27 setembro 2011
Indicadores econômicos bizarros
Eis uma listagem de indicadores bizarros:
1. Anúncio de exercício e desemprego – Em momento de elevada taxa de desemprego muda os anúncios do exercito. Para evitar que muitas pessoas alistem, os anúncios mostram vídeos com exercícios pesados para afugentar recrutas
2. Prostituição – em épocas de prosperidade existem menos prostitutas e os preços são maiores.
3. Cueca – homens compram menos em tempos difíceis, para economizar. (Anunciado por Alan Greenspan)
4. Garçonetes bonitas – a situação econômica está ruim quando mulheres bonitas aceitam empregos de garçonetes, em lugar de empregos mais atraentes (modelo ou eventos corporativos)
5. Consumo de cerveja – o consumo de cerveja em casa aumenta em épocas de recessão em razão da economia. Isto reflete no número de empregados em bares, que caem mais que em outros setores.
6. Cabelo da japonesa – Os cabelos das mulheres japonesas são cortados mais curtos em períodos de recessão. Isto economiza o dinheiro do salão.
7. Tamanho da saia das mulheres – quanto mais curta a saia melhor para o mercado financeiro. Este índice foi descoberto em 1920, por George Taylor.
8. Índice da pipoca – em períodos de crise, as pessoas fogem para o cinema para ver filmes de aventura e ficção.
9. Desconto no automóvel – em períodos de recessão aumentam os descontos na venda de automóveis.
10. Índice de Pesquisa do Google – o aumento de pesquisa com palavras como desemprego geralmente significa que ele aumentou
11. Brinde em refeição – em períodos de margem reduzida, os restaurantes reduzem os brindes para as crianças, incluindo o número de lápis de cor para colorir.
12. Índice do feijão – período de recessão aumenta o consumo de enlatados. Os consumidores trocam alimentação fora por comer em casa.
13. Índice de Batom – em épocas difíceis, o consumo de batom mais caro aumenta. É uma compensação pela redução no consumo de bolsas e sapatos caros.
14. Gravatas – o consumo de gravatas aumenta na recessão como uma forma dos homens dizerem que estão trabalhando muito. E as gravatas são mais finas.
15. Retorno da ligação do pedreiro – quando a economia está indo bem, é muito difícil receber de volta a ligação do pedreiro. Quando existe muito desemprego, o pedreiro retorna sua ligação muito rápida.
Adaptado daqui
Monografias
Concursos de monografias: atentar para as datas
IV Prêmio SOF de Monografias Inscrições até 10 de outubro de 2011
XVI Prêmio Tesouro Nacional Inscrições até 3 de outubro de 2011
VI Prêmio SEAE 2011 Inscrições até 3 de outubro de 2011
Lembrança oportuna de Romildo Araujo
IV Prêmio SOF de Monografias Inscrições até 10 de outubro de 2011
XVI Prêmio Tesouro Nacional Inscrições até 3 de outubro de 2011
VI Prêmio SEAE 2011 Inscrições até 3 de outubro de 2011
Lembrança oportuna de Romildo Araujo
26 setembro 2011
Educação 3
Comentamos, em postagem anterior, o fato da Kroton ter pago R$5,4 mil por aluno numa faculdade no Mato Grosso. Enquanto isto, a Anhanguera pagou mais pelos alunos da Uniban. A figura a seguir mostra um quadro mais consolidado da questão:
Aqui estão algumas das últimas aquisições realizadas no setor. A mais antiga, de outubro de 2010, também é aquela cujo valor por aluno pago é o menor. O valor da Uniban supera de longe as outras transações ocorridas no setor: R$9,3 mil por aluno.
Existem duas possíveis explicações para o valor elevado pago para adquirir a Uniban: primeiro lugar, a localização, pois a Uniban está localizada no mercado consumidor mais rico do país; segundo lugar, o fato de que esta instituição é uma universidade, que traduz em alguns benefícios em relação ao Ministério da Educação. Outro fator que pode ter sido relevante, mas que é difícil de visualizar, são os cursos oferecidos: alguns exigem pouco investimento e possuem um retorno elevado. Mas talvez exista outra explicação: o número de aluno da Uniban (55 mil) representa um aumento expressivo na participação do mercado.
Educação 2
O empresário paulista Antonio Carbonari Netto fundou a Anhanguera Educacional em 1994, em Leme (SP), para atender uma turma de 200 alunos. Sem capital, ele se uniu a três colegas e hipotecou a própria casa para conseguir um empréstimo no banco. Na segunda-feira 19, a Anhanguera comprou a Uniban por R$ 510 milhões, que ficou nacionalmente conhecida em razão do caso Geisy Arruda, aluna vítima de preconceito por usar um vestido curto em 2009. Com os 55 mil estudantes da nova instituição, a universidade, cujo foco são os jovens da classe C, ultrapassou a marca de 400 mil alunos e tornou-se o segundo maior grupo de ensino superior do mundo. Está atrás apenas da americana Apollo Group, dona da Universidade de Phoenix. Desde que abriu o capital, em março de 2007, a Anhanguera, controlada pelo Pátria Investimentos, lançou-se em uma política agressiva de compras de instituições de ensino.
Foram mais de 40 escolas de nível superior desde então, nove delas apenas em 2011. “A operação representa um marco na consolidação do setor”, afirmou Alexandre Dias, presidente do grupo Anhanguera, durante o anúncio do negócio, o maior já realizado pela universidade paulista. “Apesar de o preço ser um pouco alto, a escala, a estratégia e as sinergias justificam o valor”, escreveu Marcio Osako, analista de educação do Itaú BBA, em relatório. Nem todos avaliaram o negócio dessa forma. A agência de classificação de risco americana Standard & Poor's colocou a nota de crédito de longo prazo da Anhanguera sob revisão, com implicação negativa. “A aquisição é bem superior ao valor que tínhamos projetado para a empresa”, escreveu a agência, em nota.
“Isso pode representar um desvio da sua estratégia mais conservadora de crescimento.” O mercado tem também castigado as ações da companhia. Em 2011, os papéis da Anhanguera tiveram uma desvalorização de pouco mais de 40% até a quarta-feira 21, o dobro da queda acumulada da Bovespa, no mesmo período. O valor de mercado da empresa caiu de R$ 5,8 bilhões, em dezembro de 2010, para R$ 3,4 bilhões. Agora, o desafio da Anhanguera, que faturou R$ 1 bilhão em 2010, é integrar as novas operações sem cair na tentação de oferecer um ensino com qualidade de um restaurante fast-food: barato, mas sem sabor.
Fonte: aqui
Educação
A expansão da economia tem feito o País encarar a falta de investimento público na área de educação e, agora, corre atrás do prejuízo para evitar o que já se convencionou chamar de apagão de mão de obra. O Brasil vive, atualmente, da “mão para a boca” para preencher a oferta de postos de trabalho nos mais variados segmentos, principalmente de vagas mais qualificadas. A dificuldade, porém, criou oportunidades de negócios para as empresas que decidiram assumir a dianteira na oferta de vagas para a formação superior. Só na semana passada, dois grupos de educação foram às compras. O lance mais ousado foi dado pelo grupo Anhanguera, de São Paulo, que adquiriu a rede Uniban por R$ 510 milhões. Também a Kroton Educacional anunciou sua terceira aquisição este ano. A empresa adquiriu a União Sorrisense de Educação, em Sorriso, em Mato Grosso, por R$ 7 milhões. Antes a Kroton havia arrematado a Faculdade Atenas Maranhense, no Maranhão, e a União, em Ponta Grossa, no Paraná, em operações que somaram R$ 32 milhões. A empresa avalia, ainda, outras 34 oportunidades de compra.
Atualmente, a educação superior movimenta R$ 28 bilhões por ano no País, com 2.160 instituições privadas, três vezes mais do que nos anos 1990. Grande parte dessa expansão é fruto do investimento maciço feito principalmente por grupos financeiros que entraram no controle das universidades, com a desregulamentação do setor em 1998. Das 15 maiores instituições de ensino no País por faturamento, nove têm a participação de fundos, explica Ryon Braga, presidente da Hoper Consultoria em Educação, do Paraná. “Eles ajudaram a aumentar o número de universitários de 1,8 milhão, em 1998, para os atuais seis milhões de alunos”, diz Braga. A maior parte dos grupos privados buscou escala com fusões e aquisições, ampliando a oferta de vagas para as classes C e D. Um dos fatores decisivos para o maior acesso dos filhos da classe média emergente foi a combinação virtuosa do aumento de renda da população com a redução das mensalidades, cujo valor médio caiu de R$ 980 para R$ 457, propiciada pelo aumento da concorrência no setor.
A despeito da crescente participação dos alunos egressos das faixas populares, algumas instituições optaram por competir como marcas premium, para atender às classes A e B+, com mensalidades mais salgadas, mas com ofertas de cursos diferenciados e infraestrutura de última geração. É o caso da Anhembi Morumbi, que oferece hoje 130 cursos, incluindo gastronomia, design e aviação civil, em salas dotadas de equipamentos de última geração, com mensalidades acima de R$ 1 mil, mais do que o dobro da média do setor. O curso de aviação, por exemplo, conta, inclusive, com um simulador de voo Boeing 737 NG, similar aos utilizados pelas companhias aéreas. A Anhembi Morumbi também está ampliando a oferta de vagas, com o aumento do número de campi na cidade de São Paulo: o objetivo é sair das atuais seis faculdades e 32 mil alunos, para 13 campi e 70 mil alunos até 2016. “Estamos reforçando, também, a grade de cursos para atender à demanda do mercado brasileiro”, diz Ricardo Grau, CEO da Anhembi Morumbi, que não revela o valor do investimento. Sabe-se apenas que um dos campi a serem inaugurados até o final do ano custou cerca de R$ 10 milhões.
A Anhembi Morumbi tem como parceiro, desde 2005, o fundo de private equity americano Laureate, que participa também do controle de outras dez universidades fora de São Paulo, como a Uninorte, em Manaus, e a Universidade Potiguar, no Rio Grande do Norte. Estima-se que a Laureate venha a investir R$ 1 bilhão até 2015 no Brasil, um dos 28 países em que atua, incluindo China, Estados Unidos e Suíça. O CEO da Laureate, José Loureiro, não confirma o valor a ser aplicado, mas admite que o Brasil tornou-se um mercado decisivo. “Temos 130 mil alunos no País, ou 20% do total, que estão sob o guarda-chuva da Laureate”, diz Loureiro. Outro grupo empresarial que se posiciona no segmento premium é o Ibmec, do Rio de Janeiro, que está associado ao fundo americano Kapital Group, e conta hoje com três campi de graduação e pós em Minas Gerais, Rio e Brasília, além de nove escolas parceiras em pós-graduação, em cursos como economia e administração. “Pelo menos 15 cidades no País comportam escolas como o Ibmec”, diz Vandyck Silveira, CEO do grupo. A meta é ampliar o número de alunos de 13 mil para 40 mil num período de cinco a sete anos. “Não importa o prazo, queremos manter a qualidade que diferencia nossos alunos e lhes garante alto grau de empregabilidade”, afirma Silveira.
É a capacidade do mercado de absorver os recém-formados que deve nivelar daqui para a frente as universidades privadas, avalia Braga, da Hoper. “Em breve, o mercado vai filtrar os candidatos que estudaram em escolas que agregam menor valor”, diz Braga. Isso porque uma mensalidade pode variar de R$ 120 até os R$ 3 mil cobrados pelo Ibmec, dependendo da estrutura oferecida. No caso do Ibmec e da Anhembi Morumbi, a diferenciação ocorre, por exemplo, com a oferta de intercâmbio em escolas de fora do País ou investindo nos cursos onde há mais carência de profissionais, como engenharia. “Nossa primeira turma de engenharia começará em 2012”, diz Silveira, do Ibmec. Todo esforço do setor privado, entretanto, é incapaz de suprir a carência por mão de obra especializada de nível superior que existe hoje em áreas como energia, petróleo e tecnologia. Outra falha grave que parece longe de ser resolvida é a quantidade de alunos carentes que não conseguem acessar o ensino superior.
O governo criou mecanismos que auxiliaram o acesso dos alunos de menor poder aquisitivo com a oferta de crédito educativo mais barato de programas como ProUni e Fies, mas ainda insuficiente. Segundo o consultor Braga, embora esse tipo de política seja importante, o contingente de bolsistas representa apenas 10% das vagas no ensino superior privado. “É muito baixo, comparando-se com outros países, como Colômbia ou Chile, onde o crédito público representa mais de 40% das vagas em instituições privadas”, diz Braga. O Plano Nacional de Educação prevê que até 2020 o País tenha dez milhões de universitários, mas o poder público não consegue preencher esse espaço, ainda que os investimentos em educação tenham passado de 3,9% do PIB em 2000 para 5% em 2009. A distorção incomoda até mesmo os empresários do setor privado. “É um absurdo que o País gaste tanto com universidades públicas que vão atender somente os alunos que puderam custear escolas privadas de boa qualidade”, diz Vandyck Silveira, do Ibmec.
