Os 10 primeiros resultados quando digito “accounting” no sitio da Amazon
Accounting Made Simple: Accounting Explained in 100 Pages or Less
Financial Statements: A Step-by-Step Guide to Understanding and Creating Financial Reports
Accounting (Carl S. Warren, James M. Reeve e Jonathan Duchac)
Accounting For Dummies
Accounting Equations & Answers
Accounting (Carl S. Warren, James M. Reeve e Jonathan Duchac, 2008)
Accounting - Boundless
The Accounting Game: Basic Accounting Fresh from the Lemonade Stand
Accounting Made Simple: Accounting Basics and Step-By-Step Financial Reports (Accounting Principles Book 1)
Understanding Accounting Fundamentals: The Logic of Debit/Credit
Os 10 primeiros resultados quando digito "contabilidade" na Livraria Cultura
Contabilidade de Custos - Martins
Manual de Contabilidade Societária - Martins
Contabilidade Introdutória - USP
Contabilidade Básica - Ferreira
Contabilidade Aplicada ao Setor Público - Glauber
Contabilidade Básica - Marion
Contabilidade Empresarial - Marion
Contabilidade Básica Fácil - Ribeiro
Contabilidade Geral Fácil - Ribeiro
Contabilidade Geral - Ferrari
19 agosto 2014
18 agosto 2014
Curso de Contabilidade Básica: Perdas no Supermercado
Um texto publicado no jornal Folha de S Paulo faz uma referência às perdas dos supermercados brasileiros. Segundo o texto, o valor representa 2,52% do faturamento líquido do setor. Ou seja, para cada R$100 de faturamento, R$2,52 não irão provocar efeito no resultado; pelo contrário, irá contribuir com a subtração deste montante. Em 2012 a percentagem era de 1,95%.
O texto informa as razões das perdas: roubo (na verdade, furto), quebra, extravio, erros administrativos e problemas com fornecedores. As maiores perdas ocorrem nas seções de frutas (a uva que o cliente consome na loja), legumes e verduras; peixaria; padaria/confeitaria e têxtil.
Como isto é medido? Vamos considerar que as frutas possuem uma margem uniforme de 20%. O supermercado iniciou o dia com R$20 mil em frutas a valor de custo ou R$24 mil a preços de venda. Quando uma fruta é vendida, o caixa registra o preço de venda. Ao final do dia, os caixas indicam um valor de venda de R$15 mil. Em valor de custo isto significa R$12.500 (ou R$15 mil divididos por 1,2. Para verificar que este é o valor correto, adicione 20% de R$12.500 a este valor e o total deverá ser R$15 mil). Ao fazer a contagem de frutas existentes nas gondolas ao final do dia observa-se um valor de R$12.000. O que aconteceu com a diferença? Parte o cliente consumiu sem passar no caixa; ou o caixa registrou o valor incorreto; ou a contagem, inicial ou final, estava incorreta; entre outras explicações. De qualquer forma, os R$500 representam 2,5% do valor inicial.
O leitor poderá perceber que não é difícil determinar o valor do Custo da Mercadoria Vendida e das perdas. Basta manter a mesma margem e fazer levantamentos físicos do estoque regularmente.
O texto informa as razões das perdas: roubo (na verdade, furto), quebra, extravio, erros administrativos e problemas com fornecedores. As maiores perdas ocorrem nas seções de frutas (a uva que o cliente consome na loja), legumes e verduras; peixaria; padaria/confeitaria e têxtil.
Como isto é medido? Vamos considerar que as frutas possuem uma margem uniforme de 20%. O supermercado iniciou o dia com R$20 mil em frutas a valor de custo ou R$24 mil a preços de venda. Quando uma fruta é vendida, o caixa registra o preço de venda. Ao final do dia, os caixas indicam um valor de venda de R$15 mil. Em valor de custo isto significa R$12.500 (ou R$15 mil divididos por 1,2. Para verificar que este é o valor correto, adicione 20% de R$12.500 a este valor e o total deverá ser R$15 mil). Ao fazer a contagem de frutas existentes nas gondolas ao final do dia observa-se um valor de R$12.000. O que aconteceu com a diferença? Parte o cliente consumiu sem passar no caixa; ou o caixa registrou o valor incorreto; ou a contagem, inicial ou final, estava incorreta; entre outras explicações. De qualquer forma, os R$500 representam 2,5% do valor inicial.
O leitor poderá perceber que não é difícil determinar o valor do Custo da Mercadoria Vendida e das perdas. Basta manter a mesma margem e fazer levantamentos físicos do estoque regularmente.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Lucro, Pasadena, Decisão
Na recente divulgação do resultado da empresa Petrobras informou-se que a refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, foi a única a registrar lucro no primeiro semestre, de US$130 milhões. Os acusados de terem feito um negócio ruim na compra da refinaria indicaram que irão usar esta informação na defesa junto ao TCU. Isto não se sustenta por três fortes motivos, novamente relacionados à melhor técnica de decisão de investimento, que os gestores insistem em negar.
Em primeiro lugar, a informação refere-se ao lucro. Mas tradicionalmente neste tipo de decisão é utilizado o valor do caixa. Neste caso, deve-se verificar o montante de caixa que a unidade estaria gerando, nunca o lucro. Este é um erro muito grosseiro, que não deveria ser cometido por gestores e ex-gestores “qualificados”. Espera-se que o Tribunal de Contas da União não seja tão inocente em aceitar este argumento.
Em segundo lugar, trata-se de uma informação pontual, de seis meses somente. Isto se torna mais grave quando sabemos que foi a primeira vez que a unidade registrou lucro, desde que a informação foi consolidada em 2012. Como existe o pressuposto do “valor do dinheiro no tempo”, a geração de um resultado positivo somente agora, muitos períodos depois da compra, depõe ainda mais contra a decisão.
Finalmente, e talvez mais importante, a análise do TCU deve focar no momento em que a decisão foi tomada pela empresa. Ou seja, há oito anos, quando a empresa adquiriu metade da refinaria por 360 milhões de dólares e cujo contrato obrigava a compra do restante, que resultado no grande prejuízo para a empresa. Somente ao recuar no tempo é que o TCU poderá determinar a qualidade da decisão. É bem verdade que esta análise deverá ser mais probabilística do que determinista. A tarefa do TCU é inglória já que é muito difícil de comprovar, na prática, que a compra foi realizada com a intenção de provocar prejuízo na empresa. Erros no processo decisório podem ocorrer por várias razões, como acasos, informações incompletas, incompetência dos gestores e até por motivos escusos.
Capital, Basileia e Criatividade
Sem ter ideia do uso que fariam em terras tupiniquins das mais recentes regras que baixou, o Comitê de Basileia, órgão internacional que define as regras prudenciais que devem ser observadas pelas instituições financeiras, está dando uma mãozinha para o governo brasileiro fechar as contas deste ano, e quem sabe dos próximos.
A Caixa Econômica Federal já conseguiu autorização do Banco Central para reclassificar R$ 8 bilhões que recebeu do governo originalmente na forma de empréstimo perpétuo para dentro do patrimônio líquido, como capital próprio. E mais R$ 28 bilhões estão em processo de validação para seguir o mesmo caminho.
O mesmo ocorrerá com o Banco do Brasil, que disse ontem que dentro de 60 a 90 dias espera receber sinal verde do BC para classificar R$ 8,1 bilhões em títulos híbridos de capital e dívida como capital principal.
Isso é possível porque as regras de Basileia 3 trazem uma abordagem mais principiológica do que jurídica para definir o que é capital genuíno de um banco.
A mudança se justifica porque, no passado, muito dinheiro foi colocado dentro do patrimônio líquido de bancos estrangeiros, na forma jurídica de compra de ações, por meio de instrumentos que, na verdade, se pareciam muito mais com títulos de dívida, com remuneração garantida e até mesmo vencimento de principal.
No caso que está havendo é a mão inversa. Papéis que juridicamente nasceram como instrumentos de dívida estão sendo tratados como capital próprio, com suas características sendo redesenhadas para passar pelo crivo do BC.
