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17 abril 2011

Nova Lei

(...) cerca de 70% das companhias optaram por estornar ou manter os saldos do Ativo Diferido. Na reserva de reavaliação, 55% das instituições preferiram continuar a amortização dos saldos e 45% optaram pelo estorno. No teste de impairment, apensas 8 companhias [de um total de 50] reconheceram perdas em seus ativos em torno de 77,27%, quanto aos contratos de leasing financeiro, e 22 empresas evidenciaram esses contratos no balanço. 
SANTOS, Rafael; NIYAMA, Jorge K; RODRIGUES, Jomar. Analise das demonstrações contábeis das companhias listadas na Bovespa: uma abordagem sobre os impactos decorrentes das modificações introduzidas pela Lei 11638/07. Revista Brasileira de Contabilidade, Nov/dez 2010

As conclusões são preocupantes já que são grandes empresas e, conforme afirmam os autores, “essas normas alcançam uma pequena parcela das instituições empresariais”.

16 abril 2011

Rir é o melhor remédio





Logótipos verdadeiros (Youtube, Camel, McDonald´s e Nintendo)

Ação popular tenta reaver prejuízos com Panamericano

Por Pedro Correia

Uma ação popular movida pelo desembargador Walter do Amaral, 66 anos, tenta reaver prejuízos supostamente causados pelo rombo do Banco Panamericano ao patrimônio público. A ação propõe que a conta - calculada em pelo menos R$ 695 milhões - seja dividida entre o ministro da Fazenda, Guido Mantega; pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini; pela ex-presidente da Caixa Maria Fernanda Coelho; e pelo empresário Silvio Santos - todos citados como réus. No centro dos argumentos está a compra de 49% do Panamericano pela Caixa Econômica Federal por R$ 739 milhões.


Fonte:Estadão

15 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Bigode e barba. Fonte: Aqui

Origem do termo capital de giro

Por Pedro Correia


Segundo Eugene Brigham e Michael Ehrhardt: " o termo capital de giro[1] originou-se do velho vendedor ianque que carregava a sua carroça para então, sair vendendo as suas mercadorias . A mercadoria era chamada de capital de giro porque era exatamente isso que o que ele vendia , ou fazia "girar" para produzir seus lucros. A carroça e o cavalo eram seus ativos permanentes. Ele geralmente era o dono do cavalo e da carroça, portanto, ambos eram financiados com capital próprio;no entanto,o ambulante tomava emprestado os fundos para comprar a mercadoria. Esses empréstimos eram denominados empréstimos de capital de giro e tinham de ser reembolsados depois de cada viagem para demonstrar ao banco que o crédito que era seguro. Se o vendedor conseguisse pagar o empréstimo, o banco poderia conceder outro, e dizia-se que os bancos que seguiam esse procedimento estavam empregando "prática bancárias justas"."


[1] De acordo com Assaf Neto e César Tibúrcio, na obra Administração do Capital de Giro : "O capital de giro ou capital circulante é representado pelo ativo circulante, isto é, pelas aplicações correntes, identificadas geralmente pelas disponibilidades, valores a receber, estoques. Num sentido mais amplo, o capital de giro representa os recursos demandados por uma empresa para financiar suas atividades operacionais identificadas desde a aquisição de matéria-primas até o recebimento pela venda do produto acabado."


Não existe almoço (nem grande ideia) grátis

Por Pedro Correia


No mercado financeiro costuma-se dizer que não existe almoço grátis, frase atribuída ao economista Milton Friedman, prêmio Nobel de 1976. Na coluna de Elio Gaspari publicada no Jornal Folha de São Paulo de 09/08/1998 com o título "Não existe alomoço (nem grande ideia) grátis", o jornalista informa que essa frase é do economista alemão Gustav von Schmolder. A métafora econômica é do Vilfredo Pareto, que desenvolveu o ótimo de pareto.


Texto de Juan Carlos Laponni in Projetos de Investimento

LDO de 2012 deve flexibilizar licitações para obras da Copa e das Olimpíadas

Por Pedro Correia


O governo deve fixar no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012, que será enviado nesta sexta-feira ao Congresso Nacional, regras mais flexíveis[1] para a realização das obras da Copa do Mundo e das Olimpíadas. A intenção é dar tratamento especial a obras públicas relacionadas a eventos especiais, como aeroportos, estradas e metrôs, para que, com o controle flexibilizado[1], elas andem com mais agilidade e não sejam interrompidas a todo momento.


Para 2011, o governo já havia modificado algumas regras favorecendo esse tipo de obra, principalmente em relação à tabela de preços usada nas licitações, além de ter estabelecido um diálogo maior com o Tribunal de Contas da União (TCU), que fiscaliza as obras públicas.


Fonte: O Globo


[1]O país tem uma série de normas e regras, que além de serem falhas são flexibilizadas para compensar erros de planejamento.Assim, quanto mais permissivo e flexível forem estas regras maior será o sentimento de impunidade. A falta de planejamento foi atropelada juntamente com o controle da gestão das obras da copa do mundo.Nos resta aguardar qual será o resultado disto.

A era da irresponsabilidade fiscal

Por Pedro Correia
Fonte: The Economist

Definição de segmento será verificada pela CVM

Postado por Pedro Correia

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai verificar os critérios usados pelas empresas para definir seus segmentos ou para dizer que possuem apenas uma área de negócio, impedindo a divulgação de lucro de forma quebrada, conforme exigido.


“Nunca vi um cliente comentar: ‘Essa informação por segmento é muito legal e vai ajudar o meu acionista’. O mais comum é ele dizer que não quer divulgar porque o concorrente vai se aproveitar dessa informação”, resume Paul Sutcliffe, sócio de auditoria da Ernst & Young Terco. Segundo ele, o problema é que o IFRS foi feito num ambiente em que a maioria das empresas divulga balanços, o que não é o caso do Brasil.


Danilo Simões, sócio da KPMG, diz que já houve casos no exterior de o órgão regulador verificar relatórios apresentados ao conselho para saber como as informações eram tratadas.


Mas para ser classificado como um segmento[2], uma área de negócios deve ter receitas e despesas de forma independente. “Às vezes cada loja gera uma receita, mas as compras e o marketing são feitos em nível nacional”, diz Sutcliffe.[1]


A Telesp, que divulga receita de telefonia fixa, transmissão de dados e TV por assinatura, diz que “é preciso não confundir unidades geradoras de receita (ou produtos) com segmentos”. A Oi considerou voz e dados um único segmento, mas separou as áreas de internet e TV paga.[1]


Fonte: Fernando Torres, Valor Economico


[1] Como já foi dito aqui:A partir do momento que a contabilidade torna-se mais subjetiva o profissional contábil terá mais alternativas para a escolha. Veja : Por que o contador influencia a medida?


