23 junho 2011
Recuperaçação econômica dos EUA
Este mês marca dois anos do término da recessão e início da recuperação econômica americana. No entanto,a recuperação foi tão fraca, que pode ser considerada como inexistente. O gráfico abaixo faz uma comparação entre a recuperação econômica após a crise de 1981-82 e a recente crise financeira.Após 1982, o PIB teve um crescimento real de 7% ao ano.Enquanto que, após 2008, o crescimento foi de apenas 2,8% ao ano.Além disso, o desemprego continua bastante alto.Jonh Taylor explica as falhas das políticas keyneysianas adotadas pelo governo norte-americano e propõe uma saída.
Uma das mais importantes discussões econômicas nos EUA gira em torno da redução do gasto governamental. A questão é : a redução dos gastos governamentais vai impulsionar a recuperação econômica ou vai limitá-la? Taylor defende que uma boa estratégia oçamentária irá ajudar na recuperação ,se as seguintes ameaças forem removidas: nova crise fiscal, impostos mais altos, aumento da inflação e taxas de juros altas. Segundo o economista, para equilibrar o orçamento sem aumentar os tributos, será necessário reduzir o crescimento dos gastos em 6 trilhões de dólares durante o perído de 10 anos.
Grécia e derivativos
Recentemente, foi noticiado que o risco Brasil é menor que dos EUA. No entanto, são dados referentes ao CDS negociados em um ano.São derivativos pouco negociados e diversos outros países também têm CDS de um ano menor que o americano, como por exemplo: Rússia, Chile, México, Casaquistão.A medida mais adequada para mensurar o risco país seria o CDS negociado em prazos mais longos (5 anos) ou através do EMBI (Emerging Markets Bond Index).
Qual é a importância do CDS (Credit Default Swaps)? O CDS é o único derivativo que conecta os bancos do mundo inteiro.Este derivativo protege os credores no caso dos países não pagarem suas dívidas.Além disso, foi este instrumento financeiro que colaborou para o colapso financeiro do American International Group.
A preocupação com a crise grega é crescente.O bilhonário pacote de ajuda à Grécia não deixa de ser uma ajuda aos bancos europeus. O NYT informa que na França e na Alemanha, os bancos são credores de 90 billhoes de dólares da dívida pública e privada grega.Além disso, o banco central europeu também possui boa parcela destas dívidas. Assim, um calote grego poderia gerar perdas em cascata para todo sistema financeiro europeu.Mas será que os bancos americanos estão livres desta ameaça? Ninguém sabe ao certo. Eles não são grandes credores gregos, no entanto, participam de forma vultosa no mercado de derivativos.
Portanto, se a Grécia der o calote , o banco europeu que possuir um CDS sobre a dívida grega ,assegurado por um banco norte-americano, terá direito a receber um pagamento deste banco.Não obstante, não se sabe ao certo quem possui estes CDS e quem é responsável pelo pagamento do seguro.A partir das evidências disponíveis, não parece que um calote grego teria o mesmo poder destrutivo do caso AIG. Será? Somente o tempo dirá.
Ser terceiro é melhor
Falando no Festival Cannes Lions, Malcolm Gladwell comentou uma mensagem simples, mas poderosa: ser terceiro (ou segundo) é melhor (e mais rentável) do que estar em primeiro lugar.
Usando a batalha de 1982 com Israel e Síria, Gladwell apontou a razão Israel ganhou (abateu 87 aviões sírios perdendo apenas 3 soldados): porque eles usaram as invenções dos outros. Ou seja, a Rússia e os Estados Unidos.
No exemplo de Gladwell a Rússia, tradicionalmente muito centralizadora, é excelente para o desenvolvimento de estratégia militar. Os Estados Unidos, com suas forças armadas descentralizadas e acesso a um setor privado é excelente em criar dispositivos intrincados e eficaz da guerra. Israel, pequeno e pobre, é excelente na implementação das estratégias e desenvolvimentos de outros para o seu sucesso.
Afastando-se do tema da guerra e com exemplos de empresas, Gladwell lembrou à platéia que Steve Jobs não inventou o computador pessoal, nem a sua interface gráfica do usuário. A Xerox, numa operação bem financiada com legiões de engenheiros e técnicos e com a cultura de inovação, inventou o que Jobs finalmente se transformou em um dispositivo acessível aos consumidores poderia compreender, usar e pagar.
Fonte: aqui
4ª Edição do MCASP
Com vistas à sua atualização anual, no dia 22 de Junho foram publicadas no Diário Oficial da União as portarias de aprovação da 4ª edição do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP).
A Portaria Conjunta nº 1, de 20 de junho de 2011, editada conjuntamente pela Secretaria do Tesouro Nacional e Secretaria de Orçamento Federal, além de alterar a Portaria Interministerial STN/SOF nº163/2001, aprova as Partes I – Procedimentos Contábeis Orçamentários, elaborado conjuntamente pela STN/CCONF e SOF, e VIII – Demonstrativo de Estatísticas de Finanças Públicas, elaborado conjuntamente pela STN/CESEF e SOF, da 4ª edição do MCASP.
A Portaria STN nº 406, de 20 de junho de 2011, editada pela STN, aprova as Partes II – Procedimentos Contábeis Patrimoniais, III – Procedimentos Contábeis Específicos, IV – Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, V – Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, VI – Perguntas e Respostas e VII – Exercício Prático, da 4ª edição do MCASP.
As portarias e as partes do MCASP encontram-se no seguinte endereço:
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/legislacao/leg_contabilidade.asp
As principais alterações em relação à 3ª edição consistem na atualização das classificações orçamentárias ante a Portaria Interministerial STN/SOF nº 163/2010, na atualização de registros contábeis referentes à repartição de créditos tributários, no ajuste da terminologia e orientações referentes ao tratamento e reconhecimento de ativos imobilizados, intangíveis e demais créditos - incluindo-se ajustes patrimoniais diversos (reavaliação, impairment, provisões, etc.), na atualização do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público e das Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público e na atualização da Parte de Perguntas e Respostas, com a divisão em tópicos por assunto e a inclusão das dúvidas mais comuns recebidas pelo "Fale Conosco".
Desta forma, o MCASP contribui para a promoção do desenvolvimento da Contabilidade Aplicada ao Setor Público no Brasil, fortalecendo-a institucionalmente e atuando como agente de transparência social, constituindo-se assim como ferramenta primordial para o sucesso do aperfeiçoamento da gestão pública.
