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03 agosto 2011

Termômetro de Insolvência II


Termômetro de Insolvência

Por Alexandre Alcantara da Silva
(continuação)


Quando escrevi nosso livro de Análise de Balanço (SILVA, 2010) inseri um capítulo por título “Modelos estatísticos de previsão de insolvência”, para o qual obtive boas informações no artigo e na tese de livre docência de KANITZ: "Indicadores Contábeis e Financeiros de previsão de insolvência: a experiência da pequena e média empresa brasileira" (curiosidade: a tese, defendida em 1976, foi toda datilografada. É possível obter uma fotocópia junto a USP, pois é um excelente material para pesquisa). Posteriormente consegui o seu livro "Como prever falências", editado em 1978, onde o tema é apresentado de forma mais simplificada como o seu modelo foi desenvolvido.

No que pese a existência de vários modelos estatísticos para previsão de insolvência, uma coisa é certa e deve ser ponderada: a contabilidade brasileira padece de qualidade em seus balanços, em decorrência de alguns fatores, conforme já era citado por KANITZ (1976, p. 10-12):

a) sistema contábil ineficiente para captar de forma adequada as informações passíveis de escrituração;
b) falta de consciência quanto a princípios contábeis no Brasil, pois não havia à época um órgão que efetuasse pesquisas neste sentido;
c) a adulteração de balanços; e
d) a prática do window dressing (contabilidade criativa).

O cenário não mudou muito desde 1976, grande parte do empresariado brasileiro ainda não vislumbra a contabilidade como ferramenta de gestão, especialmente entre os pequenos e médios empresários. Esperamos que muito em breve nos livremos do jeitinho brasileiro de, na hora da necessidade, elaborar um “balanço perguntado” para satisfazer as necessidades dos analistas de crédito (vide artigo indicado sobre este tema). Alguns afirmam que com a convergência do Brasil às normas internacionais de contabilidade e de auditoria a qualidade das demonstrações contábeis irá melhorar. Esta é outra história, ainda precisa de muita pesquisa para revelar-se verdadeira.

Quando da leitura da tese de livre docência e do livro de KANITZ observei que em ambos, na referência bibliográfica, consta referenciado um livro de Lopes Sá: "Curso Superior de Análise de Balanço". Achei interessante que em uma tese defendida na USP constar uma referência à obra de Lopes Sá (dentre outros autores brasileiros também referenciados como: Arnaldo REIS, Aulos FRANCO, R. M. TREUHERZ, e N.H TUNG).  Intrigado com isto, em uma das conversas que mantive por telefone com o saudoso Prof. Lopes Sá o mesmo me relatou que havia participado anteriormente, em 1973, da banca de Doutorado de Kanitz, ou seja, antes do que ele chamava de conversão da USP ao modelo "estadunidense".

Movido pela curiosidade, eu fui dar uma lida no livro de SÁ sobre Análise de Balanço, onde verifiquei que o mesmo, quando mais jovem foi pioneiro no Brasil na análise de grande volume de balanço de empresas (7.100 balanços entre 1953 a 1957)  com vistas a identificar o perfil ideal de equilíbrio da empresas brasileiras (SÁ, 1977, p. 24-28; SILVA, 2010, p. 18-19 - vide tópico 2.2.1).

Em sua obra SÁ (1977, p. 25 – a primeira edição é de 1953) faz menção aos estudos realizados no início do Séc. XX pelo alemão SCHAMALENBACH, que tentava avaliar o impacto da inflação e do tempo sobre a análise de balanço, declarando a ineficácia das análises das situações estáticas, em contraposição à teoria dualista de SCHMIDT. Os trabalhos destes autores alemães são posteriormente citados por TINOCO (1992) em seu trabalho sobre avaliação patrimonial.

Termômetro de Insolvência III


Termômetro de Insolvência

Por Alexandre Alcantara da Silva
(continuação 2)


Em outro trecho, comentando o resultado de sua pesquisa, SÁ (1977, p.25) expõe:

Quando observamos, por exemplo, as proporções que de­vem ser guardadas entre o volume dos créditos cedidos aos clientes e o dos recebidos de fornecedores, não nos é possível ficar alheios aos pontos de conexão no tempo, relativamen­te aos investimentos e financiamentos em créditos. A im­portância da análise das situações na dinâmica é que nos conduziu à elaboração da teoria da proporção definida dos valores, que chamamos de ponto de equilíbrio do capital (ver nosso livro "O Equilíbrio do Capital das Empresas").

Observamos, pela análise de milhares de balanços, que existem proporções certas nas combinações dos valores de acordo com o giro ou a velocidade dos mesmos no tempo e com o processo da formação do rédito. Enunciamos a primeira das leis a respeito:

"Os valores que se combinam para a formação da estrutura do capital de funcionamento das empresas guardam entre si relações constantes".

Imagine como deve ter sido trabalhoso fazer este levantamento no final da década de 1950 por SÁ e por Kanitz na década de 70.

Ao abordarmos a questão do uso de indicadores setoriais obtidos através de publicações especializadas fizemos um breve comentário sobre a primeira edição da revista EXAME Melhores e Maiores (SILVA, 2010. p. 89 – nota de rodapé), para demonstrar como era complexo trabalhar como tão grande volume de dados antes do advento da microinformática.

A primeira edição da Revista Melhores & Maiores – uma raridade que encontrei na Biblioteca do Senado – saiu em setembro de 1974, sob a direção do Prof. Stephen Kanitz, e foi chamada “Os melhores e os maiores”. A capa destacava que seriam apresentadas as 500 maiores empresas privadas por vendas e as 50 maiores empresas estatais e como se comportou cada setor. No texto de apresentação – “como foi feito” – encontramos uma pérola do “recurso tecnológico” utilizado na elaboração do ranking. Veja uma parte do texto:

“Durante oito meses – a partir de 16 de dezembro de 1973 – foram examinados mais de 10 mil balanços de empresas. Chegou-se, com isso, a uma seleção de 1.600 balanços, que foram então analisados em profundidade. Os dados recolhidos em cada balanço foram passados para cartões de computador, de modo a permitir o processamento eletrônico – único meio de tornar viável um empreendimento de tal porte, em que foram efetuados cerca de 18 milhões de cálculos e consumidas 212 horas de computador.”

Termômetro de Insolvência IV


Termômetro de Insolvência

Por Alexandre Alcantara da Silva

Ao longo dos anos identifiquei vários artigos sobre indicadores de insolvência. Ao final apresento uma seleção de alguns destes artigos. Creio que os mesmos podem ser sugeridos a alunos que desejam fazer uma pesquisa sobre o tema em seu trabalho de conclusão de curso, ou ainda como referência complementar para disciplina de Análise das Demonstrações Contábeis.

Dentre os artigos indicados destacamos:

a)    KASSAI & KASSAI - desvendam o modelo de insolvência de KANITZ, demonstrando como a técnica pode facilmente ser realizada utilizando uma planilha eletrônica, muito mais simples do que a forma adotada por SÁ e KANITZ;
b)    ALTMAN - dois artigos produzidos pelo professor americano, um dos mais citados pesquisadores sobre o assunto, sendo que um dos artigos foi escrito em parceria com dois professores brasileiros; e
c)    BRUNI, FAMÁ e MURRAY - trazem uma avaliação crítica de cada um dos vários modelos desenvolvidos no Brasil.

Caso o leitor tenha material adicional sobre o tema nos enviem (alexandre@alcantara.pro.br), ficaremos gratos.