[2] O CPC 22 e o IFRS 8 tratam das Informações por Segmento.Segue o resumo do CPC 22.

IPO de uma empresa latino-americana mais bem-sucedido desde a crise financeira internacional

Por Pedro Correia


A Arcos Dorados, empresa que opera franquias do McDonald’s [1]na America Latina, fez uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na bolsa de Nova York, na qual levantou US$ 1,25 bilhão. A companhia tem como um dos sócios a Gávea Investimentos, do ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga. A Arcos Dorados é a maior franquia do McDonald’s do mundo


O jornal britânico “Financial Times” observa que este foi o mais bem sucedido IPO de uma empresa latino-americana desde a crise financeira internacional. Pela primeira vez desde 2007, uma companhia da região vende, na oferta pública, ações com preço acima do intervalo previsto.


O valor esperado do papel era de US$ 13 a US$ 15, mas na oferta acabou saindo por US$ 17, devido à forte demanda. E a euforia não acabou. Nesta quinta-feira, primeiro dia de negociação na bolsa de Nova York, as ações da Arcos Dorados subiam 27,7% por volta das 12h (de Brasília), a US$ 21,71.


Texto de Sílvio Guedes Crespo



[1] É interessante observar que entrar na Universidade do Mc Donald's , localizada na China,é mais difícil que entrar em Harvard. Leia aqui.

Petrobras é a segunda empresa mais lucrativa de capital aberto na América Latina e EUA, diz Economatica

Por Pedro Correia


Um estudo feito pela consultoria Economatica com base no lucro de 2107 empresas de capital aberto em toda a América Latina, mais os Estados Unidos, mostrou que a Petrobras é a segunda empresa mais lucrativa de 2010. Com lucro líquido de US$ 21,1 bilhões, a brasileira só perde para a Exxon Mobil, com lucro de US$ 30,4 bilhões. Em 2009, a Petrobras era a terceira do ranking, e a Exxon tinha a segunda colocação.


Salto maior, entretanto, deu a Vale. A mineradora, que em 2009 era a 27ª colocada, pulou para a 6ª colocação no ano passado, com lucro de US$ 18 bilhões. Em rentabilidade a Vale é a 6ª e a Petrobras apenas a 15ª da lista.


A boa notícia para o Brasil é que o lucro de Petrobras e da Vale superam o de empresas como Apple (lucro de US$ 16,63 bilhões) e Walmart (US$ 16,96 bilhões). Entre as vinte empresas mais lucrativas da amostra, a Economatica apontou apenas duas empresas latinas, justamente Petrobras e Vale. O setor com mais empresas entre as vinte mais lucrativas é o de eletroeletrônicos, com cinco representantes, seguido pelo setor de petróleo e gás, com quatro empresas.


Fonte: O Globo

BC estimula consolidação de bancos

Postado por Pedro Correia

O Banco Central, com uma ajuda do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), está “estimulando” uma consolidação no sistema financeiro nacional, segundo executivos de bancos. Tem chamado informalmente instituições financeiras em situação mais confortável a comprar os bancos com mais necessidade de capital e perdas recorrentes. Em troca, o FGC oferece empréstimos com juros mais baixos do que os do mercado. Muitas vezes os empréstimos se tornam dívida subordinada, que entra como capital no balanço da instituição financeira compradora, ajudando a dar para a instituição compradora mais espaço para criar ativos e emprestar.


Razões políticas, econômicas e pressões diversas podem levar o banco consolidador a concordar com a aquisição. Fundos de private equity estrangeiros interessados em bancos médios, que têm visto o preço de suas ações cair, podem ajudar no processo de consolidação. Até mesmo a investidores estratégicos nacionais e estrangeiros o BC tem oferecido bancos menores em situação mais difícil e com pouco capital em troca de uma licença imediata. O processo de aprovação de licença de um banco pelo BC, depois de colocado o pedido, pode durar mais de um ano.


Segundo apurou o Valor, o estímulo do BC é parte determinante no processo de compra de diversos bancos médios como:o Banco Schahin que estava com o índice de Basileia de 10,97% em dezembro;O Banco Morada que tinha o índice de alavancagem de 11% e patrimônio de R$ 69,4 milhões em dezembro;O Banco Matone, comprado pelo JBS em março, estava em dezembro com um índice de Basileia de 4,3%, muito abaixo do mínimo exigido pelo BC.


...O caso do Banco Panamericano e o aperto de liquidez decorrente para os bancos pequenos e médios, principalmente os que fazem cessão de carteiras de crédito consignado, só tornou o processo mais urgente. A retirada imediata de estímulos à captação dos bancos menores colocados na época da crise de 2008 tem agravado a preocupação mais urgente com o caixa dessas instituições financeiras no curto prazo e acelerado o processo de consolidação. Para completar, mudanças contábeis previstas para o início de 2012 vão apertar mais o patrimônio dos bancos que vivem de conceder crédito consignado e vender carteiras.


...Em janeiro do ano que vem, os bancos médios terão ainda de reduzir em 20% ao ano os limites de captação dos depósitos a prazo com garantia do FGC. O estoque dessas transações era de mais de R$ 20 bilhões em abril. Para completar, os bancos médios têm de lidar com medidas macroprudenciais do BC, que impactam o crédito de longo prazo, e mudanças contábeis que vão impedir o negócio no qual se especializaram: produzir crédito consignado para vender e contabilizar os ganhos na hora da venda.


Fonte: Cristiane Perini Lucchesi, Valor Economico via Marcos Assis


14 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Se você pensa que ____ [CAN] você ____ [CAN]

Can = lata (substantivo) / poder [verbo]

Fonte: aqui

Teste 461

O teste de hoje é para verificar se você é bom avaliador. A foto mostra 65 mil quilos de caviar vermelho, apreendido (e posteriormente queimado) pela polícia russa. Qual o valor desses 65 mil quilos?
Resposta do Anterior: Arsenal. Fonte: aqui

Você gostaria de entrevistar Gary Stanley?

Você gostaria de entrevistar Gary Stanley? Por Isabel Sales

O blog Freakonomics irá entrevistar o Nobel de Economia (1992) Gary Stanley e está convidando os leitores a participarem sugerindo perguntas: Aqui. Que tal experimentar como o maior economista vivo poderia te responder? Caso não saiba inglês, nos envie suas participações que estamos disponíveis para ajudar essa interação.

