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01 outubro 2014

Curso de Contabilidade Básica: Apresentação das demonstrações

As informações preparadas pela contabilidade podem ser apresentadas de diversos formatos aos usuários. Algumas empresas permitem que o usuário possa ter acesso a mais de uma forma. Nos dias de hoje é normal imaginar que uma empresa estará apresentando suas demonstrações na rede mundial de computadores. Entretanto, algumas entidades de pequeno porte ou que não possuem uma contabilidade mais avançada ou são refratárias à evidenciação não disponibilizam estas informações na rede. Iremos tratar aqui somente das empresas que apresentam as informações na rede e neste caso prevalece uma grande variedade de possibilidades.

Quanto ao formato as demonstrações contábeis podem ser apresentadas em formato PDF, documento de texto (Word, por exemplo), apresentação de slides (caso do PowerPoint) ou planilha de dados (como o Excel). O formato PDF é o preferido, pois impede, a princípio, a edição do conteúdo. Além disto, a formatação do conteúdo não será alterada ao baixar a informação da rede. Mas o fato de impedir a edição pode ser um obstáculo para o usuário que deseja usar os dados para fazer uma análise. O documento de texto pode ser uma opção interessante, mas pode ser alterado e sua formatação pode mudar conforme o computador do usuário. Os dois últimos formatos – apresentação de slides e planilha de dados - geralmente impede a apresentação completa das informações e por este motivo são usadas com ressalvas. Os slides são disponibilizados para os usuários que estão interessados na apresentação que foi realizada pela empresa para investidores; já a planilha de dados é útil quando o usuário pretende “manipular”, no bom sentido, as informações.

Vamos mostrar os casos mais comuns. A figura abaixo apresenta a divulgação do Itau BBA SA . Neste caso, o banco optou por simplesmente reproduzir aquilo que foi publicado no jornal Diário do Comércio no dia 26 de agosto de 2014 (no centro da figura, no alto, aparece o nome do jornal).



Este tipo de divulgação evita a possibilidade da mesma informação aparecer de maneira diferente conforme a forma de divulgação. Mas realmente não é criativa, além de ser pouco amigável com o leitor. Muito número com letras minúsculas.

A seguir tem-se a divulgação conforme a determinação da CVM feita pela Energisa. A vantagem deste formato é a padronização da apresentação. O usuário mais acostumado com as demonstrações irá rapidamente localizar as informações que procura. Mas este tipo de formato inibe a presença do elemento gráfico.

A figura a seguir mostra uma planilha preparada pela Petrobrás. Para aqueles que gostam de “manipular” os dados é o ideal. O usuário pode escolher qual a conta deseja utilizar (basta clicar no marcador), quais os anos, a ordem, a demonstração, etc. É o ideal para quem deseja fazer uma análise mais profunda sobre o desempenho da empresa. (Mas poucas disponibilizam este formato, infelizmente)

Finalmente, a figura abaixo apresenta o slide da Vale. Aqui a empresa destaca os principais pontos do seu desempenho. Apesar do visual agradável o usuário deve tomar muito cuidado com este formato em razão do viés da seleção: a empresa destaca aquilo que acredita mais relevante e provavelmente terá mais destaque os fatos positivos e favoráveis para a empresa.

A escolha do formato dependerá das necessidades do usuário, se a empresa disponibilizar diversas alternativas. Em geral a apresentação de slides é interessante como o primeiro contato. O Formulário Referência ou a publicação do jornal são uteis para ter a informação completa da empresa. Particularmente tenho preferência pelo Formulário da CVM. A planilha Excel é muito útil quando você precisa de uma análise mais aprofundada. Assim, a preferência irá depender das necessidades e preferência de cada usuário.

A vida na Terra como um índice de mercado

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,com-deficit-primario-de-r-14-5-bi-em-agosto-contas-publicas-batem-recordes-negativos,1568484If animals were stocks, the market would be crashing. 