Para o Tesouro Nacional, é o melhor do mundos. Torna possível aumentar o patrimônio dos bancos públicos sem precisar realocar carteiras de investimento em ações de uma instituição para a outra (como ocorreu entre BNDES e Caixa no passado) e sem lançar uma despesa nas contas da União que prejudique o superávit primário.
Mais do que isso, as instituições financeiras federais ficam com um nível de capitalização suficiente tanto para aumentar os empréstimos - como deseja o governo - como para pagar um valor maior de dividendos, que entram como receita primária no cálculo do superávit.
Trata-se de um novo modelo de contabilidade criativa. Mas nesse caso com a benção do Comitê de Basileia.
Fonte: Aqui
A Caixa Econômica Federal já conseguiu autorização do Banco Central para reclassificar R$ 8 bilhões que recebeu do governo originalmente na forma de empréstimo perpétuo para dentro do patrimônio líquido, como capital próprio. E mais R$ 28 bilhões estão em processo de validação para seguir o mesmo caminho.
O mesmo ocorrerá com o Banco do Brasil, que disse ontem que dentro de 60 a 90 dias espera receber sinal verde do BC para classificar R$ 8,1 bilhões em títulos híbridos de capital e dívida como capital principal.
Isso é possível porque as regras de Basileia 3 trazem uma abordagem mais principiológica do que jurídica para definir o que é capital genuíno de um banco.
A mudança se justifica porque, no passado, muito dinheiro foi colocado dentro do patrimônio líquido de bancos estrangeiros, na forma jurídica de compra de ações, por meio de instrumentos que, na verdade, se pareciam muito mais com títulos de dívida, com remuneração garantida e até mesmo vencimento de principal.
No caso que está havendo é a mão inversa. Papéis que juridicamente nasceram como instrumentos de dívida estão sendo tratados como capital próprio, com suas características sendo redesenhadas para passar pelo crivo do BC.
Para o Tesouro Nacional, é o melhor do mundos. Torna possível aumentar o patrimônio dos bancos públicos sem precisar realocar carteiras de investimento em ações de uma instituição para a outra (como ocorreu entre BNDES e Caixa no passado) e sem lançar uma despesa nas contas da União que prejudique o superávit primário.
Mais do que isso, as instituições financeiras federais ficam com um nível de capitalização suficiente tanto para aumentar os empréstimos - como deseja o governo - como para pagar um valor maior de dividendos, que entram como receita primária no cálculo do superávit.
Trata-se de um novo modelo de contabilidade criativa. Mas nesse caso com a benção do Comitê de Basileia.
Fonte: Aqui
Endividamento
O diretor de política econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, afirmou nesta sexta-feira que o endividamento das empresas brasileiras é baixo na comparação internacional e que elas não têm exposição cambial relevante (1). “O comprometimento da receita das empresas com o serviço da dívida está abaixo da crise de 2008 e está se mantendo estável”, disse na abertura do IX Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária. “A exposição ao risco de taxa de juros diminuiu, houve ampliação de prazo e redução de encargos.”
Hamilton acrescentou que o endividamento externo das empresas brasileiras “permanece pequeno”. “Apenas um número pequeno se endivida em moeda estrangeira, apenas grandes corporações exportadoras ou com operações em outros países. Logo, o acompanhamento do BC mostra que não há exposição cambial relevante das empresas brasileiras”, disse.
Expansão do crédito
Para Hamilton, o ritmo de expansão do crédito no Brasil "moderou" no período recente, tanto para pessoa física como para as empresas, e o cenário hoje difere "substancialmente" do de 2010 ou mesmo do pré-crise de 2008. "Em algumas linhas, a expansão do crédito pessoa física está abaixo do crescimento da renda", disse o diretor na abertura do IX Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária. "E o perfil de demanda pelo crédito mudou, com aumento da demanda por financiamento habitacional."
Segundo Hamilton, a comparação internacional mostra que ainda há "bastante" espaço para crescimento do financiamento imobiliário no Brasil. Ele citou que, no país, o crédito imobiliário não chega a 10% do PIB. Lembrou também que, como o financiamento é de longo prazo, não afeta o comprometimento da renda (2).
Hamilton afirmou que, depois que o BC adotou medidas macroprudenciais em 2010, conseguiu mitigar riscos sobre o sistema creditício brasileiro. Prova disso é a redução da inadimplência para níveis históricos de baixa.
Fonte: Aqui
(1) Isto também é decorrente da baixa abertura da economia brasileira.
(2) É isto mesmo? Não depende somente do prazo, mas também do montante e da taxa de juros.
Hamilton acrescentou que o endividamento externo das empresas brasileiras “permanece pequeno”. “Apenas um número pequeno se endivida em moeda estrangeira, apenas grandes corporações exportadoras ou com operações em outros países. Logo, o acompanhamento do BC mostra que não há exposição cambial relevante das empresas brasileiras”, disse.
Expansão do crédito
Para Hamilton, o ritmo de expansão do crédito no Brasil "moderou" no período recente, tanto para pessoa física como para as empresas, e o cenário hoje difere "substancialmente" do de 2010 ou mesmo do pré-crise de 2008. "Em algumas linhas, a expansão do crédito pessoa física está abaixo do crescimento da renda", disse o diretor na abertura do IX Seminário sobre Riscos, Estabilidade Financeira e Economia Bancária. "E o perfil de demanda pelo crédito mudou, com aumento da demanda por financiamento habitacional."
Segundo Hamilton, a comparação internacional mostra que ainda há "bastante" espaço para crescimento do financiamento imobiliário no Brasil. Ele citou que, no país, o crédito imobiliário não chega a 10% do PIB. Lembrou também que, como o financiamento é de longo prazo, não afeta o comprometimento da renda (2).
Hamilton afirmou que, depois que o BC adotou medidas macroprudenciais em 2010, conseguiu mitigar riscos sobre o sistema creditício brasileiro. Prova disso é a redução da inadimplência para níveis históricos de baixa.
Fonte: Aqui
(1) Isto também é decorrente da baixa abertura da economia brasileira.
(2) É isto mesmo? Não depende somente do prazo, mas também do montante e da taxa de juros.
Listas: Estados por PIB
1 São Paulo
2 Rio de Janeiro
3 Minas Gerais
4 Rio Grande do Sul
5 Paraná
6 Santa Catarina
7 Distrito Federal
8 Bahia
9 Goiás
10 Pernambuco
11 Espírito Santo
12 Pará
13 Ceará
14 Mato Grosso
15 Amazonas
16 Maranhão
17 Mato Grosso do Sul
18 Rio Grande do Norte
19 Paraíba
20 Alagoas
21 Rondônia
22 Sergipe
23 Piauí
24 Tocantins
25 Amapá
26 Acre
27 Roraima
Fonte: Aqui
2 Rio de Janeiro
3 Minas Gerais
4 Rio Grande do Sul
5 Paraná
6 Santa Catarina
7 Distrito Federal
8 Bahia
9 Goiás
10 Pernambuco
11 Espírito Santo
12 Pará
13 Ceará
14 Mato Grosso
15 Amazonas
16 Maranhão
17 Mato Grosso do Sul
18 Rio Grande do Norte
19 Paraíba
20 Alagoas
21 Rondônia
22 Sergipe
23 Piauí
24 Tocantins
25 Amapá
26 Acre
27 Roraima
Fonte: Aqui
17 agosto 2014
Manobras contábeis na energia elétrica
Um "bom" texto publicado na Folha de São Paulo. O texto original está em itálico e meus comentários em letra normal.
O plano do governo de socorrer as distribuidoras de energia elétrica
com empréstimos fez com que as empresas do setor tivessem que recorrer a
manobras contábeis para evitar uma depreciação.
O termo depreciação parece inadequado. Eu tive dificuldades de entender...
Uma interpretação diferente do financiamento que [as empresas] foram
obrigadas a contratar garantiu que as empresas não os apontassem como dívidas.
Apontassem é igual a registrassem.
Os R$11,2 bilhões que já foram disponibilizados para cobrir
a compra de energia entre fevereiro e abril estão contabilizados nos balanços
como repasse da CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica), órgão
privado usado pela governo para disponibilizar o dinheiro.
A manobra, que partiu de um entendimento entre o governo e a
Abraconee (Associação Brasileira dos Contadores do Setor de Energia Elétrica),
evitou uma depreciação das companhias.
