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07 junho 2011

Teste 484


Está vago um cargo internacional que paga salários de US$420 mil dólares por ano, diárias de hotel de 3 mil dólares, vôos somente de primeira classe. Receberá também 75 mil dólares para ter um nível de vida adequado à sua posição. As despesas para receber pessoas influentes fazem parte do pacote. Que cargo é este?

Presidente do Banco Mundial
Presidente da FIFA
Presidente do FMI

Resposta do Anterior: Rihanna. Fonte Rolling Stone Brasil, p. 72, maio de 2011

Onde estão os contadores no Brasil?

O gráfico abaixo mostra a distribuição dos contadores no Brasil.
Em cor vermelha, os estados com maior número de profissionais: São Paulo e Rio de Janeiro. Depois, num tom pardo (?), Minas, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Segue com DF, Bahia e Pernambuco, na cor verde. Em azul os estados com 1000 a 3000 profissionais: Amazonas, Para, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo, Sergipe, Paraíba e Ceará. Os demais estados, com menos de mil profissionais. Os dados são da RAIS de 2010 e contemplam os empregos formais.

Convergência dos EUA

Enquanto não diz oficialmente se e quando os Estados Unidos vão adotar o padrão internacional de contabilidade, a Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado americano, já dá sinais de que, se a resposta for positiva, o processo de transição para o IFRS deverá ser lento e gradual, dentro de cinco a sete anos.
A possibilidade de trocar todo o sistema contábil de uma única vez, como ocorreu no Brasil num período de três anos, é chamada pela área técnica de contabilidade da SEC de abordagem big-bang, que seria mais traumática.
Conforme documento divulgado pela SEC na semana passada, uma transição em fases permitiria que as empresas e os investidores americanos se adaptassem a menos normas novas em um determinado período, diminuindo a severidade da curva de aprendizagem do IFRS e possibilitando um processo educacional mais amplo sobre as regras. (...)
Nos EUA, a SEC reconhece esses riscos ao apresentar a proposta de adoção do IFRS em fases. Os técnicos pedem que os agentes do mercado comentem a sugestão e diz que as respostas serão mais úteis se enviadas até 31 de julho. O estabelecimento desse prazo sinaliza que a decisão final da SEC sairá em breve.
Na proposta apresentada, o termo US Gaap, que representa o modelo contábil dos EUA, continuaria a existir, por conta das inúmeras referências a ele em leis, normas e contratos, que não precisariam ser alterados. No entanto, ao longo do tempo o US Gaap incorporaria todas as regras do IFRS, usadas hoje em mais de cem países, incluindo o Brasil e os países que compõem a União Europeia.
O processo de incorporação seria feito em etapas. Na primeira leva entrariam normas do IFRS consideradas estáticas, com poucas chances de serem alteradas no curto prazo. A ideia é evitar um trabalho duplo, com a adaptação das empresas a um novo normativo hoje, para ter que mudar novamente daqui um ou dois anos - como ocorrerá no Brasil para a regra de classificação de instrumentos financeiros.
Outro pacote reuniria normas que já são objeto de memorando de entendimentos e que estão sendo revistas em conjunto pelo Fasb e pelo Iasb, como reconhecimento de receita e leasing.
Um terceiro grupo reuniria normas que não fazem parte do memorando, mas que já estão na agenda de revisão do Iasb. Nesse caso, somente quando o novo pronunciamento fosse emitido a norma seria incorporada.
A SEC entende que, "sempre que possível", as normas devem ser adotadas prospectivamente, sem que os balanços passados tenham que ser alterados. Dessa forma, é possível que as empresas não possam dizer que estão seguindo o IFRS de cara, mas talvez depois de dois ou três anos.
Nessa nova estrutura, o Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb, na sigla em inglês), órgão responsável hoje pelo US Gaap, ganharia outro papel. Comandado por Leslie Seidman, o Fasb deixaria de desenvolver sozinho novas normas ou modificações no padrão americano e passaria a trabalhar em conjunto com o Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), com sede em Londres, que emite as regras IFRS.
O Fasb ficaria, então, responsável por garantir que os interesses americanos fossem defendidos nas discussões no Iasb, seria o responsável pelo "endosso", nos EUA, de cada novo pronunciamento emitido pelo órgão internacional e assumiria também o papel educacional sobre o processo de convergência.
EUA planejam mudar padrão contábil de modo lento e gradual – Valor Econômico – 3 de jun de 2011 - Fernando Torres
É interessante que o texto pressupõe que os EUA irão adotar a IFRS. Entretanto, parece que a questão é um pouco mais complicada. Desde o seu início, o Iasb tem recebido muita influencia das normas dos EUA. Agora, particularmente, com as discussões de alguns assuntos polêmicos, isto é mais nítido. Talvez a questão seja que os dois lados estão se aproximando. Politicamente, a posição dos EUA representa uma derrota para os defensores radicais da convergência, já que o maior mercado recusou a traduzir as normas internacionais e recusa a adotá-las como o Brasil.

Acer

A revelação da Acer Inc. de que vai dar baixa contábil em contas questionáveis na Europa motivou preocupações sobre a administração de estoque da empresa, disseram analistas, mas o verdadeiro desafio de longo prazo é desenvolver aparelhos portáteis atraentes para concorrer no mercado de tablets, em rápido crescimento. (...)
Ainda não se conhecem os detalhes da baixa. Muitos analistas disseram que os problemas da Acer na Europa advêm de sua estratégia de oferecer produtos por meio de grandes parceiros de distribuição que habitualmente têm estoques enormes.
Questões contábeis somam-se a pressões - ARIES POON, LORRAINE LUK e LORETTA CHAO – Wall Street Journal - 2 jun 2011

As ações da empresa sofreram queda. Neste caso, o anúncio da baixa contábil é uma forma de reconhecimento por parte da empresa das dificuldades do mercado. Um exemplo como uma medida contábil pode ser interpretada pelo mercado.

Caixa da FIFA

Enquanto a economia mundial entrava em parafuso, os negócios da Fifa não pararam de crescer. A entidade apresentou ontem seus resultados financeiros e revelou lucros recorde entre 2007 e 2010, justamente os piores anos para o resto do mundo. 


A entidade terminou o período com um lucro de US$ 631 milhões e reservas de US$ 1,2 bilhão. O valor é superior ao PIB de 19 países no mundo [1] e, para muitos, é o que garante a independência da Fifa diante de governos e a capacidade de Blatter de se manter no poder. 


Em 2010, cada presidente de federação nacional recebeu da Fifa US$ 550 mil e cada confederação regional ficou com outros US$ 5 milhões. Os investimentos no futebol se multiplicaram por 57 em pouco mais de dez anos, passando de US$ 14 milhões em 1998 para US$ 794 milhões em 2010. 


Reservas. O que mais impressiona são as reservas do órgão. Em 1999, a Fifa amargava uma dívida [2] de US$ 42 milhões. Hoje, no azul, acumula US$ 1,2 bilhão em reservas financeiras. 


A renda [3] da Fifa aumentou em 59% entre 2007 e 2010, justamente os anos da crise mundial, atingindo US$ 4 bilhões. O valor foi US$ 605 milhões a mais do que os próprios cartolas esperavam. 


"Não tivemos de pedir empréstimos", comemorou Franco Carraro, auditor das contas da entidade e afastado em 2006 da presidência da federação italiana por escândalos de corrupção que envolveram acerto de resultados para beneficiar a Juventus. 


Existem temores de que a Fifa dependa do sucesso e da renda de Copas, e os cartolas ontem reconheceram que deveriam reduzir esse papel dos Mundiais nas contas da entidade. 


 Jamil Chade - O Estado de S.Paulo - Caixa da Fifa supera o PIB de 19 países

[1] Esta comparação é inadequada, já que são medidas distintas
[2] Será prejuízo? Dívida toda entidade possui, correto?
[3] Deve ser receita

Licitação

O Ministério Público Federal (MPF) está movendo ação contra o ex-prefeito do Rio de Janeiro em razão das obras do Pan. A questão está em torno da dispensa de licitação.
As obras custaram à União R$ 15,55 milhões. De acordo com o procurador da República responsável pela ação, Alexandre Chaves, o então prefeito, apesar de ter assumido as obras em novembro de 2004, só deu início ao processo de contratação em 2007, a cinco meses do início dos Jogos. A construção, então, foi caracterizada como emergencial, "uma emergência fabricada, já que não se tratava de uma situação decorrente de um imprevisto, mas de inércia administrativa, negligência", disse o procurador.

