You have accountants going to some big corporations — multinational corporations but that are clearly U.S.-based and have the bulk of their operations in the United States — and these accountants are saying, you know what, we found a great loophole — if you just flip your citizenship to another country, even though it’s just a paper transaction, we think we can get you out of paying a whole bunch of taxes.
Obama, o presidente
08 agosto 2014
Sexo, Mentiras e Economistas
Uma pesquisa realizada com economistas pela European Economic Association mostra que um número bastante expressivo de pesquisadores já tiveram um comportamento pouco científico. A pesquisa será publicada brevemente no periódico Policy Research. Isto inclui comportamentos como trocar sexo por co-autoria, problemas com dados, aceitar ou receber presentes em troca de autoria ou acesso aos dados e até cópia de trabalho anterior sem citação.
Fonte: Aqui
Fonte: Aqui
Qualidade das universidades
Em 1911 Charles Babcock Kendric criou um relatório onde
analisava a qualidade das universidades dos Estados Unidos. A classificação
dele era feita em quatro grupos, conforme a qualidade percebida por ele. Aqui o autor faz uma relação interessante: toma o ranking das melhores universidades
em 2014, baseado nos dois melhores critérios de classificação dos Estados
Unidos, e compara com a classificação de Kendric. A figura abaixo mostra as
melhores universidades (Princeton em primeiro lugar) e a classificação de
Kendric, onde a bola vermelha representa a “classe 1” (as melhores) e a verde a
“classe 2”. Uma conclusão: boas universidades em 1911 continuavam sendo boas
universidades mais de cem anos depois.
A imagem completa e em PDF pode ser obtida aqui.
07 agosto 2014
Curso de Contabilidade Básica: Empresa Nova
Uma empresa nova apresenta uma série de características que terão reflexos sobre suas demonstrações contábeis. De uma maneira geral, uma empresa nova possui uma rentabilidade reduzida, um elevado nível de endividamento (necessário para fazer os primeiros investimentos) e pouca geração de caixa das atividades operacionais. Assim, quando o usuário for analisar uma empresa nova deve levar em consideração estes fatores. A principal preocupação é tentar verificar a capacidade de sobrevivência desta empresa.
Veja o caso da Renova Energia, uma empresa na área de geração de energia eólica, solar e de pequenas centrais hidrelétricas. Por atuar nesta área temos uma simpatia natural pela empresa. Mas o usuário deve ser isento na sua análise. Vejamos inicialmente o seu resultado recente:
É possível notar que a empresa não está conseguindo gerar lucro, fato normal numa empresa nova (a Renova foi fundada em 2001, mas somente em 2009 começou a trabalhar com energia eólica). Mas pelo menos a Renova está obtendo lucro operacional (aqui uma ressalva, já que a demonstração do resultado não está considerando as despesas administrativas, a depreciação entre outros aspectos). E o prejuízo apresentou uma redução (veja um aspecto curioso: como o resultado é negativo, a empresa apresentou que o resultado diminuiu, quando na verdade ele aumentou!).
Vamos observar agora o balanço patrimonial da empresa. Por atuar num setor onde o volume de investimento exigido é elevado, a maior parte do ativo é composta de imobilizado. Mas deve-se notar o aumento de caixa e aplicações financeiras, que constituem a reserva financeira da empresa, nos dois últimos trimestres. No passivo destaca-se a redução do curto prazo e o aumento do longo prazo. Nas notas explicativas a empresa esclarece o que ocorreu: a quitação de empréstimos-pontes e a contratação de um empréstimo de longo prazo. Isto é positivo já que permite uma maior tranquilidade na renovação do passivo.
E a DFC? A única informação dada é a seguinte figura:
Ou seja, a Renova não está conseguindo gerar caixa das operações, como ocorre geralmente nas empresas que estão iniciando num determinado setor. Mas o volume de disponibilidade total ainda é suficiente para manter a empresa por vários exercícios.
No final das informações, uma nota a empresa:
Ou seja, as demonstrações não foram auditadas.
Veja o caso da Renova Energia, uma empresa na área de geração de energia eólica, solar e de pequenas centrais hidrelétricas. Por atuar nesta área temos uma simpatia natural pela empresa. Mas o usuário deve ser isento na sua análise. Vejamos inicialmente o seu resultado recente:
É possível notar que a empresa não está conseguindo gerar lucro, fato normal numa empresa nova (a Renova foi fundada em 2001, mas somente em 2009 começou a trabalhar com energia eólica). Mas pelo menos a Renova está obtendo lucro operacional (aqui uma ressalva, já que a demonstração do resultado não está considerando as despesas administrativas, a depreciação entre outros aspectos). E o prejuízo apresentou uma redução (veja um aspecto curioso: como o resultado é negativo, a empresa apresentou que o resultado diminuiu, quando na verdade ele aumentou!).
Vamos observar agora o balanço patrimonial da empresa. Por atuar num setor onde o volume de investimento exigido é elevado, a maior parte do ativo é composta de imobilizado. Mas deve-se notar o aumento de caixa e aplicações financeiras, que constituem a reserva financeira da empresa, nos dois últimos trimestres. No passivo destaca-se a redução do curto prazo e o aumento do longo prazo. Nas notas explicativas a empresa esclarece o que ocorreu: a quitação de empréstimos-pontes e a contratação de um empréstimo de longo prazo. Isto é positivo já que permite uma maior tranquilidade na renovação do passivo.
E a DFC? A única informação dada é a seguinte figura:
Ou seja, a Renova não está conseguindo gerar caixa das operações, como ocorre geralmente nas empresas que estão iniciando num determinado setor. Mas o volume de disponibilidade total ainda é suficiente para manter a empresa por vários exercícios.
No final das informações, uma nota a empresa:
Ou seja, as demonstrações não foram auditadas.
Pra que serve teoria dos jogos? O caso da teoria de matching
São Paulo – O que haveria em comum entre estudantes e escolas em busca de novos talentos, doadores de órgãos e receptores compatíveis, solteiros à procura de sua alma gêmea? O fato de serem relações que dependem de encontros certos para que todas as partes saiam satisfeitas. Foi exatamente por desenvolver estratégias que facilitam o acerto em situações como essas e em outras combinações que o norte-americano Alvin Roth recebeu o Nobel de Economia em 2012.
No Brasil para ministrar um curso no International Workshop on Game Theory and Economic Applications of the Game Theory Society (IWGTS), realizado na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) no âmbito da Escola São Paulo de Ciência Avançada (ESPCA), modalidade de apoio da FAPESP, o economista falou à Agência FAPESP sobre como a Teoria dos Jogos, área de seus estudos, pode ajudar a mudar destinos no mercado e na vida.
Além de Roth, outros três laureados com o Nobel de Economia participaram do IWGTS, cuja programação encerrou em 31 de julho: os matemáticos John Nash, da Princeton University (premiado em 1994), e Robert Aumman (2005), da Hebrew University of Jerusalem, e o economista Eric Maskin (2007), da Harvard University. O evento é realizado em comemoração aos 70 anos de Marilda Sotomayor, professora da FEA-USP e principal pesquisadora da Teoria dos Jogos no Brasil.
A participação de Roth trata da organização dos mercados por meio de matching, um ramo da Teoria dos Jogos. “Nesse campo da matemática aplicada, entende-se como jogo um modelo matemático que representa situações da vida em que diferentes personagens, ou jogadores, tomam decisões e interagem de acordo com regras preestabelecidas, afetando uns aos outros. A Teoria dos Jogos estuda essas interações e o matching atua no desenvolvimento de estratégias para realizar as melhores combinações”, explicou o professor da Stanford University.
Trata-se de um mecanismo para situações em que é necessário fazer escolhas e também ser escolhido – como no mercado de trabalho. “Você não pode só decidir onde quer trabalhar, você tem que ser admitido. Os empregadores também não podem simplesmente decidir sobre quem eles querem que trabalhem com eles – é necessário fazer ofertas que as pessoas aceitem”, exemplificou.
Roth ganhou o Nobel em 2012 juntamente com o matemático Lloyd Shapley, da University of California, Los Angeles, pelos seus trabalhos com o algoritmo Gale-Shapley, que parte das preferências de dois grupos para chegar a combinações estáveis entre seus elementos.
Roth deu diversas aplicações práticas ao algoritmo, combinando médicos residentes com hospitais espalhados pelos Estados Unidos, doadores de órgãos com receptores compatíveis e alunos com escolas.
De acordo com ele, o matching é usado para organizar mercados de diferentes naturezas. “O ramo da teoria dos jogos em que atuo é chamado de Market Design. Tentamos entender como organizar os mercados de modo que eles trabalhem melhor e que possamos consertá-los quando não funcionarem bem”, disse.
Para o Brasil entrar no jogo
Na opinião de Roth, o Brasil precisa se apropriar da área para fazer frente aos demais países emergentes. “Muito do que define uma nação como próspera é a existência de mercados que funcionam bem. Algo importante para os economistas brasileiros fazerem é olhar para os mercados locais, perceber quais não estão funcionando adequadamente e melhorá-los, encontrando novos modos de organizá-los, novas regras.”
De acordo com Marilda Sotomayor, falta formação na área no Brasil. “Além de matching ser uma área muito matematizada, o que não parece ser de interesse dos economistas brasileiros em geral, as faculdades não ensinam Teoria dos Jogos com profundidade. Nosso evento busca proporcionar aos estudantes e demais interessados na área um ambiente dinâmico e intelectualmente estimulante, que promova interação entre os participantes”, afirmou.
Sotomayor é coautora de Roth na obra de maior referência na área, o livro Two-sided matching. A study in game-theoretic and analysis, publicado em 1990. “Trata-se de um marco porque, até então, matching era coisa de matemáticos para matemáticos. A publicação atraiu a atenção de economistas para a teoria e a atuação de Roth ao longo dos anos ampliou ainda mais a aplicação para diversas outras áreas, o que foi determinante para o Nobel.”
As pesquisas de Roth com os estudos de Shapley levaram, entre outras aplicações, a importantes mudanças no processo de seleção nas escolas de ensino médio dos Estados Unidos.
Como poucos candidatos chegavam às melhores escolas, muitos escolhiam as menos valorizadas para não ficar sem alguma. Isso até que foi desenvolvido um sistema em que os estudantes escolhiam 12 escolas de interesse enquanto as instituições também elencavam os perfis de alunos desejados. Com base no matching, o sistema seleciona as melhores combinações de interesses.
O mesmo mecanismo pode ser adotado na busca por doadores de órgãos. Roth foi um dos fundadores do New England Program for Kidney Exchange, que reúne 14 centros de transplante de rins da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, para possibilitar que pacientes e dadores em qualquer parte da região encontrem pares compatíveis.
As múltiplas aplicações da teoria se originam em pesquisa realizada por Shapley e pelo matemático e economista David Gale, em 1962, com o objetivo de proporcionar casamentos estáveis a um grupo de 10 homens e 10 mulheres. Em uma série de rodadas de pedidos de casamentos, os parceiros poderiam aceitar ou recusar as propostas mediante uma análise dos interesses em jogo, trocando de par sempre que julgasse um mais interessante que o outro e garantindo, ao final, um casamento estável.