The chart below shows the performance of an index that tracks global animal populations over time, much like the S&P 500 tracks shares of the biggest U.S. companies. The Global Living Planet Index,updated today by the World Wildlife Foundation, tracks representative populations of 3,038 species of reptiles, birds, mammals, amphibians and fish.
To say the index of animals is underperforming humans is an understatement. More than half of the world's vertebrates have disappeared between 1970 and 2010. (In the same period, the human population nearly doubled.) The chart starts at 1, which represents the planet's level of vertebrate life as of 1970.
The global LPI shows a decline of 52 per cent between 1970 and 2010. The LPI is based on trends in 10,380 populations of 3,038 mammal, bird, reptile, amphibian and fish species. The white line shows the index values and the shaded areas represent the 95 per cent confidence limits. Source: WWF, ZSL, 2014
The global LPI shows a decline of 52 per cent between 1970 and 2010. The LPI is based on trends in 10,380 populations of 3,038 mammal, bird, reptile, amphibian and fish species. The white line shows the index values and the shaded areas represent the 95 per cent confidence limits. Source: WWF, ZSL, 2014
It makes sense that the WWF is framing of biodiversity loss as an index that may look more familiar to financial analysts than environmentalists. The research group's message is as much economic as environmental: Not only do animal populations represent valuable natural systems that economies rely on, in many cases they are actual tradable goods, like stocks of wild fish.
"In less than two human generations, population sizes of vertebrate species have dropped by half," writes WWF Director General Marco Lambertini. "We ignore their decline at our own peril."
Humans are currently drawing more from natural resources than the Earth is able to provide. It would take about 1.5 planet Earths to meet the present-day demands that humanity currently makes on nature, according to the WWF. If all the people of the world had the same lifestyle as the typical American, 3.9 planet Earths would be needed to keep up with demand.
Source: WWF/Global Footprint Network, 2014
Source: WWF/Global Footprint Network, 2014
The report reads like one of the "alarm bells" U.S. President Barack Obama referenced in his climate change speech last week. Unfortunately, according to the WWF, the effects of climate change are only starting to be felt; most of the degradation of the past four decades has other causes. The biggest drivers are exploitation (think overfishing) responsible for 37 percent of animal population decline, habitat degradation at 31 percent, and habitat loss at 13 percent.
Global warming is responsible for 7.1 percent of the current declines in animal populations, primarily among climate-sensitive species such as tropical amphibians. Latin American biodiversity dropped 83 percent, the most of any region. But the toll from climate change is on the rise, the WWF says, and the other threats to animal populations aren't relenting.
For social and economic development to continue, humans need to take better account of our resources. Because right now, life on Earth is not a bull market.
fonte: aqui

EY pagar 8 milhões

Segundo o Financial Post, a empresa de auditoria Ernst Young LLP aceitou pagar 8 milhões de dólares canadenses para a Comissão de Valores Mobiliários de Ontário. O pagamento refere-se aos problemas com as empresas chinesas Sino-Forest e Zungui Haixi, conforme já noticiado neste blog. A auditoria realizada pela EY foi bastante criticada e anteriormente a empresa já tinha concordado em pagar mais de 100 milhões para os investidores.

Para a empresa, o acordo evita despesas adicionais com advogados e prejuízo a marca.

Piolhos

A curiosidade de investigar temas intrigantes e torná-los acessíveis ao público fez os autores Neuza Rejane Lima, Suzete Oliveira e Phillipe Ferreira publicarem em formato inédito pela Editora da UFF (Eduff) o audiolivro “Contando a história dos piolhos”. O lançamento da obra ocorre dia 1º de outubro, às 18h, na Livraria Icaraí, Reitoria da UFF, Rua Miguel de Frias 9, anexo, Icaraí, Niterói.

Primeiro audiolivro da Eduff, “Contando a história dos piolhos” surgiu da vontade de compartilhar com o maior número de pessoas, neste caso deficientes visuais e aqueles que não têm tempo ou disposição de parar e ler, a divulgação científica de temas incomuns e de interesse popular. De acordo com uma das autoras e também professora do Instituto de Biologia Neuza Rejane Wille, a iniciativa é fruto de pesquisa bibliográfica em artigos científicos e livros que buscou narrar a história dos piolhos e a sua relação com a história da humanidade.

O audiolivro descreve, por exemplo, como diferentes sociedades eliminavam os piolhos, insetos sem asas que podem causar doenças por meio da transmissão de bactérias. O livro aborda aspectos médicos e evolutivos e relata a história capilar do homem por meio do combate ao parasita.