Vida é risco


 Sugestão de Notícias Contábeis

Auditorias não podem atuar como polícia, afirma Ibracon

Por Pedro Correia

As empresas de auditoria tiveram sua competência e até mesmo idoneidade colocadas em dúvida nos últimos meses, especialmente nos casos de rombos descobertos no Carrefour Brasil e no caso mais recente, das fraudes contábeis do Banco PanAmericano. Mas o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), mesmo sem comentar estes casos em especial, defende que o trabalho feito pelas auditorias no Brasil é correto.


Segundo Ana Maria Elorrieta, presidente da diretoria Nacional do Ibracon, as firmas de auditoria não têm poder de polícia. “Este trabalho é feito com base nas informações passadas pela própria empresa, e só ela mesma pode apurar se estas informações estão corretas ou não. Nós só podemos comunicar o Comitê de Auditoria ou o Conselho de Administração quando percebemos algum tipo de dado muito fora da curva do que percebemos nas empresas do mesmo setor”, explica .


Ana Maria afirma que a própria legislação não permite que as empresas de auditoria e a Ibracon se manifestem sobre casos específicos. Mas quando questionada sobre os problemas descobertos nos balanços de empresas, especialmente as de capital aberto, a presidente do Ibracon responde com números. “São 16 mil balanços analisados todos os anos pelas empresas de auditoria, a maioria delas pelas maiores do País. Então o índice de erro é muito pequeno, o trabalho, de um modo geral, é bem feito”.


A executiva afirma que as auditorias não têm poder para fiscalizar os indicadores das empresas. “Nós não temos poder de polícia. As informações são mantidas dentro das empresas, e os diretores e acionistas, por meio do conselho de administração, tomam as atitudes que acham devidas. Nosso dever é coletar os dados e comparar com outras empresas do setor. Se, por exemplo, uma empresa consegue lucro enquanto todas as outras registram prejuízo, vamos tentar saber a causa dessa diferença.


Ana Maria lembra ainda que fraudes contábeis não são episódios tipicamente brasileiros. “Tivemos vários casos em todo o mundo. Quando uma pessoa tem a intenção de cometer uma fraude, ela geralmente faz de um jeito que é muito difícil prevenir. E infelizmente, as empresas de auditoria podem fazer muito pouco”.


Fonte: Jornal DCI via blog do Lino Martins


Táxi em SP custa metade do de Tóquio e triplo de Buenos Aires

Por Pedro Correia

O táxi em São Paulo, que é um dos mais caros do País e ainda por cima teve um aumento de 18% recentemente, ainda está bem mais barato do que o de cidades em países desenvolvidos. No entanto, quando se compara com países emergentes ou pobres, o táxi paulistano custa muito mais. Em São Paulo, uma corrida de três quilômetros em táxi comum com trânsito livre, em horário comercial, custaria US$ 7,29. É pouco mais que a metade do preço verificado em Tóquio (US$ 12,53) e mais que o triplo do valor encontrado em Buenos Aires Fonte:Estadão

Por que os juros reais são tão altos no Brasil?

Por Pedro Correia


Tyler Cowen responde esta pergunta:


The “crude” analysis is that the Brazilian savings rate is very low for a developing country (about fifteen percent of income), the size of the Brazilian government is very high for a developing country (about forty percent of gdp), and the productivity of real investment here is high because of lots of low-hanging fruit (literally and figuratively, not just tasty bananas but add on soya and off-shore drilling and other resources). Yet bad mercantilist policies, bad labor law, and the pressure of government spending on savings all mean that the return on capital does not fall so much at the margin. There remain many underexploited opportunities, and thus one can be a Brazil optimist while seeing only a tolerably good policy environment, but tolerably good it seems to be.

Brasil, Economia e Governo

Por Pedro Correia


O site Brasil, Economia e Governo é um excelente local para a compreensão de diversos problemas brasileiros.Uma iniciativa de eminentes economistas:Marcos Mendes, Fernando Meneguin e Paulo Springer de Freitas. O site visa explicar questões de relevante interesse nacional.A inciativa não tem vinculação com nenhuma instituição e militância político-partidária. O site possui um conjunto de artigos que respondam a perguntas pertinentes como:


Por que instituir a previdência complementar do servidor público?

Vale a pena construir o Trem Bala?

Valeu a pena privatizar a Vale?

Como os impostos afetam o crescimento econômico?

Por que instituir a previdência complementar do servidor público? Por que os juros são altos no Brasil?

É possível controlar o gasto do Governo apenas enxugando os desperdícios?

A isenção do imposto de renda na poupança é um subsídio justo e eficiente?

Deve o Brasil persistir no fomento aos biocombustíveis mesmo com a descoberta da volumosa reserva de petróleo do pré-sal?

Por que precisamos reformar a previdência?

O TCU atrapalha o bom desenvolvimento das obras de infraestrutura do Governo Federal?

Por que o Brasil não utiliza as reservas internacionais para financiar investimentos públicos em infraestrutura?

O que fazer para melhorar a eficiência dos servidores públicos e reduzir as despesas de pessoal do governo?

O que é e para o que serve o “Resultado Primário”?


120 anos de preços de imóveis nos EUA

Por Pedro Correia
O economista Robert Shiller criou um índice que mostra a evolução dos preços das casas nos EUA desde 1890.

13 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Aqui

Teste 460

Este time de futebol tem um economista como técnico e nos últimos dias está vivendo uma batalha entre dois grandes acionistas, sendo que um deles, Kroenke, que detém 63% das ações, está tentando comprar a parte de um russo, que possui 27% das ações. Este clube é: Arsenal Liverpool PSV Resposta do anterior: Todas as alternativas estão corretas. Fonte: Uma Omissão de Oito Anos - Ribamar Oliveira, Valor Econômico, 7 abr 2011

Cartões de Visita






Fonte e mais aqui

Links

Os meninos usam azul e as meninas rosa: nem sempre foi assim

 O dia mais chato da história: 11 de abril de 1954

 Petróleo, fornecedor e consumidor: mapa

 Impacto do algoritmo no mercado acionário

 As empresas que geram caixa com poucos produtos e não tem disciplina

 A letra Times é mais engraçada que a Arial

 Páginas da Playboy, análise da genitália e ideais físicos: IgNobil?

 Como mudaram os exames de sangue

 Pais mais velhos são mais felizes que pais novos

 As confissões de Madoff

 Big Mac e a instabilidade no Brasil

 Pessoas com QI elevado

 Presidente Obama no Brasil: Cordel

12 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Ciclistas




Nova Bolha?

O gráfico acima mostra a relação P/L para o mercado acionário dos EUA. Abaixo, o gráfico com o Q de Tobin, também para o mesmo mercado.
Em ambos casos, um mercado aquecido.