Há outros fatores envolvidos na estabilidade de um relacionamento, como a imprevisibilidade do comportamento humano e a possibilidade de alterações nas preferências individuais ao longo do tempo – algo com que os teóricos precisam lidar. “Previsibilidade é algo difícil nesse ramo. Mas nós tentamos entender por que algumas regras funcionam melhor do que outras”, disse Roth.
Fonte; aqui
Truques dos restaurantes para você gastar mais
Aqui estão 11 dos truques psicológicos que restaurantes usam para fazer você gastar mais dinheiro:
1. Eles não usam cifrões. Um sinal de dólar é uma das coisas que os restaurantes devem evitar, inclusive num menu, porque ele imediatamente lembra aos clientes que eles estão gastando dinheiro.
De acordo com pesquisa da Escola de Administração Hoteleira da Universidade de Cornell, os clientes que receberam um menu sem cifrões gastaram significativamente mais do que aqueles que receberam um menu com eles. Mesmo quando os preços foram escritos com palavras em vez de números, como "dez dólares", os hóspedes gastaram menos dinheiro porque isto também desencadeou os sentimentos negativos associados com o pagamento.
2. Eles são complicados com seus números. Os que fazem os menus reconhecem que os preços que terminam em 9, como R$9,99, tendem a significar valor, mas não a qualidade. Além disso, os preços que terminam em 0,95 em vez de 0,99 são mais eficazes, porque eles são mais " amigáveis" para os clientes. A maioria dos restaurantes deixam o preço sem centavos porque isto faz o menu mais limpo, mais simples e direto ao ponto.
3. Eles usam linguagem extremamente descritiva. Pesquisa da Universidade de Cornell revelou que itens descritos de uma forma mais bonita são mais atraentes e popular entre os clientes . De acordo com pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, menu descritivos elevou as vendas em 27% em comparação com os cardápios sem descrição.
Em uma entrevista para NBC Today o engenheiro de menu Greg Rapp apresenta um exemplo de Maryland Style Crab Cakes. Eles são descritos como "feitos à mão, com carne de caranguejo doce, um toque de maionese, nossa mistura secreta de temperos e migalhas de biscoito". Isto traz uma experiência sensorial para o leitor e a etiquetagem descritiva fará clientes mais susceptível de ser satisfeita ao final da alimentação .
Curiosamente, nomes de marca em descrições de menu também ajudam as vendas, razão pela qual cadeias de restaurantes usam o molho Jack Daniel ou suco de laranja Minute Maid em seus menus do. Mais adjetivos melhor.
4. Eles se conectam com comida da família. Clientes são especialmente atraídos por nomes de parentes, como pais e avós, nos menus. Por exemplo, as pessoas estão mais propensos a comprar biscoitos quentes caseiros da vovó ou famosa salada de batata da tia Margô. Isto também pode adicionar uma pitada de nostalgia.
5. Eles usam termos de comida étnica para fazer sua comida parecer mais autêntica. Segundo o psicólogo experimental de Oxford, Charles Spence, um rótulo étnico ou geográfica, como um nome italiano, chama a atenção de uma pessoa para determinadas características em um prato.
6. Eles destacam visualmente as coisas. Quando os alimentos estão em negrito, listados em uma fonte colorido ou mais sofisticado, acompanhado de fotografias, ou apontados em uma caixa, eles se parecem mais especiais do que os outros pratos. No entanto, certos restaurantes tendem evitar essa estratégia, porque pode parecer brega.
7. Eles usam itens caros para atraí-lo para os itens mais baratos. Segundo Rapp, restaurantes usam alimentos extremamente caros como chamarizes. "Você provavelmente não vai comprá-lo, mas você vai encontrar algo um pouco mais barato e ele vai parecer mais razoável", diz ele.
De acordo com William Poundstone, autor Pricelles, em uma entrevista à New York Magazine, "o principal papel de um prato de 115 reais - a única coisa de três dígitos no Menu - é fazer com que os demais se pareçam uma pechincha relativa".
8. Eles oferecem alimentos em dois tamanhos das porções. Esta estratégia é chamada de escalonamento. O cliente não tem ideia de quanto menor é a porção pequena é, assim que assumir que é o melhor preço é aquele que custa menos. O que eles não perceberam é que o restaurante queria vender a porção menor ao preço mais baixo o tempo todo, usando simplesmente a porção maior, com o preço mais elevado, como comparação.
9. Eles analisam seus padrões de leitura. Restaurantes consideram uma série de fixações oculares que podem ser estudados para ver como as pessoas lêem certas coisas.
De acordo com um estudo coreano, um terço dos participantes são propensos a escolher o primeiro item para o qual a sua atenção é direcionada. Como resultado, os restaurantes colocam os itens mais rentáveis no canto superior direito, porque é onde os olhos das pessoas focam primeiro.
Esta estratégia baseia-se no efeito de primazia, o que significa que as pessoas se lembram dos itens no início de uma lista melhor. Outra razão isso funciona é que vendo um prato muito caro à primeira vista, isto fará com que o resto do menu pareça com preços razoáveis na comparação.
Restaurantes colocam foco em seus principais serviços. De acordo com um estudo de pesquisa de Cornell sobre os movimentos dos olhos em cardápios de restaurantes, a maioria dos clientes faz de forma rápida uma varredura do menu, mas focam sua atenção sobre as entradas.
10. Eles limitam suas escolhas. É muito eficaz para os restaurantes limitar a sua seleção. Aparentemente, o número ideal de itens de menu é de seis itens por categoria em restaurantes fast-food, e de sete a 10 itens por categoria em restaurantes excelentes.
11. Eles definem o humor para gastar. Segundo a pesquisa em psicologia da Universidade de Leicester , tocar música clássica em restaurantes incentiva os clientes a gastar mais, porque faz com que se sintam mais ricos. Enquanto isso, a música pop a menos sofisticada levou as pessoas a gastar 10% a menos em suas refeições .
Adaptado daqui
1. Eles não usam cifrões. Um sinal de dólar é uma das coisas que os restaurantes devem evitar, inclusive num menu, porque ele imediatamente lembra aos clientes que eles estão gastando dinheiro.
De acordo com pesquisa da Escola de Administração Hoteleira da Universidade de Cornell, os clientes que receberam um menu sem cifrões gastaram significativamente mais do que aqueles que receberam um menu com eles. Mesmo quando os preços foram escritos com palavras em vez de números, como "dez dólares", os hóspedes gastaram menos dinheiro porque isto também desencadeou os sentimentos negativos associados com o pagamento.
2. Eles são complicados com seus números. Os que fazem os menus reconhecem que os preços que terminam em 9, como R$9,99, tendem a significar valor, mas não a qualidade. Além disso, os preços que terminam em 0,95 em vez de 0,99 são mais eficazes, porque eles são mais " amigáveis" para os clientes. A maioria dos restaurantes deixam o preço sem centavos porque isto faz o menu mais limpo, mais simples e direto ao ponto.
3. Eles usam linguagem extremamente descritiva. Pesquisa da Universidade de Cornell revelou que itens descritos de uma forma mais bonita são mais atraentes e popular entre os clientes . De acordo com pesquisadores da Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, menu descritivos elevou as vendas em 27% em comparação com os cardápios sem descrição.
Em uma entrevista para NBC Today o engenheiro de menu Greg Rapp apresenta um exemplo de Maryland Style Crab Cakes. Eles são descritos como "feitos à mão, com carne de caranguejo doce, um toque de maionese, nossa mistura secreta de temperos e migalhas de biscoito". Isto traz uma experiência sensorial para o leitor e a etiquetagem descritiva fará clientes mais susceptível de ser satisfeita ao final da alimentação .
Curiosamente, nomes de marca em descrições de menu também ajudam as vendas, razão pela qual cadeias de restaurantes usam o molho Jack Daniel ou suco de laranja Minute Maid em seus menus do. Mais adjetivos melhor.
4. Eles se conectam com comida da família. Clientes são especialmente atraídos por nomes de parentes, como pais e avós, nos menus. Por exemplo, as pessoas estão mais propensos a comprar biscoitos quentes caseiros da vovó ou famosa salada de batata da tia Margô. Isto também pode adicionar uma pitada de nostalgia.
5. Eles usam termos de comida étnica para fazer sua comida parecer mais autêntica. Segundo o psicólogo experimental de Oxford, Charles Spence, um rótulo étnico ou geográfica, como um nome italiano, chama a atenção de uma pessoa para determinadas características em um prato.
6. Eles destacam visualmente as coisas. Quando os alimentos estão em negrito, listados em uma fonte colorido ou mais sofisticado, acompanhado de fotografias, ou apontados em uma caixa, eles se parecem mais especiais do que os outros pratos. No entanto, certos restaurantes tendem evitar essa estratégia, porque pode parecer brega.
7. Eles usam itens caros para atraí-lo para os itens mais baratos. Segundo Rapp, restaurantes usam alimentos extremamente caros como chamarizes. "Você provavelmente não vai comprá-lo, mas você vai encontrar algo um pouco mais barato e ele vai parecer mais razoável", diz ele.
De acordo com William Poundstone, autor Pricelles, em uma entrevista à New York Magazine, "o principal papel de um prato de 115 reais - a única coisa de três dígitos no Menu - é fazer com que os demais se pareçam uma pechincha relativa".
8. Eles oferecem alimentos em dois tamanhos das porções. Esta estratégia é chamada de escalonamento. O cliente não tem ideia de quanto menor é a porção pequena é, assim que assumir que é o melhor preço é aquele que custa menos. O que eles não perceberam é que o restaurante queria vender a porção menor ao preço mais baixo o tempo todo, usando simplesmente a porção maior, com o preço mais elevado, como comparação.
9. Eles analisam seus padrões de leitura. Restaurantes consideram uma série de fixações oculares que podem ser estudados para ver como as pessoas lêem certas coisas.
De acordo com um estudo coreano, um terço dos participantes são propensos a escolher o primeiro item para o qual a sua atenção é direcionada. Como resultado, os restaurantes colocam os itens mais rentáveis no canto superior direito, porque é onde os olhos das pessoas focam primeiro.
Esta estratégia baseia-se no efeito de primazia, o que significa que as pessoas se lembram dos itens no início de uma lista melhor. Outra razão isso funciona é que vendo um prato muito caro à primeira vista, isto fará com que o resto do menu pareça com preços razoáveis na comparação.
Restaurantes colocam foco em seus principais serviços. De acordo com um estudo de pesquisa de Cornell sobre os movimentos dos olhos em cardápios de restaurantes, a maioria dos clientes faz de forma rápida uma varredura do menu, mas focam sua atenção sobre as entradas.
10. Eles limitam suas escolhas. É muito eficaz para os restaurantes limitar a sua seleção. Aparentemente, o número ideal de itens de menu é de seis itens por categoria em restaurantes fast-food, e de sete a 10 itens por categoria em restaurantes excelentes.
11. Eles definem o humor para gastar. Segundo a pesquisa em psicologia da Universidade de Leicester , tocar música clássica em restaurantes incentiva os clientes a gastar mais, porque faz com que se sintam mais ricos. Enquanto isso, a música pop a menos sofisticada levou as pessoas a gastar 10% a menos em suas refeições .
Adaptado daqui
Informação privilegiada?
Segundo texto da Broadcast, a Portugal Telecom retirou 128 milhões de euros, cerca de 400 milhões de reais, depositados no Banco Espírito Santo. Isto livrou a telefônica de transferir o dinheiro para o BES Ruim do numerários dos maiores acionistas da empresa. E a Portugal Telecom tinha 2,1% das ações.