Fonte: Aqui
Atualmente, a educação superior movimenta R$ 28 bilhões por ano no País, com 2.160 instituições privadas, três vezes mais do que nos anos 1990. Grande parte dessa expansão é fruto do investimento maciço feito principalmente por grupos financeiros que entraram no controle das universidades, com a desregulamentação do setor em 1998. Das 15 maiores instituições de ensino no País por faturamento, nove têm a participação de fundos, explica Ryon Braga, presidente da Hoper Consultoria em Educação, do Paraná. “Eles ajudaram a aumentar o número de universitários de 1,8 milhão, em 1998, para os atuais seis milhões de alunos”, diz Braga. A maior parte dos grupos privados buscou escala com fusões e aquisições, ampliando a oferta de vagas para as classes C e D. Um dos fatores decisivos para o maior acesso dos filhos da classe média emergente foi a combinação virtuosa do aumento de renda da população com a redução das mensalidades, cujo valor médio caiu de R$ 980 para R$ 457, propiciada pelo aumento da concorrência no setor.
A despeito da crescente participação dos alunos egressos das faixas populares, algumas instituições optaram por competir como marcas premium, para atender às classes A e B+, com mensalidades mais salgadas, mas com ofertas de cursos diferenciados e infraestrutura de última geração. É o caso da Anhembi Morumbi, que oferece hoje 130 cursos, incluindo gastronomia, design e aviação civil, em salas dotadas de equipamentos de última geração, com mensalidades acima de R$ 1 mil, mais do que o dobro da média do setor. O curso de aviação, por exemplo, conta, inclusive, com um simulador de voo Boeing 737 NG, similar aos utilizados pelas companhias aéreas. A Anhembi Morumbi também está ampliando a oferta de vagas, com o aumento do número de campi na cidade de São Paulo: o objetivo é sair das atuais seis faculdades e 32 mil alunos, para 13 campi e 70 mil alunos até 2016. “Estamos reforçando, também, a grade de cursos para atender à demanda do mercado brasileiro”, diz Ricardo Grau, CEO da Anhembi Morumbi, que não revela o valor do investimento. Sabe-se apenas que um dos campi a serem inaugurados até o final do ano custou cerca de R$ 10 milhões.
A Anhembi Morumbi tem como parceiro, desde 2005, o fundo de private equity americano Laureate, que participa também do controle de outras dez universidades fora de São Paulo, como a Uninorte, em Manaus, e a Universidade Potiguar, no Rio Grande do Norte. Estima-se que a Laureate venha a investir R$ 1 bilhão até 2015 no Brasil, um dos 28 países em que atua, incluindo China, Estados Unidos e Suíça. O CEO da Laureate, José Loureiro, não confirma o valor a ser aplicado, mas admite que o Brasil tornou-se um mercado decisivo. “Temos 130 mil alunos no País, ou 20% do total, que estão sob o guarda-chuva da Laureate”, diz Loureiro. Outro grupo empresarial que se posiciona no segmento premium é o Ibmec, do Rio de Janeiro, que está associado ao fundo americano Kapital Group, e conta hoje com três campi de graduação e pós em Minas Gerais, Rio e Brasília, além de nove escolas parceiras em pós-graduação, em cursos como economia e administração. “Pelo menos 15 cidades no País comportam escolas como o Ibmec”, diz Vandyck Silveira, CEO do grupo. A meta é ampliar o número de alunos de 13 mil para 40 mil num período de cinco a sete anos. “Não importa o prazo, queremos manter a qualidade que diferencia nossos alunos e lhes garante alto grau de empregabilidade”, afirma Silveira.
É a capacidade do mercado de absorver os recém-formados que deve nivelar daqui para a frente as universidades privadas, avalia Braga, da Hoper. “Em breve, o mercado vai filtrar os candidatos que estudaram em escolas que agregam menor valor”, diz Braga. Isso porque uma mensalidade pode variar de R$ 120 até os R$ 3 mil cobrados pelo Ibmec, dependendo da estrutura oferecida. No caso do Ibmec e da Anhembi Morumbi, a diferenciação ocorre, por exemplo, com a oferta de intercâmbio em escolas de fora do País ou investindo nos cursos onde há mais carência de profissionais, como engenharia. “Nossa primeira turma de engenharia começará em 2012”, diz Silveira, do Ibmec. Todo esforço do setor privado, entretanto, é incapaz de suprir a carência por mão de obra especializada de nível superior que existe hoje em áreas como energia, petróleo e tecnologia. Outra falha grave que parece longe de ser resolvida é a quantidade de alunos carentes que não conseguem acessar o ensino superior.
O governo criou mecanismos que auxiliaram o acesso dos alunos de menor poder aquisitivo com a oferta de crédito educativo mais barato de programas como ProUni e Fies, mas ainda insuficiente. Segundo o consultor Braga, embora esse tipo de política seja importante, o contingente de bolsistas representa apenas 10% das vagas no ensino superior privado. “É muito baixo, comparando-se com outros países, como Colômbia ou Chile, onde o crédito público representa mais de 40% das vagas em instituições privadas”, diz Braga. O Plano Nacional de Educação prevê que até 2020 o País tenha dez milhões de universitários, mas o poder público não consegue preencher esse espaço, ainda que os investimentos em educação tenham passado de 3,9% do PIB em 2000 para 5% em 2009. A distorção incomoda até mesmo os empresários do setor privado. “É um absurdo que o País gaste tanto com universidades públicas que vão atender somente os alunos que puderam custear escolas privadas de boa qualidade”, diz Vandyck Silveira, do Ibmec.
Fonte: Aqui
Essência sob a forma
(...) Muitos conceitos trazidos pelas IFRS não são necessariamente inéditos para a doutrina contábil brasileira, mas certamente trazem novidade à prática profissional de muitos contadores e ao ambiente contábil das companhias. Nesse contexto, está sendo quebrado um paradigma cultural há muito presente em nosso ambiente econômico-financeiro, segundo o qual os eventos econômicos eram interpretados e, consequentemente, registrados e mensurados predominantemente conforme sua forma jurídica.
Dois conceitos inter-relacionados são essenciais para o entendimento dessa nova realidade contábil: (i) a representação verdadeira e apropriada; e (ii) a primazia da essência sobre a forma. A contabilidade somente cumprirá sua função essencial de fornecer informações úteis ao processo de tomada de decisão de seus usuários se refletir verdadeiramente a realidade econômica subjacente. Para que essa representação apropriada (true and fair view) possa ser alcançada, é importante observar a primazia da essência econômica sobre a forma jurídica dos eventos econômicos.
Dessa forma, com a mudança iniciada com a edição da Lei 11.638, de 2007, resgata-se a característica fundamental das demonstrações contábeis, que devem representar fidedignamente a realidade dos efeitos econômicos das transações, independentemente do seu tratamento jurídico.
Nesse sentido estabelece o Pronunciamento Conceitual Básico do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aprovado pela Deliberação CVM nº 539, de 14 de março de 2008:
“33. Para ser confiável, a informação deve representar adequadamente as transações e outros eventos que ela diz representar. Assim, por exemplo, o balanço patrimonial numa determinada data deve representar adequadamente as transações e outros eventos que resultam em ativos, passivos e patrimônio líquido da entidade e que atendam aos critérios de reconhecimento.
(...)
35. Para que a informação represente adequadamente as transações e outros eventos que ela se propõe a representar, é necessário que essas transações e eventos sejam contabilizados e apresentados de acordo com a sua substância e realidade econômica, e não meramente sua forma legal. A essência das transações ou outros eventos nem sempre é consistente com o que aparenta ser com base na sua forma legal ou artificialmente produzida. Por exemplo, uma entidade pode vender um ativo a um terceiro de tal maneira que a documentação indique a transferência legal da propriedade a esse terceiro; entretanto, poderão existir acordos que assegurem que a entidade continuará a usufruir os futuros benefícios econômicos gerados pelo ativo e o recomprará depois de um certo tempo por um montante que se aproxima do valor original de venda acrescido de juros de mercado durante esse período. Em tais circunstâncias, reportar a venda não representaria adequadamente a transação formalizada.”
A reforma da estrutura conceitual básica da contabilidade realizada recentemente pelo International Accounting Standards Board (IASB) que resultou no Pronunciamento sobre o Arcabouço Conceitual relativo às Demonstrações Financeiras (Conceptual Framework for Financial Reporting) – em processo de introdução ao ordenamento brasileiro pelo CPC e pela CVM – em nada altera esse cenário, apesar da aparente omissão da expressão “essência sobre a forma” como bem esclarece na Seção de Premissas para Conclusão (Basis for Conclusion) BC3.26:
“BC3.26 Substance over form is not considered a separate component of faithful representation because it would be redundant. Faithful representation means that financial information represents the substance of an economic phenomenon rather than merely representing its legal form. Representing a legal form that differs from the economic substance of the underlying economic phenomenon could not result in a faithful representation.”
Como se vê, embora não haja citação expressa do princípio da essência sobre a forma, seus fundamentos são alçados a um nível superior, ou seja, o princípio permeia integralmente o processo de reconhecimento, mensuração e divulgação de informações contábeis.
Assim, as regras contábeis não devem servir de “escudo” que impeça a representação verdadeira e apropriada das transações econômicas. Nos raros casos em que a aplicação de alguma norma (integral ou parcialmente) colida com a representação adequada da realidade econômica, esta última deve prevalecer, como dispõe o Pronunciamento Técnico CPC 26 Apresentação das Demonstrações Contábeis – aprovado pela Deliberação CVM nº 595, de 15 de setembro de 2009:
“19. Em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administração vier a concluir que a conformidade com um requisito de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação conduziria a uma apresentação tão enganosa que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, a entidade não aplicará esse requisito e seguirá o disposto no item 20, a não ser que esse procedimento seja terminantemente vedado do ponto de vista legal e regulatório.
20. Quando a entidade não aplicar um requisito de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, de acordo com o item 19, deve divulgar:
(a) que a administração concluiu que as demonstrações contábeis apresentam de forma apropriada a posição financeira e patrimonial, o desempenho e os fluxos de caixa da entidade;
(b) que aplicou os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações aplicáveis, exceto pela não aplicação de um requisito específico com o propósito de obter
representação adequada;
(c) o título do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que a entidade não
aplicou, a natureza dessa exceção, incluindo o tratamento que o Pronunciamento, Interpretação ou Orientação exigiria, a razão pela qual esse tratamento seria inadequado e entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis e o tratamento efetivamente adotado; e
(d) para cada período apresentado, o impacto financeiro da não aplicação do
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação vigente em cada item nas demonstrações contábeis que teria sido informado caso tivesse sido cumprido
o requisito não aplicado.”
Constata-se que, nos itens citados, o normatizador contábil reconhece expressamente que as normas contábeis devem ser subordinadas aos princípios da representação verdadeira e apropriada (true and fair view) e da primazia da essência sobre a forma. Ou seja, não apenas os efeitos econômicos devem prevalecer sobre a forma, independentemente do tratamento jurídico, como é imperioso, no novo ordenamento contábil, que a representação da realidade econômica seja verdadeira e apropriada. Tão imperioso que, mesmo no caso de conflito com as normas emitidas, a preponderância deve ser da representação adequada. Estes são os pilares centrais desse novo ordenamento.
Este comando é plenamente coerente com o disposto na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, que estabelece em seu artigo 176:
“Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício:” (grifo nosso)
A primazia da essência sobre a forma como elemento central do processo de preparação de demonstrações financeiras que representem verdadeira e apropriadamente a realidade econômica se aplica a todo o processo contábil, na integralidade dos assuntos cobertos pelas normas. No contexto do mercado de capitais, destaca-se, entre outras, a questão da classificação dos instrumentos financeiros como passivos ou instrumentos de capital na representação da realidade econômica das companhias abertas. Neste tópico, atenção especial deve ser dada à essência desses instrumentos vis-à-vis as consequências extremamente indesejáveis que a contabilização inadequada pode gerar para investidores, credores e demais interessados no desempenho das companhias.
Assim, por exemplo, a obrigação contratual de entregar caixa ou outro ativo financeiro ou de trocar ativos financeiros ou passivos financeiros com outra entidade em condições potencialmente desfavoráveis, essencial para a classificação de um instrumento financeiro como passivo, deve ser analisada levando-se em conta a essência do instrumento e o tipo de obrigação que este cria, efetivamente, para a entidade emissora. Da mesma maneira, é sob a primazia da essência sobre a forma que deve ser analisado o direito incondicional de evitar a entrega de caixa ou outro ativo financeiro para liquidar uma obrigação contratual. Isso porque, não subsistindo tal direito, a obrigação atenderá à definição de passivo financeiro.
