pode dificultar sua legitimidade.
Um aspecto adicional: será que a gestão de risco e governança é suficiente para barrar as decisões políticas? O empoderamento do Comitê pode ser feito por uma “instrução”?
A questão da gestão de risco já tem sido tratada em alguns órgãos públicos por pressão do TCU. Na UnB, por exemplo, existe um relatório de riscos, como ocorre nas principais universidades do mundo. Na UFRJ, na gestão passada, existia uma pro-reitoria de governança, sob direção da professora Aracéli.
O grande problema desta instrução: a data de publicação. Hoje teremos a votação no senado para o afastamento do presidente. Tudo leva a crer que será aprovado com tranquilidade. A publicação no dia de hoje, com a assinatura de dois ministros que estão saindo (fracos politicamente) pode dificultar sua legitimidade.
Um aspecto adicional: será que a gestão de risco e governança é suficiente para barrar as decisões políticas? O empoderamento do Comitê pode ser feito por uma “instrução”?
Boletim de Finanças Públicas de Estados e municípios
A Secretaria do Tesouro Nacional lança hoje (10/05) o Boletim de Finanças Públicas dos Entes Subnacionais, publicação anual que tem como principais objetivos ampliar a transparência das relações federativas e contribuir para o processo de sustentabilidade fiscal de Estados e Municípios. O Boletim, instituído pela Portaria MF 161/2016, traz informações que permitem um aprofundamento na análise das principais variáveis fiscais dos entes, como as evoluções dos resultados primários, dos níveis do endividamento e do percentual de gasto com pessoal em relação à Receita Corrente Líquida (RCL).
As informações que embasaram a produção da publicação foram extraídas dos Programas de Ajuste Fiscal (PAF), acordos assinados pelos Estados que refinanciaram suas dívidas com a União e que apresentam metas anuais considerando a evolução das finanças estaduais, os indicadores macroeconômicos para o novo período e a política fiscal adotada pelos governos estaduais. Como as informações referentes ao PAF são encaminhadas à STN pelos entes no final de maio, o Boletim relativo a 2015 deverá sofrer revisão em agosto, quando serão reavaliadas as informações do ano e agregados os dados de municípios.
O Boletim está dividido em duas partes: na primeira, são apresentadas as principais informações fiscais consolidadas dos Estados e do Distrito Federal, como evolução do resultado primário e nível de endividamento; na segunda, são divulgadas as informações fiscais individualizadas dos entes.
A publicação do Boletim de Finanças Públicas dos Entes Subnacionais é vista pela STN como uma ferramenta importante para subsidiar o debate relativo à situação fiscal da Federação, contribuindo assim para o equacionamento dos desafios fiscais de Estados e municípios. Seus insumos devem favorecer também a adoção de políticas públicas adequadas, capazes de atender às diferentes características desses entes.
Essa divulgação pode ser aperfeiçoada se aprovada a obrigatoriedade, prevista no Projeto de Lei Complementar nº 257/2016, em tramitação no Congresso Nacional, de Estados e municípios enviarem mensalmente suas informações fiscais à STN conforme padrão preestabelecidos, o que possibilitaria a divulgação de relatórios sobre o tema em periodicidade menores.
As informações que embasaram a produção da publicação foram extraídas dos Programas de Ajuste Fiscal (PAF), acordos assinados pelos Estados que refinanciaram suas dívidas com a União e que apresentam metas anuais considerando a evolução das finanças estaduais, os indicadores macroeconômicos para o novo período e a política fiscal adotada pelos governos estaduais. Como as informações referentes ao PAF são encaminhadas à STN pelos entes no final de maio, o Boletim relativo a 2015 deverá sofrer revisão em agosto, quando serão reavaliadas as informações do ano e agregados os dados de municípios.
O Boletim está dividido em duas partes: na primeira, são apresentadas as principais informações fiscais consolidadas dos Estados e do Distrito Federal, como evolução do resultado primário e nível de endividamento; na segunda, são divulgadas as informações fiscais individualizadas dos entes.