Conexão Brasil
Segundo uma pesquisa de Patricia Ellen e Jaana Remes, a abertura e integração do Brasil ao mercado global de certos setores poderá melhorar a produtividade. Em termos numéricos, a conexão do Brasil ao mundo poderia aumentar em mais de 40% a taxa de crescimento da economia, ou 1,25% a mais.
É bom lembrar que segundo a McKinsey, o Brasil está em 43º. Lugar no mundo em conectividade. E hoje o país exporta 13% do PIB, um valor ridículo quando comparado, por exemplo, ao México (33%). As barreiras alfandegárias, o custo de exportação, os problemas de estrutura são alguns dos fatores que impedem uma maior abertura.
É bom lembrar que segundo a McKinsey, o Brasil está em 43º. Lugar no mundo em conectividade. E hoje o país exporta 13% do PIB, um valor ridículo quando comparado, por exemplo, ao México (33%). As barreiras alfandegárias, o custo de exportação, os problemas de estrutura são alguns dos fatores que impedem uma maior abertura.
Listas: As atrizes mais bem pagas do cinema
1. Sandra Bullock — $51 milhões (foto)
2. Jennifer Lawrence — $34
3. Jennifer Aniston — $31
4. Gwyneth Paltrow — $19
5. Angelina Jolie — $18
6. Cameron Diaz — $18
7. Scarlett Johansson – 17
8 . Amy Adams – 13
9. Natalie Portman – 13
10. Kristen Stewart - 13
Fonte: Aqui
2. Jennifer Lawrence — $34
3. Jennifer Aniston — $31
4. Gwyneth Paltrow — $19
5. Angelina Jolie — $18
6. Cameron Diaz — $18
7. Scarlett Johansson – 17
8 . Amy Adams – 13
9. Natalie Portman – 13
10. Kristen Stewart - 13
Fonte: Aqui
06 agosto 2014
Como o governo prolongou a depressão?
How Government Prolonged the Depression
Policies that decreased competition in product and labor markets were especially destructive.
Harold L. Cole and
Lee E. Ohanian
The Wall Street journal, February 2, 2009
The New Deal is widely perceived to have ended the Great Depression, and this has led many to support a "new" New Deal to address the current crisis. But the facts do not support the perception that FDR's policies shortened the Depression, or that similar policies will pull our nation out of its current economic downturn.
A man selling apples during the Great Depression. Corbis
The goal of the New Deal was to get Americans back to work. But the New Deal didn't restore employment. In fact, there was even less work on average during the New Deal than before FDR took office. Total hours worked per adult, including government employees, were 18% below their 1929 level between 1930-32, but were 23% lower on average during the New Deal (1933-39). Private hours worked were even lower after FDR took office, averaging 27% below their 1929 level, compared to 18% lower between in 1930-32.
Even comparing hours worked at the end of 1930s to those at the beginning of FDR's presidency doesn't paint a picture of recovery. Total hours worked per adult in 1939 remained about 21% below their 1929 level, compared to a decline of 27% in 1933. And it wasn't just work that remained scarce during the New Deal. Per capita consumption did not recover at all, remaining 25% below its trend level throughout the New Deal, and per-capita nonresidential investment averaged about 60% below trend. The Great Depression clearly continued long after FDR took office.
Why wasn't the Depression followed by a vigorous recovery, like every other cycle? It should have been. The economic fundamentals that drive all expansions were very favorable during the New Deal. Productivity grew very rapidly after 1933, the price level was stable, real interest rates were low, and liquidity was plentiful. We have calculated on the basis of just productivity growth that employment and investment should have been back to normal levels by 1936. Similarly, Nobel Laureate Robert Lucas and Leonard Rapping calculated on the basis of just expansionary Federal Reserve policy that the economy should have been back to normal by 1935.
So what stopped a blockbuster recovery from ever starting? The New Deal. Some New Deal policies certainly benefited the economy by establishing a basic social safety net through Social Security and unemployment benefits, and by stabilizing the financial system through deposit insurance and the Securities Exchange Commission. But others violated the most basic economic principles by suppressing competition, and setting prices and wages in many sectors well above their normal levels. All told, these antimarket policies choked off powerful recovery forces that would have plausibly returned the economy back to trend by the mid-1930s.
The most damaging policies were those at the heart of the recovery plan, including The National Industrial Recovery Act (NIRA), which tossed aside the nation's antitrust acts and permitted industries to collusively raise prices provided that they shared their newfound monopoly rents with workers by substantially raising wages well above underlying productivity growth. The NIRA covered over 500 industries, ranging from autos and steel, to ladies hosiery and poultry production. Each industry created a code of "fair competition" which spelled out what producers could and could not do, and which were designed to eliminate "excessive competition" that FDR believed to be the source of the Depression.
These codes distorted the economy by artificially raising wages and prices, restricting output, and reducing productive capacity by placing quotas on industry investment in new plants and equipment. Following government approval of each industry code, industry prices and wages increased substantially, while prices and wages in sectors that weren't covered by the NIRA, such as agriculture, did not. We have calculated that manufacturing wages were as much as 25% above the level that would have prevailed without the New Deal. And while the artificially high wages created by the NIRA benefited the few that were fortunate to have a job in those industries, they significantly depressed production and employment, as the growth in wage costs far exceeded productivity growth.
These policies continued even after the NIRA was declared unconstitutional in 1935. There was no antitrust activity after the NIRA, despite overwhelming FTC evidence of price-fixing and production limits in many industries, and the National Labor Relations Act of 1935 gave unions substantial collective-bargaining power. While not permitted under federal law, the sit-down strike, in which workers were occupied factories and shut down production, was tolerated by governors in a number of states and was used with great success against major employers, including General Motors in 1937.
The downturn of 1937-38 was preceded by large wage hikes that pushed wages well above their NIRA levels, following the Supreme Court's 1937 decision that upheld the constitutionality of the National Labor Relations Act. These wage hikes led to further job loss, particularly in manufacturing. The "recession in a depression" thus was not the result of a reversal of New Deal policies, as argued by some, but rather a deepening of New Deal polices that raised wages even further above their competitive levels, and which further prevented the normal forces of supply and demand from restoring full employment. Our research indicates that New Deal labor and industrial policies prolonged the Depression by seven years.
By the late 1930s, New Deal policies did begin to reverse, which coincided with the beginning of the recovery. In a 1938 speech, FDR acknowledged that the American economy had become a "concealed cartel system like Europe," which led the Justice Department to reinitiate antitrust prosecution. And union bargaining power was significantly reduced, first by the Supreme Court's ruling that the sit-down strike was illegal, and further reduced during World War II by the National War Labor Board (NWLB), in which large union wage settlements were limited by the NWLB to cost-of-living increases. The wartime economic boom reflected not only the enormous resource drain of military spending, but also the erosion of New Deal labor and industrial policies.
By 1947, through a combination of NWLB wage restrictions and rapid productivity growth, we have calculated that the large gap between manufacturing wages and productivity that emerged during the New Deal had nearly been eliminated. And since that time, wages have never approached the severely distorted levels that prevailed under the New Deal, nor has the country suffered from such abysmally low employment.
The main lesson we have learned from the New Deal is that wholesale government intervention can -- and does -- deliver the most unintended of consequences. This was true in the 1930s, when artificially high wages and prices kept us depressed for more than a decade, it was true in the 1970s when price controls were used to combat inflation but just produced shortages. It is true today, when poorly designed regulation produced a banking system that took on too much risk.
President Barack Obama and Congress have a great opportunity to produce reforms that do return Americans to work, and that provide a foundation for sustained long-run economic growth and the opportunity for all Americans to succeed. These reforms should include very specific plans that update banking regulations and address a manufacturing sector in which several large industries -- including autos and steel -- are no longer internationally competitive. Tax reform that broadens rather than narrows the tax base and that increases incentives to work, save and invest is also needed. We must also confront an educational system that fails many of its constituents. A large fiscal stimulus plan that doesn't directly address the specific impediments that our economy faces is unlikely to achieve either the country's short-term or long-term goals.
Mr. Cole is professor of economics at the University of Pennsylvania. Mr. Ohanian is professor of economics and director of the Ettinger Family Program in Macroeconomic Research at UCLA.
Policies that decreased competition in product and labor markets were especially destructive.
Harold L. Cole and
Lee E. Ohanian
The Wall Street journal, February 2, 2009
The New Deal is widely perceived to have ended the Great Depression, and this has led many to support a "new" New Deal to address the current crisis. But the facts do not support the perception that FDR's policies shortened the Depression, or that similar policies will pull our nation out of its current economic downturn.
A man selling apples during the Great Depression. Corbis
The goal of the New Deal was to get Americans back to work. But the New Deal didn't restore employment. In fact, there was even less work on average during the New Deal than before FDR took office. Total hours worked per adult, including government employees, were 18% below their 1929 level between 1930-32, but were 23% lower on average during the New Deal (1933-39). Private hours worked were even lower after FDR took office, averaging 27% below their 1929 level, compared to 18% lower between in 1930-32.
Even comparing hours worked at the end of 1930s to those at the beginning of FDR's presidency doesn't paint a picture of recovery. Total hours worked per adult in 1939 remained about 21% below their 1929 level, compared to a decline of 27% in 1933. And it wasn't just work that remained scarce during the New Deal. Per capita consumption did not recover at all, remaining 25% below its trend level throughout the New Deal, and per-capita nonresidential investment averaged about 60% below trend. The Great Depression clearly continued long after FDR took office.
Why wasn't the Depression followed by a vigorous recovery, like every other cycle? It should have been. The economic fundamentals that drive all expansions were very favorable during the New Deal. Productivity grew very rapidly after 1933, the price level was stable, real interest rates were low, and liquidity was plentiful. We have calculated on the basis of just productivity growth that employment and investment should have been back to normal levels by 1936. Similarly, Nobel Laureate Robert Lucas and Leonard Rapping calculated on the basis of just expansionary Federal Reserve policy that the economy should have been back to normal by 1935.
So what stopped a blockbuster recovery from ever starting? The New Deal. Some New Deal policies certainly benefited the economy by establishing a basic social safety net through Social Security and unemployment benefits, and by stabilizing the financial system through deposit insurance and the Securities Exchange Commission. But others violated the most basic economic principles by suppressing competition, and setting prices and wages in many sectors well above their normal levels. All told, these antimarket policies choked off powerful recovery forces that would have plausibly returned the economy back to trend by the mid-1930s.
The most damaging policies were those at the heart of the recovery plan, including The National Industrial Recovery Act (NIRA), which tossed aside the nation's antitrust acts and permitted industries to collusively raise prices provided that they shared their newfound monopoly rents with workers by substantially raising wages well above underlying productivity growth. The NIRA covered over 500 industries, ranging from autos and steel, to ladies hosiery and poultry production. Each industry created a code of "fair competition" which spelled out what producers could and could not do, and which were designed to eliminate "excessive competition" that FDR believed to be the source of the Depression.