Fonte: Aqui

Listas: Livros de Custos mais usados no Brasil

1. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos
2. LEONE, George S. Guerra. Curso de contabilidade de custos: contém critério do custeio ABC
3. HORNGREN, Charles T. DATAR, Srikant M., FOSTER, Georg. Contabilidade de custos: uma abordagem gerencial
4. IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade gerencial
5. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil
6. LEONE, George S. Guerra. Custos: planejamento, implantação e controle
7. CREPALDI, Silvio A. Curso básico de contabilidade de custos
8. BRUNI, Adriano L.; FAMA, Rubens. Gestão de custos e formação de preços
9. PEREZ JUNIOR, J. H.; OLIVEIRA, L.M.; GUEDES, R. Gestão estratégica de custos
10. CREPALDI, Silvio A. Contabilidade gerencial: teoria e prática

Fonte: Aqui

30 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Estoques

A conta de Estoques pode ser uma das mais importantes numa empresa. E isto ocorre não somente numa empresa comercial. Uma indústria você também irá encontrar um grande volume de estoques, principalmente naquelas onde o ciclo de produção é longo ou onde o prazo de estocagem dos produtos acabados é grande ou ambos.

Veja o caso da Cia Industrial Cataguazes e o balanço patrimonial de final do primeiro semestre de 2014. Do ativo de 281 milhões, 68 milhões são estoques. Isto corresponde a 24% do ativo. A empresa, que fabrica tecidos de algodão no interior de Minas Gerais, apresenta neste item, no caixa, no contas a receber e no imobilizado a grande concentração da sua riqueza.


A empresa esclarece como está composto os seus estoques, em notas explicativas:

Assim os estoques estão divididos em processamento, acabados e matérias primas. O elevado valor de produtos em processamento sugere um longo ciclo de produção. A empresa não apresenta mais detalhes sobre os critérios de mensuração dos seus estoques.


Caixa, muito caixa

O gráfico mostra que os alemães fazem mais de 80% dos seus pagamentos em dinheiro. Em Why Germans pay cash for almost everything sugere que a preferência pelo dinheiro, em lugar dos pagamentos eletrônicos ou de outro tipo, pode ser decorrente da privacidade ou da necessidade de controle do orçamento doméstico. Mas o Quartz  considera que a história inflacionária da Alemanha ajudaria a explicar este comportamento.

Nos anos vinte a Alemanha viveu uma hiperinflação, que resultou na ascensão de Hitler. Durante a ocupação, após a segunda guerra, os preços também aumentaram, conduzindo a reforma de 1948, que criou o marco, antiga moeda alemã. Outro ponto interessante é o fato dos alemães serem avessos ao endividamento. Tão avessos que o país possui uma das taxas mais baixas de propriedade de casa própria.

Duas outras possíveis explicações não apresentadas pelo Quartz. A primeira, o regime comunista da antiga Alemanha Oriental, onde o valor da moeda não significava poder de compra, já que os artigos eram racionados. A segunda, a língua alemã, que propicia a economia.

Ainda sobre o caixa, a The Economist (via aqui) mostra como as empresas japonesas e coreanas estão retendo uma montanha de dinheiro. As japonesas são donas de 2,1 trilhões de dólares ou 44% da economia do Japão. Já as coreanas guardam $440 bilhões ou 34% do PIB. As empresas alemães também são conservadoras e retém 20% da economia em caixa. Já as empresas dos Estados Unidos, mesmo com o medo da tributação dos lucros obtidos no exterior, possuem um caixa de 10% da economia.

Sem ajuda

Um texto do Valor Econômico, Fusão sem Banco vira Tendência (Talita Moreira, 17 de setembro de 2014) discute sobre a necessidade de se contratar uma empresa para fazer uma operação de fusão e aquisição. Segundo o texto, o número de transações sem auxílio externo cresceu

De acordo com o estudo, 64% das transações de mais de US$ 100 milhões anunciadas neste ano no país foram estruturadas sem auxílio externo. Juntas, essas operações somam US$ 18,8 bilhões. Esse percentual nunca foi tão alto, aponta a série histórica iniciada em 1995.

