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01 setembro 2014

Flávio Cunha ganha a medalha Frisch

Divulgação









O economista brasileiro Flavio Cunha é um dos ganhadores da Medalha Frisch de 2014, distinção concedida a cada dois anos pela Sociedade Econométrica. Professor da Universidade da Pensilvânia, ele foi escolhido com o Nobel James Heckman, da Universidade de Chicago, e Susanne Schennach, da Universidade Brown, pelo artigo “Estimando a tecnologia da formação de habilidades cognitivas e não cognitivas”. Ele é o primeiro brasileiro a vencer o prêmio, conferido desde 1978.

Cunha escreveu vários estudos com Heckman, Nobel em 2000, mostrando a importância da educação infantil. Segundo ele, o objetivo do trabalho que ganhou a Medalha Frisch é “encontrar as equações matemáticas que descrevem o desenvolvimento de habilidades cognitivas, como matemática e língua portuguesa, e não-cognitivas, como persistência, motivação e auto-controle, do nascimento até aos 15 anos de idade.”

Ao falar das conclusões do artigo, Cunha diz que “as habilidades cognitivas respondem mais fortemente aos investimentos que ocorrem cedo na vida de uma criança”. Depois, fica cada vez mais caro tentar mudar uma criança em que se investiu pouco na primeira infância. “Em contraste, as habilidades não-cognitivas tem uma resposta mais uniforme ao longo da infância e da adolescência. É possível, desse modo, remediar baixos investimentos em habilidade cognitiva na primeira infância com investimentos mais elevados em habilidades não-cognitivas em idades mais avançadas.”

Segundo Cunha, o modelo econômico de formação de capital humano que Heckman e ele publicaram em 2007 havia sido inspirado em estudos experimentais de pequena escala, envolvendo cerca de 120 crianças. “O estudo que foi premiado confirma que as equações do modelo de 2007 são uma boa descrição do desenvolvimento de capital humano de 2 mil crianças que foram observadas desde o nascimento até os 15 anos de idade”, afirma ele.

Chegar às equações exigiu a superação de alguns problemas, diz Cunha. “Primeiro, não existia uma escala de medida para habilidades cognitivas e não-cognitivas. Por exemplo, para medir temperatura, temos a escala Celsius. Surpreendentemente, não tínhamos uma escala para medir habilidades. O artigo estabelece escalas naturais para as habilidades cognitivas e não-cognitivas”, afirma ele, explicando que, nesse caso, uma escala natural é, por exemplo, “o salário de uma pessoa na fase adulta da sua vida”. Pessoas com mais habilidades tendem a ter salários mais elevados.

Outro problema a ser superado é que as habilidades e os investimentos são medidos com muito erro. “É muito difícil quantificar o ambiente onde uma criança vive e é ainda mais difícil medir o QI de uma criança que tem 1 ou 2 anos de idade”, diz Cunha. “A técnica econométrica é matematicamente muito complicada por causa desse problema de erro de medida. Mas, se não tivéssemos resolvido esse problema, não poderíamos responder essa pergunta."

O terceiro problema, segundo ele, é que não se podiam fazer hipóteses sobre a fórmula matemática das equações. “Então, tinhamos que desenvolver uma técnica não-paramétrica, o que torna a análise um pouco mais complicada”, diz Cunha, acrescentando que uma técnica não-paramétrica é um “método estatístico que permite que a relação entre duas ou mais variáveis seja obtida sem impor qualquer orientação da teoria”.

Havia ainda um quarto problema. “Os dados eram observacionais e não experimentais. Ou seja, não tínhamos como manipular o ambiente onde as crianças cresciam para poder ver o impacto no desenvolvimento muitos anos mais tarde. Para lidar com esse tipo de problema, os economistas usam, por exemplo, variáveis que afetam diretamente o ambiente, mas apenas indiretamente o desenvolvimento de uma criança”, afirma Cunha. “Nós tivemos que estudar como adaptar essa técnica de estimação para um modelo não-paramétrico e com dados que têm muito erro de medida.”

A Sociedade Econométrica é uma instituição internacional que tem o objetivo de promover o avanço da teoria econômica em sua relação com a estatística e a matemática. “O prêmio é um incentivo a continuar nessa linha de pesquisa, pois ainda existem muitas questões em aberto”, afirma Cunha, que fez o mestrado na Escola de Pós-Graduação em Economia (EPGE) da Fundação Getulio Vargas (FGV) e é PhD pela Universidade de Chicago.