Fonte: STN
22 junho 2011
Rir é o melhor remédio
Teste 492
Foi leiloado um violino Stradivarius de 1721. Para quem não conhece, este violino representa o que se tem de melhor em instrumento musical. E são raros. O último preço de um violino deste tipo foi de 4 milhões de dólares. O violino foi adquirido, em 1971, por 130 mil dólares. Considere este violino como uma mercadoria qualquer, antes de sua venda. O valor de 130 mil dólares corresponde ao ______. (Aproveitando, você seria capaz de deduzir o preço de venda obtido pelo violino?)
Resposta do Anterior: A conta de Lucros Acumulados (Infelizmente este blogueiro digitou errado o valor do capital social: 26 305 mil é o valor correto)
River
Em fóruns na internet e nas redes sociais, torcedores de rivais brincam que a equipe afundou devido à "má sorte" provocada por seus patrocinadores brasileiros.
Duas das três empresas que estampam suas marcas na camiseta "millonaria" são originárias do Brasil --a alemã Adidas fornece material esportivo ao clube.
A Petrobras é a principal patrocinadora do time de Buenos Aires. Parceira do River desde o primeiro semestre de 2006, aparece no peito e nas costas do uniforme.
A união com a Tramontina é mais recente. O acordo foi selado em fevereiro e permitiu que a empresa anunciasse nas mangas da camisa.
Juntas, elas pagam ao clube argentino pouco mais de US$ 3 milhões anuais (cerca R$ 4,8 milhões), valor irrisório para o mercado futebolístico brasileiro, onde o Flamengo fatura R$ 8 milhões apenas com as mangas. (...)
Apesar das piadas sobre uma possível "maldición brasileña", ter patrocinadores do vizinho com economia mais aquecida não é incomum para os argentinos. Oito dos 20 times do recém-encerrado Torneio Clausura, vencido pelo Vélez Sarsfield, têm apoio verde e amarelo.
Perto do rebaixamento, River Plate vive 'maldición brasileña' - Rafael Reis - Folha de S Paulo
Jogo da Confiança
O que leva um investidor que mal sabe onde fica o Brasil a destinar parte de seus recursos ao país? E que fatores o fazem sair do país tão rápido quanto entrou? Ou por que o estrangeiro confia mais que o brasileiro no mercado local?Para responder a essas perguntas, a advogada Anna Lygia Costa Rego, do escritório Trench, Rossie Watanabe Advogados, procurou 50 investidores, locais e estrangeiros e reguladores do mercado, para saber o que os faz confiar no país e o que mais eles temem. O resultado da pesquisa revela que alguns vícios dos grandes investidores são iguais aos de qualquer pequeno aplicador na hora de tomar decisões. O trabalho transformou-se em tese de doutorado defendida no ano passado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo.
Perguntados sobre se confiam no Brasil, 75% dos estrangeiros responderam que sim, número que cai para 45% no caso dos brasileiros. Segundo Lygia, isso mostra que os motivos para estrangeiros e locais confiarem no país são diferentes, apesar de os dados econômicos analisados serem os mesmos.
Para Lygia, há um certo exagero nas duas pontas. "De 1990 para cá, a confiança dos estrangeiros no Brasil melhorou muito, mas nem tanto com os locais", diz. Entre os brasileiros ouvidos estão representantes de corretoras, escritórios de advocacia e bancos. "Os outros 55% locais confiam desconfiando, são muito céticos com o futuro do país."
O principal problema do Brasil para os brasileiros é a morosidade do Judiciário, enquanto, para o estrangeiro, é a corrupção, diz Lygia. Já com relação à confiança, para o estrangeiro, é mais importante o retorno do investimento do que o arcabouço legal. Já para o brasileiro, o fator de confiança é a estabilidade econômica e o controle da inflação.
Um ponto importante na pesquisa de Lygia é que, depois do controle da inflação, o principal fator de confiança dos investidores locais é o crescimento econômico. Somente em terceiro lugar aparece a segurança jurídica, que deveria ser justamente o que garantiria o cumprimento das regras dos mercados. A explicação de Lygia é que, apesar de não ser citada, a segurança jurídica aparece subliminarmente. "Os reguladores também afirmaram que os fatores econômicos vêm antes na definição da confiança", diz.
O fundamento do trabalho de Lygia é que, apesar de toda a base racional dos investimentos, tudo está lastreado na confiança. "Se não confia na contraparte, ou o banco exige tanta garantia que torna a operação inviável ou nem faz." Confiança, admite ela, pode ser um tema abstrato, mas está presente no dia a dia de todos. "Um empresário tem de confiar em seus funcionários, senão a empresa não funciona, pois não há como fiscalizar todos o tempo todo", diz.
Ao mesmo tempo, sabe-se que reconquistar a confiança é um processo muito mais complexo do que criá-la. "Por isso resolvi trabalhar com essa variável no campo do investimento", afirma.
De acordo com ela, a primeira observação é que aumentar a regulamentação é a primeira medida para tentar recuperar a confiança abalada entre os agentes econômicos. Um exemplo disso é a lei americana Sarbanes-Oxley depois do caso da quebra fraudulenta da empresa de energia Enron em 2001. E que se repete hoje com a tentativa do governo americano de reforçar a fiscalização sobre os bancos e os derivativos depois da crise de 2008.
Segundo Lygia, apesar de a questão da confiança ser tratada por muitos grandes gestores internacionais de recursos como derivada de fatores técnicos, há uma questão afetiva e que envolve a psicologia do investidor. "Recorri a dois autores, os israelenses Daniel Kahneman e Amos Tversky, e sua ciência cognitiva, as escolhas irracionais humanas, para explicar como se dá a criação da confiança", explica.
Os estudos dos dois autores, que renderam a Kahneman o Prêmio Nobel de Economia de 2002, conseguiram convencer os economistas mais ortodoxos de que nem sempre a racionalidade é que comanda as decisões.
Ela dá os exemplos também de outros autores como Kenneth Arrow, que classifica que os países mais atrasados do mundo são os que apresentam maior falta de confiança de seus agentes. Cita também o ex-presidente do Fed, o banco central americano, Alan Greenspan, que se surpreendeu ao analisar os mercados dos EUA e concluir que todas as transações são feitas por necessidades espontâneas dos agentes e muitas delas são acordos verbais que depois são registrados oficialmente. Dessa forma, a confiança seria o maior valor de uma empresa.
Um exemplo de como essa confiança pesa no mercado é novamente o caso Enron. A descoberta das irregularidades em uma das maiores empresas do mercado americano abalou não só a confiança nas empresas, como também nas auditorias em geral e no mercado.