These codes distorted the economy by artificially raising wages and prices, restricting output, and reducing productive capacity by placing quotas on industry investment in new plants and equipment. Following government approval of each industry code, industry prices and wages increased substantially, while prices and wages in sectors that weren't covered by the NIRA, such as agriculture, did not. We have calculated that manufacturing wages were as much as 25% above the level that would have prevailed without the New Deal. And while the artificially high wages created by the NIRA benefited the few that were fortunate to have a job in those industries, they significantly depressed production and employment, as the growth in wage costs far exceeded productivity growth.
These policies continued even after the NIRA was declared unconstitutional in 1935. There was no antitrust activity after the NIRA, despite overwhelming FTC evidence of price-fixing and production limits in many industries, and the National Labor Relations Act of 1935 gave unions substantial collective-bargaining power. While not permitted under federal law, the sit-down strike, in which workers were occupied factories and shut down production, was tolerated by governors in a number of states and was used with great success against major employers, including General Motors in 1937.
The downturn of 1937-38 was preceded by large wage hikes that pushed wages well above their NIRA levels, following the Supreme Court's 1937 decision that upheld the constitutionality of the National Labor Relations Act. These wage hikes led to further job loss, particularly in manufacturing. The "recession in a depression" thus was not the result of a reversal of New Deal policies, as argued by some, but rather a deepening of New Deal polices that raised wages even further above their competitive levels, and which further prevented the normal forces of supply and demand from restoring full employment. Our research indicates that New Deal labor and industrial policies prolonged the Depression by seven years.
By the late 1930s, New Deal policies did begin to reverse, which coincided with the beginning of the recovery. In a 1938 speech, FDR acknowledged that the American economy had become a "concealed cartel system like Europe," which led the Justice Department to reinitiate antitrust prosecution. And union bargaining power was significantly reduced, first by the Supreme Court's ruling that the sit-down strike was illegal, and further reduced during World War II by the National War Labor Board (NWLB), in which large union wage settlements were limited by the NWLB to cost-of-living increases. The wartime economic boom reflected not only the enormous resource drain of military spending, but also the erosion of New Deal labor and industrial policies.
By 1947, through a combination of NWLB wage restrictions and rapid productivity growth, we have calculated that the large gap between manufacturing wages and productivity that emerged during the New Deal had nearly been eliminated. And since that time, wages have never approached the severely distorted levels that prevailed under the New Deal, nor has the country suffered from such abysmally low employment.
The main lesson we have learned from the New Deal is that wholesale government intervention can -- and does -- deliver the most unintended of consequences. This was true in the 1930s, when artificially high wages and prices kept us depressed for more than a decade, it was true in the 1970s when price controls were used to combat inflation but just produced shortages. It is true today, when poorly designed regulation produced a banking system that took on too much risk.
President Barack Obama and Congress have a great opportunity to produce reforms that do return Americans to work, and that provide a foundation for sustained long-run economic growth and the opportunity for all Americans to succeed. These reforms should include very specific plans that update banking regulations and address a manufacturing sector in which several large industries -- including autos and steel -- are no longer internationally competitive. Tax reform that broadens rather than narrows the tax base and that increases incentives to work, save and invest is also needed. We must also confront an educational system that fails many of its constituents. A large fiscal stimulus plan that doesn't directly address the specific impediments that our economy faces is unlikely to achieve either the country's short-term or long-term goals.
Mr. Cole is professor of economics at the University of Pennsylvania. Mr. Ohanian is professor of economics and director of the Ettinger Family Program in Macroeconomic Research at UCLA.
Curso de Contabilidade Básica: Depósitos Judiciais
Muitas vezes a empresa é obrigada a fazer um depósito numa conta bancária referente a um processo que está tramitando na justiça. Se a empresa perder o processo, o valor do depósito fica com a outra parte; se ganhar, a empresa poderá usar os montantes que estão numa instituição financeira. Caso a empresa acredite no sucesso da causa, os valores podem ser considerados como um ativo.
Para discutir sobre estes depósitos tomamos o balanço patrimonial da empresa Grazziotin, que atua na região Sul no comércio varejista. Esta empresa apresentou o seguinte balanço patrimonial da controladora:
Além dos depósitos Judiciais destaquei também dois outros aspectos: primeiro, a empresa, assim como muitas outras, ainda chama o lado direito de “passivo”. Segundo, a empresa denomina seu patrimônio líquido de “investimentos”.
Quanto aos depósitos judiciais, o valor era de 19 milhões no final do primeiro trimestre de 2013 e de 23,3 milhões no final de março de 2014. Mas no primeiro período este item era considerado como uma conta negativa do passivo não circulante e no segundo como uma conta positiva do realizável a longo prazo (com o nome de “depositos judicias”). O que ocorreu entre os dois períodos? Segundo a empresa este item foi reclassificado em 2014 para atender a uma norma contábil, no caso o CPC 26, que determina que estes valores sejam considerados como parte do ativo. Ou seja, o valor negativo no passivo foi realocado para ficar, com o saldo positivo, no ativo.
Aparentemente esta classificação não afeta o resultado. Mas não é bem assim. Um das informações mais relevantes de uma empresa é o endividamento. Considere a relação entre o passivo e o total do ativo. Se em 31 de março de 2013 este valor estivesse no ativo (e não no passivo como apresentado pela empresa), o endividamento seria de 25,9%, e não 22,6% como estão no balanço apresentado. Ou seja, a classificação inadequada dos depósitos judiciais traz uma diferença de 3,3% no endividamento da empresa.
Para discutir sobre estes depósitos tomamos o balanço patrimonial da empresa Grazziotin, que atua na região Sul no comércio varejista. Esta empresa apresentou o seguinte balanço patrimonial da controladora:
Além dos depósitos Judiciais destaquei também dois outros aspectos: primeiro, a empresa, assim como muitas outras, ainda chama o lado direito de “passivo”. Segundo, a empresa denomina seu patrimônio líquido de “investimentos”.
Quanto aos depósitos judiciais, o valor era de 19 milhões no final do primeiro trimestre de 2013 e de 23,3 milhões no final de março de 2014. Mas no primeiro período este item era considerado como uma conta negativa do passivo não circulante e no segundo como uma conta positiva do realizável a longo prazo (com o nome de “depositos judicias”). O que ocorreu entre os dois períodos? Segundo a empresa este item foi reclassificado em 2014 para atender a uma norma contábil, no caso o CPC 26, que determina que estes valores sejam considerados como parte do ativo. Ou seja, o valor negativo no passivo foi realocado para ficar, com o saldo positivo, no ativo.
Aparentemente esta classificação não afeta o resultado. Mas não é bem assim. Um das informações mais relevantes de uma empresa é o endividamento. Considere a relação entre o passivo e o total do ativo. Se em 31 de março de 2013 este valor estivesse no ativo (e não no passivo como apresentado pela empresa), o endividamento seria de 25,9%, e não 22,6% como estão no balanço apresentado. Ou seja, a classificação inadequada dos depósitos judiciais traz uma diferença de 3,3% no endividamento da empresa.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Mercado de Trabalho no Brasil
O comportamento do mercado de trabalho no Brasil é um tema que merece uma maior reflexão da sociedade, notadamente sob os aspectos econômicos e políticos. A economia brasileira passa por um quadro inusitado, com taxas de crescimento da economia (PIB) muito baixas nos últimos anos, e um mercado de trabalho próximo do pleno emprego. Esse contexto instigante, quase paradoxal, indica que é preciso analisar e explicar melhor o que está ocorrendo nesse importante mercado.
Os grandes números do mercado de trabalho no País, medidos pelo IBGE, revelam que um contingente de 91,2 milhões de pessoas tinha alguma ocupação no primeiro trimestre de 2014, contra os 91,8 milhões verificados no trimestre imediatamente anterior. Por sua vez, o número de brasileiros desocupados passou de 6,1 milhões para 7,0 milhões entre o quarto trimestre de 2013 e o primeiro de 2014. Na comparação com o último trimestre de 2013, houve aumento na taxa de desemprego em todas as regiões.
Deve-se destacar, nesta análise, que a elevação da população não economicamente ativa tende a ocorrer, em geral, pela postergação da entrada no mercado de trabalho dos jovens, fruto do crescimento da renda familiar, e a um fator conjuntural, em decorrência da disseminação de informações pessimistas da economia. Assim, em um cenário de redução de crescimento da economia, a difusão de informação de que empresas não estão admitindo faz com que as pessoas se retraiam naturalmente, deixem de procurar empregos. Para agravar esse cenário, registre-se que existe um contingente significativo de jovens brasileiros que não estudam e nem trabalham, contribuindo para elevar o tamanho da população não economicamente ativa.
Para uma melhor compreensão do que está ocorrendo no mercado de trabalho, diante de sua complexidade, é necessário levar em consideração, também, o tempo que o trabalhador permanece na fila do desemprego. Nesse sentido, merecem destaque os dados que mostram um preocupante aumento do contingente dos que estão buscando um novo emprego há mais de um ano, que se aproximam de 18%. Esse dado evidencia que os efeitos decorrentes do baixo desempenho da economia brasileira estão chegando ao mercado de trabalho, dando início a um inquietante processo de deterioração nesse mercado.
Pode-se concluir, assim, que as taxas baixas de desemprego no Brasil deverão iniciar nos próximos meses um processo de deterioração, em função das perspectivas desfavoráveis no desempenho da economia brasileira. Assim, é preciso alertar que o cenário do mercado de trabalho no Brasil merece mais atenção do que comemoração.
O agravamento do mercado de trabalho no Brasil - José Matias-Pereira
*José Matias-Pereira é professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília (UNB)
Os grandes números do mercado de trabalho no País, medidos pelo IBGE, revelam que um contingente de 91,2 milhões de pessoas tinha alguma ocupação no primeiro trimestre de 2014, contra os 91,8 milhões verificados no trimestre imediatamente anterior. Por sua vez, o número de brasileiros desocupados passou de 6,1 milhões para 7,0 milhões entre o quarto trimestre de 2013 e o primeiro de 2014. Na comparação com o último trimestre de 2013, houve aumento na taxa de desemprego em todas as regiões.
Deve-se destacar, nesta análise, que a elevação da população não economicamente ativa tende a ocorrer, em geral, pela postergação da entrada no mercado de trabalho dos jovens, fruto do crescimento da renda familiar, e a um fator conjuntural, em decorrência da disseminação de informações pessimistas da economia. Assim, em um cenário de redução de crescimento da economia, a difusão de informação de que empresas não estão admitindo faz com que as pessoas se retraiam naturalmente, deixem de procurar empregos. Para agravar esse cenário, registre-se que existe um contingente significativo de jovens brasileiros que não estudam e nem trabalham, contribuindo para elevar o tamanho da população não economicamente ativa.
Para uma melhor compreensão do que está ocorrendo no mercado de trabalho, diante de sua complexidade, é necessário levar em consideração, também, o tempo que o trabalhador permanece na fila do desemprego. Nesse sentido, merecem destaque os dados que mostram um preocupante aumento do contingente dos que estão buscando um novo emprego há mais de um ano, que se aproximam de 18%. Esse dado evidencia que os efeitos decorrentes do baixo desempenho da economia brasileira estão chegando ao mercado de trabalho, dando início a um inquietante processo de deterioração nesse mercado.
Pode-se concluir, assim, que as taxas baixas de desemprego no Brasil deverão iniciar nos próximos meses um processo de deterioração, em função das perspectivas desfavoráveis no desempenho da economia brasileira. Assim, é preciso alertar que o cenário do mercado de trabalho no Brasil merece mais atenção do que comemoração.