Leia mais em:
http://www.valor.com.br/brasil/3544888/brasileiro-e-um-dos-vencedores-de-premio-da-sociedade-econometrica#ixzz3Bz62jDGF

Listas: Os times com maiores torcidas

Fonte: Aqui

31 agosto 2014

Rir é melhor remédio



Capa de revista e pintura

Mestre das Finanças: Entrevista com Paul Samuelson

Testando População na Auditoria

Um alto funcionário da KPMG defendeu, na revista Forbes (The Future of Audit, James Liddy), que as auditorias, que hoje testam pequenas amostras de transações para extrapolar para o universo dos dados, podem, no futuro, examinar 100% das transações:

Today, in many cases we perform procedures over a relatively small sample of transactions – as few as 30 or 40 – and extrapolate conclusions across a much broader set of data. In the future, using high powered analytics, auditors will have the capacity to examine 100 percent of a client’s transactions. We will be able to sort, filter and analyze tens of thousands or millions of transactions to identify anomalies, making it easier to focus in on areas of potential concern and drill down on those items that may have the highest risks.

Realmente uma ideia ousada na auditoria.

O brasileiro é conservador?

O que é aceitável ou não para as pessoas? Isto depende do lugar onde você mora. Uma pesquisa com mais 40 mil pessoas, de 40 países diferentes, incluindo o Brasil, questionou as pessoas sobre temas polêmicos: casos fora do casamento, jogo, homossexualidade, aborto, sexo antes do casamento, consumo de álcool, divórcio e uso de contraceptivos. As respostas variaram de acordo com o país.

O Brasil pode ser considerado, em geral, um país nem conservador nem liberal. Os brasileiros responderam contrários a ter um caso fora do casamento, o jogo, o aborto e o uso de álcool (!); as respostas obtidas nestes itens foram superiores do que a média mundial. Mas foram mais liberais nas restrições a homossexualidade, o sexo antes do casamento, o divórcio e o uso de contraceptivos.

30 agosto 2014

Rir é o melhor remédio



Mistura de capa de revista com pinturas clássicas

Fato da Semana

Fato: A perda de Massayuki Nakagawa

Qual a relevância disto? O professor Massayuki não jogava para plateia, mas foi importante para a contabilidade brasileira em pelo menos dois pontos. Em primeiro lugar, pelo pioneirismo em defender o custeamento por atividades, logo após seu surgimento nos Estados Unidos. Não é preciso dizer que este método de custeio foi a grande inovação dos últimos anos na área de custos. Como presenciei este momento, posso dizer que esta defesa não foi fácil, já que existiam proponentes de sistemas alternativos dominando o pensamento acadêmico de então. Obviamente que este papel o conduziu na liderança da Associação Brasileira de Custos.

Em segundo lugar, pelo papel na comissão de especialistas do MEC, que na década de noventa reformulou o ensino de contabilidade no Brasil.

Pouco a escrever. Muito a lamentar.

30 maiores bilionários do Brasil

A revista americana Forbes divulgou ontem (27/08) uma nova lista com os maiores bilionários do Brasil em 2014. No topo, de novo, está Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do país. O empresário, que possui uma fortuna avaliada em R$ 49,85 bilhões, criou o fundo de private equity 3G Capital.
Em segundo e terceiro lugar estão Joseph Safra, co-fundador do banco que leva seu sobrenome, com uma fortuna avaliada em R$ 35,98 bilhões, e Marcel Herrmann Telles companheiro de Lemann na 3G com R$ 25,58 bilhões.
Apenas quatro mulheres aparecem entre os 30 mais ricos. Maria Helena Moraes Scripilliti (17º) é quem tem a maior fortuna, de R$ 7,33 bilhões. Ela é filha de José Ermírio de Moraes, fundador do Grupo Votorantim, que faleceu na última segunda-feira (25/08). Veja a lista completa aqui:
NomeFortuna
Jorge Paulo LemannR$ 49,85 bilhões
Joseph SafraR$ 35,98 bilhões
Marcel Herrmann TellesR$ 25,58 bilhões
Carlos Alberto SicupiraR$ 22,30 bilhões
Roberto Irineu MarinhoR$ 15,93 bilhões
José Roberto MarinhoR$ 15,86 bilhões
João Roberto MarinhoR$ 15,86 bilhões
Marcelo Bahia Odebrecht & famíliaR$ 14 bilhões
José Batista Sobrinho & famíliaR$ 11,92 bilhões
10ºFrancisco Ivens de Sá Dias BrancoR$ 10,99 bilhões
11ºWalter FariaR$ 9,80 bilhões
12ºAndré EstevesR$ 9,55 bilhões
13ºEduardo SaverinR$ 9,52 bilhões
14ºErmírio Pereira de MoraesR$ 9,15 bilhões
15ºAbilio dos Santos DinizR$ 8,90 bilhões
16ºAloysio de Andrade FariaR$ 7,52 bilhões
17ºMaria Helena Moraes ScripillitiR$ 7,33 bilhões
18ºPedro Moreira SallesR$ 7,17 bilhões
19ºJoão Moreira SallesR$ 7,17 bilhões
20ºFernando Roberto Moreira SallesR$ 7,17 bilhões
21ºWalter Moreira Salles JúniorR$ 7,17 bilhões
22ºDavid Feffer & famíliaR$ 6,93 bilhões
23ºMiguel KrigsnerR$ 6,45 bilhões
24ºRegina de Camargo Pires Oliveira DiasR$ 6,27 bilhões
25ºRosana Camargo de Arruda BotelhoR$ 6,27 bilhões
26ºRenata de Camargo Pires Oliveira DiasR$ 6,27 bilhões
27ºEdson de Godoy BuenoR$ 5,79 bilhões
28ºCesar Beltrão de Almeida & famíliaR$ 5,58 bilhões
29ºNevaldo Rocha & famíliaR$ 5,36 bilhões
30ºAntonio Luiz SeabraR$ 5,05 bilhões

