26 abril 2011
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Mudança na Deloitte
A história do clube das coelhinhas da Playboy
Fasb propõe reduzir a complexidade do teste de imparidade para goodwill
Price inglesa reage as críticas
Lenda urbana: nem sempre as ações foram os melhores investimentos
Os maiores riscos do momento: China, Prata, Nações Européias e municípios
KPMG e sócios fazem acordo de R$1 milhão com CVM
Rombo, endividamento, ...
Nesta segunda-feira, o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do Palmeiras tomará conhecimento do balanço do ano passado com um déficit maior que R$ 70 milhões no período. Em 2009, primeiro ano de gestão do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, que deixou o cargo na última temporada, o rombo foi de R$ 41 milhões. A participação do departamento de futebol no endividamento de 2010 é de 80% do valor total, ou seja, mais de R$ 56 milhões.Observem a confusão: no primeiro parágrafo comenta-se sobre o déficit (ou "rombo"). Depoois sobre endividamento. Só para confirmar: 80% de 70 milhões é igual a 56 milhões.
Fonte: Falha de São Paulo
Valor justo no Fasb
Embora esteja oficialmente atrasado, o processo de convergência para um padrão único de contabilidade mundial que inclua os Estados Unidos ganhou força nos últimos dias. O Conselho de Normas de Contabilidade Financeira (Fasb, na sigla em inglês), órgão que regula as normas contábeis americanas, conhecidas como US Gaap, desistiu da proposta de usar o método do valor justo de forma tão generalizada como havia sugerido em maio do ano passado para os instrumentos financeiros.
Depois de ter recebido diversas críticas de participantes do mercado, o Fasb decidiu caminhar para um modelo que amplia o uso do valor justo com efeito no resultado, mas nem tanto. Nessa nova abordagem, empréstimos e recebíveis, por exemplo, devem permanecer com registro pelo custo amortizado.
A decisão, esperada por alguns especialistas, se tornou oficial com a publicação de um documento conjunto do Fasb e do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb, na sigla em inglês), órgão responsável pelo padrão internacional IFRS, na semana passada, durante o feriado aqui no Brasil.
A proposta levada a audiência pública pelo Fasb em maio de 2010 previa o registro de quase todos os ativos e passivos financeiros ao valor de mercado, o que praticamente inviabilizava a existência de um ponto comum com o pronunciamento já definitivo que havia sido publicado pelo Iasb em novembro de 2009. Chamada de IFRS 9, essa norma já é usada em alguns países e prevê a possibilidade de valor justo ou custo amortizado, conforme o modelo de negócios da empresa.
A sinalização do Fasb de que está disposto a mudar sua abordagem para a contabilidade dos instrumentos financeiros facilita o processo para que o US Gaap se aproxime do IFRS, num processo que pode culminar com a incorporação do modelo americano pelo padrão internacional.
A Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador do mercado de capitais dos EUA, deve anunciar ainda neste ano se opta ou não pelo uso do IFRS pelas empresas americanas - uma vez que ele já é permitido para as estrangeiras que têm ações negociadas naquele mercado. A comissão acaba de marcar para 7 de julho uma nova rodada debates sobre o assunto.
Pesquisa da regional americana da Grant Thornton Internacional com 516 diretores financeiros de empresas dos EUA mostra que a maioria deles não tem pressa para mudar a contabilidade. Do total, 49% defendem que o IFRS seja adotado somente daqui a cinco ou sete anos, quando uma aproximação gradual entre o padrão americano atual e o internacional permitir uma migração sem grandes consequências. Para 27%, o IFRS não deve ser adotado, mas medidas de aproximação entre os dois padrões devem ser tomadas. O percentual é maior do que os 24% que defendem adoção do IFRS de forma mais rápida, no prazo de dois a cinco anos. Dezenove a cada cem dessas empresas já preparam balanços em IFRS. Parte da resistência à adoção ao padrão internacional se explica pela insatisfação dos executivos americanos com a determinação de regras por um órgão internacional. Conforme a pesquisa, 57% dos entrevistados preferem que os normativos sejam ditados por um órgão independente, como o Fasb, mas que seja supervisionado pela autoridade local - no caso, a SEC. Apenas 19% disseram que as regras devem vir de entidades internacionais independentes, como o Iasb.
No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula a contabilidade das companhias abertas não financeiras, tem adotado na íntegra as normas de uso obrigatório editadas pelo Iasb. Mas o mesmo não ocorreu com o Banco Central, que mantém regras próprias para a contabilidade das instituições financeiras, embora tenha pedido a publicação adicional de um demonstrativo financeiro consolidado em IFRS.
A nova regulamentação do Fasb, que deve vir a público no terceiro trimestre, deve prever três classes de instrumentos financeiros. Aqueles da carteira de negociação e os ativos "disponíveis para venda" seriam registrados pelo valor justo, com a variação de preço afetando o resultado líquido da entidade.
Pela contabilidade atual, as variações na carteira classificada como "disponível para venda" afetam apenas o patrimônio. No novo modelo, variações de valor de mercado com efeito no patrimônio - e não no resultado - passariam a restritas para alguns tipos de ativo, como aqueles ligados a operações de hedge.
Haveria ainda ativos que seriam registrados pelo custo amortizado, como empréstimos e recebíveis, com testes recuperabilidade reforçados e também divulgação maior sobre o valor justo desses ativos, seja nas notas explicativas ou de outra forma.
O documento conjunto diz ainda que, após a decisão final do Fasb sobre o assunto, a conclusão será levada para discussão dentro do Iasb. Não fica claro, entretanto, se o órgão internacional estaria disposto a rever o IFRS 9, já publicado e em uso por algumas jurisdições.
A assessoria do Iasb foi procurada ontem, mas não pôde responder por conta do feriado na Europa.EUA recuam em proposta de valor justo - Extraído do valor econômico (26/04/2011) via Caminhos do Saber
Grécia
A polêmica ganhou força nos últimos dias, quando Paul Moss, um operador do Citigroup, enviou e-mail a investidores alertando que a reestruturação da dívida grega era iminente, o que acabou provocando grande venda de ações de empresas locais.
O governo grego e a própria União Europeia insistiram que não há planos de reestruturação da dívida e que o buraco equivalente a 160% do Produto Interno Bruto (PIB) é "totalmente sustentável", segundo declarações do governo.
Há um ano, a Grécia recebeu um pacote de 110 bilhões para pagar as dívidas. Em troca, prometeu amplo programa de cortes de gastos e privatizações.
Ontem, investigadores da Interpol interrogaram o operador do Citigroup sobre o envio do e-mail. O banco insiste que não cometeu nenhum crime ao enviar o comunicado. "Estamos cooperando com as autoridades e não consideramos que tenhamos feito algo de errado", informou o banco em um comunicado oficial.Fonte: aqui
25 abril 2011
Rir é o melhor remédio
Novas Normas para Trabalhos Acadêmicos 2
Foi postado aqui no blog que há uma nova versão publicada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT da NBR 14724 que se refere a trabalhos acadêmicos. Agora a NBR 10520, sobre citações, também está sendo alterada e se encontra, no momento, submetida à consulta pública nacional. O sistema é bem legal! Você pode se cadastrar gratuitamente aqui, ter acesso ao “rascunho” da nova norma e recomendar a sua opinião à comissão de estudo autora – que pode ser: “aprovar sem restrições”, “aprovar com observações de forma em anexo” ou “não aprovar pelas objeções técnicas em anexo”. A data limite é essa sexta-feira, 29 de abril de 2011.