REFERENCIAS

KANITZ, Stephen Charles. Como prever falências de empresas. Revista Exame. São Paulo: Abril, dez. 1974. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/61123852/ComoPreverFalenciaEmpresa-Kanitz-2> Acesso em: 01 ago. 2011

__________. Indicadores contábeis e financeiros de previsão de insolvência: a experiência da pequena e média empresa brasileira. 1976. Tese (Livre-docente) – Faculdade de Economia e Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo.

__________. Como prever falências. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978.

__________. Os próximos 20 anos serão de ouro II. Disponível em: http://blog.kanitz.com.br/2010/11/os-p.html> Acesso em: 01 ago. 2011

SÁ, Antônio Lopes de. Curso superior de análise de balanço. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1977. 2 v.

SILVA, Alexandre Alcantara. Estrutura, análise e intepretação das demonstrações contábeis. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010

TINOCO, João Eduardo Prudêncio. Avaliação patrimonial em contabilidade á valores de entrada e saída. Caderno de Estudos nº 06, São Paulo, FIPECAFI, Outubro/1992. Disponível em: http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad06/avaliacao.pdf> Acesso em: 01 ago. 2011

ARTIGOS INDICADOS

ALTMAN, Edward I. Financial ratios, discriminant analysis and the prediction of corporate bankrupcy. Journal of Finance, v. 23, nº 4, p. 589-609, Sept. 1968.

__________; BAIDYA, Tara K. N.; DIAS, Luiz Manoel Ribeiro. Previsão de problemas financeiros em empresas. Revista de Administração de Empresas. São Paulo, v. 19, nº 1, p. 17-28, jan./mar. 1979. Também disponível em:  http://rae.fgv.br/rae/vol19-num1-1979/previsao-problemas-financeiros-em-empresas >. Acesso em: 01 ago. 2011.

Assaf Neto, Alexandre; RIBEIRO, Evandro Marcos Saidel; RICI, Emerson Tadeu Gonçalves. Cálculo da duration como ferramenta auxiliar aos modelos de previsão de insolvência. Disponível em: http://www.institutoassaf.com.br/downloads/DURATION_MODELOS_INSOLVENCIA.pdf> Acesso em: 01 ago. 2011

Bruni, A. L., Murray, A. D. & Famá, R. (1998). Modelos Brasileiros Preditivos de Risco de Crédito: Um Estudo Exploratório Atual sobre as suas Eficácias. Periódico Tema, número 32, janeiro/junho, pp. 148-167. Disponível em: http://www.infinitaweb.com.br/albruni/artigos/a9801_Tema_Risco_Credito.pdf> Acesso em: 01 ago. 2011

Casa Nova , Silvia Pereira de Castro . SANTOS, Ariovaldo dos. Proposta de um modelo estruturado de análise de Demonstrações contábeis. RAE-eletrônica, v. 4, n. 1, Art. 8, jan./jul. 2005. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/raeel/v4n1/v4n1a04.pdf > Acesso em: 01 ago. 2011
Chuvakhin ,Nikolai; Gertmenian , L. Wayne. Bankruptcy Prediction in the WorldCom Age. Disponível em: http://www.ncbase.com/papers/BP.pdf > Acesso em: 01 ago. 2011

Como foi feito. Brasil em Exame: os melhores e os maiores. Revista Exame. São Paulo, set 1974. p. 4. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/61400153/EXAME-melhores-maiores-1974> Acesso em: 01 ago. 2011

CORRÊA, Ana Carolina Costa; MATIAS, Alberto Borges; VICENTE, Ernesto Fernando Rodrigues . Balanço Perguntado: Uma Metodologia de Obtenção de Demonstrativos Financeiros de Micro e Pequenas Empresas. Disponível em: http://www.ead.fea.usp.br/semead/9semead/resultado_semead/trabalhosPDF/52.pdf> Acesso em: 01 ago. 2011

KASSAI, José Roberto. Balanço perguntado: uma técnica para elaborar relatórios contábeis de pequenas empresas. Disponível em: http://www.humbertorosa.com.br/Banco_de_Artigos/Balanco%20Perguntado/Kassai_Balanco_Perguntado_Uma_Tecnica_Para_Elaborar_Relatorios_Contabeis.pdf> Acesso em: 01 ago. 2011

KASSAI, José Roberto; KASSAI, Silvia. Desvendando o termômetro de insolvência de Kanitz. EnANPAD 1998. Disponível em: http://www.anpad.org.br/evento.php?acao=trabalho&cod_edicao_subsecao=53&cod_evento_edicao=2&cod_edicao_trabalho=3552> Acesso em: 30 dez. 2006

MATIAS, Alberto Borges. SIQUEIRA, José de Oliveira. Risco bancário: modelo de previsão de insolvência de bancos no Brasil. Revista de Administração USP. São Paulo v. 31, n. 2, p. 19-28, abril/junho 1996 Disponível em: http://www.rausp.usp.br/busca/artigo.asp?num_artigo=155 > Acesso em: 01 ago. 2011

Sanvicente, Antônio Zoratto; Minardi, Andrea Maria A. F. Identificação de indicadores contábeis significativos para previsão de concordata de empresas. Outubro de 98. Disponível em: http://www.risktech.com.br/PDFs/indicadores_concordata.pdf  Acesso em: 01 ago. 2011


BRAGA, Roberto; MARQUES, José Augusto Veiga da Costa. Análise dinâmica do capital de giro: Modelo Fleuriet. Revista de Administração de Empresas. São Paulo v. 35, n. 3, p. 46-63, maio/jun. 1995 Disponível em: http://rae.fgv.br/rae/vol35-num3-1995/analise-dinamica-capital-giro-modelo-fleuriet> Acesso em: 01 ago. 2011

Gimenes, Régio Marcio Toesca; Uribe-Opazo, Miguel Angel. Previsão de Insolvência de Cooperativas Agropecuárias por Meio de Modelos Multivariados. Rev. FAE, Curitiba, v.4, n.3, p.65-78, set./dez. 2001 65. Disponível em: http://www.fae.edu/publicacoes/pdf/revista_da_fae/fae_v4_n3/previsao_de_insolvencia.pdf> Acesso em: 01 ago. 2011

Teste 509


A crise espanhola pode ter desdobramentos “interessantes”. Se um dos bancos espanhóis, o Bankia, tiver problemas financeiros, as pessoas irão olhar os empréstimos realizados pela instituição. Um dos empréstimos concedidos pelo Bankia foi realizado para que _______ fizesse um conjunto de transações milionárias, sendo dado em garantia certos “ativos”. Isto significa dizer que ______ é uma garantia na operação.

Hola! - fotografia
Museo del Prado - Goya
Real Madrid - Cristiano Ronaldo

Resposta do Anterior: Will Schuester, cujo personagem chegou a pensar de “desistir do seu sonho” e ser contador. 

Confusão

Hoje, gastos fixos - como salários, previdência, dívida e repasses a Estados e municípios - consomem R$ 9 de cada R$ 10 que o governo arrecada. Resta apenas R$ 1 para investir. (Estudo vê Dilma de ''mãos amarradas'' - Segundo levantamento, a cada R$ 10 arrecadados pelo governo, R$ 9 são gastos com despesas fixas e sobra apenas R$ 1 para investir - Lu Aiko Otta – Estado de S Paulo, 1 de agosto de 2011 – A6)

A intenção era boa, mas houve uma grande confusão entre gastos fixos, despesas fixas, investimento, despesas de custeio, etc.