Parece que as empresas estão criando equipes para fazer o processo de avaliação. A JBS é uma destas empresas. A Tivit é outra.

Algumas razões para este fenômeno: maturidade do mercado, incluindo a profissionalização da gestão financeira; falta de obrigatoriedade; custo elevado (comissão pode ir de 1% do valor até 15%), entre outros. Um aspecto importante, não apresentado explicitamente no texto, é o fato da operação não necessitar da “grife” de um avaliador de renome, geralmente pessoa jurídica.

Hong Kong em três momentos

 Entre 1910 e 1915
 1972
Em 2011

Listas: Capacidade dos estádios de futebol na Inglaterra

Fonte: Aqui

29 setembro 2014

Rir é o melhor remédio








Fotos com estátuas

Custo de um Game

Por que o custo de um game é cada vez maior?, pergunta a revista The Economist (aqui uma versão em língua portuguesa do texto). Algumas respostas apresentadas pela própria revista: o custo da computação gráfica, que melhorou a qualidade nos últimos anos, mas continua sendo feita de forma artesanal; aumento no profissionalismo, que envolve até vozes de atores conhecidos de Hollywood na dublagem; os testes de mercado, que levam a iniciar do zero um game; envolvem um número de horas de jogos grande – mais de dez horas num jogo curto; e grande volume de propaganda.

Mulheres nos filmes

Em postagem anterior mostramos que Alison Bechdel criou um sistema simples para medir o machismo nos filmes. O teste consistia em três critérios: (1) ter pelo menos duas mulheres com nomes; (2) que conversem entre si; e (3) que falem algo mais do que sobre homens. Oitenta por cento dos westerns não passaram no teste.

Um estudo do Geena Davis Institute on Gender in Media (da atriz Geena Davis) mostrou quantas mulheres trabalhavam nos filmes. Como 40% da força de trabalho era constituída por mulheres, espera-se uma elevada percentagem. Usando dez filmes populares de onze países, o resultado foi o seguinte:

A relação com a vida real mostra que a Índia, com pequena participação da mulher trabalhando, tinha 16% das mulheres trabalhando. A França teve uma diferença de 29%, enquanto o Brasil era de 19%.

Listas: Países por Bem-estar

1. Panamá (fotografia)
2. Costa Rica
3. Dinamarca
4. Austria
5. Brasil
6. Uruguai
7. El Salvador
8. Suécia
9. Guatemala
10. Canadá

Fonte: Gallup Healthways

28 setembro 2014

Rir é o melhor remédio






Fotos com estátuas

Teste da Semana

Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade:

1 – Esta empresa “polêmica” estava na lista das empresas mais transparentes, segundo Anefac-Fipecafi-Serasa

Banco Pan
OGX
Petrobras

2 – A Receita Federal recentemente editou duas instruções normativas sobre um assunto que interessa aos contadores

A correção dos imobilizados
A obrigatoriedade das IFRS para todas as empresas
A regulação da Lei 12.973

3 – Alto Santo, no Ceará, e Coliseu, em Roma, são dois locais que chamaram atenção pela utilização de recursos públicos (do contribuinte) para

Construção de um estádio de futebol com a fachada do Coliseu
Construção de uma arena de luta nos moldes do Coliseu romano
Implantação de uma unidade de saúde nos moldes da existente em Roma

4 – A empresa que está em primeiro lugar na lista das maiores doadoras na campanha política deste ano é

Ambev
JBS
Vale

5 – O IFAC soltou uma instrução referente a

Cálculo do Ebitda
Determinação de relatório na área pública
Medidas suplementares

6 – A SEC pagou 30 milhões de dólares para

A constituição do PCAOB
Um curso de treinamento em IFRS
Um delator que ajudou a resolver uma fraude financeira

7 – O regulador do mercado de capitais deste país cometeu um erro contábil

Bélgica
Espanha
Estados Unidos

8 – É a substância mais cara (em US$ por grama)

Antimatéria
Californium
Painite

Respostas: (1) Petrobras; (2) regulação da lei; (3) estádio de futebol; (4) JBS; (5) medidas suplementares; (6) delator; (7) Espanha; (8) Anti

