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10 maio 2011

Credor dos clubes

Por Pedro Correia

Visível para o torcedor nas camisas de seus times, o banco BMG tornou-se também o principal financiador dos buracos nas contas dos clubes. Levantamento da Folha em 17 balanços de equipes da Série A do Brasileiro mostra uma dívida de pelos menos R$ 132,3 milhões com a instituição financeira mineira ao final do ano passado. A maior parte foi emprestada durante 2010. Ao final de 2009, eram só R$ 13,7 milhões. Esses valores podem ser maiores porque vários documentos não informam os credores bancários.

Assim, o BMG tornou-se o principal banco no futebol, superando o BIC Banco, ao qual os clubes registram dever R$ 90 milhões. Foi também no ano passado que o banco mineiro se tornou o principal patrocinador no futebol do país. E passou a comprar e vender direitos de jogadores por meio de empresa subsidiária.De propriedade de Ricardo Guimarães, ex-presidente do Atlético-MG, o BMG ganhou notoriedade por estar envolvido no escândalo do mensalão. E atua no mercado de empréstimos consignados.Seus principais devedores são São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Santos, Flamengo e Vasco --só não patrocina palmeirenses e corintianos.

"Em função do patrocínio, cria-se um relacionamento mais estreito", explicou o diretor de finanças do São Paulo, Oswaldo Vieira de Abreu.Seu clube pegou R$ 40,6 milhões em 2010. Os empréstimos são feitos com garantias de rendas futuras, isto é, contratos de patrocínio e de TV. A receita que o time tem pode voltar para o banco.O patrocínio do próprio BMG pode ser usado na quitação. Por enquanto, não há nessa relação com o São Paulo negociações de atletas.

O Corinthians deve R$ 36,7 milhões ao banco. "O BMG tem política agressiva de taxas. [O banco escolhido] Depende do momento", contou o diretor financeiro corintiano, Raul Corrêa da Silva. Pelo balanço corintiano, o BMG é quem cobra os juros mais altos entre as instituições que tem relação com o clube: 1,9% por mês ou CDI (Certificado de Depósito Interbancário) mais 0,65%. Os juros cobrados mudam para cada clube. Mas o que pesa em favor do BMG é liberar o dinheiro às vezes em 24 horas. O Bradesco, por exemplo, pode demorar sete dias.

Ser dependente de Ricardo Guimarães se mostrou danoso a longo prazo para seu próprio clube de coração. O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, contou que zerou empréstimos do BMG. "Preferimos o BIC." Mas restaram R$ 108 milhões em dívida do clube com a empresa EGL Empreendimentos, também de Guimarães. O empréstimo foi contraído justamente na gestão do banqueiro no Atlético-MG. Hoje, o time mineiro ostenta o maior débito absoluto entre todos os times do país.

Questionado pela Folha, o BMG não quis falar dos empréstimos a clubes, nem da relação deles com sua atuação no futebol. "Em obediência à legislação aplicável no tocante ao sigilo bancário que as instituições devem guardar, o BMG não se manifesta acerca de suas operações financeiras", disse a assessoria.
Fonte: Folha de São Paulo

A percepção da inflação cria a realidade

Postado por Pedro Correia

Em 1967 o economista Milton Freedman proferiu um discurso para a American Economic Association, onde afirmou que:

" A taxa de inflação que a economia alcança,em grande parte,é o resultado da taxa de inflação que as pessoas esperam. Quando todo mundo espera que a inflação seja alta, os trabalhadores reivindicam aumentos salariais, e as companhias empurram os preços para cima para acompanhar os aumentos de custos previstos. Quando todo mundo espera que a inflação seja amena , os trabalhadores e as empresas são menos agressivos. Em suma,a percepção da inflação - ou da falta dela - cria a realidade."

Fonte: American Economic Association

Viés da Confirmação

Postado por Pedro Correia

No artigo intitulado Perception ≠ Reality: Analyzing Specific Allegations of NBA Referee Bias foram analisadas as acusações do gestores do time de basquete, Miami Heat, de que os árbritos da NBA, Steve Javie and Derrick Stafford, tinham a tendência de prejudicar esta equipe de basquete. Estas acusações foram feitas, pois,em 2007, um escândalo de apostas com a participação de árbritos da NBA veio à tona. As investigações do FBI sobre o caso mostraram que, o árbitro Tim Donaghy colaborava e participava de uma esquema de apostas em jogos, que ele apitava.Em 15 de agosto de 2007, Donaghy confessou ser culpado das acusações , e um ano depois, foi condenado a 15 meses de prisão e três anos de liberdade supervisionada.

A credibilidade dos árbritos estava abalada, assim, alguns times fizeram um série de acusações contra alguns juízes da liga de basquete norte-americana. Uma dessas foi o caso estudado pelo artigo supracitado.Os pesquisadores analisaram jogos do Miami Heat, no período de 9 anos, que foram apitados pelos árbritos :Steve Javie and Derrick Stafford.O estudo concluiu que nenhum dos juízes apresentou erro sistemático que teve um efeito adverso sobre o Miami Heat. Ou seja, não foi confirmada a tendência dos árbritos prejudicarem o time de Miami. Em verdade, nos jogos apitados por esses juízes o Miami Heat teve um desempenho um pouco melhor.

Não obstante,os resultados empíricos do estudo demonstram que o Miami Heat utilizou o "viés da confirmação" para justificar o mau desempenho do time. Este viés ocorre quando o indivíduo procura encontrar uma informação que confirme a sua visão da situação real.Neste caso, os gestores utilizaram a informação do escândalo para justificar a sua visão da situação real. Em outras palavras, o Miami Heat realizou conclusões generalizadas apoiada por provas reais.



Bancos mais fortes do mundo

Para quem gosta de ranking, eis a relação dos bancos mais fortes do mundo:

1. Oversea-Chinese Banking – Cingapura
2. Svenska Handelsbanken – Suécia
3. National Bank of Canada
4. Canadian Imperial Bank of Commerce
5. DBS Group Holdings - Cingapura
6. United Overseas Bank – Cingapura
7. RFTH Trhird Bancorp – EUA
8. Banco Bradesco
9. UBS – Suiça
10. Boc Hong Kong
11. Banco Santander Brasil

Fonte: Aqui

09 maio 2011

Rir é o melhor remédio






Arte e Cartoons

Inexistem incentivos à eficiência

Postado por Pedro Correia

Excelente texto do economista Marcos Mendes:


Atribui-se ao economista Milton Friedman um interessante raciocínio sobre o incentivo a analisar custo e qualidade dos produtos ao se decidir por uma compra. Quando eu compro um produto com o meu dinheiro para o meu uso, eu me preocupo em analisar tanto o preço quanto a qualidade do produto. Afinal, tanto os custos quanto os benefícios do produto vão recair sobre mim.

Porém, quando compro alguma coisa com o meu dinheiro, para o uso de outra pessoa, me preocupo mais com o preço que pagarei do que com a qualidade. Nessa situação, não serei o usuário do produto, logo minha preocupação recai mais sobre os custos (que pagarei) do que sobre os benefícios (que recairão sobre outra pessoa). Pense no seu processo de decisão ao escolher um presente para o seu amigo oculto na festa de fim de ano no trabalho: você certamente sabe que seu colega gostaria mais de ganhar um IPAD, mas acaba concluindo que ele ficará feliz com um CD ou um livro.

Quando vou comprar alguma coisa para o meu uso, pagando com o dinheiro dos outros, vou olhar mais para a qualidade e me preocupar menos com o preço. Pense em um adolescente fazendo compras com o cartão de crédito do pai.

Na situação em que vou comprar alguma coisa para ser usada por outra pessoa, pagando com um dinheiro que não é meu, não vou me preocupar nem com o preço que pago, nem com a qualidade do produto. Essa é a situação de um funcionário público que está adquirindo bens e serviços a serem usados pela população.

Ou seja, o incentivo do agente governamental para buscar o menor preço é baixo, pois não é ele que está pagando diretamente pela compra. Também não vai fazer grande esforço para buscar qualidade, se o serviço público é para atender a população em geral e não ao servidor em particular.

