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15 abril 2016

Antecipando crises econômicas com medidas de pânico coletivo

Resumo:

Predicting panic is of critical importance in many areas of human and animal behavior, notably in the context of economics. The recent financial crisis is a case in point. Panic may be due to a specific external threat or self-generated nervousness. Here we show that the recent economic crisis and earlier large single-day panics were preceded by extended periods of high levels of market mimicry—direct evidence of uncertainty and nervousness, and of the comparatively weak influence of external news. High levels of mimicry can be a quite general indicator of the potential for self-organized crises.

Fonte: Harmon D, Lagi M, de Aguiar MAM, Chinellato DD, Braha D, Epstein IR, et al. (2015) Anticipating Economic Market Crises Using Measures of Collective Panic. PLoS ONE 10(7): e0131871. doi:10.1371/journal.pone.0131871

Retorno do investimento de doações eleitorais no Brasil

Qual é o retorno sobre o investimento que uma empresa obtém ao doar para um partido político?

Resumo:

When firms give money to candidates for public office, what return can they expect on their investment? Prior studies have been inconclusive, due to both methodological challenges and unique features of the U.S. political context on which they have focused. Using data from Brazil, we employ a regression discontinuity (RD) design to identify the effect of an electoral victory on government contracts for a candidate’s corporate donors. Firms specializing in public-works projects can expect a substantial boost in contracts—at least 14 times the value of their contributions—when they donate to a federal-deputy candidate from the ruling Workers’ Party (PT) and that candidate wins office. We find no effects among allied parties, indicating that the PT prioritizes this form of state spending for party strengthening rather than coalition management.

Fonte: "The Spoils of Victory: Campaign Donations and Government Contracts in Brazil" (Taylor Boas, F. Daniel Hidalgo, Neal Richardson). Journal of Politics 76, no.2 (April 2014).

Rir é o melhor remédio



14 abril 2016

Contabilidade

O termo contabilidade usado com o significado de apuração:


Melhores empresas e Trabalho

Segundo pesquisa Vault, para empresas nos Estados Unidos:

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Caixa

Nos anos recentes, os bancos públicos adotaram uma estratégia diferente dos bancos privados: expandiram crédito, com foco nos clientes de maior risco. O resultado inicial, alardeado, foi o aumento na participação do mercado de crédito. Agora a instituição está vendendo uma grande quantidade de créditos, com elevado prejuízo:
Fonte: Alves, Murilo. Para limpar balanço, Caixa repassa R$23 bilhões em "créditos podres". Estado de S Paulo, 7 de abril de 2016.

10 Melhores Universidades do mundo em Contabilidade e Finanças

De acordo com o ranking da QS World University Rankings de 2016 , as melhores universidades na área de contabilidade e finanças são estas:

1-Harvard

2-MIT

3-Stanford University

4-London School of Economics

5- University of Oxford

6-University of Chicago

7-University of Cambridge

8-University of Pennsylvania

9-London Business School

10-University of California, Berkeley


Fonte: aqui

13 abril 2016

Dificultando o crédito

Tem normas criadas pelo legislador que servem para beneficiar uma pequena minoria e prejudicar o cidadão honesto. Este é o caso de uma grande quantidade de leis que alguns estados estão criando para dificultar a cobrança. Com a justificativa de "proteger" as pessoas de terem seu nome negativado injustamente, os efeitos são horrorosos.

Para a empresa e sua contabilidade se tem o aumento da despesa operacional e da PDD.

Leia mais em OYAMADA, Aline; MARQUES, Felipe. Lei que dificulta cobrança se espalha pelo Brasil. Valor Econômico, 7 de abril de 2016. (via aqui)

Elijah Watt Sells

Marcos Magnusson de Carvalho (New Hampshire), graduado pela Universidade de São Paulo em Contabilidade e com MBA em Finanças, além de empregado com a PricewaterhouseCoopers Auditores Independentes em São Paulo, Brasil foi um dos vencedores do Elijah Watt Sells de 2015. Ou seja, conseguiu uma nota de 95,50 no CPA dos Estados Unidos. Foram 75 pessoas entre 93.667 que fizeram o exame.

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Fonte: Aqui

12 abril 2016

Hedge e a Petrobras

Um ex-conselheiro da Petrobras solicita que os balanços de 2013 a 2015 da empresa seja refeito em razão da contabilidade do hedge (VALENTI, Graziella. CVM avalia balanços da Petrobras, Valor Econômico, 12 de abril de 2015):


Desde 2013, a Petrobras usa seus contratos de exportação de petróleo para diminuir o efeito negativo da alta do dólar sobre sua dívida em moeda estrangeira. Rodrigues da Cunha foi conselheiro da estatal, eleito por minoritários donos de ações ordinárias, de abril de 2013 a abril de 2015.


Se não fosse esta prática contábil, o prejuízo da Petrobras seria de 71 bilhões de reais (e não 35).

De forma simplificada, o que a empresa faz é subtrair, do total que a dívida cresce por causa da alta do dólar, o quanto as exportações também aumentam em valor.


O argumento do ex-conselheiro é muito interessante:

Na opinião de Rodrigues da Cunha, a prática da Petrobras não é adequada pois é importadora líquida. A contabilidade de hedge da Petrobras é o oposto do retrato verdadeiro e justo da realidade, pondera ele. "Ela [a prática contábil] a permite operar - como tem operado - com enorme descasamento cambial, sem que seu lucro líquido seja proporcionalmente afetado. Ou seja, além de levar o investidor a "interpretar equivocamente a realidade econômica, pode ainda servir de conforto para que a administração assuma risco cambial desproporcional. 