Teste 464
Não concluiram a faculdade
São geminianos
Todos já trabalharam no McDonald´s
Resposta do Anterior: Ernst & Young
Efeito Spielberg
O diploma de graduação de uma universidade de excelência faz diferença? Talvez não. O efeito Spielberg explica o por quê:
But the good news is, as painful as rejection is, in terms of long-term success, getting into a prestigious college doesn't matter much. A study released in March by Alan Krueger of Princeton University and Stacy Dale of Mathematica Policy Research shows students who are rejected by highly selective schools go on to bank the same average earnings as Ivy League graduates. Krueger tells TIME his study shows too much attention is paid to the schools and not enough to the students. "Students can get a good education at many places," he says. "What matters most is what students put into their education — how seriously they take their studies and how much work they put in." It's what he calls the "Spielberg effect." (Steven Spielberg, one of the most famous directors of all time, was famously rejected twice from the University of Southern California's film school. He went on to attend California State University at Long Beach, a less selective school.) "Even if students don't get in, the fact that they are confident enough to apply indicates they are ambitious and hardworking, which are qualities that will help them regardless of where they go to school," Krueger says.
Read more: http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,2063935,00.html
Governança Corporativa
Quantas vezes o conselho da companhia aberta da qual você é sócio se reúne por ano? E quais as formações dos conselheiros e de quanto tempo eles dispõem para analisar os detalhes dessa empresa? Há mulheres e estrangeiros? Aspectos como esses, que medem a dinâmica de funcionamento e de diversidade dos conselhos de administração, vêm sendo cada vez mais discutidos pelos estudiosos da chamada governança corporativa lá fora.
E estão sendo analisados pela primeira vez nas empresas brasileiras pelo professor Alexandre Di Miceli, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP.
Ele levantou informações de 215 empresas listadas na BM&FBovespa e montou um índice que mede a diversidade e outro que analisa a passividade dos dois conselhos. Da combinação desses dois surge um indicador de alinhamento às boas práticas nos quesitos analisados. (...)
Para medir a propensão à atividade ou à passividade, ele levou em conta o número de encontros num ano, a existência de comitês, o número de membros independentes e o nível de dedicação dos conselheiros. "Se alguém está em vários conselhos ou se é o principal executivo numa outra companhia, essa pessoa tende a ter um nível de dedicação menor para aquela companhia específica", pondera Di Miceli.Usar como medida o número de reuniões pode ter um forte viés já que em alguns conselhos o pagamento é por reunião.
Ele ressalta que é crucial ter conselheiros dedicados, que possam se aprofundar nos assuntos e questionar com propriedade a companhia. Isso porque, destaca o professor, existe uma tendência natural em qualquer grupo para seguir um líder, conforme mostram estudos comportamentais que vêm sendo repetidos há alguns anos. "É mais comum que essa liderança seja exercida por uma pessoa que esteja mais no dia a dia da empresa, que tenha muitas informações e interesse em que os projetos sejam viabilizados", diz o pesquisador.Ter conselheiros dedicados realmente é um aspecto relevante, já que algumas empresas estão mais preocupadas em colocar no seu conselho lobistas e pessoas influentes. Mas é muito difícil mensurar a tendência de seguir um líder num estudo com um número abrangente de empresas. O texto prossegue:
Já para avaliar a diversidade, ele levou em conta o número de mulheres, estrangeiros e as diferentes formações acadêmicas, além da idade e do tempo médio nos cargos dos membros do conselho. "Se todos são engenheiros, formados pela mesma escola e com a mesma idade, a tendência é que não surjam muitos pontos de vista diferentes", explica. Os grupos muito homogêneos tenderiam a reforçar ideias comuns e isso poderia levar à não observância de alguns riscos ou oportunidades que alguém com uma visão bem diferente poderia enxergar melhor.É interessante que o texto apresenta uma crítica a metodologia proposta, através de um executivo de uma empresa:
Já Olanir Grazziotin, diretor da empresa gaúcha Grazziotin, argumenta que, apesar de o conselho da empresa realizar apenas duas reuniões formais por ano, o grupo está em contato constante. "Discutimos e trocamos ideias, principalmente por e-mail. O contato não é apenas nas duas reuniões presenciais", diz. Segundo ele, existem dois membros independentes no conselho, eleitos pelos minoritários. E uma preocupação de que os administradores entendam bem da região onde o negócio está focado. A Grazziotin é uma loja de departamentos com sede em Passo Fundo (RS). "O que temos de ter no conselho, médicos? Nós buscamos gente que entenda do negócio e da região", conclui.Infelizmente o texto resolve dar uma coerência teórica, apelando para as "finanças comportamentais":
Conselhos têm efeito manada Muita gente prefere errar junta do que se arriscar a estar certa sozinha. Esse comportamento humano pode ser visto em vários vídeos no YouTube. Num deles, cinco pessoas estão numa sala, sendo uma "cobaia" e quatro atores. Quando os atores dão a mesma resposta errada para uma pergunta, o indivíduo testado até se mostra contrariado, mas costuma errar junto com os demais. Se um dos atores dá a resposta certa, aquele que é testado se sente confortável para acertar e contrariar os demais.O que ocorre nos Conselhos não está relacionado com o efeito manada.
Segundo o professor Alexandre Di Miceli, esse tipo de comportamento pode se repetir em conselhos de administração, assim como o de obediência a um líder. Isso pode ser verificado, segundo ele, no teste de Milgram. No experimento, pessoas comuns são requisitadas a acionar uma máquina que dá choques em outro indivíduo - no caso um ator - quando ele erra em um teste de memória. A intensidade do choque aumenta a cada erro. Orientadas por um cientista - também ator - cerca de dois terços das pessoas são capazes de dar choques letais no outro, apenas por confiarem no "especialista".Talvez a melhor forma seria ter acesso as transcrições das reuniões (mas não as atas). Somente desta forma seria possível mensurar realmente as divergências.
Código Comercial
O Ministério da Justiça criará, num prazo de 40 dias, uma comissão de juristas para elaborar o anteprojeto de um novo Código Comercial, com o objetivo de reunir princípios e normas aplicáveis à atividade empresarial. Atualmente, essas regras estão espalhadas entre o Código Civil, de 2002, e uma série de leis específicas - como a das Sociedades Anônimas, a de Falências e a de Títulos de Crédito Comercial.
A notícia vem em resposta a um movimento crescente de empresários e advogados, apoiados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pela seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP). Para o grupo, a legislação atual é anacrônica e não garante segurança jurídica aos investimentos. "Uma nova sistematização das regras do código comercial é muito bem-vinda. A atualização e a segurança jurídica são indispensáveis para o desenvolvimento empresarial", afirmou ao Valor o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, por meio de sua assessoria de imprensa.