O que Lygia tenta mostrar é como a confiança entra na questão dos erros dos investidores, usando as teorias de Kahneman e da irracionalidade na hora da tomada das discussões. E como isso leva um investidor a confiar em determinado mercado e não em outro. O que fica claro é que, se um país perde a confiança dos investidores, ele demora a recuperá-la, mesmo que os fatores que tenham levado ao problema já tenham sido eliminados. Foi assim com o Brasil na década de 90 após a crise da dívida externa.
Isso é reforçado pelo fato de todos os investidores internacionais olharem apenas duas ou três fontes de informações, em geral grandes bancos ou agências de rating. Isso tudo acentua movimentos de manada como os que ocorreram na época das crises dos mercados emergentes nos anos 90 e mais recentemente em 2008. "O medo das perdas faz os investidores tomarem decisões rápidas e acompanhando o mercado", diz.
Lygia chama a atenção para o fato de que os investidores usam as mesmas palavras para definir a confiança, tanto na China quanto no Brasil. Uma das razões para isso é o efeito da imprensa como formadora de opinião e fonte das probabilidades de ocorrência de problemas.
Por isso, as pessoas usam exemplos de confiança dados pela imprensa para basear suas opiniões. "Hoje a confiança não é vista como uma questão técnica pelos investidores, assim como a transparência também não era há alguns anos", diz Lygia.
A proposta de Lygia é tentar criar um sistema para analisar os fatores que influenciam a confiança e usar isso como política pública, corrigindo os fatores que possam distorcer a imagem do país lá fora ou internamente.
Fonte: Angelo Pavini -Valor Econômico -21/06/2011
March
Mas se você tiver tempo, vale a pena ler sobre o March no texto do Valor.
Reconhecimento da receita
Posteriormente, a autoridade reguladora, o Conselho de Supervisão de Contabilidade das Companhias Abertas (PCAOB, na sigla em inglês), criticou a KPMG por permitira à Motorola contabilizar a receita no momento em que fez isso. A KPMG discutiu a tempestividade da transação com a Motorola e a Qualcomm, mas o PCAOB disse que a firma "falhou ao não obter evidências convincentes de um acerto para propósito de reconhecimento de receita no terceiro trimestre". Em outras palavras, a KPMG não teve um bom motivo para acreditar que o negócio não deveria ter sido registrado no quarto trimestre.
No entanto, o conselho supervisor não revelou ao público que isso ocorreu na Motorola. A fabricante de equipamentos de comunicação sem fio, hoje conhecida como Motorola Solutions, não reformulou os lucros para o período em questão. E não há sinais de que a Securities and Exchange Commission (SEC) fez uma investigação da contabilidade da Motorola, muito embora supervisione o conselho e tenha acesso às suas constatações.
Tudo isso é rotina para os policiais dos números da América. Desde a criação do PCAOB pela lei Sarbanes-Oxley em 2002, seus inspetores constataram falhas de auditoria por grandes firmas de contabilidade em centenas de companhias abertas dos Estados Unidos. Mesmo assim, sua política é manter em segredo as identidades desses clientes. (...)
Jonathan Weil - Bloomberg News – Publicado no Valor Econômico – 20 jun 2011 (via aqui) (Imagem, aqui)
Contabilidade Chinesa
A China Securities Regulatory Commission, a comissão de valores mobiliários chinesa, disse que está "ciente" das preocupações que outros reguladores têm sobre as contas financeiras de algumas empresas chinesas listadas no exterior e que tem mantido contato com esses reguladores.
"O contato é regular, como de costume", disse Yao Feng, vice-diretor-geral do departamento de contabilidade da CSRC, durante uma conferência realizada pelo Instituto de Auditores Independentes de Hong Kong. "Estamos cientes das preocupações."
A Securities and Exchange Commission (SEC), o regulador americano, suspendeu os registros de oito empresas da China desde dezembro, e mais de 24 revelaram, desde março, que o auditor havia saído ou problemas de contabilidade, segundo a presidente da SEC, Mary Schapiro escreveu em uma carta 27 de abril.
Reguladores e investidores aumentaram escrutínio de companhias chinesas negociadas no exterior em meio a alegações de problemas de contabilidade contra Longtop Financial Technologies, Modern Chaoda Agriculture e Sino-Forest.
"Se você olhar do ponto de vista da empresa, especialmente para aqueles que são do continente, elas não estão acostumadas a esse nível de cobrança regular", disse Ian Parker, do grupo de mercados de capitais da KPMG, na mesma conferência de Hong Kong.
A Muddy Waters, empresa especializada na China, disse em um relatório neste mês que a Sino-Forest exagerou o tamanho de suas florestas. A Sino-Forest, que negocia em Toronto, negou.
A SEC suspendeu as negociações em empresas tais como Heli Electronics, da província de Guangzhou, e Rino International, de Dalian, nos últimos meses.
As ações da Real Gold Mining, um produtor de ouro chinês negociado em Hong Kong, estão suspensas desde 27 de maio depois que o jornal "South China Morning Post" informou que a empresa pode ter arquivado dois balanços diferentes. Em comunicado, a Real Gold disse que estava em negociações com a Bolsa de Hong Kong sobre o assunto.
Fonte: Valor Econômico, 20 jun de 2011, via aqui (imagem, aqui)
21 junho 2011
Links
Iasb, Fasb e o reconhecimento da receita
Iasb, Fasb e o lucro
Provisão: Wal Mart ganha processo contra discriminação das mulheres nas suas lojas
Áreas Afins:
O paralelo entre Grécia e Argentina
Moody´s eleva a nota do Brasil
Como os economistas ganharam a II Guerra mundial ou Ornitologia econômica
Outros:
Dez razões: Torneio de tênis de Wimblendon é especial
Privatização aumenta ou diminui o consumo de álcool
Um gráfico fantastico sobre o mundo do super-heróis
O que é Acordo de Norwalk?
O acordo tem esta denominação por ter sido assinado na cidade de Norwalk, Connecticut, uma cidade com 85 mil habitantes, que compõe a região metropolitana de Nova Iorque. A cidade foi escolhida por também ser a sede do Fasb.
Para contabilidade, o Acordo de Norwalk é importante por formalizar um compromisso dos Estados Unidos em fazer a convergência com as normas internacionais de contabilidade. Na época o presidente do Fasb era Robert Herz, que renunciou no ano passado.
Comunicado técnico do Ibracon
O Comunicado Técnico 09/2011 destaca que Os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações Técnicos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), ainda não foram aprovados, em sua totalidade, pelo Conselho Monetário Nacional para serem adotados pelas instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Dessa forma, as práticas contábeis adotadas pelas instituições reguladas e autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil apresentam algumas diferenças em relação às práticas contábeis adotadas pelas demais entidades que, por determinação do órgão regulador ou do próprio Conselho Federal de Contabilidade, foram requeridas a adotar os Pronunciamentos, as Orientações e as Interpretações Técnicos emitidos pelo CPC.