Auditorias e Fusões Reversas


 A comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, SEC, começou a investigar algumas firmas de auditoria por causa de suas verificações das contas de empresas chinesas com ações negociadas no mercado americano. (...) As investigações das agências governamentais envolvem tanto grandes quanto pequenas auditorias. Não se sabe quais firmas são parte do inquérito.(...) Nas fusões reversas, uma empresa estrangeira é "comprada" por uma empresa americana de fachada negociada em bolsa. Mas a empresa estrangeira assume o controle e fica com o registro em bolsa da empresa de fachada sem o nível de fiscalização que teria se fizesse uma oferta pública inicial. Embora as empresas de outros países também realizem fusões reversas, essas transações são especialmente comuns entre as chinesas. (...) A investigação deixa essas auditorias numa posição difícil: algumas firmas cujos clientes chineses tiveram sua contabilidade questionada afirmam que fazem tudo o que podem para realizar auditorias rigorosas, como manter seus próprios escritórios na China e empregar pessoal bilíngue, e elas estão intensificando os esforços para detectar contabilidade inadequada. (...) Mercado de capitais: A SEC está examinando problemas contábeis e de divulgação de empresas chinesas. - Michael Rapoport | The Wall Street Journal (via Alexandre Alcantara)

06 junho 2011

Rir é o melhor remédio

Sobre a prisão do executivo do FMI em Nova Iorque:

"O chefe francês do Fundo Monetário Internacional foi preso em Nova York por ter abusado sexualmente de uma empregada de hotel. Ou, como dizem os franceses, serviço de quarto." (Jay Leno, The Tonight Show)

Eu não estou dizendo que a esposa de Dominique Strauss-Kahn não acredita nele, mas ela começou a sentar à mesa com sal e spray de pimento. (Joan Rivers)

[Sobre a procura de um novo ator para "Two and a Half Men:"] “Eles queriam alguém menos controverso que Charlie Sheen, mas a cadeira do Fundo Monetário Internacional já estava ocupada” (David Letterman) 

[Sobre um novo estudo, falso, que mostra que os proprietários do IPAD são menos propensos a cometer adultério]: “Na Europa, o Fundo Monetário Internacional anunciou que o IPAD seria "equipamento obrigatório" para qualquer candidato que pretende assumir o comando do FMI. " (Andy Borowitz)

Por que você deve vender seu carro quando ele tiver 9 900 no odômetro?

O gráfico abaixo mostra uma pesquisa sobre o preço de venda de um automóvel e a quantidade de milhas (uma medida de distância) que está marcado no hodômetro. Como seria de esperar, a relação entre as duas variáveis (preço e distância) é inversa. Isto significa dizer que quanto mais rodado for o automóvel, menor o preço obtido no mercado.
Ou seja, o gráfico, a princípio, não traz nada de novo. Mas se você observar bem poderá perceber que a linha não é totalmente decrescente. Veja novamente com atenção o gráfico. Observe que entre zero e dez mil milhas o preço cai e o mesmo ocorre entre dez mil milhas e vinte mil milhas. Mas antes de dez mil milhas e depois de dez mil a linha é descontinua. Isto significa dizer que quando o automóvel possui menos de dez mil no hodômetro o seu valor é maior que quando o hodômetro marca mais de dez mil milhas. Ao cruzar o limite dos dez mil existe uma perda no valor do automóvel mais que proporcional. Isto, a rigor, não faz muito sentido num mercado. Adicionar uma distância mínima pode fazer com que a perda seja mais que proporcional. A explicação para isto está nas finanças comportamentais. Ultrapassar a barreira do número redondo pode trazer uma redução do preço mais que proporcional. Provavelmente os participantes do mercado prestam mais atenção nos primeiros dígitos do hodômetro que nos últimos. Assim, é como se o comprador considerasse a distância entre 9 900 e 10 100 muito maior que a distância entre 9 700 e 9 900. Na próxima vez que for vender seu carro, não espere a quilometragem ultrapassar o dígito das dezenas de milhar. Você poderá estar perdendo dinheiro.

Viéses

Os viéses mais discutidos na área científica
• Viés de confusão = quando você pensa que mede o efeito da variável X na variável Y, mas na realidade há uma outra variável Z, que se correlaciona com o X e também afeta Y, que você não considerou. • Viés de seleção = quando você pensa que todos os vários sub-grupos da população estão proporcionalmente com a mesma probabilidade de constar da sua amostra, mas a realidade certos grupos são mais propensos de estar presente do que a proporção, em razão da maneira que você coletou seus dados. • Viés da publicação = quando é mais provável de publicar ou contar aos outros sobre seus resultados se: 1) estar em conformidade com o que você esperava, ou 2) é o que você pensa que os outros preferem ouvir. • Viés da resposta = quando os entrevistados respondem às suas perguntas como eles pensam que você quer suas respostas, ao invés de acordo com suas crenças verdadeiras. • Viés da atenção = quando você se concentra apenas em dados que suporta a sua hipótese e ignorar dados que fazem a sua hipótese menos provável. • Viés de memória = quando os entrevistados são mais propensos a lembrar do conteúdo da sua pergunta caso se igual as crenças deles. • Viés de amostragem = quando você acha que sua amostra é representativa da população, mas na verdade não é, porque é enviesada na etnicidade, atração, idade, gênero e / ou etc, lançando dúvidas sobre a sua generalização a partir da amostra para a população. (Isto é, na verdade uma sub-categoria de viés de seleção)
Em finanças considero relevante o viés de sobrevivência. Este ocorre quando o pesquisador investiga somente os dados existentes numa série completa, sem considerar os casos faltantes em razão da "sobrevivência". Assim, investiga o comportamento das empresas num período longo, mas deixa de fora as empresas de não existiam durante todo o período de tempo, como é o caso das empresas falidas.

Juiz de Futebol

Os autores olharam o tempo extra que os árbitros adicionam ao final de jogos de futebol (para compensar o tempo perdido com lesões, as substituições e assim por diante). Olhando para os jogos na Primeira Divisão na Espanha durante duas temporadas específicas (1994-95 e 1998-99), eles descobriram que, em jogos onde a diferença no placar foi exatamente um gol, os árbitros concederam quase o dobro do tempo extra quando o time da casa perdia. Mais tempo, obviamente, beneficia qualquer equipa está por atrás no placar, como lhes dá uma melhor chance de empatar o jogo. Fonte: aqui

Mais endividados

A seguir uma tabela com os países mais endividados e os juros dos títulos CDS de cinco anos:
A surpresa é que o Japão é o país mais endividado do mundo, com dívidas que superam em duas vezes sua economia. Apesar disto, os juros dos empréstimos são baixos, informando que o risco daquele país é reduzido. Na realidade, quando fazemos a correlação entre as duas colunas, para os nove países com informações, o valor é de -0,09051, indicando uma relação estatística reduzida. Fonte da informação: aqui

Curiosidades acadêmicas de antigamente

Curiosidades acadêmicas de antigamente – Por Isabel Sales

Tradução livre do trecho de um texto de William James publicado pela Harvard Monthly em 1903 sobre a obrigatoriedade do título de Ph.D.:

A América é, de tal modo, uma nação sendo levada para um estado em que nenhum homem das letras ou ciência será considerado respeitável, a não ser que algum tipo de distintivo ou diploma nele seja carimbado, e no qual possuir apenas personalidade será a marca de um pária. Parece-me tempo de nos elevarmos a um nível de consciência e de lançarmos um olhar crítico sobre essa tendência evidentemente grotesca. Outras nações sofrem terrivelmente da doença do mandarim. Estaríamos sentenciados a sofrer como o resto?”.

Nossa. Esse "sentenciados" a sofrer foi o que!?

Achei interessante descobrir que o padrinho de James é um de meus escritores favoritos, Ralph Waldo Emerson que, como seu afilhado, estudou em Harvard.

Speak what you think today in hard words and tomorrow, speak what tomorrow thinks in hard words again, though it contradicts everything you said today.”

Self-Reliance, Emerson (1841)

A armadilha dos custos irrecuperáveis

Hal Arkes, um psicólogo da Ohio University, perguntou a 61 estudantes universitários que imaginassem ter comprado, por engano, bilhetes no valor de 50 e 100 dólares para uma viagem para esquiar no mesmo fim de semana. Poderiam fazer uma das viagens correspondentes e deveriam jogar fora o bilhete não utilizado. Pediu ainda que supusessem que se divertiriam mais na viagem que custa 50 dólares. A maioria dos estudantes respondeu que faria a viagem menos prazerosa de 100 dólares. O custo mais alto era mais importante para os estudantes do que o divertimento maior. Entretanto, o custo irrecuperável dos bilhetes deveria ser totalmente irrelevante nesta decisão. Independente da viagem que fosse escolhida,o custo total efetivo era de 150 dólares- o custo de aquisição dos bilhetes. E como esse custo era o mesmo das duas alternativas, deve ser ignorado. Tal como fizeram esses estudantes, muitas pessoas têm dificuldade em ignorar custos irrecuperáveis quando tomam decisões.

Fonte: Jonh Gourville e Dilip Soman,"Pricing and the Psychology of Consumption"Harvard Business Review, setembro de 2002,pp.92-93

Criminosos virtuais faturam US$ 150 bilhões

Os criminosos virtuais do mundo todo faturaram US$ 150 bilhões com dados roubados de pessoas físicas e de empresas em 2010. O cálculo é do Ponemon Institute, que presta consultoria em segurança da informação. O valor é 40% do PIB da Argentina no ano passado e o quádruplo do uruguaio. E equivale a 16 vezes a quantia girada pelo comércio eletrônico brasileiro no período.Os ganhos dos chamados hackers "black hat", que invadem sistemas para cometer crimes, são obtidos de várias formas.Por exemplo, por meio do roubo de senhas e números de cartões de crédito de usuários da web desavisados que colocam informações desse tipo em computadores, celulares ou tablets.

Mas dados corporativos confidenciais, e valiosos no mercado, também estão cada vez mais na mira, indica a reportagem de Camila Fusco e Carolina Matos. Especialistas consideram que a ação dos cibercriminosos tem se tornado cada vez mais apurada para chegar direto ao ponto: informações que rendam dinheiro.“Podem ser resultados financeiros ainda não publicados de uma determinada companhia”, diz André Carraretto, gerente de engenharia de sistema da Symantec, empresa de segurança da informação.


Os criminosos estão lucrando com a venda de serviços, como o “kit invasão”. São softwares feitos sob demanda para que outros criminosos possam realizar os ataques”, diz Abelardo Moraes Filho, diretor da consultoria Coresec e que também atua como hacker ético.