Pelo exposto acima, os envolvidos no processo de preparação e auditoria das demonstrações financeiras devem pautar suas interpretações dos eventos econômicos na plena aderência da primazia da essência sobre a forma para que as demonstrações contábeis representem de forma verdadeira e apropriada a realidade econômica das transações contabilizadas.
Fonte: Parecer de Orientação nº 37/11 da CVM
Economistas
(...) Economistas parecem dependem fortemente de uma espécie de psicologia popular, uma relíquia de 1920 e 1950 em que as pessoas calculavam utilidades (ou agir como se elas estão fazendo isso), a fim de tomar decisões. (...)
Isso só parece bobagem para mim, como se os astrônomos justifica todos os seus cálculos com um apelo subjacente à mecânica de Aristóteles. (...)
Dito de outra forma, eu acho que economistas podem se beneficiar agindo um pouco mais como os contadores
Economistas não pensam como os contabilistas, mas talvez eles deveriam - Aqui
25 setembro 2011
Ciência em julgamento
A justiça italiana iniciou nesta segunda-feira um julgamento contra sete pessoas, a maioria cientistas acusados de homicídio culposo por terem subestimado os riscos do terremoto que devastou, em abril de 2009, a cidade de L'Aquila, no centro da península.
Entre os acusados estão os membros da comissão "grandes riscos", que teriam se reunido em 31 de março de 2009, seis dias antes do terremoto que matou 300 pessoas nesta cidade, arrasou o centro histórico e deixou mais de 80 mil desabrigados. (...)
Fonte: aqui
24 setembro 2011
Certificação Digital
Na manhã de hoje, 22, representantes de várias Entidades, entre elas Fenacon Certificação Digital, estiveram presentes na sede do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI) para assinar um Protocolo de Entendimentos para comercialização de Certificados Digitais no padrão ICP-Brasil. A Entidade foi representada pelo presidente Executivo do Instituto Fenacon, Carlos Castro.
O objetivo da medida é massificar o uso da Certificação Digital para micro e pequenas empresas, empresas de pequeno porte, empregadores individuais e empreendedores individuais. Principalmente atendendo a solicitação da Caixa Econômica Federal que disponibilizará a partir de 01 de janeiro de 2012 o acesso ao Conectividade Social para transmissão de arquivos do Fundo de Garantia por Tempo de serviço (FGTS) via Certificação Digital.
Destinada a todas as empresas e pessoas físicas que fazem depósitos mensais para seus funcionários no FGTS, a Conectividade Social ICP é a evolução do Conectividade Social, sistema que hoje é utilizado para a transmissão, via internet e no ambiente da própria empresa, dos arquivos gerados pelo programa Sistema de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Sefip). "Com certeza o novo Conectividade Social ICP trará muito mais segurança para os empregadores e empregados, ou seja, para a sociedade em geral, pois passa a utilizar tecnologia de ponta no tráfego e sigilo da informações via internet", avalia Carlos Castro.
Para mais informações você pode acessar o link Conectividade Social ICP no site da Fenacon (www.fenacon.org.br).
O objetivo da medida é massificar o uso da Certificação Digital para micro e pequenas empresas, empresas de pequeno porte, empregadores individuais e empreendedores individuais. Principalmente atendendo a solicitação da Caixa Econômica Federal que disponibilizará a partir de 01 de janeiro de 2012 o acesso ao Conectividade Social para transmissão de arquivos do Fundo de Garantia por Tempo de serviço (FGTS) via Certificação Digital.
Destinada a todas as empresas e pessoas físicas que fazem depósitos mensais para seus funcionários no FGTS, a Conectividade Social ICP é a evolução do Conectividade Social, sistema que hoje é utilizado para a transmissão, via internet e no ambiente da própria empresa, dos arquivos gerados pelo programa Sistema de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (Sefip). "Com certeza o novo Conectividade Social ICP trará muito mais segurança para os empregadores e empregados, ou seja, para a sociedade em geral, pois passa a utilizar tecnologia de ponta no tráfego e sigilo da informações via internet", avalia Carlos Castro.
Para mais informações você pode acessar o link Conectividade Social ICP no site da Fenacon (www.fenacon.org.br).
Fisco iniciará autuações a escritórios de advocacia
Valor Econômico
Por Laura Ignacio Do Recife
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) começará a aplicar a casos concretos um parecer que impactará a arrecadação federal. Com base no Parecer da PGFN nº 492, de maio, o órgão iniciará a cobrança da Cofins das sociedades de profissionais, como escritórios de advocacia, de contadores ou consultórios médicos, que haviam obtido decisões judiciais finais livrando-as de pagar a contribuição. O valor total de Cofins que tais sociedades deixaram de recolher alcançou os R$ 5 bilhões.
O parecer autoriza o Fisco a cobrar tributos mesmo que o contribuinte tenha decisão judicial, contra a qual não cabe mais recurso, determinando o não recolhimento. A cobrança será feita com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), com efeito de repercussão geral, a favor da tributação. Apesar de o parecer ter sido publicado em maio, sua aplicação começará somente agora, conforme apurou o Valor.
Segundo o parecer, as sociedades de profissionais terão que se submeter ao entendimento do Supremo, de 2008, de que a cobrança da Cofins é constitucional. No entanto, antes desse julgamento, muitas sociedades já haviam obtido decisões transitadas em julgada liberando-as do pagamento. Há decisões nesse sentido do próprio Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Supremo está para julgar ainda um recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre a modulação dessa decisão, para determinar a partir de quando o entendimento deve ser aplicado. Mesmo assim, o procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, Fabrício Da Soller, que participa do Congresso Internacional de Direito Tributário de Pernambuco, afirma que o parecer já pode ser aplicado porque o mérito não será rediscutido.
Na prática, mesmo que essas sociedades mostrem ao fiscal uma decisão judicial favorável, elas serão autuadas. "Por ser de repercussão geral, a decisão do Supremo tem caráter objetivo e definitivo, assim, com efeitos para todos", afirma Da Soller. Outro caso em que o Fisco deverá aplicar o parecer, segundo ele, é o de empresas com decisão final que permite o uso de créditos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pagos na entrada de insumos, quando o produto final for isento ou sujeito à alíquota zero.
Por outro lado, os contribuintes que tinham decisão judicial final declarando que o Fisco poderia cobrar a contribuição previdenciária não paga nos últimos dez anos podem deixar de pagar o que lhes for cobrado em relação a cinco desses dez anos. Isso porque, em 2008, o Supremo decidiu com efeito de repercussão geral que o Fisco só pode cobrar o débitos dos últimos cinco anos e não de dez anos. Da Soller afirma que a aplicação do parecer não viola o princípio da coisa julgada, que impede a desobediência a decisões judiciais finais. "Porque não se mexe em efeitos pretéritos da decisão final. O Fisco só pode cobrar o tributo a partir da data da publicação da decisão de repercussão geral", argumenta.
O jurista e professor Hugo de Brito Machado contesta a aplicação do parecer contra as sociedades de profissionais. Para ele, a Constituição garante ao contribuinte a irretroatividade de mudanças que os prejudiquem. "Ainda que a decisão do Supremo tenha efeito de repercussão geral, a aplicação do parecer afetaria o passado do contribuinte", afirma.
Por Laura Ignacio Do Recife
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) começará a aplicar a casos concretos um parecer que impactará a arrecadação federal. Com base no Parecer da PGFN nº 492, de maio, o órgão iniciará a cobrança da Cofins das sociedades de profissionais, como escritórios de advocacia, de contadores ou consultórios médicos, que haviam obtido decisões judiciais finais livrando-as de pagar a contribuição. O valor total de Cofins que tais sociedades deixaram de recolher alcançou os R$ 5 bilhões.
O parecer autoriza o Fisco a cobrar tributos mesmo que o contribuinte tenha decisão judicial, contra a qual não cabe mais recurso, determinando o não recolhimento. A cobrança será feita com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), com efeito de repercussão geral, a favor da tributação. Apesar de o parecer ter sido publicado em maio, sua aplicação começará somente agora, conforme apurou o Valor.
Segundo o parecer, as sociedades de profissionais terão que se submeter ao entendimento do Supremo, de 2008, de que a cobrança da Cofins é constitucional. No entanto, antes desse julgamento, muitas sociedades já haviam obtido decisões transitadas em julgada liberando-as do pagamento. Há decisões nesse sentido do próprio Superior Tribunal de Justiça (STJ). O Supremo está para julgar ainda um recurso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) sobre a modulação dessa decisão, para determinar a partir de quando o entendimento deve ser aplicado. Mesmo assim, o procurador-geral adjunto da Fazenda Nacional, Fabrício Da Soller, que participa do Congresso Internacional de Direito Tributário de Pernambuco, afirma que o parecer já pode ser aplicado porque o mérito não será rediscutido.
Na prática, mesmo que essas sociedades mostrem ao fiscal uma decisão judicial favorável, elas serão autuadas. "Por ser de repercussão geral, a decisão do Supremo tem caráter objetivo e definitivo, assim, com efeitos para todos", afirma Da Soller. Outro caso em que o Fisco deverá aplicar o parecer, segundo ele, é o de empresas com decisão final que permite o uso de créditos de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) pagos na entrada de insumos, quando o produto final for isento ou sujeito à alíquota zero.
Por outro lado, os contribuintes que tinham decisão judicial final declarando que o Fisco poderia cobrar a contribuição previdenciária não paga nos últimos dez anos podem deixar de pagar o que lhes for cobrado em relação a cinco desses dez anos. Isso porque, em 2008, o Supremo decidiu com efeito de repercussão geral que o Fisco só pode cobrar o débitos dos últimos cinco anos e não de dez anos. Da Soller afirma que a aplicação do parecer não viola o princípio da coisa julgada, que impede a desobediência a decisões judiciais finais. "Porque não se mexe em efeitos pretéritos da decisão final. O Fisco só pode cobrar o tributo a partir da data da publicação da decisão de repercussão geral", argumenta.
O jurista e professor Hugo de Brito Machado contesta a aplicação do parecer contra as sociedades de profissionais. Para ele, a Constituição garante ao contribuinte a irretroatividade de mudanças que os prejudiquem. "Ainda que a decisão do Supremo tenha efeito de repercussão geral, a aplicação do parecer afetaria o passado do contribuinte", afirma.
Síndrome da Caixa Preta
Embora a maioria dos administradores reconheça os benefícios dos modelos, os gerentes-gerais muitas vezes veem o processo de modelagem como uma "arte obscura" a ser praticada somente por matemáticos e estatísticos.
Posteriormente, com o advento do computador pessoal e o aumento do poder
computacional tem-se acesso à softwares que modelam, estimam e realizam previsões; esse fácil acesso e a utilização desses softwares gerenciais levam também a um problema que deve ser evitado: Síndrome da caixa preta.
Síndrome da caixa preta: A síndrome da caixa preta ocorre quando o
tomador de decisão não se preocupa ou ignora como o modelo funciona, preocupando-se somente com resultados.
Esse tipo de atitude pode levar ao uso incorreto dos modelos; nesse caso os
riscos e erros associados à tomada de decisão são ignorados ou mesmo subestimados,levando assim a uma inferência errônea.
Fonte: Pedro Henrique Melo Albuquerque in Apostila de Métodos e Modelos Quantitativos de Decisão 1
Posteriormente, com o advento do computador pessoal e o aumento do poder
computacional tem-se acesso à softwares que modelam, estimam e realizam previsões; esse fácil acesso e a utilização desses softwares gerenciais levam também a um problema que deve ser evitado: Síndrome da caixa preta.
Síndrome da caixa preta: A síndrome da caixa preta ocorre quando o
tomador de decisão não se preocupa ou ignora como o modelo funciona, preocupando-se somente com resultados.
Esse tipo de atitude pode levar ao uso incorreto dos modelos; nesse caso os
riscos e erros associados à tomada de decisão são ignorados ou mesmo subestimados,levando assim a uma inferência errônea.
Fonte: Pedro Henrique Melo Albuquerque in Apostila de Métodos e Modelos Quantitativos de Decisão 1
Parar de fumar melhora a memória
Segundo um novo estudo [o.O], ex-fumantes e não fumantes têm uma memória melhor do que aqueles que fumam cigarro.
Na pesquisa, os pesquisadores tinham como objetivo medir habilidades de memória do “mundo real”, através do envio de 69 participantes em uma excursão em um campus universitário. 27 eram fumantes, 18 eram ex-fumantes, e 24 nunca tinham fumado.
Os participantes receberam uma lista de 15 locais em torno do campus e uma ação a ser executada em cada local. Por exemplo, ao chegar a biblioteca, os participantes deveriam se lembrar de verificar as mensagens em seus celulares; ao chegar ao centro de esportes, eles deveriam se lembrar de perguntar sobre o custo de adesão.