Sebastião Salgado

Fotografias de Sebastião Salgado: Gênesis








29 agosto 2014

Massayuki Nakagawa


Massayuki Nakagawa foi meu professor durante o doutorado. Recordo bem quando, após uma apresentação de um trabalho para sua disciplina, nos aconselhou a aproveitar devidamente o tempo disponível - ainda faltavam dez minutos. O trabalho apresentado deveria ter duas horas de apresentação.

Depois fomos colegas na comissão de especialistas do Ministério da Educação (MEC) responsável pela mudança na estrutura curricular, incluindo a obrigatoriedade da disciplina de Teoria da Contabilidade. Ele convidou doutores jovens para compor esta comissão e permitia uma discussão livre e inclusiva dos assuntos. O incentivo a participação de todos era estimulante.

Minha admiração por sua trajetória cresceu em razão das suas posições firmes: quando todos na sua universidade eram partidários xiitas de certo sistema de custo, Massayuki ousou defender o ABC. Formou-se em Contabilidade pela Fecap em 1952, tendo concluído o mestrado em 1976 e o doutorado em 1987. Foi chefe de Departamento de Contabilidade da USP.

Quando montamos o curso com a UFRN e UFPB, Massayuki sempre esteve presente nos convites de banca. Jovem, eternamente jovem.



Pena.


Massayuki Nakagawa 1928-2014

Rir é o melhor remédio





Zoey e Jasper

Curso de Contabilidade Básica: O lado direito

Quando a contabilidade prepara as demonstrações contábeis, o usuário pode fazer destas informações “o que bem entender”. Ou seja, o usuário pode, por exemplo, mudar as contas de lugar. Vamos mostrar como isto ocorre com o capital de terceiros. Parte deste passivo é proveniente das operações da empresa. É o caso dos fornecedores, de salários a pagar, de impostos a pagar, entre outras contas. E existem os empréstimos e financiamentos, que irão gerar despesas financeiras, e dizem respeito a decisão de captação de recursos. Assim, alguns analistas consideram adequado considerar no lado direito do “seu” balanço somente os empréstimos e financiamentos. E o que é feito das outras contas do passivo? Estes analistas “reclassificam” como se fosse uma subtração do ativo.

Veja o balanço patrimonial da Marcopolo, uma empresa que atua na área de transportes. Destacamos na figura os empréstimos e financiamentos, de curto e de longo prazo.  Os demais valores seriam “transferidos” para o ativo com o sinal negativo.

Com isto, o lado direito ficaria da seguinte forma:

Empréstimos e Financiamentos de Curto Prazo = 382.831
Empréstimos e Financiamentos de Longo Prazo = 1.490.414
Patrimônio Líquido = 1.481.624
Participação dos não controladores = 18.408
Total = 3.373.277


Ou seja, reduziu o lado direito em 680.803. O valor do ativo seria subtraído também neste valor. Observe que esta alteração no balanço para fins de análise modifica uma série de índices, como o endividamento. Mas ideia aqui é considerar no passivo somente aquilo que gera despesa financeira.  Pode parecer estranho, mas quanto mais usamos um instrumento, maior a chance de querermos customizá-lo. 

Desvendando o lucro do BNDES

O real resultado do BNDES
Sérgio Lazzarini *
O Estado de S.Paulo, 27 de agosto de 2014

O BNDES reportou um lucro recorde de R$ 5,4 bilhões referente ao primeiro semestre deste ano, valor 67,8% superior ao obtido em 2013. Ao cidadão sem tempo para entrar nos detalhes do que gerou esse resultado, a impressão que fica é de um banco público de extraordinário desempenho e que refuta, com seus resultados, as críticas à acelerada expansão das suas operações nos últimos anos. Ao cidadão que decide investigar os números, entretanto, a realidade é outra.