Fonte: Ibracon
Normas de Contabilidade Pública 2
A figura mostra as palavras utilizadas na NBC TSP 1 que trata das normas de contabilidade pública. Observem que as palavras mais citadas no documento são "demonstrações, contábeis e entidade". Quando se retira estas palavras tem-se:
Outras palavras aparecem agora no destaque. É interessante os verbos "ser" e "devem".
Normas de Contabilidade Pública 1
É um avanço por duas razões. Em primeiro lugar, as Normas, mesmo com as correções ocorridas em 2009, apresentavam problemas teóricos. Na sua versão inicial chamava ativo de bens e direitos, por exemplo. Em segundo lugar, as Normas não estavam atreladas ao que estava acontecendo em outros países.
Sobre a presente proposta, vamos comentar inicialmente as vantagens e depois alguns problemas:
Vantagens: a) Existe um claro avanço na teoria. Ativos, por exemplo, são definidos como “recursos controlados por uma entidade em conseqüência de ventos passados e dos quais se espera que resultem fluxos de benefícios econômicos futuros ou potencial de serviços para entidade”. Ou seja, um conceito similar ao adotado pelo Fasb e Iasb. b) Acaba com as contas de compensação (apesar de existir a compensação de valores, que é outra coisa) c) A demonstração do resultado do exercício recebeu o tratamento apropriado como demonstração de desempenho financeiro. Além disto, permite uma flexibilidade na evidenciação, que pode ser por função de desepsa ou funções da entidade.
Problemas a) Existem repetições e definições confusas. Observe o que a norma diz sobre entidade econômica: “um grupo de entidades que inclui uma entidade controladora e uma ou mais entidades controladas”. Mais adiante deixa a entender que também se pode usar os termos “entidade administrativa, entidade financeira, entidade consolidade e grupo”. b) A tradução deixou escapar algumas características de outros países. Ao listar os itens de compõe o balanço, inicia-se pelo ativo imobilizado, usando a ordem inglesa do balanço. c) Ao fazer referência a outras normas, utiliza-se dos termos em língua inglesa: “NBC TSP 17, “property, plant and equipment””. d) A questão do capital, que compõe o Patrimônio Líquido, não ficou muito clara.
O importante é que podemos ter um debate sobre estes assuntos.
Padrões de Contabilidade Pública atrasam por atraso na tradução
A implementação de instrumento que deixará as contas públicas mais transparentes pode não estar pronta até 2012, quando a lei prevê que União e estados devem estar adaptados às novas normas contábeis com padrão internacional, similares ao modelo de International Financial Reporting Standard (IFRS) aplicado na iniciativa privada. (...)
O coordenador da Câmara Técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), e um dos membros do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), Nelson Mitimassa Jinzenji, concorda com Chiomento. "O governo está a trabalhar para que tudo fique pronto. É que essa adaptação demora mesmo", diz. Segundo ele, houve lentidão para que as normas, pertencentes ao International Federation of Accountants (Ifac) fossem traduzidas. "E o Ifac só aceitava liberar as regras depois que o CFC estabelecesse um contrato [com empresa] para a tradução. Isso levou um tempo", comenta. "Agora que já estão traduzidas, 14 regras estão a ser debatidas em audiência pública.Novos padrões contábeis em governos vão passar do prazo - Por Cosmo Luiz De França Quintiliano em 14/06/2011 - Fonte: aqui
Argentina troca Porsche por vinho
Desde o início do ano, quando ficou assustado com a deterioração da balança comercial, o Ministério da Indústria adotou a política do "um por um" nas importações de veículos. Para cada dólar importado, as montadoras precisam exportar outro dólar. Como muitas delas não têm sequer uma fábrica de parafusos na Argentina, precisaram fazer essa compensação em diversos setores - mecanismo aceito pelo governo.
Fonte: Daniel Rittner -Valor Econômico
20 junho 2011
Teste 491
Capital Social .... 23 305
Reservas de Reavaliação ... 20 937
Lucros (prejuízos) acumulados ... 86 340
Lucros (prejuízos) do exercício ... 23 274
Total do Patrimônio Líquido … 156 856
O que existe de estranho nestes valores?
Resposta do Anterior: 25 de erros. Provavelmente um valor muito elevado para qualquer contabilidade. Fonte: Telegraph
Incentivo
Notícia recente mostrava que:
Beneficiários do programa Minha Casa, Minha Vida pedem demissão do trabalho para se enquadrar no limite de renda para adquirir um imóvel financiado pela Caixa Econômica Federal. Famílias que receberam ontem as chaves de seus apartamentos, em Blumenau (SC), disseram ao Estado que largaram o emprego para ter renda familiar de até R$ 1.395, teto estipulado pelo governo para obter o financiamento.
Um dos casos era o seguinte:
"Eu tive que sair do meu serviço para ter acesso a isso. Na assinatura do contrato, tive que sair do emprego", afirmou Maria Janete da Silva, de 52 anos, que trabalhava havia 14 anos na Souza Cruz e assinou contrato com a Caixa no mês passado. Instalada numa moradia provisória, ela recebeu ontem as chaves do apartamento de 41,36 m², durante a cerimônia que contou com a participação de Dilma.
Janete contou que ganhava cerca de R$ 700 por mês atuando no controle de qualidade da empresa. Somando esse valor ao salário do marido, auxiliar de caminhoneiro, a renda superava o teto da Caixa. Ela optou pelo desligamento do emprego, pouco antes de apresentar a documentação ao banco.
Futebol
Francisco Gaiga, Florianópolis, SC
A regra não é clara: varia de acordo com o campeonato e o responsável pelo jogo. Nesse caso, a conta é quebrada porque, para cada sócio que comparece, o Avaí agrega à renda R$ 2,50 - simbólicos, já que os sócios não compram ingresso, pagam mensalidades. Como, no jogo que você citou foram 7 313 sócios avaianos, o dinheiro imaginário de R$ 18.282,50 foi responsável por 88% da renda.
Fonte: Super Interessante
Livros de negócios mais vendidos em junho
Essa é a lista publicada pelo jornal The New York Times, em 19 de junho, dos livros de negócios (paperback) mais vendidos na semana:
1º Drive, de Daniel H. Pink. Em português: Motivação 3.0, editora Elsevier – Campus.
2º The Checklist Manifesto, de Atul Gawande. Em português: Checklist – Como fazer as coisas bem feitas, editora Sextante.