Johnson & Johnson é condenada por suborno

Por Pedro Correia



A Securities and Exchange Commission condenou a Johnson & Johnson (J & J) por ter subornado médicos públicos em vários países europeus e por ter pago propina ao Iraque para obter negócios ilícitos. A conpanhia concordou em pagar 70 milhões de dólares para arqueivar todas as acusações.


Mais detalhes aqui.

Links

Por Pedro Correia


A gigante de commodities ,Glencore, deve fazer esta semana o maior IPO da história da bolsa de Londres


Por que os judeus alcançaram o sucesso?


Se você quer ser bem sucedido nos negócios não faça um MBA em Administração. Estude Filosofia


Polônia irá adotar o euro


A Polônia se tornará uma potência europeia?


Má distribuição de renda também nos salários de executivos brasileiros


Imperialismo chinês


A maneira mais fácil de investir na China.


Homem vs Máquina em Wall Street: Como os computadores vencem o mercado?


Inflação na Argentina é quase igual à da Venezuela


Segundo estudo da London School, o compartilhamento de música não afeta o rendimento dos autores.


Os CEO's americanos estão cada vez mais ricos.

11 abril 2011

Rir é o melhor remédio


A charge é de janeiro, mas ainda é atual. O movimento democrático nos países arábes é acompanhado com simpatia até o momento que se chega na bomba de combustível.

Como gostar de Métodos Quantitativos?

Nos dias de hoje é cada vez mais comum a utilização de métodos quantitativos. Na área acadêmica quase todos os trabalhos, a partir do mestrado, usam métodos quantitativos. Mesmo em algumas áreas onde a parte discursiva é substancial, como história, administração ou direito, é cada vez mais comum o uso de fórmulas, pesquisas quantitativas, etc. Parece inevitável, portanto, a expansão dos métodos quantitativos. Entretanto, existem pessoas que tem bloqueio dos métodos quantitativos. Este bloqueio é decorrente das notas baixas em matemática no ensino médio ou por ter encontrado um professor que teve o prazer que fazer mais uma pessoa detestar qualquer coisa que tem um número ou uma fórmula. Eis alguns conselhos para resolver seu problema:

 1. Pense que você não está sozinho – Muitas pessoas possuem a mesma dificuldade. É muito mais comum encontrar alguém que seja ruim em números do que uma pessoa que seja analfabeta. Mesmo aquela pessoa que parece saber muito sobre o assunto, provavelmente não conhece tudo, tem dificuldades e já teve barreiras. Saber que você não está sozinho é importante para sua autoestima.

 2. Tente vencer o obstáculo aos poucos – Você não conseguirá aprender métodos quantitativos de uma vez. Esqueça isto. Então comece com um passo de cada vez.

 3. Comece com um bom livro ou um bom filme – Métodos quantitativos podem ser interessantes. É verdade, acreditem. Para que você possa ter a mesma opinião, comece com lendo um livro que seja acessível ou assista a um bom filme.

 4. Em geral aulas da pós-graduação tende a ser mais focada do que aulas de graduação (esta dica eu li no Marginal Revolution) e a qualidade depende do instrutor. Por isto, procure o professor que irá ensinar da forma como você gosta. Em métodos quantitativos existem dois tipos de métodos de ensino: os professores que dedicam a ensinar a essência do método, enfatizando deduções teóricas pesadas; e os professores que ensinam a usar um software estatístico ou matemático. (Na realidade, a maior parte dos professores está num meio termo, apesar do segundo tipo ser muito criticado na academia.) Escolha seu professor conforme o estilo dele e seu gosto.

 5. Tente não parar de estudar – Continue o aprendizado. Depois de aprender sobre regressão, você pode estudar programação linear, por exemplo. Continue estudando sempre.

 6. Tenha um bom companheiro de estudo – O seu companheiro poderá dar um incentivo adicional: o material didático. Já existem no mercado excelentes livros. Se você está estudando regressão múltipla e não entendeu os ensinamentos do Hair (um dos bons livros da área), tente o Field ou Stevenson ou outro qualquer. Às vezes a forma de exposição da idéia por parte de um autor pode ser mais clara do que outro.

 7. A melhor forma de vencer o obstáculo é saber que você tem uma necessidade. Lembre-se de que você precisa de métodos quantitativos. Isto pode ser uma motivação adicional para vencer.

 Para quem quer começar a gostar de métodos quantitativos, recomendo o seguinte:

 a) Numb3rs – Trata-se de uma série de investigação que passou na televisão a cabo brasileira e foi lançada no mercado de vídeo. Em cada episódio, o FBI estava diante de um problema e um grande matemático ajudava o Bureau. Em cada episódio, pelo menos um novo método. Nos Estados Unidos a série era acompanhada de um material didático, com aplicações e exercícios. Mas mesmo sem esta ajuda, é muito interessante acompanhar os irmãos Eppes nas aventuras da série.

 b) Último Teorema de Fermat – Este livro, de Simon Singh, conta a história da prova, feita por um inglês, do último teorema de Fermat.

 c) O Teorema do Papagaio – É um livro de ficção, de Denis Guedj, também sobre o Teorema de Fermat. É um pouco longo, mas também é didático.

 d) Uma Senhora Toma Chá – Também um livro didático, sobre a história da estatística.

 e) O Andar do Bêbado – Achei que este livro não deu o devido destaque aos fatos mais recentes. Mesmo assim, é bem escrito e didático

 f) O Homem que Calculava – Já estava cometendo uma injustiça, esquecendo de citar Malba Tahan. O homem que calculava é um livro mais juvenil, mas muito interessante. Quem já leu este livro e não gostou?

Basileia e Crise Financeira

A atual crise financeira começou com dívidas hipotecárias ruins, se espalhou para a dívida bancária ruim e agora engloba a dívida soberana ruim. Cada uma destas categorias foi dada ponderação capital preferencial ao abrigo dos Acordos de Basileia, e agora todos são hemorragias, feridas abertas no sistema financeiro e à estabilidade dos governos excessivamente endividados.
Não só os coeficientes de Basileia promoveram a avaliação de risco pobres, contribuiu diretamente para a capitalização inadequada dos bancos para os riscos que assumiram.
Fonte: aqui

Balanços de 2011

Tomando por base as cem maiores empresas brasileiras, o Valor Econômico (Balanços Globalizados, 11 de abr de 2011) encontrou os seguintes dados:

 = ) As normas internacionais provocaram efeitos sobre o lucro, que variou de empresa a empresa. Em alguns casos, por exemplo a Oi, o prejuízo transformou-se em lucro (de 435 milhões de reais para lucro de 4,27 bilhões)

 = ) O lucro das cem maiores foi de 129 bilhões em 2010, com um crescimento de 37% em relação a 2009, pela regra antiga, ou 28% pela IFRS