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Essa divulgação pode ser aperfeiçoada se aprovada a obrigatoriedade, prevista no Projeto de Lei Complementar nº 257/2016, em tramitação no Congresso Nacional, de Estados e municípios enviarem mensalmente suas informações fiscais à STN conforme padrão preestabelecidos, o que possibilitaria a divulgação de relatórios sobre o tema em periodicidade menores.
Fonte: aqui
O Boletim de Finanças Públicas de Estados e municípios pode ser acessado neste link
Agora é a Petros
Assim como ocorreu com a Petrobrás em 2014, a Petros, sua fundação de seguridade social, está com dificuldade de fechar o balanço financeiro anual (1) porque a empresa de auditoria PwC resiste a assinar o documento. A contabilidade foi concluída, mas investimentos duvidosos (2), questionados em investigação interna da Petros, estão levando a PwC a ser mais rigorosa.
A Petros informou em janeiro à Petrobrás que faltam US$ 6 bilhões em seu caixa para dar conta do compromisso firmado com os empregados da petroleira nos próximos anos. Parte do rombo decorre de maus investimentos no mercado financeiro e em participações em empresas de alto risco, como a operadora de plataformas Sete Brasil (3), que entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada.
De olho nas possíveis irregularidades e temerosa de ter sua credibilidade questionada (4), segundo fontes, a auditora PwC tem sido minuciosa na análise do balanço da Petros e exigido muitos documentos para evitar questionamentos. Procurada, a PwC não comentou o assunto.
A Petros, tradicionalmente, conclui seu balanço anual em abril. Neste ano, corre contra o tempo para cumprir o prazo de 31 de julho imposto pela Superintendência de Previdência Complementar (Previc), reguladora dos fundos de pensão. Oficialmente, a Petros afirma que não há atraso na conclusão das demonstrações de 2015, “que serão divulgadas dentro do prazo planejado e da data limite”.
O cronograma de publicação, no entanto, chegou a ser tratado em reunião entre representantes do conselho fiscal da Petros e do conselho de administração da Petrobrás no dia 15 de abril. Diante do apelo, os conselheiros da Petros receberam da patrocinadora a indicação de que uma mensagem seria enviada à diretoria da fundação pedindo que, daqui para a frente, seu balanço financeiro seja publicado antes do da Petrobrás, para evitar distorções em sua contabilidade (5).
Se o número final a ser divulgado pela Petros for muito diferente do informado à petroleira em janeiro, a Petrobrás será obrigada a republicar o balanço aprovado por acionistas em assembleia realizada neste mês (6).
“A Petrobrás dificilmente terá de republicar o seu resultado de 2015, o que seria uma medida traumática para a empresa. Provavelmente, qualquer mudança ou aporte (na fundação) serão remetidos ao balanço de 2016, a tempo suficiente do dólar e do mercado acionário se recuperarem”, avaliou o especialista em seguridade Ricardo Weiss, da consultoria Rweiss.
A Petrobrás admite, porém, falhas no cálculo atuarial da Petros que podem exigir novos aportes (7). No relatório 20-F, em que comenta suas demonstrações de 2015 e os riscos do negócio à agência reguladora dos EUA (SEC), a petroleira admite que o compromisso com o plano de pensão e com o seu plano de assistência médica (AMS) “pode ser maior do que o previsto, e podemos ser obrigados a fazer contribuições adicionais de recursos para Petros”. Se for o caso, um novo aporte deverá ser negociado com a Previc 60 dias após a apresentação do balanço da Petros. O pagamento pode ser parcelado em décadas.
Fonte: Estadão
(1) Na verdade o balanço está fechado. O que falta é a assinatura do auditor.
(2) A questão dos investimentos duvidosos nos fundos de pensão já era razoavelmente conhecida há anos. E surge a pergunta que não quer calar: somente agora PwC? O risco da auditoria ser punida deve ter aumentado o suficiente para levar a dúvida para a Big Four.