Há, também, pouco incentivo à inovação no serviço público. Em geral, a inovação é estimulada e bem remunerada no setor privado, pois ela é fonte de geradora de lucros. Já no serviço público impera a regra da obediência ao regulamento e da responsabilização individual em casos de fracasso. Nesse contexto, por que devo inovar, se corro o risco de errar e ser responsabilizado? Prefiro cumprir os regulamentos e esperar pelas promoções por tempo de serviço. O resultado é a aversão ao risco e o apego a procedimentos burocráticos.

Associe-se a isso a estabilidade no emprego e estará completo o quadro de desestímulo ao esforço. No caso brasileiro, do ponto de vista do servidor, a competição ocorre antes (no concurso) e não durante o exercício profissional. As pessoas fazem esforço colossal para serem aprovadas em concorridos certames de seleção para o serviço público. Mas, uma vez aprovadas, não correndo risco de demissão por baixo esforço, nem vislumbrando ganhos salariais decorrentes do esforço individual, reduzem seu nível de dedicação ao trabalho.

Além disso, o setor público é monopolista na prestação de muitos serviços (infraestrutura urbana, policiamento, controle de poluição, justiça, etc.), logo não há o estímulo à eficiência gerada pela competição.

120 anos de dívida pública

Por Pedro Correia

The policy choices and decisions countries face as they emerge from the worst economic crisis in 80 years have a lot to do with their past habits. And to make good decisions, they need good data.

The IMF staff has built a comprehensive and dynamic new database on public debt. The data covers 174 countries over a period of 120 years, and will help policymakers understand the past and chart a future course to sustainable economic growth.

The data shows how government debt has risen and fallen over the years as important events, such as wars and stock market crashes, affect a country's decisions about when to save and when to spend.

It turns out the relationship between debt and economic growth has changed over time; historically, fast growing countries had low debt ratios, while slow growers struggled under higher debt. In the past 30 years that relationship has altered as advanced economies' debt levels have risen and their economies have grown.

The data also debunks some old clichés, for example that African countries have the highest debt levels. In fact, low income countries in Africa today have lower debt ratios than do advanced economies in Europe and North America.

Fonte: FMI

Grifos nossos.

Assista ao vídeo sobre a história da dívida pública mundial.

Carajás e Tapajós

Postado por Pedro Correia

Caso cheguem a ser criados, os estados de Carajás e Tapajós serão economicamente inviáveis e dependerão de ajuda federal para arcar com as novas estruturas de administração pública que precisarão ser instaladas, afirma o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Rogério Boueri.

Nesta quinta-feira (5), a Câmara aprovou projetos de realização de plebiscitos para decidir sobre a criação dos estados de Carajás e Tapajós, que seriam desmembrados do Pará. No caso de Carajás, um decreto deve ser promulgado pelo presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), autorizando a realização da consulta. No caso de Tapajós, o plenário da Câmara aprovou o plebiscito, mas ainda falta votação no Senado.

O economista do Ipea fez cálculos, a pedido do G1, considerando os dados mais recentes disponíveis, referentes a 2008, e concluiu que os estados do Tapajós e de Carajás teriam, respectivamente, um custo de manutenção de R$ 2,2 bilhões e R$ 2,9 bilhões ao ano. Diante da arrecadação projetada para os dois estados, os custos resultariam num déficit de R$ 2,16 bilhões, somando ambos, a ser coberto pelo governo federal, conforme o especialista do Ipea.

O PIB do Pará em 2008, ressaltou o economista, foi de R$ 58,52 bilhões, e o estado gastou 16% disso com a manutenção da máquina pública. O estado do Tapajós gastaria cerca de 51% do seu PIB e o de Carajás, 23%. A média nacional é de 12,72%. “Nessas bases, não tem estado que se sustente”, afirma Boueri.

Os cálculos do pesquisador se baseiam nas médias de gasto com a manutenção da máquina pública por habitante em cada estado. A partir disso, considerando as populações dos novos estados em discussão, ele chegou a uma projeção de quanto cada um deles gastaria.

Para piorar a situação, a estimativa não leva em conta os altos investimentos envolvidos na criação de estados, lembra o pesquisador, como a construção de edifícios públicos e, no caso do interior do Pará, a necessidade de implantar infraestrutura, já que será necessário ampliar aeroportos e rodovias. Para Boueri, Tapajós e Carajás “serão estados de boca aberta, esperando o dinheiro do governo federal”.

Fonte:G1

08 maio 2011

Rir é o melhor remédio

O que o português disse para o índio quando chegou ao Brasil?
8 p

O índio não respondeu. O português disse novamente:
18 p

Percebendo que o índio estava cansado, o português aconselhou:
118 p

Fonte: Adaptado do livro Piadas Nerds (só R$19,90 e do twitter do mesmo nome)

A Conta do Descalabro

Postado por Pedro Correia


Trecho de artigo de Rolf Kuntz mostra alguns dados sobre a economia brasileira:

A economia brasileira continua em festa, e a conta, naturalmente, vai subindo. A inflação passa de 6% e pode superar o limite da banda oficial, 6,5%. Nas contas externas, o déficit em transações correntes bate recordes – US$ 5,7 bilhões em março, US$ 14,6 bilhões no primeiro trimestre e US$ 50 bilhões em 12 meses. A atividade cresce, as empresas lucram, os juros permanecem altos e a inundação de capital estrangeiro continua. Entraram US$ 42,6 bilhões entre janeiro e março, em termos líquidos. Esse dinheiro bastaria para cobrir quase o triplo do déficit em conta corrente do período. O investimento direto estrangeiro, US$ 27,3 bilhões, foi o principal componente da enxurrada financeira. Compensaria quase o dobro do buraco nas transações correntes. Esse tipo de investimento, em geral considerado o mais benéfico para a economia, deve chegar a US$ 60 bilhões em 2011, segundo o governo. Pelos prognósticos oficiais, o setor externo continuará seguro, o ajuste interno será conduzido gradualmente e no fim do próximo ano a inflação estará no centro da meta, 4,5%. Tudo se arranjará maciamente e sem dor.

Fonte: Rolf Kuntz.O Estado de S.Paulo, 27 de abril de 2011

07 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Redução de custos nas companhias aéreas

Teste 470

Qual a modelo mais bem paga do mundo?

Gisele Bunchen
Heidi Klum
Kate Moss

E o valor recebido em 2010?

45 milhões
20 milhões
13,5 milhões

Resposta do Anterior: Reduziu a carga tributária das empresas. Fonte: aqui

Domínios mais caros

Eis a lista dos domínios mais caros da internet (por valor de venda):
É interessante notar que o número de visitantes não parece ser relevante para o valor de venda.

Índice de Globalização KOF

Por Pedro Correia

Alguns trechos do excelente artigo do economista Pedro Alburque:

"Um fato pouco presente nos debates nacionais é o elevado contraste entre o grau de globalização da economia e da política brasileira. O respeitado Instituto Federal de Tecnologia da Suíça calcula anualmente o Índice de Globalização KOF, no qual globalização é definida como “o processo de criação de redes de conexões entre atores a distâncias multicontinentais, mediado por uma variedade de fluxos incluindo os de pessoas, informações e idéias, capitais e bens”. De acordo com o recém-publicado Índice KOF de 2010, o Brasil é politicamente um dos países mais globalizados, ocupando a 19ª posição entre 208 países. Sob o ponto de vista econômico e social, porém, seu desempenho é medíocre, ocupando a 91ª posição em globalização econômica, ao lado de países como Albânia, Azerbaijão, Gana e Bolívia, e a 124ª posição em globalização social, abaixo de países como Paraguai, Namíbia, Cuba, e Sri Lanka. Os fracos resultados nos índices de globalização econômica e social levam o Brasil a ocupar a 75ª posição no índice geral, abaixo, portanto, do Cazaquistão, país que obteve infame notoriedade graças ao filme “Borat”.