Figuram nos fóruns de discussão, atualmente, táticas de invasão a novos sistemas, como tablets e smartphones.“Os executivos acessam, de seus smartphones, dados importantes das companhias sem se dar conta de que se trata de computadores e sem as devidas providências de segurança”, diz Michael DeCesare, da McAfee.Estima-se que, no mundo, 58,9 milhões de tablets serão vendidos em 2011 e 25% deles serão comprados pelo setor corporativo.

Fonte: Folha de São Paulo

05 junho 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Avaliação, segundo Damodaran


Em The Little Book of Valuation (Wiley, 2011), o mais conhecido autor de avaliação de empresas, Aswath Damodaran, propõe apresentar os conceitos básicos do tema.

Damodaran divide os métodos de avaliação em dois tipos: abordagem intrínseca e relativa. No primeiro caso, o valor é determinado pelo fluxo de caixa que será gerado e como incerto é este valor. Na abordagem relativa, os ativos são avaliados olhando como o mercado precifica ativos similares.

Logo no início Damodaran apresenta algumas verdades sobre avaliação: todas avaliações são enviesadas, muitas avaliações estão erradas e o mais simples pode ser melhor.

No capítulo seguinte ele lista as três razões para que o fluxo de caixa hoje seja maior que o fluxo futuro:
= >Pessoas preferem consumir hoje a consumir no futuro
= >A inflação reduz o poder de compra do caixa no tempo
= >O fluxo de caixa futuro pode não ser entregue. Ou seja, existe risco.

O capítulo três é sobre a avaliação intrínseca. Ao final, o autor explica as razões pelas quais o resultado do fluxo de caixa descontado ser diferente do valor de mercado: suposições sobre o futuro do caixa, erros nas estimativas do prêmio pelo risco e o preço do mercado está errado.

O capítulo seguinte é sobre a avaliação relativa. Os passos para este método são: encontrar ativos comparáveis que possuam preços no mercado, achar uma variável comum (por exemplo, receita) e ajustar os valores de ativos. Este tipo de avaliação demanda menos informação e é mais rápido que a avaliação intrínseca. Neste capítulo, Damodaran explica a diferença dos dois métodos:

“As diferenças do valor entre o fluxo de caixa descontado e a avaliação relativa vêem da diferença sobre a eficiência ou ineficiência do mercado. No fluxo de caixa descontado, nós assumimos que os mercados cometem erros, e que eles corrigem esses erros no tempo, e que os erros podem ocorrer em setores inteiros ou no mercado inteiro. Na avaliação relativa, nós assumimos que embora os mercados cometam erros para ações individuais, ele está correto na média. Em outras palavras, quando nós avaliamos uma nova empresa de software em relação a outras empresas pequenas, nós assumimos que o mercado precificou as empresas corretamente, na média, mesmo que tenha cometido erros no preço de cada uma delas individualmente.”

Os capítulos seguintes apresentam aspectos específicos da avaliação de empresas: empresas jovens (capítulo 5), em fase de crescimento (capítulo 6), maduras (capítulo sete), de declínio (capítulo 8), financeiras (nove), cíclicas e de commodities (dez) e com ativos intangíveis (onze). Para cada uma delas, Damodaran discute os dois tipos de avaliação e apresenta os aspectos mais para se considerado no processo de análise.

Ao final, o autor apresenta algumas generalizações e comparações entre os diferentes tipos de empresas.

Se a obra não pode ser classificada de “para iniciantes”, já que exige certo conhecimento de matemática financeira, podemos dizer que o texto é razoavelmente claro e fácil para aqueles que já conhecem um pouco do assunto.

É bem verdade que Damodaran faz algumas generalizações que podem ser perigosas, não sendo um autor “rigoroso” sobre a teoria de avaliação de empresas. 

04 junho 2011

Rir é o melhor remédio

Já comentei do livro Piada Nerds. Infelizmente não consegui ler, pois meu filho não deixa: leva para escola, guarda nas suas coisas, etc.

Mas duas rápidas do Twitter deles:

Quantos moleques cabem em uma circunferência? 
Resposta: 2 Pi-raio. 

Se um dia a terra for dominada por máquinas, e nós escravizados por elas, rezemos pra que o mainframe seja da Microsoft

Relevância do Valuation para Contabilidade

Mesmo a contabilidade não está imune. A mais significante tendência global em padrões contábeis é o valor justo, onde os ativos são avaliados no balanço patrimonial pelo valor justo do que seu custo original.
The Little Book of Valuation (Wiley, 2011) - Aswath Damodaran

Distração

Um novo estudo, feito na Universidade de Copenhague, pediu aos participantes para executar uma simples tarefa de ver vídeos das pessoas que passam bolas e contar o número de passes. Mas primeiro eles foram presenteados com uma distração. Um grupo de participantes teve um vídeo engraçado aparecer nas telas, e o resto viu uma mensagem dizendo que um vídeo engraçado estava disponível se clicar num botão, mas eles foram orientados a não assisti-lo. Após dez minutos, durante o qual as pessoas do segundo grupo podiam ouvir as do primeiro rindo do vídeo, todos foram para a tarefa de contar o número de passes. E o curioso resultado foi que aqueles que não tinham visto o vídeo de comédia cometeram significativamente mais erros do que aqueles que tinham.
A idéia básica aqui é que para a maioria das pessoas o poder de resistir é um recurso limitado: se nós gastarmos muita energia controlar nossos impulsos em uma área, torna-se mais difícil de controlar nossos impulsos em outra. Ou, como diz o psicólogo Roy Baumeister diz, a força de vontade é como um músculo: o uso excessivo pode temporariamente esgotá-la. A implicação é que pedir às pessoas que regulam seu comportamento sem interrupção (como, digamos, nunca usar a internet no trabalho) pode muito bem torná-las menos concentradas e menos eficaz.
IN PRAISE OF DISTRACTION - James Surowiecki – New Yorker – 11 de abril de 2011

P.S. Invadindo o mundo da tecnologia da informação

P.S. Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 3 - Por Isabel Sales

Ainda como o “modo organização” ligado, me indicaram mais alguns programas que repasso a vocês (continuação dessa postagem):


Programas:

Zotero: Um software gratuito “complemento para o Firefox capaz de catalogar páginas da internet automaticamente e manter organizada a coleção de itens de sua preferência”. É possível utilizar as normas ABNT! Mais informações: aqui.

Mendeley: Organiza os seus arquivos, cria as referências automaticamente, disponibiliza, assim como o Dropbox, espaço de armazenamento on line. É um programa gratuito e disponível para iPads, iPhones... Parece ser muito bom! Assim que possível vou testar. Por enquanto me contento com as avaliações de vocês!

Eu, particularmente, instalei o JabRef e estou satisfeita. Mas, para que gosta de pesquisar mais antes de escolher um programa, ficam as dicas. Aqui um link do Wikipédia (em inglês) comparando vários softwares de gerenciamento de referências.

Agradeço a participação dos leitores, em especial as dicas do André Andrade.


Parte 1 (Agregador de Feeds): aqui
Parte 2 (Dropbox): aqui
Parte 3 (JabRef): aqui
Parte 4 (Plagius): aqui

03 junho 2011

Rir é o melhor remédio

E empresa Specsavers possui alguns dos comerciais mais engraçados. Todos sobre pessoas com problemas de visão. Eis um dos últimos.

Termine-se a festa antes que a bolha do Brasil estoure

Moises Naim faz o seguinte questionamento: Quando a festa da economia brasileira irá terminar?:

It is a reasonable question because there is no doubt that Brazil’s economy is overheating. And while its economic successes have not yet resulted in a financial bubble, they soon could. Paradoxically, it is the reasons for the country’s success that are now the most important sources of concern. During the past five years, credit has grown enormously and is now as large as 45 per cent of the economy. Brazilians have therefore been able to borrow money, many for the first time, to buy homes, motorcycles, refrigerators and other consumer goods. They do not seem to mind that the interest rates on these loans are the second highest in the world, or that Brazilian families today devote a fifth of their income to paying off their debts.

Fonte: Financial Times

Tentação

O vídeo mostra uma experiência clássica: deixando uma criança sozinha com um marshmallow com a seguinte proposta: se resistir em comê-lo, irá ganhar dois. Exige muito controle das crianças em resistir a tentação. O interessante é que as crianças que no passado foram submetidas ao teste da tentação obtiveram maior pontuação nos testes, mais amigos e menos problemas na adolescência. Fonte: aqui

Custos com seguro de caixa eletrônico

O uso do dispositivo antifurto que mancha as cédulas de real em tons de rosa, quando houver violação de caixas eletrônicos, deverá reduzir custos dos bancos com a contratação de seguros contra esse tipo de prejuízo. Quem receber a nota, não será ressarcido. Para o diretor de Administração do Banco Central (BC), Altamir Lopes, esse é um bom motivo para os bancos absorverem os custos de implantação do mecanismo antifurto na maioria dos 150 mil caixas eletrônicos automáticos (tipo ATM 24hora), espalhados por todo o país.

O uso do dispositivo será opcional. Na prática, o BC está apenas ratificando uma ação que os bancos já implementaram por iniciativa própria.O diretor explicou que, diante do aumento de roubos, recentemente, principalmente na região de São Paulo, onde cerca de 75 mil cédulas já foram recolhidas depois de serem manchadas, o Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu regulamentar o tema.

Embora existam pelo mundo mecanismos de queima e perfuração das notas em casos de arrombamento de caixas eletrônicos, o BC optou pelo terceiro tipo, o que mancha com tinta, em função de alguns bancos brasileiros se anteciparem e adotarem o sistema.Ou seja, a norma do CMN está, apenas, ratificando o que está em prática, confirmou o diretor do BC.