Até recentemente, a atividade comercial no Brasil era regulamentada pelo Código Comercial de 1850. A modernização dos negócios e as exigências da globalização levaram a uma série de alterações ao longo do tempo. Até que o Código Comercial foi praticamente revogado em 2003, com a entrada em vigor do novo Código Civil - que trouxe uma parte específica sobre o direito comercial, o Livro 2. A partir daí, o direito privado brasileiro foi unificado em um calhamaço com mais de dois mil artigos. Do velho Código Comercial restaram apenas trechos sobre navegação.
Os defensores de um novo código argumentam que a unificação do direito privado contraria uma tendência mundial - apenas a Itália fez movimento semelhante na época do fascismo - e resulta no enfraquecimento dos valores e princípios que regem os negócios, como o da livre concorrência. "A relação entre as empresas não pode ser tratada da mesma forma que os contratos de consumo, de trabalho e entre vizinhos", afirma um dos principais defensores da proposta, o jurista Fábio Ulhoa Coelho, professor titular de direito comercial da PUC-SP.
Em seu livro "O futuro do direito comercial", publicado no ano passado, Ulhoa propõe uma minuta de um novo código. "A proposta foi muito bem recebida", diz ele. Um dos principais objetivos, explica, é proteger o empresário competitivo.
A minuta inclui uma das maiores demandas jurídicas atuais das entidades empresariais: a limitação da responsabilidade dos sócios, com seus bens pessoais, por dívidas trabalhistas da pessoa jurídica. Entre as sugestões também está a simplificação do trabalho das juntas comerciais no registro das empresas e a previsão de que certos documentos, como contratos e títulos de crédito, circulem exclusivamente em meio eletrônico. Coelho tem na agenda para os próximos meses viagens por várias regiões do país, para apresentar a ideia a entidades empresariais e jurídicas.
Sinal de que a defesa de um novo Código Comercial vem ganhando um número crescente de adeptos é que será discutida, no dia 4 de maio, em uma audiência pública na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, como informou ao Valor o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), autor do requerimento. Além de Ulhoa, foi convidado para debater o tema o advogado João Geraldo Piquet Carneiro, presidente do Instituto Hélio Beltrão, dedicado a estudar alternativas para tornar a administração pública mais eficiente. "A lei atual é muito fatiada e, em alguns casos, contraditória", afirma Carneiro.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) também demonstrou simpatia ao movimento. "O novo Código Civil já veio com algumas normas ultrapassadas", afirma o gerente executivo jurídico da entidade, Cássio Borges, referindo-se ao fato de que o projeto passou quase três décadas em discussão no Congresso antes de sua aprovação. "Mas é preciso ter cautela para que a transição não viole a estabilidade jurídica", pondera.
O requerimento ao Ministério da Justiça, para se elaborar a comissão responsável por um anteprojeto de Código Comercial, partiu da Comissão de Direito Empresarial da OAB-SP. Para o presidente da comissão, professor de direito comercial do Mackenzie e da PUC-SP, Armando Rovai, os advogados que lidam com direito empresarial passam hoje por "um drama". "Quando os clientes perguntam se irão ter sucesso, o advogado vai responder, honestamente, que não sabe", afirma ele, atribuindo a situação a um ordenamento jurídico "confuso" e cheio de "antagonismos interpretativos".
Para Rovai, um dos problemas diz respeito à regulamentação da sociedade limitada. "Tem uma burocracia que gera insegurança jurídica", diz. Ele aponta incertezas, por exemplo, na definição dos valores a serem recebidos pelo sócio que se retira ou é expulso da sociedade. Outra lacuna, segundo ele, diz respeito ao comércio eletrônico. "O Livro 2 é completamente ruim, absolutamente fora dos padrões necessários à vida comercial", afirma.
Outro defensor da ideia é o professor Arnoldo Wald, para quem o Código Civil ficou "capenga" ao tratar do direito comercial sem incluir as sociedades anônimas - regulamentadas pela Lei das S.A. Para ele, o desenvolvimento do mercado de capitais e do mercado financeiro também requer um direito empresarial mais moderno. O advogado Jorge Lobo, outro entusiasta da ideia, aponta que ainda não está claro, no entanto, se um novo Código Comercial incluiria todas as matérias atualmente tratadas em leis específicas - como no caso do direito francês - ou simplesmente substituiria o que está hoje no Código Civil.
Nem todos os advogados compartilham, no entanto, a opinião de que um novo Código Comercial seria necessário. "O Código Civil está atendendo perfeitamente às necessidades", afirma o advogado Mário Nogueira, sócio do Demarest & Almeida Advogados, uma das maiores bancas do país. Para o advogado Gustavo Amaral, do Paulo Cezar Pinheiro Carneiro Advogados, alterações pontuais na legislação atual seriam preferíveis a uma reforma completa. "Muitas mudanças em pouco tempo enfraquecem a cultura da legalidade", defende.Comissão elaborará novo Código Comercial - Maíra Magro - Valor Econômico - 19/04/2011
Coerência
A diretoria da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) propõe para votação dos seus acionistas, em assembleia, a mesma medida que, na condição de investidora, rejeitou na semana passada para a Usiminas. (...)
A legislação estabelece que os acionistas podem devolver suas ações à empresa, em troca de dinheiro, nos casos de cisão, incorporação, aquisição relevante, mudança de objetivo social, entre outros.
Conforme a lei, o montante mínimo a ser pago como reembolso deve ser o valor patrimonial da ação, que resulta da divisão do patrimônio líquido pelo número de papéis emitidos.
Na maioria dos casos, esse valor é inferior à cotação das ações na bolsa, o que torna raros os casos em que esse direito é exercido por minoritários.
Algumas empresas, entretanto, preveem em seus estatutos que o reembolso seja pelo valor econômico, que costuma ser mais próximo do preço de mercado e às vezes até superior. (...)
CSN propõe medida que rejeitou na Usiminas Autor(es): Fernando Torres e Eduardo Laguna | De São Paulo Valor Econômico - 20/04/2011
A única incoerência é a empresa não defender medidas que aumente o valor para seus acionistas.
Buffett e o modelo moral
Buffett, cujo histórico em termos de arranhões de reputação é longo e variado, não é exceção.
Ele estava no comitê de auditoria do conselho de administração da Coca-Cola quando a SEC descobriu que a empresa tinha ludibriado os investidores sobre seus lucros durante a década de 1990. Ele silenciou sobre a Moody's quando ela enganou a opinião pública com incontáveis notas AAA para todo aquele lixo de bônus de crédito imobiliário "subprime", quando a Berkshire era sua maior acionista.
Quatro ex-executivos da divisão Gen Re da Berkshire receberam sentenças de prisão por ajudar o American Internacional Group (ING) a cometer fraude contábil uma década atrás. Pelo menos nesse caso, depois que a Gen Re pagou US$ 92 milhões, no ano passado, para encerrar com acordo denúncias dos investidores e pôr fim às investigações do governo, Buffett reconheceu publicamente que a empresa tinha feito coisa errada.
E qual será, na verdade, o grau de importância que o conselho de administração da Berkshire atribui ao uso de informações privilegiadas por pessoas de sua confiança, afinal?