Se acertou 7 ou 8 = Excelente; 6 ou 5 = Parabéns; Abaixo de 5 = Precisa melhorar

Listas: Tenistas mais bem pagos

10. Andy Roddick
9. Victoria Azarenka
8. Andy Murray
7. Caroline Wozniacki
6. Serena Williams
5. Na Li
4. Novak Djokovic
3. Maria Sharapova
2. Rafael Nadal
1. Roger Federer (fotografia)

Fonte: forbes

27 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Do jornal Meia Hora sobre as fotos de Hope Solo

Transparência Contábil e Valor Econômico

O jornal Valor Econômico publicou uma série de reportagens sobre a Contabilidade. Em Visão Integrada o autor faz uma apologia as IFRS. Já em “Normas ganharam força após sucessivas megafraudes” é uma tentativa bem humorada, acho, de fazer um histórico da adoção das IFRS.

“Clareza facilita a tomada de decisão” comenta o prêmio de transparência da Anefac, Fipecafi e Serasa. “Negócios e transações precisam ser bem esclarecidos” é sobre a adoção das IFRS. A seguir, “Conhecimento é requisito para informação precisa” é sobre educação contábil. Dois textos tratam especificamente sobre a IFRS 9 (aqui e aqui) e outro sobre a IFRS 15, da receita. O impacto sobre o custo do capital também é objeto de um artigo específico, assim como tecnologia , PMEs , operações de hedge, e setor de energia. (Para acessar os links é necessário ser assinante do jornal)

Como nosso leitor é inteligente, provavelmente quer saber se vale a pena.A figura abaixo faz um resumo das palavras mais usadas nos textos. (É leitor, tive a paciência de fazer este gráfico!)
O jornal fez uma grata surpresa no texto sobre doações eleitorais. Mas neste...

Na próxima postagem irei comentar sobre o viés de um dos textos.

Transparência e Valor Econômico 2

No texto "Visão integrada" tenta apresentar as vantagens da adoção das IFRS. Nada contra o debate, mas o jornal Valor Econômico poderia ser um pouco mais imparcial. Vejamos algumas frases do texto:

Vantagens

Redução do custo de capital, valorização da profissão e da área de contabilidade, mais transparência e maior integração entre diferentes áreas da empresa são os maiores benefícios colhidos pelas companhias

Empresas maiores, mesmo as que não possuem capital aberto, saíram beneficiadas, principalmente as multinacionais, porque agora conseguem escriturar na mesma linguagem da matriz

Para o investidor, ficou mais fácil entender como ele vai escriturar suas operações no país e como vai poder retirar seus dividendos.

Do ponto de vista prático, a consequência mais palpável é que a contabilidade não fica mais restrita ao setor de contabilidade

O contador, que vivia isolado, pegando as normas e fazendo débito e crédito, agora tem que conversar com vários setores da empresa.

mostra que o salário médio de um contador aumentou 18% em cinco anos, no Brasil [a inflação foi maior]

O nível técnico dos profissionais de contabilidade melhorou

A qualidade das informações também melhorou, mesmo entre as empresas que não são obrigadas a publicar balanços

a adoção da norma IFRS combate uma antiga cultura da contabilidade brasileira de que tudo era feito para atender ao Fisco.

O resultado é mais transparência.

permite um conhecimento maior sobre a situação da companhia, o que acaba proporcionando também esse controle

Uma série de estudos, sobretudo sobre a adoção do IFRS na Europa (em 2005) mostra a redução do custo de capital em proporções que variam entre 6 e 21 pontos-base.

Na prática, a IFRS representa um upgrade para a contabilidade porque promove um alinhamento mundial do Brasil e deixa de representar o antigo alinhamento entre a área societária e a fiscal que havia na época da velha contabilidade


O texto não fala em desvantagens, mas "desafios":

a falta de preparo entre os contadores ainda é grande

Outro problema são as empresas de menor porte que não se relacionam com investidores externos e têm dificuldade em compreender as mudanças

as exigências da nova norma o levaram a ampliar o quadro de pessoal em 15% - elevando os custos em 15% a 20%.