"A transparência é um dos princípios que o BNDES preza no seu relacionamento com a sociedade", diz um trecho da sua página de internet. De fato, na seção denominada relação com investidores, o cidadão pode ver detalhes das demonstrações financeiras e diversas explicações sobre os resultados.

Especificamente sobre o resultado do primeiro semestre de 2014, o banco atribuiu o lucro recorde, entre outros fatores, à melhoria no desempenho do seu braço de investimentos, o BNDESPAR, que aplica sua carteira em participações societárias de empresas, muitas delas negociadas em Bolsa, e outros ativos financeiros.

Na página, o banco conclui ressaltando "a boa gestão das operações da carteira da BNDESPAR". A afirmação, contudo, merece ressalvas, uma vez que no primeiro semestre de 2013 o próprio relatório do BNDESPAR reportou perda de valor de sua carteira, que impactou negativamente o resultado naquele período. Essa mesma provisão para perda já havia ocorrido ao longo de 2012. Ao comentar o mau resultado daquele ano, o banco pôs a culpa no mercado, dizendo que sua carteira é "sensível a mudanças na situação econômica do País e do mundo".

E o que o fez o resultado do último semestre melhorar? A resposta está no próprio mercado: enquanto a Bolsa despencou ao longo do primeiro semestre de 2013, o inverso ocorreu este ano, permitindo ao banco reduzir as provisões para perda de valor dos seus ativos. Ou seja: quando sua carteira vai mal, o BNDES põe a culpa no mercado; quando vai bem, o mérito é da sua "boa gestão"! Ironicamente, o que acabou animando o mercado acionário neste ano foi justamente a queda de popularidade do atual governo, controlador do BNDES, aumentando as chances de segundo turno nas eleições.

Ainda seguindo com a sua explicação sobre o resultado do semestre, o BNDES diz que "outro fator que influenciou positivamente o lucro de junho foi o aumento de 19,3% do resultado de intermediação financeira". Essa rubrica engloba os repasses de crédito do BNDES e o resultado de rendimentos dos seus ativos. Porém, do total de receitas consolidadas com intermediação financeira no período, R$ 8,4 bilhões vieram não das operações de repasse de crédito em si (a atividade central do banco), mas de aplicações em títulos e rendas com operações vinculadas ao Tesouro. Esses itens representaram nada menos que 43% das receitas com intermediação do banco.

O que são essas operações? Como todo banco, o BNDES tem ativos e pode aplicá-los no mercado, rendendo juros. Não menos importante, como já detectado por especialistas em contas públicas como Mansueto Almeida e José Roberto Afonso, parte dos títulos do BNDES é de transferências do próprio governo, que se tem endividado para capitalizar o banco. Ocorre que o governo empresta ao BNDES dinheiro atrelado a uma taxa subsidiada, a TJLP, atualmente em 5% ao ano, muito inferior às taxas de mercado. E o contexto foi mais uma vez favorável: a taxa de referência do mercado, a Selic, saltou de 7,25% para 11% ao ano do começo de 2013 para cá.

Com isso, o governo se endivida e repassa ao BNDES ativos que rendem muito mais que a taxa subsidiada do governo. Ao aumentar o lucro da sua controlada, o governo pode, então, usar parte desse lucro como dividendos e inflar o seu superávit. Convenhamos: com tantas manobras, fica difícil de acreditar que a atual gestão do BNDES e o seu controlador realmente tenham transparência como um de seus pilares.

*Sérgio Lazzarini é professor titular do Insper, autor de 'Capitalismo de Laços' e de 'Reinventing State Capitalism'. Email: sergiogl1@insper.edu.br -

Frase

"evitar que se escondam informações relevantes [à sociedade]".

Vânia Borgerth, assessora em Contabilidade e Transparência do Mercado do BNDES, sobre a metodologia proposta pelo relato integrado, ao Valor Econômico. O BNDES está sendo obrigado a divulgar informações sobre empréstimos realizados.

Mapa

Metrô: Diferença entre Brasil e China.

Petrobrás e Vaca Muerta

Apesar dos diversos erros cometidos pela empresa Petrobrás nas decisões de investimento no exterior, a empresa continua apoiando o risco. Segundo o El País, a empresa estatal brasileira decidiu investir na região de Vaca Muerta na exploração de petróleo e gás. Onde fica Vaca Muerta? Na estável Argentina, que atualmente vive uma crise da dívida e possui um governo imprevisível.