A empresa manteve a Deloitte & Touche como sua auditoria externa depois de saber, em 2008, que o vice-presidente da Deloitte comprou e vendeu freneticamente ações da Berkshire quando era um dos sócios consultivos na auditoria da Berkshire. Isso fez com que a Deloitte e a Berkshire infringissem as normas da SEC sobre a independência dos auditores, disse o órgão no ano passado.
Em vez de mudar de empresa, no entanto, a Berkshire concluiu que a Deloitte era independente, de qualquer maneira. A SEC aceitou isso, o que, em última instância, era o que interessava, e não alguma virtude maior da Berkshire em manter aparências impolutas. (O ex-sócio da Deloitte pagou no ano passado cerca de US$ 1 milhão para encerrar com acordo as acusações de fraude interpostas pela SEC.)
Às vezes as grandes mentiras da Berkshire são mais sutis. A última declaração para voto por procuração da empresa arrola Bill Gates, presidente do conselho de administração da Microsoft, como um conselheiro "independente", embora Buffett tenha comprometido a maior parte de sua fortuna de US$ 47 bilhões com a Fundação Bill & Melinda Gates. Isso pode estar certo pela definição de "independente" da SEC, mas não pelos padrões do senso comum.
Outro conselheiro supostamente independente é Walter Scott, que detém 9,4% das ações com poder de voto na MidAmerican Energy Holdings, subsidiária da Berkshire, da qual Sokol está pedindo afastamento como presidente do conselho de administração. A declaração para voto por procuração da Berkshire nos assegura que essas questões foram devidamente examinadas.
A Berkshire encaminha milhões de dólares de honorários, todos os anos, para a Munger, Tolles & Olson, o velho escritório de advocacia do vice-presidente de seu conselho de administração, Charlie Munger, onde o diretor da Berkshire Ronald Olson é um dos sócios. Entre os demais conselheiros estão o filho de Buffett, Howard. Na maioria das empresas com ações negociadas em bolsa esses acordos seriam tidos como exemplos de má governança. Pelo fato de se tratar de Buffett, a Berkshire normalmente tem salvo-conduto.
Existe um parâmetro pelo qual Buffett, de 80 anos, tem sido enormemente bem-sucedido: "No caso da Berkshire, lhe dissemos muito tempo atrás que nossa tarefa é aumentar o valor intrínseco por ação a uma taxa superior ao aumento (incluindo dividendos) da S&P 500", escreveu Buffett em sua mais recente carta anual aos acionistas.
Isso, ao lado de encontrar um sucessor capacitado, é o padrão pelo qual os investidores deveriam julgá-lo e vão julgá-lo. Alguém que esteja à cata de um herói para idolatrar deve procurá-lo em outro lugar.
Lucro e Arrecadação
O resultado da arrecadação federal no primeiro trimestre deste ano mostra que a receita do Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) retornaram ao seu nível histórico, depois do fraco desempenho dos dois tributos no ano passado. A arrecadação do IRPJ e da CSLL, em seu conjunto, cresceu 19,87% de janeiro a março deste ano, em termos reais, em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo a forte lucratividade das empresas em 2010.Com lucro das empresas em alta, arrecadação bate recorde - Luciana Otoni - Valor Econômico - 20/04/2011
Esta questão tem uma implicação importante para a contabilidade. A desvinculação entre as normas contábeis e a apuração do imposto de renda poderia estar comprometida se, neste momento, a arrecadação de tributos não correspondesse. Temo que o governo poderia preparar uma intervenção maior na apuração do lucro.
Livro sobre insetos de $23.698.655,93
Leia a inacreditável história do livro da Amazon que chegou a custar $23.698.655,93.Outrossim, entenda o estrago que a fixação de preços com algoritmos automáticos pode causar.
24 abril 2011
Em tempos do acerto com o Leão...
Um século depois de criado, o desconhecido Montepio Civil da União sobrevive até os dias de hoje pagando vultosas pensões vitalícias, em média de R$ 20 mil mensais, a 237 herdeiros da alta magistratura. Em 2010, o Tesouro Nacional gastou R$ 58,6 milhões para pagar as aposentadorias ao seleto grupo de beneficiários.
Dados do Ministério da Fazenda apontam que os gastos com o pagamento de pensões do montepio vêm se mantendo estáveis nos últimos anos. O número de benefícios ficou inalterado. Em 2009, o governo desembolsou R$ 58,3 milhões para pagar os 237 pensionistas. Em uma década, o montante de beneficiários do montepio encolheu drasticamente: hoje é 15 vezes menor do que as 3.719 pessoas que desfrutavam do benefício em 2000.Eugênia Lopes e Edna Simão - Pensão criada pelo marechal Deodoro ainda consome R$ 58,6 mi da União - Estado de São Paulo - 24 abr 2011
Teorema da Simetria de Lerner
O Ministro Fernando Pimentel, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), é um dos defensores da imposição de tarifas e outros tipos de barreiras à importações para limitar a queda da do superávit comercial. No entanto , sua visão está equivocada, pois a Teoria da Simetria de Lerner diz que uma tarifa de importação é equivalente a uma tarifa de exportação.Nas palavras de João Marinho Nunes:"Para exportar mais, você tem que importar mais. Se tentar frear as importações com tarifas e outros tipos de barreiras, a consequência será um comércio externo menor (menos importações e exportações)"
Ainda, segundo João:"Durante boa parte dos anos 1980, o Brasil restringiu fortemente as importações. O saldo ficou positivo, mas o comércio se manteve estagnado. Já a Coréia, que no início da década de 1980 exportava e importava valores semelhantes ao Brasil, como não adotou medidas restritivas às importações viu se comércio crescer de modo que atualmente exporta e importa aproximadamente o dobro do Brasil, com o saldo alternando entre ligeiramente positivo e negativo. Esse padrão se repete em todos os países que não impõem barreiras significativas ao comércio. As figuras abaixo ilustram esta situação. "
Energia cara tira indústrias do Brasil
Estudo feito pelo Estado, com fontes do mercado, mostra que fábricas de setores eletrointensivos – em que o custo da energia é um dos principais componentes no preço final do produto, como alumínio, siderurgia, petroquímico e papel e celulose – estão fechando unidades no País ou migrando para outros locais por causa da perda de competitividade no mercado brasileiro.
Nesse contexto, enquadram-se pelo menos sete companhias. A Rio Tinto Alcan está em negociações “avançadas” para instalar a maior fábrica de alumínio do mundo no Paraguai, com investimentos entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões para produzir 674 mil toneladas de alumínio por ano. A Braskem vai inaugurar unidade de soda cáustica no México e faz prospecção em outros países, como Peru e Estados Unidos.
...“No Brasil, se nada for feito, o risco é de o setor sumir. Temos vários exemplos de países em que a indústria do alumínio fechou em dois anos. Há mais de 25 anos, nenhuma nova fábrica se instala no Brasil. O que tivemos foi expansão das já existentes e, mesmo assim, parou tudo”, diz Spalding.
Fonte:Karla Mendes, O Estado de S.Paulo
O Facebook dos Pesquisadores
- Portal científico promove intercâmbio entre pesquisadores de todo o mundo
Quase 40 milhões de alemães utilizam portais como o "Researchgate", que se considera a maior rede mundial de pesquisadores. A ideia foi desenvolvida na Alemanha.