Em texto anterior (CARRANÇA, Thais. Hedge tira R$36 bi do prejuízo da Petrobras, Valor Econômico) o jornal apresentava uma defesa da metodologia:

Especialistas [QUEM???] em contabilidade, no entanto, defendem a adoção do mecanismo, considerado uma tendência internacional.

O texto afirma que as receitas de exportação serviriam de proteção. No final do texto, um argumento horrível do presidente do Ibracon:

A não utilização da contabilidade de hedge traria volatilidade ao resultado

Não é e nem deveria ser função da contabilidade evitar a volatilidade. Há fortes questionamentos neste sentido - que os acadêmicos chamam de suavização - que confunde com manipulação.  

Juros Simples nas dívidas dos Estados

A possibilidade de usar os juros simples nas dívidas estaduais pode ser seriamente desastrosa:

Recalcular a dívida dos Estados com base em juros simples significa impor um enorme ônus para a União, que ficaria com um ativo que rende juros simples e um passivo, decorrente da renegociação, sobre o qual incidem juros compostos. (...)

O impacto dessa decisão judicial sobre as já cambaleantes finanças públicas brasileiras não deve ser subestimado. De imediato, a dívida líquida do Tesouro Nacional subiria em valor equivalente a 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Além do agravamento das contas públicas, o ajuste aumentaria a concentração regional de renda, visto que os maiores beneficiários seriam os Estados mais desenvolvidos. Nada menos que 82% do desconto beneficiaria os Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.


A falta de respeito aos contratos é crucial para um país permanecer no grau de subdesenvolvimento.

Links

Pessoas após 1, 2 e 3 copos de vinho

Propaganda do Inkano Bank (vídeo)

O sistema operacional mais usado do mundo

Em Zootopia um personagem quer ser auditor

Terno Pac-Man por US$110

Os melhores e os piores atores de Hollywood

O uso indevido de Modelos Teóricos em Finanças e Economia

Resumo:

In this essay I discuss how theoretical models in finance and economics are used in ways that make them “chameleons” and how chameleons devalue the intellectual currency and muddy policy debates. A model becomes a chameleon when it is built on assumptions with dubious connections to the real world but nevertheless has conclusions that are uncritically (or not critically enough) applied to understanding our economy. I discuss how chameleons are created and nurtured by the mistaken notion that one should not judge a model by its assumptions, by the unfounded argument that models should have equal standing until definitive empirical tests are conducted, and by misplaced appeals to “as-if” arguments, mathematical elegance, subtlety, references to assumptions that are “standard in the literature,” and the need for tractability.

Fonte: Chameleons: The Misuse of Theoretical Models in Finance and EconomicsPaul Pfleiderer, March 2014

Rir é o melhor remédio

Crise existencial

Fonte: Aqui

11 abril 2016

Questionário: escritório físico e virtual

Prezados,
a Camila Barreto precisa de contadores com escritórios para responder o questionário: Mudança da localização de trabalho físico ou virtual interfere na abertura e no desenvolvimento dos trabalhos do Contador? Disponível: aqui.
Por favor respondam e divulguem.

Modelos DSGE são úteis? Não

Resumo:

DSGE models are a prominent tool for forecasting at central banks and the competitive forecasting performance of these models relative to alternatives–including official forecasts–has been documented. When evaluating DSGE models on an absolute basis, however, we find that the benchmark estimated medium scale DSGE model forecasts inflation and GDP growth very poorly, although statistical and judgmental forecasts forecast as poorly. Our finding is the DSGE model analogue of the literature documenting the recent poor performance of macroeconomic forecasts relative to simple naive forecasts since the onset of the Great Moderation. While this finding is broadly consistent with the DSGE model we employ–ie, the model itself implies that under strong monetary policy especially inflation deviations should be unpredictable–a “wrong” model may also have the same implication. We therefore argue that forecasting ability during the Great Moderation is not a good metric to judge the usefulness of model forecasts.

Fonte: How Useful Are Estimated DSGE Model Forecasts for Central Bankers?

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Preguiça
Fonte: Aqui

10 abril 2016

Grupo Espírito Santo e Panama Papers

El Grupo Espírito Santo (GES), uno de los principales emporios empresariales de Portugal hasta su colapso en 2014, mantuvo una contabilidad paralela en secreto durante 21 años, según figura en los papeles de Panamá.

El GES utilizaba la empresa Espírito Santo Enterprises -creada en 1993- para realizar pagos fuera de los circuitos oficiales, según publica el semanario luso Expresso, uno de los medios que integra el Consorcio de Periodistas de Investigación (ICIJ, en ingles) que destapó el escándalo.

Por la compañía -que ya se encontraba en el punto de mira de la Fiscalía lusa- pasaron más de 300 millones de euros y sirvió para entregar "dinero y patrimonio de forma camuflada a destinatarios todavía no identificados".

La ES Enterprises, que no apareció nunca en las cuentas oficiales del grupo, fue creada en 1993 por el núcleo duro de la familia Espírito Santo y estaba presidida por Ricardo Salgado, expresidente del Banco Espírito Santo. (...)

Fonte: Aqui

Entrevista: Balcão Fiscal (apoio ao preenchimento do IR)

O contribuinte que tiver dúvidas sobre a declaração do imposto de renda, cujo prazo vai até 29 de abril, pode contar com ajuda gratuita de alunos e professores universitários já versados em tributos.

O Projeto Balcão Fiscal, conforme informações oficiais, visa promover estudos e pesquisas na área de gestão fiscal, fomentando a integração entre sociedade e universidade no que tange a educação fiscal, a responsabilidade social do profissional de contabilidade e o exercício da cidadania.