Novamente o termo depreciação. Continuo sem entender o sentido do termo dentro da frase.
A rigor o resultado operacional não se altera com o empréstimo. O resultado operacional é aquele proveniente das operações da empresa. Parece meio óbvio demais, mas no Brasil temos o entendimento, desde um artigo famigerado da Lei 6404, de 1976, que as despesas financeiras fazem parte do operacional. E este entendimento parece que solidificou nas mentes de alguns reguladores (e contadores). O gráfico possui mais alguns aspectos interessantes: o título é "Caixa" e utiliza o "resultado operacional". São coisas diferentes. Outro termo interessante da figura é "resultado deprimido". Ao tentar usar termos corriqueiros, o texto faz algumas criações interessantes.
“As normas internacionais dizem que deveriam ser
contabilizados como passivo, mas fizemos um interpretação diferente para evitar
uma desestabilização financeira” diz Adriano Fedalho, diretor técnico da
Abraconee.
Fedalho, o diretor técnico da associação, confessa que não cumpriu a norma contábil. Além disto, o Iasb (e o CPC) é muito claro em afirmar que a contabilidade não pode ser usada com objetivos econômicos de manter estabilidade financeira. Além disto, parece não existir uma interpretação "diferente". Diferente é quando existe controvérsia.
As empresas tiveram que recorrer aos financiamentos por
causa da chamada “exposição involuntária”, situação causada pelo fim dos
contratos que as empresas detinham com geradores de energia até 2013.
Sem eletricidade suficiente para entregar aos consumidores,
elas foram obrigadas a recorrer ao mercado de curto prazo, segmento no qual se
compra e se vende energia sem contratos, por custo que pode ser muito mais
alto.
Com poucas chuvas no início do ano, o valor da energia nesse
segmento alcançou o teto permitido em lei, de R$82,83 por megawatt-hora entre
fevereiro e maio.
O texto justifica os empréstimos. Isto faz parte do risco que uma empresa de energia elétrica está sujeita.
Outro fator que favoreceu a “suavização” dos balanços é que
as distribuidoras não pagarão diretamente o empréstimo aos bancos.
Como assim? Quer dizer que se faço um empréstimo num banco ou se faço um empréstimo com um amigo, o valor será contabilizado de forma diferente? E isto "favorece" a adoção de interpretações diferentes? O termo "suavização" usado parece inadequado.
Os valores serão cobrados por meio da Conta de
Desenvolvimento Energético (CDE), um encargo presente na conta de luz e que vai
afetar as tarifas de energia nos próximos três anos.
Segundo projeções de consultorias, o impacto sobre as
tarifas pode chegar a 25% em 2015. Documentos da Aneel, por outro lado, aponta
para uma alta média das tarifas de 14% nos próximos anos.
RESULTADOS
O atraso também afetou, nos balanços, os resultados
operacionais, que foram reduzidos, em média, 51% nas seis principais
distribuidoras.
O atraso de que? Do repasse? Ou do aumento nas tarifas? Se for aumento nas tarifas, o texto está ok. Mas o atraso do repasse não deveria aumentar o resultado operacional. Pelo texto a seguir, tudo leva a crer que seja do dinheiro que as empresas teriam a receber. Novamente uma confusão entre o regime de caixa e de competência.
Dos R$4,4 bilhões que as companhias deveria receber no
segundo trimestre, somente R$2,3 bilhões, referentes a abril, foram
efetivamente repassados.
O restante, referente a maio e junho, será liberado pela
Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) na próxima semana.
A demora para fechar o novo empréstimo aconteceu porque o
governo encontrou dificuldades para atrair bancos privados para a operação.
Os juros subiram de 1,9% para 2,35% ao ano, além da variação
do CDI (Certificado de Depósito Interfinanceiro) . Apesar dos esforços, os
bancos públicos entraram com 53% dos recursos, ante 26% na primeira operação
Bom, o texto parece aqueles trabalhos que você fica ansioso para terminar de ler. Mas para finalizar, CDI não é Certificado de Depósito Interfinanceiro. Deve ser Contabilidade Depreciada na Imprensa.
Distribuidoras recorrem a manobras contábeis para melhorar
balanços – Machado da Costa – Folha de S Paulo
16 agosto 2014
Fato da Semana
Fato: A profissão
de contador volta a ter a atenção da imprensa brasileira: um filho de contador
ganha a medalha Fields e a contadora que fez denúncias
Qual a relevância
disto? Uma pesquisa realizada no passado mostrou que a figura do contador
que aparece na imprensa geralmente está associada a aspectos negativos. O fato
da semana confirma um pouco isto. A lembrança que os pais de Ávila, o ganhador
do maior prêmio de matemática, foi pequena. Mas a lembrança maior foi na figura
de Meire Poza.
Positivo ou Negativo?
De uma maneira geral, negativo.
Desdobramentos: A
notícia da contadora teve um papel menor na semana em razão do acidente aéreo
que matou o candidato Campos. Mas parece que Meire tem muita coisa a contar e
deve ainda ser notícia nos próximos dias.
Teste da Semana
Este é um teste para verificar se o leitor está atento ao que foi notícia sobre a contabilidade:
1 – Esta semana um dirigente do Iasb fez um comentário sobre a convergência. Este comentário aconteceu em que país?
África do Sul
Cingapura
Inglaterra
2 – O cargo ocupado pelo dirigente do Iasb
Curador
Presidente
Vice-presidente
3- A Medalha Fields foi dada pela primeira vez para uma mulher, Mirzakhani, pela primeira vez para um cientista que foi formado fora dos EUA e Europa, o brasileiro Ávila, e para Martin Hairer, da Universidade de Warwick. Qual destes ganhadores é filho de contador?
Ávila
Hairer
Mirzakhani
4 – O padrão de Instrumentos Financeiros do Iasb deverá entrar em vigor em
2016
2017
2018
5 – Nos últimos anos, as contas da União Européia não foram aprovadas por erros materiais. Há quantos anos isto ocorre?
15 anos
19 anos
9 anos
6 – Os problemas das contas da União Europeia é
Mais de 1 bilhão de euros e menos de 100 bilhões
Mais de 100 bilhões de euros
Menos de 1 bilhão de euros
7 – Este “cartola” fez um acordo com a justiça para pagar 100 milhões de dólares. Com isto, um processo de corrupção está encerrado.
Bernie Ecclestone
Joseph Blatt
Thomas Bach
8 – Esta semana o principal resultado divulgado foi o da
Banco do Brasil
Petrobras
Vale do Rio Doce
9 – O relatório que o Santander fez da economia ainda provoca polêmica. Agora pelo fato do texto
Ter erros de matemática básica
Ter plágio de outro artigo
Ter sido adotado pelo Banco Central
10 – Meire Poza, que fez denúncias publicadas na imprensa, é uma contadora com registro profissional em qual CRC?
De SP
Do Paraná
Ela não tem registro
Respostas: (1) África do Sul; (2) Vice-presidente; (3) Ávila; (4) 2018; (5) 19 anos; (6) Mais de 100 (7) Ecclestone; (8) Petrobras; (9) plágio (10) não tem registro
Se acertou 9 ou 10 = bom leitor e boa memória; 7 ou 8 = sem muita preocupação com o que acontece de importante no mundo contábil; 6 ou 5 = sorte ou azar?
1 – Esta semana um dirigente do Iasb fez um comentário sobre a convergência. Este comentário aconteceu em que país?
África do Sul
Cingapura
Inglaterra
2 – O cargo ocupado pelo dirigente do Iasb
Curador
Presidente
Vice-presidente
3- A Medalha Fields foi dada pela primeira vez para uma mulher, Mirzakhani, pela primeira vez para um cientista que foi formado fora dos EUA e Europa, o brasileiro Ávila, e para Martin Hairer, da Universidade de Warwick. Qual destes ganhadores é filho de contador?
Ávila
Hairer
Mirzakhani
4 – O padrão de Instrumentos Financeiros do Iasb deverá entrar em vigor em
2016
2017
2018
5 – Nos últimos anos, as contas da União Européia não foram aprovadas por erros materiais. Há quantos anos isto ocorre?