(3) O investimento na empresa Sete Brasil parece que foi uma imposição do governo. O problema não seria de governança?
(4) Na teoria seria isto, conforme comentado no capítulo 1 de Teoria da Contabilidade (Niyama e Silva). A questão da reputação seria o grande motivo para que as empresas de auditoria fizessem um trabalho mais adequado.
(5) Estranho isto. A data de publicação não deveria afetar a contabilidade da patrocinadora. Realmente não consigo entender.
(6) O número de Petrobras deve ter sido combinado com a Petros. O problema é que não foi combinado com a auditoria. Este fato é importante, pois uma republicação na Petrobras poderia por a perder os esforços realizados pela empresa na tentativa de melhoria da qualidade das suas demonstrações. E aumentaria ainda mais o risco de contencioso.
(7) Parece inevitável diante da qualidade dos investimentos realizados pela Petros. Como o controlador da Petrobras é a União, grande parte do dinheiro deverá sair do bolso do contribuinte.
A Petros informou em janeiro à Petrobrás que faltam US$ 6 bilhões em seu caixa para dar conta do compromisso firmado com os empregados da petroleira nos próximos anos. Parte do rombo decorre de maus investimentos no mercado financeiro e em participações em empresas de alto risco, como a operadora de plataformas Sete Brasil (3), que entrou com pedido de recuperação judicial na semana passada.
De olho nas possíveis irregularidades e temerosa de ter sua credibilidade questionada (4), segundo fontes, a auditora PwC tem sido minuciosa na análise do balanço da Petros e exigido muitos documentos para evitar questionamentos. Procurada, a PwC não comentou o assunto.
A Petros, tradicionalmente, conclui seu balanço anual em abril. Neste ano, corre contra o tempo para cumprir o prazo de 31 de julho imposto pela Superintendência de Previdência Complementar (Previc), reguladora dos fundos de pensão. Oficialmente, a Petros afirma que não há atraso na conclusão das demonstrações de 2015, “que serão divulgadas dentro do prazo planejado e da data limite”.
O cronograma de publicação, no entanto, chegou a ser tratado em reunião entre representantes do conselho fiscal da Petros e do conselho de administração da Petrobrás no dia 15 de abril. Diante do apelo, os conselheiros da Petros receberam da patrocinadora a indicação de que uma mensagem seria enviada à diretoria da fundação pedindo que, daqui para a frente, seu balanço financeiro seja publicado antes do da Petrobrás, para evitar distorções em sua contabilidade (5).
Se o número final a ser divulgado pela Petros for muito diferente do informado à petroleira em janeiro, a Petrobrás será obrigada a republicar o balanço aprovado por acionistas em assembleia realizada neste mês (6).
“A Petrobrás dificilmente terá de republicar o seu resultado de 2015, o que seria uma medida traumática para a empresa. Provavelmente, qualquer mudança ou aporte (na fundação) serão remetidos ao balanço de 2016, a tempo suficiente do dólar e do mercado acionário se recuperarem”, avaliou o especialista em seguridade Ricardo Weiss, da consultoria Rweiss.
A Petrobrás admite, porém, falhas no cálculo atuarial da Petros que podem exigir novos aportes (7). No relatório 20-F, em que comenta suas demonstrações de 2015 e os riscos do negócio à agência reguladora dos EUA (SEC), a petroleira admite que o compromisso com o plano de pensão e com o seu plano de assistência médica (AMS) “pode ser maior do que o previsto, e podemos ser obrigados a fazer contribuições adicionais de recursos para Petros”. Se for o caso, um novo aporte deverá ser negociado com a Previc 60 dias após a apresentação do balanço da Petros. O pagamento pode ser parcelado em décadas.
Fonte: Estadão
(1) Na verdade o balanço está fechado. O que falta é a assinatura do auditor.