Ijad Madisch criou com dois amigos em 2008 o portal de cientistas Researchgate, com escritório em Berlim. Madisch, de 30 anos, teve a ideia enquanto cursava Medicina. Tudo se deveu a um impasse em suas pesquisas: desenvolvimento de ossos para dedos artificiais através do uso de células-tronco.
Ele já não encontrava respostas para suas perguntas, nem no laboratório nem entre pesquisadores próximos. Por isso, resolveu criar uma rede de contatos, onde qualquer pesquisador pudesse apresentar suas aptidões e projetos, e buscar contato com outros.
Saindo da torre de marfim
Mais de 900 mil cientistas e pesquisadores de todo o mundo se cadastraram no portal Researchgate, cujo slogan é "Para fora da torre de marfim científica", explica Madisch. Ecologistas da Noruega trocam informações com sociólogos do Egito, químicos dos Estados Unidos pedem conselhos a matemáticos da Índia, num intercâmbio sem fronteiras.
"Oitenta por cento dos trabalhos científicos são experimentos que não dão certo", revela o criador do portal. "Mas no final acaba sendo publicado apenas o que funcionou". O Researchgate, no entanto, também publica artigos científicos sobre experimentos que fracassaram. "Isso evita a repetição de erros e a ciência se torna mais rápida e eficiente".
Sem propaganda
Para fundar o portal, Madisch recebeu dinheiro de empresas do chamado Silicon Valley, da Califórnia. "No início, todos se mostraram bem mais céticos na Alemanha. Nos Estados Unidos, tais projetos incomuns têm mais chances de receber apoio", explica o médico de origem síria com formação na Universidade de Harvard.
Ao contrário de redes sociais como Orkut ou Facebook, o Researchgate não permite anúncios comerciais, e os dados dos pesquisadores também não são passados adiante. "Nós nos financiamos, entre outras coisas, com uma bolsa de empregos na área científica. Para os pesquisadores ela é gratuita, enquanto as empresas têm de pagar os anúncios". Além disso, o portal monta redes privadas para instituições de pesquisa como a Sociedade Max Planck.
Para o bioquímico Tim Hucho, de 40 anos, trata-se de uma plataforma "de" e "para" pesquisadores. Ele faz pesquisas sobre a dor e usa o portal há mais de dois anos. Além disso, dirige uma rede com vários grupos de trabalho.
"O Researchgate é bastante prático quando se quer disponibilizar dados laboratoriais importantes ou informações sobre encontros", explica Hucho. "Normalmente, artigos especializados são disponibilizados apenas em publicações famosas, que custam bastante dinheiro", conta. Por isso, ele acredita que o Researchgate é muito interessante para pesquisadores de países em desenvolvimento.
Usuários jovens
Mesmo assim, Hucho não acha que o portal seja concorrente das publicações especializadas, pois a clientela é, em primeira linha, jovem. Cientistas conhecidos preferem os veículos tradicionais.
Hucho acha desnecessário fazer controles para averiguar a honestidade dos trabalhos apresentados no portal, ou para identificar charlatães. "A rede se autorregula. Com qual professor alguém estudou? Quais são os trabalhos que publicou? Com estas perguntas se separa rapidamente o joio do trigo", explica.
Além disso, cada pesquisador pode comentar os trabalhos dos outros, acrescenta Madisch, que abandonou a Medicina para se dedicar ao portal de pesquisadores. Mas mesmo assim continua sonhando com um Nobel. Não o de pesquisas incomuns, e sim por ter montado uma gigantesca rede de cientistas. Essa categoria de prêmio, no entanto, ainda tem de ser criada.
Autora: Aygül Cizmecioglu
Fonte: Aqui
23 abril 2011
Ciência e Esoterismo no Mercado Financeiro
Excelente texto de Fernando Botti:
Assim como todas as ciências humanas, a economia e os estudos adjacentes ( investimentos, finanças…) não escapam de certos traços exóticos trazidos até hoje por uma certa persistência cultural. Contabilidade e seus balanços é baseada em técnicas desenvolvidas por um frei medieval, nomenclaturas como fluxo de caixa, liquidez, em estudos de hidrodinâmica dos egípcios…mas nada que as ciências exatas não sofram de certa maneira.
Nas exatas, porém, apesar de algumas nomenclaturas e conceitos do passado persistirem, muitas se extinguiram devido sua inexistência na realidade (como o flogístico, o calórico, o éter do vácuo…), já nas humanas os testes ou são inexistentes ou são um tanto subjetivos, deixando margem para diversas interpretações, das interessante às exóticas.
Dá certamente uma impressão que algumas (muitas) vezes, economistas, analistas fundamentalistas, gestores, grafistas, são, no melhor dos casos, bons contadores de histórias que precisam fazer algum sentindo, ou ter alguma aderência relativa com a realidade, para nos confortar com o controle e a explicação. Nem todos são assim, claro.
Nesse mundo moderno, absurdo e complexo, onde bruxos fibonaccianos, acupunturistas de agulhadas didilhescas convivem com economistas, físicos e matemáticos sérios, é cada vez mais salutar lembrar que a correlação não é causalidade.
Fonte: Investimetria
22 abril 2011
O Kindle e as Bibliotecas Virtuais
Esses dias republiquei no blog o link para uma postagem em que o professor César ponderava sobre as Normas ABNT nesse mundo digital, no qual o Kindle, por exemplo, nem sempre disponibiliza o número de páginas, mas sim a porcentagem de leitura.
Vou aproveitar nesse momento, antes das suas considerações, para avisar que eu sou fã absoluta do Kindle. Na minha visão tablets em geral são computadores bonitinhos e práticos. Já o Kindle...!!! Ah! O Kindle! Ele sim é um LIVRO digital. Posso ficar horas lendo sem o cansaço na vista causado por tablets comuns (ou por encarar uma lâmpada fixamente horas a fio), curtindo a piscina do domingo, além de poupar a minha impressora das cópias sem fim dos artigos utilizados no referencial teórico da minha dissertação.
Pois é, mas vamos ao comentário que quero fazer hoje: li aqui que a Amazon vai deixar que bibliotecas emprestem livros Kindle! Maravilhoso mundo novo!! Por enquanto é só nos Estados Unidos. Mas quem sabe... Aposto que essa atitude será logo adotada por outros países, afinal, não é só uma forma muito interessante de disseminar a cultura, como poupará espaço nas prateleiras, facilitará a conservação e atualização dos acervos. Que tal?
Ok. Ok! Confesso. Essa tecnologia também estará disponível para Android, iPad, iPod touch, iPhone, PC, Mac, BlackBerry ou Windows Phone.
Leia mais sobre o Kindle publicado anteriormente no blog: aqui e aqui.
Desempenho de empresas socialmente responsáveis
Aluguel de jornal
O jornal Garum Tesfaye é um dos maiores grupos de comunicação da capital da Etiópia,Addis Ababa.Este grupo aluga seu jornal por até 30 minutos por menos de 1 centavo de dólar.No entanto, se o leitor passar do tempo ele é obrigado a pagar a um valor extra. Um jornal na capital da Etiópia custa, em média, 35 centavos de dólar.