A equipe é formada por professores e alunos do Curso de Ciências Contábeis da Universidade de Brasília e está pronta para te ajudar na Declaração de Imposto de Renda, por e-mail ou por atendimento presencial, as segundas-feiras e terças-feiras das 10h às 12h; 14h às 16h e 18h às 20h.

Blog_CF: Como surgiu o projeto Balcão Fiscal?
O projeto surgiu após alguns debates e veio com o objetivo de incentivar a melhoria da qualidade do ensino do curso de Ciências Contábeis da UnB e o desenvolvimento de competências e habilidades de seus alunos. Alinhada a isso, está a necessidade de promover a Educação fiscal para sociedade. Os alunos colocam as suas habilidades em prática, ganham experiência e apoiam a sociedade com os seus serviços.

Blog_CF: Quantos alunos e professores estão participando e o que os alunos ganham com isso?
Cerca de vinte pessoas, sendo inicialmente 14 alunos. O projeto é coordenado pela Professora Drª Clesia Camilo Pereira, e conta com o apoio de professores do Departamento de Ciências Contábeis e Atuarias. Entre eles, Profª Mscª Fernanda Jaqueline Lopes; Prof. Msc. Rubens Peres Forster; Prof. Msc Rildo e Silva José ; Prof. Dr. Marilson Martins Dantas e Prof. Msc. Antônio Carlos dos Santos.

A equipe conta também com catorze alunos da graduação. A participação no Balcão Fiscal proporciona ao aluno conhecimentos necessários ao seu desenvolvimento profissional e a aproximação de algumas atividades/atribuições do exercício da profissão.

Blog_CF: Que treinamento os alunos receberam e como os professores supervisionarão?
Foram realizados estudos prévios e reuniões detalhadas, nas quais os alunos receberam orientações adicionais, além do já aprendido em sala de aula, acerca da legislação referente ao imposto de renda e a declaração anual. No balcão de dúvidas há sempre a presença de um professor para supervisionar e orientar o atendimento, para que esse siga o regulamento do Imposto de Renda.

Blog_CF: Como vocês lidam com a privacidade dos dados tendo em vista que um dos objetivos de vocês é a pesquisa acadêmica?
O projeto visa como produto final à elaboração de uma cartilha, contendo as principais dúvidas e orientações para o contribuinte. O projeto valoriza a ética, de modo que, serão resguardados os dados pessoais daqueles que enviarem dúvidas.

Blog_CF: Como serão desenvolvidos os trabalhos acadêmicos e que tipo de pesquisa podemos esperar?
Os alunos pesquisarão as seguintes temáticas: A importância da promoção da Educação Fiscal nas Universidades; Percepção do contribuinte diante da arrecadação de seus recursos, para manutenção dos bens e serviços promovidos pelo Estado; Gestão fiscal e planejamento tributário.

Blog_CF: Qual é a dúvida mais comum?
Mesmo sendo recente, o projeto atendeu diversos temas como: dificuldade em declarar a situação de empregador doméstico, rendimentos com investimentos e indenizações.

Blog_CF: Por que as pessoas deveriam utilizar o Balcão Fiscal?
Por que oferecemos um excelente serviço e de forma acessível. O projeto oferece o atendimento gratuito à comunidade, que visa o auxílio na elaboração da Declaração do Imposto de Renda 2016. Todas as orientações são supervisionadas por profissionais, e apresentam embasamento legal. A equipe tem a preocupação em responder as dúvidas de forma objetiva e com linguagem de fácil compreensão. Além disso, o projeto continuará após o período de entrega da declaração, promovendo palestras e debates na mesma temática.


Então é isso pessoal! Você pode entrar em contato com o pessoal do balcão fiscal por meio do e-mail balcaofiscal@gmail.com ou presencialmente, no campus da Universidade de Brasília na Asa Norte (mas leve os seus documentos!). Além de ajudarem diretamente quem está preenchendo as declarações, a equipe elaborará um folheto explicativo para que a sociedade fique mais informada sobre o preenchimento e a importância da Delcração do Imposto de Renda. Também podemos esperar algumas pesquisas interessantes com base na experiência adquirida neste projeto. Parabéns à querida professora Clésia e a todos os envolvidos.

Participem nos comentários!

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Fonte: aqui

09 abril 2016

Fato da Semana: Panama Papers

Fato: Panamá Papers

Data: 3 abril de 2016

Fonte: Jornal alemão Süddeutsche Zeitung

Precedentes
2015 = Um anônimo encaminhou documentos para o jornal alemão Süddeutsche Zeitung
2015 = O jornal pede ajuda a um pool da imprensa para analisar os documentos. No Brasil participam o Estado de S Paulo, o portal Uol e a Rede TV!
03/abr/16 = Divulgada as primeiras conclusões da investigação. Dezenas de políticos são citados, inclusive de países desenvolvidos.
05/abr/16 = O primeiro-ministro da Islândia renuncia. É a primeira vítima das denúncias.
06/abr/16 = Dois contadores foram usado pela empresa CAOA para abrir offshore no Panamá, segundo o Estado de S Paulo

Notícia boa para contabilidade?
Deveria ser uma notícia neutra, de evasão de divisas e escândalos políticos. Mas há notícias de envolvimento de contadores, que foram usados como testa de ferro. Além disto, os problemas que já apareceram parecem estar relacionados com a falta de transparência.

Desdobramentos - O volume de informação é longo, mas já se sabe de alguns políticos envolvidos. Ao longo dos próximos dias novas denúncias podem surgir. Além disto, poderá existir uma ligação com outros escândalos.