Listas: As empresas mais transparentes

Fonte: Valor Econômico

26 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Estatística adaptado daqui

Boa e Má Notícia

Eu tenho uma boa notícia e uma má notícia. O que você gostaria de escutar em primeiro lugar? Se é a má notícia, você está em boa companhia - é o que a maioria das pessoas escolhe. Mas porquê?

Eventos negativos nos afeta mais do que os eventos positivos. Nós nos lembramos deles forma mais vívida e desempenham um papel maior na formação de nossas vidas. Despedidas, acidentes, maus pais, perdas financeiras e até mesmo um comentário malicioso aleatório ocupa a maior parte do nosso espaço psíquico, deixando pouco espaço para elogios ou experiências agradáveis para nos ajudar ao longo do caminho difícil da vida. (...)

Centenas de estudos científicos de todo o mundo confirmam nossa viés da negatividade: enquanto um bom dia não tem efeito duradouro no dia seguinte, um dia ruim afeta mais. Nós processamos dados negativos mais rápido e mais profundamente do que os dados positivos, e eles nos afeta mais. Socialmente, investimos mais em evitar uma má reputação do que a construção de uma boa. (...) Em nossa era do politicamente correto, observações negativas destacam-se e faz parecer mais autêntica. As pessoas - até mesmo bebês de até seis meses de idade - são rápidos para detectar uma cara de brava em uma multidão, mas são mais lentas para escolher uma feliz; na verdade, não importa quantos sorrisos vemos naquela multidão, vamos sempre notar um rosto zangado primeiro.

O mecanismo pelo qual reconhecemos a emoção facial, localizada em uma região do cérebro chamada amígdala, reflete nossa natureza como um todo: dois terços dos neurônios na amídala são voltados para uma má notícia, responder imediatamente e armazená-la em nossa memória de longo prazo, aponta neuropsicólogo Rick Hanson, membro sênior do Centro de Ciências Greater Good na Universidade da Califórnia, Berkeley.

Nosso lado sombrio encontra o seu caminho na linguagem falada, com quase dois terços das palavras inglesas transmitem o lado negativo das coisas. No vocabulário que usamos para descrever pessoas esse número sobe 74 por cento. E o inglês não é a única [neste aspecto]. (...)
Estamos tão sintonizados com a negatividade que ela penetra nos nossos sonhos. O psicólogo americano Calvin Hall, que analisou milhares de sonhos ao longo de mais de 40 anos, encontrou que a emoção mais comum era a ansiedade, com sentimentos negativos (vergonha, perder um voo, ameaças de violência) muito mais frequentes do que os positivos. (...)

Um dos primeiros pesquisadores a explorar o nosso cunho negativo foi o psicólogo Daniel Kahneman, de Princeton, vencedor do Prêmio Nobel de 2002, conhecido pelo pioneirismo no campo da economia comportamental. Em 1983, Kahneman cunhou o termo "aversão à perda" para descrever a sua constatação de que há a lamentar a perda de mais do que desfrutar de benefício.

(...) Depois de analisar centenas de artigos publicados, [o psicólogo] Baumeister e equipe relatou que o achado de Kahneman estendida a todos os domínios da vida - amor, trabalho, família, aprendizagem, redes sociais e muito mais. “Bad is stronger than good”, declararam em seu artigo seminal, de mesmo nome.

(...) os psicólogos Paul Rozin e Edward Royzman da Universidade da Pensilvânia, invocou o termo "viés da negatividade" para refletir sua constatação de que eventos negativos são particularmente contagiosos. Os pesquisadores da Penn deram o exemplo de um breve contato com uma barata, que 'normalmente torna uma deliciosa refeição em algo intragável´, como se diz em um artigo de 2001. (...) considere um prato de comida que você está inclinado a não gostar: feijão, peixe ou qualquer outra coisa. O que você poderia tocar para que os alimentos se tornem desejáveis para comer - ou seja, qual é o anti-barata? Nada! Quando se trata de algo negativo, o mínimo de contato é tudo que é necessário para transmitir a essência, eles argumentam.