3º The Big Short, de Michael Lewis.
4º The Tipping Point, de Malcom Gladwell. Em português: O ponto da virada, editora Sextante.
5º Freakonomics, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner. Em português: Freakonomics, editora Campus.
6º Too Big To Fail, de Andrew Ross Sorkin – Esse não apareceu na última lista que postamos.
7º Unfair Advantage, de Robert T. Kiyosaki.
8º Superfreakonomics, de Steven D. Levitt e Stephen J. Dubner – Também não apareceu na última lista que postamos. Em português: Superfreakonomics, editora Campus.
9º Predictably Irrational, de Dan Ariely. Também não apareceu na última lista que postamos. Em português: Previsivelmente irracional, editora Campus.
10º The Quants, de Scott Patterson.
Postagem anterior: livros mais vendidos em abril
Numb3rs
A série Numb3rs foi comentada no post Como gostar de métodos quantitativos :
"Trata-se de uma série de investigação que passou na televisão a cabo brasileira e foi lançada no mercado de vídeo. Em cada episódio, o FBI estava diante de um problema e um grande matemático ajudava o Bureau. Em cada episódio, pelo menos um novo método. Nos Estados Unidos a série era acompanhada de um material didático, com aplicações e exercícios. Mas mesmo sem esta ajuda, é muito interessante acompanhar os irmãos Eppes nas aventuras da série."
Cinco temporadas do seriado estão disponíveis para download aqui.
SEC X Agências de rating
As agências de rating como a Moodys, Fitch e Standard & Poor têm uma grande parcela de culpa pela crise financeira. Estas agências deram ratings "AAA" para milhares de títulos lastreados por hipotecas do subprime.
O Wall Street Journal informa que a SEC irá impetrar ações judiciais contra as agências de rating por seu papel no desenvolvimento da crise financeira. No entanto, a SEC não está fazendo nada a respeito do conflito de interesses entre as empresas que pagam pelo rating e estas agências.Em verdade, os investidores precisam de informação livre de conflitos.
Leia mais aqui.
Brasil faz 18 leis por dia
Mas, em vez de contribuir para a aplicação do Direito, boa parte dessa produção só serviu para agravar os problemas da máquina judiciária. A maioria das leis é considerada inconstitucional e acaba ocupando ainda mais os tribunais com a rotina de descartá-las. Outras, mesmo legítimas, viram letra morta, pois o juiz as desconhece ou prefere simplesmente ignorá-las. E outras têm a relevância de, por exemplo, criar o Dia da Joia Folheada ou a Semana do Bebê.
Fonte: Blog do Noblat
Os ensinamentos dos orientadores de pós-graduação
Os ensinamentos dos orientadores de pós-graduação via aqui:
Não existe nada mais antigo na pós-graduação que a relação de amor entre orientador e orientado. Mas seria injustiça dizer que os orientadores não exercem um papel fundamental na vida profissional de todo pós-graduando. Pensando nisso, elencamos algumas das lições valiosas ensinadas com todo o amor e paciência:
Meu orientador me ensinou hierarquia:
“É porque eu acho que fica melhor assim e pronto.”
Meu orientador me ensinou sobre antecipação:
“Espera só chegar a sua banca que você vai ver.”
Meu orientador me ensinou a ter paciência:
“Envie o trabalho para o meu e-mail que assim que puder eu corrijo.”
Meu orientador me ensinou responsabilidade:
“Se você não vier ao laboratório todo dia, corto a sua bolsa.”
Meu orientador me ensinou economia:
“Vou passar para você fazer os orçamentos do meu projeto.”
Meu orientador me ensinou redação:
“Isso está muito ruim, é melhor reescrever tudo.”
Meu orientador me ensinou sobre administração do tempo:
“Você tem que terminar esses artigos até amanhã.”
Meu orientador me ensinou didática:
“Preciso que você dê uma aula no meu lugar amanhã.”
Meu orientador me ensinou humildade:
“Um dia você vai saber tanto quanto eu.”
Meu orientador me ensinou sobre dedicação:
“O que é que você faz da meia-noite às seis?”
Meu orientador me ensinou sobre disponibilidade:
“Atendo alunos somente com hora marcada.”
Meu orientador me ensinou a importância do descanso:
“Você consegue terminar os resumos do congresso nesse final de semana?”
Meu orientador me ensinou a compartilhar:
“Vamos colocar os nomes dos meus outros orientados no seu artigo também.”
Abertura de empresa
A proposta acaba com a obrigatoriedade de incluir dois sócios na constituição de uma empresa. Dornelles chamou-o de "Projeto anti-laranja", porque, na maioria das vezes, alegou "o outro sócio não tem interesse na empresa, formando uma sociedade limitada originalmente fictícia, apenas para afastar o risco de afetação do patrimônio pessoal do empresário".
De acordo com o projeto, só o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas dela, excluindo-se o patrimônio pessoal do empresário. (...)
O texto aprovado pelos senadores prevê que a nova empresa jurídica tenha um patrimônio mínimo integralizado de pelo menos 100 salários mínimos (R$ 55 mil). A empresa individual de responsabilidade limitada só será obrigada a honrar dívidas no limite de 100 salários mínimos, ficando o patrimônio pessoal do empresário protegido.
Cai exigência de dois sócios para abrir firma - Estado de S Paulo, 17 jun 2011, B8
19 junho 2011
Alugar ou Comprar
Desde que as lojas de vídeo da Blockbuster tornaram-se bem-sucedidas, os consumidores têm a opção de escolher entre pagar menos para alugar um filme ou mais para comprá-lo. O cálculo geralmente se baseia na frequência com que os usuários acreditam que vão ver o conteúdo, mas fatores menos racionais são levados em conta, como o desejo de criar uma videoteca com os filmes de Truffaut, que você dificilmente veria, mas impressionaria os amigos.
O que preocupa as companhias de mídia é que os americanos tornaram-se “uma nação de locatários”, segundo recente análise de Michael Nathanson, do banco de investimento Nomura. Se antes eles alugavam DVDs na Blockbuster, o que dava aos estúdios US$ 1,45 por filme, agora eles preferem assinar serviços digitais como o da Netflix, cujo lucro é de US$ 1,25, ou usar quiosques de aluguel como o da Redbox, que pagam aos estúdios apenas US$ 1 por filme.
Com os consumidores se movendo da compra, que proporciona altas margens, para o aluguel, de margens baixas, a perspectiva é de que o lucro anual dos estúdios por residência caia de US$ 135 em 2005 para apenas US$ 89 em 2015, segundo projeção divulgada em março pelo banco Morgan Stanley.