Mas a semana só teve isto? De forma nenhuma. O CFC resolveu divulgar uma nota sobre a situação política, mas realmente foi uma decepção. A nota não estava assinada, como bem observou Vladmir Almeida, e entendemos que a entidade assumiu uma posição de apoio ao governo.

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Aqui

08 abril 2016

Som da Sexta - DNCE

Para quem já gostava do Som da Sexta, um aviso: o Pedro estudou na Escola de Música de Brasília. Eu não... ;)

DNCE tocou muito na minha lista esta semana e achei justo colocar aqui. Vai que anima o seu fim de semana! Com essa de “vai impeachment”, “não vai impeachment” e a cereja no bolo com o Panamá Papers... Nada como “Cake by the Beach”.

Vejo você andando por aí como se fosse um funeral
Não seja tão séria, garota, por que esses pés gelados?
Estamos apenas começando, não fique com receio
Receio, ah


Relatórios e Crise

Embora algumas empresas tenham subido o tom em relação às dificuldades impostas pela crise, levantamento feito pelo Valor dos relatórios de 2015 constatou que, de forma geral, elas ainda preferem usar "desafios" no lugar de "crise", e evitam relacionar a atual situação do ambiente econômico e político com os números da empresa. Assuntos como o possível impeachment da presidente Dilma Rousseff ou mesmo a operação Lava-Jato, que adicionaram riscos à confiança e às operações do mercado durante todo o ano passado, ficaram de fora de boa parte dos comentários.

(Executivos evitam falar da crise. Juliana Machado e Rodrigo Rocha. Valor Econômico, 8 de abril de 2016)

Links

A mais influente invenção do mundo (não é o computador)

O Hotel onde foi rodado o filme Ex-machina (foto)

Soul City: cidade planejada da década de 60 nos EUA 

Contas públicas com déficit também em 2017

Propaganda: futebol e minas

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O dilema dos prisioneiros...

07 abril 2016

Finalmente

O CFC finalmente divulgou um comunicado sobre a situação atual do país. Eis:
Mas ao comentar que o CFC que a saída da crise passa pelos "Poderes Constituídos" e "recompor a normalidade do seu sistema político" não dá uma pista sobre a posição política dos dirigentes do CFC? (Atente para o negrito)

Líderes que mais desapontaram


1: 374 mil votos - Dilma Rousseff, presidente do Brasil
2: 17 mil votos -  Rick Snyder, governador de Michigan
3: 15 mil votos - Sepp Blatter e Michel Platini, ex-chefes da FIFA
4: 4,5 mil votos - Martin Shkreli, fundador e ex-CEO da Turing Pharmaceuticals
5: 4 mil votos -  Martin Winterkorn, ex dirigente da Volkswagen
6: 2,6 mil votos - Chris Christie, governador de New Jersey
7: 2,5 mil votos - Jeff Smisek, ex-CEO da United Continental Holdings
8: 2,3 mil votos -  Marissa Mayer, CEO do Yahoo
9: 1,9 mil votos -  Rahm Emmanuel, prefeito de Chicago
10: 1,6 mil votos - Al Giordano e Steven Nardizzi, ex-COO e CEO da The Wounded Warrior
11: 1,4 mil votos - Michael Pearson, ex-CEO da Valeant Pharmaceuticals (saiu na lista de melhores executivos em 2009)
12: 1,3 mil votos - Elizabeth Holmes, fundadora da Theranos
13: 1,2 mil votos - Steve Ells & Montgomery Moran, co-CEOs da Chipotle Mexican Grill
14: 1,1 mil votos - Tony Hsieh, CEO da Zappos
15: 1,1 mil votos -  Parker Conrad, ex-CEO da Zenefits
16: 1,1 mil votos:  Gustavo Martinez, ex-CEO da J. Walter Thompson

Fonte: Adaptado daqui

Líder que mais desapontou: Dilma



A Fortune publicou o resultado de uma votação sobre os líderes que mais desapontaram ,que vinha ocorrendo há uma semana. Com mais de 374.000 votos, Dilma foi a primeira colocada. Em segundo, com 17.000 votos ficou o givernador de Michigan Rick Snyder. Chegaram em terceiro Sepp Blatter e Michel Platini, chefes da FIFA.



Ilusão da objetividade

“Have you ever noticed when you’re driving,” the comedian George Carlin commented, “that anybody driving slower than you is an idiot, and anyone going faster than you is a maniac?”

True enough. But when you think for a moment about Carlin’s quip, how could it be otherwise? You’ve made a decision about the appropriate speed for the driving conditions, so by definition everybody else is driving at a speed that you regard as inappropriate.

If I am driving at 70 and pass a car doing 60, perhaps my view should be, “Hmm, the average opinion on this road is that the right speed is 65.” Almost nobody actually thinks like this, however. Why not?

Lee Ross, a psychologist at Stanford University and co-author of a new book, The Wisest One in the Room, describes the problem as “naive realism”. By this he means the seductive sense that we’re seeing the world as it truly is, without bias or error. This is such a powerful illusion that whenever we meet someone whose views conflict with our own, we instinctively believe we’ve met someone who is deluded, rather than realising that perhaps we’re the ones who could learn something.

The truth is that we all have biases that shape what we see. One early demonstration of this was a 1954 study of the way people perceived a college-football game between Dartmouth and Princeton. The researchers, Albert Hastorf and Hadley Cantril, showed a recording of the game to Dartmouth students and to Princeton students, and found that their perceptions of it varied so wildly that it is hard to believe they actually saw the same footage: the Princeton students, for example, counted twice as many fouls by Dartmouth as the Dartmouth students did.

[...]