 = ) Das cem empresas, 54 melhoraram o lucro e 42 registraram redução

 = ) A receita líquida cresceu 23%, para 990 bilhões de reais

 = ) Entre as regras que foram adotadas, a que causou mais impacto foi a que trata de fusões de aquisições. Neste caso, o conceito de “valor justo”

 = ) “O sistema brasileiro de contabilidade antigo era mais conservador, assim como as normas usadas em países da Europa continental antes do IFRS”

 = ) A rentabilidade, medida pela margem líquida, ficou estável: 13% em 2010 versus 12,5% em 2009

Revisão da SEC

Por Pedro Correia

As empresas americanas que adotarem as normas internacionais pela primeira vez terão suas demonstrações contábeis revisadas pela SEC.Segue a lista com os IFRS que serão revisados neste ano:

1. Instrumentos Financeiros – IAS 39, 32 e IFRS 7

2. Impairment de Ativos – IAS 36

3. Apresentação de demonstrações financeiras -- IAS 1 & 7

4. Segmentos Operacionais – IFRS 8

5. Receita -- IAS 18

6. Impostos sobre renda – IAS 12

7. Terenos, instalações e equipamentos – IAS 16

8. Benefício aos empregados – IAS 19

9. Provisões e passivos contingentes – IAS 37

10. Demonstrações financeiras consolidadas -- IAS 27


Fonte:AICPA National Conference on Current SEC and PCAOB Developments.


Contador do Pan fala

Tenho evitado postar reportagens completas e longas. Mas o texto a seguir é importante pois trata do depoimento do contador do Panamericano:

SÃO PAULO - Relato do contador do Panamericano aponta a rotina do banco nos anos que antecederam o rombo bilionário e revela como ruiu a instituição financeira de Silvio Santos. Marco Antonio Pereira da Silva, que trabalhou 31 anos no grupo, assumiu o papel de colaborador da Polícia Federal. Ele atribui diretamente ao ex-diretor financeiro, Wilson de Aro, a responsabilidade pelo malogro da política de captação e pelas operações que afundaram o banco. 
 O depoimento do contador foi filmado e gravado pela PF em 15 de dezembro. Ocupa dois DVDs. As revelações, transcritas, preenchem 87 páginas. Representam a mais importante prova da PF no inquérito que rastreia um capítulo de desvios no Panamericano. Gestão fraudulenta, crimes financeiros, ocultação de recursos e evasão de divisas são o alvo dos federais. 
 O relato do contador deu base à Justiça para decretar a quebra do sigilo bancário e fiscal de toda a cúpula do banco e autorizar buscas nos endereços residenciais e comerciais dos investigados. Silva decidiu espontaneamente delatar o que viveu e os procedimentos a que teria sido obrigado a seguir. 
 No auge da crise, quando o Banco Central fez uma devassa nas contas do Panamericano, Aro o teria orientado a resistir. "Tudo que eu passava para o Banco Central tinha de mostrar para ele (Aro). Tinha coisa que ele falava: ‘Não Marco, não mostra isso’. Aí eu falava: ‘Mas vou mudar?’ Ele falava: ‘Não, não muda. Só não passa, é diferente’." 
 Ele não imputa práticas ilícitas a Rafael Palladino, mas cita o ex-presidente do banco. "Parece que eles (diretores) tiveram comissões, bônus altíssimos. O Wilson parece que recebeu R$ 7,5 milhões em 2009. O presidente? Aí tinha lá R$ 10 milhões que eu não sei se era do Sandoval ou se era do Rafael, eu não vi, porque era uma relação que uma pessoa tava falando comigo. Fora o salário deles. Só bonificação." 
 Sandoval, a que se refere o contador, é Luís Sandoval, do conselho de administração. Ele não era diretor executivo do banco, mas presidente da holding. Nessa condição, segundo avalia a PF, era normal receber tais gratificações. Quando eclodiu o escândalo, Sandoval deixou o grupo e 40 anos de parceria com Silvio. No momento mais tenso da demanda, segundo o contador, Sandoval foi para cima de Aro: "Você é um irresponsável". 
 Na casa de Silvio. 
O contador narra como foi a reunião na casa de Silvio Santos. "O Silvio me chamou. Me recebeu muito educadamente e falou: ‘Marco, eu não quero saber quem foi e como foi, eu quero saber qual a proposta de solução, eu preciso saber qual caminho tomar’. Eu dei algumas ideias. A primeira, vender o banco. Aí a ideia era o Bradesco comprar, porque o Bradesco sempre quis comprar o Panamericano e o Silvio nunca quis vender." 
 Sobre as causas do rombo, o Silva diz: "Em 2008, veio essa crise e o banco começou a dar prejuízo. O Wilson, no desespero, falava: ‘Marco, o banco sem caixa não funciona, sem resultado ainda anda, mas sem caixa não. Mas para eu ter caixa eu preciso de resultados. Quem vai botar dinheiro em um banco que não tá dando resultado? Então, você vai fazer o seguinte, você antecipa algumas receitas de cessões de crédito, que lá na frente eu faço e você amortiza depois’". 
 Silva disse a Aro que não sabia fazer esse tipo de operação. "Ele (Wilson) falou: ‘Recompra o contrato, pega na condição de cedido, faz uma recompra e aí você vai ter ativo’. Aí já virou uma prática. A intenção dele era antecipar receita de cessão e recomprar contratos. Só que em 2009 a situação piorou, o banco não produziu. A entrada de caixa continuou dificultosa, começou a criar uma dependência de ficar recomprando contrato e gerando receita, antecipando receita. 2009 foi o pior ano, essa conta do passivo tinha sido usada para outra finalidade. Quando começou a cair o fluxo de pagamento de cessão a outros bancos, eu não tinha mais passivo." 
 O rombo: "R$ 1,4 bi mais R$ 670 milhões, R$ 700 milhões, dessa situação que eu fui usando o passivo para liquidar compromisso da administradora. Aí deu R$ 2,1 bi, R$ 2,7 bi, um negócio assim. Essa foi a diferença do Banco Central. Dos R$ 2,1 bi para os R$ 2,5 bi. A negociação com o fundo garantidor que o Silvio fez foi de pegar um recurso maior para poder também ajustar a situação da administradora". (No final, o rombo do Panamericano chegou a R$ 4,5 bilhões.) 
 Silva reclama de "pressão muito forte". Se diz isolado e teme retaliações. "Tenho preocupação de jogarem isso em cima de mim. Sou fraco perante eles, nem recursos financeiros eu tenho. Nunca trabalhei em outra instituição. De repente, não sei o que aconteceu."

10 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Adaptado: Daqui

Neurocontabilidade

Por Pedro Correia

O título deste artigo é interessante:Is Neuroaccounting Waiting in the Wings? .