A resolução determina que, se alguém receber uma cédula de real manchada de rosa, não importa o tamanho da mancha, deverá entregá-la a um banco. O banco fará registro do CPF, identificação com foto e endereço, para posterior comunicação sobre o andamento.

Se a nota manchada sair do caixa eletrônico, em horário de expediente, o cliente pode tentar ser ressarcido, o que será opção do gerente bancário. Se ocorrer fora do horário bancário, o cliente terá que tirar um extrato comprovando o débito na conta, fazer um boletim de ocorrência policial e apresentar ao banco no dia seguinte.

Altamir disse que o cidadão nem o banco não serão ressarcidos, como já ocorre em casos de cédulas falsas.Ele admite que a autoridade monetária pretende ouvir entidades representativas da sociedade, para que a norma “seja aperfeiçoada”.

Fonte: Azelma Rodrigues, Valor Economico

Cadastro Positivo

Os grandes birôs de crédito do país querem derrubar do projeto de criação do cadastro positivo a autorização automática que o consumidor dará para que empresas de bancos de dados menos tradicionais tenham acesso ao perfil do bom pagador de dívidas. Às vésperas do fim do prazo para a sanção presidencial ao projeto, a Associação Nacional dos Birôs de Crédito (ANBC), que reúne entidades do varejo, a Serasa e a Equifax, pediu o veto desse e de outros pontos no projeto.

Com a atual redação, o cliente terá que dar sinal verde para ter o seu CPF adicionado a um determinado birô e, ao fazê-lo, qualquer outra empresa de monitoramento de crédito poderá pedir aquelas informações às diversas fontes que alimentaram o cadastro: bancos, financeiras e concessionárias de serviços públicos – excluindo-se a telefonia celular.

O presidente do conselho diretor da entidade, Silvânio Covas, também diretor-jurídico da Serasa Experian, nega que a sugestão de veto do setor seja uma tentativa de assegurar a reserva de mercado. Ele defende que aquilo que aparentemente foi idealizado para democratizar o perfil de crédito do consumidor em diferentes birôs pode ser um empecilho para bancos e financeiras incentivarem o registro dos seus clientes. Isso porque, em caso de dano ao cadastrado, o texto prevê a responsabilização solidária das fontes que originarem as informações, de quem as consultar e dos birôs. “A autorização cega pode facilitar a entrada de birôs que não têm capacidade de captação de clientes, tecnologia ou patrimônio para suportar eventuais indenizações.”A entidade encaminhou carta aos ministérios da Fazenda, da Justiça e à Casa Civil, autoridades que costumam ser ouvidas na hora da sanção presidencial.

Em mercados mais maduros, como nos EUA, o consumidor não precisa autorizar a inclusão do seu perfil de crédito no cadastro positivo. Isso é feito automaticamente e as informações são compartilhadas entre os birôs, modelo que difere do Brasil. Por pressão das entidades de defesa do consumidor, Executivo e Legislativo concordaram que a adesão voluntária seria a melhor forma de se avançar na proposta. Lá fora, exige-se das empresas gestoras desses dados pré-requisitos mínimos de capacitação técnica, diz Covas.

No Brasil, onde até agora só há um mercado de informações restritivas de crédito, ou seja, de cadastro negativo, é o banco ou a financeira que sofreu a inadimplência que escolhe para qual birô vai remeter a informação.

A Serasa Experian está entre os maiores bancos de dados do país, tendo como concorrente direta a Equifax, que acaba de se associar à Boa Vista Serviços. Marcel Solimeo, economista da ACSP, considera que o governo deverá encontrar um caminho para dar segurança às informações abertas nos birôs, mas o risco potencial de mau uso dos dados existe. “Quem fez a emenda raciocinou que o mercado brasileiro conta com apenas três birôs, mas ficou uma brecha que permite que novos bancos de dados surjam sem estrutura.”Covas completa que o ideal seria que o consumidor, na hora da adesão ao cadastro positivo, indicasse com quais outros birôs as informações podem ser compartilhadas.

Fonte: Adriana Cotias, Valor Economico

Nokia

A The Economist informa que as ações da Nokia chegaram ao seu menor preço dos últimos 13 anos. Entenda o porquê:





Nokia's share price fell to its lowest level in 13 years after the company issued a profit warning and forecast that sales in the second quarter would be "substantially below" expectations. The Finnish mobile-phone-maker is struggling with the transition to smartphones and other clever devices. In February it announced that it would switch the operating system that runs its handsets to Microsoft Windows, though its first such products are not due until at least the end of this year.

Exame de Suficiência

Tenho aproveitado a promoção do jornal Valor Econômico, que possibilita baixar a versão digital do iPad todo dia. A edição digital de ontem foi realmente estranha. Na sua página D14 trazia uma reportagem com o título "Contadores se preparam para enfrentar exame obrigatório". Ao ler o texto, o mesmo falava que o exame iria ocorrer em fevereiro. Observei que no título da página constava a data de 2 de fevereiro de 2011. É... Pensar duas vezes antes de assinar a versão digital.

Prêmio Casamento

Francesca Cornaglia e Naomi Feldman fizeram uma pesquisa sobre a relação entre casamento, produtividade e salários dos jogadores de beisebol. O objetivo era mostrar que existe um “prêmio casamento”, onde os homens casados recebem mais que os solteiros. As autores usaram os dados do beisebol já que a série histórica de salários é longa (de 1871 até 2007), além de ser possível verificar também o efeito da produtividade. Os resultados mostram que existe o prêmio casamento, onde os homens comprometidos ganham até 20% mais dos solteiros. Existem diversas explicações para o efeito casamento, que já tinha sido demonstrado em pesquisas anteriores. Uma possibilidade é a discriminação do empregador, que prefere os homens casados. Outra possível explicação é que o efeito é inverso: os homens que recebem melhores salários possuem mais condições de arrumar uma mulher. Para as mulheres que estão aguardando o sim do seu amado, faça o download da pesquisa aqui

Sociedades empresariais

O Senado aprovou ontem projeto de lei que muda o Código Civil para instituir a "empresa individual de responsabilidade limitada", constituída por uma única pessoa titular do todo o capital social, que não será inferior a cem vezes o maior salário mínimo vigente no país (aproximadamente R$ 55 mil). Pela proposta, que vai à sanção presidencial, somente o patrimônio social da empresa responderá por suas dívidas. O patrimônio social da empresa não se confunde com o patrimônio pessoal do titular.
Senado aprova lei que inibe o uso de "laranjas em sociedades empresariais - Valor Econômico - 2 de jun de 2011 - via aqui

Imóvel de Curto Prazo

 Em geral estamos acostumados a considerar imóveis como sendo um ativo não circulante. Entretanto, em certas empresas, os imóveis podem ser considerados como ativo circulante. Observem o Balanço Patrimonial da empresa JC Gontijo, abaixo:

 (Valores em R$ milhões, do final de 2010, Consolidado. O total do ativo apresentado pela empresa era de R$852 milhões.) Existem imóveis no circulante e no não circulante. Aqueles que serão vendidos rapidamente, até o final do próximo exercício social, são considerados como de curto prazo.

02 junho 2011

Rir é o melhor remédio





Adaptado daqui

Gasto, Resultado, Despesa, Custo ...

Eis um trecho de uma reportagem do Valor Econômico do dia 31 de mai (via aqui)
Gasto (1) maior pressiona resultado
Levantamento mostra que pressão de custos e despesas (2) reduziu margem operacional (3) das companhias abertas, apesar do crescimento das vendas. Marina Falcão e Fernando Torres
A inflação nos custos de mão de obra e no preço das matérias-primas [4] deixou as primeiras marcas nos balanços das empresas de capital aberto no Brasil no primeiro trimestre deste ano, o que pode ser um sinal [5] de que ficou para trás o cenário cor-de-rosa visto até o fim de 2010, em que os números das grandes empresas pareciam imunes aos reveses da economia.
Levantamento realizado pelo Valor Data com dados das maiores companhias abertas do país mostra que embora as vendas continuem a aumentar de forma expressiva, com avanço de 16,1% na comparação entre o primeiro trimestre deste ano com o mesmo período de 2010, para R$ 181,96 bilhões, o lucro bruto subiu [6] 10,7%, para R$ 53,31 bilhões, indicando que a pressão do lado dos gastos [7] torna a vida dos gestores empresariais mais complicada.
A margem bruta, que é quanto sobra da receita após deduzidos os custos de produção [8], caiu 1,4 ponto percentual, para 29,3%. Embora aparentemente pequena, essa diferença representa R$ 2,6 bilhões a menos de lucro.
Contabilizadas as despesas gerais, com vendas e administrativas, o resultado operacional [9] antes de juros e impostos teve alta de apenas 2,5% em relação a 2010, somando R$ 25,38 bilhões.
Como a despesa financeira líquida foi menos pesada entre janeiro e março deste ano, com ajuda do efeito da apreciação do real sobre as dívidas em moeda estrangeira, o lucro líquido cresceu mais do que o resultado operacional [10] , com avanço de 12,1%, num total de R$ 14,75 bilhões.
O estudo foi feito com as 100 maiores empresas não financeiras do país, já com os dados no padrão internacional de contabilidade para os dois períodos.
Os dados acima excluem os resultados de Petrobras e Vale que, por conta do tamanho, distorcem algumas comparações. Ao colocar na conta os balanços das duas maiores empresas brasileiras, o cenário é melhor, especialmente por conta da disparada de 292% no lucro líquido da Vale.
Na amostra completa, o custo dos produtos e serviços cresce 18,1% na comparação com o primeiro trimestre de 2010, quase na mesma proporção da receita, que aumentou 18,2% no período, para R$ 259,75 bilhões.
Com isso, a margem bruta das companhias no conjunto se manteve praticamente estável, subindo apenas 0,1% [11].
Para Pedro Martins, chefe da área de pesquisa do Bank of America Merrill Lynch, as margens operacionais (antes de juros, impostos, depreciação e amortização [12]) das empresas dificilmente vão atingir neste ano o pico verificado no terceiro trimestre de 2010. Com base em dados do próprio banco, ele diz que as margens já caíram 2,5 pontos percentuais desde então, para 25,5%, e devem permanecer nesse nível até o fim de dezembro.
"Para as empresas exportadoras, a valorização do real frente ao dólar comprometeu a geração de caixa. Já as empresas mais focadas na economia doméstica sentiram o impacto da inflação no setor de serviços que pressionou o custo com funcionários", explica. Com alta de 42% nos custos de produção e serviços, as empresas do setor de construção [13], por exemplo, tiveram a margem bruta reduzida de 32% para 28,5%. (...)
É muita confusão conceitual. Por esta razão, fiz a numeração no texto.