Bloqueio de escritor: Depressão

Bloqueio de escritor: Depressão - Por Isabel Sales

Dizem que o bloqueio de escritor ocorre quando tentamos escrever antes de estarmos preparados. Quando você está escrevendo um trabalho de pós-graduação e passa por um bloqueio provavelmente está tentando escrever em prosa sem ter uma clara ideia do que pretende transmitir ou a estrutura com a qual deseja trabalhar.

No livro ”Demystifying dissertation writing” a autora Peg Boyle Single, Ph. D, descreve alguns motivos para que tenhamos o tal bloqueio de escritor. Pode ser em consequência ao seu perfeccionismo, procrastinação, impaciência, depressão. Pretendo falar sobre todos, em tempo, mas hoje vou focar a depressão.

De uma forma geral, estudantes parecem experimentar dois pontos mais baixos quando estão cursando a pós-graduação. O primeiro ocorre por volta do primeiro semestre. Como é de se esperar, cursos de pós-graduação são geralmente mais exigentes que os de graduação. Alunos que são excelentes na graduação são desafiados a um novo nível de desempenho. Estudantes que estiveram no topo de suas turmas estão agora na média. Assim, muitos alunos de mestrado mencionam largar durante as provas do final do primeiro semestre. Inclusive a autora do livro.

Peg conta que nunca se esquecerá da conversa que teve com seu pai, algo como: “pai, vou largar o curso de mestrado”. Ele abaixou o jornal, olhou pra ela e falou: “tudo bem. Apenas termine esse semestre e atualize o seu currículo. Você poderá conseguir um emprego como contadora”.

Silêncio. Ela havia voltado para a pós-graduação por querer uma alteração profissional. Ela tinha um grau de bacharel em contabilidade e após alguns anos trabalhando na área, percebeu que nunca seria feliz gastando suas horas de trabalho como uma contadora ou auditora. Quando conduziu entrevistas com alunos do primeiro ano da pós-graduação para a sua dissertação, percebeu que muitos consideraram largar ao fim do primeiro semestre também. Eles estavam estudando para provas finais e terminando trabalhos que os desafiavam muito além do que havia antes conhecido.

Peg terminou o primeiro semestre e considerou as suas opções durante as férias. Ela não atualizou seu currículo e voltou para a universidade no semestre seguinte. Uma ótima decisão. Apesar de ainda utilizar seu aprendizado contábil, é mais feliz investindo o seu tempo escrevendo e lecionando ao invés de reconciliando contas e auditando registros.

O segundo ponto baixo experimentado pelos alunos é logo antes da dissertação. A camaradagem é mínima. O alicerce fornecido pela estrutura do curso se foi. A única coisa a perseguir é um projeto em longo prazo. Frequentemente nesse momento os alunos experimentam o isolamento. Esse é o horário nobre para que a depressão venha rastejando e a falta de ânimo o impeça de prosseguir na dissertação. O apoio social é de grande importância durante um tempo como esses.

Peg iniciou seu próprio suporte social quando estava finalizando a sua dissertação. Ela pediu que três outros alunos se juntassem a ela em uma atividade semanal de escrita em grupo. Cada reunião era em sua mesa de café da manhã, um do grupo compartilhava seu trabalho por meia hora. Essa pessoa poderia enviar seu trabalho por e-mail ao resto do grupo antecipadamente para que todos pudessem revisar e dar retornos pontuais. Mais tarde o grupo compartilhava seu progresso da semana. Todos completaram a dissertação em tempo oportuno.

Muitas vezes o suporte social pode deter ou te tirar da depressão ou disforia, mas nem sempre. Se a depressão ou a disforia se tornar um obstáculo para você, procure ajuda profissional. A pós-graduação é estressante, assim como trabalhar no seu projeto de dissertação e contemplar a vida após o término do curso. Se você quiser procurar um terapeuta, pode ir ao centro de aconselhamento da sua universidade ou obter uma recomendação do seu médico principal ou de outros alunos do seu curso. Se você precisar de ajuda, por favor busque-a. Não trate isso de forma leviana.

Posteriormente falaremos de outros obstáculos.

Currículos criativos







Fonte: aqui (clique na imagem para visualizar melhor)

02 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Piadas sobre a Goldman Sachs

Você está dizendo "fraude" como se fosse uma coisa ruim – David Letterman

8,7 bilhões dólares do nosso dinheiro desapareceu no Iraque! Eu nem sabia que eles tinham uma Goldman Sachs por lá. - Jay Leno

Por que os funcionários do governo fizeram uma ação civil contra o Goldman Sachs? Isso só vai ser embaraçoso daqui a alguns anos, quando todos vão voltar a trabalhar na Goldman Sachs. - Stephen Colbert

Bem, o governo disse hoje que os piratas somalis detidos sob custódia dos EUA serão trazidos para cá e eles serão julgados por um júri de seus pares. Então, eu estou supondo que é da Goldman Sachs, não? - Jay Leno

Um homem só é fiel as suas opções - Chris Rock

O presidente Obama fez sua declaração de imposto hoje. Ele não deve muito em impostos. Ele tem um monte de dependentes. Ele tem sua esposa, duas filhas, AIG, General Motors, Goldman Sachs. - Jay Leno

A propósito, todas as piadas desta noite foram apresentadas por nossos amigos da Goldman Sachs. Então você não precisa se preocupar, eles ganham dinheiro se você rir ou não... - Presidente Obama

Na semana passada, o presidente Obama fez um discurso em Nova York, sobre seu plano para a reforma das regras em Wall Street, você sabia? E num momento embaraçoso, quando o chefe do Goldman Sachs estava passando pela segurança, ele foi convidado para esvaziar os bolsos e cinco senadores republicanos cairam. - Jay Leno

Links

História: A importância da Aula de Comércio no desenvolvimento da contabilidade em Portugal

Ouro é seguro?

A equação do Logo de Batman 

Empresa de Petróleo da China compra vinhos

Teoria do Gás e os problemas financeiros de um jogador de futebol

Photoshop: os piores momentos

A beleza da matemática

Teste 508

Este personagem de uma série de sucesso chegou a pensar em ser contador antes de assumir sua profissão atual:

ex-ladrão e falsificador Neal Caffrey, de White Collar
físico teórico Sheldon Cooper, do The Big Bang Theory
professor de espanhol Will Schuester, do Glee

Resposta do Teste Anterior: Eliseu Martins.

Impacto de mudanças na economia dos EUA

O mercado internacional está com os olhos fixos na decisão que o Congresso dos Estados Unidos precisa tomar até esta terça-feira (2) sobre a elevação do teto da dívida pública do país. A medida, em discussão há meses, é defendida pelo presidente Barack Obama para evitar calote aos credores externos. Professores da Universidade de Brasília dizem que aumentar o limite do endividamento é inevitável, mas informam que a decisão trará consequências para muitos mercados, incluindo o brasileiro.

O Brasil é o quinto maior credor da dívida americana. O país tem hoje cerca de US$ 210 bilhões em títulos do tesouro dos Estados Unidos. Apesar de remota, a possibilidade de não pagamento da dívida abalaria a economia nacional. “Haveria grande impacto nas contas brasileiras. O crédito seria encarecido e o país passaria a contar com menos reservas”, explica Adriano Benayon do Amaral, professor aposentado de Economia Internacional do Instituto de Ciência Política. Na análise do especialista, o calote poderia dificultar a oferta de capital e afetar o setor produtivo com o esfriamento do consumo e, em conseqüência disso, com retrações no mercado de trabalho.