15 anos
19 anos
9 anos
6 – Os problemas das contas da União Europeia é
Mais de 1 bilhão de euros e menos de 100 bilhões
Mais de 100 bilhões de euros
Menos de 1 bilhão de euros
7 – Este “cartola” fez um acordo com a justiça para pagar 100 milhões de dólares. Com isto, um processo de corrupção está encerrado.
Bernie Ecclestone
Joseph Blatt
Thomas Bach
8 – Esta semana o principal resultado divulgado foi o da
Banco do Brasil
Petrobras
Vale do Rio Doce
9 – O relatório que o Santander fez da economia ainda provoca polêmica. Agora pelo fato do texto
Ter erros de matemática básica
Ter plágio de outro artigo
Ter sido adotado pelo Banco Central
10 – Meire Poza, que fez denúncias publicadas na imprensa, é uma contadora com registro profissional em qual CRC?
De SP
Do Paraná
Ela não tem registro
Respostas: (1) África do Sul; (2) Vice-presidente; (3) Ávila; (4) 2018; (5) 19 anos; (6) Mais de 100 (7) Ecclestone; (8) Petrobras; (9) plágio (10) não tem registro
Se acertou 9 ou 10 = bom leitor e boa memória; 7 ou 8 = sem muita preocupação com o que acontece de importante no mundo contábil; 6 ou 5 = sorte ou azar?
Finanças e Futebol
Sobre a questão financeira dos clubes de futebol do Brasil:
Em reunião na tarde desta quinta-feira em São Paulo, representantes do Bom Senso FC, dos clubes e da CBF chegaram a um acordo para a criação de um órgão fiscalizador da gestão dos clubes de futebol no Brasil.
A implantação de uma entidade com esses fins era uma das bandeiras do movimento de jogadores. Agora, a CBF, os clubes e o Bom Senso vão tentar incluir esse órgão na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, cuja votação deve ocorrer após as eleições de outubro.
A esse órgão caberá acompanhar se os clubes estão cumprindo os acordos para o pagamento de dívidas fiscais e trabalhistas - se não estão gastando mais do que arrecadando e outros pontos previstos na LRFE, assim como aplicar punições.
- A ideia é a criação de um órgão que seja independente, autônomo, mas que funcione dentro do guarda-chuva da CBF. Portanto, a própria CBF vai custear. Segundo o primeiro modelo que elaboramos, o custo seria de R$ 3,5 milhões por ano, com uma equipe de 15 profissionais e mais um conselho de voluntários que teria suas despesas pagas pela CBF - afirmou Ricardo Borges Martins, diretor-executivo do Bom Senso FC.
Participaram da reunião em São Paulo José Carlos Brunoro, diretor-executivo do Palmeiras, Raul Correa da Silva, diretor financeiro do Corinthians, e Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, que chefia uma comissão de clubes criada para tratar do assunto.
- Eu trago aqui também a palavra da CBF, que sempre esteve junto nesse processo com os clubes e o Bom Senso. Sobre orçamento (do órgão a ser criado) é prematuro falar, porque é preciso definir como será a operação. Mas o custo será muito baixo diante do benefício para o futebol brasileiro - disse o dirigente do clube paranaense.
Os representantes dos clubes, da CBF e do Bom Senso voltam a se reunir nas próximas semanas. A LRFE poderia ter sido votada na semana passada, mas acabou adiada por pressão do movimento dos jogadores e também por indefinições no projeto.
Nesta semana este blog apresentou uma situação onde a auditoria de um clube muito endividado não conseguiu fazer a circularização
Em reunião na tarde desta quinta-feira em São Paulo, representantes do Bom Senso FC, dos clubes e da CBF chegaram a um acordo para a criação de um órgão fiscalizador da gestão dos clubes de futebol no Brasil.
A implantação de uma entidade com esses fins era uma das bandeiras do movimento de jogadores. Agora, a CBF, os clubes e o Bom Senso vão tentar incluir esse órgão na Lei de Responsabilidade Fiscal do Esporte, cuja votação deve ocorrer após as eleições de outubro.
A esse órgão caberá acompanhar se os clubes estão cumprindo os acordos para o pagamento de dívidas fiscais e trabalhistas - se não estão gastando mais do que arrecadando e outros pontos previstos na LRFE, assim como aplicar punições.
- A ideia é a criação de um órgão que seja independente, autônomo, mas que funcione dentro do guarda-chuva da CBF. Portanto, a própria CBF vai custear. Segundo o primeiro modelo que elaboramos, o custo seria de R$ 3,5 milhões por ano, com uma equipe de 15 profissionais e mais um conselho de voluntários que teria suas despesas pagas pela CBF - afirmou Ricardo Borges Martins, diretor-executivo do Bom Senso FC.
Participaram da reunião em São Paulo José Carlos Brunoro, diretor-executivo do Palmeiras, Raul Correa da Silva, diretor financeiro do Corinthians, e Vilson Ribeiro de Andrade, presidente do Coritiba, que chefia uma comissão de clubes criada para tratar do assunto.
- Eu trago aqui também a palavra da CBF, que sempre esteve junto nesse processo com os clubes e o Bom Senso. Sobre orçamento (do órgão a ser criado) é prematuro falar, porque é preciso definir como será a operação. Mas o custo será muito baixo diante do benefício para o futebol brasileiro - disse o dirigente do clube paranaense.
Os representantes dos clubes, da CBF e do Bom Senso voltam a se reunir nas próximas semanas. A LRFE poderia ter sido votada na semana passada, mas acabou adiada por pressão do movimento dos jogadores e também por indefinições no projeto.
Nesta semana este blog apresentou uma situação onde a auditoria de um clube muito endividado não conseguiu fazer a circularização
Frase
"Eu sinto muito. Nossas intenções eram boas."
Como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio. Esta frase é de Ethan Zuckerman, criador do anúncio pop-up
Como diz o ditado, de boas intenções o inferno está cheio. Esta frase é de Ethan Zuckerman, criador do anúncio pop-up
15 agosto 2014
Curso de Contabilidade Básica: Circularização
Um dos
procedimentos básicos adotados na auditoria é a circularização. A
circularização é baseada no método das partidas dobradas; se uma empresa faz o
registro de uma venda, outra empresa terá o registro da compra. Assim, para
certificar o valor existente, por exemplo, em empréstimos bancários, uma conta
do passivo da empresa, a auditoria manda uma correspondência ao banco
solicitando esta informação. A resposta será confrontada com os registros
contábeis da empresa auditada. A circularização garante a confiabilidade dos
números existentes nas demonstrações contábeis.
Existem
situações onde a auditoria não consegue obter resposta desta circularização.
Neste caso, a opinião dos auditores pode estar comprometida. O usuário, nestes
casos, deverá usar as demonstrações contábeis com muito cuidado: existe uma
grande chance dos valores não corresponderem à realidade.
Veja um relatório de auditores independentes e
sua observação:
Nesta informação, a
auditoria informa que não consegui fazer a circularização com os fornecedores,
bancos, principais credores e processos judiciais. Isto compromete as
principais contas do passivo. Numa situação como esta, use a informação por sua
conta e risco.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Observação: esta é a mesma empresa da postagem anterior. Isto
mudaria sua resposta?
Leasing
Em maio de 2013 o Iasb e Fasb chegaram a um acordo com respeito a contabilidade do leasing. Basicamente as duas entidades sugeriram que haveria dois tipos de leasing, onde a principal diferença seria no reconhecimento da despesa. Em março deste de 2014 o Iasb se posicionou contra o modelo duplo, optando pelo reconhecimento somente de um tipo.
O Iasb emitiu um documento atualizando o projeto de regras para o leasing. Neste documento o Iasb afirma que teve que "provisoriamente" adotar um modelo único, rejeitando a abordagem dupla, a preferida do Fasb. Segundo a CFO, isto reverte o modelo proposto em 2010.
O Iasb emitiu um documento atualizando o projeto de regras para o leasing. Neste documento o Iasb afirma que teve que "provisoriamente" adotar um modelo único, rejeitando a abordagem dupla, a preferida do Fasb. Segundo a CFO, isto reverte o modelo proposto em 2010.