[1] Gasto - podemos pensar que o texto irá analisar o gasto das empresas. Mas observem que o termo será usado somente mais uma vez.
[2] Aqui o termo "custos e despesas". Parece que a análise não será de Gasto, mas da DRE.
[3] Outro indicativo que não iremos ler sobre "gasto".
[4] Isto está no CMV.
[5] O texto que ser pessimista. Mas os números seguintes não permitem esta conclusão.
[6] Como seria um sinal se o lucro bruto subiu?
[7] Aqui novamente o termo gasto, usado de maneira errônea. Observem o pessimismo da frase.
[8] Margem bruta é a relação entre lucro bruto e receita líquida de vendas. O conceito apresentado é de lucro bruto. Mas o número corresponde, aparentemente, ao da margem bruta.
 [9] Observem que o pessimismo não resiste, já que o lucro operacional, um conceito mais relevante, aumentou.
[10] Para os acionistas, o resultado líquido é mais importante que a margem bruta. O pessimismo ficou diluído no texto.
[11] Quando considera todas as empresas da amostra, o pessimismo do título não resiste. A margem bruta manteve-se estável.
[12] Agora o texto chama os "especialistas" para apoiar a idéia do título. O conceito apresentado informa que margem operacional é antes de "depreciação e amortização". Não é verdade, já que estes itens já estão nas despesas operacionais e no custo de produção. Talvez seja o conceito de EBITDA, que retira este dois itens do lucro.
[13] A partir de agora, o texto começa a fazer um levantamento dos setores. Mas uma amostra de 100 empresas, será que a análise setorial, que terá poucas empresas, é confiável?

Conclusão: um bom texto para explorar confusões conceituais.

Teste 483

Monica Braithwalte é originária da Guiana. Contadora, Monica ficou famosa por ser mãe de:

Jessica Alba
Mariah Carey
Rihanna  

Resposta do Anterior: 3,3 milhões. O segundo valor é o pagamento da segurança de Bezos, da Amazon; o terceiro, da segurança de Ellison, da Oracle. Fonte: aqui

Double Dip

Segunda recessão no mercado imobiliário americano:

“Data through March 2011, released today Case-Shiller Home Price Indices show that the U.S. National Home Price Index declined by 4.2% in the first quarter of 2011, after having fallen 3.6% in the fourth quarter of 2010. The National Index hit a new recession low with the first quarter’s data and posted an annual decline of 5.1% versus the first quarter of 2010. Nationally, home prices are back to their mid-2002 levels.”




Fonte: aqui

Churrasco bem salgado

Comer na churrascaria Fogo de Chão de Washington é mais barato que em Brasília :

Meat lovers in Washington craving traditional Brazilian barbecue will pay less for it than fellow carnivores in Brasilia. The cheaper check shows that Latin America’s biggest economy is losing what its leaders have called a “currency war.”

An all-you-can-eat dinner at Brazilian steakhouse Fogo de Chao goes for $3.25 more at the chain’s Brasilia outpost than at its Pennsylvania Avenue branch. Before the real’s 45 percent rally against the dollar since the start of 2009, the same meal at today’s prices would have cost $14.70 less in Brasilia.

Brazil’s fastest economic growth in two decades and quickening inflation have made Sao Paulo, Rio de Janeiro and Brasilia more expensive than any city in the U.S., according to a survey by ECA International, a London-based human resource company. While Brazilians have reveled in the purchasing power of what Goldman Sachs Group Inc. calls the world’s most overvalued currency, it has made life tougher for local companies competing with imports.

...Learning to live with a stronger real is a bigger challenge for Rousseff than controlling inflation, Gray Newman, chief Latin America economist at Morgan Stanley in New York, said in a phone interview.

“Currency war is not just a clever slogan,” Newman said. “The strong real has been incredibly positive for Brazil’s demand; it is at a very destructive level for Brazilian production.”

For the owner of Fogo de Chao, it’s a blessing.“The strong real helps my business,” says Coser. “I import wine and olive oil. I buy beef from Uruguay and Argentina, and lamb from Chile and New Zealand.”

Fonte: aqui

01 junho 2011

Rir é o melhor remédio

Qual é a diferença entre um escritor e um contador da Lehman Brothers? Ambos tratam de ficção, trabalham na solidão na maior parte do tempo e tratam da criação de arte. O escritor pode pintar um quadro com palavras que as outras pessoas possam observar, compreender e apreciar. O contador [...] Fonte: aqui

Link

Cha de Daime

Banco Postal era um bom negócio para o Bradesco

Avaliação da qualidade da governança corporativa no Brasil

Os desastres mais famosos do Photoshop

Militares do Egito fizeram um “teste” nas manifestantes

A relação entre beleza e felicidade

As pontes perigosas

O significado do nome de alguns carros

Efeitos econômicos da Champions League

Fluxo de investimento estrangeiro no Brasil é suspeito

Segredo do Barcelona: boa gestão

Laudêmio

Um texto publicado no Diário do Comércio informava:

Um exemplo é o laudêmio. Ele surgiu no período colonial, quando Portugal passou a distribuir lotes aos colonos dispostos a vir ao Brasil por meio de um regime denominado enfiteuse. Por meio desse sistema, embora as terras ainda pertencessem à monarquia, elas poderiam ser negociadas por quem tivesse o domínio útil do terreno. Entretanto, caso estes vendessem seus lotes, teriam de pagar uma taxa à coroa portuguesa de Lisboa. (...)

Do arrecadado com esse tributo monárquico, 30% vai para a União, 60% para a Igreja Católica e o restante para os Orleans e Bragança – a família imperial brasileira. Alguns especialistas consideram o laudêmio não um tributo, mas sim uma espécie de aluguel pago a quem, de fato, deteria a propriedade dessas terras e imóveis, que seriam a União, a Igreja e a família real.

Para criticar a questão tributária no Brasil, o autor distorce os fatos. Aqui, uma versão mostra que o laudêmio não surgiu no período colonial e que o destino não é aquele apresentado no artigo.

Mas uma mentira repetida mil vezes vira uma verdade. Se você colocar no Google, este texto irá aparecer 49 vezes. Ou seja, mais um pouco estaremos lá.

Prêmio pelo risco

O prêmio de risco é um número central em finanças corporativas e em avaliação. Em finanças corporativas determina o custo de capital e o capital para as empresas e, por extensão, as suas políticas de investimento. Ele também orienta a escolha entre endividamento e capital próprio e determina se a empresa deve ser acumular dinheiro ou devolvê-lo aos acionistas. Na avaliação, é um insumo fundamental para o valor de qualquer empresa.(...)

Eu costumava pensar que os prêmios pelo risco em mercados desenvolvidos os números eram bastante estáveis e que a reversão à média (assumindo que as coisas voltam ao normal ou pelo menos ao nível médio) era uma suposição segura. Isso até setembro de 2008. (...)
1. O prêmio de risco não é um número matemático nem é um número estatístico. Em vez disso, é um reflexo do que os investidores estão sentindo em seu intestino: se os investidores se sentem mais preocupados com o futuro, o prêmio de risco vão subir.
2. Pragmaticamente, porém, só existem três maneiras de estimar os prêmios de risco das ações:

a. Você pode examinar os investidores, gestores de carteira, os diretores financeiros ou mesmo acadêmicos para ter uma noção do que eles acham que é um valor razoável para o prêmio de risco. (...)

b. Você pode olhar para o passado e olhar para os prêmios efetivamente cobrados por ações sobre os investimentos sem risco no passado. (...) No entanto, há duas advertências. Mesmo com esse período de tempo, o erro padrão da estimativa é de 2,38%; aplicando valor de mais ou menos de dois desvios-padrão para a 4,31%, podemos concluir que o prêmio de risco real pode ser zero ou maior que 9%. Em segundo lugar, o número do prêmio histórico pode mudar dependendo da sua escolha da taxa livre de risco (Letras ou T. T. Bonds), período de tempo (1928-2010, 1960-2010, 2001-2010) e de aproximação média (média aritmética ou média geométrica). Escusado dizer que eu não confio em prêmios de risco histórico.

c. Você pode tentar estimar um prêmio para o futuro, olhando para o que as pessoas estão pagando por ações hoje, e estimar os fluxos de caixa esperados no futuro.