Adriano Benayon lembra que, além de aumentar o teto da dívida, os congressistas americanos discutem cortes nos gastos públicos para evitar o calote. “Os conservadores querem cortes com os gastos sociais. O que seria penoso para os idosos e para a seguridade social”, diz. Com menos dinheiro em circulação na maior economia global, as exportações brasileiras também seriam comprometidas. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior apontam que, na última década, os Estados Unidos foram responsáveis pela compra de 16% de tudo o que o Brasil vendeu para fora.

O chefe do Departamento de Economia, Joaquim Pinto de Andrade, considera “fora de questão” a declaração de um calote. Ele diz que o congresso deve selar um acordo para afastar o risco. “De todo modo, a ameaça já foi muito ruim para todo mundo”, avalia. Ele considera que o episódio põe em xeque o papel hegemônico dos Estados Unidos e aponta a queda de credibilidade do país, classificado como bom pagador pelas agências internacionais. “Os países emergentes passarão a ocupar um papel ainda mais importante após a crise e devem aumentar a participação na economia mundial”, conclui.

Motivações políticas também interferem no momento econômico americano, segundo o professor de Direito Econômico, Marcos Faro de Castro. “O problema envolve as pretensões políticas dos republicanos que lutam contra a reeleição de Obama”, afirma. Segundo ele, qualquer que seja a decisão dos parlamentares, a desconfiança sobre a economia dos Estados Unidos tende a permanecer. “A medida é evitar o calote, mas pode não evitar o rebaixamento do triplo A americano”, diz em referência da classificação máxima conferida pela agência internacional Moody’s aos países que cumprem seus compromissos econômicos.

O economista Newton Marques, professor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares, considera inevitável o corte dos gastos nas despesas públicas norte-americanas. Ele diz que a diminuição de aportes na área social pode ser "um caos” nesse momento de crise, mas enxerga como positiva a possível redução com gastos militares. “Provavelmente os Estados Unidos terão que retirar suas tropas de alguns países e gastar menos com armamentos, o que seria um benefício para humanidade”.

A dívida americana chegou a US$ 14,3 trilhões em maio, valor máximo estabelecido pelo Congresso. A intenção dos governistas é ampliar esse teto em mais de US$ 2 trilhões e cortar gastos públicos de forma gradual para refrigerar a economia americana. O presidente Barack Obama tem feito apelos sistemáticos nas últimas semanas para que os parlamentares adotem as medidas necessárias para evitar “uma crise profunda” que seria fruto de um comportamento “imprudente e irresponsável”.


Fonte: Hugo Costa - UnB Agência

Dispersão da Beleza


A existência de sítios de relacionamento tem gerado pesquisas interessantes. Com uma extensa base de dados, alguns pesquisadores encontraram uma fonte quase “inesgotável” para novos achados. Uma destas pesquisa foi destaque em vários endereços da internet recentemente. (aqui e aqui, por exemplo)

O gráfico abaixo foi obtido no sítio do OK Cupid, um endereço de encontros na internet. De um lado, o número de mensagens recebido pelas mulheres. No eixo horizontal, a nota dada para sua “atratividade”.


É perceptível que quanto maior a atratividade, maior o número de mensagens. Mas existe um ponto interessante: uma mulher com uma nota elevada para sua aparência pode receber poucas mensagens! A foto abaixo mostra duas mulheres com notas parecidas de atratividade: 3,4 e 3,3. A segunda mulher recebe muito mais mensagens que a primeira. Qual a razão?

A explicação está na própria figura. A mulher do lado esquerdo recebe muitas notas “quatro”, alguns “três” e “cinco”, mas poucas notas reduzidas. Ou seja, existe um certo consenso que ela é bonita. Já a mulher do lado direito recebeu muitas notas “cinco” e “um”. Ou seja, existe divergência se ela é bonita ou não. Mas é ela que recebe mais mensagens dos potenciais candidatos: 2,3 vezes a média, enquanto a mulher do lado esquerdo recebe 0,8 vezes a média.

Parece existir algo curioso aqui: quanto mais os homens discordam da beleza de uma mulher, mais ela recebe mensagens dos pretendentes. O gráfico abaixo ilustra o número de mensagens em relação a média (eixo vertical) e a diferença de opinião dos homens, conhecida na estatística como dispersão. Quanto maior a dispersão, ou seja, quanto maior a diferença de opinião sobre a atratividade de uma mulher, maior o número de mensagens.

Qual a possível explicação desta “incoerência”? Se o leitor assistiu o filme sobre a vida de NashUma Mente Brilhante, deve lembrar-se de uma cena em que ele vai ao bar com alguns amigos. Na mesa oposta, um grupo de mulheres, onde se destacava uma muito bonita. Nash explica que a melhor estratégia é abordar a segunda mais bonita, não a mais bonita. Como todos os homens estarão interessados no maior “prêmio”, a concorrência para a segunda mais bonita é menor e as chances de sucesso são maiores. Trata-se de uma situação típica da Teoria dos Jogos.

O mesmo pode ser aplicado aos achados do sítio de relacionamento. Se um homem estiver interessado na morena da direita e ele suspeitar que outros fossem achá-la pouco atraente, isto significa menos concorrência. A chance de ela receber uma mensagem aumenta. A loura da esquerda será considerada “bonita” por quase todo mundo; um homem pensaria que o número de mensagens que ela recebe é grande e sua chance é pequena.

De posse disto, como a mulher pode aumentar o número de mensagens? Apesar de a atratividade ser difícil de ser mudada, a mulher pode influenciar na dispersão. A sugestão é interessante: utilizar algo que nem todos os homens gostam e destacar isto na foto. Por exemplo, uma tatuagem. Nem todos os homens admiram uma mulher com tatuagem. Ao colocar a foto destacando a tatuagem, isto provavelmente irá aumentar a dispersão.

Parecer do auditor


Os  Estados Unidos estão discutindo mudanças nos relatórios dos auditores. Entre as alterações, destaca-se:

a) Uma narrativa onde o auditor pode discutir questões relevantes, como riscos identificados. A idéia é facilitar o parecer do auditor. Este texto denomina-se Auditor’s discussion and analysis (AD&A).

b) Destaque maior para os parágrafos de ênfase, onde os assuntos mais significativos são tratados.

c) Maior responsabilidade sobre informações fora das demonstrações contábeis, incluindo o Relatório de Administração e outras informações.

d) Esclarecimento sobre a responsabilidade do auditor, esclarecendo linguagem e conceitos.

A nudez de Wall Street

A nudez de Wall Street - Por Isabel Sales

Três pessoas foram detidas pela polícia por volta das sete horas da manhã de segunda-feira (1/8) quando apareceram brevemente em vários estados de nudez em frente à Bolsa de Valores de Nova Iorque em Wall Street. Os réus, dois homens e duas mulheres, participavam de um trabalho de arte-em-lugares-específicos, “Ocularpation: Wall Street”, que exigia que eles ficassem pelados por cerca de cinco minutos.

A obra, criada pelo artista Zefrey Throwell, envolveu 50 pessoas representando as várias ocupações de Wall Street – corretores, secretárias, zeladores, tia do cafezinho – e dramatizando brevemente seus papéis antes de se despir ao longo da avenida. A ideia, segundo o Sr. Throwell, é expor as realidades do trabalho na artéria financeira da nação como um comentário sobre o estado da economia, apesar de que a maioria dos passantes apenas viu ‘pele’. “Ele está pelado!!! Deus tenha misericórdia” disse uma senhora, ao observar um 'artista' se despir de seu terno.