De acordo com o resumo, o working paper disserta sobre a utilização da neuroeconomia e amplia a discussão para as razões pelas quais esta disciplina emergente, deve ser de interesse para pesquisadores da contabilidade comportamental.


Os autores avaliaram a contribuição e potencial da neuroeconomia para o estudo do comportamento econômico humano. Outrossim, examinaram o que os contadores comportamentais podem aprender com neuroeconomia[1] e se devemos esperar que um sub-campo semelhante surja dentro da contabilidade comportamental num futuro próximo.


No entanto,os autores concluíram que um sub-campo separado dentro da contabilidade comportamental, não é provável num futuro próximo,principalmente, por razões práticas. Assim, os autores sugerem que os pesquisadores da contabilidade comportamental sigam de perto a neuroeconomia, que é ramo da medicina e economia que procura determinar como as decisões são tomadas no cérebro das pessoas.


Em verdade, sugerem uma integração entre contadores comportamentais e neuroeconomistas de modo a examinar questões de interesse mútuo.


[1] George Lowenstein fez um comentário interessante sobre neuroeconomia:


Neuroeconomics is still in its infancy, and many of the existing findings are speculative or contradictory. (…) I believe that there is a danger that the field has been oversold, and perhaps “over-bought,” leading to inevitable disappointment and disillusionment.


Postagens sobre neuroeconomia.

Fractais e Análise gráfica

Por Pedro Correia

"...Em meados de 2005, passei a considerar fortemente a possibilidade de uma ruptura no mercado imobiliário americano, o que poderia gerar uma crise de confiança e afetar as bolsas de valores negativamente. Com receio do que pudesse vir a ocorrer, adicionado ao estigma que muitos me imputam de ser um “pessimista de carteirinha”, procurei estudar teses que pudessem justificar comportamentos de “manada” dos mercados, sobretudo para os momentos de pânico, quando a hipótese de Fama pouco funcionaria. Foi quando descobri a teoria das finanças fractais[1].


De forma resumida, essa teoria contrapõe-se à hipótese de mercado eficiente, ao advogar a tese de que os preços e a experiência passada influem de forma decisiva o comportamento do investidor hoje, exercendo influência também sobre as expectativas futuras. Outro ponto importante a se ressaltar diz respeito ao horizonte temporal do investidor, o que influencia na liquidez. Alguns “operam” com viés de curtíssimo prazo, outros a médio prazo, enquanto os institucionais objetivam mais o longo prazo (cada qual com um interesse distinto). Assim sendo, não teremos necessariamente os preços negociando aos seus valores justos, sem contar que a liquidez, nos momentos de crise sistêmica, “seca”, derrubando os preços de forma dramática.


Sob essa ótica não seria errôneo considerar que a análise gráfica incorpora conceitos dos fractais. Ao tentar antecipar os movimentos de alta ou baixa das cotações, o analista gráfico avalia comportamentos passados (inclusive sob aspectos psicológicos) que tendem a se replicar, através de linhas de tendências, suportes, resistências, que “desenham” figuras geométricas, como triângulos, retângulos, cunhas, ombro-cabeçaombro e tantas mais. Muitos investidores, sobretudo os mais jovens, vêm investindo em cursos de análise técnica para aumentar sua eficiência no mercado..."




[1]Definição do ramo da matemática criado por Mandelbrot :"A geometria fractal é o ramo da matemática que estuda as propriedades e comportamento dos fractais. Descreve muitas situações que não podem ser explicadas facilmente pela geometria clássica". Recentemente foi lançado um livro intitulado:“Finanças e Mercado de Capitais. Mercados fractais: a nova fronteira das finanças.


Aqui mais postagens sobre os fractais e seu criador: o genial Mandelbrot.

Bolsa de Minas Gerais

Por Pedro Correia

"Quando comecei a trabalhar no mercado, em meados dos anos 1980, havia uma carinhosa história sobre a fama de desconfiado dos mineiros. Rezava a lenda que, na bolsa de Minas Gerais, quando um investidor apregoava acompra de uma ação, um outro, com pé atrás, pensava: Uai, se ele quer comprar por que eu vou vender? Se outro apregoasse a venda, o raciocínio seria: Uai, se ele quer vender por que eu vou comprar?


Brincadeiras à parte, é o que sempre digo aos meus alunos: “Sem opiniões contrárias não existe negócio em bolsa”.


09 abril 2011

Rir é o melhor remédioF

Fonte: aqui

Proteção do setor financeiro em excesso é ruim

Por Pedro Correia


Arcand, Berkes e Panizza autores do paper: Has finance gone too far?mostraram que sistemas financeiros excessivamente protegidos se tornam grandes demais para falir, mas acabam falindo de qualquer maneira. O que implica que, a proteção do sistema financeiro em excesso é ruim.


Segue alguns trechos:


We build a simple model finding that, even in the presence of credit rationing, the expectation of a bailout may lead to a financial sector that is too large with respect to the social optimum...


Our results show that the marginal effect of financial development on output growth becomes negative when credit to the private sector surpasses 110% of GDP. This result is surprisingly consistent across different types of estimators...


All the advanced economies that are now facing serious problems are located above our “too much” finance threshold.

08 abril 2011

Rir é o melhor remédioA

Adaptado, daqui

Teste 459

O congresso brasileiro deve julgar as contas dos membros do executivo. Da listagem abaixo, você seria capaz de dizer qual ainda não foi julgada pelos nossos congressistas?

O último ano do Fernando Henrique Cardoso
O ano de 1992 do Fernando Collor de Mello e de Itamar Franco
Os últimos oito anos do governo Lula

Como deve ser o título do meu trabalho?

Se você pretende fazer uma pesquisa para ser publicada no Brasil a resposta é simples: faça um bom resumo do seu trabalho, com o menor número de palavras possíveis. Assim, escreva algo como “O Valor Justo e a Influência sobre os Resultados das Empresas de Capital Aberto no Brasil: uma análise de 2007 a 2010”. Em diversos periódicos e fichas de análise para congressos somos solicitados a responder se “o título do artigo é adequado e representa o menor resumo do seu conteúdo” (retirei esta frase de uma ficha de um periódico da nossa área). E se o parecerista não concorda, solicita-se que o mesmo apresente uma sugestão de título. 

Entretanto, caso você queira publicar no exterior a sugestão acima talvez não seja a melhor. Pelo contrário: parece que os periódicos estrangeiros gostam de títulos menores como “Valor Justo e Resultados das Empresas”. Observe que o título não faz referência a uma possível relação causal, nem a amostra (isto é sempre uma limitação da pesquisa e deve ser discutido num pequeno trecho do artigo) ou no período de tempo (idem). O fato de o título ser reduzido faz com que lembremos mais rapidamente do conteúdo do artigo.