Listas: Os países mais visitados
10. Tailândia = 26,5 milhões
9. Rússia = 28
8. Reino Unido= 31
7. Alemanha = 32
6. Turquia = 38
5. Itália = 48
4. China = 56
3. Espanha = 61
2. Estados Unidos = 70
1. França = 85 milhões (foto)
Fonte: Aqui
9. Rússia = 28
8. Reino Unido= 31
7. Alemanha = 32
6. Turquia = 38
5. Itália = 48
4. China = 56
3. Espanha = 61
2. Estados Unidos = 70
1. França = 85 milhões (foto)
Fonte: Aqui
14 agosto 2014
Curso de Contabilidade Básica: Endividamento
Uma das consequências do elevado endividamento numa entidade
é a dificuldade de pagar as contas. Isto poderá provocar a descontinuidade, já
que os credores tentarão cobrar, por meios judiciais, o passivo devido. O
endividamento excessivo pode ser solucionado com a geração de resultados positivos.
Veja o caso de uma entidade que possui atualmente um elevado
endividamento:
O segundo gráfico mostra dois índices de endividamento. O
endividamento total compara o passivo (curto e longo prazo) com o ativo. Em
todos os exercícios o valor deste índice é superior a 100%, indicando que a
empresa possui um patrimônio líquido negativo. Além disto, o endividamento
total, em termos relativos, aumentou ao longo do tempo (2010 foi uma pequena
exceção). O segundo índice é a dívida de curto prazo em relação a dívida total.
O valor chegou a quase 50%, mas caiu para 27% no último exercício. Isto indica
que a entidade está usando mais dívida de longo prazo.
Finalmente o terceiro gráfico compara somente os empréstimos
(linha vermelha) com as receitas (azul). Apesar de a receita ter aumentado nos
últimos anos, os empréstimos também aumentou, numa proporção um pouco maior que
estas receitas. Isto também é preocupante.
Será que a entidade tem condições de resolver esta situação?
O próximo conjunto de gráficos dá uma pista.
O gráfico 4 mostra a evolução da margem líquida. Este índice
é calculado relacionando o lucro líquido com a receita. Os valores não são
promissores, já que em todo o período a margem foi negativa.
O último gráfico mostra a evolução do resultado líquido
(azul) e do fluxo de caixa das atividades operacionais. Ocorreu uma grande
divergência entre estes dois valores em 2012, mas em geral a entidade não está
conseguindo gerar nem resultado líquido nem caixa com as operações.
Diante desta situação, você acreditaria na sobrevivência da
entidade? Eu particularmente acredito, mas minha resposta não tem relação com
os números aqui apresentados.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Olimpíadas de Xadrez
Está finalizando hoje as Olimpíadas de Xadrez (você pode acompanhar aqui, com direito a vídeo, a partir das nove horas da manhã). Dos maiores jogadores da atualidade, somente a ausência do ex-campeão e desafiante ao título, o indiano Anand. Este ano as Olimpíadas ocorrem na cidade de Tromso, Noruega, com o patrocínio da KPMG.
Cada país joga em quatro tabuleiros, sendo dois de brancas e dois de pretas. Assim, cada equipe possui quatro jogadores, além de um reserva. O melhor jogador de um país irá jogar com o melhor jogador de outro. Ao final de cada rodada, com os resultados em mãos, é realizado um sorteio dirigido; com o passar do torneio, as equipes começam a jogar entre si conforme seu desempenho. Assim, se a equipe do Brasil vence seu adversário na rodada, deverá enfrentar um adversário mais difícil na próxima rodada.
Existem dois torneios acontecendo ao mesmo tempo: o Open e o das Mulheres. Judith Polgar, a maior jogadora de todos os tempos, joga no Open; Yifan, a jovem promessa chinesa, joga no torneio das mulheres. Neste torneio, a China dominou a tabela até o encontro com a Rússia, na sétima rodada, quando Yifan perdeu para Lagno e a Rússia venceu a China por 3 a 1 (cada vitória vale um ponto e empate meio). Na última rodada a Rússia pega a Bulgária e a China a fortíssima Ucrânia. A Rússia deverá vencer o feminino.
No masculino, a surpresa é a liderança da China, que enfrenta a Polônia na última rodada, sendo seguida pela Hungria, que pega a Ucrânia. Tudo leva a crer que a China irá, de maneira surpreendente, vencer o masculino. Os holofotes tem sido Carlsen, que joga em casa. Em oito jogos, venceu 4 (inclusive Caruana, o terceiro do mundo), empatou duas e perdeu duas. Ou seja, seu desempenho está abaixo do esperado.
O Brasil está em 21º. Lugar no masculino e em 57º. Lugar no feminino. Uma participação dentro do esperado. Na última rodada deverá enfrentar a Romênia e a Moldávia, no masculino e feminino, nesta ordem.
Fora do tabuleiro, o destaque foi o jogo entre Topalov e Kramnik. Os dois possuem uma rixa antiga e não apertaram as mãos no início do jogo, como é praxe. Kramnik venceu.
Finalmente, a maior jogadora de xadrez de todos os tempos, Judit Polgar (foto), anunciou sua retirada do xadrez. Durante 25 anos, Judit foi número 1 do xadrez feminino, embora nunca tenha disputado o título mundial. O seu nível era tão forte, que Judit não jogava entre as mulheres - tradicionalmente possuem um jogo mais fraco que os homens. E bateu Kasparov, Spassky e Carlsen.
Cada país joga em quatro tabuleiros, sendo dois de brancas e dois de pretas. Assim, cada equipe possui quatro jogadores, além de um reserva. O melhor jogador de um país irá jogar com o melhor jogador de outro. Ao final de cada rodada, com os resultados em mãos, é realizado um sorteio dirigido; com o passar do torneio, as equipes começam a jogar entre si conforme seu desempenho. Assim, se a equipe do Brasil vence seu adversário na rodada, deverá enfrentar um adversário mais difícil na próxima rodada.
Existem dois torneios acontecendo ao mesmo tempo: o Open e o das Mulheres. Judith Polgar, a maior jogadora de todos os tempos, joga no Open; Yifan, a jovem promessa chinesa, joga no torneio das mulheres. Neste torneio, a China dominou a tabela até o encontro com a Rússia, na sétima rodada, quando Yifan perdeu para Lagno e a Rússia venceu a China por 3 a 1 (cada vitória vale um ponto e empate meio). Na última rodada a Rússia pega a Bulgária e a China a fortíssima Ucrânia. A Rússia deverá vencer o feminino.
No masculino, a surpresa é a liderança da China, que enfrenta a Polônia na última rodada, sendo seguida pela Hungria, que pega a Ucrânia. Tudo leva a crer que a China irá, de maneira surpreendente, vencer o masculino. Os holofotes tem sido Carlsen, que joga em casa. Em oito jogos, venceu 4 (inclusive Caruana, o terceiro do mundo), empatou duas e perdeu duas. Ou seja, seu desempenho está abaixo do esperado.
O Brasil está em 21º. Lugar no masculino e em 57º. Lugar no feminino. Uma participação dentro do esperado. Na última rodada deverá enfrentar a Romênia e a Moldávia, no masculino e feminino, nesta ordem.
Fora do tabuleiro, o destaque foi o jogo entre Topalov e Kramnik. Os dois possuem uma rixa antiga e não apertaram as mãos no início do jogo, como é praxe. Kramnik venceu.
Finalmente, a maior jogadora de xadrez de todos os tempos, Judit Polgar (foto), anunciou sua retirada do xadrez. Durante 25 anos, Judit foi número 1 do xadrez feminino, embora nunca tenha disputado o título mundial. O seu nível era tão forte, que Judit não jogava entre as mulheres - tradicionalmente possuem um jogo mais fraco que os homens. E bateu Kasparov, Spassky e Carlsen.
Convergência segundo Iasb
O vice-presidente do Iasb, Ian Mackintosh, numa palestra na África do Sul, afirmou:
a adoção global do IFRS ainda não está completa. No entanto, a qualidade das IFRS foi validada por mais de uma década de uso pelas economias avançadas e em desenvolvimento. (...)