Leia (e veja) mais aqui (em ingles).

Contribuição dos Doutores


Consultanto 125 doutores titulados até 2005, uma pesquisa encontrou que:

Cerca de um terço deles nunca publicaram um artigo científico em periódicos ou eventos ou, se o fizeram, foi feito antes de 31/12/2004. Quanto às participações em atividades vinculadas à academia, evidencia-se o quadro de total concentração dessas atividades nas mãos de pouquíssimos doutores. A conclusão é que as retribuições que os doutores em Ciências Contábeis deveriam estar trazendo para a ciência, principalmente por terem estudado em uma instituição pública, não têm correspondido às expectativas.


Acredito que as duas principais explicações para este fato são:
(a) no passado, a pressão por publicação era muito menor.
(b) nem todos os doutores possuem a vocação para pesquisa e publicação. Alguns serão excelentes consultores, outros professores.

Polar


Num dos maiores escândalos financeiros da história do Chile, uma única rede de lojas de departamento conseguiu lesar 12% das famílias do país, colocando em cheque auditorias internacionais, ameaçando os pilares do sistema privado de previdência e trincando a vitrine liberal do primeiro presidente de direita a assumir democraticamente o governo do país em 50 anos.


A estratégia da Polar, uma das maiores lojas de departamento do Chile, consistia em, primeiro, dar crédito fácil a quem não podia pagar. Em seguida, as dívidas de clientes inadimplentes eram renegociadas ou repactuadas unilateralmente, várias vezes, com inúmeros encargos. Nos casos mais graves, a loja multiplicava essas dívidas em mais de 30 vezes, sem o consentimento do cliente. Em menos de um ano, 418.826 chilenos foram lesados. Mas o estrago pode ser muito maior - além das vítimas do crediário, milhares de donos de ações da Polar também acabaram pagando a conta, entre eles, fundos privados de pensão.


(...) Com a descoberta tardia da fraude, a queda nas ações da Polar foi uma questão de tempo. Em pânico, a Bolsa de Santiago suspendeu as vendas dos papéis por uma semana. Os acionistas eram iludidos por um truque da empresa, que apresentava milhares de "dívidas morosas" (que ela não tem expectativa de receber) como "dívidas vigentes". Isso era possível graças à maquiagem das renegociações. Com isso, a Polar parecia mais saudável do que realmente era. (...)

O Castelo de cartas da chilena Polar - Estado de S Paulo - 27 de julho de 2011 - N3

Música


Analisando mais de 4200 músicas que ficaram no top tem da Billboard, desde a década de sessenta até hoje, Shaun Ellis e Thomas Engelhardt chegaram a algumas conclusões interessantes

As músicas possuem em torno de 250 segundos, ou um pouco mais de 4 minutos. Mas existe uma tendência a aumentar ao longo do tempo


A DanceAbility tem aumentado no tempo.


A guerra de volume realmente existe: cada vez mais o som é mais alto:

01 agosto 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 507


Um pesquisador brasileiro está presente no último número da prestigiosa Accounting Review, fazendo uma resenha de um livro sobre a contabilidade. Qual é este pesquisador, bastante conhecido de toda a comunidade contábil brasileira?

Resposta do Anterior: Não é gasto e sim despesa. 

Onde moram as mulheres estressadas?

Onde moram as mulheres estressadas? - Por Isabel Sales

Uma pesquisa divulgou que na Índia as mulheres são mais estressadas que em outros países. Mas elas não estão sozinhas. Veja a lista a seguir:

1) Índia (87%)

2) México (74%)

3) Rússia (69%)

4) Brasil (67%)

5) Espanha (66%)

6) França (65%)

7) África do Sul (64%)

8) Itália (64%)

9) Nigéria (58%)

10) Turquia (56%)

11) Grã-Bretanha (55%)

12) Estados Unidos (53%)

13) Japão (52%)

14) Canadá (52%) // Austrália (52%)

15) China (51%)

16) Alemanha (47%)

17) Tailândia (45%) // Coreia do Sul (45%)

18) Malásia (44%) // Suécia (44%)

Por que tantas pessoas compram casas maiores quando se aposentam?

Por que tantas pessoas compram casas maiores quando se aposentam? - Por Isabel Sales

Antigamente os aposentados aproveitavam essa fase para se mudar para um lugar com o clima agradável, para uma casa menor, com menor necessidade de reparos e cuidados. Todavia, atualmente os aposentados trocam suas casas por outras maiores e por perto de onde residiu em sua fase adulta.

Pondera-se que uma das justificativas para isso seria o maior poder aquisitivo, possibilitando aos indivíduos comprarem casas maiores. Ou talvez o fato de a expectativa de vida ter aumentado, fazendo com que os cidadãos de terceira idade ainda se sintam dispostos a trabalhar de outras formas que não em seu emprego original, os incentive a continuar em sua vizinhança.

Outra hipótese aceitável é que uma casa grande próxima da residência dos filhos adultos poderia atrair visitas mais frequentes dos netos. Com o divórcio e os novos casamentos sendo uma ocorrência comum nas últimas décadas, é comum uma família com seis ou mais avós e avôs, incluindo-se aí os pais dos padrastos. A demanda por visitas dos netos aumentou, mas a oferta de visitas não. Portanto, os avôs talvez esperem aumentar sua quota de visitas se construírem uma casa espaçosa, atraente, num local conveniente.

Mais uma possibilidade seria o fato de que os filhos não mais saírem cedo de casa, ou logo que o segundo grau acaba, como em outros países. Assim, mesmo que os pais aposentem, querem continuar a ter casas grandes e luxuosas para garantir que seus filhos queiram ficar sob seus cuidados por muito tempo. Tendo em vista o poder aquisitivo dos jovens, compensa mais economizar o aluguel e morar com os pais a buscar a independência nesse aspecto. Deste modo, quanto mais confortável e acolhedora a casa, maior será o salário mínimo exigido para que um filho considere sair de casa algo recompensador.

Adaptado de: FRANK, R. H. O naturalista da economia. Rio de Janeiro: Best Business, 2008.

Ratings dos Títulos

Fonte: aqui

Big Four no Reino Unido


O Office of Fair Trading (OFT), da Inglaterra, está recomendando uma "investigação exaustiva" sobre a competição nas empresas de contabilidade.

A KPMG reagiu dizendo que já existe concorrência baseada no mercado.

A Deloitte a princípio concorda com medidas para melhorar a concorrência, sem perder a qualidade, prejudicar o Reino Unido como local de negócios.

PwC afirmou que o mercado é competitivo.

A Ernst & Young apóia as medidas, desde que a restrição não fique somente para as Big Four.

Gerenciando hospitais


Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos tentou determinar se a gestão de um hospital por parte de um médico produz melhores resultados que uma organização gerenciada por um administrador profissional.

Comparando indicadores de desempenho dos dois grupos de hospitais (chefiados por médicos x chefiados por administradores), Amanda Goodall, a autora do estudo, encontrou que o primeiro grupo são de organizações com melhores índices.

Entretanto, boas organizações devem ser avaliadas ao longo do tempo, não de forma estanque. Este é um ponto não considerado na referida pesquisa, o que enfraquece as conclusões obtidas.

Viciados em parcelar


Os programas especiais de parcelamento de dívidas criados pelo governo nos últimos 11 anos criaram uma legião de viciados em renegociações. Empresas e pessoas físicas em débito com a Receita Federal e Previdência Social têm pago apenas as primeiras parcelas e depois abandonam os pagamentos à espera de novo perdão e nova renegociação. A estratégia tem funcionado. Desde 2000, já foram lançados quatro parcelamentos e as dívidas nunca são quitadas. (...) 