A equação alugar-versus-vender é diferente na área de música, porque as pessoas que assistem à série “Família Soprano” só uma ou duas vezes, podem ouvir o álbum de uma soprano de ópera dezenas de vezes. No entanto, o acesso sob demanda por uma tarifa mensal muda essa equação, e o streaming ou os modelos de acesso adotados por serviços como Pandora e Spotify ganham terreno, enquanto os downloads continuam sob o mesmo ritmo.
No mundo digital, ter a propriedade de grandes arquivos de vídeo também engorda o espaço ocupado no disco rígido, estimulando os consumidores a buscarem os serviços de streaming. Por que, então, as empresas de conteúdo veem os novos serviços de armazenagem na “nuvem” como uma oportunidade adicional de crescimento? A Apple, com o serviço iCloud, e outras companhias encorajam o hábito de manter a propriedade do conteúdo: os usuários podem acessar, de qualquer aparelho, o conteúdo que eles já compraram.
(...) Qualquer um que já viu “Toy Story” vezes sem conta com seus filhos diria que comprar sempre faz sentido para alguns filmes. Com conteúdo atrativo, e o empacotamento correto, você ainda pode persuadir as pessoas a comprarem [conteúdo]. Desde a chegada dos Beatles ao iTunes, em novembro, 1,3 milhão de cópias digitais de seus álbuns foram vendidos, com a ajuda de “extras” como um documentário exclusivo. Em resumo, para os que os produtos empacotados do setor de mídia sobrevivam, as companhias de conteúdo terão de ser melhores na tarefa de embalá-los.
Mídia se debate entre comprar e alugar - Financial Times - Andrew Edgecliffe-Johnson - publicado no Valor Econômico de 16 de jun de 2011, via aqui
Cada um faz apenas o que estudou pra fazer....
"Tinha essa professora do ginásio que era bem mala mas que, sei lá, uma vez por mês soltava algo tão engraçado que eu adorava ela e ficava sempre na tensão sobre quando seria o ponto alto do mês.
O ponto alto do ensino médio veio em um dia em que a sala estava um caos, ninguém deixava ela falar. A gente já era bem velho pra isso, mas parece que um garoto e uma garota estavam resolvendo suas tensões sexuais na base da tesourada no cabelo, um grupinho antecipava a era fotologger com uma câmera analógia e outro atirava objetos pela janela.
A garota do amor cortês chegou no tablado da professora para reclamar de um tufo de cabelo amputado. No mesmo instante, o estojo de alguém foi arremessado na quadra e os trendsetters da analógica – qua haviam sido convidados pela professora a dar um passeio no SOE – vieram reclamar que ela não tinha esse direito.
A professora deu um chilique, chilique mesmo, histórico. Disse que ela havia estudado português:
- PORTUGUÊS. Eu estudei PORTUGUÊS, adjunto adverbial. Ninguém aqui me pede pra resolver a posição do sujeito. Esse me aparece – e ela puxava o braço do dono do estojo – com uma questão de polícia. A outra ali – e apontava para a careca – vem com uma questão de psicologia. O rebanho do canto vem com uma questão jurídica, eles querem um advogado porque eu não tenho “direito” de tirar aluno da sala. Eu não estudei nada disso, me perguntem o que eu sei.
Professora, eu também não estudei nada disso. No meu trabalho eu sinto – sinto todo dia – que sou mais designer gráfica ou secretária ou babá de fonte do que repórter. E acho que todo mundo sente isso, não tem como não sentir. No fim, o nosso trabalho, aquilo que a gente gosta de dizer que é o nosso trabalho, é só uns 5% do que a gente faz no ambiente de trabalho.
Todo mundo pratica antropologia, não importando a carreira nem o que estudou. Porque é todo um puta processo para a gente entender como falar com as pessoas, como mexer nos sistemas criados por elas e conseguir as informações retidas por elas e conseguir que elas fiquem caladas e no lugar delas ou que elas saiam do caminho e deixem a gente passar.
Eu trabalhei dez horas nas últimas dez horas e não vai rolar de me preocupar com o fato de que estou falando uma porção de obviedades, mas é isso, professora, quando você surtou eu super pensei que estava completamente certa, que o mundo deveria ser tipo um grande sistema Ford de produção em que cada um faria apenas o que estudou para fazer. Não vai rolar. Fico pensando se é o caso de voltar lá em Salvador, voltar lá na escola e te dizer o quanto não vai rolar.
Juliana Cunha"
O impacto social das universidades
Uma pesquisa da New Economics Foundation, em conjunto com universidades do Reino Unido, tentou quantificar o impacto social das universidades desta região.
Todos nós sabemos que o ensino superior é essencial para uma economia prosperar. Não obstante ,as universidades oferecem muito mais do que benefícios estritamente econômicos.
O desempenho das universidades é frequentemente avaliado de acordo com um conjunto limitado de indicadores, por exemplo, retorno financeiro para os estudantes e o impacto sobre o crescimento econômico. Tais avaliações são limitadas, pois ignoram o papel que as universidades desempenham na construção de uma sociedade mais forte e civilizada.
Assim, à luz dessas considerações, a pesquisa tentou mensurar o impacto social da educação universitária em termos de valores monetários, que fossem mais representativas do seu real benefício econômico. De acordo com o estudo, as universidades do Reino Unido contribuem com 1,31 bilhão de libras de valor social para a economia. Foram utilizados 3 fatores para a mensuração:
Higher interest in politics (measured through government willingness to pay for higher electoral participation); greater interpersonal trust (valued through the costs of home and personal security, and greater economic growth because of higher levels of social capital); greater self-reported health (valued through savings to the NHS, greater productivity through higher job and life satisfaction)
Várias críticas foram feitas à metodologia da pesquisa, como: baixa qualidade dos testes estatísticos, fatores utilizados na mensuração etc.Alguns acreditam que foi uma tentativa de valorizar a pesquisa.
18 junho 2011
Periódicos 2
1. Journal of Accounting Research
2. Journal of Accounting and Economics
3. Contemporary Accounting Research
4. The Accounting Review
5. Review of Accounting Studies
6. Journal of Business, Finance and Accounting
7. National Tax Journal
8. Abacus
9. Journal of Accounting Literature
10. Accounting, Organizations and Society
A lista predomina os periódicos positivistas, começando pelos primeiros colocados. É interessante a presença do CAR, um periódico relativamente recente, mas que se tornou de prestígio com os artigos de Ohlsen na década de noventa. A presença de um periódico específico sobre impostos, em sétimo lugar, mostra que existe lugar para boa pesquisa na área tributária. Abacus é um periódico australiano, na linha tradicional. Em décimo, AOS, um periódico avesso a pesquisa positivista, mas de elevado prestígio.