O agravamento do mercado de trabalho no Brasil - José Matias-Pereira
*José Matias-Pereira é professor de administração pública e pesquisador associado do programa de pós-graduação em contabilidade da Universidade de Brasília (UNB)
Resenha: Guia Politicamente Incorreto do Futebol
Este é mais um livro da série “Guia Politicamente Incorreto (...)” da editora Leya. Esta coleção fez sucesso com outros temas e a fórmula tenta captar a atenção do leitor interessado em futebol. Mais de 400 páginas e 18 capítulos, o texto trata de assuntos diversos como racismo, seleção de setenta, batalha dos Aflitos, Barcelona, Pelé e Maradona.
Como o próprio título induz, algumas das posições dos autores são polêmicas, como é a afirmação de que “Messi não é um bom garoto” (último capítulo). O problema é que o livro, escrito por jornalistas, cai na “faláciado jornalista”. Esta falácia acontece quando se toma um ou dois depoimentos e fazem conclusões apressadas. No caso do Messi, o livro usa três acontecimentos para fazer esta conclusão.
Outros pontos levantados, como o “futebol não é um bom negócio”, já mereceu uma análise muito mais interessante e profunda no Soccernomics, por exemplo. Para quem já leu Soccernomics, o texto deste Guia é mais superficial.
Mas é inegável que a leitura do livro é agradável. O formato ajuda e os capítulos podem ser lidos de maneira independente. Neste sentido, os problemas apontados anteriormente não prejudicam a leitura.
Vale a pena? Para quem gosta de futebol, inclusive discutir futebol, é interessante sua leitura. Pode acrescentar polêmica nas conversas com os amigos.
ROSSI, Jones; MENDES JR, Leonardo. Guia Politicamente Incorreto do Futebol. Leya, 2014.
Americanas
Submarino
ShopTime
SouBarato.com.br-
Pelo voto facultativo
En los países más desarrollados del mundo, en los más modernos y en las democracias más sólidas, el voto político es facultativo.
Entre los 10 países más ricos del planeta, en todos, menos en Brasil, ir a las urnas ha dejado de ser obligatorio o nunca lo ha sido.
Hoy el voto facultativo está vigente en 205 países del mundo y solo en 24 de ellos (13 en América Latina) sigue siendo obligatorio.
¿Habría que deducir de ello que esos países, empezando por Brasil, no son ni modernos ni cuentan aún con una democracia consolidada? Quizás no, pero según no pocos analistas políticos, de llevarse a cabo la tan anunciada y nunca realizada reforma política, debería empezar por admitir el voto facultativo, ya que una de las características de una democracia real y no solo virtual es que proteja los mayores espacios de libertad de los ciudadanos.
¿Es posible que un derecho se convierta en un deber? ¿Que alguien pueda ser castigado con sanciones en una democracia por no querer ejercer un derecho?
No ha sido probado que el voto obligatorio mejore las democracias del mundo ni que aumente la participación ciudadana en las elecciones
El derecho del voto extendido a todos los ciudadanos, varones o mujeres, ilustrados o analfabetos, fue una de las mayores conquistas de las democracias liberales. Todos, sin distinción de sexo o posición social, tienen el derecho a poder participar en la vida polìtica a través del voto que permite elegir a los representantes de la vida pública.
Ello no significa, sin embargo, que deba ser obligatorio ni merecedor de castigos el dejar de hacer uso de dicho derecho. Sobre todo porque no ha sido probado que el voto obligatorio mejore las democracias del mundo ni que aumente en ellas la participación ciudadana en las elecciones.
La mayor o menor participación depende sobre todo del interés o desinterés que los ciudadanos demuestren frente a cada elección. Incluso el voto llamado “anti-política” (como, por ejemplo, el nulo o en blanco), no significa un voto contra la democracia o contra la legítima Constitución del país. Puede indicar, sencillamente, una forma de descontento con el modo de gobernar de los políticos elegidos democraticamente, o sencillamente la voluntad de dar paso a nuevas formas de democracia más modernas y más adaptadas a los nuevos instrumentos de comunicación global que hoy ofrece la tecnología.
Manifestarse en contra de la obligatoriedad del voto tampoco significa que los que están en contra de dicha obligatoriedad vayan a dejar de votar , sino simplemente que prefieren, en aras de la democracia, que cada uno sea libre de participar o no.
Si Brasil, séptima potencia económica del mundo, con una democracia reconocida por todos donde existe la separación de los tres poderes, sigue entre los 24 países que aún obligan a votar, significa, como mínimo, una clara anomalía democrática.
La ultima vez que la encuesta Datafolha, hace cuatro años, publicó los índices de brasileños que preferirían que el voto fuera facultativo, quedó claro que la gran mayoría (64%) preferían que el voto no fuera obligatorio. Y entre ese 64% figuraban sobre todo los más instruidos y los jóvenes.
¿No bastaría ese índice, que seguramente hoy sería aún mayor, para que se incluyera en la reforma política la libertad de votar?
Por si fuera poco, otro sondeo indicó que el 30% de los votantes ya había olvidado el nombre del candidato votado a los 20 días de ir a las urnas. ¿Será ese el fruto de la obligatoriedad del voto?
Como ha escrito Nicolás Ocarazán: “El voto obligatorio es una manera desesperada para intentar que los apáticos vayan a las urnas. Pero si la política es incapaz de seducirles por la vía de las ideas para qué obligarles a participar a un sistema incapaz de ser representativo y participativo?”.
La resistencia de los políticos brasileños al voto facultativo, en contra de la gran mayoría de los países del mundo, podría llevar a pensar que más que de la defensa de un derecho se trate de intereses inconfesables que poco tienen que ver con la defensa de los valores de la verdadera democracia.
Juan Arias - El Pais (grifo nosso)
Entre los 10 países más ricos del planeta, en todos, menos en Brasil, ir a las urnas ha dejado de ser obligatorio o nunca lo ha sido.
Hoy el voto facultativo está vigente en 205 países del mundo y solo en 24 de ellos (13 en América Latina) sigue siendo obligatorio.
¿Habría que deducir de ello que esos países, empezando por Brasil, no son ni modernos ni cuentan aún con una democracia consolidada? Quizás no, pero según no pocos analistas políticos, de llevarse a cabo la tan anunciada y nunca realizada reforma política, debería empezar por admitir el voto facultativo, ya que una de las características de una democracia real y no solo virtual es que proteja los mayores espacios de libertad de los ciudadanos.
¿Es posible que un derecho se convierta en un deber? ¿Que alguien pueda ser castigado con sanciones en una democracia por no querer ejercer un derecho?
No ha sido probado que el voto obligatorio mejore las democracias del mundo ni que aumente la participación ciudadana en las elecciones
El derecho del voto extendido a todos los ciudadanos, varones o mujeres, ilustrados o analfabetos, fue una de las mayores conquistas de las democracias liberales. Todos, sin distinción de sexo o posición social, tienen el derecho a poder participar en la vida polìtica a través del voto que permite elegir a los representantes de la vida pública.
Ello no significa, sin embargo, que deba ser obligatorio ni merecedor de castigos el dejar de hacer uso de dicho derecho. Sobre todo porque no ha sido probado que el voto obligatorio mejore las democracias del mundo ni que aumente en ellas la participación ciudadana en las elecciones.
La mayor o menor participación depende sobre todo del interés o desinterés que los ciudadanos demuestren frente a cada elección. Incluso el voto llamado “anti-política” (como, por ejemplo, el nulo o en blanco), no significa un voto contra la democracia o contra la legítima Constitución del país. Puede indicar, sencillamente, una forma de descontento con el modo de gobernar de los políticos elegidos democraticamente, o sencillamente la voluntad de dar paso a nuevas formas de democracia más modernas y más adaptadas a los nuevos instrumentos de comunicación global que hoy ofrece la tecnología.
Manifestarse en contra de la obligatoriedad del voto tampoco significa que los que están en contra de dicha obligatoriedad vayan a dejar de votar , sino simplemente que prefieren, en aras de la democracia, que cada uno sea libre de participar o no.
Si Brasil, séptima potencia económica del mundo, con una democracia reconocida por todos donde existe la separación de los tres poderes, sigue entre los 24 países que aún obligan a votar, significa, como mínimo, una clara anomalía democrática.
La ultima vez que la encuesta Datafolha, hace cuatro años, publicó los índices de brasileños que preferirían que el voto fuera facultativo, quedó claro que la gran mayoría (64%) preferían que el voto no fuera obligatorio. Y entre ese 64% figuraban sobre todo los más instruidos y los jóvenes.
¿No bastaría ese índice, que seguramente hoy sería aún mayor, para que se incluyera en la reforma política la libertad de votar?
Por si fuera poco, otro sondeo indicó que el 30% de los votantes ya había olvidado el nombre del candidato votado a los 20 días de ir a las urnas. ¿Será ese el fruto de la obligatoriedad del voto?
Como ha escrito Nicolás Ocarazán: “El voto obligatorio es una manera desesperada para intentar que los apáticos vayan a las urnas. Pero si la política es incapaz de seducirles por la vía de las ideas para qué obligarles a participar a un sistema incapaz de ser representativo y participativo?”.
La resistencia de los políticos brasileños al voto facultativo, en contra de la gran mayoría de los países del mundo, podría llevar a pensar que más que de la defensa de un derecho se trate de intereses inconfesables que poco tienen que ver con la defensa de los valores de la verdadera democracia.
Juan Arias - El Pais (grifo nosso)
Listas: As Melhores Universidades em Business
As melhores universidades na área de negócios, com o custo:
10 – Darmouth College – 94 mil US$
9 – London Business School – 110 mil
8 - London School of Economics and Political Science – 80 mil
7 - Northwestern University – 89 mil
6 - Columbia University – 96 mil
5 - University of Chicago – 95 mil
4 - Massachusetts Institute of Technology - 93 mil
3 - University of Pennsylvania (The Wharton School) – 98 mil
2 - Stanford University – 99 mil
1 - Harvard University - 95 mil (foto)
É interessante notar que a Universidade do Texas, de Austin, considerada a melhor na área contábil, ficou em 24º. Lugar.
10 – Darmouth College – 94 mil US$
9 – London Business School – 110 mil
8 - London School of Economics and Political Science – 80 mil
7 - Northwestern University – 89 mil
6 - Columbia University – 96 mil
5 - University of Chicago – 95 mil
4 - Massachusetts Institute of Technology - 93 mil
3 - University of Pennsylvania (The Wharton School) – 98 mil
2 - Stanford University – 99 mil
1 - Harvard University - 95 mil (foto)
É interessante notar que a Universidade do Texas, de Austin, considerada a melhor na área contábil, ficou em 24º. Lugar.
05 agosto 2014
Banco do Brics e o contribuinte brasileiro
Gustavo H.B. Franco - O Estado de S.Paulo
Seguindo-se à Copa do Mundo, em Fortaleza, o governo brasileiro resolveu comprometer até US$ 38 bilhões em uma iniciativa diplomática cujos supostos benefícios se parecem, na sua subjetividade, com os da própria Copa. Os custos, porém, são muito concretos: o equivalente a 114 estádios (ao custo unitário de US$ 0,33 bilhão), ou dois trens-bala, em dinheiro inexistente, o que indica algo entre a indiferença e o desprezo pelo contribuinte brasileiro.