O problema com baixos índices de globalização como os apresentados pelo Brasil é que eles são altamente correlacionados com índices de desenvolvimento econômico e social. Os países mais globalizados, não coincidentemente, são também os países mais ricos, cujos cidadãos são mais educados e que oferecem os melhores níveis de bem-estar social às suas populações"

Al-Qaeda

Postado por Pedro Correia




O gráfico abaixo mostra um linha do tempo com todos os ataques da Al-Qaeda, que tiveram vítimas fora do Afeganistão e do Iraque,desde de 1992 até 2008.É interessante observar que a maior parte foi feita na África e no Oriente Médio.




Fonte: The Economist

06 maio 2011

Rir é o melhor remédio







Criatividade na propaganda

Banco lucra mais se adotar padrão IFRS

Os lucros dos principais bancos do país poderiam ter sido 25% maiores em 2009, com uma diferença positiva de R$ 8,7 bilhões, caso as instituições financeiras tivessem adotado oficialmente o padrão internacional de contabilidade, conhecido como IFRS, a partir daquele ano. Em 2010, o ganho teria sido 4% maior que o publicado.

O patrimônio líquido desse grupo de bancos ficou 9% maior no sistema internacional, somando R$ 284,6 bilhões ao fim de 2010, enquanto os ativos totais recuaram 1,5%, a R$ 3,21 trilhões. O Valor levantou os dados de mais de vinte bancos, mas os números se referem apenas aos dez maiores por ativos que apresentaram o lucro comparativo de 2009 em IFRS.




Por decisão do Banco Central, e ao contrário do que ocorreu para as companhias abertas não financeiras, os bancos não adotaram o modelo internacional de forma oficial.[1] A divulgação do balanço em IFRS é apenas uma obrigação adicional para as instituições de capital aberto ou que sejam obrigadas a ter comitê de auditoria devido ao seu porte. O prazo final para entrega era 30 de abril, mas alguns bancos ainda estão atrasados.[2]

Diversas normas do IFRS, usadas em mais de cem países, incluindo aqueles da União Europeia, diferem da prática contábil[3] determinada pelo Banco Central. Mas a regra que “chamou mais atenção” em termos quantitativos e de frequência entre os grandes bancos foi o tratamento dado às provisões para perdas com empréstimos, diz Ricardo Anhesini, sócio da área de serviços financeiros da KPMG.

Seguindo as normas do Banco Central e seus próprios critérios prudenciais, os bancos locais fizeram provisões ao longo de 2009 em valores superiores às perdas realmente registradas. Ao apresentar os número em IFRS, esse “excesso de prudência” é revertido[4] e [6], com impacto positivo no lucro, algo que ocorreu para Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco, os três principais do país.

No padrão brasileiro, os bancos usam uma tabela de risco do BC e também fazem provisões voluntárias, na medida em que preveem que no futuro haverá deterioração na carteira de crédito. Quando a perda realmente ocorre, o colchão para absorvê-la já está lá. Se a inadimplência não aumenta como o esperado, os bancos podem reverter provisões ou usar a reserva feita com antecedência para cobrir novas operações de crédito geradas.[5]


Pelo IFRS, só se registra uma baixa no valor da carteira de empréstimo quando a inadimplência efetivamente ocorre, o que é chamado de perda incorrida.[6]


Há vinte anos, segundo Anhesini, era mais comum ver o contrário, com a provisão no balanço brasileiro inferior àquela divulgada nas regras contábeis de países desenvolvidos. “Isso é reflexo da ação do Banco Central, com seu conjunto normativo.” [5]


Se ainda estivéssemos em meados de 2008, antes do estouro da crise financeira internacional[5], esse tipo de comparação entre os padrões contábeis levaria uma conclusão rápida de que o sistema brasileiro é excessivamente conservador[8], com a possibilidade de sacrificar dividendos que pertenceriam aos acionistas.

Mas os efeitos da turbulência foram fortes o suficiente para mudar a lógica tanto do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb), que emite as IFRS, como do Fasb, seu par norte-americano, responsável pelo padrão americano US Gaap.

Os dois órgãos trabalham em uma norma conjunta que deve mudar o sistema para perda esperada, explica Diego Fresco, sócio da PwC. Esse modelo ficará mais próximo ao usado no Brasil, ainda que sem a tabela padrão do Banco Central. “No novo modelo do Iasb, cada entidade vai ter que desenvolver sua própria expectativa de perda”, afirma o especialista´.[4] e[6]

Outra diferença relevante entre os dois sistemas contábeis se refere à amortização do ágio – que não existe no IFRS -, e que tem efeito drástico nos números do Santander, que já usa o IFRS como referência, inclusive para pagamento de dividendos. Mas caso outros bancos brasileiros façam aquisições relevantes, isso valerá também para eles.

Embora o tratamento dado a obrigações legais seja diferente no IFRS, apenas bancos como HSBC e Citibank decidiram mudar a forma de fazer o registro. Pela regra do BC, se existe uma lei exigindo o pagamento de um tributo por determinada alíquota, por exemplo, isso é obrigação legal e esse passivo deve ser registrado, ainda que haja contestação na Justiça e que o banco considere que as chances de ganhar são grandes ou prováveis.


Pela regra internacional, o banco não precisa registrar o passivo se considera provável que vencerá a causa. [4]


Outra permissão do IFRS que não foi usada amplamente é a possibilidade de reconhecer créditos fiscais com prazo de realização maior que dez anos.[7]



Fonte: Fernando Torres, Valor Economico


Comentários de Pedro Correia:


[1]A adoção do IFRS para as demonstrações financeiras individuais dos bancos é um dos grandes desafios do Bacen.


[2]Veja os Comunicados 14256/06 e 16688/08 do Bacen.


[3]Após divulgação da lei 11638/07, o Bacen vem divulgando uma série de normas em consoância com as IFRS.No entanto, há várias divergências.A mais relevante é sobre o IAS 39, que trata de instrumentos financeiros.Outrossim, a IFRS 7, que trata da evidenciação destes mesmos instrumentos.Além disso, a estrutura das normas do Bacen é diferente do IASB. As IFRS possuem mais detalhes , exemplos e orientações.


[4]Talvez seja mais um indício, que as normas baseada em princípios têm o "excesso" de julgamento como uma das principais características .Em verdade, são mais subjetivas.


[5]A regulaçao do Bacen é muito boa .Isto foi visto no decorrer da crise de 2008.


[6]O IFRS 9 trata da PDD para perdas esperadas.É um dos temas mais importantes para as instituições financeiras.Um ponto interessante sobre esta norma é o fato que, dado o modelo de negócio da IF a sua carteira de crédito é aberta em "good book and bad book". Esta abertura é feita com base na política interna de gerenciamento de risco de cada entidade.Várias críticas já foram feitas a esta norma do IASB,como:o reconhecimento da perda é tardio.


[7]Mais um exemplo de IFRS,que é baseado em regras.


[8]É interessante observar a nova Estrutura Conceitual,oriunda do trabalho em conjunto do FASB e IASB, que está em fase em desenvolvimento. A primeira etapa já foi concluída em 28 de setembro de 2010.Veja aqui.


[8]Inúmeras alterações foram feitas em relação à "antiga estrutura".Um das mais importantes é a mudança dos objetivos das demonstrações financeiras. Atualmente, o foco é fornecer informações sobre a posição financeira e patrimonial para um grande número de usuários.Neste novo framework,o objetivo é:fornecer informações financeiras que sejam úteis para os atuais e futuros investidores e credores. Outra alteração relevante foi a remoção do conservadorismo e da confiabilidade das caracteríticas qualitativas das demonstrações financeiras.Estas foram substituídas pela representação adequada (faithful representation), que visa apresentar a essência econômica da transação.

Dropbox

Eu já perdi arquivos de todas as formas possíveis e imagináveis. Já terminei uma apresentação pra uma aula do mestrado e não achei por um bom tempo aonde eu a tinha armazenado (foi parar em uma pasta de arquivos temporários da internet porque eu utilizei diretamente um anexo do Outlook sem utilizar a opção de salvar numa pasta regular), já fui vítima de bruxaria e o arquivo simplesmente não abria mais, já tive pastas deletadas por irmãos desatentos, isso sem contar no bom e velho vírus! Recentemente teve um dilúvio em Brasília que danificou prédios da UnB. Li e ouvi relatos de pessoas que perderam computadores e backups. Isso tudo só tem um resultado: desespero total.