Periódicos
As autoras consideram que a existência de uma taxa de submissão, e o seu valor, indica que o periódico é muito procurado pelos melhores autores. Além disto, evita que textos de qualidade inadequada sejam submetidos. No Brasil, a pressão dos órgãos públicos que controlam a pesquisa no país, no sentido de que os periódicos sejam de livre acesso cria uma cultura de gratuidade. Ademais, como boa parte dos periódicos estão vinculados as instituições de ensino pública, a cobrança pode representar muito mais um problema do que uma solução.
Capitalismo no Brasil?
Um levantamento inédito de ÉPOCA identifica 675 empresas na órbita do governo federal e revela a extensão da interferência estatal na economia.
...O economista americano Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia em 2001, afirmou recentemente a ÉPOCA: “Não é o tamanho do Estado que importa, é o que o governo faz”.
De diferentes formas, o governo interfere na gestão de algumas das maiores empresas privadas nacionais, em setores tão distantes quanto metalurgia, criação de animais para abate ou telefonia. A teia de interesses estatais nos negócios é tão complexa, tem tantas facetas e envolve tantos conflitos de interesse que o próprio governo não consegue avaliá-la de modo preciso. Nem o Ministério do Planejamento, a que está ligado o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais, nem a Secretaria do Tesouro Nacional, que controla o caixa federal, sabem quantas empresas no país têm participação estatal. E não há, em nenhuma repartição de Brasília, um diagnóstico completo da atuação e da influência do governo sobre nossa economia.
Nos últimos três meses, uma equipe de jornalistas de ÉPOCA dedicou-se a desfazer o nevoeiro que encobre essa questão. Com o apoio da empresa de informações financeiras Economática, mergulhamos em relatórios ministeriais, balanços e planilhas de dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), das estatais, da Bolsa de Valores e das empresas privadas sob influência do governo. Restringimos nosso trabalho às participações do governo federal – um critério conservador para estimar o tamanho do Estado, por omitir as estatais em poder de Estados e municípios. No futebol da economia brasileira, o governo não é apenas juiz, bandeirinha, técnico, zagueiro e artilheiro ao mesmo tempo. Ele também corta o gramado do estádio, costura as redes e – se quiser – pode até mexer no tamanho das traves.
De acordo com o levantamento, existem hoje no país pelo menos 675 empresas de todos os setores com algum tipo de participação ou influência do governo federal. São participações diretas ou indiretas do Tesouro, dos bancos e das empresas estatais ou dos fundos de pensão (entidades híbridas, inegavelmente na órbita do governo). Dessas, o governo controla 276, se somarmos todos os tipos de participação. Levando em conta apenas as 628 empresas não financeiras, o faturamento soma R$ 1,06 trilhão, algo como 30% do nosso Produto Interno Bruto (PIB) ou 2,5 vezes as vendas dos 50 maiores grupos privados nacionais . Nas 247 empresas não financeiras controladas pelo governo, as vendas somam R$ 468,5 bilhões, ou 13% do PIB. E o valor de mercado das 99 empresas cujas ações são negociadas na BM&FBovespa totaliza R$ 1,7 trilhão, ou 71% do valor de mercado das empresas na Bolsa.
A interferência do Estado na economia via estatais, BNDES e fundos de pensão é tão intensa que, durante a pesquisa, ÉPOCA teve de atualizar os dados de muitas companhias que receberam recentemente dinheiro do governo, como o frigorífico JBS ou a Cipher, especializada em sistema de segurança de informação. “O governo brasileiro é um dinossauro com apetite insaciável. Nunca tivemos um capitalismo de Estado tão evidente”, diz o economista Rodrigo Constantino, sócio da Graphus Capital, uma empresa de gestão de recursos do Rio de Janeiro.
Confira tabelas do levantamento aqui.
17 junho 2011
Links
Coelhinha da Playboy deixaria o dono da empresa no altar por 500 mil dólares
Casa mais cara dos EUA comprada por Petra “filha de Bernie” Ecclestone. Aqui também. Aqui fotos da casa
CVM lança o boletim do investidor
Iasb melhora a contabilidade de benefícios a empregados
Iasb e Fasb e resultados abrangentes
A crise da Grécia, numa explicação animada
Bolha de revista em quadrinhos
Nos idos de 1993 a bolha de revistas em quadrinhos estourou:
In 1974 you could buy an average copy of Action Comics #1—the first appearance of Superman—for about $400. By 1984, that comic cost about $5,000. This was real money, and by the end of the decade, comics sales at auction houses such as Christie’s or Sotheby’s were so impressive that the New York Times would take note when, for instance, Detective Comics #27—the first appearance of Batman—sold for a record-breaking $55,000 in December 1991. The Times was there again a few months later, when a copy of Action Comics #1 shattered that record, selling for $82,500. Comic books were as hot as a market could be. At the investment level, high-value comics were appreciating at a fantastic rate. At the retail level, comic-book stores were popping up all across the country to meet a burgeoning demand. As a result, even comics of recent vintage saw giant price gains. A comic that sold initially for 60 cents could often fetch a 1,000 percent return on the investment just a few months later.
But 1992 was the height of the comic-book bubble. Within two years, the entire industry was in danger of going belly up. The business’s biggest player, Marvel, faced bankruptcy. Even the value of blue chips, like Action Comics #1 and Detective Comics #27, plunged. The resulting carnage devastated the lives of thousands of adolescent boys. I know. As a 12-year-old I had a collection worth around $5,000. By the time I was ready to sell my comic books to buy a car—such are the long-term financial plans of teenagers—they were worthless.
The comic-book bubble was the result not of a single mania, but of a confluence of events. Speculation was part of the story. Price gains for the high-value comics throughout the 1980s attracted speculators, who pushed the prices up further. At the retail level, the possibility that each new issue might someday sell for thousands of dollars drove both the sale of new comics and the market for back-issue comics. It was not uncommon for a comic book to sell at its cover price (generally 60 cents or $1) the month it was released and then appreciate to $10 or $15 a few months later.
But the principal cause of the bubble was the industry’s distribution system. Comic books are created and released by publishing houses. There are two giants (Marvel and DC) and then a raft of much smaller independents, which come and go with great frequency. All of the publishing houses left the task of physically getting comics from the printing presses to the retailers to a group of middlemen—the distribution companies.