Essa evidência indica que os padrões globais são desejáveis, viáveis e, a meu ver, inevitáveis. Como a globalização econômica continua em ritmo acelerado, o mesmo acontecerá com a força dos argumentos em favor da adoção do IFRS nestas jurisdições restantes. (...) Para citar Paul Volcker, presidente lendário do Federal Reserve dos EUA e o primeiro presidente dos nossos curadores, "Em última análise, isso será feito (...)
Realmente não há atalho para enfrentar os desafios da globalização econômica, que não fornecer um conjunto único de nromas de contabilidade de alta qualidade. Isso é o que faz as IFRS.
Via aqui
a adoção global do IFRS ainda não está completa. No entanto, a qualidade das IFRS foi validada por mais de uma década de uso pelas economias avançadas e em desenvolvimento. (...)
Essa evidência indica que os padrões globais são desejáveis, viáveis e, a meu ver, inevitáveis. Como a globalização econômica continua em ritmo acelerado, o mesmo acontecerá com a força dos argumentos em favor da adoção do IFRS nestas jurisdições restantes. (...) Para citar Paul Volcker, presidente lendário do Federal Reserve dos EUA e o primeiro presidente dos nossos curadores, "Em última análise, isso será feito (...)
Realmente não há atalho para enfrentar os desafios da globalização econômica, que não fornecer um conjunto único de nromas de contabilidade de alta qualidade. Isso é o que faz as IFRS.
Via aqui
Valores Reais x Nominais
Deixar de levar em consideração a inflação no longo prazo pode iludir que lida com números. Eis um exemplo recente:
Um site lançado pelo ex-presidente Lula para exaltar feitos petistas usa dados ilusórios ao afirmar que, com o partido no poder, a riqueza nacional triplicou.
“Com Lula e Dilma, o Brasil ficou três vezes mais rico. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas que o país produz no ano, saltou de R$ 1,48 trilhão em 2002 (com FHC) para R$ 3,77 trilhões em 2010 (com Lula) e para R$ 4,84 trilhões em 2013 (com Dilma).”
Batizado “O Brasil da Mudança”, o site foi lançado nesta terça-feira (12), com a presença da presidente Dilma Rousseff, para propagar dados favoráveis aos governos do PT -ou, no caso, para rebater críticas ao fraco crescimento da economia nos últimos anos.
O artifício adotado para medir o enriquecimento do país, no entanto, produz distorções grosseiras. A maior parte do aumento dos valores do PIB no período mencionado é mero resultado da inflação -outro foco de críticas, aliás, ao governo Dilma.
Descontada a variação dos preços, o crescimento real do PIB de 2003 a 2013 é de 46%, numa média anual de 3,49%. Nesse ritmo, a riqueza do país levaria 32 anos para triplicar.
Pelo critério adotado pelo site petista, o PIB teria quadruplicado no governo FHC, de R$ 349 bilhões para R$ 1,48 trilhão.
Um site lançado pelo ex-presidente Lula para exaltar feitos petistas usa dados ilusórios ao afirmar que, com o partido no poder, a riqueza nacional triplicou.
“Com Lula e Dilma, o Brasil ficou três vezes mais rico. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas que o país produz no ano, saltou de R$ 1,48 trilhão em 2002 (com FHC) para R$ 3,77 trilhões em 2010 (com Lula) e para R$ 4,84 trilhões em 2013 (com Dilma).”
Batizado “O Brasil da Mudança”, o site foi lançado nesta terça-feira (12), com a presença da presidente Dilma Rousseff, para propagar dados favoráveis aos governos do PT -ou, no caso, para rebater críticas ao fraco crescimento da economia nos últimos anos.
O artifício adotado para medir o enriquecimento do país, no entanto, produz distorções grosseiras. A maior parte do aumento dos valores do PIB no período mencionado é mero resultado da inflação -outro foco de críticas, aliás, ao governo Dilma.
Descontada a variação dos preços, o crescimento real do PIB de 2003 a 2013 é de 46%, numa média anual de 3,49%. Nesse ritmo, a riqueza do país levaria 32 anos para triplicar.
Pelo critério adotado pelo site petista, o PIB teria quadruplicado no governo FHC, de R$ 349 bilhões para R$ 1,48 trilhão.
Listas: Políticos que morreram em acidente de avião
Joaquim Pedro Salgado Filho (1950)
Nereu de Oliveira Ramos (1958)
Roberto Teixeira da Silveira (1961)
Humberto de Alencar Castelo Branco (1967)
Filinto Müller (1973)
Clériston Andrade (1982)
Ulysses Silveira Guimarães (1992)
José Carlos Martínez (2003)
Eduardo Campos (2014)
Fonte: Aqui
Nereu de Oliveira Ramos (1958)
Roberto Teixeira da Silveira (1961)
Humberto de Alencar Castelo Branco (1967)
Filinto Müller (1973)
Clériston Andrade (1982)
Ulysses Silveira Guimarães (1992)
José Carlos Martínez (2003)
Eduardo Campos (2014)
Fonte: Aqui
13 agosto 2014
Maryam Mirzakhani vence a Medalha Fields
Ainda sobre a Medalha Fields deve-se destacar o prêmio para Mirzakhani, a primeira mulher a receber este prêmio. Veja a notícia do El País:
La iraní Maryam Mirzakhani ha recibido la medalla Fields, considerada el premio Nobel de las Matemáticas, en la apertura del Congreso Internacional de Matemáticas (CIM) que se ha inaugurado este miércoles en Seúl. Con 37 años, esta profesora en la universidad estadounidense de Stanford, que también posee la nacionalidad estadounidense, fue una de los cuatro premiados con este reconocimiento y la primera mujer en recibirlo desde que fue instaurado en 1936.
La medalla Fields premia cada cuatro años durante la celebración del CIM por sus descubrimientos sobresalientes a un máximo de cuatro matemáticos menores de 40 años. Mirzakhani, que también es la primera iraní en lograr la medalla, fue premiada por sus "impresionantes avances en la teoría de las superficies de Riemann y sus espacios modulares".
Los otros tres galardonados fueron Manjul Bhargava, profesor en la Universidad de Princeton, en Estados Unidos, Martin Hairer, de la británica Universidad de Warwick, y el brasileño Artur Ávila, primer latinoamericano en conquistar el galardón. Este último, investigador de 35 años del Instituto de Matemática Pura y Aplicada (IMPA), fue escogido por su trabajo en el área de sistemas dinámicos, que busca prever la evolución en el tiempo de los fenómenos naturales y humanos observados en las diferentes ramas del conocimiento. Ávila posee también la nacionalidad francesa y es director de investigación en el Centro Nacional de Investigación Científica (CNRS), de París.
El reconocimiento de Ávila, que fue anunciado en la víspera, supone el mayor premio logrado por un científico brasileño y conllevó una felicitación personal por parte de la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, quien a través de su cuenta de Twitter escribió: "El reconocimiento mundial del trabajo de Ávila llena de orgullo a la ciencia brasileña y a todo Brasil". El brasileño es además el primer ganador de la medalla Fields que ha obtenido su doctorado fuera de Estados Unidos o Europa.
Los ganadores reciben una medalla valorada en unos 5.000 dólares (3.741 euros) y un premio en metálico de unos 13.730 dólares (10.273 euros). El ICM se desarrollará en la capital de Corea del Sur hasta el próximo 21 de agosto y contará con unos 5.000 participantes de unos 120 países.
El evento, que se celebra cada cuatro años desde 1900, tiene como objetivo proporcionar un foro en el que poder debatir logros matemáticos y encontrar maneras de potenciar el ámbito académico. Corea del Sur es el tercer país asiático en acoger la cita después de que lo hicieran previamente Japón (1990), China (2002) e India (2010)
La iraní Maryam Mirzakhani ha recibido la medalla Fields, considerada el premio Nobel de las Matemáticas, en la apertura del Congreso Internacional de Matemáticas (CIM) que se ha inaugurado este miércoles en Seúl. Con 37 años, esta profesora en la universidad estadounidense de Stanford, que también posee la nacionalidad estadounidense, fue una de los cuatro premiados con este reconocimiento y la primera mujer en recibirlo desde que fue instaurado en 1936.
La medalla Fields premia cada cuatro años durante la celebración del CIM por sus descubrimientos sobresalientes a un máximo de cuatro matemáticos menores de 40 años. Mirzakhani, que también es la primera iraní en lograr la medalla, fue premiada por sus "impresionantes avances en la teoría de las superficies de Riemann y sus espacios modulares".