Quem já sofreu a perda de um importante trabalho sabe como o luto é doloroso. E para vocês que eu escrevo essa postagem! Existe salvação!!! Existem formas mais fáceis de não sermos alvo das tocaias do destino!!! (Ao menos em relação aos arquivos digitais, por hora).

Vou contar pra vocês um segredo valioso: existe um tal dum programa çhamado “dropbox” que já salvou algumas vidas. A magia do programa, de uma forma resumida, é a seguinte: ao instalá-lo, é criada uma pasta no seu computador. Você simplesmente copia seus arquivos pra lá e é tudo sincronizado com a sua pasta na web de forma automática! Sem precisar mandar e-mails com cópias, sem precisar de formulários na web. (Você pode inclusive compartilhar essa pasta com o seu orientador pra que ele esteja sempre atualizado quanto ao progresso do seu trabalho! Mas né... não vamos falar sobre isso.)

Vou repetir uma parte: “Você simplesmente copia seus arquivos pra lá e é tudo sincronizado com a sua pasta na web de forma automática”. Depois que você salvou o arquivo no Dropbox uma vez, ele vai se atualizando sozinho de acordo com as modificações no arquivo mestre do seu computador, independente da pasta que ele esteja. Isso por que eles são linkados pelo programa. Sensacional!

Mais algumas vantagens:
- A troca de arquivos entre usuários é segura, pois utiliza certificados digitais SSL (Secure Socket Layer);
- A interface é simples;
- Não há publicidade e propaganda.

Modo de usar: Baixe o programa e cadastre-se. Depois de instalado, aparecerá uma caixinha azul no seu desktop (ou na sua lista de programas). Basta clicar no ícone que a pasta do Dropbox se abrirá. Para copiar os arquivos, faça da mesma forma como você já movimenta arquivos entre pastas e drives (copiar -> colar; ctrl + c -> ctrl + v).
O programa já cria algumas pastas, mas você pode acrescentar outras e utiliza-las sem problemas.
O site disponibiliza um vídeo para quem quiser aprender mais: aqui.

Mas...O único problema é que o espaço de graça é pequeno. Para poder utilizar melhor os recursos do programa é necessário pagar. O básico é de graça e te oferece 2 GB de memória. Para ter 50 GB você deve pagar uma mensalidade de US$ 9,99; para 100GB a mensalidade é de US$ 19,99.

Porém... Há outras formas de aumentar o seu espaço, dentre elas:

- Utilizando o recurso "envio da câmera";
- Fazer um "tour";
- Instalar no seu desktop, em seguida no seu celular;
- Indicar amigos (500MB por cada convite aceito);
- Compartilhar pastas;
- Enviar sugestões de melhoria...

[Série "Invadindo o mundo da ciência da informação": Portal CapesAgregador de FeedsDropboxJabRefPlagius]

Custo Perdido

Eis um bom exemplo de custo perdido:

"Em algum momento, os ativos nos quais a aposentadoria dos participantes está investida terão de ser monetizados", afirmou o diretor de participações da Previ, Marco Geovanne.

Em 2008, o empreendimento chegou a ser negociado por cerca de R$ 200 milhões. Estima-se que a Costa do Sauipe já tenha sugado mais de R$ 1 bilhão em recursos.

Costa do Sauipe registra o 1o lucro de sua história - Glauber Gonçalves, Estado de São Paulo, 4 de mai 2011, B20

Caixa e Equivalentes

O termo disponível ou disponibilidades deveria ser utilizado para designar a moeda corrente que uma empresa possui mais os recursos na conta corrente da empresa e as aplicações financeiras de curtíssimo prazo.

Com a adoção das normas internacionais, adotamos também o termo “caixa e equivalentes de caixa” para referir ao disponível. Tanto é assim que a demonstração da movimentação financeira recebeu a denominação no Brasil de Demonstração dos Fluxos de Caixa. E parece que o termo já se consagrou na área contábil.

Quando uma empresa divulga suas demonstrações contábeis, geralmente apresenta no balanço patrimonial o item “Caixa e Equivalentes de Caixa”.  Algumas detalham nas notas explicativas a composição deste grupo de contas.

É o que fez a empresa TCI, uma empresa de Business Process Outsourcing (BPO) ou, em português, de terceirização de processos de negócios. Esta empresa fechou o ano de 2010 com um ativo de 197 milhões de reais e obteve receitas durante o ano de 2010 no valor de R$151 milhões.

Quando se analisa a composição do ativo observa-se que 70% é de curto prazo. Destacou-se, na data de 31 de dezembro de 2010, o volume de contas a receber (R$86 milhões ou 44% do ativo), estoques (10%) e títulos a recuperar (4,6%). O valor de Caixa e Equivalentes era de R$7,7 milhões ou quase 4% do ativo. Apesar de não ser um valor expressivo, é interessante notar que, conforme notas explicativas da empresa, R$206 mil eram em moeda corrente e o restante na conta movimento (R$7,5 milhões). (Os valores das aplicações financeiras foram evidenciados a parte, num total de R$5,9 milhões).

Deixar esta quantidade de dinheiro numa conta bancária é um custo de oportunidade significativo: imagine que 12% ao ano sobre este valor representaria quase R$1 milhão. Talvez seja pouco para uma empresa com um lucro de R$35 milhões. Talvez. 

Brasil: maior mercado para perfumes no mundo

Postado por Isabel Sales


O Brasil foi alçado à condição de maior mercado para perfumes no mundo em 2010, superando os Estados Unidos, segundo dados da consultoria Euromonitor. Enquanto o faturamento com a venda de fragrâncias em território americano permaneceu na casa de US$ 5,3 bilhões no ano passado, as receitas no Brasil subiram de US$ 4,5 bilhões, em 2009, para US$ 6 bilhões, em 2010 - uma alta de 33%.

Há, porém, uma distorção nos números da consultoria: além do crescimento do mercado nacional, eles são influenciados pela valorização do real, que favorece o Brasil na comparação com outros mercados, feita em dólar. Segundo dados do Sipatesp, sindicato das indústrias de perfumaria e cosméticos, as vendas das duas categorias no País subiram 18,4% em 2010.

Segundo Marcel Motta, analista responsável pelo levantamento da Euromonitor, o consumo de perfumes no Brasil se concentra principalmente em marcas populares, que respondem hoje por 93% das vendas. As líderes do setor, de acordo com a consultoria, são Natura e O Boticário, que, juntas, somam 60% de participação.

Hábitos. Apesar do forte crescimento, as empresas de perfume ainda têm um terreno inexplorado a conquistar. A diretora de marketing e vendas de O Boticário, Andréa Mota, diz que, atualmente, 61% dos brasileiros usam algum tipo de perfume. Ou seja: há quase 40% de consumidores em potencial. E a proporção está mais ligada a costumes regionais do que à renda: no Nordeste, diz ela, cerca de 90% das famílias usam algum tipo de perfume, enquanto no Sul a proporção é bem mais baixa, de 40%.

Além disso, os produtos mais vendidos pela marca O Boticário - que contabiliza 54% de suas receitas no segmento de perfumes - mostram que o preço não tem necessariamente o maior peso na decisão de compra. Hoje, a empresa vende mais de 80 itens de perfumaria, mas o carro-chefe no segmento masculino é o Malbec, vendido a R$ 92. Já a principal fragrância feminina é a Egeo Dolce, de R$ 62,90. "Com o aumento da renda, as pessoas passam a testar novos tipos de produtos", diz Andréa.

Para a gerente de perfumaria da Natura, Denise Coutinho, é importante que as empresas saibam identificar tendências regionais: no Nordeste, por exemplo, as colônias tipo splash - que ficam menos tempo na pele - dominam as vendas. "É uma questão cultural. No Nordeste, as pessoas tomam vários banhos por dia. Então, não é preciso que o perfume permaneça por 12 ou 24 horas", explica. "E a formulação permite que o produto seja aplicado no corpo inteiro."