We see what we want to see. We also tend to think the worst of the “idiots” and “maniacs” who think or act differently. One study by Emily Pronin and others asked people to fill in a survey about various political issues. The researchers then redistributed the surveys, so that each participant was shown the survey responses of someone else. Then the participants were asked to describe their own reasoning and speculate about the reasoning of the other person.

People tended to say that they were influenced by rational reasons such as “attention to fact”, and that people who agreed with them had similar motives. Those who disagreed were thought to be seeking “peer approval”, or acting out of “political correctness”. I pay attention to facts but you’re a slave to the approval of your peers. I weigh up the pros and cons but you’re in the pocket of the lobbyists.

Even when we take a tolerant view of those who disagree with us, our empathy only goes so far. For example, we might allow that someone takes a different view because of their cultural upbringing — but we would tend to feel that they might learn the error of their ways, rather than that we will learn the error of ours.

Pity the BBC’s attempts to deliver objective and neutral coverage of a politicised issue such as the British referendum on leaving the EU. Eurosceptics will perceive a pro-Brussels slant, Europhiles will see the opposite. Both sides will assume corruption, knavery or stupidity is at play. That is always possible, of course, but it is also possible that passionate advocates simply don’t recognise objectivity when they see it.

t is hard to combat naive realism because the illusion that we see the world objectively is such a powerful one. At least I’ve not had to worry about it too much myself. Fortunately, my own perspective is based on a careful analysis of the facts, and my political views reflect a cool assessment of reality rather than self-interest, groupthink or cultural bias. Of course, there are people to the left of my position. They’re idiots. And the people on my right? Maniacs.

Fonte: Tim Harford- Written for and first published at ft.com.

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Fonte: Aqui

06 abril 2016

Créditos suplementares e operações de crédito


Em seu relatório, Jovair Arantes verificou "haver indícios mínimos de que a presidente Dilma praticou atos enquadrados nos seguintes crimes de responsabilidade: Abertura de créditos suplementares por decreto sem autorização do Congresso e contratação ilegal de operações de crédito.

 Fonte: Aqui

Inversão corporativa e Pfizer

Em uma inversão corporativa, uma filial forma uma nova subsidiária em um país com tributação mais atrativa. Em seguida a filial é transferida para o país com a melhor legislação tributária.

O presidente Barack Obama condenou esse tipo de transação, comentando ainda que as empresas que participam de “inversões” têm o benefício de serem consideradas estadunidenses sem realmente serem (como o Burger King, cuja sede é, atualmente, no Canadá).

Foi publicado pela BBC que o Tesouro norte-americano avisou há alguns dias que seria mais rigoroso em relação às normas de “inversão”. Em consequência, a maior negociação na indústria farmacêutica deixou de acontecer.

A Pfizer tinha a intenção de adquirir a irlandesa Allergan e mudar sua sede para Dublin, onde os tributos são mais amenos. O negócio foi avaliado em US 160 bilhões e seria o maior exemplo de uma “inversão”, caso tivesse acontecido. A Pfizer alegou que pagará à Allergan US 150 milhões de reembolso por despesas relacionadas à transação.

Rir é o melhor remédio 2

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

05 abril 2016

Caixa

Conforme Leandra Peres e Ribamar Oliveira, no Valor

A programação orçamentária e financeira feita pela área econômica só garante recursos para as despesas do governo federal até o fim deste mês, início do próximo, de acordo com fonte do governo.


O problema de caixa no governo federal já existia nos anos anteriores e está mais grave nos últimos meses. Também nos últimos meses ocorreu um descolamento entre o orçamento e o financeiro. No passado, ter orçamento significava ter financeiro. Hoje uma unidade do governo precisa conquistar o orçamento e depois o financeiro.

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Mentira

04 abril 2016

Primeira vítma do Panamá Papers

Informa o El País

Chile tiene el primer caído luego de la filtración de los papeles de Panamá y, paradójicamente, se trata del presidente de Chile Transparente, el capítulo chileno de Transparencia Internacional. El abogado Gonzalo Delaveau Swett presentó esta tarde su renuncia luego de que el Centro de Investigación Periodística (CIPER), del Consorcio Internacional de Periodistas de Investigación (ICIJ), revelara este lunes que el profesional se desempeñó como intermediarios entre los propietarios reales de las sociedades y el bufete panameño Mossack Fonseca. “Ha gestionado a través de Mossack Fonseca la administración de una serie de sociedades offshore con domicilio en Bahamas, desde las que se controla un millonario proyecto minero e hidroeléctrico en la V Región”, publicó el medio de comunicación

Corrupção

Sobre as recentes notícias de corrupção, o The Conversation resume:


Em termos econômicos, corrupção é simplesmente outro imposto do governo.

Talvez não seja exatamente isto, mas o texto faz a comparação para dizer que o dinheiro da corrupção tem que sair do resultado da empresa, assim como o imposto. A diferença é que o governo retorna, parcialmente, o valor cobrado para a sociedade. Mas ambos desencorajam os negócios e reduzem o incentivo para produção.

Além disto, a existência de corrupção (1) reduz a crença das pessoas no governo; e (2) é mais desconhecida e variável que os impostos. Existe uma relação entre aumento na corrupção e redução no crescimento econômico, maior nível de pobreza e desigualdade.

Links

Petrobras é a empresa mais controversa

Apple está patenteando gestos

O contador diante das regras fiscais

Assistir vídeos de gatos no trabalho melhora a produtividade

Descoberta bactéria que come PET

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Fonte: Aqui

03 abril 2016

Panama Papers

A divulgação do Panama Papers já está incomodando muita gente. Parece que na relação dos envolvidos estão Messi e Platini, Putin, presidente da Rússia, Joaquim Barbosa, presidente da Argentina Macri e diversas pessoas já acusadas na lava-jato ou em vias de.