(Fisco cria viciados em parcelar dívidas - Estado de S Paulo, 15 de julho de 2011, p. B1)

31 julho 2011

Rir é o melhor remédio

Adaptado daqui

GOL e a revisão das projeções para 2011

A Gol terminou a sexta-feira valendo R$ 893 milhões a menos do que começou o dia. O valor de mercado da companhia passou de R$ 4,13 bilhões para R$ 3,24 bilhões entre quinta e sexta-feira, segundo informações da Economática.

A queda no valor de mercado é consequência da desvalorização de 21,6% dos papeis da companhia no último pregão, a maior queda em um único dia desde que estreou na bolsa de valores, em 23 de junho de 2004.

A desvalorização brusca da companhia foi uma reação do mercado para a revisão das projeções para 2011, anunciadas nesta sexta-feira. [...]


Valor de mercado da Gol derrete R$ 893 milhões em um dia. Marina Gazzoni e Aline Zampieri, iG São Paulo

Sono mono, bi ou poli?

Sono mono, bi ou poli? – Por Isabel Sales

Você às vezes tem a sensação de que 24 são poucas horas para que você faça tudo o que gostaria ou deveria fazer? Isso porque, além das nossas obrigações, temos que dormir algumas horas para reabastecer o organismo, não é mesmo?

Quando eu estava tendo aulas no mestrado tinha um amigo que defendia o sono polifásico: você estuda, dorme um pouquinho. Acorda, termina um paper, dorme mais outro bocado. E assim até que a noite ou as suas obrigações (ou você) terminem.

Segundo a Wikipédia, “O sono polifásico é um padrão de sono alternativo no qual o tempo dedicado ao descanso pode ser reduzido em até duas horas por dia sem causar danos a saúde. Ele é atingido pela separação do período de sono em momentos mais curtos e espaçados. Historicamente foi utilizado por pessoas engajadas em atividades que não permitem longos períodos de sono, como velejadores, astronautas. Acredita-se que tenha também sido utilizado por diferentes motivos e de diferentes maneiras por personalidades como Leonardo da Vinci, Lord Byron, Benjamin Franklin, Nikola Tesla, Thomas Edison, Wiston Churchill e Napoleão Bonaparte.”

Eu que sou uma adepta ferrenha de ao menos oito horas muito bem dormidas nem dei ouvidos. Quando durmo pouco sou capaz de um péssimo gênio! A vida seguiu e eu continuei deixando a tarefa “dormir” como prioritária na minha lista de afazeres.

Imaginem a minha surpresa quando li que insônia não é prejudicial e que o sono bifásico era super normal antigamente. Pior! Não só era normal, como entre um sono e outro o pessoal saía de casa e ia fazer a social com o vizinho!

Segundo a pesquisa, dormia-se em dois blocos de cerca de quatro horas. No intervalinho, alguns ficavam ali, conversando com seu parceiro, outros se levantavam e iam cumprir afazeres, outros visitavam os vizinhos, trocavam umas idéias antes de voltar a dormir. Que cena fantástica!

Aparentemente a lâmpada de nosso querido salva-pátria Thomas Eddison foi uma das “culpadas” para que esse oba oba terminasse. Antes dela, em um país em que a noite durava cerca de catorze horas, as pessoas não tinham muito a fazer no escuro, a não ser dormir. Com Eddison e a Revolução Industrial os hábitos mudaram, permitiram que fossemos mais produtivos por mais tempo e reduziu-se a quantidade de horas dormidas. Assim, se tornou suficiente dormir de uma vez por toda a noite.

Todavia, o estudo concluiu que dormir de forma bifásica é um padrão de sono mais natural e faz bem à saúde. Claro que temos que analisar bem a pesquisa, ver a amostra, se já foi replicada e toda a base para as conclusões de forma a verificar a sua validade. Enquanto isso, continuo dando apoio aos pesquisadores que me deixarem dormir oito ou dez horas por noite.

Custos de Transação

Custos de Transação - Por Isabel Sales

Os custos de transação – CT presentes no estudo de Coase (The nature of the firm, 1937) são os custos ao qual incorre uma empresa quando essa recorre ao mercado, ou os custos que incidem ao se localizar outro agente disposto à transação, sendo muitas vezes necessário utilizar um contrato (contratação de advogados, manutenção de registro, troca de documentos).

Fiani (A natureza multidimensional dos direitos de propriedade e os custos de transação, 2003) afirma que a teoria dos CT elabora um conjunto de condições que torna esses custos expressivos: racionalidade limitada, complexidade e incerteza, oportunismo e especificidade de ativos. O autor explana que a racionalidade limitada parte do princípio que o ser humano possui restrições frente ao leque de possibilidades existentes em uma transação comercial; isso pode ser exacerbado em situações nas quais há complexidade e incerteza, fazendo com que os gestores não consigam estabelecer antecipadamente uma árvore de decisões. Tal ambiente pode, também, propiciar a atuação oportunista dos agentes econômicos, associada à manipulação da assimetria da informação para se apropriar de benefícios. Fiani (2003) ressalta, ainda, que a especificidade dos ativos diz respeito àqueles que possuem determinadas características para atender a uma transação em especial, deste modo há redução da oferta dos produtos e da demanda em consequência a sua peculiaridade. Assim, quanto menor a especificidade dos ativos, menor a incerteza e menores os custos associados à utilização do mercado.

A contribuição de Willianson tornou a teoria mais previsível ao identificar características específicas das transações. Nesse ambiente, há dois tipos de custos de transação que afetam diretamente o desempenho das unidades econômicas participantes. O primeiro envolve os custos ex ante de negociar e estabelecer as contrapartidas e salvaguardas do contrato. Esses ocorrem, com maior intensidade, em situações nas quais é difícil estabelecer as condições prévias para que a transação seja efetuada de acordo com os parâmetros estimados. O segundo tipo abrange os custos ex post de monitoramento, renegociação e adaptação dos termos contratuais às novas situações e se apresentam em quatro formas:

- Custos de má-adaptação advindos dos efeitos ocasionados pelo surgimento de eventos não projetados;

- Custos de realinhamento, incorridos ao haver esforços para renegociar e corrigir a performance das transações cujas características foram alteradas ao longo do tempo;

- Custo de montar e manter estruturas de gestão que gerenciem as diferenças que eventualmente apareçam;

- Custos demandados para realizar comprometimentos, criando garantias de que não existam intentos oportunistas.

Além do que foi apresentado, há ainda muito que se falar sobre os custos transacionais e as contribuições de Couse. Há, inclusive, uma discussão sobre a forma que a academia a vem ensinando. Butler e Garnet (Teaching the Coase Theorem, 2003) estudaram 45 livros de microeconomia e descobriram que 80% representam de forma distorcida os argumentos de Coase, principalmente quanto às externalidades. Isso se correlaciona aos CT no momento em que os livros tomam como ideal um ambiente em que esses são inexistentes, tendo em vista que tal exemplo foi utilizado apenas para ressaltar a importância da consideração dos custos transacionais e não como possível cenário real.

30 julho 2011

Rir é o melhor remédio

O segredo da levitação. Fonte, aqui

Estamos ligados



Uma bela propaganda do WWF

Empresas versus governo americano


A Apple tem atualmente mais dinheiro disponível do que o Tesouro dos EUA, observa o jornalista Matt Hartley, do diário canadense “National Post”.