Ela diz que as diferenças regionais influenciam diretamente a estratégia de negócio: no Nordeste, o foco são as promoções, pois o consumidor não precisa ser convencido a usar perfume. Já no Sul, onde o uso é mais baixo, a Natura precisa também empreender um processo de convencimento do consumidor em aderir ao hábito de usar o produto com mais frequência.

Enquanto O Boticário e Natura permitem-se lançamentos de maior valor agregado - na Natura, a linha Essencial pode custar R$ 136 -, a Água de Cheiro concentra-se fortemente em atender às necessidades da classe C. O presidente da empresa, Henrique Alves Pinto, diz que o recente processo de renovação de embalagens pela qual a linha da empresa passou não afetou o preço dos produtos. "Para o meu público, eu preciso apresentar uma relação custo-benefício clara", afirma Alves Pinto. "Somos um País que tem 100 milhões de pessoas na classe média. Esse público já representa metade da economia do País - e são essas pessoas que nós queremos atender."

Brasil vira líder mundial em perfumes - Fernando Scheller - O Estado de S. Paulo - 4 de maio de 2011.




05 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Esta é uma das propagandas mais clássicas da história. Mas como é criativa: Ninguém é perfeito. Fonte: aqui

Teste 469

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Quanto custou para os EUA a guerra contra o terrorismo?

Quanto custou para os EUA a guerra contra o terrorismo? – Por Isabel Sales

De acordo com o Congressional Research Service, desde os atentados de 11 de setembro os Estados Unidos gastaram cerca de US$ 1,3 trilhões com o programa “War on Terror”.

Embora a captura de Osama esteja fortemente ligada aos atentados de 2001, não é possível estimar exatamente quanto desse valor foi aprovado com o foco no terrorista. Todavia, foi feita uma estimativa do quanto foi gasto com inteligência (que incluiu vigilância de aviões teleguiados, escutas telefônicas tradicionais e mundiais com base em palavras-chave) para encontrá-lo no Paquistão, levando à invasão que causou a sua morte. Resultado: provavelmente apenas alguns milhões de dólares. Isso porque os avanços tecnológicos reduziram os custos. Esse valor é inferior ao quanto se gasta em um dia de combate no Iraque ou no Afeganistão.

Fontes: Aqui e Aqui.

Links

Vídeo: a história de um time de futebol da Tailandia que não tinha onde jogar 

Casa de Bin=Laden parecia o mapa de Israel 

Vazamento pode custar bilhões para Sony 

A França quer controlar o preço do eBook: valor único 

Cérebro e pessoas do mesmo nível social  

Qual o deficit do Palmeiras?

Lucro dos Bancos

Se tivessem adotado oficialmente há dois anos o padrão internacional de contabilidade (IFRS), os principais bancos do país teriam apresentado, em 2009, lucros 25% maiores que os publicados, com uma diferença positiva de R$8,7 bilhões. Em 2010, o lucro também teria sido 4% maior.

Por decisão do Banco Central, ao contrário do que ocorreu para as companhias abertas não financeiras, os bancos não adotaram o modelo internacional de forma oficial. A divulgação do balanço em IFRS é apenas uma obrigação adicional para as instituições que tenha capital aberto ou que sejam obrigadas a ter comitê de auditoria.

Novo Padrão contábil faz crescer o lucro dos bancos - Fernando Torres - Valor Econômico - 5 de mai de 2011

Qual a relação?

Ao ler as demonstrações contábeis do Corinthians evidenciada hoje achei muito interessante a qualidade das demonstrações. Mas o mais interessante foi o seguinte trecho:
c. Licenciados Referem-se a contratos de licenciamento para uso da marca “Corinthians”, firmados principalmente com as empresas: Spal Indústria de Bebidas S.A., SPR Indústria de Confecção e Tecelagem Ltda. e com a pecuarista Neide Sanches.
Pecuarista? Contrato de Licenciamento? Marca "Corinthians"? Será que a pecuária irá criar um semovente chamado Corinthians?

Novos Pronunciamentos

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) coloca em audiência pública hoje, 04/05/2011, minutas de deliberação que aprovam os Pronunciamentos Técnicos CPC 15(R1) – Combinação de Negócios, CPC 18(R1) – Investimento em Coligada e em Controlada, CPC 19(R1) – Investimento em Empreendimento Controlado em Conjunto (Joint Venture), CPC 35(R1) – Demonstrações Separadas e CPC 36(R2) – Demonstrações Consolidadas.
Ver aqui

Recomendações aos cientistas

Postado por Pedro Correia

Extratos (adaptados) de Ciência: problemas, objetivos e responsabilidades (Popper falando a biólogos, em 1963, em plena Guerra Fria):

"A tarefa mais importante de um cientista é certamente contribuir para o avanço de sua área de conhecimento. A segunda tarefa mais importante é escapar da visão estreita de uma especialização excessiva, interessando-se ativamente por outros campos em busca do aperfeiçoamento pelo saber que é a missão cultural da ciência. A terceira tarefa é estender aos demais a compreensão de seus conhecimentos, reduzindo ao mínimo o jargão científico, do qual muitos de nós temos orgulho. Um orgulho desse tipo é compreensível. Mas ele é um erro. Deveria ser nosso orgulho ensinar a nós mesmos, da melhor forma possível, a sempre falar tão simplesmente, claramente e despretensiosamente quanto possível, evitando como uma praga a sugestão de que estamos de posse de um conhecimento que é muito profundo para ser expresso de maneira clara e simples.

Esta, é, eu acredito, uma das maiores e mais urgentes responsabilidades sociais dos cientistas. Talvez a maior. Porque esta tarefa está intimamente ligada à sobrevivência da sociedade aberta e da democracia.

Uma sociedade aberta (isto é, uma sociedade baseada na idéia de não apenas tolerar opiniões dissidentes mas de respeitá-las) e uma democracia (isto é, uma forma de governo devotado à proteção de uma sociedade aberta) não podem florescer se a ciência torna-se a propriedade exclusiva de um conjunto fechado de cientistas.


Eu acredito que o hábito de sempre declarar tão claramente quanto possível nosso problema, assim como o estado atual de discussão desse problema, faria muito em favor da tarefa importante de fazer a ciência - isto é, as idéias científicas -ser melhor e mais amplamente compreendida."


Karl R. Popper: The Myth of the Framework (in defence of science and rationality). Edited by M. A. Notturno. (London: Routledge, 1994), p. 109.

Tradução de Paulo Roberto de Almeida

O que influencia o valor de uma Patente?

Este link apresenta alguns fatores que influenciam o valor de uma patente:

a) Anos de vida remanescente da patente – Naturalmente que quanto maior, maior o valor.
 b) Número de inventores listados na patente – Patentes com maiores números de inventores deveria ter, a princípio, uma qualidade maior. Entretanto, em tal situação, a vulnerabilidade é mais elevada, já que o risco de litígio também é maior. Na realidade, parece que este item não permite inferir muito sobre o valor da patente;
c) Antecipação da receita de licenciamento – numa patente cujos direitos já foram antecipados para os beneficiários reduz o valor da patente. Nesta situação, criou-se um passivo para o detentor da patente.
d) Habilidade de aumentar as vendas dos produtos – Ou seja, a patente representa vendas para as empresas. Um exemplo: Post-it.
e) Capacidade de gerar vendas em novos mercados
 f) Estágio do desenvolvimento do produto – na fase inicial da comercialização o valor do licenciamento geralmente é menor em razão do risco existente.
g) Qualidade dos advogados – Patentes com um bom sistema de proteção legal é mais valiosa

Aluguel de espaço

A Drogarias Pacheco é uma rede de lojas que teve, em 2010, uma receita líquida de vendas de 1,75 bilhão. Como todo comércio varejista, a margem líquida é bem reduzida: 3,25%, com um lucro líquido de 57 milhões.

Uma fonte interessante de receita obtida pela empresa é o aluguel do espaço (vide nota 8 das demonstrações). Em 2010 foi de 13,5 milhões ou menos de 1% da receita líquida. Parece pouco, mas quando considera o lucro de 57 milhões, o valor corresponde a quase 25% deste resultado.