As pessoas que, em média, pararam de fumar há 2 anos e meio foram 25% melhor nos testes do que fumantes atuais. Pessoas que nunca fumaram marcaram 37% melhor do que os fumantes.
Ou seja, em média, os fumantes realizaram 8,9 tarefas corretamente. Os participantes que haviam parado de fumar realizaram 11 tarefas corretamente, e aqueles que nunca haviam fumado fizeram uma média de 12.1 tarefas corretas. Não houve diferenças entre os grupos em termos de QI.
“Nós já sabemos que parar de fumar tem benefícios enormes de saúde, mas este estudo também mostra como parar de fumar pode produzir benefícios para a função cognitiva”, disse o pesquisador Tom Heffernan.
Estudos anteriores mostraram que parar de fumar melhora a “memória retrospectiva”, que é a capacidade de aprender uma informação e recuperá-la mais tarde. O novo estudo mediu a “memória prospectiva”, que é a capacidade de lembrar-se de realizar uma ação específica em algum ponto futuro. Por exemplo, lembrar de tomar a medicação em um determinado momento do dia requer memória prospectiva.
Pesquisas anteriores sobre o efeito do tabagismo na memória prospectiva tiveram resultados contraditórios, com alguns resultados mostrando que os fumantes eram piores, e outros que não mostraram nenhum efeito de fumar.
Embora não esteja claro exatamente como o tabagismo pode interferir com a memória, a pesquisa mostrou que fumar cronicamente está ligado a uma avaria, ou atrofia, de partes do cérebro.
Os pesquisadores acreditam que o fumo pode danificar as áreas do cérebro como o córtex pré-frontal, hipocampo ou tálamo; todas essas regiões têm sido relacionados à memória prospectiva em estudos de imagens cerebrais.
Os pesquisadores reconhecem que o estudo foi pequeno e contou com auto-relatos de fumar, o que é sujeito a imprecisão e desonestidade por parte dos participantes. Estudos futuros deverão seguir fumantes e ex-fumantes ao longo do tempo para confirmar os resultados.
Fonte: Aqui
Na pesquisa, os pesquisadores tinham como objetivo medir habilidades de memória do “mundo real”, através do envio de 69 participantes em uma excursão em um campus universitário. 27 eram fumantes, 18 eram ex-fumantes, e 24 nunca tinham fumado.
Os participantes receberam uma lista de 15 locais em torno do campus e uma ação a ser executada em cada local. Por exemplo, ao chegar a biblioteca, os participantes deveriam se lembrar de verificar as mensagens em seus celulares; ao chegar ao centro de esportes, eles deveriam se lembrar de perguntar sobre o custo de adesão.
As pessoas que, em média, pararam de fumar há 2 anos e meio foram 25% melhor nos testes do que fumantes atuais. Pessoas que nunca fumaram marcaram 37% melhor do que os fumantes.
Ou seja, em média, os fumantes realizaram 8,9 tarefas corretamente. Os participantes que haviam parado de fumar realizaram 11 tarefas corretamente, e aqueles que nunca haviam fumado fizeram uma média de 12.1 tarefas corretas. Não houve diferenças entre os grupos em termos de QI.
“Nós já sabemos que parar de fumar tem benefícios enormes de saúde, mas este estudo também mostra como parar de fumar pode produzir benefícios para a função cognitiva”, disse o pesquisador Tom Heffernan.
Estudos anteriores mostraram que parar de fumar melhora a “memória retrospectiva”, que é a capacidade de aprender uma informação e recuperá-la mais tarde. O novo estudo mediu a “memória prospectiva”, que é a capacidade de lembrar-se de realizar uma ação específica em algum ponto futuro. Por exemplo, lembrar de tomar a medicação em um determinado momento do dia requer memória prospectiva.
Pesquisas anteriores sobre o efeito do tabagismo na memória prospectiva tiveram resultados contraditórios, com alguns resultados mostrando que os fumantes eram piores, e outros que não mostraram nenhum efeito de fumar.
Embora não esteja claro exatamente como o tabagismo pode interferir com a memória, a pesquisa mostrou que fumar cronicamente está ligado a uma avaria, ou atrofia, de partes do cérebro.
Os pesquisadores acreditam que o fumo pode danificar as áreas do cérebro como o córtex pré-frontal, hipocampo ou tálamo; todas essas regiões têm sido relacionados à memória prospectiva em estudos de imagens cerebrais.
Os pesquisadores reconhecem que o estudo foi pequeno e contou com auto-relatos de fumar, o que é sujeito a imprecisão e desonestidade por parte dos participantes. Estudos futuros deverão seguir fumantes e ex-fumantes ao longo do tempo para confirmar os resultados.
Fonte: Aqui
23 setembro 2011
Relatório Integrado
As companhias abertas de todo o mundo podem ter que elaborar um relatório de resultados em um mesmo formato, que inclua não somente as questões financeiras, operacionais, estratégicas e de governança, mas também um balanço das atividades sociais e ambientais.
É isso o que deseja o Comitê Internacional de Relatório Integrado (IIRC), que tomou a iniciativa de formular as regras que deverão servir como base para o estabelecimento de um relatório unificado. As diretrizes estão em audiência pública internacional, via internet, que receberá sugestões até o dia 17 de dezembro.
Assim que todas as propostas forem analisadas, o relatório será enviado para o grupo das maiores economias do mundo, o G-20. Não foi definido ainda se a elaboração do novo formato de relatório seria mandatória. Mas a expectativa é que passe a haver ao menos pressão por parte tanto dos investidores como de instituições de crédito para que ele seja adotado. (...)
Audiência internacional debate "relatório integrado" - Por Juliana Ennes | Do Rio - Valor Econômico - 23 set 2011
É isso o que deseja o Comitê Internacional de Relatório Integrado (IIRC), que tomou a iniciativa de formular as regras que deverão servir como base para o estabelecimento de um relatório unificado. As diretrizes estão em audiência pública internacional, via internet, que receberá sugestões até o dia 17 de dezembro.
Assim que todas as propostas forem analisadas, o relatório será enviado para o grupo das maiores economias do mundo, o G-20. Não foi definido ainda se a elaboração do novo formato de relatório seria mandatória. Mas a expectativa é que passe a haver ao menos pressão por parte tanto dos investidores como de instituições de crédito para que ele seja adotado. (...)
Audiência internacional debate "relatório integrado" - Por Juliana Ennes | Do Rio - Valor Econômico - 23 set 2011
Títulos híbridos
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai recorrer à máxima de priorizar a "essência sobre a forma", introduzida pelo IFRS, para julgar, caso a caso, a contabilização dos instrumentos híbridos de dívida e capital nos balanços da companhias.
Novidade que estreou no Brasil este ano com uma emissão de R$ 200 milhões em títulos da Energisa, esses instrumentos ainda não reúnem consenso em relação ao tratamento que devem receber nas demonstrações financeiras. O que é certo é que os bancos estão oferecendo os títulos para diversas empresas.
No caso da Energisa, os títulos foram classificados dentro do patrimônio, com aval da auditoria independente KPMG, melhorando os índices de endividamento da empresa. Na visão das agências de classificação de risco Fitch e Moody's, no entanto, a mesma emissão da companhia foi tratada como dívida.
Em um parecer de orientação emitido ontem sobre o "correto ordenamento contábil" de acordo com os conceitos do IFRS, a CVM destacou que uma atenção especial deve ser dada à essência desses instrumentos na hora de classificá-los. "Dívida e capital são pontos nevrálgicos do mercado de capitais. Equívocos na sua representação podem ser desastrosos para o investidor", disse ao Valor Alexsandro Broedel, diretor da CVM.
Segundo ele, o caso da Energisa está sendo avaliado pela área técnica da autarquia com particular cuidado por se tratar de um instrumento novo. "Não há o certo ou o errado. Cada evento deve ser analisado isoladamente", disse o diretor, que preferiu não comentar o caso específico da empresa.
Para Broedel, ao colocar os fundamentos das operações à frente da sua forma burocrática, as companhias ficam menos sujeitas à distorcer sua realidade financeira. "Uma regra contábil pode ser usada para camuflar a real natureza de uma operação", aponta.
Procurada por conta da emissão do parecer da CVM, a Energisa informou, por meio da assessoria de imprensa, que não vai se pronunciar sobre assunto no momento. A KPMG, "em respeito aos compromissos de confidencialidade assumidos", também não comentou o tema.
Em reportagem publicada pelo Valor este mês, Maurício Perez Botelho, diretor de financeiro e de relações com investidores da Energisa, destaca a possibilidade de adiar indefinidamente o pagamento das parcelas de juros como uma das vantagens do novo instrumento, também chamado de nota perpétua com opção de diferimento de juros. "Em um momento de estresse no mercado, tenho onde me socorrer. Não é intenção [usar o adiamento], mas podemos chegar nisso", disse.
Na mesma ocasião, Marco André Almeida, sócio especializado em instrumentos financeiros da KMPG ressaltou que "a avaliação principal é se a empresa tem obrigação contratual de pagar caixa e se tem o direito incondicional de suspender indefinidamente os pagamentos", afirmou, sem comentar o caso específico da Energisa.
Para Almeida, é preciso levar em conta também se existe uma obrigação indireta de pagamento. "E isso tem que ser avaliado caso a caso. Não é um produto de prateleira."
Com a emissão do parecer de orientação, a CVM buscou reforçar que está atenta à aplicação da primazia da essência pelas empresas e pelas firmas de auditoria. "Não é balela. E o recado é para todas as empresas, não para um CNPJ específico", disse o diretor da CVM.
Além dos instrumentos híbridos, a representação das provisões e depreciação dos ativos também estão na mira da autarquia.
Títulos híbridos entram na mira da CVM - Por Marina Falcão | De São Paulo - (Colaborou Fernando Torres) - Valor Econômico - 23 set 2011
Ética
(...) O filme [Inside Job - Trabalho Interno] afirma que o professor Mishkin, de [Universidade de] Columbia, escreveu um artigo acadêmico positivo sobre a economia da Islândia em 2006 depois de receber US$ 124 mil da Câmara de Comércio daquele país. Mishkin não informou sobre o pagamento no artigo, segundo o filme. Em 2008, o setor bancário da Islândia entrou em colapso, deixou de honrar uma dívida de US$ 85 bilhões e levou a moeda do país a perder 80% de seu valor em relação ao euro.
De acordo com as normas de 2009 para toda a universidade, Mishkin deveria ter revelado em seu artigo os laços financeiros a que seu trabalho estava vinculado, afirma Gita Johar, vice-diretor-sênior da Faculdade de Administração de Empresas. As novas regras também o obrigariam a divulgá-los em seu currículo on-line. (...)
"Trabalho Interno" também retratou a irritação de Hubbard, o diretor da faculdade de Administração de Empresas e ex-assessor econômico do governo George W. Bush, ao ser perguntado sobre seus clientes nos trabalhos de consultoria. O filme observa que ele recebia US$ 250 mil anuais para atuar no conselho de administração da MetLife e que dava consultoria a outras empresas. A película descrevia também um artigo acadêmico escrito por Hubbard em 2004, juntamente com William Dudley, na época economista-chefe do Goldman Sachs Group, que louvava as virtudes dos derivativos de crédito. Em e-mail, Hubbard afirma que sempre divulgou suas atividades e fontes de renda externas. (...)
Filme faz academia rever laços com Wall Street - Por Oliver Staley | Bloomberg - Valor Econômico - 23 set 2011
Ricos, segundo a The Economist, devem pagar mais impostos
A revista britânica ‘The Economist‘, tradicionalmente favorável ao livre mercado e a uma baixa intervenção do Estado na economia, apresenta na edição desta semana três argumentos em defesa do aumento de impostos sobre os mais ricos.
É a segunda vez que o semanário adota uma posição que, se fosse vista fora do contexto da crise internacional, pareceria incongruente com os valores da publicação. No início do ano, a “Economist” defendeu a moratória da Grécia.
Outra posição polêmica da revista: em seu site, ela abriu um debate com o título: “Esta casa acredita que o yuan será a principal moeda de reserva do mundo nos próximos dez anos”.
Imposto sobre ricos
Em reportagem de capa intitulada “Caçando os ricos”, a revista explica por que, neste momento, acredita que os mais abastados devam contribuir mais para a redução do déficit das contas públicas nos países com problema de endividamento.
“Em geral, os instintos desta publicação apoiam um governo pequeno e são contrários a uma maior taxação para pagar um estado de bem-estar insustentável”, afirma a reportagem. “Mas há três boas razões pelas quais os ricos devam pagar mais taxas.” São elas:
1. “Os déficits [nas contas públicas] no Ocidente não devem ser cobertos apenas por corte de gastos. Nos Estados Unidos, a receita do governo é historicamente baixa por causa de anos de reduções”;
2. “Cortes de gastos caem de forma desproporcional sobre os menos abastados. Além disso, a globalização tem recompensado os vencedores mais generosamente”;
3. Pode-se aumentar a participação dos ricos simplesmente tornando o regime tributário mais eficiente, diz a “Economist”. Nos EUA, há muitas formas de dedução de impostos, e os ricos normalmente são os que mais se beneficiam. “Acabar com essas deduções simplificaria o regime e permitiria [ao governo] levantar US$ 1 trilhão por ano.” Na Europa, a solução seria mudar o modelo tributário, com os governo arrecadando mais em cima da propriedade privada do que em cima da renda. Isso não desestimularia. Isso permitira uma participação maior dos ricos na receita pública, “sem afetar o dinamismo da economia”.