O público que aluga os jornais é composto majoritariamente por jovens que buscam emprego e não notícias. Desse modo, o tempo exíguo que é preciso para ler os anúncios de emprego justifica o sucesso do aluguel de jornal. Além disso, de certa maneira o valor módico incentiva o hábito da leitura.No entanto, o aluguel não é tão bom para quem publica o jornal.
"For the reading habits it is good," he says of the rental industry, but he quickly adds: "For the publisher it is nothing. If we calculate in terms of income, the publisher gets nothing from such rentals."
Adicionalmente, alguns leitores roubam o jornais:
"There are some readers who ask for papers to read and vanish immediately so we have to turn our neck from the left to the right to check if things are alright," says Tesfaye
Fonte:CNN
As IFRS podem pode evitar a próxima crise?
David Albrecth, que é contrário à adoção das IFRS nos EUA,responde a esta pergunta:
Convergence of accounting standards is a bad idea. The academic theory is that market participants benefit from detailed information tailored to that specific market. Given that capital markets are local (but are linked around the world) it makes sense that local accounting standards (that force companies to disclose as much detail as possible) would provide the greatest value.
Em seguida opina sobre o impacto da auditoria e das normas contábeis na próxima crise:
There is no theory to suggest that audit opinions will be trustworthy. If audit opinions aren’t trustworthy, then there is no effective check on the numbers reported by companies in their financial statemeents.
The two work together. If converged accounting standards are company friendly, and auditors are paid to be company friendly, then it is likely that accounting and auditors will not delay, by even a day, the next financial crisis.
I hope the reporters heard my message.
Desafios e benefícios do IFRS para os EUA
A SEC anunciou que no dia 7 de julho promoverá um encontro para discutir os benefícios e desafios da potencial incorporação do IFRS nos EUA.
Segue parte do comunicado da SEC:
"The July 7 event will feature three panels representing investors, smaller public companies, and regulators. The panel discussions will focus on topics such as investor understanding of IFRS and the impact on smaller public companies and on the regulatory environment of incorporating IFRS.
“We must carefully consider and deliberate whether incorporating IFRS into our financial reporting system is in the best interest of U.S. investors and markets,” said SEC Chief Accountant James Kroeker. “This roundtable will provide an excellent opportunity for investors, preparers, and regulators to provide the SEC staff with valuable information that will help the Commission in its ongoing consideration of incorporating IFRS.”
Trabalho conjunto entre FASB e IASB
O IASB e FASB publicaram hoje um relatório sobre o seu trabalho conjunto para melhorar o IFRS e GAAP’s americanos para trazer a sua convergência. O relatório fornece detalhes sobre o cronograma para a conclusão dos restantes projetos, e está disponível para download no site do IASB e do FASB.
Para mais detalhes clique aqui.
Fonte: Blog do Jomar- Harmonização Contábil
21 abril 2011
Por que a IFRS 8 atraiu tantas críticas?
Por Pedro Correia
Samir Sayed e Gustavo Tancini respondem a esta pergunta:
Vamos às duas últimas questões:
a) Que informações devem ser divulgadas para cada segmento?
b) Porque a IFRS 8 atraiu tantas críticas?
As respostas:
a) As informações divulgadas devem permitir que os usuários avaliem a natureza e os efeitos financeiros das atividades de negócio nas quais se envolve os ambientes econômicos em que opera. Basicamente deve ser apresentado o lucro, ativo total e se fornecido ao tomador de decisões econômicas o valor dos passivos. Todas as informações devem ser baseadas na mensuração utilizada internamente. Podem ser apresentadas informações adicionais como abertura das receitas, resultado financeiro, depreciação entre outras.
b)
1-Abertura de aspectos estratégicos da maneira como o negócio é conduzido;
2-Comparabilidade entre empresas é prejudicada;
3-Baseado em regras (rules based) – limites quantitativos;
4-A seleção dos segmentos divulgáveis é influenciada pela administração; e
5-A mensuração é baseada em métricas internas e não contábeis.
Saiba mais sobre informações por segmento: Aqui, aqui e aqui.
Remuneração e desempenho
As dez maiores empresas em remuneração média aos diretores foram:
Itaú Unibanco = 14,4
OSX = 13,3
HRT = 11,6
Vale = 11,3
OGX = 9,9
Ultrapar = 9,1
PDG = 9,1
MPX = 6,2
AmBev = 5,3
ABC Brasil = 4,9
Entretanto, comparar somente os dados brutos pode ser enviesado. Para se ter uma idéia melhor, fiz um confronto entre a remuneração média e a agregação de valor. Os valores estão no gráfico abaixo. (Fiz uma simplificação de somente considerar as empresas que tinham valor de mercado no final de 2009 e 2010; isto significa que não computei os dados da OSX e da HRT. Além disto, considerei somente um ano de desempenho. Outra simplificação da análise a seguir é que estamos falando de remuneração média: uma empresa poderá ter 20 diretores e outra 3, por exemplo)
Observe que a melhor relação é da Ambev. Esta empresa agregou 46 bilhões de reais de valor e remunerou seus diretores em 5,3 milhões no ano. A seguir, destaca-se a Vale, que agregou 32 bilhões de valor e remunerou seus diretores em 11,3 milhões. Os dois piores desempenho foram da MPX e da ABC.
A importância da contabilidade e da previsão para o capitalismo
20 abril 2011
Links
Brasileira Maria Helena irá presidir o Iosco
Vídeo: Contabilidade na China
Vídeo: o segredo dos bancos suíços
Pringles, desenho do produto e Einstein explicando seu sucesso
A psicologia da fraude: justifica-se quando a pessoa se sente injustiçada
Encontre o sítio onde a imagem foi publicada TinEye
A força do pensamento negativo
Os maiores exércitos do mundo
O valor de um comercial no programa da Oprah
Celebridades com problemas com o fisco
Uma tenista com QI de 175
A lógica do Valor justo
valor pelo qual um ativo pode ser negociado, ou um passivo liquidado, entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes entre si, com a ausência de fatores que pressionem a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória.Uma das críticas ao valor justo diz respeito a mensuração do valor justo. Um exemplo interessante apresentado por Tom Selling de um leilão de uma pintura de Picasso.
Num leilão de um quadro de Picasso, o lance inicial é de 25 milhões de dólares. Cada novo lance aumenta o valor em 1 milhão. Quando o lance chega a 29 milhões, existem somente dois interessados. Um deles aumenta o lance para 30 milhões e o outro desiste. Qual o valor da pintura?
A princípio a resposta seria 30 milhões, o valor obtido na transação. Entretanto, uma das condições para existência do valor justo é a presença de mercado. Neste sentido, o mercado só existiu quando a pintura estava com um preço de 29 milhões. Faz sentido? Aparentemente não, mas esta é a posição do Fasb e, por conseqüência, das normas contábeis, que usam o conceito do Fasb na avaliação.
Internet no Brasil
Conselhos de adminstração têm efeito manada
Segundo o professor Alexandre Di Miceli, esse tipo de comportamento pode se repetir em conselhos de administração, assim como o de obediência a um líder.