De todos os vieses cognitivos, o viés negativo pode ter mais influência sobre nossas vidas. No entanto, os tempos mudaram. Já não estamos vagando pela savana, enfrentando o castigo cruel da natureza e uma vida em movimento. O instinto que nos protegeu durante a maior parte dos anos de nossa evolução é agora muitas vezes um entrave - ameaçando nossos relacionamentos íntimos e desestabilizar as nossas equipas de trabalho.

Foi na Universidade de Washington que o psicólogo John Gottman (...) descobriu uma fórmula para prever o divórcio com uma taxa de precisão de mais de 90 por cento, gastando apenas 15 minutos com um casal recém-casado. Ele passou o tempo avaliando a proporção de expressões positivas e negativas trocadas entre os casais, incluindo gestos e linguagem corporal. Gottman relatou mais tarde que os casais precisavam de um "coeficiente mágico" de pelo menos cinco expressões positivas para cada negativa para um relacionamento sobreviver. Então, se você acabou de chatear o seu parceiro sobre o trabalho doméstico, não se esqueça de elogiá-lo cinco vezes mais em breve. Casais que se divorciaram tinham quatro comentários negativos a cada três positivos. (...)

Adaptado daqui. Cartoon aqui

Receita Federal e Normas Contábeis


A Receita Federal editou duas normas para regulamentar a Lei nº 12.973, que acabou com o Regime Tributário de Transição (RTT). A Instrução Normativa (IN) nº 1.492 orienta as empresas em relação ao cálculo e registro dos juros sobre o capital próprio (JCP) e dividendos - ambos meios de remunerar sócios e acionistas. Já a IN nº 1.493 traz as regras para a elaboração das subcontas nos demonstrativos financeiros das empresas, conforme as novas normas contábeis (IFRS). A regulamentação era aguardada, principalmente pelas empresas que têm planos de adotar as novas normas contábeis, ainda este ano. Por isso, os esclarecimentos da Receita facilitarão essa tomada de decisão.

Segundo a coordenadora substituta de tributação da Receita, Cláudia Lúcia Martins da Silva, as subcontas foram criadas para garantir a neutralidade tributária entre um regime e outro.


(...)Em relação ao registro de ativos, ficou claro que os dados nas subcontas de ajuste a valor presente (valor atual de um fluxo de caixa futuro) e avaliação a valor justo (com base no mercado) deverão ser detalhados. De acordo com a norma, tais subcontas "serão analíticas e registrarão os lançamentos contábeis em último nível", o que deve gerar muito trabalho para as áreas de TI das empresas.


Apesar da publicação das instruções normativas, ainda faltam normas que regulem a forma de se fazer o laudo que comprova a existência de ágio (goodwill) - valor pago pela expectativa de rentabilidade futura na aquisição de uma empresa - e como controlar o lucro no exterior. Por nota, a Receita informou que a instrução normativa completa está prevista para o início de novembro. a Especialistas dizem que a medida poderá sair tarde demais porque é até outubro, prazo para a entrega da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF), que as empresas devem decidir se antecipam a saída do RTT.


Em 2015 será obrigatório aplicar as novas regras contábeis.


Fonte: Valor Econômico

Mais ainda sobre o assunto:
A maioria das grandes empresas brasileiras deve deixar para 2015 a migração para o novo arcabouço regulatório, previsto na Lei 12.973, para calcular quanto de Imposto de Renda e CSLL terá de recolher sobre os lucros.

A partir do ano que vem a mudança é obrigatória, mas em relação aos resultados do exercício de 2014, as companhias têm até 21 de outubro para decidir.

Segundo especialistas, será mais fácil para a maior parte delas usar por mais um ano o Regime Tributário de Transição (RTT), que está em vigor de maneira temporária desde 2008, quando se iniciou o processo de transição do modelo contábil brasileiro para o padrão internacional IFRS.

Essa visão foi reforçada após a regulamentação da nova lei, trazida pela Receita Federal por meio de duas instruções normativas publicadas na semana passada.

"O que veio foi a versão mais complicada que se podia imaginar. Será um desafio bastante importante do ponto de vista de sistemas", disse Marcelo Natale, sócio da Deloitte especializado em tributos, que participou ontem do 4º Encontro de Contabilidade e Auditoria, organizado pela Associação Brasileira de Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon).