França e Itália aderiram
A reportagem está no contexto de uma discussão internacional sobre um eventual aumento de taxas sobre a população mais rico dos países desenvolvidos.
Essa medida é defendida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e pelo partido Trabalhista britânico. Na França e na Itália, já foi instituída uma taxa de 3% sobre rendas superiores a 500 mil euros e 300 mil euros por ano, respectivamente.
Fonte: Aqui
É a segunda vez que o semanário adota uma posição que, se fosse vista fora do contexto da crise internacional, pareceria incongruente com os valores da publicação. No início do ano, a “Economist” defendeu a moratória da Grécia.
Outra posição polêmica da revista: em seu site, ela abriu um debate com o título: “Esta casa acredita que o yuan será a principal moeda de reserva do mundo nos próximos dez anos”.
Imposto sobre ricos
Em reportagem de capa intitulada “Caçando os ricos”, a revista explica por que, neste momento, acredita que os mais abastados devam contribuir mais para a redução do déficit das contas públicas nos países com problema de endividamento.
“Em geral, os instintos desta publicação apoiam um governo pequeno e são contrários a uma maior taxação para pagar um estado de bem-estar insustentável”, afirma a reportagem. “Mas há três boas razões pelas quais os ricos devam pagar mais taxas.” São elas:
1. “Os déficits [nas contas públicas] no Ocidente não devem ser cobertos apenas por corte de gastos. Nos Estados Unidos, a receita do governo é historicamente baixa por causa de anos de reduções”;
2. “Cortes de gastos caem de forma desproporcional sobre os menos abastados. Além disso, a globalização tem recompensado os vencedores mais generosamente”;
3. Pode-se aumentar a participação dos ricos simplesmente tornando o regime tributário mais eficiente, diz a “Economist”. Nos EUA, há muitas formas de dedução de impostos, e os ricos normalmente são os que mais se beneficiam. “Acabar com essas deduções simplificaria o regime e permitiria [ao governo] levantar US$ 1 trilhão por ano.” Na Europa, a solução seria mudar o modelo tributário, com os governo arrecadando mais em cima da propriedade privada do que em cima da renda. Isso não desestimularia. Isso permitira uma participação maior dos ricos na receita pública, “sem afetar o dinamismo da economia”.
França e Itália aderiram
A reportagem está no contexto de uma discussão internacional sobre um eventual aumento de taxas sobre a população mais rico dos países desenvolvidos.
Essa medida é defendida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e pelo partido Trabalhista britânico. Na França e na Itália, já foi instituída uma taxa de 3% sobre rendas superiores a 500 mil euros e 300 mil euros por ano, respectivamente.
Fonte: Aqui
Marcas e Lealdade
As 20 marcas com maior lealdade dos clientes
20. Twitter
19. LG (Celular) (38)
18. L´oreal (tintura) (31)
17. Ketel One (14)
16. Google (11)
15. Grey Goose (4)
14. Maybelline (16)
13. Walmart (3)
12. Dunkin Donuts (14)
11. Crest Whitestrips
10. Mary Kay (20)
9. Patron
8. Kindle
7. Hyundai (6)
6. Zappos
5. Apple (Mac) (5)
4. Samsung (Celular) (2)
3. Facebook
2. Apple (iPhone) (1)
1. Amazon (7)
Fonte: aqui (Entre parênteses, posição em 2010).
A pesquisa foi realizada pela empresa Brand Keys, com mais de 500 marcas, e combina análise psicológica e estatística dos clientes.
20. Twitter
19. LG (Celular) (38)
18. L´oreal (tintura) (31)
17. Ketel One (14)
16. Google (11)
15. Grey Goose (4)
14. Maybelline (16)
13. Walmart (3)
12. Dunkin Donuts (14)
11. Crest Whitestrips
10. Mary Kay (20)
9. Patron
8. Kindle
7. Hyundai (6)
6. Zappos
5. Apple (Mac) (5)
4. Samsung (Celular) (2)
3. Facebook
2. Apple (iPhone) (1)
1. Amazon (7)
Fonte: aqui (Entre parênteses, posição em 2010).
A pesquisa foi realizada pela empresa Brand Keys, com mais de 500 marcas, e combina análise psicológica e estatística dos clientes.
Combate à corrupção não é prioridade para o governo
O combate à corrupção não é prioridade para o governo, afirmam delegados da Polícia Federal.
Segundo eles, órgãos de fiscalização pública --como a própria polícia, o TCU (Tribunal de Contas da União) e a CGU (Controladoria-Geral da União)-- sabem onde há desvios de verba, mas não os evitam porque a questão seria tratada de forma "secundária" pela atual gestão.
De acordo com levantamento feito pela ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), o combate à corrupção não é contemplado pelo PPA (Plano Plurianual) 2012-2015, divulgado em 31 de agosto.Dos 11 desafios e 65 pontos prioritários do plano, o tema é citado apenas três vezes --segundo a associação.
"Não há investimento para estancar a perda do dinheiro público. Isso vai evitar que as metas do governo sejam cumpridas. Podem até poupar, mas, se há vazamento, o dinheiro vai embora. Também não adianta tirar ministro se a máquina está comprometida. Vai-se perder o dinheiro ou na má gestão ou na corrupção. Desenvolvimento sustentável e justiça social é impossível com desvio de dinheiro público e fraude", disse o diretor de comunicação da ADPF, Carlos Leôncio.
Os delegados da Polícia Federal estimam que, anualmente, entre R$ 50 e R$ 84 bilhões seja perdido em desvio de verba --o que corresponde a 1,4% a 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Com o anúncio da ampliação de programas sociais --como o Minha Casa, Minha Vida e o Brasil sem Miséria-- e a proximidade de grandes eventos --como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016--, a Polícia Federal estima que o desvio de verba pública deverá aumentar.
"Megaeventos são megaoportunidades para o desvio público, pois há aumento considerável do aporte financeiro. Com uma aparelho de fiscalização debilitado, há vazamento", declarou Leôncio.
Fonte: aqui
Segundo eles, órgãos de fiscalização pública --como a própria polícia, o TCU (Tribunal de Contas da União) e a CGU (Controladoria-Geral da União)-- sabem onde há desvios de verba, mas não os evitam porque a questão seria tratada de forma "secundária" pela atual gestão.
De acordo com levantamento feito pela ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), o combate à corrupção não é contemplado pelo PPA (Plano Plurianual) 2012-2015, divulgado em 31 de agosto.Dos 11 desafios e 65 pontos prioritários do plano, o tema é citado apenas três vezes --segundo a associação.
"Não há investimento para estancar a perda do dinheiro público. Isso vai evitar que as metas do governo sejam cumpridas. Podem até poupar, mas, se há vazamento, o dinheiro vai embora. Também não adianta tirar ministro se a máquina está comprometida. Vai-se perder o dinheiro ou na má gestão ou na corrupção. Desenvolvimento sustentável e justiça social é impossível com desvio de dinheiro público e fraude", disse o diretor de comunicação da ADPF, Carlos Leôncio.
Os delegados da Polícia Federal estimam que, anualmente, entre R$ 50 e R$ 84 bilhões seja perdido em desvio de verba --o que corresponde a 1,4% a 2,3% do PIB (Produto Interno Bruto), segundo dados da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Com o anúncio da ampliação de programas sociais --como o Minha Casa, Minha Vida e o Brasil sem Miséria-- e a proximidade de grandes eventos --como a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016--, a Polícia Federal estima que o desvio de verba pública deverá aumentar.
"Megaeventos são megaoportunidades para o desvio público, pois há aumento considerável do aporte financeiro. Com uma aparelho de fiscalização debilitado, há vazamento", declarou Leôncio.
Fonte: aqui
De médico e louco... todo mundo tem um pouco
Como já conversamos anteriormente, manter a saúde é essencial para que você seja um bom estudante e aproveite todo o seu potencial. Nada pior que fazer uma prova de contabilidade avançada com uma gripe a tiracolo, né!? (Ok, existem coisas muito piores. Muitas. Mas vamos ao menos tentar evitar a dupla exaustão x prova né!).
Então... Algumas dicas!
- Faça exercício. 15 minutos, três vezes por semana já te tornam uma pessoa ativa. (Pois é, se você não está nesse nível é considerado S-E-D-E-N-T-Á-R-I-O!!!). Vamos lá! Nem que seja uma caminhada em passos rápidos pelo Campus! Na UnB, por exemplo, atravesse do ICC sul ao norte no intervalo das aulas, ou suba e desça as escadas com cuidado por alguns minutos. Se o tempo permitir, escolha atividades que te deem prazer, como aulas de dança, yoga, boxe ou remo. Você pode conseguir mais informações sobre programas para o público no departamento de educação física da sua universidade. Com isso você melhora a oxigenação do seu cérebro, ganha mais resistência física e rende mais nos estudos. It’s a win-win situation!
(Eu, por exemplo, descobri que há dança na UnB porque eu tinha aula na hora do almoço enquanto o pessoal dançava forró na sala ao lado... rsrsrsrs).
- Crie o hábito de utilizar spray de mel e própolis ou comer aquelas balinhas de gengibre – excelentes para quem tem que falar muito;
- Relembrando um trecho da postagem disponível aqui, tenha uma vida saudável: o lobo frontal do seu cérebro pode reagir negativamente a um estilo de vida prejudicial. Portanto, durma bem, pratique exercícios, beba muita água, se alimente de forma saudável, tome banhos de sol.
- Tome complexos vitamínicos. Isso não evitará que você fique doente, mas com certeza te deixará mais fortinho. Indico, ainda, (de médico e louco, todo mundo tem um pouco – mas calma, a minha mãe é médica. Estou indicando com o aval dela. Ou quase isso. Tipo... se eu perguntar ela irá deixar, então...!!!):
--> grávidas e pessoas com algum problema mais sério, favor visitar seu médico antes de seguir os conselhos dessa contadora! Aliás, se todo mundo perguntar a seu médico antes de comprar, supimpa. Utilizem isso apenas como dica (“Sabe o que é doutor, eu li num blog de contabilidade que ginkgo biloba é Ó-T-I-M-O para quem tem labirintite”. Ele vai amar o seu interesse em ajudá-lo a te tratar com essa pesquisa prévia super embasada.). <--
• Ginseng: é a erva mais estudada no mundo para que se melhore o desempenho físico do ser humano. É conhecida por ser um estimulante imunológico e mental, protetor do coração e alivia o estresse.
• Ginkgo Biloba: Essa planta começou a chamar a atenção dos pesquisadores por ter sobrevivido à radiação de Hiroshima (olha que fera!). Posteriormente descobriu-se que suas folhas ajudam a melhorar a oxigenação cerebral. Dizem que também há melhoria da concentração e protege contra os danos dos radicais livres devido à sua função antioxidante.
-Por fim: Divirta-se. Sempre haverá algo a ser feito, um artigo a ser lido, um paper a ser encerrado. Mas se você não tirar ao menos uma tarde de domingo para curtir a sua família, meia hora por dia para ler o nosso blog ;) ou alguns minutos para fazer alguns exercícios de alongamento, com o passar do tempo será impossível haver equilíbrio em sua vida. (“É preciso ter força para rir, relaxar e ser leve”).
Os prazos são curtos, certas vezes é impossível ler o material em tempo hábil, você está em um ambiente com pessoas mais experientes, ou com mais tempo e disposição e de vez em quando isso é frustrante... Mas você está aí porque em algum momento julgou ser importante para a sua vida, decidiu ser uma atividade que te agregará boas vivências e conhecimentos. Então, tente cuidar da sua saúde como um atleta, sorrir frente ao abismo, meditar por alguns minutos para encontrar a sua paz interior e, a partir daí, enfrente os seus desafios com a magnificência de um guerreiro.
O mestrado me foi importante em tantos aspectos que valeria um livro (não necessariamente um Best Seller. Talvez entre a minha família! Que é grande e com uma avó mandona! Olha a influência! Todos teriam que comprar. Vou dominar o mundo!!!!!). Enfim, voltando ao foco: a Flávia Carvalho, amiga sábia de mestrado, tem um ditado muito bom: enfrentemos um leão por dia. Enfrente o de hoje, parabenize-se pelas vitórias do dia (nunca, jamais se menospreze) e pronto. Amanhã... Quanto ao leão de amanhã... deixe-o para o leitor-do-fututo. Deixe-o para o seu eu de amanhã. E viva em seu equilíbrio, matando um leãozinho por dia.