Listas: Jovens Economistas brilhantes

Segundo o FMI:

1. Nicholas Bloom, 41, British, Stanford University, uses quantitative research to measure and explain management practices across firms and countries. He also researches the causes and consequences of uncertainty and studies innovation and information technology.

2. Amy Finkelstein, 40, American, MIT, researches the impact of pub- lic policy on health care systems, government intervention in health insurance markets, and market failures.

3. Raj Chetty, 35, Indian and American, Harvard University, received his Ph.D. at age 23. He combines empirical evidence and economic theory to research how to improve government pol- icy decisions in areas such as tax policy, unemployment insurance, education, and equality of opportunity.

4. Melissa Dell, 31, American, Harvard, examines poverty and insecurity through the relationship between state and non-state actors and economic development, and studies how reforms such as government crackdowns on drug violence can influence economic outcomes.

5. Kristin Forbes, 44, American, Bank of England and MIT, has held positions in both academia and the economic policy sphere, where she applies her research to policy questions related to international macroeconomics and finance.

6. Roland Fryer, 37, American, Harvard, focuses on the social and political economics of race and inequality in the United States. His research investigates economic disparity through the development of new economic theory and the implementation of randomized experiments.

7. Xavier Gabaix, 43, French, New York University (NYU), has researched behavioral economics, finance, and macro- economics, including corporate executives' compensation levels and asset pricing.

8. Gita Gopinath, 42, American and Indian, Harvard, studies international macroeconomics and trade with a focus on sovereign debt, the response of international prices to exchange rate movements, and the rapid shifts in relative value among world currencies.

9. Esther Duflo, 42, French and American, Massachusetts Institute of Technology (MIT) and the Jameel Poverty Action Lab, focuses on microeconomic issues in developing economies, including household behavior, education, access to finance, health, and policy evaluation.

10. Matthew Gentzkow, 39, American, University of Chicago, applies micro- economic empirical methods to the economics of the news media, including the economic forces driving the creation of media products, the media and the digital environment, and the media's effect on education and civic engagement.

11. Emmanuel Farhi, 35, French, Harvard, is a macroeconomist who focuses on monetary economics, international economics, finance and public finance, including research on global imbalances, monetary and fiscal policy, and taxation.

12. Oleg Itskhoki, 31, Russian, Princeton University, specializes in macroeconomics and international economics with a focus on globalization, inequality and labor market out- comes, international relative prices and exchange rates, and macroeconomic policy in open economies.

13. Hélène Rey, 44, French, London Business School, focuses on the determinants and consequences of external trade and financial imbalances, the theory of financial crises, and the organization of the international monetary system.

14. Emmanuel Saez, 41, French and American, University of California, Berkeley, is recognized for using both theoretical and empirical approaches to income inequality and tax policy.

15. Jonathan Levin, 41, American, Stanford, is an expert on industrial organization and microeconomic theory, specifically on the economics of contracting, organizations, and market design.

16. Atif Mian, 39, Pakistani and American, Princeton, studies the connections between finance and the macro economy. He is coauthor of the critically acclaimed House of Debt, which builds on powerful new data to describe how debt precipitated the Great Recession and continues to threaten the global economy.

17. Emi Nakamura, 33, Canadian and American, Columbia University, is a macroeconomist whose fields of research include monetary and fiscal policy, business cycles, finance, exchange rates, and macreconomic measurement.

18. Nathan Nunn, 40, Canadian, Harvard, focuses his research on economic history, economic development, political econ- omy and international trade. Of particular interest is the long-term impact of historic events such as slave trade and colonial rule on economic development.

19. Parag Pathak, 34, American, MIT, played a role in apply- ing engineering approaches to microeconomics. His research focuses on market design, education and urban economics.

20. Thomas Philippon, 44, French, NYU, studies the interactions of finance and macroeconomics: risk premia and corporate investment, financial crisis and systemic risk, and the evolution of financial intermediation.

21. Amit Seru, 40, Indian, University of Chicago, researches financial intermediation and regulation as well as issues related to corporate finance, including resource allocation within and between firms, and organizational incentives.

22. Amir Sufi, 37, American, University of Chicago, is coauthor of House of Debt. He studies links between finance and the macro economy, including the effect of house prices on spending and the effect of corporate finance on investment.

23. Iván Werning, 40, Argentine, MIT, is a macroeconomist who aims to improve tax and unemployment insurance policies via theoretical economic models. As well as optimal taxation, he studies stabilization and monetary policy, including macroprudential policy.

24. Justin Wolfers, 41, Australian and American, Peterson Institute for International Economics and University of Michigan (on leave), studies labor economics, macroeconomics, political economy, law and economics, social policy, and behavioral economics. In addition to his research, Wolfers is a columnist for The New York Times.