 Em alguns artigos, os autores fazem a pergunta da pesquisa, tentando despertar a curiosidade do leitor: “O Valor Justo influencia o Resultado?”. O artigo tentará responder isto. Mas não tenho encontrado muito isto no Brasil. E já escutei pessoas não recomendando esta prática, mas confesso que não entendi. Alguns tentam despertar curiosidade, usando trocadilhos, frases interessantes ou outros. Lembro aqui de um artigo do professor Paulo Lustosa sobre valor justo: “A (In?) Justiça do Valor Justo: SFAS 157, Irving Fisher e Gecon”. Fantástico e provocante ao mesmo tempo. Black escreveu um artigo famoso para o Journal of Finance, um pouco antes de sua morte, com o nome “Noise”. Extremamente criativo, mas que não passaria no crivo dos nossos pareceristas.

Alguns tentam ser espirituosos no título. Aqui o título tem a função de despertar a atenção e atrair um pesquisador mais de bem com a vida. Pelo que sabemos, geralmente não funciona pois os leitores dos artigos científicos são geralmente sérios demais e não gostam de piadas. Evitem isto, inclusive em artigos escritos em outra língua.

Para aqueles que sonham com a popularidade através de uma pesquisa científica na área contábil, o título não deve ter: letras cedilhas, acentos de qualquer tipo, pontuação e outros itens. A explicação tem sua origem nos mecanismos de busca: em geral estes mecanismos foram desenvolvidos em outros países que não possuem estes caracteres. Isto pode prejudicar a colocação do seu artigo quando outro pesquisador digitar aquilo que procura.

Custos das Eleições

Em termos absolutos, as eleições brasileiras são apenas a segunda da América em termos de custos, e em relação à renda nacional pode excedê-las por uma larga margem. Em 1996, Clinton gastou US $ 43 milhões para assumir a Casa Branca; em 1994, a previsão de [Fernando Henrique] Cardoso foi de 41 milhões dólares para chegar ao Palácio do Planalto, em um país com um PIB per capita inferior a um sexto do que os EUA.
Fonte: Marginal Revolution. Veja os comentários, com algumas justificativas.

Professor do Ensino Superior

De maneira geral, temos quatro estágios na docência: o início da carreira (até os 3 primeiros anos de docência), o crescimento (de 3 a 12 anos de docência), a estabilidade (de 12 a 20 anos de docência) e a aposentadoria (após 20 anos de docência).
Dilemas de um Professor de Ensino Superior, por Jorge Scarpin. Continue a leitura no link.

Pra que serve algoritmos em finanças?

Por Pedro Correia


O artigo que abre a edição do Journal of Finance de feveireiro de 2011 é Does Algorithmic Trading Improve Liquidity?, de Hendershott, Jones e Menkveld. Eles procuraram observar se o uso de algoritmos no mercado de capitais influenciou a liquidez e a melhora das transações, entre outros fatores.Um das conclusões é que de fato houve uma melhora na liquidez do mercado.


Uma excelente reportagem do Valor disserta sobre o assunto.O jornal afirma que as operações automatizadas têm crescido bastante - nos EUA, em 2009, as operações de alta frequência representaram 73% do volume negociado. Na Bovespa, estas ainda estão engatinhando, representam cerca de 6% do volume transacionado.


Segue o abstract:


Algorithmic trading (AT) has increased sharply over the past decade. Does it improve market quality, and should it be encouraged? We provide the first analysis of this question. The New York Stock Exchange automated quote dissemination in 2003, and we use this change in market structure that increases AT as an exogenous instrument to measure the causal effect of AT on liquidity. For large stocks in particular, AT narrows spreads, reduces adverse selection, and reduces trade-related price discovery. The findings indicate that AT improves liquidity.

Equivalência Ricardiana para alunos que não suavizam o estudo ao longo dos meses e deixam a matéria acumular

Por Pedro Correia


Excelente texto do Shikida:


Seja um aluno convexo, racional (bem, quase) e que deve fazer duas provas de 40 pontos no semestre. Suponha que o aluno não estuda como deveria e, portanto, não conseguirá mais de x pontos no total, sendo x < 80. Assim, enuncia-se a Equivalência Ricardiana do Aluno: “Os pontos ganhos (perdidos) na primeira prova serão perdidos (ganhos) na segunda prova”.


Obviamente, a Equivalência pode não valer. Por exemplo, quando o aluno não estuda nada, pode perder tudo e ficar com zero. Quando estuda muito, aí pode conseguir 80 pontos porque quebrou-se a hipótese de “SDE (Síndrome de Déficit de Estudo, também conhecida como SSF – Síndrome de Superávit de Frescura) suposta inicialmente.

Livre Mercado

Por Pedro Correia

O Brasil é o segundo país (de uma amostra de 25) em que os entrevistados mais concordam com a noção de que um sistema de livres mercados é o melhor. Nós somos os primeiros se considerarmos somente os que "concordam fortemente". Inacreditável,né? Por estas e por outras não acredito muito em pesquisas de opiniões.

Como disse o diplomata Paulo Roberto de Almeida:


"Os brasileiros adoram o capitalismo, ou pelo menos pensam que adoram.Provavelmente, tanto quanto adoram o Estado e as políticas públicas."



Fonte: The Economist

Expansão monetária e a genialidade chinesa

Por Pedro Correia

Six Lufthansa employees, including four flight attendants, have been arrested after sneaking in more than 63,000 pounds of out-of-circulation, €1 and €2 coins from China back to Germany over the last four years.


Euro coins have two color tones, gold and silver, and when the German Central Bank takes the coins out of circulation, the two colors (see picture to the left) are separated then sent to China to be melted down into scrap metal.


A wily group in China reassembled the coins rather melting them, then sent them back to Germany with four LH flight attendants serving as “mules.”…


Fonte:Upgrade

Tudo o que voce sempre quis saber e nunca teve a quem perguntar...

Por Pedro Correia


Agora tem: http://www.answers.com/


Fiz a seguinte pergunta sobre contabilidade :Define accounting and principles of accounting


A resposta obtida foi esta:


Accounting is the process of communicating financial information about a business entity to users such as shareholders and managers.


Accounting is defined by the American Institute of Certified Public Accountants (AICPA) as, "the art of recording, classifying, and summarizing in a significant manner and in terms of money, transactions and events, which are, in part at least, of financial character, and interpreting the results thereof."


The principles of accounting are basically the rules and regulation set by a committee, in the U.S.A. these rules are set by the Financial Accounting Standards Board (FASB) and are referred to as Generally Accepted Accounting Principles (GAAP).