These distribution companies determined who could and couldn’t sell comic books. They imposed requirements on retailers, demanding that they demonstrate financial reserves and guarantee certain numbers of orders each month. The reason comics were so slow to migrate from newsstands and five-and-dimes to dedicated comic book shops (a process that took nearly 50 years) is that it was hard for these small start-ups to muster the resources needed to secure distribution. These hurdles are why, in 1979, there were only about 800 comic-book shops in the entire world.
Leia mais aqui.
Apple
Botín
Aparentemente, o criador do grupo Santander, Botín pai, que faleceu em 1993, deixou uma grande quantidade de dinheiro na Suíça. O fato remota a Guerra Civil Espanhola, quando Emilio Botín abriu uma conta na Suiça depois de deixar a Espanha e ir para Londres, em 1937. Segundo apurou o NY Times, somente o ano passado os herdeiros, incluindo o atual chefe do Santander, também chamado Emílio Botín, e 11 parentes, foram informados pelas autoridades espanholas do dinheiro “esquecido” na Suíça. A lista inclui 569 espanhóis e permitiu ao país recuperar 300 milhões de euros em receitas fiscais. E este montante deve aumentar.
Apurou-se que a família Botín pagou 200 milhões de euros em impostos atrasados em 2010.
RSPL
Estava conversando com a Controller XXX e ela fez um curso com o XXX sobre indicadores de desempenho. Disse-me que fora mencionado um índice de Retorno sobre PL que serviria como parâmetro para qualquer empresa. Algo como um índice "internacional". Sinceramente, não sei se a colega entendeu bem ou se realmente há algum estudo que defina esse padrão.
Penso que há inúmeras formas de comparação e parametrização e que devem ser condicionadas a diversos outros índices, estrutura de capital, políticas macroeconômicas etc.
Pergunto se você tem algum estudo dessa natureza ou alguma informação sobre esse assunto.
Resposta:
Não existe nenhum "indice internacional". Veja que o RSPL deve ser comparado com o custo de oportunidade do capital do acionista. No Brasil provavelmente o custo de oportunidade é maior que as nações desenvolvidas. Consequentemente, espera-se que o RSPL seja superior a de outros países.
Além disto, existem pelo menos quatro formas de cálculo deste índice e não existe consenso na literatura sobre a melhor delas. Tentaram fazer isto com alguns modismos (EVA, EBITDA etc), mas não foi possível.
Risco País
Venezuela
Remuneração de Executivos volta a crescer
(The Economist)
16 junho 2011
Links
OPA subestimadas em 16,8% em média nos EUA: possíveis explicações
Tenha mais filhos: novo livro de Bryan Caplan. E aqui comentário
Por que os novos medicamentos contra o câncer custam tanto?
Capital para grande dos EUA
O risco Brasil é menor que dos EUA. Mas aqui uma visão diferente.
Teste 490
5 bilhões de libras esterlinas
15 bilhões de libras esterlinas
25 bilhões de libras esterlinas
Resposta do Anterior: todas as empresas listadas tiveram vínculo com o nazismo. Que vergonha, não? Fonte: aqui
Reconhecimento da receita
Os grandes perdedores
Os grandes perdedores com a crise, em Wall Street. O gráfico completo está aqui. Mas observe que a perda da Aracruz aparece em 6o. lugar. Uma colocação nada honrosa.
Grupo SS
A dívida que sobrou para o grupo Silvio Santos como rescaldo da venda de 121 lojas do Baú para o Magazine Luiza, anunciada na segunda-feira, deve reverberar negativamente nos resultados do ano. Segundo apurou o Valor, apesar da entrada de R$ 83 milhões no caixa, prevista para fim de julho, o grupo deve registrar prejuízos da ordem de R$ 100 milhões no encerramento de 2011 [1].
O valor a ser pago deve resolver cerca de um terço da dívida do Baú, estimada em R$ 240 milhões. O valor é a soma dos débitos da empresa com bancos, fornecedores e trabalhadores [2]. Procurado, o grupo SS preferiu não se pronunciar. (...)
Grupo SS prevê prejuízo de R$ 100 milhões – Denise Carvalho e Marli Lima – Valor Econômico – 15 jun 2011 via aqui
[1] Parece existir uma confusão em caixa e lucro aqui. Em operações de vendas é muito comum prejuízo, apesar da entrada de recursos no caixa.
[2] Parte desta dívida é proveniente do ciclo operacional e geralmente não é paga. É o caso de fornecedores, onde a empresa compra a prazo.
Os rumos da Petrobras
Segundo várias fontes inteiradas sobre o processo de revisão do plano --depois que uma primeira versão foi rejeitada pelo conselho no dia 13 de maio--, a nova proposta vai seguir o desejo de muitos acionistas e não elevará investimentos em refinarias.
Deverão crescer os recursos voltados para novas descobertas e a exploração da chamada cessão onerosa, que reúne áreas com 5 bilhões de barris de petróleo trocadas com a União por ações da empresa durante a bilionária capitalização de setembro do ano passado. (...)
Com um caixa maior, turbinado por mais produção em meio a preços elevados de petróleo, a empresa reduz a necessidade de acessar o mercado de dívida ou de ações para financiar os vários projetos na região do pré-sal e pós-sal no Brasil, além dos promissores projetos fora do país como a parte norte-americana do Golfo do México.
Esta será a segunda tentativa de aprovação do plano pelo conselho, após a rejeição da primeira versão que previa um valor de investimentos em 5 anos de quase US$ 250 bilhões, segundo fontes, montante que foi considerado excessivo principalmente pelo governo, que pediu a revisão.
Segundo as fontes ouvidas pela Reuters, o novo valor que será apresentado ao conselho na sexta ficará bem perto dos 224 bilhões de dólares do plano anterior (2010-2014). O número final ainda não foi fechado, segundo elas.
Petrobras vai mostrar plano para fazer caixa - Reuters
Monopólio temporário
O neodímio é um elemento químico, classificado entre as terras raras. Entre as diversas aplicações, o neodímio é usado como acionador de partida de motores na indústria automobilística. A maior parte do neodímio, algo próximo a 95% da oferta mundial, é produzida na China.
Este país começou a limitar as exportações para incentivar as suas indústrias que usam este elemento químico. Isto aumentou o preço do neodímio. Diante disto, algumas montadoras começaram a pensar em alternativas, em razão do elevado risco em depender de uma única fonte do neodímio. Uma delas, a Toyota , resgatou uma idéia de Nikola Tesla de 1888.
Segundo Perry,
o poder de mercado de um monopolista (ou empresa dominante) é geralmente temporário e com frequência diminui ao longo do tempo devido à disponibilidade e desenvolvimento dos substitutos