Ele notou que o Tesouro teve um saldo de US$ 73,768 bilhões no balanço operacional do dia 27, enquanto a Apple, segundo os dados mais recentes, tem US$ 75,876 bilhões em caixa. O primeiro valor, diz o autor do texto, corresponde a quanto o Tesouro tinha à disposição naquele dia.

O próprio jornalista, no entanto, reconhece que os dois valores “não são diretamente comparáveis”. Os recursos do Tesouro estão relacionados com um “teto arbitrário de endividamento”, que pode ser elevado a qualquer momento, enquanto o da empresa corresponde à reserva que a companhia juntou e que não pode ser elevado por meio da lei.

Empresas versus governo

Outra comparação entre do governo americano e do setor privado, neste momento de crise da dívida, foi feita recentemente pelos jornais “The Wall Street Journal” e “Financial Times“. Ambos chamaram atenção para o fato de que quatro companhias gigantes dos EUA estão mais bem avaliadas pela agência de classificação de risco Standard & Poor’s do que os títulos do governo americano.

Microsoft, ADP, Johnson & Johnson e Exxon têm nota AAA, a classificação mais alta que a S&P atribui a um papel. Os títulos dos EUA também têm essa nota, mas estão com “perspectiva negativa” (podem ser rebaixados em breve), enquanto essas empresas não.



Apple tem mais dinheiro disponível do que o Tesouro dos EUA. Sílvio Guedes Crespo. Estadão.

Partidas dobradas


Eis um exemplo interessante do poder das partidas dobradas:

A CBF encaminhou uma planilha (quitações por conta administrativa) onde informa que, em 2009, a Federação Maranhense de Futebol recebeu R$ 440 mil. Em 2010, o repasse foi de R$ 400 mil. Este ano, somente até o mês de junho, a CBF já repassou a quantia de R$ 180 mil. No total, entre janeiro de 2009 e junho de 2011, a FMF recebeu R$ 1 milhão e 20 mil reais.


O Balanço Financeiro da FMF, publicado no site da entidade e encaminhado para a Promotoria do Consumidor pela CBF, informa que, em 2010, teriam sido feitos dois depósitos: o primeiro no valor de R$ 320 mil e, o segundo, de R$ 240 mil. No total, teria sido repassado, somente em 2010, a importância de R$ 560 mil. Bem diferente dos R$ 400 mil informados pela CBF.


No entanto, em entrevista esta semana, o presidente da Federação Maranhense de Futebol, Alberto Ferreira, disse que ocontador Josafá Lopes do Nascimento, responsável pela contabilidade da FMF, se equivocou. Segundo Alberto, o repasse da CBF à Federação, em 2009, foi de R$ 420 mil e o mesmo montante teria sido repassado no ano seguinte. Somados, em dois anos, a CBF, segundo Alberto Ferreira, teria repassado R$ 840 mil, exatamente o que foi informado pela CBF.


Fonte: aqui

Observem de quem é a culpa...

29 julho 2011

Rir é o melhor remédio

 Sua casa vista por você:

Pelo comprador:
Pelo banco:
Pelo avaliador:


Pela prefeitura, ao cobrar o IPTU:
(Enviado por Nelma Tibúrcio, grato)

Teste 506


Uma notícia do Estado de São Paulo informava “Santander eleva em 11,8% gasto com devedores”. Você saberia dizer o que tem de errado no título do jornal?

Resposta do Anterior: Microsoft. Fonte: aqui

Links


A origem dos líderes

Um lance incrível no futebol australiano (vídeo)

Time de futebol joga para perder

Interior do Airbus 380 Emirates

Oscar de hackers

Um negócio nebuloso entre um russo e a Cosipar no Brasil

Brinquedos bizarros e inadequados

Cinco diamantes famosos

Maiores produtores de aço

Capital Fechado ou Aberto?


Capital abertou ou fechado? Esta decisão deve ser considerada levando em conta os prós e contras. Recentemente a discussão envolveu a venda de ações, sem abrir o capital, da empresa Facebook. No Brasil, a decisão da UOL em fechar o capital foi no mesmo sentido.

Ao abrir o capital a empresa pode (a) ganhar visibilidade; (b) obter recursos e (c) melhorar a gestão com adoção de práticas modernas. Não por acaso, empresas de capital aberto são de grande porte. Parece que neste caso existe uma relação entre tamanho e negociação das ações na bolsa.

Mas existem desvantagens. Talvez a principal delas seja a perda de controle. O caso clássico foi a saída forçada de Steve Jobs e Steve Wozniak da Apple, empresa fundada pelos dois. Para alguns casos, as exigências legais impostas as empresas de capital aberto, incluindo os controles, a evidenciação e a montagem de uma estrutura para atender os acionistas pode ser um fato negativo.

Um efeito da abertura de capital diz respeito ao custo do capital, em especial do capital prórpio. A medida mais usada para determinar este custo é dada pela seguinte expressão:

Custo do Capital Próprio = Retorno do Título sem Risco + Prêmio pelo Mercado x Beta

O que diferencia o custo de uma empresa de outra é justamente o beta. O beta geralmente varia em torno de um, sendo que valores maiores indicariam maiores riscos. Um beta menor do que a unidade revela que o risco da empresa é reduzido em relação as demais empresas.

De uma forma geral, acredita-se que a abertura de capital reduz o risco da empresa. Assim, o beta diminuiria. Damodaran tem uma estimativa de que a abertura de capital de uma empresa pode reduzir o beta de 2,4 – um beta alto, indicando um risco elevado – para 0,8.

Esta vantagem significa que os recursos terão um custo menor, podendo viabilizar vários projetos.
Neste sentido, algumas empresas estão adotando uma estratégia interessante. Para obter as vantagens de uma empresa de capital aberto, sem perder os bônus do capital fechado, têm-se adquirido outras empresas de capital aberto de menor porte, garantindo o acesso ao menor risco. 

Registro

O CMN (Conselho Monetário Nacional) determinou nesta quinta-feira que os bancos que venderem e comprarem carteiras de crédito terão que registrar essas operações em centrais de registro como a CCC (Central de Cessão de Crédito). Os registros serão feitos inicialmente apenas para carteiras de crédito consignado e veículos, a partir do dia 22 de agosto.


Bancos terão que registrar a venda de carteira de crédito - Folha de S Paulo - Lorenna Rodrigues

O estranho é que isto tenha acontecido somente agora.

Merenda escolar


Pelo menos 64 municípios brasileiros tropeçaram no uso de verbas federais para a merenda escolar e foram reprovados na prova de prestação de contas. De janeiro de 2008 a junho deste ano, o Tribunal de Contas da União (TCU) identificou o mau uso de cerca de R$35 milhões - valores atualizados - em recursos repassados pela União.

A quantia deveria ter sido empregada na compra de alimentos para escolas públicas municipais, mas se perderam no caminho. O dinheiro foi sugado pelo ralo de licitações fraudulentas ou, em muitos casos, nem chegou a ter o uso comprovado, desaparecendo dos orçamentos. 

(...) Para o professor da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira, que estuda administração pública desde 1975, as fraudes se proliferam por causa da certeza de impunidade que muitos prefeitos e gestores têm. De acordo com o especialista, a fiscalização ainda é falha e não acompanha todas as etapas do processo de compra: licitação, contratação dos fornecedores vencedores, entrega dos produtos, pagamento e prestação de contas. Ele ressalta que, além do TCU, a Controladoria Geral da União (CGU) faz fiscalizações nos municípios, mas o processo, chamado por muitos prefeitos de "roleta-russa", só chega às cidades sorteadas. 