Eventos improváveis

Usando os dados do caso claro em especial do jogo de loteria, este estudo mostra que os leigos tendem a tirar conclusões precipitadas com base em algumas observações, e que preconceitos são comuns e sistemáticos na predição de eventos improváveis. Numa perspectiva mais geral, tais distorções podem induzir a opinião pública e da mídia para chamar oscilações drásticas na política em resposta aos eventos altamente improváveis. Os políticos são, em seguida, sob pressão para ceder às exigências populares de regulamentação drásticas.
Fonte: aqui

Prostituição na Índia

50 por cento das mulheres inquiridas no estudo disseram que a prostituição é essencialmente uma segunda carreira (...). Nesses casos, a prostituição pagava cerca de cinco vezes melhor. Setenta por cento de todas as trabalhadoras relataram que se tornar uma prostituta era uma decisão própria. (Por outro lado: 30 por cento disseram que provavelmente não era.) Além disso, aquelas com experiência anterior de trabalho também tendem a serem mais pobres e menos educadas do que aquelas que entraram diretamente a prostituição.
Prostitute Pay in India - Freakonomics

Tendeciosa

Fazia tempos que não lia um texto tão tendencioso quanto “Governo americano aciona Deutsche em US$ 1 bilhão”, de David Voreacos, da Bloomberg. O texto foi publicado no Valor Econômico de 4 de abr e pode ser lido aqui.

Apesar da notícia referir ao fato do governo dos EUA estar processando um banco, sob alegção de mentira, o texto considera que o que está sendo dito realmente ocorreu, antes do julgamento da justiça. Vejam vocês:
O banco, sediado em Frankfurt, e sua unidade MortgageIT certificaram falsamente que tomadores não ofereciam risco de calote 
O banco e a MortgageIT mascararam os empréstimos problemáticos através de violações "graves" das regras do HUD de análise de renda e qualidade de crédito dos tomadores 
 O ABN Amro Mortgage Group falsificou documentos que envolveram mais de 28.000 empréstimos.

04 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Será um produto original ou falsificado?





Teste 468

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Links

Projeção para 2011: maré deve aumentar 1,6 metros

Caixa é rei

Vídeo: Campeonato brasileiro de ioiô

Gol tem despesa extraordinária de R$120 milhões

Vídeo: convergência de Hong Kong para as IFRS

O dilema de quem quer ser pesquisador

Presidentes com filhas pagam melhores salários as mulheres

Um novo código Comercial para o Brasil

Por que a convergência foi adiada?

Recentemente o Iasb e Fasb divulgaram que não será possível cumprir o prazo de fazer a convergência entre as normas internacionais de contabilidade e as normas estadunidense. Qual a razão para que isto ocorresse? 

Segundo as duas entidades, existiam quatro grandes projetos (leasing, reconhecimento da receita, instrumentos financeiros e seguros) que não ficariam prontos até os meados de 2011. E que era necessário ter certeza de sua qualidade. No pronunciamento das entidades, “qualidade” era a palavra chave. (Aqui vários trechos onde Tweedie, do Iasb, e Seidman, do Fasb, falam sobre o assunto. Aqui também)

 Mas seria esta a razão principal para o anúncio? Para este que escreve, e para outros observadores (aqui e aqui por exemplo) mais imparciais, a principal razão foi o excesso de otimismo. Isto é uma característica comum na área gerencial e é objeto de estudo das finanças comportamentais. A conseqüência disto é a procrastinação, que alguns conhecem também como “enrolação”.

 Apesar do atraso divulgado, ambos ainda eram otimistas em considerar a possibilidade de atraso em alguns “meses adicionais”. Mas na página do Iasb seria possível inferir que a postegarção do prazo poderia ser maior do que os próximos meses, já que o projeto de conversão sobre seguros talvez não ficasse pronto antes de meados do primeiro semestre de 2012.

 Outro fato que permite concluir que o atraso será maior do que a aparência indica é outra notícia, publicada  posteriormente, sobre um “número limitado de respostas” dos usuários quanto a adoção de novas normas. Existe um questionário que pode ser respondido até dia 6 de maio e que tomaria “cinco a 10 minutos para ser concluído”. Isto é assustador pois mostraria que os usuários não estão dando o retorno para as entidades. Ou que a resposta mostra que a complexidade das normas está aumentando muito. Neste sentido, Jim Peterson  lembra que o relatório anual do HSBC chegou a 392 páginas.

Como desaparecer com R$2 bilhões...

Segundo análise das Prestações de Contas da República, feita pela Controladoria Geral da União (CGU), no ano passado R$ 2,14 bilhões sumiram das linhas do balanço do governo federal.
A prática, contudo, não foi exclusividade do último ano da gestão Luiz Inácio Lula da Silva. Em 2009, R$ 2,71 bilhões desapareceram das demonstrações contábeis da União - soma recorrente dos últimos cinco anos, no mínimo.
Esse valor refere-se à diferença entre receitas e despesas intra-orçamentárias, ou seja, transações feitas entre órgãos governamentais, como a prestação de um serviço entre autarquias e ministérios. Quando essa subtração gera um déficit, em geral significa que algumas ordens de pagamento foram feitas, mas, por algum motivo, o recebimento não foi registrado na outra ponta.
Técnicos da CGU e do Tesouro Nacional apontam que a divergência de valores vem de erros na classificação das receitas, por parte dos órgãos beneficiados 
 Governo manda R$ 2 bilhões para o limbo a cada ano - Carolina Alves - Brasil Econômico - 03/05/11

Casa de Ferreiro ...

O principal jornal econômico brasileiro divulgou suas demonstrações contábeis no dia 29 de abril (no próprio Valor, p. c5). Nas suas demonstrações o relatório da administração é o seguinte:
"Senhores Acionistas, Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009. Ficamos a inteira disposição dos senhores para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários".

Imprensa e contabilidade

Este estudo examina a influência sobre as empresas das notícias que a imprensa divulga sobre elas, no período compreendido entre a data de encerramento do trimestre e a divulgação do seu lucro trimestral. Especificamente, o estudo verifica o efeito surpresa que a divulgação do lucro das empresas provoca nos seus preços de mercado, após controle das notícias em que essas empresas são citadas na imprensa. Os testes empíricos, realizados com a utilização do método de dados em painel, apresentam evidências de que o mercado não reagiu, na média, aos lucros quando divulgados, pois tal reação, significativamente positiva, já ocorrera no momento em que as notícias sobre as empresas foram publicadas na imprensa antes da data da divulgação do lucro.
Efeito das notícias pré-divulgadas no lucro: uma análise no setor de metalurgia e siderurgia brasileira - Clesia Camilo Pereira, Paulo Roberto Barbosa Lustosa - Base, 2011.

Balanços

A safra de balanços de 2011 está apresentando algumas surpresas interessantes. Observe as demonstrações da Publicitária Paulista S.A., cujas demonstrações foram publicadas no Estado de São Paulo de 20 de abril de 2011 (p. B27).

 A empresa tem sede em São Paulo e atua na intermediação e representação de veículos de comunicação. Basicamente a empresa representa a Editora Caras, da revista Caras. De um ativo de 14,7 milhões no final de 2010, 11,1 milhões eram caixa e equivalentes, ou 76%. Além disto a empresa tinha Contas a Receber, no valor de 3,3 milhões ou 22%. Somando as duas contas, 98% do ativo estava no Disponível ou Recebível. Para se ter uma idéia, o imobilizado da empresa era de R$44 mil, menos que o valor de um carro.

 Do lado do passivo, a empresa possuía dívidas com fornecedores de R$1,1 milhão e com impostos, de R$1,3 milhão. Estas duas contas somavam 16,4% do ativo. Fora isto, o passivo apresentava dividendos a pagar (R$3,1 milhões) e patrimônio líquido (R$9,2 milhões).

 Resumindo os dois parágrafos anteriores, a empresa era líquida demais e com poucas dívidas. Tanto é assim que o fluxo das atividades de investimentos foi de zero e o fluxo das atividades de financiamentos foi de menos 11,2 milhões de reais. Este valor corresponde a distribuição de dividendos. Novamente, muita liquidez, pouca dívida e muito dividendo.