25. Thomas Piketty, 43, French, Paris School of Economics, is known for his research, with Emmanuel Saez, on the distribution of income and wealth. His bestseller, Capital in the Twenty-First Century, argues that global inequality will increase because the rate of capital return in developed economies is higher than the rate of economic growth, exacerbating wealth inequality.

28 agosto 2014

Rir é o melhor remédio




Vida de esquilo

Curso de Contabilidade Básica: Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa 3

A provisão para crédito de liquidação duvidosa ou provisão de devedores duvidosos deve levar em consideração a probabilidade da empresa não receber os valores prometidos pelos seus clientes (Apesar de existir uma controvérsia com respeito da denominação desta provisão, o certo é que o termo é amplamente utilizado, inclusive por grandes empresas). É uma estimativa da chance de transformação de um ativo menos líquido, no caso os valores a receber, em caixa. Existem dois setores onde a constituição, as baixas e os saldos da Provisão são fundamentais no desempenho das empresas: as empresas com elevadas comercialização a prazo e as instituições financeiras.

As chances de recebimento podem variar conforme as características e qualidades do crédito. Assim, um cliente com caráter, capacidade de pagamento, com capital, com condições e garantias (colateral) – os cinco C´s do crédito – terá uma chance maior de pagamento do que um cliente com um histórico de atrasos. Cada empresa deve fazer uma análise da sua carteira antes de proceder a classificação.


Considere o exemplo do Bradesco. Este banco divide sua carteira de crédito, classificando seus clientes como AA (menor risco), A, B, até H, sendo estes de maior risco. Uma carteira com mais clientes H será uma carteira com maior risco; maior concentração nas primeiras letras do alfabeto representa menos risco. Os clientes AA possuem grande qualidade e o Bradesco não constitui provisão para eles. Os clientes A possuem um risco maior e no mínimo a provisão é de 0,5% do valor do crédito. No final do primeiro trimestre a carteira destes clientes era de R$138 bilhões e por este motivo a provisão mínima deveria ser de 691 milhões de reais ou 0,5% x 138 bilhões. Fazendo um saldo, os clientes F não são tão confiáveis e por este motivo a provisão deste grupo é de 50% do valor. Como o Bradesco tinha R$2,8 bilhões de títulos com estes clientes, a provisão mínima para estes clientes seria de 1,4 bilhão. E os clientes H? Este grupo é tão questionável que a provisão é integral. Ou seja, os 10,5 bilhões de reais devem ser considerados como totalmente provisionados. 


FMI e Fraude

Magistrados franceses colocaram a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, sob investigação formal por negligência em um caso de fraude política datado de 2008, quando ela era ministra das Finanças, disse o advogado de Lagarde nesta quarta-feira (27). O advogado Yves Repiquet disse à Reuters que Lagarde, que nesta semana foi interrogada por magistrados em Paris pela quarta vez sob seu status atual de testemunha na longa saga, declarou que a medida é infundada. "Estamos entrando com um recurso contra isso", disse Repiquet por telefone, acrescentando que Lagarde, que deveria retornar à sede do FMI em Washington ainda nesta quarta-feira, não tem planos de renunciar ao cargo.

Folha de S Paulo

Listas: Onde temos muitos contabilistas

Unidades da federação: relação entre número de habitantes e número de contabilistas

1. Distrito Federal = 162
2. Rio de Janeiro = 298
3. Santa Catarina = 307
4. Rio Grande do Sul = 309
5. São Paulo = 312
6. Rondônia = 314
7. Paraná = 345
8. Espírito Santo = 351
9. Mato Grosso = 361
10. Mato Grosso do Sul = 365

Fonte: Aqui

A relação elevada do DF talvez seja explicada pelo serviço público, onde é obrigatório o registro do profissional para assumir certas funções. A surpresa é Rondônia (assim como MT e MS). Valores de 31 de outubro de 2010.

27 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

Sinal de perigo: o que não importa e o que é relevante

Curso de Contabilidade Básica: Contrato como Intangível

Quando se fala em intangível geralmente pensamos em marca ou ponto comercial. Mas um intangível importante para certos tipos de empresas é o contrato de concessão. Este contrato é usualmente firmado entre uma empresa e o poder público para prestar certos serviços. Neste tipo de contrato, não existe a garantia de receber certa quantia em dinheiro, já que o montante recebido depende do uso do serviço da empresa. Ao final do contrato, os ativos retornam para a concedente, tendo a empresa direito a receber os saldos não amortizados ou não depreciados destes itens.