Isso pode ser verificado, segundo ele, no teste de Milgram. No experimento, pessoas comuns são requisitadas a acionar uma máquina que dá choques em outro indivíduo – no caso um ator – quando ele erra em um teste de memória. A intensidade do choque aumenta a cada erro. Orientadas por um cientista – também ator – cerca de dois terços das pessoas são capazes de dar choques letais no outro, apenas por confiarem no “especialista”.
Fonte: Catherine Vieira e Fernando Torres, Valor Economico
Liberdade na Internet
Fonte: The Economist
JIT e ROI
19 abril 2011
Teste 463
Resposta do Anterior: 29 milhões.
Informações Financeiras segmentadas em Relatórios Externos
Segundo Garrison, Norren e Brewer:
"O FASB exige atualmente que empresas que operam nos EUA incluam todos os dados financeiros e outras informações segmentadas em relatórios anuais, e que os relatórios segmentados elaborados para a distribuição ao público externo usem os mesmos métodos e definições que as empresas adotam em relatórios segmentados internos elaborados como ajuda à tomada de decisões. Esta é uma exigência incomum. As empresas não são totalmente obrigadas a divulgar os mesmos dados a usuários externos que são distribuídos internamente para fins de tomada de decisão. Pode paracer uma exigência razoável do FASB, mas apresenta algumas desvantagens importantes:
1º- Os dados segmentados geralmente são de importância para crítica, e as empresas relutam em divulgá-los ao público, pelo simples motivo de que seus concorrentes passarão a ter acessos a esses dados. [1]
2º- As demonstrações segmentadas que são elaboradas de acordo com USGAAP não distinguem entre custos fixos e custos variáveis, e entre custos vinculáveis e custos comuns."
[1] O comentário de Paul Sutcliffe, sócio de auditoria da Ernst & Young Terco, mostra esta desvantagem na prática:"Nunca vi um cliente comentar: ‘Essa informação por segmento é muito legal e vai ajudar o meu acionista’. O mais comum é ele dizer que não quer divulgar porque o concorrente vai se aproveitar dessa informação”.
Leia mais sobre Informações por Segmento: Aqui e aqui.
Ontem o blog IFRS Brasil postou uma excelente explicação teórica do IFRS 8. Confira.
Econometria
Contrata-se Contador
Uma reportagem do Estadão intitulada "Emprego: os seis setores mais atraentes de 2011" fala que o bom momento econômico do País e a falta de mão de obra devem manter o mercado de trabalho aquecido este ano.
Os seis “setores” mais atraentes, mencionados na reportagem são (sem ordem de prioridade):
- Turismo;
- Petróleo;
- Engenharia;
- Serviços;
- Tecnologia da informação;
- Contabilidade.
A justificativa para a demanda por contadores se dá na necessidade das empresas em se adaptarem ao IFRS e na falta de profissionais qualificados para isso no mercado.
A China agrega pouco valor aos produtos
Estudo derruba mitos sobre a crescente exportação chinesa :
"Um deles: ao contrário do que muitos pensam, a China agrega pouco valor aos produtos, mesmo quando exporta mercadorias de tecnologia avançada, como o iPhone.
As peças chegam prontas às fábricas chinesas, que apenas montam o produto. No caso do telefone da Apple, por exemplo, os trabalhadores chineses contribuem com apenas 3,6% do custo de produção. Ou seja, de US$ 2 bilhões que os americanos gastam importando iPhones, apenas US$ 73 milhões correspondem ao valor que a China agrega ao produto. "
Auditores buscam melhorar imagem
18 abril 2011
Teste 462
Resposta do anterior: meio milhão de dólar. Fonte: aqui
Olho do dono 2
A ofensiva contra a corrupção empresarial já desvendou casos que desafiam a imaginação. Em uma empresa telefônica, por exemplo, o chefe do serviço de atendimento ao consumidor alterava nomes de clientes do cadastro incluindo um palavrão entre os seus sobrenomes. Ocorre que os tais clientes agiam em conluio com o criminoso e, ao receberem a fatura adulterada, fingiam indignação e processavam a empresa. A indenização era certa e o lucro era dividido com o funcionário – demitido e já condenado em primeira instância. No Pará, uma bilheteira de estação ferroviária cancelava, após a partida do trem, parte das passagens vendidas. Embolsava a diferença, como se os passageiros tivessem desistido da viagem e recebido de volta o dinheiro do bilhete. Desviou mais de 1 milhão de reais e foi condenada a dois anos de prisão e à devolução do dinheiro. Em uma fábrica de cosméticos, um supervisor alterou o endereço de entrega de mercadorias solicitadas pelos vendedoras, de maneira que passassem a chegar à casa de seus comparsas. Desviou assim mais de 2 milhões de reais. Teve a prisão decretada e está foragido. Noutro caso, o diretor de investimentos de uma indústria de papel, de posse de informações sobre os locais onde a empresa iria se instalar, comprava terras em nome de laranjas, esperava sua valorização e as revendia à própria fábrica. Foi demitido e responde a processo.
Nos Estados Unidos, 85% das empresas foram afetadas por fruades nos últimos três anos, segundo estudo da consultoria Kroll. O valor médio perdido chegou a 5% do faturamento das companhias. No Brasil, um levantamento da Fiesp estimou que o dinheiro que escoa pelos ralos da corrupção chega a 50 bilhões de reais ao ano. O esforço das empresas para proteger seus cofres de tamanho assalto é louvável e deve ser copiado pelo setor público. Mas os empresários não podem perder de vista que é a iniciativa privada que movimenta a ladroagem nos governos. Financiamento ilegal de campanha, superfaturamento e desvios no orçamento – as modalidades mais frequentes de corrupção – só são possíveis porque existem empresas dispostas a corromper. A moralidade não pode valer apenas da porta para dentro.O dono está de Olho - Veja, 20 de abril de 2011 p 104-106
Risco moral na Tepco
(...) O Japão moderno simplesmente não tem como funcionar sem a Tepco. Assim como os grandes bancos, a Tepco é indispensável. Se foi negligente em seu planejamento contra (e na reação ao) desastre de março - e há amplas evidências -, é possível atribuir isso em grande parte a seu status de empresa de serviços públicos grande demais para falir. O "risco moral" não se restringe apenas aos bancos. Uma explicação para o histórico da Tepco é o sistema "amakudari" (descendo do paraíso), pelo qual funcionários públicos ganham empregos fáceis em setores que eles costumavam fiscalizar. Toru Ishida, ex-autoridade do setor de energia no ministério que regula a energia nuclear, ganhou uma alta posição de consultoria na Tepco. Masataka Shimuzu, presidente da Tepco que saiu de cena depois que a usina de Fukushima começou a vazar radiação em março, é o vice-presidente do Keidaren, sinal da imensa influência da Kepco. O número de pessoas que passam dos órgãos reguladores para o setor privado pode até não ser muito grande. Mas os laços entre reguladores e regulados são bem próximos. Estruturalmente, isso ocorre porque o regulador do setor nuclear faz parte do Ministério do Comércio, que vê seu trabalho de promover o uso de energia nuclear como uma forma fácil de livrar o país da necessidade de petróleo estrangeiro. Ainda mais importante, Tepco e governo estão do mesmo lado. Depois do primeiro choque do petróleo, a opinião