- Hoje, a má aplicação dos recursos públicos é um dos problemas mais sérios do Estado brasileiro. Por trás dessas ações está a cultura da impunidade, a sensação dos gestores de que jamais serão alcançados. E quando são punidos, as medidas adotadas pelo TCU são condenações muitas vezes inócuas. A área de Educação é uma das mais sensíveis, por isso ocorrem muitas fraudes - afirma. 

Ainda de acordo com Matias Pereira, o caminho para inibir fraudes é a participação popular na fiscalização e na cobrança de punições para envolvidos em fraudes. O especialista chama a atenção para os conselhos fiscalizadores que muitas vezes têm ligação com políticos. 

- Há cidades onde o prefeito é quem indica os membros e detém o controle dos conselhos - ressalta o professor. 

O TCU chegou às 64 cidades após levantamento feito pelo Ministério da Educação. De acordo com o MEC, a análise das prestações de contas encontrou irregularidades maquiadas por notas fiscais frias e valores superfaturados. Prefeitos e gestores de recursos dos municípios onde foram encontrados desvios de verba foram condenados pelo TCU a devolver valores atualizados, equivalentes aos das verbas, e obrigados a pagar multas de R$2,5 mil a R$100 mil, podendo recorrer.(...)

MERENDA ESCOLAR É DESVIADA DE NORTE A SUL - O Globo (RJ) - 24 de julho de 2011

Eireli

Depois do MEI (Lei do Microempreendedor Individual), uma nova sigla entrou para o vocabulário dos empreendedores brasileiros depois que a presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou em julho deste ano a Lei nº 12.441/2011. A norma permite a constituição de micro e pequenas empresas sem a formação de sociedade, na forma de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli). A lei, que entrará em vigor somente em 8 de janeiro de 2012, além de corrigir o que especialistas consideram um equívoco no Código Civil, pode contribuir para diminuir o gritante número da informalidade no País, atualmente em 10 milhões de informais, segundo dados do Sebrae/RS. A exemplo das sociedades limitadas (Ltda), o novo formato de empresa deverá conter a expressão Eireli para diferenciá-la das outras. (...)


De acordo com a norma, o capital social mínimo exigido será de 100 salários-mínimos, o que representa R$ 54,5 mil.  (...) Na prática, responsabilidade limitada significa que os credores podem cobrar as dívidas desse empresário até o limite do capital social declarado por ele na abertura da empresa, não atingindo, portanto, os bens pessoais, salvo em casos excepcionais previstos em lei. A explicação é do presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS), Zulmir Breda, que também comemora a nova legislação. “Considerando que a grande maioria das empresas brasileiras está situada na faixa de micro, pequeno e médio porte, a criação da modalidade de empresa individual de responsabilidade limitada é mais uma forma de facilitar a vida dos empresários”, comenta o presidente, e reforça a ideia de que o Eireli “dá ao empresário individual o mesmo benefício atribuído à sociedade limitada”.


(...) A Lei nº 12.441/2011, ainda nem saiu do papel e já está causando polêmica. As empresas com natureza empresarial são registradas na Junta Comercial de qualquer estado. Porém, os cartórios de registros de pessoa jurídica também realizam abertura de empresas, mas de natureza simples. A Lei nº 12.441 não deixa claro qual o órgão terá a competência de fazer o registro da Empresa Individual de Responsabilidade Limitada (Eireli). A classificação entre sociedade simples e limitada é importante para se definir qual será o órgão de registro obrigatório dos contratos, se as juntas comerciais ou os cartórios de registro de títulos e documentos.


Os cartórios ainda têm dúvidas se poderão registrar essas novas empresas. Para o especialista em Direito Comercial e Oficial Interino do 4º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica de São Paulo, Graciano Pinheiro de Siqueira, a questão merece maior discussão. “A lei faz referência apenas ao Registro Público de Empresas Mercantis, quando deveria mencionar corretamente órgão de registro público competente”, comenta.


Siqueira embasa-se na definição do Código Civil que “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços” e que “não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa”.


Segundo ele, ainda pelo Código Comercial é possível que os cartórios realizem o registro, mas acredita que o tema vai merecer muitos simpósios para esclarecimentos da lei, comenta o especialista. “A partir dessa interpretação, haverá distinção entre as sociedades simples e as sociedades empresariais”.  Além do órgão oficial para o registro, Siqueira também critica o alto valor mínimo do capital social, de R$ 54,5 mil.


O presidente da Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs), João Alberto Vieira, também acredita que os cartórios poderão fazer o registro, mas ainda não sabe se a lei vai aumentar a demanda, pois acredita que, por ela ser muito recente, ainda gera incertezas e inseguranças. O Rio Grande do Sul ocupou a quarta posição em 2010 no volume de constituição de empresas no Brasil.

Empresa de responsabilidade limitada agora não requer sócio - Gilvânia Banker - Jornal do commércio

Olimpíada de Londres

Os preparativos para a próxima Olimpíada estão dentro do prazo e orçamento, com 88% das obras concluídas um ano antes da cerimônia de abertura. (...) Somado ao custo da Paraolimpíada, Londres gastará cerca de 9,3 bilhões de libras com o evento, marcado para começar em 27 de julho de 2012. A China gastou US$ 70 bilhões nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, enquanto Atenas, em 2004, custou mais de US$ 11 bilhões.


Sem atrasos, Londres terá a sua Olimpíada dentro do orçamento - Valor Econômico - 28 de julho de 2011 - Chris Spillane e Danielle Rossingh | Bloomberg (via aqui)

Que inveja...

Multas da CVM


A arrecadação deste ano com acordos em casos com indícios de crimes contra o mercado de capitais já ultrapassou a de 2010. Apesar de muitas empresas não fecharem os chamados termos de compromisso (TCs) com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), até o dia 22, foram celebrados 25 acordos, que resultaram em R$ 166,8 milhões em multas. Em todo o ano passado, foram firmados 64 termos, que somaram R$ 57,5 milhões.O número de acordos e multas pagas poderia ser maior. Mesmo com o incentivo do órgão regulador, a orientação de muitos advogados aos clientes acusados de infrações tem sido pela não assinatura dos acordos. O motivo seria a intensa divulgação das negociações pela CVM e o eventual reconhecimento da assinatura do termo como uma confissão de culpa. Neste ano, já foram rejeitadas 39 das 75 propostas apresentadas, de acordo com a CVM. Algumas ainda estão em negociação. Em 2010, foram negadas 131 das 249 ofertas. Em tese, tudo pode ser negociado, segundo o órgão, exceto crime de lavagem de dinheiro.


Apesar da resistência de advogados, o número de acordos tem se mantido estável nos últimos anos. Os valores arrecadados, no entanto, tem crescido. Em 2008, por exemplo, foram fechados 64 acordos, que somaram R$ 10,66 milhões. No ano passado, os 64 termos geraram R$ 57,5 milhões. Este ano, só a Vivendi desembolsou R$ 150 milhões [1]. Com o pagamento, que já foi efetuado, a empresa ficou livre da acusação de supostas irregularidades cometidas durante a aquisição da GVT, em 2009. (Indenizações geram R$ 166 milhões à CVM - Valor Econômico - Bárbara Pombo - 28 de julho de 2011, via aqui )

[1] Isto mostra que este é um evento fora do normal (outlier), que influencia o valor do ano. Sem este valor, seria 16 milhões, que não representa metade do ano anterior.