 Se voltarmos para o patrimônio líquido, eis a sua composição:

Capital Social = R$1,000,00
Reserva de Lucros = R$200,00
Dividendos adicionais propostos = R$9.230.283,26

(É isto mesmo, capital social de mil reais e reserva de lucros de duzentos reais) Durante o ano de 2010 a empresa gerou um lucro de R$12,3 milhões. Com receitas de R$29 milhões e despesas com vendas de R$13,8 milhões, o lucro antes do imposto de renda foi de R$16,0 milhões. Isto significa que o giro do ativo foi de 1,97 e o retorno sobre o ativo foi de 109%! Ou seja, para cada 1 real investido no ativo a empresa teve um retorno de 1 real no ano de 2010. Quando se utilizado do retorno sobre investimento (retirando do ativo os itens não onerosos) o retorno é maior ainda.

 A empresa é dirigida por Edgardo Hector Martolio, um argentino naturalizado brasileiro e também Diretor Superintendente da revista Caras. O diretor Financeiro é Victor Civita.

Jornada de Trabalho

Por Pedro Correia


Segundo a OCDE, os mexicanos são os que mais trabalham.Uma média de 9,9 horas de trabalho por dia.


Fonte: Washington Post

Caixa e Preço da Ação


O gráfico acima é fantástico. Mostra a relação entre o preço da ação da Apple e a quantidade de caixa da empresa. Será que temos algo assim no nosso mercado acionário?

03 maio 2011

Rir é o melhor remédio

Cartoon e a Realidade


Fonte: aqui

FASB atualiza a norma sobre contratos de recompra

Por Pedro Correia




O FASB divulgou a atualização da norma Transfers and Servicing (Topic 860): Reconsideration of Effective Control for Repurchase Agreements ,que visa melhorar a divulgação de contratos de recompra, que são conhecidos como "Repos". O contrato de recompra é uma transação em que uma entidade transfere um ativo financeiro para outra , com a comdição de que esta irá devolver o ativo para aquela.



Durante a crise estas operações vieram à tona com o caso do banco Lehman Brothers. Na ocasião, foram utilizados a Repo 105 e 108, que retiraram bilhões de dólares das demonstrãções contábeis e corroboraram para a aparente melhora do endividamento e resultado da instituição.

As instituições financeiras realizam transferências de títulos com frequência, através de acordos de curto prazo para financiar as necessidades de liquidez imediata.O FAS 140 orientava as empresas a definirem se a transferência deveria ser tratada como um acordo de venda ou financiamento , com base na entidade que detinha o controle daquele ativo financeiro.Nesta orientação, a avaliação de controle do ativo era centrada na capacidade da entidade transferidora em recomprar os títulos(the transferor’s ability criterion).

Após a crise financeira, diversas críticas forma feitas em relação a este critério de definição de controle.Assim, o FASB partiu para um "guidance" voltado para as normas internacionais, em que este critério não é utilizado.

A nova orientação do FASB indica diferentes parâmetros para que as empresas determinem se a transferência é,de fato, uma venda de um ativo e, portanto,deve ter tratamento de venda, ou se a entidade tem ainda algum controle sobre o ativo e, portanto,não pode pretende vendê-lo.Em outras palavras,o Board eliminou o antigo critério(the transferor’s ability criterion) de avaliação de controle do ativo transferido. Em suma, o FASB expurgou o critério, que permitiu a consecução dos objetivos dissimulatórios dos gestores do Lehman.

Ricos no Brasil

Segundo os novos dados da Wealth-X, uma consultoria de pesquisa de riqueza, Brasil, Rússia, Índia e China têm agora um conjunto 25.600 pessoas com US $ 30 milhões ou mais do riqueza líquida (que inclui ações de empresas de capital aberto e fechado, imóveis residencial e de investimento, arte, aviões, dinheiro e outros ativos).
Os dados revelam que são 4725 ricos no Brasil, sendo 50 bilionários. A riqueza desse grupo é estimada em 890 bilhões de dólares.

Mercado ineficiente e a Morte de Bin Laden

Rampell Catherine, do New York Times, lembrou de procurar no Intrade sobre a morte de Bin Laden. O resultado foi o seguinte:
O Intrade é uma bolsa de aposta de diversos eventos. No caso do gráfico, apostava-se a chance de Bin-Laden ser capturado até 11 de setembro de 2011. Os apostadores acreditavam numa chance remota. Se você tivesse um sexto sentido, poderia comprar aposta que ele seria morto antes da data. Como a chance dos apostadores era de 3,8%, o ganho desta aposta seria realmente elevado. (Quanto menor a chance, maior o ganho do apostador)

Isto mostra que em situações de informação imperfeita é difícil para o mercado ser eficiente.

BM&FBovespa cria mais quatro índices de ações

Por Pedro Correia

A BM&FBovespa iniciou o cálculo e a divulgação, em tempo real, de quatro novos índices: Índice Brasil Amplo (IBrA), Índice Dividendos (IDIV), Índice Materiais Básicos (IMAT) e Índice Utilidade Pública (UTIL).

O Índice Brasil Amplo estreia com 153 ações, englobando todos os papéis das empresas listadas na BM&FBovespa que atendam aos critérios mínimos de liquidez, como a inclusão numa lista cujos índices de negociabilidade somados representem 99% dos totais de negócios e de volume financeiro registrados e participação em pregão igual ou superior a 95% no período de doze meses anterior ao cálculo do indicador.

O Índice Dividendos mede o comportamento das ações das empresas que apresentaram os maiores retornos aos seus acionistas em termos de dividendos e juros sobre o capital (dividend yields) nos últimos 24 meses anteriores à seleção da carteira.

O Índice Materiais Básicos é composto pelos papéis mais representativos dos setores de embalagens, madeira e papel, materiais diversos, mineração, químicos, siderurgia e metalurgia.

O Índice Utilidade Pública reflete o comportamento das ações das companhias mais representativas do setor de utilidade pública, que inclui energia elétrica, água e saneamento e gás.

Os quatro novos indicadores terão suas carteiras teóricas reavaliadas a cada quatro meses, da mesma forma que os demais índices da BM&FBovespa. No total, a Bolsa conta agora com 22 indicadores .


Fonte: Bovespa

Arredondamento

Um novo comunicado do Bureau of Economic Analysis diz que a economia cresceu a 1.8 por cento ao ano. Nas tabela mostram que o crescimento foi de $13,380.7 bilhões (em dólares de 2005) para $13,438.8 bilhões.
 [...] BEA recebeu muitas chamadas de pessoas que calcularam uma taxa anual de 1,7482 por cento. Você deve arrendondar para baixo o valor. Então o número deveria ser 1,7 por cento.
Is 1.8% the Real Real Number? - Floyd Norris - New York Times

Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 1

Invadindo o mundo da tecnologia da informação – Parte 1

[Série "Invadindo o mundo da ciência da informação": Portal CapesAgregador de FeedsDropbox,JabRefPlagius]

Eu amo a contabilidade, mas tenho uma queda pela ciência da computação e por sistemas de informações. Por isso resolvi escrever uma série de postagens para compartilhar alguns aplicativos e dicas que podem ajudar a sua vida de contador, pesquisador, leitor, estudante... Na próxima postagem da série falaremos sobre “dropbox”. (Incentivo, inclusive, a participação e sugestão nos comentários. Não sejam tímidos!).

Não sei se vocês se lembram de uma postagem do professor César em janeiro de 2009: “Por que os professores de contabilidade não blogam?”. Ao fim do texto ele afirma: “Alguns [professores] sequer conhecem os instrumentos de agregação de notícias, como o Google Reader (se o leitor não conhece, vale a pena conhecer. Entre na página do Google, cadastre usando um e-mail e faça um link para seus endereços preferidos, incluindo este, obviamente. Toda vez que tiver uma alteração no seu endereço você pode ter acesso através do Reader. Para vocês terem uma ideia, no meu Reader eu recebo em torno de 800 a 1000 alterações por dia, alterações que me ajudam a fazer atualizações diárias no Contabilidade Financeira.).” E por causa desse parágrafo hoje falaremos sobre agregadores de feeds.