Los otros tres galardonados fueron Manjul Bhargava, profesor en la Universidad de Princeton, en Estados Unidos, Martin Hairer, de la británica Universidad de Warwick, y el brasileño Artur Ávila, primer latinoamericano en conquistar el galardón. Este último, investigador de 35 años del Instituto de Matemática Pura y Aplicada (IMPA), fue escogido por su trabajo en el área de sistemas dinámicos, que busca prever la evolución en el tiempo de los fenómenos naturales y humanos observados en las diferentes ramas del conocimiento. Ávila posee también la nacionalidad francesa y es director de investigación en el Centro Nacional de Investigación Científica (CNRS), de París.
El reconocimiento de Ávila, que fue anunciado en la víspera, supone el mayor premio logrado por un científico brasileño y conllevó una felicitación personal por parte de la presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, quien a través de su cuenta de Twitter escribió: "El reconocimiento mundial del trabajo de Ávila llena de orgullo a la ciencia brasileña y a todo Brasil". El brasileño es además el primer ganador de la medalla Fields que ha obtenido su doctorado fuera de Estados Unidos o Europa.
Los ganadores reciben una medalla valorada en unos 5.000 dólares (3.741 euros) y un premio en metálico de unos 13.730 dólares (10.273 euros). El ICM se desarrollará en la capital de Corea del Sur hasta el próximo 21 de agosto y contará con unos 5.000 participantes de unos 120 países.
El evento, que se celebra cada cuatro años desde 1900, tiene como objetivo proporcionar un foro en el que poder debatir logros matemáticos y encontrar maneras de potenciar el ámbito académico. Corea del Sur es el tercer país asiático en acoger la cita después de que lo hicieran previamente Japón (1990), China (2002) e India (2010)
Filho de contadores ganha Nobel de Matemática
was pouring rain on a chilly spring day, and Artur Avila was marooned at the University of Paris Jussieu campus, minus the jacket he had misplaced before boarding a red-eye from Chicago. “Let’s wait,” said the Brazilian mathematician in a sleep-deprived drawl, his snug black T-shirt revealing the approximate physique of a sturdy World Cup midfielder. “I don’t want to get sick.” In everyday matters, Avila steers clear of complications and risk. Afraid his mind will veer from road signs and oncoming traffic to “unimodal maps” and “quasi-periodic Schrödinger operators,” he doesn’t drive or bike. “There are too many cars in Paris,” he said. “I’m fearful of some crazy bus killing me.”
Soon the conversation turned to a different kind of worry for Avila — that public reminders of Brazil’s apparent lack of intellectual achievement will discourage students there from pursuing careers in pure math and science research. In the lead-up to this summer’s World Cup competition, popular news websites and TV shows like “Good Morning Brazil” parroted the question: How has the world’s seventh-largest economy managed to score five World Cup titles but zero Nobel Prizes? (The British biologistPeter Medawar’s tenuous connection to Brazil — born there but raised in his mother’s native England — merits at best an asterisk.) Even Argentina, that bitter soccer rival with a population one-fifth the size of Brazil’s, boasts five Nobel laureates.
To Avila, the criticism stings. “It’s not good for the self-image of Brazil,” he said.
Even then, in May, the native son of Rio de Janeiro had a secret weapon, a compelling argument that Brazil belongs among elite math nations like the United States, France and Russia. But he could tell no one — until today. The International Mathematical Union has made Avila the first Brazilian recipient of the Fields Medal, awarding the 35-year-old what many consider the equivalent of a Nobel Prize in mathematics for his “profound contributions to dynamical systems theory” that “have changed the face of the field,” according to the prize selection committee.
“He has high geometric vision. He tells you what you should look at, what you should do. Then, of course, you have to work.”
“He’s one of the very best analysts in the world,” said Jean-Christophe Yoccoz, a renowned Collège de France mathematician and 1994 Fields medalist. Of the many talented postdoctoral researchers Yoccoz has advised, he said, “Artur is in a class by himself.” Most mathematicians focus on a narrow subfield and have a low success rate, Yoccoz explained, but Avila “attacks many important problems and solves many of them.”
His work “cannot be reduced to ‘one big theorem’ as Artur has so many deep results in several different topics,” said Marcelo Viana, who worked with Avila to solve a long-standing problem about the chaotic behavior of billiard balls. The two proved a formula that predicts which side of the table a ball is most likely to hit next — and which side it will likely hit after a thousand bounces, or a million, all with the same margin of error. By contrast, Viana observed, if you try to predict the weather, “you’ll get very good predictions for tomorrow, not very good predictions for the day after, and completely lousy predictions for 15 days from now.”
Months before today’s announcement on the IMU website, the Brazilian dynamicistWelington de Melo predicted that his former doctoral student would win math’s highest honor. “It’s going to be extremely important to Brazil,” he said. “We never before got such a high prize. It is especially important because Artur was a student in Brazil all the time.”
Math on the Beach
Two things Avila fears more than erratic buses are PowerPoint slides and income tax forms. The pressure to perfect a plenary talk for the thousands attending the 2010 math congress in Hyderabad, India, induced in him a kind of mental paralysis, he said. After giving a lecture at the California Institute of Technology in 2008, he declined an honorarium of more than $2,000 just to avoid the paperwork.
“I would get fired pretty fast from most jobs,” he said, adding that he sleeps well past noon and is “not good at managing time.”
But in mathematics, Avila has a reputation for diving headfirst into unfamiliar waters and rapidly solving a raft of ambitious open questions. His colleagues describe his working style as highly collaborative and freakishly fast and Avila himself as having a clear-minded intuition for simplifying deep complications.
“He has high geometric vision,” said Raphael Krikorian, an Armenian-French dynamicist at Pierre and Marie Curie University in Paris. “He tells you what you should look at, what you should do. Then, of course, you have to work.”
Now a globe-trotting dual citizen of Brazil and France, Avila spends half the year in Paris as a research director at CNRS, France’s largest state-run science organization, and the other half in Rio as a fellow at IMPA, Brazil’s national institute for pure and applied mathematics. (The Brazil-France connection is no coincidence; in the 1970s and 1980s, top young French mathematicians like Étienne Ghys and Yoccoz fulfilled their mandatory military service with a civil-service alternative: conducting research at IMPA.)
In balmy Rio during the summer and winter months, Avila mulls over problems while lying in bed or wandering Leblon beach a block from his apartment. There, he has more time and freedom to think deeply about his work and to let ideas flow freely. “I don’t believe that I can just hit my head on the wall and the solution will appear,” he likes to say. He sometimes invites collaborators to Rio one at a time for what can only be described as an unconventional work experience.
“The last time I was in Rio, I specifically got a hotel near the beach so I could work with him,” saidAmie Wilkinson, a mathematician at the University of Chicago. After searching for Avila on a beach that was “packed shoulder-to-shoulder” with “oversexed cariocas” and returning to her hotel to try to call him, Wilkinson eventually found him “literally standing in the water,” she said. “We met and worked up to our knees in water. It was totally crazy.”
“If you work with Artur,” she said, “you have to get into a bathing suit.”
Avila was born to parents who could not envision their son growing up to become a pure mathematician — they had never heard of one — and wanted him to aim for a stable career as a bureaucrat. His father’s formal education growing up in the rural Amazon didn’t start until his teenage years, but by the time Artur was born, his father had become an accountant in a government reinsurance enterprise, able to provide a middle-class lifestyle in Rio for his family and buy math books for his quiet son, who early on was more interested in reading than imitating Pelé’s bicycle kick. When Avila was 6, his mother — who still files his tax returns — enrolled him at Colégio de São Bento, a conservative Catholic school known for its academics and for the gold-plated, 16th-century São Bento Monastery. Two years later his parents separated. As the years passed, Avila increasingly focused on mathematics to the exclusion of almost everything else — he often did poorly in other subjects and was expelled after the eighth grade for refusing to take mandatory religion exams. He said he “left the school completely unprepared for normal social interaction.”