P.S. – Eu realmente avisei à minha mãe da postagem. Ela super apoiou. As exatas palavras dela, enquanto eu procurava o frasco do ginkgo biloba e explicava a postagem, foram: “ahham”. E isso é a mesma coisa que “vai fundo minha filha, ajuda o pessoal a ficar melhor! Posta as dicas lá!” Não é!?
Então... Algumas dicas!
- Faça exercício. 15 minutos, três vezes por semana já te tornam uma pessoa ativa. (Pois é, se você não está nesse nível é considerado S-E-D-E-N-T-Á-R-I-O!!!). Vamos lá! Nem que seja uma caminhada em passos rápidos pelo Campus! Na UnB, por exemplo, atravesse do ICC sul ao norte no intervalo das aulas, ou suba e desça as escadas com cuidado por alguns minutos. Se o tempo permitir, escolha atividades que te deem prazer, como aulas de dança, yoga, boxe ou remo. Você pode conseguir mais informações sobre programas para o público no departamento de educação física da sua universidade. Com isso você melhora a oxigenação do seu cérebro, ganha mais resistência física e rende mais nos estudos. It’s a win-win situation!
(Eu, por exemplo, descobri que há dança na UnB porque eu tinha aula na hora do almoço enquanto o pessoal dançava forró na sala ao lado... rsrsrsrs).
- Crie o hábito de utilizar spray de mel e própolis ou comer aquelas balinhas de gengibre – excelentes para quem tem que falar muito;
- Relembrando um trecho da postagem disponível aqui, tenha uma vida saudável: o lobo frontal do seu cérebro pode reagir negativamente a um estilo de vida prejudicial. Portanto, durma bem, pratique exercícios, beba muita água, se alimente de forma saudável, tome banhos de sol.
- Tome complexos vitamínicos. Isso não evitará que você fique doente, mas com certeza te deixará mais fortinho. Indico, ainda, (de médico e louco, todo mundo tem um pouco – mas calma, a minha mãe é médica. Estou indicando com o aval dela. Ou quase isso. Tipo... se eu perguntar ela irá deixar, então...!!!):
--> grávidas e pessoas com algum problema mais sério, favor visitar seu médico antes de seguir os conselhos dessa contadora! Aliás, se todo mundo perguntar a seu médico antes de comprar, supimpa. Utilizem isso apenas como dica (“Sabe o que é doutor, eu li num blog de contabilidade que ginkgo biloba é Ó-T-I-M-O para quem tem labirintite”. Ele vai amar o seu interesse em ajudá-lo a te tratar com essa pesquisa prévia super embasada.). <--
• Ginseng: é a erva mais estudada no mundo para que se melhore o desempenho físico do ser humano. É conhecida por ser um estimulante imunológico e mental, protetor do coração e alivia o estresse.
• Ginkgo Biloba: Essa planta começou a chamar a atenção dos pesquisadores por ter sobrevivido à radiação de Hiroshima (olha que fera!). Posteriormente descobriu-se que suas folhas ajudam a melhorar a oxigenação cerebral. Dizem que também há melhoria da concentração e protege contra os danos dos radicais livres devido à sua função antioxidante.
-Por fim: Divirta-se. Sempre haverá algo a ser feito, um artigo a ser lido, um paper a ser encerrado. Mas se você não tirar ao menos uma tarde de domingo para curtir a sua família, meia hora por dia para ler o nosso blog ;) ou alguns minutos para fazer alguns exercícios de alongamento, com o passar do tempo será impossível haver equilíbrio em sua vida. (“É preciso ter força para rir, relaxar e ser leve”).
Os prazos são curtos, certas vezes é impossível ler o material em tempo hábil, você está em um ambiente com pessoas mais experientes, ou com mais tempo e disposição e de vez em quando isso é frustrante... Mas você está aí porque em algum momento julgou ser importante para a sua vida, decidiu ser uma atividade que te agregará boas vivências e conhecimentos. Então, tente cuidar da sua saúde como um atleta, sorrir frente ao abismo, meditar por alguns minutos para encontrar a sua paz interior e, a partir daí, enfrente os seus desafios com a magnificência de um guerreiro.
O mestrado me foi importante em tantos aspectos que valeria um livro (não necessariamente um Best Seller. Talvez entre a minha família! Que é grande e com uma avó mandona! Olha a influência! Todos teriam que comprar. Vou dominar o mundo!!!!!). Enfim, voltando ao foco: a Flávia Carvalho, amiga sábia de mestrado, tem um ditado muito bom: enfrentemos um leão por dia. Enfrente o de hoje, parabenize-se pelas vitórias do dia (nunca, jamais se menospreze) e pronto. Amanhã... Quanto ao leão de amanhã... deixe-o para o leitor-do-fututo. Deixe-o para o seu eu de amanhã. E viva em seu equilíbrio, matando um leãozinho por dia.
P.S. – Eu realmente avisei à minha mãe da postagem. Ela super apoiou. As exatas palavras dela, enquanto eu procurava o frasco do ginkgo biloba e explicava a postagem, foram: “ahham”. E isso é a mesma coisa que “vai fundo minha filha, ajuda o pessoal a ficar melhor! Posta as dicas lá!” Não é!?
Quem são os donos dos títulos da dívida soberana?
Por Pedro Correia
O gráfico mostra quem são os detentores da dívida soberana da Inglaterra, Reino Unido, EUA, Irlanda, Portugal, Japão e Grécia.Em relação aos EUA,observe que quase a metade - 47 por cento - da dívida de 14,7 trilhões de dólares está nas mãos do Federal Reserve e outras instituições governamentais, como o fundo da Seguridade Social. Além disso, 22% está com banco centrais estrangeiros.
Gráfico
Banestado
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) confirmou condenação criminal, por gestão fraudulenta e evasão de divisas, de 15 envolvidos no caso Banestado - dirigentes e assessores do antigo Banco do Estado do Paraná. A decisão, do último dia 13, é da 5.ª Turma de ministros do STJ, que manteve penas que variam de cinco anos e dez meses a quatro anos e um mês de reclusão - originalmente mais elevadas, em sentença de 2004 do juiz Sérgio Fernando Moro, da 2.ª Vara Criminal Federal em Curitiba.
Moro, especialista em ações sobre crimes financeiros, autorizou toda a investigação que levou à descoberta do rombo no Banestado. A Polícia Federal calcula que US$ 24,059 bilhões foram enviados para fora do País por meio de contas de residentes no exterior (contas CC5), no período de abril de 1996 e janeiro de 2000.
Daquele total, US$ 5,68 bilhões teriam sido remetidos ao exterior através de contas CC5 mantidas no Banestado "por meios fraudulentos".
A investigação revelou que R$ 2,44 bilhões foram depositados, entre 1996 e 1997, em contas CC5, com posterior envio ao exterior, através de 91 contas correntes comuns, "abertas em nome de pessoas sem capacidade econômica, os laranjas". A maioria das contas laranjas foi aberta em agências do Banestado em Foz do Iguaçu (PR).
Moro concluiu que houve "burlas do sistema de controle instituído pelo Banco Central". "A fraude era conhecida por gerentes e diretores da instituição financeira", assinalou.
Moro condenou os dirigentes do Banestado por gestão fraudulenta, evasão de divisas e quadrilha. O Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF4), em Porto Alegre, manteve a condenação por gestão fraudulenta e evasão e reduziu as penas impostas na primeira instância. O STJ confirmou a decisão do TRF4.
STJ condena 15 por fraude no caso Banestado
Observem as diferenças nas datas entre a setença do juiz Moro (em 2004) e a decisão de agora.
Confiança
Quem já foi vítima de uma ilusão de ótica sabe que os olhos podem nos enganar. Mas nosso cérebro nos engana de outras formas, e a mais bem estudada é o fenômeno do excesso de autoconfiança. Se perguntarmos a mil estudantes se eles se consideram líderes mais capazes do que a média do grupo, 70% afirmarão ser melhores que a média. Entre professores, 94% dirão ser melhores que a média de seus colegas. Entre médicos, 80% vão se achar mais competentes e o mesmo ocorre entre investidores, políticos e motoristas de carro. Como é matematicamente impossível mais da metade de uma população ser melhor que a média, esses resultados demonstram que os seres humanos expressam um excesso de autoconfiança sempre que se comparam a seus pares. A única amostra de seres humanos na qual a autoavaliação se comporta como o esperado (aproximadamente 50% se acham piores que a média e 50% melhores que a média) é a composta por indivíduos com diagnóstico clínico de depressão.
Esse excesso de autoconfiança independe da idade, da cultura, do nível educacional ou da posse de bens materiais. Todos os estudos indicam que essa forma de autoengano é uma propriedade intrínseca e hereditária do cérebro humano. Mas se ela é uma característica do ser humano, como teria surgido e sobrevivido à seleção natural? Ninguém duvida que o excesso de autoconfiança provoca avaliações equivocadas e uma propensão exagerada a correr riscos. Portanto - raciocinavam os geneticistas - se ela é prejudicial, pessoas com excesso de autoconfiança deveriam ter menos chance de sobreviver e, ao longo de milhões de anos, a seleção natural deveria ter selecionado indivíduos com uma capacidade crescente de autoavaliação. Mas por que isso não ocorreu? Agora, um grupo de cientistas propôs uma explicação para a manutenção do excesso de autoconfiança nas populações humanas.
Imagine duas pessoas que desejam um mesmo objeto. Se ambas tentam agarrar o objeto, acabam brigando. Nesse caso, ambas pagam um preço por terem brigado (se machucam, por exemplo) e a mais forte fica com o objeto.
Se nenhuma tenta capturar o objeto, nenhuma paga o preço da briga, mas tampouco fica com o objeto. Mas, se as duas pessoas puderem estimar corretamente a capacidade de briga do concorrente, a melhor estratégia é o mais fraco abdicar da briga e o mais forte ficar com o objeto (neste caso, a vantagem do mais fraco é não ter o custo de brigar).
Imagine agora que o custo da briga diminui a capacidade reprodutiva do indivíduo, mas a posse do objeto aumenta sua capacidade reprodutiva. Usando este modelo, os cientistas simularam populações de indivíduos que competiam pelos objetos e se reproduziam dependendo do balanço entre o "custo reprodutivo" provocado pela briga e o "lucro reprodutivo" resultante da posse do objeto. Essas simulações foram repetidas milhares de vezes ao longo de centenas de gerações, variando a distribuição dos níveis de autoconfiança na população original, o custo reprodutivo da briga e a vantagem reprodutiva conferida pela posse do objeto.
Os resultados demonstram que sempre que o custo da briga é baixo em relação à vantagem conferida pelo objeto, os indivíduos com um excesso moderado de autoconfiança acabam predominando na população. Também ficou claro que os indivíduos com uma avaliação precisa de sua capacidade de briga somente têm vantagens sobre os excessivamente autoconfiantes em muito poucos cenários, geralmente quando o custo da briga é significativamente maior que a vantagem conferida pela posse do objeto. Ou seja, possuir um excesso de autoconfiança e consequentemente disputar algumas brigas nas quais a derrota advém da má avaliação do adversário parece ser a estratégia que garante uma melhor capacidade reprodutiva.
Esses resultados não somente propõem uma explicação para a origem de nosso excesso de autoconfiança, mas explicam sua manutenção nas populações atuais. Se realmente somos excessivamente autoconfiantes e inerentemente propensos a tomar riscos isto talvez ajude a explicar a instabilidade nos mercados financeiros, guerras e outros fenômenos que resultam de nossa incapacidade de avaliar com precisão nossos pares. Outra consequência dessa descoberta é que modelos econômicos que se baseiam na premissa de que as decisões humanas são racionais e derivadas da capacidade humana de avaliar objetivamente a realidade não se aplicam ao Homo sapiens que habita o planeta Terra.
Mais informações: THE EVOLUTION , OF OVERCONFIDENCE. NATURE VOL. 477 PAG. 317 2011. A origem do excesso de autoconfiança - Fernando Reinach - Estado de S Paulo, A 26, 22 set 2011. Foto: aqui
Esse excesso de autoconfiança independe da idade, da cultura, do nível educacional ou da posse de bens materiais. Todos os estudos indicam que essa forma de autoengano é uma propriedade intrínseca e hereditária do cérebro humano. Mas se ela é uma característica do ser humano, como teria surgido e sobrevivido à seleção natural? Ninguém duvida que o excesso de autoconfiança provoca avaliações equivocadas e uma propensão exagerada a correr riscos. Portanto - raciocinavam os geneticistas - se ela é prejudicial, pessoas com excesso de autoconfiança deveriam ter menos chance de sobreviver e, ao longo de milhões de anos, a seleção natural deveria ter selecionado indivíduos com uma capacidade crescente de autoavaliação. Mas por que isso não ocorreu? Agora, um grupo de cientistas propôs uma explicação para a manutenção do excesso de autoconfiança nas populações humanas.