Trata-se do banco do Brics, um banco de fomento, que receberia duas chamadas de capital, ambas de US$ 50 bilhões, a primeira já, e cabendo a cada sócio 20% da subscrição. O banco seria também o administrador de um fundo de liquidez de até US$ 100 bilhões dos quais caberia ao Brasil contribuir com o equivalente a 18% do total, tal como Rússia e Índia. Os porcentuais para a China e para a África do Sul seriam de 41% e 5%, respectivamente.
Tudo somado, US$ 38 bilhões, a maior parte a desembolsar depois de terminado o mandato de Dilma Rousseff.
Como é possível comprometer tanto dinheiro no final de uma administração em um projeto que reflete opções muito particulares e partidárias de política fiscal e de diplomacia econômica?
De onde saem os US$ 38 bilhões e em detrimento de que outras prioridades? Como será usado esse dinheiro?
Como não existem respostas para as primeiras duas perguntas (sobre as quais os órgãos de controle do setor público deveriam se debruçar), o texto que se segue trata apenas da última.
O Brasil participa de diversos bancos de desenvolvimento multilaterais, e em todos eles prevalece uma espécie de regra de ouro segundo a qual o capital colocado pelo Brasil precisa ser alocado em projetos de interesse do Brasil, sendo esta uma contabilidade que os funcionários brasileiros nessas instituições zelam para que seja cumprida à risca, ou com sobra. Já passamos da fase onde o País recebia mais do que aportava, como é típico dos países pobres, mas ainda não estamos na categoria dos ricos que conscientemente aceitam receber em empréstimos menos do que contribuem, e que se esmeram na definição das condições associadas ao uso dos recursos abrangendo impactos sociais e ambientais, e mesmo precauções contra a corrupção.
No caso em tela, onde o banco de desenvolvimento é formado por cinco países de renda média, a tendência será a formação de cinco balcões segregados, cada qual falando o próprio idioma e cuidando dos próprios negócios. O assunto fica mais politizado, mas não muito diferente, se o banco for operar em outros países, pois cada sócio vai criar a própria clientela, sabe-se lá com que critérios.
A prevalecer esta compartimentalização, o leitor estará correto em pensar que, para tratar do nosso pedaço, já temos o BNDES. Em vez de uma nova sede, bastava mais uma sala na Avenida Chile e um contrato de terceirização, com isso evitando boa parte dos custos administrativos e do aprendizado do novo veículo.
Entretanto, essa solução engenhosa e econômica resulta em criar um pequeno monstro: um canal de transferências regulares entre o Tesouro e o BNDES, que transitariam pelo novo banco só num relance contábil. Seria uma espécie de aprofundamento do modelo de "conta movimento" desenvolvida nos últimos anos, agora apensado a uma obrigação internacional. É mais um prego no caixão do equilíbrio fiscal, uma marca desse governo.
É verdade que os bancos de desenvolvimento podem ir além dos limites do próprio capital captando recursos em mercado a custos inferiores do que alguns de seus sócios seriam capazes de obter em captações individuais. Mas são poucos os que conseguem: o Banco Mundial, assim como a Corporação Andina de Fomento emitem instrumentos de dívida com muito sucesso há muitos anos, pois mantêm uma estrutura de capital conservadora e um histórico honrado de financiamentos a projetos com bons retornos e boas parcerias, inclusive com outros bancos de desenvolvimento.
Quanto tempo e quantos bilhões serão necessários até o banco do Brics chegar a esse amadurecimento? Com cinco sócios que pouco se conhecem, e com agendas tão diferentes, não seria mais plausível imaginar que a construção seja longa e dispendiosa, e talvez não chegue a lugar algum? E o risco de captura pelas agendas imperialistas de Rússia e China?
Outro assunto é o fundo para oferecer liquidez em bases temporárias a membros do grupo, ou a seus amigos. É fácil especular sobre esses assuntos quando todos estão com reservas sobrando, mas não vamos nos iludir que haja alguma ideia nova no arranjo. Desde a Conferência de Bretton Woods em 1944, quando o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional (FMI) foram criados, algumas das melhores cabeças desse planeta estão matutando sobre a organização de mecanismos estabilizadores para a economia global, e já há muita experiência acumulada, em várias direções, a partir da atuação do FMI.
O conceito básico aqui é simples: os empréstimos do FMI têm a natureza de um "redesconto bancário", ao passo que o fomento cabe ao Banco Mundial. A missão do FMI é ofertar reservas internacionais emprestadas por prazos curtos para países com dificuldades temporárias de balanço de pagamentos, a custos que não precisam ser especialmente punitivos, mas cujo uso deve ser caro a ponto de estimular o mutuário a não praticar as condutas que levam à necessidade de utilizar esses recursos. A missão do FMI é ajudar a restaurar o equilíbrio externo dos participantes da economia global, mas sem incentivar o desequilíbrio. A rede de proteção permite que o trapezista faça manobras mais ousadas, ou seja, cria um problema conceitual nada simples e para o qual não existe ainda uma bala de prata.
A ideia de um novo fundo para complementar a atuação e os recursos do FMI é bem vinda, mas ociosa, pois nada impede que cada um dos países do Brics participe dos pacotes de financiamento que o FMI organiza. Não há muita clareza sobre esse tópico, mas volta e meia aparece a ideia que o novo fundo poderia "competir" com o FMI e montar programas alternativos de apoio em "outras bases", o que apenas pode ser tomado como um bom roteiro para um romance de ficção científica, onde o contribuinte morre no fim.
Afastados esses delírios, fica a impressão de que, independentemente do que vai acontecer com o novo banco, a cooperação Sul-Sul teve aqui uma epifania, e quem pensava que a política externa era apenas uma diversão barata há de ter se surpreendido.
Nada é definitivo, felizmente, e se a hesitação em assinar cheques mostrar-se, uma vez mais, proporcional aos desentendimentos esperados entre os países do Brics, o desfecho provável desse minueto será alguma solução barata e que preserve os "ganhos conceituais", esta é a linguagem diplomática para as ideias que não voam.
Desistimos...
O presidente do International Accounting Standards Board (Iasb), Hans Hoogervorst, afirmou numa convenção em Cingapura, segundo o Business Times, que a convergência com os Estados Unidos já não é um projeto viável.
O comentário acontece depois que o Iasb anunciou o padrão para instrumentos financeiros, o IFRS 9, sem a participação do Financial Accounting Standards Board, entidade dos EUA. Segundo Hoogervorst, os Estados Unidos optaram por manter o status quo e deixar o projeto de convergência.
O comentário acontece depois que o Iasb anunciou o padrão para instrumentos financeiros, o IFRS 9, sem a participação do Financial Accounting Standards Board, entidade dos EUA. Segundo Hoogervorst, os Estados Unidos optaram por manter o status quo e deixar o projeto de convergência.
Curso de Contabilidade Básica: Efeito na Empresa
Quando uma empresa apresenta suas demonstrações contábeis, o conteúdo deve mostrar para o usuário os potenciais efeitos de problemas externos sobre o seu desempenho futuro. Esta parte é denominada de gerenciamento de risco ou outra denominação próxima. (Já comentamos sobre isto anteriormente).
Mas nem sempre é possível prever todos os riscos potenciais. Em alguns casos, problemas no ambiente podem ter efeitos sobre a empresa, sem que isto tenha sido considerado nas demonstrações contábeis da empresa. Nesta situação cabe ao usuário verificar como estes problemas podem afetar o desempenho futuro da empresa.
Considere o exemplo do Banco Bradesco. Esta entidade, que possui um ativo de 930 bilhões de reais, divulgou seu relatório trimestral recentemente. Mas nos últimos dias surgiram notícias sobre os problemas que estão ocorrendo no Banco Espírito Santo, uma instituição financeira portuguesa. Isto poderá ter efeito sobre o desempenho do Bradesco de duas formas: pelo contágio e pelo fato do Bradesco possuir ações desta instituição.
Numa das notas explicativas sobre a composição dos investimentos do Bradesco, apresenta-se o Bradesco possuía 4 bilhões em ações de companhias abertas com a seguinte observação:
Contempla ações do Banco Espírito Santo S A (BES), representada pela participação de 3,9% em seu capital, cujo valor de custo atualizado monta em R$593.950 (...) e o respectivo ajuste a valor de mercado em R$ (194 634) mil (...). Nos próximos meses, assim como ocorre em outros ativos financeiros e não financeiros, o Bradesco estará avaliando a evolução futuro do valor de mercado desse ativo, com intuito de evidenciar se há uma perda permanente.
Ou seja, o Bradesco possui quase 4% do BES, com o valor de custo de quase 600 milhões de reais. Mas o próprio Bradesco já informou que este investimento possui um “ajuste a valor de mercado” de 195 milhões e que poderá reavaliar o que irá ocorrer com este ativo.
O que isto representa para o Bradesco? Os 600 milhões de reais correspondem a 0,06% do ativo do banco. Ou 0,18% dos Títulos e Valores Mobiliários. Ou 16% do lucro do último trimestre. Se fosse dado uma baixa integral neste investimento, o lucro do Bradesco reduziria de 3,8 bilhões para 3,2 bilhões. Ou seja, os problemas do BES talvez não sejam um grande problema para o Bradesco.
Mas existe uma questão importante. O fato de o Bradesco possuir ações numa outra empresa que está em dificuldades pode ser um sinal de que este banco não está tomando boas decisões. Esta é uma percepção que pode provocar mais problemas do que o próprio investimento realizado no BES. Uma forma de observar isto é olhar o comportamento das ações do Bradesco no mercado acionário. A seguir temos o que ocorreu com uma das ações do Bradesco nos últimos cinco dias:
A ação que possuía um preço um pouco acima de $36 caiu quase um real na quinta e sexta ou 3%, quando surgiram várias notícias sobre o BES. Assim, tudo leva a crer que os problemas do BES não irão incomodar muito o Bradesco.
Após concluir a redação desta postagem foi anunciado que o Bradesco irá promover a baixa de 100% do valor contábil do investimento. Segundo os jornais, isto corresponde a 356 milhões.
Mas nem sempre é possível prever todos os riscos potenciais. Em alguns casos, problemas no ambiente podem ter efeitos sobre a empresa, sem que isto tenha sido considerado nas demonstrações contábeis da empresa. Nesta situação cabe ao usuário verificar como estes problemas podem afetar o desempenho futuro da empresa.
Considere o exemplo do Banco Bradesco. Esta entidade, que possui um ativo de 930 bilhões de reais, divulgou seu relatório trimestral recentemente. Mas nos últimos dias surgiram notícias sobre os problemas que estão ocorrendo no Banco Espírito Santo, uma instituição financeira portuguesa. Isto poderá ter efeito sobre o desempenho do Bradesco de duas formas: pelo contágio e pelo fato do Bradesco possuir ações desta instituição.
Numa das notas explicativas sobre a composição dos investimentos do Bradesco, apresenta-se o Bradesco possuía 4 bilhões em ações de companhias abertas com a seguinte observação:
Contempla ações do Banco Espírito Santo S A (BES), representada pela participação de 3,9% em seu capital, cujo valor de custo atualizado monta em R$593.950 (...) e o respectivo ajuste a valor de mercado em R$ (194 634) mil (...). Nos próximos meses, assim como ocorre em outros ativos financeiros e não financeiros, o Bradesco estará avaliando a evolução futuro do valor de mercado desse ativo, com intuito de evidenciar se há uma perda permanente.