(2) A questão dos investimentos duvidosos nos fundos de pensão já era razoavelmente conhecida há anos. E surge a pergunta que não quer calar: somente agora PwC? O risco da auditoria ser punida deve ter aumentado o suficiente para levar a dúvida para a Big Four.
(3) O investimento na empresa Sete Brasil parece que foi uma imposição do governo. O problema não seria de governança?
(4) Na teoria seria isto, conforme comentado no capítulo 1 de Teoria da Contabilidade (Niyama e Silva). A questão da reputação seria o grande motivo para que as empresas de auditoria fizessem um trabalho mais adequado.
(5) Estranho isto. A data de publicação não deveria afetar a contabilidade da patrocinadora. Realmente não consigo entender.
(6) O número de Petrobras deve ter sido combinado com a Petros. O problema é que não foi combinado com a auditoria. Este fato é importante, pois uma republicação na Petrobras poderia por a perder os esforços realizados pela empresa na tentativa de melhoria da qualidade das suas demonstrações. E aumentaria ainda mais o risco de contencioso.
(7) Parece inevitável diante da qualidade dos investimentos realizados pela Petros. Como o controlador da Petrobras é a União, grande parte do dinheiro deverá sair do bolso do contribuinte.
Jogos Olímpicos: Custos x Benefícios
No artigo abaixo os autores analisam os custos e benefícios de sediar Jogos Olímpicos. Eles concluem que é uma péssima decisão: o país-sede desperdiça dinheiro. Além disso, a situação é pior em países em desenvolvimento, como o Brasil.
Resumo:
In this paper, we explore the costs and benefits of hosting the Olympic Games. On the cost side, there are three major categories: general infrastructure such as transportation and housing to accommodate athletes and fans; specific sports infrastructure required for competition venues; and operational costs, including general administration as well as the opening and closing ceremony and security. Three major categories of benefits also exist: the short-run benefits of tourist spending during the Games; the long-run benefits or the "Olympic legacy" which might include improvements in infrastructure and increased trade, foreign investment, or tourism after the Games; and intangible benefits such as the "feel-good effect" or civic pride. Each of these costs and benefits will be addressed in turn, but the overwhelming conclusion is that in most cases the Olympics are a money-losing proposition for host cities; they result in positive net benefits only under very specific and unusual circumstances. Furthermore, the cost–benefit proposition is worse for cities in developing countries than for those in the industrialized world. In closing, we discuss why what looks like an increasingly poor investment decision on the part of cities still receives significant bidding interest and whether changes in the bidding process of the International Olympic Committee (IOC) will improve outcomes for potential hosts.
Resumo:
In this paper, we explore the costs and benefits of hosting the Olympic Games. On the cost side, there are three major categories: general infrastructure such as transportation and housing to accommodate athletes and fans; specific sports infrastructure required for competition venues; and operational costs, including general administration as well as the opening and closing ceremony and security. Three major categories of benefits also exist: the short-run benefits of tourist spending during the Games; the long-run benefits or the "Olympic legacy" which might include improvements in infrastructure and increased trade, foreign investment, or tourism after the Games; and intangible benefits such as the "feel-good effect" or civic pride. Each of these costs and benefits will be addressed in turn, but the overwhelming conclusion is that in most cases the Olympics are a money-losing proposition for host cities; they result in positive net benefits only under very specific and unusual circumstances. Furthermore, the cost–benefit proposition is worse for cities in developing countries than for those in the industrialized world. In closing, we discuss why what looks like an increasingly poor investment decision on the part of cities still receives significant bidding interest and whether changes in the bidding process of the International Olympic Committee (IOC) will improve outcomes for potential hosts.
10 maio 2016
Listas: Índice de Miséria de 2015
O índice de miséria é a soma do desemprego, inflação, juros e, com o sinal negativo, o crescimento da economia. E uma soma questionável, mas serve como um parâmetro sobre a qualidade da economia de um país para um determinado ano. Questionável já que o cálculo de algumas destas variáveis possui diferentes metodologias, como é o caso do desemprego.