Avila got his first taste of the wider mathematics community just before he was expelled in 1992 when Luiz Fabiano Pinheiro, a master teacher at São Bento affectionately known as “Fabiano,” encouraged the 13-year-old prodigy to participate in the junior division of the prestigious Mathematical Olympiad competition. Avila was excited by problems he had never encountered but felt woefully unprepared. “For the first time, I felt I couldn’t do anything,” he said. The next year, after Fabiano helped him transfer to a new school, Avila won top honors at the state level. Two years later, he took gold at the International Mathematical Olympiad in Toronto.
“The first time I met Artur, I knew that he would be pre-eminent,” Fabiano said in Portuguese as his ex-wife, Eliana Vianna, interpreted. “Artur was the best of all my students ever,” said the retired 72-year-old who taught for five decades.
Through the math competitions, Avila discovered IMPA, where Brazil held its Olympiad award ceremonies each year. There, he met prominent mathematicians likeCarlos Gustavo Moreira and Nicolau Corção Saldanha, and while still technically in high school, he began studying graduate-level mathematics.
Dynamical Systems
In Brazil, Avila could relish mathematics without the career pressures he might have faced in the United States. “It was better for me to study at IMPA than if I were at Princeton or Harvard,” he said. “Growing up and being educated in Brazil was very positive for me.”
A major focus at IMPA is dynamical systems, the branch of mathematics that studies systems that evolve over time according to some set of rules — a collection of planets moving around a star, for example, or a billiard ball bouncing around a table, or a population of organisms that grows or declines over time.
One reason that many young mathematicians are drawn to dynamical systems, several researchers said, is that the relatively new subject, unlike the ancient field of number theory, doesn’t require a great deal of prior theoretical knowledge to begin solving problems. And dynamical systems are everywhere in math and nature. “It’s like a glue that connects many other subjects,” Krikorian said. Of the “two cultures of mathematics” described by the University of Cambridge mathematician and 1998 Fields medalist Timothy Gowers, there are theory-builders who create new mathematics and there are problem-solvers who analyze existing questions. Most dynamicists, said Yoccoz, including Avila and himself, are problem-solvers. “Both ways are necessary,” he said.
Brasileiro ganha Nobel da Matemática
RIO - Um carioca de 35 anos se tornou o primeiro brasileiro a receber a prestigiada Medalha Fields, considerada o prêmio Nobel da matemática. Artur Avila foi anunciado como merecedor da láurea máxima da União Internacional de Matemática (IMU, na sigla em inglês), durante o Congresso Internacional de Matemáticos, nesta terça-feira, quarta de manhã em Seul, na Coreia do Sul, onde o evento acontece. A medalha é entregue a cada quatro anos, a no mínimo dois e no máximo quatro profissionais com menos de 40 anos cujos trabalhos um comitê secreto julga terem sido fundamentais para o avanço da matemática. Junto com Avila, este ano a Fields foi entregue também ao canadense Manjul Bhargava, ao austríaco Martin Hairer e à iraniana Maryam Mirzakhani.
Artur Avila fez notáveis contribuições no campo dos sistemas dinâmicos, análise e outras áreas, em muitos casos provando resultados decisivos que resolveram problemas há muito tempo em aberto. Quase todo seu trabalho foi feito por meio de colaborações com cerca de 30 matemáticos de todo mundo. Para estas colaborações, Avila traz um formidável poder técnico, a engenhosidade e tenacidade de um mestre em resolver problemas e um profundo senso para questões profundas e significativas. Os feitos de Avila são muitos e abrangem uma ampla gama de tópicos. Com sua combinação de tremendo poder analítico e profunda intuição sobre sistemas dinâmicos, Artur Avila certamente continuará um líder na matemática ainda por muitos anos”, escreveu o comitê da IMU na sua justificativa para o prêmio.
Ex-aluno de duas escolas tradicionais do Rio, os colégios Santo Agostinho e São Bento, o calculista coleciona medalhas desde os 13 anos, quando ganhou um bronze na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) de 1992. De lá até receber a sonhada Fields, Avila conquistou alguns ouros em outras edições da olimpíada e concluiu seu doutorado no Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), em 2011, aos 21 anos. Hoje, divide seu tempo entre o Impa, onde atua como pesquisador extraordinário, e o trabalho de diretor de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França, em Paris. À diferença do Nobel, cujos vencedores só sabem da premiação após o anúncio oficial na Suécia, os ganhadores da Medalha Fields são informados previamente. O carioca, que já havia sido cogitado para o prêmio em 2010, recebeu a notícia há dois meses, com um certo alívio.
— Há vários anos existia uma expectativa nessa direção, e realmente eu sentia isso como uma pressão sobre mim, também pela sua importância para o Brasil, que de maneira um pouco estranha nunca teve prêmios internacionais desse porte, como um Nobel. Assim, ficava um pouco pesado. A notícia da medalha teve, para mim, um primeiro efeito de alívio — conta Avila.
No Impa, a notícia sobre o prêmio foi recebida com muita festa:
— Essa medalha para o Artur vem primeiro coroar o trabalho individual dele, mas, ao mesmo tempo, é coerente com a situação da matemática brasileira — pondera César Camacho, diretor-geral do Impa. — Não é como um salto quântico. Um feito excepcional, sim, mas não fora da curva. É resultado de um longo trabalho de construção do Impa como centro de excelência da matemática mundial nos últimos 62 anos. Somos uma instituição aberta, com muitos contatos e interação com outras no exterior, e na qual tudo é feito com base no mérito.
Avila e os outros três ganhadores deste ano se juntam às outras 52 pessoas laureadas desde a primeira Medalha Fields, em 1936. O prêmio foi criado pelo canadense John Charles Fields, para “reparar” o erro do sueco Alfred Nobels, que, ao elaborar o Prêmio Nobel, em 1895, desconsiderou a matemática como ciência importante. Hoje, os ganhadores da Medalha Fields recebem 15 mil dólares canadenses (R$ 31 mil). Valor bem menor do que as 8 milhões de coroas suecas (cerca de R$ 2,7 milhões) pagos aos premiados com o Nobel. Nas 17 edições anteriores da Fields, os americanos foram os mais premiados (12 vezes). A medalha de Ávila é a primeira de um matemático da América Latina.
Resenha: Béla Guttmann
Este livro narra a história que parece o filme Forrest Gump. Guttmann é aquele personagem que esteve em nos principais momentos do futebol mundial no período entre as décadas de vinte e sessenta. Como jogador, Guttmann fez parte da equipe do Hakoah, de Viena, um time de judeus. Chegou a participar das Olimpíadas de 1924 pela seleção da Hungria. No final dos anos vinte, fez excursão aos Estados Unidos, onde o futebol era um esporte emergente. Na década de 30 torna-se treinador na Hungria. Durante a segunda guerra, Guttmann desaparece. Após o confronto, volta a trabalhar com treinador na Hungria. Num dos times que dirigiu tinha Boszik e Puskas, que seria base da poderosa seleção da Hungria da década de cinquenta. Em 1949 vai para Itália, Chipre, Argentina e retorna para Itália para treinar o Milan de Nordahl, Liedholm e Schiaffino. Apesar de estar em primeiro lugar no campeonato italiano, Guttmann é demitido do Milan. Em 1957, Guttmann chega ao Brasil para treinar o São Paulo. Neste clube, adota o sistema 4-2-4. O assistente de Guttmann no clube era Vicente Feola, que meses mais tarde tornaria o treinador da seleção brasileira e conquistaria a Copa do Mundo com o estilo adotado por Guttmann. Do Brasil, o treinador vai para Portugal, sendo campeão pelo Porto. No ano seguinte assume o time do Benfica , onde torna-se bicampeão europeu, num time que tinha Eusébio, o maior jogador português de todos os tempos. Depois do Benfica, Guttmann entra em decadência, treinando times no Uruguai, Suíça e Grécia.
O livro Béla Guttmann conta a história deste treinador em 170 páginas. Isto é bom e ruim. Por um lado, Claussen vai direto ao ponto, sendo bastante objetivo. Por outro lado, como a vida de Guttmann foi bastante atribulada, sentimos esta objetividade do autor do livro parece atrapalhar um pouco.
Vale a Pena? Para quem gosta de futebol e quer um panorama do esporte entre os anos 20 e 60 é uma boa leitura.
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