Fonte: Aqui

Ritmo de crescimento da receita com papéis supera o do ganho com operações de crédito

No primeiro trimestre do ano, a receita com aplicação em títulos e valores mobiliários (TVM), predominantemente papéis públicos federais, passou a crescer em ritmo mais forte que a receita com as operações de crédito nos dois maiores bancos privados, Itaú Unibanco e Bradesco. Desde o fim de 2009 não se via esse movimento.

No Itaú Unibanco, enquanto a receita com crédito recuou 1,2% no primeiro trimestre de 2011 em relação ao quarto trimestre de 2010, a receita com títulos apresentou alta de 2,6%. No Bradesco, a receita com operações de crédito avançou 1,8% no primeiro trimestre de 2011 ante o quarto trimestre de 2010, e as receitas com títulos, 6,4%.



Quando se compara com o primeiro trimestre de 2010, a diferença diminui bastante no caso do Itaú – o aumento da receita com títulos no período, de 13,8%, supera o da receita com crédito em apenas 0,1 ponto percentual. No Bradesco, o crescimento da receita com títulos no primeiro trimestre de 2011, em comparação a igual período de 2010, é de 39,8%, ante elevação de 24% da receita com crédito. “Enquanto a elevação da Selic contribui para rentabilizar mais o estoque de títulos dos bancos, as medidas macroprudenciais restringem a oferta de crédito”, explica João Augusto Salles, analista da consultoria Lopes Filho. Nas linhas de empréstimo para o varejo, Ronaldo Dias, da FBM Consulting, já observa certo arrefecimento. “Sobrando recurso, as tesourarias correm para investir.”

Embora os bancos mantenham projeções de expansão da carteira de crédito em 2011 acima do “teto” informal de 15% sinalizado pelo Banco Central, todos já falam em número próximo à “banda inferior” do intervalo estimado. “Os financiamentos ainda tiveram aumento grande no primeiro trimestre, mas essa velocidade deve cair”, diz Salles. As receitas com títulos e valores mobiliários tendem a continuar ganhando espaço.

A tendência de crescimento das receitas com títulos ganha mais força ainda se for computado o rendimento do recolhimento compulsórios sobre depósitos.

Fonte: Aline Lima, Valor Economico

Países mais felizes do Mundo

1. China = 100 pontos de 100
2. Coréia do Norte
3. Cuba
4. Irã
5. Venezuela

...
Coréia do Sul = 18 pontos
EUA = 3 pontos

Fonte: Agência de Notícias da Coréia do Norte, via aqui

Novas regras para cartões de crédito

A partir de quarta-feira, 1.º de junho, entrarão em vigor novas regras para o uso do cartão de crédito no Brasil. As normas, publicadas em cartilha online do Banco Central, porém, não devem trazer muita mudança para os clientes, nem para o mercado, segundo especialistas no tema.As três principais alterações são a elevação do pagamento mínimo da fatura; divisão de categorias de cartões em básico e diferenciado; e a padronização das tarifas (como mostra o quadro ao lado).

Para os cartões que já estão ativos, as medidas passam a valer apenas em junho do próximo ano. Os plásticos emitidos a partir do mês de junho deste ano, por sua vez, já terão de seguir a nova conduta.

"O mínimo subiu para 15%, depois vai subir para 20%, mesmo assim, de forma nenhuma o cliente deve pagar somente o mínimo, já que os juros do cartão são extorsivos", avalia Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper. "O valor mínimo deveria ser elevado para 50%. Isso sim evitaria endividamento", emenda o especialista.Para evitar o endividamento, lembra o educador financeiro Reinaldo Domingos indica, o ideal é que o limite total do cartão seja de no máximo 30% da renda mensal líquida (ou seja, o que de fato é creditado na conta). "E sempre pagar o valor total, não o mínimo", frisa.

Marcelo Segredo, fundador da Associação Brasileira do Consumidor, lembra que o endividamento no País já atinge 53% das famílias de todas as classes. "E as medidas vêm para conter o endividamento e também para combater a inflação. Mas, valendo para os cartões já ativos somente a partir de 1.º de junho de 2012, não farão muito efeito agora."

A padronização das tarifas foi a medida mais bem recebida pelos especialistas consultados pela reportagem. "Isso não quer dizer que o cliente vai pagar menos, mas pelo menos terá certeza do que está pagando", comenta Domingos.Segredo pontua também que, com a padronização, os clientes terão condições de "comparar as tarifas e anuidades dos diversos cartões de crédito e assim escolher o mais adequado".


Com a padronização das tarifas e a elaboração de dois tipos de cartão - o básico e o diferenciado -, o cartão diferenciado deverá oferecer ao cliente, juntamente com o valor da anuidade, os programas de fidelidade e milhagem aérea.

Fonte: Estadão

Casino, Pão de Açúcar e Carrefour

O grupo varejista francês Casino alertou seu parceiro Abilio Diniz, presidente do conselho de administração do Grupo Pão de Açúcar, quanto a uma possível negociação com o rival Carrefour às escondidas, afirmando que uma abordagem do tipo desrespeitaria o acordo existente entre ambos.

O Casino entrou com pedido de arbitragem internacional contra a família Diniz, com quem divide o controle do Pão de Açúcar, em meio a especulações de que o presidente do conselho da maior varejista do Brasil tenha abordado o Carrefour para discutir uma possível fusão.

Diniz teria iniciado as negociações após temer que Wal-Mart e a chilena Cencosud estivessem interessadas em adquirir os ativos brasileiros do Carrefour, segundo uma fonte disse à Reuters.

O Casino, que afirmou à Reuters na última semana não ter concedido aprovação para que a família Diniz iniciasse as conversas com o rival francês, quer que Diniz cumpra o acordo de acionistas que possui.

Fonte: aqui

Black -Scholes e Buffett

"Tanto Charlie e eu acreditamos que o [modelo] Black-Scholes produz valores inadequados descontroladamente quando aplicado a opções de longo prazo" (Warren Buffett)

Aqui uma crítica sobre a frase.

31 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Esta propaganda da Nissan é muito boa. Carro elétrico.

Valor Econômico 2

É louvável que um jornal econômico dedique seis páginas (incluindo os anúncios) sobre a IFRS. É bem verdade que este jornal beneficiou-se com a adoção das normas, já que o número de balanços publicados aumentou significativamente. Mas parabéns ao Valor Econômico pela iniciativa.

Os aspectos abordados são aqueles mais relevantes: a história das normas, a preparação dos profissionais, as novas mudanças, os setores mais atingidos ou onde ainda existem polêmicas (pequenas empresas, construção e financeiro).

Não resta dúvida que devemos adquirir este número e ler com bastante atenção. Apresentamos, neste blog somente um breve resumo do conteúdo, mas recomendamos uma leitura completa do próprio jornal.

Entretanto, parece que faltou algo a mais. Os textos são enviesados, favoráveis as normas. Personagens relevantes não foram citados (Eliseu Martins, Ariosvaldo, alguém do Conselho, do governo federal), focando os auditores (amplamente favoráveis as mudanças, já que estão patrocinando-as através dos largos financiamentos ao Iasb) e alguns pesquisadores específicos.

É inegável que a adoção das normas internacionais representou, para países como o Brasil, um grande avanço na sua contabilidade. Entretanto, existem problemas e “fazer de conta” que tudo é positivo não ajuda muito. 

Valor Econômico

O jornal Valor Econômico circula no dia de hoje com um caderno especial sobre IFRS. São várias reportagens sobre o assunto.

Tempos Contábeis – Faz uma comparação entre a tradição contábil brasileira e a IFRS. O quadro comparativo é da KPMG, apresentando os aspectos positivos das normas internacionais. Chama o Demeed Cost de reavaliação de ativos, destaca a importância das notas explicativas. Comenta sobre alguns dos efeitos das normas

Novas Normas vieram com inserção mundial – Associa a mudança para IFRS com a inserção da economia brasileira na economia mundial (mas a Índia, que possui uma inserção maior, não adotou ainda a IFRS), a estabilidade econômica e os investimentos estrangeiros. Faz um histórico, com a criação do CPC, a Lei 11638 e 11941

Maior Desafio foi a preparação técnica dos profissionais – o título já diz seu conteúdo. Mas o foco são os auditores.

Setor público tem até 2012 para se adequar ao novo padrão contábil – Sobre as normas do setor, as IPSAS. O texto cita uma pessoa da Anefac e um professor da Trevisan, mas ninguém do governo (STN, por exemplo) ou do CFC, que está conduzindo o processo.

Bancos e Seguradoras devem apresentar dois balanços – De forma suave, discute o fato de que ainda não foi adotada as normas internacionais, segundo o CPC, pelo Bacen e Susep.

Mudanças devem atingir empresas de vários setores – Comenta sobre as novas mudanças que estão sendo discutidas pelo Iasb e o Fasb. Isto inclui assuntos polêmicos, como reconhecimento de receitas.

Tudo começou com a internacionalização do mercado de capital – Aqui um histórico das normas internacionais, desde o surgimento do Iasc.

Novo padrão é passaporte para bolsas de todo mundo – Faz uma análise da convergência já feita nas empresas brasileiras. Destaca a melhora da qualidade das informações.

Demonstrativos ficam mais transparentes – Afirma que o impacto das IFRS ainda não pode ser medido, mas que pode ser influenciado por aspectos econômicos. Ou seja, não é possível (ou é difícil) mensurar os efeitos das normas sobre os resultados contábeis. Mas o texto afirma que a contabilidade ficou mais transparente.

Interpretação de contratos afeta o setor imobiliário – O foco é o efeito das normas sobre a área da construção civil.