É importante notar que a operação revelada pelos jornais este final de semana não são necessariamente ilegais.

Qual a relação com a contabilidade? Com a palavra o El País:

El Grupo Mossack Fonseca, una firma mundial con sede en Panamá y oficinas en 27 países en los cinco continentes, es una de las más importantes empresas proveedoras de servicios contables, fiduciarios y legales, con un abanico de ofertas que contemplan desde trabajos en propiedad intelectual, asuntos migratorios o leyes de telecomunicaciones, hasta registros médicos, de cosméticos, yates y alimentos para animales, pasando por prevención de fraude y lavado de dinero.

Resenha da Resenha

Lendo um monte de e-mails acumulados encontrei um texto escrito por Juliana Cunha sobre a resenha de Bartleby o Escrevente:

Tenho lido muitas vezes a história de Bartleby, um escrivão de Wall Street que, ao ouvir pedidos do patrão, responde com franqueza que “preferiria não fazer”. Imagina que incrível: seu chefe te pede para preparar um relatório e você simplesmente diz: “Prefiro não fazer”. Quem algum dia preferiu fazer?

Wall Street é um lugar estranho porque é, ao mesmo tempo, uma rua cheia de pessoas obcecadas pelo trabalho e um símbolo do capitalismo financeiro, sistema que permitiu que a geração de dinheiro fosse desconectada do trabalho. Ou seja, que dinheiro gerasse dinheiro, sem necessariamente passar por toda aquela burocracia de produzir bens, vendê-los e só então obter lucro.
Bartleby trabalha nessa rua de lógica torta: a rua que possibilitou que tantos ricos preferissem não mais fazer coisas, não mais lidar com funcionários, não mais produzir.

Seu próprio patrão, um advogado velhinho, acha que a forma mais fácil de levar a vida é sempre a melhor, mas fica transtornado quando um simples funcionário resolve levar seu conselho ao pé da letra.
No começo do conto — esqueci de avisar que estamos falando de um conto de Melville, autor de “Moby-Dick” —, Bartleby até que trabalha. Logo depois de ser contratado, parece ávido por copiar documentos, mas copia mecanicamente, sem alegria, o que aborrece o chefe.

Não lembro em que livro Bukowski conclui que, para o patrão, o fato de você entregar um trabalho bem feito nunca é suficiente. É preciso amar o trabalho, fazer declarações públicas de amor a ele.

Bartleby é pura passividade paciente. Fica parado, contemplativo, quase zen. Só se alimenta de pães de mel. Não trabalha nem se dá o trabalho de fingir. O chefe ficaria aliviado caso ele se recusasse a trabalhar, mas ele não se recusa, apenas apresenta um empecilho incontornável: ele preferiria não trabalhar. Como obrigar uma pessoa a preferir algo?


No original em inglês, a frase usada soa esquistia. Barlteby diz “I would preferer not to”, enquanto a construção maiscomum seria “I would rather not”.

Deleuze fez um texto sobre esse conto em que diz o seguinte:

“A fórmula I PREFER NOT TO exclui qualquer alternativa e engole o que pretende conservar assim como descarta qualquer outra coisa; implica que Bartleby para de copiar, isto é, de reproduzir palavras; cava uma zona de indeterminação que faz com que as palavras já não se distinguam, produz o vazio na linguagem. Mas também desarticula os atos de fala segundo os quais um patrão pode comandar, um amigo benevolente fazer perguntas, um homem de fé prometer. Se Bartleby recusasse, poderia ainda ser reconhecido como um rebelde ou revoltado, e a esse título desempenharia um papel social. Mas a fórmula desasticula todo ato de fala, ao mesmo tempo que faz de Bartleby um puro excluído, ao qual já nenhuma situação social pode ser atribuída”.

Traduzindo para linguagem de dia de semana, a força de Bartleby está em não recusar nem aceitar, em dar uma resposta esquisita que coloca os outros numa posição igualmente esquisita.

O advogado do conto chega a dizer que “nada irrita mais uma pessoa honesta do que a resistência passiva”. Por conta dessa resistência passiva e irritante, alguns críticos chegam a compará-lo a Gandhi e eu chego a considerá-lo um herói da classe trabalhadora.


Duas observações: (1) Peço desculpas para Juliana, pois só agora notei o texto; (2) o comentário dela é tão interessante que merece uma postagem.

Panama Papers: ocultação de patrimônio em paraísos fiscais



Fonte: aqui

Pesquisa 1

A doutoranda Ivone Vieira Pereira solicita a contribuição dos leitores para uma pesquisa sobre Teoria do Prospecto. Aqueles que puderem responder clique aqui

Pesquisa 2

Uma aluna de graduação da UEPB solicita contribuição dos leitores para responder questionário sobre Six Sigma. Para acessar o questionário clique aqui

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02 abril 2016

Fábrica de Corrupção



Uma reportagem do The Huffington Post e Fairfax Media  desvenda os meandros de uma empresa que o texto denominou de “fábrica da corrupção”. A empresa atua no setor de petróleo, mas a investigação mostrou que tradicionais empresas ocidentais, como Rolls-Royce, Halliburton, Samsung e Hyundai. E não é a Petrobras.

Trata-se a Unaoil, com sede em Mônaco. É bem verdade que afirmar que se trata do maior escândalo de corrupção do mundo é um exagero. Mas a corrupção da Unaoil atingiu o Iraque, o Irã, a Líbia, a Síria, o Iêmen, o Kuwait e a os Emirados Árabes.