Ou seja, o Bradesco possui quase 4% do BES, com o valor de custo de quase 600 milhões de reais. Mas o próprio Bradesco já informou que este investimento possui um “ajuste a valor de mercado” de 195 milhões e que poderá reavaliar o que irá ocorrer com este ativo.
O que isto representa para o Bradesco? Os 600 milhões de reais correspondem a 0,06% do ativo do banco. Ou 0,18% dos Títulos e Valores Mobiliários. Ou 16% do lucro do último trimestre. Se fosse dado uma baixa integral neste investimento, o lucro do Bradesco reduziria de 3,8 bilhões para 3,2 bilhões. Ou seja, os problemas do BES talvez não sejam um grande problema para o Bradesco.
Mas existe uma questão importante. O fato de o Bradesco possuir ações numa outra empresa que está em dificuldades pode ser um sinal de que este banco não está tomando boas decisões. Esta é uma percepção que pode provocar mais problemas do que o próprio investimento realizado no BES. Uma forma de observar isto é olhar o comportamento das ações do Bradesco no mercado acionário. A seguir temos o que ocorreu com uma das ações do Bradesco nos últimos cinco dias:
A ação que possuía um preço um pouco acima de $36 caiu quase um real na quinta e sexta ou 3%, quando surgiram várias notícias sobre o BES. Assim, tudo leva a crer que os problemas do BES não irão incomodar muito o Bradesco.
Após concluir a redação desta postagem foi anunciado que o Bradesco irá promover a baixa de 100% do valor contábil do investimento. Segundo os jornais, isto corresponde a 356 milhões.
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)
Nova empresa
Os acionistas da Fiat aprovaram a incorporação da montadora italiana e de sua unidade norte-americana Chrysler, criando a Fiat Chrysler Automobiles. A entidade teve seu registro feito na Holanda nesta sexta-feira (1º), e tem como objetivo aumentar o apelo do sétimo maior grupo automotivo do mundo junto a investidores estrangeiros. A proposta foi aprovada por uma maioria de dois terços, com 8% de todos os acionistas da Fiat votando contra.
Fonte: aqui
Fonte: aqui
Notícias do BES
No final de semana apareceram algumas importantes novidades sobre o futuro do BES. Comenta-se em colocar quase 5 bilhões de euros no Banco. É a primeira vez que a Europa se une para salvar um banco. O banco terá seus ativos separados, com a parte boa sendo denominada Novo Banco. O modelo de resgate foi aplaudido pela Comunidade Européia.
De qualquer forma, o Bradesco, que possui ações do BES, anunciou baixa contábil de 100% do investimento, no valor de R$356 milhões.
De qualquer forma, o Bradesco, que possui ações do BES, anunciou baixa contábil de 100% do investimento, no valor de R$356 milhões.
Exportação de Drones
O Brasil fez a primeira exportação de drone. O destino foi a África e a empresa fabricante é a FT Sistemas SA. A empresa não informou o destino do modelo, denominado FT-100 Mini-UAV. O produto foi desenvolvido em parceria com o Exército Brasileiro, com capacidade de identificar alvo em tempo real. Pesa 7 quilos.
Comparação
O IFAC está propondo uma interessante alteração na IPSAS 1.
Esta norma, de apresentação das demonstrações financeiras, apresenta no item
21, a listagem de demonstrações, que inclui Balanço, DRE, DMPL, DFC, Orçado x
Realizado e notas explicativas. Pela proposta, passaremos a ter neste item a informação
comparativa temporal. Vide aqui
04 agosto 2014
Sete lições da Copa para a economia
Sete lições da Copa para a economia
Por Mário Mesquita Valor Econômico, 24/07/2014
A derrota da seleção brasileira em Belo Horizonte vai demorar a ser esquecida, se é que será um dia, em especial por aqueles que lá estavam. Perder da Alemanha não foi uma vergonha, nem totalmente inesperado, mas a forma como isso ocorreu foi tão surpreendente quanto, sim, vergonhosa. Para não desperdiçar a experiência, cabe tentar extrair lições que, se não aliviam a frustração e tristeza, podem pelo menos conduzir a resultados melhores no futuro. No que segue vou tentar extrair sete (se me permitir a alusão ao algarismo) lições dessa derrota e aplicá-las ao tema que me cabe, a economia.
A primeira lição é que, assim como a tática e treinamento do time no período do torneio não compensam a má qualidade da safra de jogadores, não se deve esperar que a política econômica de curto prazo (fiscal, cambial e monetária) resolva problemas estruturais da economia, como a desaceleração da oferta de mão de obra, a redução do investimento e queda da produtividade total dos fatores de produção. Não devemos esperar demais dos "professores" no futebol, nem de ministros ou soluções milagreiras na economia.
A segunda é que, se não resolve, a política macroeconômica pode atrapalhar. Assim como a escolha de uma tática desastrosa, que deixou o meio de campo livre para a máquina alemã, atrapalhou, erros sequenciais no curto prazo, como vimos frequentemente na história brasileira, em especial no campo fiscal, atrapalharam, pois aumentaram a incerteza macroeconômica, reduziram a previsibilidade e inibiram o investimento.
A terceira lição é que o que talvez tenha funcionado no passado não necessariamente funciona no presente, seja porque a estrutura da economia é diferente ou porque o ambiente internacional mudou. A tentativa de incentivar setores industriais por meio da surrada combinação de protecionismo com crédito subsidiado, que remete aos anos 70 do século passado, hoje em dia se mostra tão anacrônica quanto algumas das táticas do selecionado nacional.
A quarta lição é que, assim como no futebol, em economia querer não é poder. Não foi por falta de vontade da equipe que levamos aquela surra, mas por um abismo entre essa vontade e as condições objetivas para alcançar a vitória. Da mesma forma, não foi por falta da chamada vontade política que não atingimos uma das metas-chave desse governo, qual seja a redução permanente das taxas de juros, mas por falta de condições para tal, sejam institucionais (falta de autonomia formal do BC, meta de inflação alta), conjunturais (políticas fiscais e parafiscais expansionistas), ou estruturais (uma complexa estrutura de crédito subsidiado que reduz a eficácia da política monetária), que levaram a Selic de volta ao território de dois dígitos que se queria abandonar.
A quinta lição é que estudar o exemplo bem sucedido dos outros países ajuda. Pode-se argumentar que a última boa partida da seleção em Copas do Mundo foi contra a Alemanha, na final de 2002, mesmo assim desde então nos recusamos a emular as melhores práticas do futebol. Da mesma forma, quando defrontados com os exemplos dos países da costa oeste, Colômbia, Peru e Chile, que têm conseguido crescer mais com inflação muito menor que a nossa, com políticas econômicas que ajudam o investimento, certas autoridades invariavelmente recorrem a argumentos depreciativos sobre as mesmas, ou ao tradicional "o Brasil é diferente".
A sexta lição é que o protecionismo gera complacência e inibe, em vez de ajudar, a competitividade. Vitórias sobre adversários fracos ou que eram fortes mas entraram em decadência, que caracterizaram a trajetória da seleção nos últimos anos, dizem muito pouco sobre a capacidade de se competir contra os melhores oponentes. O mesmo ocorre com as indústrias que florescem apenas enquanto estão sob o abrigo de um confortável escudo tarifário.
A sétima lição é que o primeiro passo para melhorar o desempenho, seja da economia brasileira ou da seleção, é reconhecer que houve problemas de diagnóstico ou implementação. Atribuir o aumento da inflação (mesmo com controles de preços), o aumento das taxas de juros (a primeira vez desde o início do regime de metas que um governo termina com a Selic acima do que recebeu), a desaceleração do crescimento, o aumento do deficit em conta corrente, a piora fiscal e o rebaixamento do crédito soberano exclusivamente à crise internacional ou a uma suposta má vontade do mercado, que por sinal tem índole governista, parece muito similar à atitude de atribuir a derrota de BH a uma pane temporária de uma equipe bem preparada. Mas o saldo da Copa não é só negativo, em que pese o virtual rebaixamento da nossa seleção. Talvez as consequências mais positivas tenham sido a comprovação, para quem tinha dúvida, que mediante incentivos adequados o investimento privado em infraestrutura pode acontecer em ritmo e volume adequados - obviamente, se tivéssemos acertado o modelo mais cedo, teríamos tido menos obras inacabadas. O segundo, mais intangível mas não menos importante, foi a provável melhora da imagem do país, e de suas principais cidades, perante o público e os investidores estrangeiros. Em particular Rio (que ofereceu na final da Copa uma bela propaganda do que podem vir a ser as Olimpíadas) e São Paulo ficaram mais cosmopolitas no últimos trinta dias e poderiam explorar essa dinâmica para alavancar o setor de hospitalidade e lazer, com alto potencial de geração de postos de trabalho.
Mário Mesquita, economista, é sócio do banco Brasil Plural. Foi diretor de Estudos Especiais e depois diretor de Política Econômica do Banco Central. Escreve quinzenalmente, à
Leia mais em: http://www.valor.com.br/opiniao/3624438/sete-licoes-da-copa-para-economia#ixzz38RiAFEQf
Por Mário Mesquita Valor Econômico, 24/07/2014
A derrota da seleção brasileira em Belo Horizonte vai demorar a ser esquecida, se é que será um dia, em especial por aqueles que lá estavam. Perder da Alemanha não foi uma vergonha, nem totalmente inesperado, mas a forma como isso ocorreu foi tão surpreendente quanto, sim, vergonhosa. Para não desperdiçar a experiência, cabe tentar extrair lições que, se não aliviam a frustração e tristeza, podem pelo menos conduzir a resultados melhores no futuro. No que segue vou tentar extrair sete (se me permitir a alusão ao algarismo) lições dessa derrota e aplicá-las ao tema que me cabe, a economia.
A primeira lição é que, assim como a tática e treinamento do time no período do torneio não compensam a má qualidade da safra de jogadores, não se deve esperar que a política econômica de curto prazo (fiscal, cambial e monetária) resolva problemas estruturais da economia, como a desaceleração da oferta de mão de obra, a redução do investimento e queda da produtividade total dos fatores de produção. Não devemos esperar demais dos "professores" no futebol, nem de ministros ou soluções milagreiras na economia.
A segunda é que, se não resolve, a política macroeconômica pode atrapalhar. Assim como a escolha de uma tática desastrosa, que deixou o meio de campo livre para a máquina alemã, atrapalhou, erros sequenciais no curto prazo, como vimos frequentemente na história brasileira, em especial no campo fiscal, atrapalharam, pois aumentaram a incerteza macroeconômica, reduziram a previsibilidade e inibiram o investimento.
A terceira lição é que o que talvez tenha funcionado no passado não necessariamente funciona no presente, seja porque a estrutura da economia é diferente ou porque o ambiente internacional mudou. A tentativa de incentivar setores industriais por meio da surrada combinação de protecionismo com crédito subsidiado, que remete aos anos 70 do século passado, hoje em dia se mostra tão anacrônica quanto algumas das táticas do selecionado nacional.