Imagine duas pessoas que desejam um mesmo objeto. Se ambas tentam agarrar o objeto, acabam brigando. Nesse caso, ambas pagam um preço por terem brigado (se machucam, por exemplo) e a mais forte fica com o objeto.
Se nenhuma tenta capturar o objeto, nenhuma paga o preço da briga, mas tampouco fica com o objeto. Mas, se as duas pessoas puderem estimar corretamente a capacidade de briga do concorrente, a melhor estratégia é o mais fraco abdicar da briga e o mais forte ficar com o objeto (neste caso, a vantagem do mais fraco é não ter o custo de brigar).
Imagine agora que o custo da briga diminui a capacidade reprodutiva do indivíduo, mas a posse do objeto aumenta sua capacidade reprodutiva. Usando este modelo, os cientistas simularam populações de indivíduos que competiam pelos objetos e se reproduziam dependendo do balanço entre o "custo reprodutivo" provocado pela briga e o "lucro reprodutivo" resultante da posse do objeto. Essas simulações foram repetidas milhares de vezes ao longo de centenas de gerações, variando a distribuição dos níveis de autoconfiança na população original, o custo reprodutivo da briga e a vantagem reprodutiva conferida pela posse do objeto.
Os resultados demonstram que sempre que o custo da briga é baixo em relação à vantagem conferida pelo objeto, os indivíduos com um excesso moderado de autoconfiança acabam predominando na população. Também ficou claro que os indivíduos com uma avaliação precisa de sua capacidade de briga somente têm vantagens sobre os excessivamente autoconfiantes em muito poucos cenários, geralmente quando o custo da briga é significativamente maior que a vantagem conferida pela posse do objeto. Ou seja, possuir um excesso de autoconfiança e consequentemente disputar algumas brigas nas quais a derrota advém da má avaliação do adversário parece ser a estratégia que garante uma melhor capacidade reprodutiva.
Esses resultados não somente propõem uma explicação para a origem de nosso excesso de autoconfiança, mas explicam sua manutenção nas populações atuais. Se realmente somos excessivamente autoconfiantes e inerentemente propensos a tomar riscos isto talvez ajude a explicar a instabilidade nos mercados financeiros, guerras e outros fenômenos que resultam de nossa incapacidade de avaliar com precisão nossos pares. Outra consequência dessa descoberta é que modelos econômicos que se baseiam na premissa de que as decisões humanas são racionais e derivadas da capacidade humana de avaliar objetivamente a realidade não se aplicam ao Homo sapiens que habita o planeta Terra.
Mais informações: THE EVOLUTION , OF OVERCONFIDENCE. NATURE VOL. 477 PAG. 317 2011. A origem do excesso de autoconfiança - Fernando Reinach - Estado de S Paulo, A 26, 22 set 2011. Foto: aqui
22 setembro 2011
Links
Economia:
Brasil e suas 63 moedas locais
Crise européia em gráficos
Os BRICS irão salvar a Europa? Não, isto é um absurdo.
Executivos
Forbes revela os mais ricos dos EUA: Gates com 59 bi e Buffett com 39 bi. Aqui também
Ex-CEO do Yahoo perde a linha ao ser demitida
Executivos da Aracruz e VCP pagam para encerrar processo
Mercado:
Moody´s rebaixa Bank of America, Citi e Wells Fargo
Caixa Econômica Federal faz propaganda com Machado de Assis branco. Agora reconhece o erro e retira do ar
Mercado para tudo: Calçados com GPS
Um mercedes construído de sucata
Contabilidade, Custos e Atuária
Fundos passam longe da meta atuarial
As pessoas estão menos dispostas a pagar muito pelo e-book
Blog do Romildo
Diversos:
Intercâmbio sem sair de casa
Espanha e Portugal
Um trecho do Financial Times sobre as empresas espanholas (publicado no Marginal Revolution) mostra que a Espanha está a perigo.
As empresas portuguesas não financeiras apresentam uma dívida que corresponde a 16 vezes o lucro antes de juros. Isto significa que uma taxa de juros de 6,25% faz desaparecer todo o lucro (isto é, 1/16 = 0,0625).
Já as empresas espanholas possuem uma relação de 12 vezes. Ou seja, a uma taxa de juros acima de 8,3% consome todo o lucro, não sobrando nenhum dinheiro para o acionista.
O texto considera que uma relação de 10 vezes o padrão máximo. O texto compara a Espanha com o Japão de 1996 a 2002, quando a economia ficou sem crescimento. Ou seja, tempos difíceis para a Espanha e Portugal.
(Imagem: aqui)
Vale a pena sediar os Jogos Olímpicos?
Por Pedro Correia
Será que os Jogos Olímpicos promovem os benefícios econômicos que tantas autoridades proclamam? Markus Brückner e Evi Pappa defendem que sediar as Olimpíadas aumenta as expectativas de produção futura e, assim promove o investimento, consumo e atividade geral. No entanto, o estudo sugere que os maiores efeitos macroeconômicos ocorrem 4 anos antes do evento:
"Anticipation effects are present in all the variables we consider; GDP growth increases significantly during the five years before hosting and the peak response occurs four years before the actual hosting of the event."
Destarte, o maior efeito sobre o PIB brasileiro ocorrerá em 2012. A frase de Albert Fishlow resume o caso da Rio 2016:"Não sei se a Olimpíada será boa para o Brasil, mas a Grécia organizou uma em 2004″.
Orçamento Público
E, embora o país seja considerado referência mundial em transparência, especialistas criticam a qualidade dos dados disponibilizados pelo governo federal. "Na comparação com outros países, o Brasil está avançado, mas ainda tem muito o que melhorar", pondera o consultor de orçamento do Senado, Fernando Moutinho.
Ao acessar o site Siga Brasil, alocado no portal do Senado Federal, é possível obter algumas informações de gastos públicos, mas muito ainda está de fora. Um exemplo são os recursos desvinculados do orçamento, ou seja, que não estão ligados a um ministério ou órgão, e que ficam reservados para gastos considerados necessários no ano vigente.
Não é possível determinar, por exemplo, o destino dessa verba. Só é possível encontrar o quanto ela representa do orçamento. Outro caso é a não publicação do destino de verbas de convênios entre estados e municípios.
É possível apenas saber quanto é transferido para essas esferas, mas não quais foram as empresas beneficiadas pelos repasses.
Programas essenciais
Dados de programas que foram considerados carros-chefes do governo, como o Bolsa Família, o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), embora disponíveis nos sites oficiais, não são fáceis de encontrar. No caso do PAC, por exemplo, é preciso saber, exatamente, quais são os nomes dos projetos que contam com recursos do programa e somá-los, um a um.
Não há uma legenda "PAC" no Siga Brasil, o que dificulta o acesso por pessoas leigas no jargão orçamentário.
"Apenas divulgar números não torna um governo transparente. É preciso tornar os dados legíveis para a população", defende o economista Valdemir Pirez, especializado em contas públicas.
Transparência no Orçamento Brasileiro é questionável - Carolina Alves - Brasil Econômico - 21 set 2011. Foto: Flickr
Precisa mesmo ser novo?
Tom Copeland, diretor de Práticas de Finanças Corporativas no Monitor Group, uma firma de consultoria, observa:" Se fossem capazes de pagar, a maioria das pessoas gostaria de dirigir um carro novo. Os administradores não são diferentes... Em minha expectativa,... os administradores gastam milhões de máquinas novas antes de precisarem fazê-lo. Na maioria dos casos, o custo total é de 30% a 40% mais baixo, caso uma empresa continue mantendo uma máquina existente por mais cinco anos, em lugar de trocá-la por uma máquina nova. Para combater as compras compulsivas de novas máquinas, as empresas devem obrigar os administradores a analisarem os números de todas as opções de investimento dsiponíveis - incluindo a manutenção dos ativos existentes ou a compra de ativos usados"
Fonte: Tom Copeland," Cutting Costs Without Drawing Blood", Harvard Business Review,2000,p.3-7.
Fonte: Tom Copeland," Cutting Costs Without Drawing Blood", Harvard Business Review,2000,p.3-7.
Previsão para o Nobel
Saiu a previsão para o Nobel de Economia da Thomson Reuters:
Douglas W. Diamond - pela análise de intermediação financeira e monitoramento
Jerry A. Hausman - com Jerry White pela contribuição em econometria (teste de Hausman) e teste White
Anne O. Krueger - com Gordon Tullock, pela descrição do rent-seeking behavior
Gordon Tullock - com Anne O. Krueger
Halbert L. White, Jr. - com Hausman, em econometria
As melhores universidades em Economia
1. Harvard
2. MIT
3. Stanford
4. London School of Economics
5. Oxford
6. Cambridge
7. Berkeley
8. Chicago
9. Yale
10. Princeton
Fonte: aqui
É interessante a posição da LSE, mesmo após o escândalo do financiamento de Kadafi.
2. MIT
3. Stanford
4. London School of Economics
5. Oxford
6. Cambridge
7. Berkeley
8. Chicago
9. Yale
10. Princeton
Fonte: aqui
É interessante a posição da LSE, mesmo após o escândalo do financiamento de Kadafi.
Capital dos Bancos
A questão do nível de capital de uma instituição financeira é muito importante. O acordo de Basileia criou exigências para que as instituições de diferentes países possam atuar. O principal parâmetro ficou conhecido como índice de Basileia. No Brasil o parâmetro para este índice é 11%, conforme uma forma de cálculo que leva em consideração o risco das operações efetuadas pelos bancos.
Recentemente o Banco Central divulgou um diagnóstico mostrando que treze instituições não cumprem este índice.
No teste de estresse que apontou necessidade de capitalização de treze bancos, de um total de 160, o BC considerou uma elevação da taxa média de inadimplência de 3,6% para 14%. Mesmo esses não quebrariam; só ficariam desenquadrados da norma. Quebra mesmo só se o percentual chegasse a 16%. O BC não informou quantos iriam a pique, nessa hipótese.
Mas eles representariam apenas 0,05% dos ativos do sistema, menos do que representava o Matone (0,07%), banco comprado pelo JBS.
Simulando um rebaixamento generalizado, de dois degraus, na escala de classificação de risco dos tomadores de crédito, o BC chegou a um resultado parecido. Só doze bancos teriam que convocar os acionistas a coçar os bolsos. Mas a participação deles nos ativos do sistema seria maior: 13,6%.
Os testes de estresse mostraram resistência também a riscos de mercado, mesmo em situações mais extremas. Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Anthero de Moraes Meirelles, os cenários "exagerados" incluíram juros a 1% ao ano, taxa de câmbio a R$ 4,70 por dólar e queda real de 4,7% o Produto Interno Bruto. No pior desses quadros, apenas um banco, nada representativo, quebraria e os desenquadrados das regras de capital mínimo seriam 11% dos ativos do sistema.
Em outras palavras, o sistema financeiro brasileiro parece adequado.
Conselho para cortar gastos
A Deloitte recebe como empresa de consultoria da cidade de Ottawa. Veja notícia a seguir:
Eu não me importo como você explica isto, mas nestes dias de orçamentos apertados e déficits, 90.000 dólares por dia é demais para um escritório de contabilidade dar conselhos sobre como cortar gasto num orçamento de US $ 4 bilhões da cidade de Ottawa, principalmente que os cortes propostos pela Deloitte provavelmente nunca serão postos em prática. (National Post)
Eu não me importo como você explica isto, mas nestes dias de orçamentos apertados e déficits, 90.000 dólares por dia é demais para um escritório de contabilidade dar conselhos sobre como cortar gasto num orçamento de US $ 4 bilhões da cidade de Ottawa, principalmente que os cortes propostos pela Deloitte provavelmente nunca serão postos em prática. (National Post)
Kroton
A Kroton Educacional fechou a compra da Faculdade de Sorriso (FAIS), que tem operação no município de Sorriso, no Mato Grosso, em um negócio de R$ 7 milhões.
A operação foi realizada por meio da Editora e Distribuidora Educacional, subsidiária da Kroton, junto à sociedade mantenedora da FAIS, a União Sorrisense de Educação (USE).
A Kroton pagará um total de R$ 5,4 milhões ao longo de 60 meses e assumirá uma dívida líquida de R$ 1,6 milhão da USE, que conta com 1.302 alunos e 1.400 vagas anuais.
De acordo com a empresa, a compra está sujeita a eventuais ajustes e compensações em função de passivos da USE.
"A aquisição fortalece a presença da companhia no Mato Grosso, estado onde operam 10 unidades de ensino superior, sendo a mais próxima a unidade de Sinop, com distância aproximada de 80 quilômetros do município de Sorriso", diz o comunicado da Kroton.