Além disto, a imprensa tem tratado o escândalo de forma tendenciosa, conforme pode ser visto aqui

Fato da Semana


Fato: Desempenho das Estatais

Data: Durante a Semana

Fonte: Diversos

Precedentes:
28-mar-16 = O lucro do BNDES é de 4,5 bilhões devido ao resultado da Petrobras.31/mar/16 = Eletrobras divulga prejuízo de 14 bilhões.
31/mar/16 = Segundo a Exame, o lucro das empresas brasileiras caiu mais de 80%. As estatais ajudaram muito neste desempenho.
01/abr/16 = O Estado de S Paulo revela que o empréstimo chinês na Petrobras está atrelado a compra de equipamentos daquele país. Esta informação não consta das demonstrações da empresa.
01/abr/16 = O resultado somado de cinco estatais atinge a 60 bilhões de reais de prejuízo

Notícia boa para contabilidade? Novamente, a contabilidade deve refletir a realidade da entidade. Os resultados divulgados são reflexos da má gestão, da recessão na economia e da falta de controle. Quando se considera que parte do desempenho é resultante de problemas de governança e controle, a notícia é ruim para a contabilidade. Infelizmente ela não está desempenhando seu papel.

Desdobramentos - Nos anos anteriores, a distribuição de dividendos ajudou o governo a manter o superavit. Agora a situação indica que as estatais não irão gerar dividendos para União como podem chamar seu controlador para salvar as empresas da derrocada. Problemas no médio prazo.

Mas a semana só teve isto? - A possibilidade de criação de uma associação internacional dos CPAs poderia ser a notícia da semana.

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01 abril 2016

Links

Mulher é condenada por ofensa no Orkut

Mudança de um rio no Peru em 30 anos

Os piores líderes do mundo, segundo a Fortune. Quem está em primeiro?

Vida longa ao CD

60 bilhões

Segundo Daniel Rittner, no Valor Econômico, o prejuízo somado das empresas estatais em 2015 corresponde a 60 bilhões de reais. Isto Correios, Infraero, Telebras, Eletrobras e Petrobras. A tecnologia pode ser uma "justificativa" para o caso dos Correios, mas decisões desastrosas, como ressuscitar a Telebras, rever contratos na Eletrobras e incentivar a corrupção na Petrobras são típicos de má gestão.

Este prejuízo corresponde ao início do processo. Ou alguém acredita ser possível reverter o quadro?

Empréstimo chinês com garantia de compra

O Estado de S Paulo revelou que o empréstimo de abril de 2015 da empresa Petrobras com o banco de desenvolvimento chinês CDB está condicionado a compra, pela empresa, de produtos chineses no valor correspondente a 60% do empréstimo. O jornal informa que a captação é vantajosa para empresa:

a Petrobrás encara a China como uma solução para, simultaneamente, ter acesso a crédito barato, mesmo sem o selo de grau de investimento (de boa pagadora) das agências de classificação de risco, e ainda comprar produtos mais baratos do que os da média do mercado.
O que estamos interessados é observar a evidenciação da empresa na operação. Os valores contratados podem superar a 10 bilhões de reais, expressivo, mesmo para uma empresa tão endividada como a Petrobras. Se o leitor buscar nas últimas informações que a empresa divulgou irá encontrar o seguinte na DFP apresenta à CVM:

A empresa informa que assinou um termo de compromisso em 2016, mas nada sobre os contratos passados. E que o acordo tem uma previsão de fornecer petróleo para empresas chineses, numa base similar ao acordo de 2009. Mas também não informa as bases da operação ou algo do tipo. Neste documento, na nota explicativa sobre empréstimo, existe um trecho sobre garantias, que comenta que existem instrumentos específicos de fomento com garantias reais lastreados nas exportações. Sem citar nenhuma informação específica.

No formulário de referência de 2015 a empresa destaca que o aumento de caixa deveu-se a um acordo com o banco chinês no valor de 5 bilhões, vencimento em cem anos. Também informa que a empresa contratou pré-pagamentos de exportação de cinco bilhões em meados de 2015, para dez anos. Mais adiante “detalha” as condições:

Nas notas explicativas do Formulário 20F a empresa informa:

E nada mais nas notas explicativas.

Lucro das empresas caiu 87,2% em 2015

O lucro líquido das empresas de capital aberto do Brasil caiu 87,2% em 2015, lastrado principalmente pela mineradora Vale, a Petrobras e a Eletrobras, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira pela consultoria Economática.

O lucro das 297 companhias brasileiras com ações cotadas na bolsa de São Paulo somou RS 14 bilhões em 2015, frente aos RS 109,8 bilhões no ano anterior.

Excluindo Petrobras, Vale e Eletrobras, os lucros das companhias ano passado chegou a RS 107,4 bilhões, o que representa uma queda de 19,5% em relação a 2014, quando o lucro foi de US 133,5 bilhões.

Dos 24 setores listados, dez tiveram prejuízo em 2015 e entre eles se destacou o da mineração, que fechou o ano com um resultado negativo de US 45,1 bilhões.

[...]

O prejuízo acumulado de Vale, Petrobras e Eletrobras em 2015 foi de RS 93,4 bilhões, quase quatro vezes pior que as perdas de 2014, de RS 23,6 bilhões.

Apesar da crise aguda que o Brasil atravessa o setor bancário, composto por 25 instituições, aumentou seu lucro em 28,3%, dos RS 54,9 bilhões em 2014 para RS 70,5 bilhões em 2015.