Um exemplo de contrato de concessão é aquele firmado entre uma prefeitura e uma empresa que irá explorar o serviço de metrô. O contrato possui uma duração de anos, e até décadas, e irá gerar receita no futuro para a empresa concessionária. A seguir temos o extrato do balanço patrimonial da MetroRio, a empresa que explora o serviço metroviário na cidade do Rio de Janeiro.

Observe que o intangível corresponde a grande parte do ativo total, num valor maior que os trens ou os ativos de curto prazo. Como foi calculado o valor deste intangível? A empresa apresenta, nas notas explicativas, um pequeno detalhamento da metodologia utilizada:

Basicamente a empresa faz uma estimativa do fluxo de caixa futuro e traz a valor presente usando uma taxa (o “custo de capital” do texto). (Existem detalhes técnicos nesta mensuração, mas é interessante notar que utiliza cinco anos, apesar do contrato de ser até 2034).


Outro aspecto importante é que o valor do contrato é amortizado ao longo do tempo, sendo levado a resultado. 

Novo contador da SEC

A Securities and Exchange Commission nomeou James Schnurr como contador-chefe para o lugar de Paul A. Beswick. Schnurr começa no seu novo cargo em outubro e será responsável pela política de auditoria contábil e do desempenho dos auditores das grandes empresas dos Estados Unidos.

James trabalhou durante muitos anos na Deloitte (mais de dez anos), tendo chegado a vice-presidente.

Problemas que devemos tentar resolver

Richard Feynman foi o segundo maior físico do século XX. Sua vida é fantástica e inclui passagens pelo Brasil. Recentemente li uma correspondência que Feynman troca com um ex-aluno, que reproduzo alguns trechos a seguir:

Os problemas que valem a pena são os que você pode realmente resolver ou ajudar a resolver, que você pode realmente contribuir com algo. Um problema é grande na ciência se está diante de nós sem solução e vemos alguma forma para fazermos algum progresso nisso. Eu aconselho você a tornar ainda mais simples, ou como você diz, humilde, os problemas até encontrar algum que você pode realmente resolver facilmente, não importa o quão trivial. Você vai ter o prazer de sucesso e de ajudar o próximo, mesmo que seja somente para responder a uma pergunta de um colega menos capaz do que você.

(...) eu tinha um outro aluno de doutorado (Albert Hibbs) cuja tese foi sobre como os ventos constroem ondas soprando a água no mar. Aceitei-o como um aluno porque ele veio até mim com o problema que queria resolver. Com você eu cometi um erro, eu dei-lhe o problema, em vez de deixá-lo encontrar o seu próprio; e você ficou com uma ideia errada do que é interessante ou agradável ou importante para trabalhar (...). Sinto muito, me desculpe. (...)

Nenhum problema é muito pequeno ou muito trivial se podemos realmente fazer algo sobre isso.

Meio milhão

O Conselho Federal anunciou que o Brasil atingiu a marca de 500 mil profissionais registrados. São Paulo é o estado com maior número de profissionais, com 139 mil; depois Minas (55 mil) e Rio de Janeiro (54,7 mil).

Do total, quase 70% são técnicos e 60% homens.

Listas: Os Estados e os Contadores

1 – São Paulo =138811
2 – Minas Gerais = 54920
3 – Rio de Janeiro = 54704
4 – Rio Grande do Sul = 37801
5 – Paraná = 32100
6 – Bahia =21379
7 – Santa Catarina = 20196
8 – Distrito Federal = 14955
9 – Pernambuco = 13703

10 – Ceará = 12478

As dez unidades da federação com maior número de contadores registrados. Fonte: CFC

26 agosto 2014

Rir é o melhor remédio

 O ser humano pode viver sem: alimento, água, dormir, internet...
 Ferramentas do Facebook: disponíveis e úteis.
A evolução digital: conteúdo e propaganda

Fonte: Aqui

Curso de Contabilidade Básica: Sem fins lucrativos 2

A contabilidade possui muitas utilidades. Em geral quando aprendemos os primeiros passos na área concentramos nossa atenção nas empresas de serviço ou comercial, com fins lucrativos. E o uso que fazemos das informações obtidas geralmente está associado a uma decisão financeira: emprestar dinheiro para empresa, investir em ações, verificar a chance de falência,  etc.

Iremos tratar hoje de uma entidade sem fim lucrativo. E nosso objetivo é um pouco diferente das situações usuais. Vamos observar as informações contábeis do Instituto Ronald McDonald, uma entidade associada à empresa de fast-food McDonald´s. E nosso objetivo é tentar ajudar você a tomar uma decisão bem simples: você deve ajudar ou não o Instituto? Geralmente em agosto a rede de sanduíche promove o “McDia Feliz”, onde o cliente pode consumir um Big Mac, o principal sanduíche da rede, e o recurso arrecadado, exceto alguns impostos, é revertido para instituições de apoio e combate ao câncer infanto-juvenil no Brasil.