(Fonte: aqui)
Isto significa que o valor da empresa foi de 5,4 mil reais por aluno. Isto é bem abaixo dos 7 mil pagos pela Anhanguera. Entretanto, o mercado é um pouco diferente (Sorriso versus estado de São Paulo) e isto pode ter refletido no preço.
Auditorias
Esqueça economias em dificuldades, regulamentação, clientes pão-duros. As duas maiores firmas de auditoria e consultoria no mundo estão crescendo com aquisições e vasculhando o mundo em busca de novas contratações.
Cabeça a cabeça, numa corrida disputando o título de maior firma do mundo de serviços profissionais, a Deloitte e a PwC embarcaram em uma grande iniciativa expansionista.
Com a estabilização das receitas de auditoria nos mercados desenvolvidos, as empresas estão fazendo um crescente esforço em países como a China e a Índia e investindo na área de consultoria, na qual os negócios estão crescendo, depois de um período recessivo.
Há mais em jogo, nessa briga, do que se gabar da "pole position". Igualmente importante é cimentar seu status de supermercado de serviços profissionais, capazes de ajudar clientes em quase qualquer mercado que transpire comércio.
"Quanto mais elas se posicionarem como provedoras confiáveis de serviços variados para os clientes, mais podem esperar ficar imunes à pressão para reduzir honorários se a economia piorar", disse Ashley Newton, diretor associado na Kennedy Consulting Research and Advisory.
No ano passado, um salto de 15% na área de consultoria da Deloitte ajudou-a a passar à frente da PwC em receitas totais, assumindo a primeira posição entre as quatro grandes firmas mundiais de auditoria e consultoria, time que também inclui a KPMG e a Ernst & Young.
A Deloitte assumiu a liderança por uma diferença de apenas US$ 9 milhões, anunciando receitas de US$ 26,578 bilhões, contra US$ 26,569 bilhões na PwC. Antes de 2010, a PwC foi a maior durante pelo menos cinco anos, segundo dados do "Accounting News Report".
Um fator por trás da conquista da liderança foi a decisão da Deloitte de conservar seu ramo de consultoria, cerca de uma década atrás, enquanto outras empresas de auditoria eliminaram os seus, em meio a preocupações sobre conflitos de interesse.
A decisão ajudou a Deloitte manter seu domínio na área de tecnologia da informação, de alto potencial e uma arena de negócios com boas perspectivas de crescimento, mesmo em uma economia morna. As atividades de consultoria ganharam novo impulso a partir de aquisições feitas pela Deloitte, como a da BearingPoint, especializada em negócios com governos, em 2009.
Embora agências regulamentadoras nos EUA e em outros países tenham apertado as restrições sobre os serviços de consultoria que as firmas de auditoria podem disponibilizar, a consultoria não foi totalmente proibida, e tanto a Deloitte como a PwC têm centrado grande parte de seu trabalho de consultoria para empresas que não são clientes de auditoria.
Marcas respeitadas e íntimos laços com os mais altos níveis executivos das administrações de empresas, construídos em parte por meio de relacionamentos de auditoria, ajudaram a transformar todos os quatro grandes em concorrentes de peso em atividades de consultoria, segundo a Gartner Research.
"O que o trabalho de auditoria faz é permitir que elas criem competência em um setor", estabelecendo a credibilidade que é uma grande diferencial para atrair contratos de consultoria, disse o analista Alex Soejarto, da Gartner.
A incursão no terreno de consultoria vem acontecendo há algum tempo, em parte porque é bem mais rentável do que o trabalho obrigatório de auditoria, disse Arvind Hickman, editor do "International Accounting Bulletin".
"A auditoria emprega muita mão de obra e tem sofrido muito com as limitações nos preços que podem ser cobrados pelos serviços devido à crise financeira mundial."
A PwC, que vendeu seu braço de consultoria para a IBM em 2002, está reconstituindo essa área com aquisições como a do Paragon Consulting Group e das operações de serviços comerciais da BearingPoint, em 2009.
Nos últimos 12 meses, a firma absorveu 700 consultores, com a compra da PRTM, uma empresa de consultoria de gestão, e centenas de outras, mediante a aquisição da Diamond Management & Technology Consultants.
Recentemente, anunciou estar construindo uma vantagem competitiva na denominada área de sustentabilidade, ou uso responsável de recursos naturais, ao contratar como consultora a Andrew Winston, uma consultora empresarial "verde".
Ainda líder mundial em receitas de auditoria, a companhia focou mercados emergentes, como a Índia, a China e o Oriente Médio para intensificar seu crescimento.
A Deloitte comprou uma grande número de firmas de consultoria, entre elas a Altos Partners Management Consultants; a AJM Petroleum Consultants; a Jackson Browne, consultora de gestão de desempenho; a Access Economics, especializada em consultoria econômica; e a Oco, focada em análise empresarial. A companhia também reforçou seu potencial na área da sustentabilidade, com a aquisição das firmas Clear Carbon Consulting e Domani Sustainability Consulting.
Forte capacitação em abrangente leque de expertise ajudou as firmas a competir contra uma gama de empresas, de gigantes em gestão, como a McKinsey, a consultoras de tecnologia, como a IBM e a Accenture.
A PwC anunciou que suas firmas associadas em todo o mundo contrataram cerca de 45 mil novos funcionários no ano fiscal de 2011 encerrado em junho. A Deloitte não anunciará suas contratações antes de divulgar os valores de suas receitas para o ano fiscal de 2011, mas disse estar a caminho de confirmar suas projeções anunciadas no ano passado: 50 mil contratações por ano em nível mundial nos próximos cinco anos.
Acredita-se que as quatro grandes reportem suas receitas para o ano fiscal de 2011 nas próximas semanas e, caso haja um crescimento significativo, provavelmente, mais uma vez, este virá da área de consultoria, disse Jonathan Hamilton, editor-chefe do "Accounting News Report".
"Os negócios no setor de auditoria, embora certamente o feijão com arroz de todas essas firmas, é uma atividade de crescimento lento", acrescentou Hamilton.
O crescimento das empresas cria desafios, porém, como o de assegurar a qualidade à medida que expandem seus impérios.
"Na realidade, tratam-se de firmas individuais sob uma bandeira de marca única, mas não têm um controle centralizado rigoroso", disse Shan Nair, presidente da Nair & Co, que assessora companhias em expansão internacional e trabalha com as "quatro grandes".
A expansão na China, um mercado chave, já trouxe dores de cabeça para a área de auditoria. Os ramos da Deloitte e da PwC na China tiveram que desistir de seus clientes devido a preocupações com sua contabilidade e o escritório da Deloitte em Xangai foi intimado pela agência regulamentadora americana a entregar registros à fiscalização.
E pairam mais preocupações, em vista do maior esforço fiscalizador das agências. À medida que crescerem as receitas de consultoria, novamente estão vindo à tona reclamações de que as firmas ficarão tentadas a relaxar o rigor sobre suas clientes de auditoria para conquistar ou conservar um contrato de consultoria - uma acusação que as firmas negam.
Na semana passada, legisladores da União Europeia aprovaram um relatório que defende proibir firmas de auditoria de prestar serviços de auditoria e de não auditoria para um mesmo cliente. O relatório é não vinculante, mas poderá ajudar a dar forma a um projeto de lei em elaboração.
A PwC e a Deloitte disseram não haver conflitos de interesse nos serviços de consultoria que prestam. Grande parte de sua consultoria é prestada a empresas às quais não oferecem serviços de auditoria e elas cumprem padrões regulatórios e restrições das próprias companhias clientes sobre o tipo de consultoria que prestam a seus clientes de auditoria.
A PwC disse também que cumpre um código de ética estabelecido pela International Ethics Standards Board for Accountants para garantir sua independência.
Algo que também beneficiará as auditorias é que muito de seu trabalho de consultoria - como ajudar as empresas a cortar custos e se tornarem mais eficientes - continuará sendo demandado, mesmo com uma desaceleração da economia. "Tudo somado, elas estão assumindo uma política expansionista muito prudente, ainda que agressiva", disse Newton, do Kennedy Research Consulting.
Grandes firmas de auditoria crescem apesar da turbulência econômica - Por Dena Aubin | Reuters, de Nova York - Valor Econômico - 22 set 2011
21 setembro 2011
Convergência Adiada
Um dos principais argumentos usados para justificar o processo de convergência do padrão contábil brasileiro para o modelo internacional IFRS sempre foi a facilidade para comparar os balanços de empresas nacionais com os de estrangeiras.
Como os investidores internacionais estariam habituados ao padrão, usado em mais de cem países e considerado confiável e de boa qualidade, isso reduziria o custo de capital das companhias.
Por ora, entretanto, o que se vê é que mesmo entre empresas brasileiras não há uma uniformidade nas práticas contábeis.
Isso ocorre porque o IFRS é baseado em princípios, e não em regras detalhadas, e também porque ele permite escolhas por parte das empresas.
Ao exercer seu poder de julgamento sobre qual a melhor forma de reconhecer determinado evento, algumas companhias acabam chegando a conclusões diferentes, o que pode dificultar a comparação simples dos números dos balanços.
O sócio de auditoria da Ernst & Young Terco Paul Sutcliffe cita, por exemplo, o tratamento que se dá a empréstimos no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento do BNDES, com juros próximos de 5% ao ano. Algumas empresas, como Vivo e TIM, consideram isso uma subvenção do governo e, por isso, contabilizam a diferença entre a taxa paga ao banco e a praticada no mercado, bem mais alta, como uma receita na demonstração de resultado. Mas a maior parte das empresas não faz assim.
Há divergência também na forma de se registrar o pagamento de outorga em contratos de concessão. Algumas empresas colocam o valor devido dentro de uma conta do passivo, como OHL e Ecorodovias, enquanto outras informam o montante apenas em nota explicativa, caso da CCR.
Conforme já noticiado pelo Valor, entre as administradoras de shopping centers também há práticas distintas para se contabilizar o valor dos empreendimentos imobiliários. Enquanto BR Malls e Sonae Sierra avaliam seus imóveis a preço de mercado, Multiplan, Iguatemi, Aliansce e General o fazem pelo custo. O IFRS permite escolha nesse caso.
De forma geral, especialistas citam diferenças também em relação a taxas de depreciação de prédios, máquinas e equipamentos usadas pelas empresas e em relação ao método utilizado pelas companhias para apuração do valor justo de ativo biológico, como florestas, plantações e rebanho bovino.
Ao ser questionado sobre o tema, o diretor da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Alexsandro Broedel disse que considera os casos de divergência de prática como "pontuais". Ele afirmou ainda que não tinha a expectativa de que os balanços ficassem uniformes em todos os aspectos, mas sim de que o nível de transparência fosse o mesmo.
"A maioria das práticas deve convergir com o passar dos anos, mas algumas diferenças devem persistir", avalia o representante do órgão regulador do mercado, para quem isso exigirá uma atenção cada vez maior para as notas explicativas dos balanços.
Na opinião de Reginaldo Ferreira Alexandre, presidente da regional São Paulo da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec -SP), se a situação é diferente, o julgamento realmente pode mudar de uma empresa para a outra. "As situações podem variar. E se é assim, é importante que haja distinção."
Nos casos em que um mesmo evento econômico é registrado de forma divergente, Alexandre destaca que o importante é a divulgação. "Aí os analistas podem ver qual prática eles preferem, o que levará a um processo de equilíbrio", diz.
A divergência de julgamentos dentro do IFRS não ocorre só no Brasil. A forma de cálculo do valor justo dos títulos da dívida grega acaba de gerar polêmica na União Europeia.
Os bancos alemães e britânicos, como o Royal Bank of Scotland, usaram os preços de mercado para registrar o valor dos papéis, com perda de 50% contra o resultado do período. Na França, bancos como o BNP Paribas julgaram que a liquidez dos papéis caiu tanto que o valor de negociação não seria uma boa referência para o valor justo. Usando modelos internos, eles registraram baixa de 21%.
Os auditores emitiram parecer sem ressalva nos dois casos, sendo que a Deloitte checa os números do RBS e é uma das três que avalia o balanço do BNP Paribas.
A divergência levou Hans Hoogervorst, presidente do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), que é o órgão que emite as regras do IFRS, a escrever uma carta aos reguladores europeus para manifestar sua discordância quanto ao julgamento de que os mercados não estariam líquidos.
Segundo Amaro Gomes, único brasileiro no conselho do Iasb, o IFRS pede que as empresas divulguem a melhor informação possível dentro do seu julgamento. Apesar de reconhecer que pode haver tratamentos distintos em determinados momentos, ele avalia que a "disciplina de mercado" levará a práticas semelhantes. "Não é a norma que vai resolver, mas a reação do mercado, de analistas, reguladores, auditores e administradores", afirma.
Convergência Adiada - Fernando Torres - Valor Econômico - 21 set 2011
Existe outra razão não citada no texto: as normas internacionais permitem mais de uma opção em diversos casos.
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