Fonte: Aqui
Imagem: Aqui

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Indigestão
Fonte: Aqui

31 março 2016

Mais prejuízo

A Eletrobrás registrou prejuízo atribuído aos controladores de R$ 14,442 bilhões, quase cinco vezes superior ao prejuízo de R$ 3,031 bilhões de 2014. Somente no quarto trimestre do ano passado, a empresa teve prejuízo de R$ 10,327 bilhões, um valor quase nove vezes acima do resultado também negativo reportado no quarto trimestre de 2014, de R$ 1,196 bilhão.

Entre as variáveis que afetaram o resultado, a Eletrobrás informa o ajuste contábil em ativos (impairments) de R$ 2,605 bilhões, influenciado pelo impairment de R$ 1,588 bilhão de Angra 3, que ocorreu, principalmente, no aumento da taxa de desconto e alteração na data de entrada em operação da Usina Termonuclear de Angra 3. A Eletrobrás destaca ainda despesas relativas à provisão e pagamento de processos judiciais envolvendo empréstimo compulsório de R$ 5,019 bilhões.


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Fonte: Aqui

30 março 2016

Resenha: House of Cards

House of Cards é um drama político vencedor do Golden Globe. A série foi baseada na homônima minissérie da BBC que, por sua vez, foi inspirada pelo livro do político britânico Michael Dobbs.

Um trecho do livro (que, salvo engano, foi utilizada como fala na série) dá o exato tom de House of Cards:

“Política requer sacrifícios. Sacrifícios dos outros, óbvio. Qualquer coisa que um homem atinja ao se sacrificar pelo seu país pode ser alcançada permitindo que outros se sacrifiquem antes. Oportunidade, como diz a minha esposa, é tudo.”

Agendas a serem resolvidas, pessoas a serem eliminadas, políticos a serem criados ou descarrilados, repórteres para esmagar... Essa é parte da trama de House of Cards que foi a primeira série original da Netflix e eles estrearam com estilo, objetivando criar e solidificar a marca. Investiram em um roteiro bem construído, atores de primeira linha, produtores e diretores aclamados pelo público, visando criar uma programação digna de prêmios. Atualmente, é comum ouvir que a Netflix eclipsou o cinema.

O presidente Barack Obama já publicou no Twitter que acompanha a série e pede, por favor, que não compartilhem spoilers.
Resumindo, sem spoilers: quando não recebe o cargo de Secretário de Estado, como previamente prometido pelo presidente dos Estados Unidos, o representante da “Minority Whip Rep”, Frank Underwood, se dedica a um esquema de proporções maquiavélicas contra o presidente. Claire é a esposa que aparenta ser um anjo, mas é o par perfeito para Frank. Doug é o seu braço direito que se esforça até demais para ajudar a por em prática as ideias do chefe. Zoe Barnes é a jornalista extremamente sedenta pelo seu espaço e, com isso, se alia a Frank e divulga notícias exclusivas, mas com o toque exato que ele quer, o tom manipulativo que fará com que seus planos funcionem. Frank é o principal, mas há uma engrenagem de pessoas e profissionais que trabalham em sincronia para que as coisas caminhem a favor de Frank Underwood.

Importante salientar que, para que haja empatia do público com Frank, há a chamada “quebra da quarta parede”. Essa é a mesma técnica utilizada em “Curtindo a Vida Adoidado”, quando o personagem fala diretamente com o público como se ninguém fosse perceber e fosse perfeitamente normal. Estilo "somos amigões então deixa eu te contar...". Então no meio de um esquema, Frank olha para você e diz: “Esta vendo? É assim que o ser humano funciona”.

Quebra da quarta parede
A série vem sido bastante comentada pela quarta temporada ter sido disponibilizada recentemente, no início de março (a quinta só virá em 2017) e pela semelhança com a política brasileira. Frente aos escândalos políticos recentes, os atores inclusive foram abordados para discutir a política brasileira (como “grandes conhecedores” do assunto). A Netfliz produz um ótimo conteúdo e merece todos os elogios, mas certamente a série fez ainda mais sucesso após as comparações com o Brasil.

Eu sou Isabel Sales, viciada anônima em séries. E quando a Netflix lança programas (Fuller House sendo uma exceção merecida) eu espero o acúmulo de algumas temporadas para começar a assistir... então só comecei a assistir House of Cards recentemente. Talvez pelo clima político eu não tenha gostado tanto. Não achei uma série ruim. Os atores são excelentes e o roteiro também (assim como direção, produção e etc). Mas não me animou... Inclusive eu fiquei tão pra baixo que voltei a assistir Full House (a original, com início nos anos 1980) por ser basicamente família e abraços. Um antídoto para a corrupção e mentiras em excesso! Mas eu sou assim mesmo... Eu demorei a “aceitar” Mad Men" e quando voltei a assistir, anos depois, e o fiz do início ao fim, achei uma série fantástica.

Vale a pena? Acho que sim. Mas depende do seu humor... Há violência,sexo e drogas então não é exatamente uma série para se assistir com a família. Pode ser ofensiva a algumas pessoas mais sensíveis. Enfim... fala sobre corrupção, manipulação midiática... e como os americanos dizem: “hits too close to home”.

Outras séries sobre política e Washington: The West Wing (é a mais parecida com House of Cards e é menos forte), Veep (uma comédia indicada a vários prêmios), Scandal (drama criado pela Shonda Rhimes, responsável por How To Get Away With Murder e Grey’s Anatomy), parte de The Good Wife (a série se divide entre direito e política) e 1600 Penn (não conheço, fico devendo).

Disclosure: Infelizmente não temos qualquer associação com a Netflix e a resenha não é patrocinada. Pago a mensalidade, como uma boa viciada cidadã.