Fonte: Aqui

Candidatos ao Nobel

A Thomas Reuters já escolheu os favoritos ao Nobel. Para a área de Economia são citados os possíveis vencedores:

1) Philippe Aghion e Peter Howitt - trabalho sobre destruição criativa;
2) William Baumol e Israel Kirzner - estudos sobre empreendedorismo
3) Mark Granovetter (foto) - sobre as iterações econômicas, redes sociais e relações sociais

Listas: Os maiores supermercados do mundo

Fonte: Aqui

25 setembro 2014

Rir é o melhor remédio

Fonta: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Empresa e Política

Seriamos inocentes se acreditássemos que uma empresa, através de seus gestores, não tenta exercer influencia política. A defesa dos interesses ocorre de diversas formas em parte pela grande dependência que a economia brasileira tem do Estado. Em suma, as conexões políticas são importantes para o próprio desempenho das empresas.

Por este motivo, não é surpreendente saber que algumas empresas fazem doações milionárias para certos candidatos. Entre estas empresas, a JBS foi aquela que mais fez doações nas eleições de 2014 (pelo menos por enquanto). Nós iremos mostrar quais as razões que levaram a JBS a fazer estas doações.

Inicialmente é importante destacar que a JBS é uma empresa que atua no abate e processamento de carnes e produtos derivados. Ou seja, não é uma empresa que possua no governo seu principal cliente. Mas, o mercado de carnes é regulado pela Anvisa, que fiscaliza as condições deste abate e processamento. Além disto, o Ministério do Trabalho também pode ter um poder sobre a empresa, quando interfere nas condições de trabalho nas fazendas e abatedouros.

Um segundo aspecto relevante é que a JBS é uma empresa com uma receita de R$30 bilhões por trimestre. O fato de ser uma das maiores empresas faz com que qualquer valor doado seja relevante em termos absolutos, mas talvez não seja expressivo em termos relativos. Conforme publicado pelo jornal Valor Econômico em 23 de setembro de 2014, a empresa tinha desembolsado R$113 milhões para as eleições. Isto representava 35% do total de doações realizadas por grandes grupos econômicos. O jornal afirma que isto corresponde a 51% dos dividendos distribuídos, mas esta comparação não é muito justa com a empresa, já que o valor dos dividendos pagos depende do lucro e a política de retenção (ou não) deste lucro. De qualquer forma, os valores pagos nas eleições representam 0,4% da receita. Mas, por outro lado, R$113 milhões é 28% do imposto de renda do segundo trimestre do ano.

O ponto crucial é tentar entender a razão pelo volume de doação realizado pela Friboi. Afirmamos que não é a receita, já que o governo não é o seu principal cliente. Entretanto, uma grande parcela da receita é originária da exportação. Neste caso, o governo pode ser “bonzinho” para a empresa com uma política de incentivo à exportação.

Mas observando o balanço patrimonial da empresa, do final do segundo trimestre de 2014, encontramos um ponto interessante:

De um ativo de 71 bilhões de reais, a parcela de empréstimos e financiamentos corresponde a quase 50%. Parte deste ativo é proveniente dos bancos estatais.

Mais uma informação. O Tribunal de Contas da União solicitou ao BNDES, um banco do governo que financia empresas, a informar sobre os investimentos realizados no frigorífico. Na página da empresa encontra-se a seguinte informação:

Assim, 35% do capital são provenientes do governo. Será necessária mais explicação para o excessivo volume de doações. (Por sinal, proporcionalmente, das doações R$113 milhões, R$40 milhões são provenientes do próprio governo. Não seria o caso de proibir doações de empresas com participação expressiva do governo no capital?)

Coliseu

Segundo a Folha de S Paulo o governo federal financiou metade da construção de um estádio de futebol no Ceará. Até aqui nada de mais. A obra tem uma fachada inspirada no Coliseu Romano e está localizada em Alto Santo. A curiosidade: o estádio tem capacidade para 20 mil pessoas e a cidade possui 16 mil habitantes. O custo da obra foi de R$1,3 milhão, sendo metade com dinheiro de emendas parlamentares e metade com recursos da prefeitura.

Frase

Se você é mesmo racional a estupidez do mundo vai te ajudar (Charles Munger)