Pequenas e médias contam com sistema simplificado – Destaca as normas para as empresas de menor porte e seus efeitos.

Novos Conceitos levam benefícios e desafios para gestão de companhias – Ainda sobre as pequenas e médias empresas, agora com o foco na gestão. 

Bolha Imobiliária

O vídeo abaixo mostra, de forma didática, como ocorreu a bolha imobiliária na Espanha. Muito didático. Via aqui

Rolls - Royce faz aposta agressiva no Pré-sal

O grupo industrial britânico Rolls-Royce, famoso pelos automóveis de luxo, aposta agressivamente na exploração de petróleo da camada pré-sal no Brasil, informa o jornal “Financial Times”.A empresa disputa com a General Electric o fornecimento de 32 motores para a Petrobrás usar em suas plataformas de perfuração, em “uma linha de negócios que pode movimentar US$ 2,5 bilhões nos próximos cinco anos”, reporta o “FT”.

A Rolls-Royce também tem planos de aumentar em 200 pessoas o número de funcionários na América Latina (de 500 para 700). A “vasta maioria” desse acréscimo estará no Brasil, segundo o jornal. Além do pré-sal, a empresa britânica também aproveita o crescimento da demanda por viagens aéreas e vende motores para a Embraer.


“Achamos que o Brasil é uma grande oportunidade. Parte disso é circunstancial; o mundo hoje não tem muitas opções para investir, de modo que todos os olhos estão voltadas para os países emergentes que sofreram menos com a crise de 2008. [...] O Brasil está atingindo a maturidade”, disse ao “Financial Times” o presidente da Rolls Royce na América Latina, Francisco Itzaina.

Fonte: Sívio Guedes

Leia mais: A maldição do pré-sal- Por Demétrio Magnoli

E se os tributos não existisse?

Isso pode doer no coração e no bolso, mas a verdade é que não chegaríamos muito longe sem tributos. Grandes conquistas da civilização só foram possíveis graças à riqueza acumuladas com os impostos. Foi com dinheiro público que reis, imperadores e presidentes nos levaram a conquistas, desde as mais simples - como a construção de estradas - até as mais complexas - como a chegada do homem à Lua.

Até o próprio governo como o conhecemos só existe por causa dos impostos. Tudo começou como uma forma de reverência: nas primeiras civilizações, os tributos serviram como oferenda a reis que se consideravam divindades. Não eram revertidos em nenhum serviço à população. Tinham a função de diferenciar os senhores dos súditos. (Não à toa a palavra "tributo" serve tanto para imposto como para homenagem.) Era essa divisão que dava status e legitimidade aos líderes.

Se o imposto não tivesse surgido, os primeiros governantes seriam fracos. Fariam mandatos sem muitas realizações. Ainda que estivessem determinados a organizar a vida da comunidade, não teriam estímulo para tomar decisões importantes: não receberiam salário pela função nem contariam com caixa para financiar grandes empreitadas, como guerras ou reformas relevantes. Assim, o desenvolvimento da sociedade dependeria de iniciativas individuais ou de grupos organizados, que juntariam seus recursos e esforços para melhorar a vida.

Não teríamos ido muito além das tribos primitivas que ainda existem, como indígenas, esquimós e aborígenes. Democracia, direitos fundamentais, conhecimento tecnológico, tudo avançaria pouco. Nossa vida seria bem mais simples, como você vê a seguir.

Afrouxem os cintos, o Leão sumiu

Livres de impostos, presos na Idade Média.


Leia o restante da matéria : aqui.

Fonte: Fernando Brito - Super Interessante

Social

Na sua reunião anual de acionistas nesta sexta-feira, o fundo de pensão da cidade de Nova Iorque, que possui um pequeno percentual de ações da Wal-Mart, planeja pedir à empresa [Wal-Mart] para exigir dos vendedores publicar relatórios anuais detalhando as condições de trabalho em suas fábricas. (...) A Wal-Mart se opõe ao pedido, citando a dificuldade de convencer os fornecedores a emitir relatórios. (...) "Embora o Wal-Mart, por vezes, envia auditores para verificar as condições de trabalho, quando o auditor vai à fábrica, o trabalhador é treinado pela gerência para dizer mentiras na frente dos auditores - que estão sendo pagos salários dignos, que não são sendo assediados", disse ela [Kalpona Akter. sindicalista de Bangladesh]. (New York Times)

Perda

Sobre a questão dos direitos de imagem dos clubes de futebol no Brasil, o presidente do Atlético do Paraná afirma:

Segundo cálculos da comissão dos clubes à época, o faturamento chegaria a R$ 1,5 bilhão por ano. É mais do que a Globo vai pagar no total para os clubes isoladamente. O presidente do Atlético Mineiro (Alexandre Kalil) calculou que os clubes estavam jogando fora entre R$ 300 e R$ 400 milhões por ano fechando contratos individuais.

Só a Rede TV! propôs pagar R$ 516 milhões anuais sem a concorrência da Record e da Globo, o que poderia elevar ainda mais o valor. Ainda tinha as licitações de pay-per-view, internet, telefonia móvel e direitos. Isso é uma questão política, com interferência do (Ricardo) Teixeira e que resultou na alta de 100% dos contratos, mas na verdade era para ter subido ainda mais

30 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Sofrendo Bullying do Powerpoint

Teste 482

Algumas empresas detalham os gastos adicionais com os seus executivos. A Dell, fabricante de computadores, paga a segurança de Michael Dell, fundador, Chairman e CEO da empresa. O valor desembolsado no ano de 2010, em milhões de dólares, foi de:

3,3
1,6
1,4

Resposta do Anterior: Pintura 1. Trata-se de uma obra de Pollock, denominada no. 5, de 1948. Fonte: aqui, aqui e aqui.

Foto mais épica


A foto acima foi eleita a foto mais épica. Foi tirada a 3,7 bilhões de quilômetros da Terra, pela nave Voyager 1. Se olhar bem, irá notar um ponto branco no meio da foto. É a Terra. Para entender mais o significado, clique aqui.

A segunda colocada foi esta aqui:
Sem comentários.

Custo da Falta de Informação

Sobre a venda potencial da cervejaria Schincariol, o problema é a falta de informação:

Há grupos interessados, mas as conversas esbarraram em um obstáculo: a falta de transparência da cervejaria sobre suas dívidas. Dentre os possíveis interessados - que agora pressionam a cervejaria para que as dívidas sejam melhores explicadas - estão a holandesa Heineken e a britânica Diageo que, segundo o Valor apurou, poderiam até se unir em uma joint venture para adquirir a companhia.

No balanço publicado em 31 de março, a Schincariol Participações e Representações (que engloba todas as empresas do grupo) relaciona dívidas financeiras que somam um montante líquido de R$ 828,5 milhões (empréstimos de curto e longo prazo, descontado o caixa da empresa). Além disso, em nota explicativa no mesmo balanço, a cervejaria e suas controladas revelam "perdas possíveis não provisionadas" que "têm ainda ações de natureza trabalhista, cível e tributária (...) nos montantes de R$ 127,3 milhões (trabalhista), R$ 185,9 milhões (cível) e R$ 1,790 bilhão (tributária)". Todas essas pendências somam R$ 2,932 bilhões. (...)

É aí que mora a desconfiança dos possíveis compradores. "No pacote de informações mandado pela Schin, esse número não está claro. Por isso, o total da dívida pode ser muito maior. Um belo dia o governo pode bater à porta do comprador da Schin para cobrar uma impostos devidos", diz uma das pessoas que receberam o pacote de informações de venda. "É como se uma pessoa fosse vender um carro, mas não deixasse o interessado abrir o capô para ver o motor", compara um analista.
Os dados não teriam sido abertos mesmo depois de pedidos formais. Quando uma empresa se interessa por comprar a outra é comum, conforme explicam analistas, que a companhia a ser vendida passe todas as informações financeiras necessárias antes de iniciado um processo de "due diligence" (procedimento que mapeia a fundo ativos e passivos comerciais, legais, tributários e previdenciários de uma empresa). A "due dilligence", entretanto, só é feita depois de firmada uma carta formal de interesse de compra da companhia vendida. Dada a falta de informações prévias da Schin, nenhuma proposta foi oficializada até agora. A assessoria do negócio está sendo feita pelo BTG. Procurados, nem a Schincariol, nem o BTG se pronunciaram sobre o assunto. Heineken e Diageo também não quiseram comentar o possível interesse na compra.

Conforme fontes do mercado, o pacote de venda da Schin teria sido enviado também para as cervejarias SABMiller, Carlsberg, Ambev MillerCoors, Grupo Modelo, Assai e Kirin.

"Essa maneira de colocar uma empresa à venda é muito ruim, pois o preço cai muito", afirma um executivo que teve acesso ao pacote. O preço de venda da Schin seria de US$ 2 bilhões, conforme o jornal britânico "Sunday Times" informou em abril.

"O valor é uma pechincha, mesmo se somados os R$ 2,932 bilhões de dívidas declarados, considerando que a companhia, embora tenha uma marca fraca [Nova Schin], controla quase 10% do mercado brasileiro de cervejas, chegou a uma receita líquida de R$ 2,9 bilhões em 2010 e tem 13 fábricas pelo país", afirma uma analista. "O problema são os esqueletos no armário", diz, referindo-se possíveis a débitos não publicados.

Uma cervejaria em país emergente, com vendas de cerveja em ascensão como o Brasil, deveria custar pelo menos entre oito e dez vezes seu Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), conforme calculam analistas do setor. O Ebitda da Schin, conforme seu balanço, foi de R$ 434 milhões em 2010. Ou seja, a relação preço e Ebitda estaria entre quatro e cinco vezes.