Segundo a Wikipédia, o RSS é um subconjunto de dialetos XML que servem para agregar conteúdo ou "Web syndication", podendo ser acessado mediante programas ou sites agregadores. É usado principalmente em sites de notícias e blogs. Então os RSS nos ajudarão a organizar e aproveitar melhor os conteúdos que acompanhamos virtualmente.

Seguem algumas dicas de aplicativos vindas de um contadora e, portanto, sujeita a falhas.

Aplicativo on line: Aqui
O Google Reader foi criado com a idéia de tornar o mundo das notícias algo fácil e divertido de se desfrutar com eficiência. A interface e utilização é semelhante ao de outros aplicativos do Google e tem a vantagem de poder ser acessado por qualquer computador, celular ou tablet com base no seu login (assim como o realizado para logar o Gmail). O Google Reader foi extinto. O público em geral ainda está se acostumando com a ideia. Aplicativos alternativos: G2Reader, Feedly, The Old Reader.



Aplicativo de graça:
Leitor de Notícias: Aqui
Além dos feeds que você cadastra (dos sites que você quer seguir), esse programa também mostra as principais manchetes de jornais.

SpaceTime: Aqui
Caso você procure algo moderno e fora do habitual, esse é o programa pra você. Como é um programa pesado, é indicado para computadores mais atuais.

Aplicativo que provavelmente já existe no seu computador:
No Microsoft Office 2007 vem o Microsoft Outlook 2007, equipado com agregador de feeds. Segundo o software: “Depois de assinar um RSS Feed, os títulos serão exibidos em suas pastas de RSS. Os itens de RSS são exibidos de forma semelhante às mensagens de email. Quando você vir uma mensagem que lhe interesse, basta clicar no item ou abri-lo.” Mais informações aqui.

Após selecionar o programa de sua preferência, pesquise o endereço RSS dos sites pelos quais você se interessa. Alguns colocam uma ferramenta no próprio blog na qual está escrito “RSS Feed” ou há o símbolo:. Porém, mesmo que o site não disponibilize claramente o RSS, você poderá digitar Alt+J que aparecerá o endereço, caso o site possua feeds. O dessa página, por exemplo, é: http://contabilidadefinanceira.blogspot.com/feeds/posts/default.

Escolhido o programa, pesquisados os RSS, você poderá cadastra-los e acompanhar de forma mais oportuna os conteúdos que te interessam. Que tal? Boa leitura!

Alternativas ao uso do CAPM

Pedro Correia



Damodaran propõe uma série de alternativas ao uso do CAPM:





Alternatives to the CAPM: Wrapping up

É caro viver no Brasil

Por Pedro Correia



São Paulo X Nova York






Clique na imagem




Fonte: Wall Street Journal

Lucros Cessantes

Segundo súmula do STJ:

Lucros cessantes consistem naquilo que o lesado deixou razoavelmente de lucrar como consequência direta do evento danoso (Código Civil, art. 402). No caso de incêndio de estabelecimento comercial (posto de gasolina), são devidos pelo período de tempo necessário para as obras de reconstrução. A circunstância de a empresa ter optado por vender o imóvel onde funcionava o empreendimento, deixando de dedicar-se àquela atividade econômica, não justifica a extensão do período de cálculo dos lucros cessantes até a data da perícia. A apuração dos lucros cessantes deve ser feita com a dedução de todas as despesas operacionais da empresa, inclusive tributos. 

Via aqui. Dica de Caio Tibúrcio

Jogador no Balanço dos Clubes de Futebol

Nas empresas desportivas o principal item intangível é o direito desportivo sobre o jogador. Investigações mostraram que nos clubes europeus o direito desportivo sobre o atleta formado internamente geralmente não é reconhecido como activo no Balanço, ao contrário do direito relativo ao jogador adquirido de terceiros. No Brasil, a prática contabilística é diferente, fruto da Resolução n.º 1005/2004, do CFC. Perante estas diferenças, o estudo debruça-se em particular sobre o tratamento contabilístico do direito desportivo resultante da formação, num espaço geográfico reduzido a Portugal e Brasil. (...) Concluímos que tanto o jogador formado internamente como aquele cujo direito desportivo é adquirido de terceiros cumprem com os requisitos necessários para serem reconhecidos como activo intangível. Em Portugal, a quase totalidade dos clubes não reconhece o direito desportivo resultante da formação, porque consideram que não existe um critério fiável para a valorização desse direito. Contrariamente, a totalidade dos clubes brasileiros reconhecem esse direito como activo intangível.

DIREITO DESPORTIVO RESULTANTE DA FORMAÇÃO: EVIDÊNCIA EMPÍRICA NOS CLUBES PORTUGUESES E BRASILEIROS - Sérgio Nuno da Silva Ravara Almeida Cruz, Luís Lima Santos, Graça Maria do Carmo Azevedo - Universo Contábil Resumo

Seminário

O Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília - UnB realizará o Seminário, 11º ANO DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: REFLEXO NA TRANSPARÊNCIA PÚBLICA E NO CONTROLE SOCIAL, que tem por objetivo discutir os avanços e desafios da LRF na gestão pública do país no período de 2000 a 2011. No evento, serão proferidas palestras com pessoas renomadas e conhecedoras do tema, possibilitando uma ótima oportunidade para que a comunidade acadêmica tenha uma melhor compreensão da importância de políticas e gestão pública à sociedade brasileira.

O evento será realizado no dia 04 de maio de 2011.

Local de Realização: Auditório Joaquim Nabuco - UnB/FACE/CCA Prédio da Face, Térreo Campus Darcy Ribeiro – Asa Norte Brasília/DF CEP 70910-900 - Tel. (61) 3107-0795

KPMG

No dia 6 de abril colocamos um link para um texto de Jonathan Weil, da Bloomberg. No final de abril o Valor Econômico apresentou nas suas páginas a tradução do texto. Eis alguns trechos:

Semanas atrás, o Conselho de Supervisão Contábil das Companhias Abertas (PCAOB) dos Estados Unidos divulgou seu relatório de inspeção trienal sobre a filial em Hamilton, nas Bermudas, da KPMG, auditoria que é uma das chamadas "Big Four". 
E foi um relatório terrível. A equipe do PCAOB identificou em uma das auditorias realizadas pela KPMG-Bermudas uma deficiência tão significativa que parece que "a firma não conseguiu evidências competentes para suportar sua opinião sobre as demonstrações financeiras da emissora". 
Por se tratar do irremediavelmente tímido PCAOB, o relatório não revelou que empresa foi auditada pela KPMG-Bermudas. Isso porque a agência, como norma, se recusa a fornecer os nomes das companhias onde seus inspetores encontram auditorias malfeitas. Isso apenas mostra que a maior prioridade do PCAOB não é "proteger os interesses dos investidores", conforme alardeia o lema do conselho. Em vez disso, a prioridade é proteger os pequenos segredos sujos das firmas de contabilidade e seus clientes de auditorias.
(...)  É quando você olha para as demonstrações financeiras da Alterra que a magnitude da burrada feita pela KPMG-Bermudas fica aparente. Ações disponíveis para venda é único grande item de linha do balanço da Alterra. Elas representavam quase metade dos ativos totais de US$ 7,3 bilhões da companhia em 31 de dezembro de 2008, e pouco mais da metade de seus ativos totais de US$ 9,9 bilhões no fim do ano passado. 
Agora considere que a Alterra vai realizar sua assembleia anual de acionistas hoje, quando os acionistas terão a oportunidade de votar a ratificação da nomeação da KPMG-Bermudas como auditor independente da companhia. Até mesmo isso não tem importância para o PCAOB. Uma porta-voz, Colleen Brennan, disse que o conselho não vai confirmar se a Alterra é mesmo o cliente não revelado. Não faz mal que o segredo foi revelado. O PCAOB simplesmente não liga se os investidores conseguem ou não as informações de que precisam. (...)