pública superou sua antipatia pela energia nuclear, cujas origens remontavam à experiência japonesa em Hiroshima e Nagasaki. Os acidentes em Three Mile Island e Chernobyl, no entanto, afetaram o apoio público. Em resposta, tanto o órgão regulador como o setor nuclear minimizaram a importância dos riscos, uma situação quase ideal para encorajar o tipo de comportamento relaxado do qual a Tepco é culpada. Como os bancos, a Tepco presumiu que, se algo saísse errado, o governo assumiria o problema. A empresa já pressiona por uma interpretação favorável dentro da lei, o que poderia absolvê-la dos passivos decorrentes de desastres naturais. Sem isso, a Tepco parece estar condenada. Sua proporção de dívida em relação ao patrimônio é próxima a 300%, o triplo da média no setor. A menos que consiga elevar os preços da eletricidade, é difícil ver como poderá gerar fluxo de caixa suficiente para pagar pelo descarte de reatores velhos e construção de novos, enquanto assegura fontes de energia alternativas. Do ponto de vista dos acionistas, a Tepco pode seguir o caminho da British Petroleum ou da Enron. Quem comprou ações da BP tem agora uma alta de 70%. A Enron, claro, quebrou. A indústria nuclear japonesa se juntará aos bancos ocidentais como um caso de lucros privados e prejuízos socializados, a menos que a deixem seguir a trilha da Enron.Crise da Tepco no Japão faz o Lehman Brothers parecer uma ninharia - Valor Econômico - Traduzido do Financial Times - David Pilling - Crise da Tepco no Japão faz o Lehman Brothers parecer uma ninharia
Analfabetismo funcional
NASCIMENTO, Joao Carlos H Bernardes; GALVÃO, Romério P.; REIS, Juliana da Silva. O analfabetismo funcional e seu impacto à utilização das informações contábeis. RBC, Nov/dez 2010, p 38-51
Comportamento e o Mundo Real
Para os decisores, o fascínio é evidente. A economia comportamental promete ajudar a resolver difíceis problemas sociais, de consumo de energia a epidemia de obesidade, com custos relativamente limitados, sem taxas adicionais ou regulamentações onerosas.
É sempre encorajador ver políticos abraçar as idéias da ciência, a procurar aplicações práticas para as pesquisas mais recentes. Devemos querer nossas leis e regulamentos que devem ser fundamentadas em uma visão exata de como tomamos decisões.
E os resultados iniciais de muitas dessas políticas têm sido humilhante. Considere os novos regulamentos em Nova Iorque exigindo a lista de restaurantes o conteúdo calórico de todos os itens do menu. (...) Em vez disso, as primeiras análises por pesquisadores da Universidade de Nova York e de Yale descobriram que, uma vez que a lei foi promulgada, a média do freqüentador dos restaurante foi realmente comprar um pouco mais de calorias. (...)
Enquanto as contas de energia tradicionais informam aos clientes apenas o seu próprio consumo, estas contas comparam diretamente com seus vizinhos. A esperança era que o proprietário iria competir para consumir menos energia. Mas o uso caiu apenas 1,5%. Isso não vai fazer muito para a independência energética e de combate às alterações climáticas.
Há dois problemas com essas reformas inspiradas economia comportamental. A primeira é que os nudges dos decisores políticos têm de competir contra os nudges do mercado. Uma refeição fast-food pode conter um número assustador de calorias, mas também é deliciosa. Nestes casos, o empurrão que apela para o nosso lado irresponsável muitas vezes ganha.
O segundo problema é que esses toques são mal equipados para resolver problemas espinhosos da sociedade. Tome o consumo de energia. Como os economistas comportamentais George Loewenstein e Peter Ubel têm apontado, a maneira mais eficaz de reduzir o consumo de energia é aumentar o seu custo através de altos impostos sobre o carbono. Esta solução, evidentemente, não é popular ou moda, que é por isso que a maioria dos políticos não estão interessados. (...)
Nunca é fácil para aplicar a mais recente teoria da natureza humana para seres humanos reais.Só porque temos uma melhor compreensão de como a mente funciona, não significa que pode sempre fazê-lo funcionar da maneira que queremos.
Is 'Nudging' Really Enough? – Wall Street Journal - 16 Abr 2011
Links
A Índia cresceu mais que a China em 2010.A Contabilidade Nacional explica o porquê.
Entrevista com a presidente do FASBQuanto vale um funcionário de alto escalão do Google?
Entrevista com a presidente do FASB e o presidente do IASB
Felix Salomon comenta sobre os ativos financeiros insensíveis à informações.
Um dos melhores sites sobre Finanças Comportamentais.
Processo de convergência entre FASB e IASB adiado.
Por que os brasileiros emigram pouco?
Desigualdade nos Estados Unidos - Texto de Joseph Stiglitz
A estranha economia da água
O que a batata Pringles tem a ver com a teoria da relatividade?
A bolha imobiliária chinesa começou a estourar?
O excepcional e estranho lucro do BNDES em 2010.
China altera o disclosure do seu PIB.
Blogs da Academia
O The New York Times divulgou reportagem com os blogs mais interessantes da academia, particularmente aqueles focados em economia, direito e política.
17 abril 2011
Olho do dono
Hoje, na Vale, por exemplo, uma das empresas de aderiram ao programa, funcionários pegos cometendo um delito são dispensados sumariamente e sua demissão é divulgada para os colegas, à fim de desencorajar outros crimes. “É um erro querer esconder os crimes internos”, avalia Ricardo Gruba Pereira, direto de segurança empresarial da Vale. Em 2006, a empresa criou uma diretoria específica para o combate à corrupção. Desde então, detectou 980 desvios, o que provocou 386 demissões por justa causa. Apenas no ano passado, os desvios somaram 40 milhões de reais, dos quais 30 milhões foram recuperados. Entre os mecanismos de prevenção adotados, estão quatro salas de controle em que funcionários monitoram em tempo integral as operações da companhia em mais de vinte países. Fiscalizam de caminhões sendo carregados com minério no interiro de Angola a operários entrando pela portaria em Parauapebas, no Pará. Flagrantes de desvios são divulgados na rede interna de comunicação e tanto fornecedores como prestadores de serviços apanhados corrompendo jamais voltam a firmar contratos com a companhia. Outra iniciativa adotada pela empresa foi a premiação de empregados que contribuem para a descoberta de irregularidades.
(...) No que se refere aos métodos de desvio, os esquemas de corrupção em empresas privadas e no setor público são semelhantes. Em ambos, a área de licitações é a mais visada pelos bandidos. Para especialistas, é mais fácil detectar corrupção no setor público, já que os esquemas envolvem mais gente, os recursos são maiores e há mais órgãos de vigilância, como auditorias, corregedorias, tribunais de contas e o Ministério Público. A punição, porém, é mais difícil, graças à legislação que protege a estabilidade do servidor público e às diversas possibilidades de recurso, inclusive no âmbito administrativo, à disposição do acusado. “A diferença é que no serviço público a complacência é maior, o que aumenta a impunidade”, diz o cientista político Ricardo Caldas. (...)
O dono está de Olho - Veja, 20 de abril de 2011 p 104-106