As dívidas e a falta de clareza financeira não são os únicos fatores que puxam para baixo o preço da cervejaria. "A Schincariol tem um custo operacional muito alto", diz um analista. A margem bruta de lucro da companhia, segundo o balanço, é de 37%. Descontadas despesas operacionais, administrativas e com vendas, o percentual cai para 4,4%. Só para comparar: na Ambev, a margem bruta em 2010 foi de 66,5%. Sem as despesas operacionais, ela fica em 39,7%.

Além disso, segundo fontes familiarizadas com as conversas, há um entrave de ordem familiar. A decisão de venda da empresa seria apenas de Adriano Schincariol, presidente e principal acionista, com 51% do capital. Gilberto Schincariol Júnior, vice-presidente da empresa e detentor de 49% das ações, não seria a favor da ideia e apenas aceitaria uma venda se pudesse permanecer na companhia, com um assento no conselho. (...)

(O que atrapalha a venda da Schincariol 27/05/2011 - Valor Econômico, via aqui)

JabRef

Ou “Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 3” – Por Isabel Sales

Um grande problema hoje em dia é a desorganização em nossos computadores, especialmente se lidamos com uma grande leva de arquivos de uma só vez. Geralmente, quando estou pesquisando um assunto, baixo muitos trabalhos no mesmo dia e é difícil ficar padronizando os títulos, pastas e assuntos ao mesmo tempo. Ainda mais quando o artigo não te permite copiar o título e colar na nomeação que você dará a ele (no momento “salvar como”). E ainda mais como a pessoa é tão ansiosa que quer logo abrir, ler, ver o que é interessante, selecionar as boas partes... e eventualmente voltar à organização.

Como prometido em postagem anterior, assim chegamos à dica de hoje: um programa para organizar referenciais. Existem vários, mas hoje falarei sobre o JabRef. É um programa de graça, você não precisa pagar a mais para uma versão melhor nem nada (não que eu tenha percebido). Ele tem os campos importantes para que se organize uma boa base de dados, além de campos opcionais caso você preze detalhes e tenha tempo hábil (você pode incluir inclusive uma resenha ou crítica pessoal).

Confesso algo que não gostei: quando você cadastra uma fonte que está arquivada no seu computador, faz uma ligação entre o arquivo e a referência. Caso você reorganize e altere as pastas, terá que voltar ao programa e alterar os links. Fiquei mal acostumada com o Dropbox que me permite momentos súbitos de organização sem maiores consequências (vou enviar um e-mail pros organizadores do JabRef sugerindo a melhora. Quem sabe!?). Outro ponto que alguns talvez tenham problema é que não há versão em português.

Mas há vários pontos positivos! O programa é leve, fácil de ser utilizado, não precisa de um super manual para que você consiga navegá-lo. Você terá as suas referências organizadas o que te poupará tempo em revisões e trabalhos futuros. Ele pode ser integrado ao Word para que você exporte as referências e pode ser compartilhado! (Como eu sou um pouquinho maníaca por controle, prefiro ir organizando as referências na minha dissertação à medida que vou escrevendo. Pra mim o JabaRef vai ter apenas fins organizacionais. Nada de integração e afins.)

Eu ia criar um passo-a-passo inicial, cheguei inclusive a copiar as telas! Mas a Luciana Ikuno (grata) me indicou um bom tutorial disponível Aqui.

Ademais, o Alexandre Alcantara (grata) me indicou um link com uma postagem interessante sobre uma ferramenta que gera automaticamente as suas referências de acordo com as normas da ABNT: Aqui. Esse até quem é control freak pode utilizar!

Ah!!! Essas modernidades facilitam bastante a vida, não é mesmo!? Próximo passo? Agora estou torcendo por um programa que digite diretamente o que eu estou pensando. Aí sim, será mordomia completa.

Agradeço as participações e dicas dos leitores.

Pirataria

Durante uma apresentação realizada nesta semana em Pequim (China), o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, destacou que, hoje, um dos grandes desafios da companhia para avançar no mercado chinês é a questão da pirataria. E o executivo defendeu que a principal causa do problema não está relacionada ao preço do software e, sim, à falta de leis adequadas para garantir a propriedade intelectual.

Para justificar sua visão, Ballmer disse que se as pessoas têm dinheiro para comprar computadores, não faz sentido dizer que elas não podem pagar pelo software. De acordo com notícia do Wall Street Journal, ele lembrou também que, hoje, a Microsoft fatura seis vezes mais por PC vendido na Índia do que na China. O que, segundo ele, deve-se às rígidas leis indianas voltadas a garantir o direito à propridade intelectual.

Em relação ao problema de pirataria na China, o executivo citou que as receitas no país representam apenas 5% do que a Microsoft fatura nos Estados Unidos, apesar dos dois mercados terem vendas de computadores bastante próximas.

Um relatório da BSA (Business Software Alliance), divulgado em maio deste ano, aponta que 42% dos softwares para PC foram pirateados em todo o mundo em 2010, movimentando US$ 59 bilhões em atividades ilegais. Os mercados emergentes – como Brasil e China – são citados como os principais responsáveis por esses números, concentrando US$ 32 bilhões.

Ainda segundo a BSA, os mercados emergentes concentraram 50% de todos os PCs comercializados ao redor do mundo em 2010, contudo, corresponderam a menos de 20% de todas as receitas com licença de software. O que sinaliza para um alto índice de uso de soluções piratas.

Fonte: aqui

Custos na Compensação de Cheques

Sob o novo modelo, a imagem dos cheques é capturada por um scanner e enviada com os dados do documento por meio de um arquivo eletrônico, ao longo de todo o trâmite da compensação. Não há mais necessidade de transporte do cheque físico, que fica retido na agência até que seja liquidado na compensação digital. Além dos equipamentos de captura, o processo envolve sistemas que abrangem várias fases, como o processamento, a transmissão e o armazenamento da imagem, além da proteção dos arquivos. (...)

Segundo a Febraban, os bancos gastam cerca de R$ 300 milhões por ano para recolher os cheques recebidos nas agências e enviá-los, em malotes, à Compe, a câmara centralizadora de compensação do Banco Central. O órgão responde pela gestão de todas as transações entre bancos envolvendo cheques no valor inferior a R$ 250 mil.

Os custos envolvem principalmente segurança [1] e transporte. Em alguns casos, em virtude da distância das agências em relação às 26 câmaras da Compe no país, os cheques são enviados inicialmente para um centro de compensação dos bancos, muitas vezes por meio de aviões e barcos, dependendo da região.

Somente em relação ao transporte, a Febraban estima em R$ 100 milhões a redução inicial de custos com a adoção da compensação por imagem. Na busca por essa economia, os bancos vêm investindo em projetos-piloto de truncagem há cerca de dois anos. Grande parte deles, porém, optou inicialmente pelo modelo centralizado da compensação digital, no qual a captura da imagem é feita nos centros de compensação dos bancos em vez de ocorrer nas agências. (...)

A aposta dos fornecedores está justamente na migração dos bancos para o modelo descentralizado, no qual a captura da imagem passa a ser feita diretamente nas agências e o processo é digitalizado de ponta a ponta, exigindo mais investimentos, em virtude do tamanho da rede bancária. (...)
Compensação de Cheque Transforma papel em Bits - Valor Econômico - 27 de mai de 2011


[1] Haverá necessidade de segurança nas agências.

Exame de Suficiência

Seis Estados não conseguem aprovar nenhum técnico em contabilidade

Matéria publicada no Valor Econômico via Ideias Contábeis, em 29/05/2011, texto de Vivian Soares

Os Estados do Acre, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins e Mato Grosso não conseguiram aprovar nenhum técnico em contabilidade no primeiro exame de suficiência da categoria, que em 2011 passou a ser exigido por lei para o exercício da profissão.

Apenas 24,9% desses profissionais foram aprovados no exame em todo o Brasil, segundo dados do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC/SP). Mesmo com o baixo número de inscritos e de candidatos presentes, os casos de menor aprovação foram os desses seis Estados. Os melhores desempenhos foram registrados no Pará, onde metade dos candidatos que compareceram à prova foram aprovados, e em Santa Catarina, onde esse índice foi de 36%.

A expectativa do CRC/SP era de que pelo menos 50% dos técnicos e contadores fossem aprovados nesse primeiro exame de 2011, o que não aconteceu. Entre os profissionais com curso superior, que também passam a ter o exame de suficiência exigido para exercer a profissão, o aproveitamento ficou abaixo do esperado.Na média nacional, 30,8% dos graduados em contabilidade foram aprovados no exame, realizado em março deste ano. O pior desempenho foi registrado nos Estados do Mato Grosso, Maranhão, Tocantins, Amazonas, Roraima e Acre, onde o índice de aprovados não chegou a 15%. O percentual mais alto de aprovação aconteceu no Distrito Federal e no Rio de Janeiro, onde superou 40%.

Segundo o presidente do CRC-SP, Domingos Orestes Chiomento, o resultado é um alerta para a categoria. “Isso constata o despreparo dos profissionais para atender às exigências do mercado", afirma o dirigente.Ele ressalta que as edições da prova realizadas entre 2000 e 2004, quando a obrigatoriedade do exame ainda não era prevista em lei, tinham índices próximos a 50% de aproveitamento.

A entidade enviou uma versão da prova para universidades de ciências contábeis e cursos técnicos autorizados pelo Ministério da Educação em todo o país. O objetivo é adaptar os currículos e as políticas de ensino dessas instituições para outras edições do exame...