O Instituto Ronald McDonald disponibiliza um Relatório deAtividades desde 2004. Isto é um ponto positivo, já que a entidade está disposta a mostra o que faz com o dinheiro obtido nas campanhas. Vamos analisar somente o último relatório, mas você poderá notar que não existe muita diferença entre eles.

O relatório de atividades possui 72 páginas e é muito bem produzido. Mostramos a seguir a primeira página, com um desenho feito por uma criança de Santa Catarina. O objetivo do relatório de atividades já aparece muito claro aqui: comover o doador. O texto é dividido em Conselhos, Mensagem do Presidente, Quem somos, Programas, Projetos, Fontes de Recursos, Solidariedade traduzida em números, Transparência, Mensagem do Superintendente e Ficha Técnica. Cada um destes capítulos possui uma cor diferente, mas o padrão de apresentação é basicamente o mesmo: uma apresentação bonita, com muitas fotografias de crianças e um texto agradável.

No capítulo de Fontes de Recursos ficamos sabendo que foram vendidas 1,8 milhão de unidades em 2013, com uma arrecadação de 20,4 milhões de reais. Isto equivale a 11,33 reais por unidade vendida e fez com que o ano de 2013 batesse o recorde da campanha.

Vamos olhar as informações contábeis, que estão no capítulo Transparência. Este item começa com a “carta de auditoria”, assinada pela EY, uma das grandes empresas de auditoria, o que daria uma tranquilidade para o doador. Logo no segundo parágrafo a EY fala que examinou as “demonstrações financeiras” que “compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2013 e as respectivas demonstrações do resultado das atividades sociais, das mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa (...) assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas”.  E esta carta afirma que está tudo certo com as informações. Isto parece ser um alívio para o leitor que deseja consumir seu Big Mac para ajudar as criancinhas.

Vamos então olhar as demonstrações financeiras do Instituto. Na página seguinte temos o balanço patrimonial, que se encontra reproduzido abaixo. A entidade possui um “caixa e equivalentes de caixa” de 13,7 milhões, que corresponde a 55% do ativo. (Volte no texto e veja que em 2013 o instituto vendeu 20,4 milhões de reais durante a promoção; parece que quase 70% estão “descansando” no caixa). A figura mostra que os detalhes desta conta estão na nota explicativa “4”. Existem 10,4 milhões de recursos repassados, que é explicado na nota 5.

No passivo existem 5,5 milhões de recursos a repassar e o “fundo social”, que corresponde ao capital social numa empresa, é de 16,4 milhões ou dois terços do lado direito. Observe o leitor que destacamos a seguinte informação: “as notas explicativas são partes integrantes das demonstrações financeiras”.

Bom, então vamos para as notas explicativas. Se o leitor tiver a curiosidade de acompanhar este texto com as demonstrações financeiras irá perceber que a carta do auditor está na página 67, o balanço patrimonial na página 68 e página seguinte é outro capítulo, qual seja, a “mensagem do supervisor”. É isto mesmo: a “transparência” limita-se a duas páginas! E as notas explicativas – conforme a carta e a figura acima? Não são apresentadas para o leitor. E as outras demonstrações financeiras que o auditor disse que analisou? Também não são apresentadas. Ou melhor, parece que é de uso e análise exclusiva da EY, a empresa de auditoria.

Ficamos curiosos em saber quem era o contador do Instituto. Mas isto também não é objeto do Relatório de Atividades. Se o leitor for mais curioso ainda poderá verificar que em nenhum dos relatórios anteriores as demonstrações são apresentadas completas.

Para finalizar encaminhamos a seguinte mensagem para o Instituto:

Estava lendo o relatório de atividades do Instituto e percebi que o auditor comenta sobre "notas explicativas" e "outras demonstrações". Entretanto, o relatório só apresenta o Balanço Patrimonial. É isto mesmo?


Vamos ver se teremos uma resposta. 

Casamento e felicidade

Um relatório do National Marriage Project, dos Estados Unidos, mostrou que ter um grande casamento, com uma grande festa, aumenta a chance de ter mais felicidade conjugal. Os pesquisadores analisaram 418 casamentos durante cinco anos, a partir de 2007 e 2008. Os casais que convidaram mais de 150 pessoas foram mais felizes em 47% do tempo. Casais que tiveram menos de 50 pessoas relataram felicidade em 31% do tempo.

Uma análise é que mais convidados aumenta o incentivo para manter o compromisso. Além disto, mais pessoas indicaria uma maior sustentação de amigos e familiares.