Em 2014 a lista nada honrosa era encabeçada por Venezuela, Irã, Sérvia, Argentina e Jamaica. O Brasil aparecia em nono, sendo que o principal fator do desempenho brasileiro foi a taxa de juros.
Para 2015 a posição é a seguinte (entre parênteses o índice no ano anterior):
1) Venezuela = 214.9 (79,4)
2) Ucrania = 82,7 (24,4)
3) Brasil = 67,8 (37,3)
4) Argentina = 60 (43,1)
5) África do Sul = 40 (37,4)
6) Rússia = 37,4 (NI)
7) Irã = 36,7 (61,6)
8) Palestina = 36,4 (32,9)
9) Jamaica = 32,6 (42,3)
10) Sérvia = 32,3 (44,8)
Em 2014 a lista nada honrosa era encabeçada por Venezuela, Irã, Sérvia, Argentina e Jamaica. O Brasil aparecia em nono, sendo que o principal fator do desempenho brasileiro foi a taxa de juros.
Para 2015 a posição é a seguinte (entre parênteses o índice no ano anterior):
1) Venezuela = 214.9 (79,4)
2) Ucrania = 82,7 (24,4)
3) Brasil = 67,8 (37,3)
4) Argentina = 60 (43,1)
5) África do Sul = 40 (37,4)
6) Rússia = 37,4 (NI)
7) Irã = 36,7 (61,6)
8) Palestina = 36,4 (32,9)
9) Jamaica = 32,6 (42,3)
10) Sérvia = 32,3 (44,8)
Novas regras de auditoria nos EUA
Segundo informa o Valor Econômico, o PCAOB, que regula as empresas de auditoria nos Estados Unidos, aprovou novas regras para melhorar a qualidade do trabalho. As regras focam na independência dos auditores e na redução dos conflitos de interesses.
As regras determinam que as empresas de auditoria registrem os nomes dos sócios que estejam envolvidos nas empresas "públicas" auditadas (sic. Erro de tradução num falso cognato). A regra começa a valer a parte de 31 de janeiro de 2017. Mais ainda, os usuários poderão consultar as informações.
As regras determinam que as empresas de auditoria registrem os nomes dos sócios que estejam envolvidos nas empresas "públicas" auditadas (sic. Erro de tradução num falso cognato). A regra começa a valer a parte de 31 de janeiro de 2017. Mais ainda, os usuários poderão consultar as informações.
Otimismo
Recentemente Adriana Steppan defendeu sua tese sobre o efeito do otimismo na contabilidade. Na banca, o professor Lucas Barros da USP, um dos avaliadores, fez uma observação muito pertinente: a atual doutora (e seu orientador) adotava um viés na análise supondo que o excesso de otimismo significava algo ruim. O professor Lucas observou que isto nem sempre era verdadeiro. Walton em It’s Not Optimism When You Know You’re Right: Optimism, Attribution And Corporate Investment Policy, mostra que os executivos otimistas pode tomar decisões interessantes.
Em Stumbling And Mumbling tem-se uma interessante discussão sobre as vantagens e os custos do otimismo. Obviamente que a tese da Adriana Steppan, quando estiver disponível, também será uma fonte interessante de discussão.
Em Stumbling And Mumbling tem-se uma interessante discussão sobre as vantagens e os custos do otimismo. Obviamente que a tese da Adriana Steppan, quando estiver disponível, também será uma fonte interessante de discussão.
09 maio 2016
Esqueletos
Uma série de reportagens do Estado de S Paulo estimou que os esqueletos que poderiam ser deixados pelo governo Dilma devem atingir a R$250 bilhões. Mas algumas estimativas chegam a R$600 bilhões, conforme o cenário. Ou R$3 mil por brasileiro. Neste valor inclui recursos para Petrobras, Eletrobras e CEF. O quadro a seguir resume um pouco esta situação:
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