A quarta lição é que, assim como no futebol, em economia querer não é poder. Não foi por falta de vontade da equipe que levamos aquela surra, mas por um abismo entre essa vontade e as condições objetivas para alcançar a vitória. Da mesma forma, não foi por falta da chamada vontade política que não atingimos uma das metas-chave desse governo, qual seja a redução permanente das taxas de juros, mas por falta de condições para tal, sejam institucionais (falta de autonomia formal do BC, meta de inflação alta), conjunturais (políticas fiscais e parafiscais expansionistas), ou estruturais (uma complexa estrutura de crédito subsidiado que reduz a eficácia da política monetária), que levaram a Selic de volta ao território de dois dígitos que se queria abandonar.
A quinta lição é que estudar o exemplo bem sucedido dos outros países ajuda. Pode-se argumentar que a última boa partida da seleção em Copas do Mundo foi contra a Alemanha, na final de 2002, mesmo assim desde então nos recusamos a emular as melhores práticas do futebol. Da mesma forma, quando defrontados com os exemplos dos países da costa oeste, Colômbia, Peru e Chile, que têm conseguido crescer mais com inflação muito menor que a nossa, com políticas econômicas que ajudam o investimento, certas autoridades invariavelmente recorrem a argumentos depreciativos sobre as mesmas, ou ao tradicional "o Brasil é diferente".
A sexta lição é que o protecionismo gera complacência e inibe, em vez de ajudar, a competitividade. Vitórias sobre adversários fracos ou que eram fortes mas entraram em decadência, que caracterizaram a trajetória da seleção nos últimos anos, dizem muito pouco sobre a capacidade de se competir contra os melhores oponentes. O mesmo ocorre com as indústrias que florescem apenas enquanto estão sob o abrigo de um confortável escudo tarifário.
A sétima lição é que o primeiro passo para melhorar o desempenho, seja da economia brasileira ou da seleção, é reconhecer que houve problemas de diagnóstico ou implementação. Atribuir o aumento da inflação (mesmo com controles de preços), o aumento das taxas de juros (a primeira vez desde o início do regime de metas que um governo termina com a Selic acima do que recebeu), a desaceleração do crescimento, o aumento do deficit em conta corrente, a piora fiscal e o rebaixamento do crédito soberano exclusivamente à crise internacional ou a uma suposta má vontade do mercado, que por sinal tem índole governista, parece muito similar à atitude de atribuir a derrota de BH a uma pane temporária de uma equipe bem preparada. Mas o saldo da Copa não é só negativo, em que pese o virtual rebaixamento da nossa seleção. Talvez as consequências mais positivas tenham sido a comprovação, para quem tinha dúvida, que mediante incentivos adequados o investimento privado em infraestrutura pode acontecer em ritmo e volume adequados - obviamente, se tivéssemos acertado o modelo mais cedo, teríamos tido menos obras inacabadas. O segundo, mais intangível mas não menos importante, foi a provável melhora da imagem do país, e de suas principais cidades, perante o público e os investidores estrangeiros. Em particular Rio (que ofereceu na final da Copa uma bela propaganda do que podem vir a ser as Olimpíadas) e São Paulo ficaram mais cosmopolitas no últimos trinta dias e poderiam explorar essa dinâmica para alavancar o setor de hospitalidade e lazer, com alto potencial de geração de postos de trabalho.
Mário Mesquita, economista, é sócio do banco Brasil Plural. Foi diretor de Estudos Especiais e depois diretor de Política Econômica do Banco Central. Escreve quinzenalmente, à
Leia mais em: http://www.valor.com.br/opiniao/3624438/sete-licoes-da-copa-para-economia#ixzz38RiAFEQf
BNDES financia aeroporto em Cuba
Valor Econômico, 24/07/2014Sete lições da Copa para a economiaPor Mário Mesquita
- See more at: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2014/07/a-economia-da-copa-e-copa-fracassada-da.html#sthash.JexwvtAF.dpufRIO - O BNDES aprovou um financiamento para a modernização de aeroportos cubanos, que será feita pela Construtora Odebrecht. Embora o banco não forneça o valor, a data de aprovação e quais aeroportos serão beneficiados, fontes do negócio confirmam que serão destinados US$ 150 milhões (cerca de R$ 336 milhões) e que o acordo foi fechado há cerca de 30 dias. O banco confirma, apenas, que o financiamento está em fase de contratação. É provável, segundo fontes do mercado, que os valores comecem a ser liberados ainda neste ano.A derrota da seleção brasileira em Belo Horizonte vai demorar a ser esquecida, se é que será um dia, em especial por aqueles que lá estavam. Perder da Alemanha não foi uma vergonha, nem totalmente inesperado, mas a forma como isso ocorreu foi tão surpreendente quanto, sim, vergonhosa. Para não desperdiçar a experiência, cabe tentar extrair lições que, se não aliviam a frustração e tristeza, podem pelo menos conduzir a resultados melhores no futuro. No que segue vou tentar extrair sete (se me permitir a alusão ao algarismo) lições dessa derrota e aplicá-las ao tema que me cabe, a economia.A primeira lição é que, assim como a tática e treinamento do time no período do torneio não compensam a má qualidade da safra de jogadores, não se deve esperar que a política econômica de curto prazo (fiscal, cambial e monetária) resolva problemas estruturais da economia, como a desaceleração da oferta de mão de obra, a redução do investimento e queda da produtividade total dos fatores de produção. Não devemos esperar demais dos "professores" no futebol, nem de ministros ou soluções milagreiras na economia.A segunda é que, se não resolve, a política macroeconômica pode atrapalhar. Assim como a escolha de uma tática desastrosa, que deixou o meio de campo livre para a máquina alemã, atrapalhou, erros sequenciais no curto prazo, como vimos frequentemente na história brasileira, em especial no campo fiscal, atrapalharam, pois aumentaram a incerteza macroeconômica, reduziram a previsibilidade e inibiram o investimento.A terceira lição é que o que talvez tenha funcionado no passado não necessariamente funciona no presente, seja porque a estrutura da economia é diferente ou porque o ambiente internacional mudou. A tentativa de incentivar setores industriais por meio da surrada combinação de protecionismo com crédito subsidiado, que remete aos anos 70 do século passado, hoje em dia se mostra tão anacrônica quanto algumas das táticas do selecionado nacional.A quarta lição é que, assim como no futebol, em economia querer não é poder. Não foi por falta de vontade da equipe que levamos aquela surra, mas por um abismo entre essa vontade e as condições objetivas para alcançar a vitória. Da mesma forma, não foi por falta da chamada vontade política que não atingimos uma das metas-chave desse governo, qual seja a redução permanente das taxas de juros, mas por falta de condições para tal, sejam institucionais (falta de autonomia formal do BC, meta de inflação alta), conjunturais (políticas fiscais e parafiscais expansionistas), ou estruturais (uma complexa estrutura de crédito subsidiado que reduz a eficácia da política monetária), que levaram a Selic de volta ao território de dois dígitos que se queria abandonar.A quinta lição é que estudar o exemplo bem sucedido dos outros países ajuda. Pode-se argumentar que a última boa partida da seleção em Copas do Mundo foi contra a Alemanha, na final de 2002, mesmo assim desde então nos recusamos a emular as melhores práticas do futebol. Da mesma forma, quando defrontados com os exemplos dos países da costa oeste, Colômbia, Peru e Chile, que têm conseguido crescer mais com inflação muito menor que a nossa, com políticas econômicas que ajudam o investimento, certas autoridades invariavelmente recorrem a argumentos depreciativos sobre as mesmas, ou ao tradicional "o Brasil é diferente".A sexta lição é que o protecionismo gera complacência e inibe, em vez de ajudar, a competitividade. Vitórias sobre adversários fracos ou que eram fortes mas entraram em decadência, que caracterizaram a trajetória da seleção nos últimos anos, dizem muito pouco sobre a capacidade de se competir contra os melhores oponentes. O mesmo ocorre com as indústrias que florescem apenas enquanto estão sob o abrigo de um confortável escudo tarifário.A sétima lição é que o primeiro passo para melhorar o desempenho, seja da economia brasileira ou da seleção, é reconhecer que houve problemas de diagnóstico ou implementação. Atribuir o aumento da inflação (mesmo com controles de preços), o aumento das taxas de juros (a primeira vez desde o início do regime de metas que um governo termina com a Selic acima do que recebeu), a desaceleração do crescimento, o aumento do deficit em conta corrente, a piora fiscal e o rebaixamento do crédito soberano exclusivamente à crise internacional ou a uma suposta má vontade do mercado, que por sinal tem índole governista, parece muito similar à atitude de atribuir a derrota de BH a uma pane temporária de uma equipe bem preparada.Mas o saldo da Copa não é só negativo, em que pese o virtual rebaixamento da nossa seleção. Talvez as consequências mais positivas tenham sido a comprovação, para quem tinha dúvida, que mediante incentivos adequados o investimento privado em infraestrutura pode acontecer em ritmo e volume adequados - obviamente, se tivéssemos acertado o modelo mais cedo, teríamos tido menos obras inacabadas.O segundo, mais intangível mas não menos importante, foi a provável melhora da imagem do país, e de suas principais cidades, perante o público e os investidores estrangeiros. Em particular Rio (que ofereceu na final da Copa uma bela propaganda do que podem vir a ser as Olimpíadas) e São Paulo ficaram mais cosmopolitas no últimos trinta dias e poderiam explorar essa dinâmica para alavancar o setor de hospitalidade e lazer, com alto potencial de geração de postos de trabalho.Mário Mesquita, economista, é sócio do banco Brasil Plural. Foi diretor de Estudos Especiais e depois diretor de Política Econômica do Banco Central. Escreve quinzenalmente, às quintas-feiras.© 2000 – 2014. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico.Leia mais em:
O financiamento para a melhoria dos aeroportos cubanos está dentro da linha de exportações brasileiras de bens e serviços de engenharia. O banco afirma que isso é uma tendência internacional e que beneficia empresas brasileiras, com o BNDES auxiliando a competitividade das companhias nacionais. “Os desembolsos de recursos são efetuados em reais, no Brasil, diretamente ao exportador brasileiro, com base nas exportações efetivamente realizadas e comprovadas”, informou o banco.
O modelo de financiamento aprovado pelo BNDES é o mesmo utilizado pelo banco para que a Odebrecht modernizasse o porto de Mariel, também em Cuba. Na época, o financiamento foi de US$ 802 milhões (cerca de R$ 1,796 bilhão pelo câmbio atual). A primeira parte do dinheiro foi liberada em 2009. Em sua recente visita à ilha, em janeiro, a presidente Dilma Rousseff anunciou outro financiamento de US$ 290 milhões (cerca de R$ 650 milhões) para a criação de uma área especial industrial junto ao porto.
Na ocasião, a presidente lembrou que esse tipo de operação beneficia empresas brasileiras, é estratégico e gera uma relação “ganha-ganha”, lembrando que esse financiamento não significa que o país não está investindo em portos no Brasil. O BNDES não informou o valor total dos financiamentos em empreendimentos de empresas brasileiras em Cuba.
Read more: http://oglobo.globo.com/economia/infraestrutura/aeroportos-cubanos-receberao-us-150-milhoes-do-bndes-13439867#ixzz396IcVx10
Assinar:
Postagens (Atom)