In short the GAAP is a codification of how a business prepare and present their business income and expenses, assets, and liabilities on their financial statements.


Read more: http://wiki.answers.com/Q/Define_accounting_and_principles_of_accounting&src=ansTT


Existe uma infinidade de assuntos ,perguntas e respostas interessantes.Um espaço incrível. É bom conferir as perguntas sobre Finanças. Algumas dúvidas podem ser facilmente esclarecidas.Confira.

Qui dit crédit dit créance

Por Pedro Correia


A música Alors on danse é um sucesso internacional. Por isso, tive a curiosidade ver sua tradução.Pra minha surpresa encotrei isto:


Alors on danse


Qui dit étude dit travail;


Qui dit taf te dit les thunes;


Qui dit argent dit dépenses;


Qui dit crédit dit créance;


Qui dit dette te dit huissier;


Então, vamos dançar; Quem diz estudo; diz trabalho; Quem diz moeda; diz nota; Quem diz dinheiro;diz despesa ;Quem diz crédito, diz débito Quem diz dívida, diz fiscal


Ouça aqui.

Andar de carro é mais barato do que de taxi?

Por Pedro Correia


Para começar é possível saber algo mais sobre o custo de uma corrida de Taxi. Então de posse desses valores podemos chegar a alguns números interessantes.


No caso de Brasília, ao entrar no Taxi você paga R$ 3,30 e para cada quilômetro rodado paga-se R$ 1,80 (Bandeira 1) e R$ 2,28 (Bandeira 2). Se supormos um trajeto do tipo Casa-Trabalho-Casa todos os dias (os finais de semana poderia ser (Casa-Diversão-Casa), então temos R$ 6,60/dia somente para entrar no Taxi. No meu caso, isto corresponde a um custo de 2 vezes R$ 24,57 (Bandeira 1) ou 2 vezes R$ 30,24 (Bandeira 2) por dia.


Para arredondar, vamos dizer que o gasto seria de R$ 50,00/dia. Ao longo de 365 dias isto daria R$ 18.250,00 por ano. Isto é quase o preço de um carro popular. Então carro é mais barato, certo? Não é tão simples.


O uso do carro envolve não só o preço de compra do veículo, mas custos adicionais (combustível, estacionamento, manutenção). Em contas simples, ao longo de 7 anos (neste blog tem alguns detalhes) o custo do carro é praticamente o dobro do valor de compra.


Então pode realmente ser um caso a se pensar. No meu caso, como não tenho pressa em trocar de carro, o custo ainda não compensa. Mas se começarem a cobrar estacionamento a história pode ser outra.


Texto de Leonardo de Menezes.

Time da casa é favorecido no futebol?

Por Pedro Correia

A economia pode ajudar a saber se os árbitros favorecem sistematicamente o time da casa. E é justamente isso que Sutter e Kocher estudaram no artigo:Favoritism of agents – The case of referees home bias


Tomando como base os jogos do campeonato alemão de 2000/ 2001, Sutter e Kocher estudaram dois aspectos da arbitragem: o tempo de acréscimo dado pelos juízes e a marcação de pênaltis.


Em relação aos acréscimos, viu-se que os árbitros tendem a dar mais tempo extra principalmente quando o time da casa está perdendo por um gol de diferença. Neste caso os acréscimos ficam em torno de 2,75 minutos.


Porém, se o time da casa está vencendo por um gol, a média de acréscimos fica abaixo dos dois minutos. Pode não parecer uma grande diferença, mas estes segundos a mais foram fundamentais para que o Internacional vencesse o Brasiliense no dia 20/11/2005.


A conclusão do paper, basicamente é que árbitros favorecem o time da casa. Eles dão mais acréscimos quando o time da casa está perdendo, e menos quanto está ganhando, além de acertar mais nas marcações de penaltys para o time da casa.



Fonte:Blog do Torero

07 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

O Problema é o imposto

Sobre o escândalo de suborno da Siemens, empresa alemã, e o julgamento do ex-executivo da empresa:
Também o acusam [Ganswindt ] de evasão de impostos, porque os subornos foram oficialmente considerados como custos de consultoria, que podiam ser deduzidos da cobrança tributária. A sentença máxima é de cinco anos de prisão. Nos últimos anos, investigações internas da Siemens e os promotores revelaram um sistema de caixa dois usado para pagar até € 1,3 bilhão em subornos. A revelação levou à saída de quase toda a principal equipe administrativa e custou à Siemens mais de € 2 bilhões em multas e pagamentos a consultores.
Ex-executivo da Siemens é julgado – Valor Econômico – 6 de abr de 2011

Estranho, muito estranho...

Eis uma notícia publicada ontem. Vejam os comentários abaixo:
De correntista, uma servidora pública se tornou a dona de parte de uma agência do Banco do Brasil (BB), graças a um lançamento indevido em seu cartão de crédito.
A procuradora federal [1] Alessandra Chaves Braga Guerra ganhou na Justiça o direito de comprar uma sala onde hoje funcionam os terminais de autoatendimento da instituição financeira no Gilberto Salomão, centro comercial mais tradicional do Lago Sul. (...)
A disputa começou com a cobrança de uma dívida de R$ 983 [2] , valor correspondente a três compras não realizadas por Alessandra e lançadas incorretamente na fatura pela BB Administradora de Cartões de Crédito, em julho de 2000. Ao detectar o extravio de seu cartão de crédito Mastercard, ela comunicou ao banco a perda e o possível uso por terceiros. Também registrou a ocorrência por meio de 14 cartas.
Alessandra conta no processo que ligou várias vezes para reclamar, sem sucesso. Ela pagou a conta, excluindo os valores errados. O Banco do Brasil, então, passou a enviar cobranças por telefone e correspondências, com inclusão de juros. O cartão de crédito foi cancelado e o nome de Alessandra foi incluído no Serasa. Ela reclama de ter sido submetida a constrangimentos.
A procuradora, então, ajuizou ação para declarar a inexistência do débito cobrado pelo Banco do Brasil. Ela pediu também uma indenização por dano moral. O processo transitou em julgado em 2006, com ganho de causa para ela. O Tribunal de Justiça do DF não só reconheceu que a servidora não devia nada ao cartão de crédito como também considerou que a cobrança lhe causou dano.
A Justiça determinou como compensação o pagamento de indenização de R$ 22 mil [3]. O Banco do Brasil não pagou a dívida, tampouco propôs acordo judicial na fase de execução [4]. Com a demora no desfecho do caso, a servidora pública entrou na Justiça com pedido de penhora de patrimônio da instituição financeira, como forma de obter o recebimento da vantagem que a Justiça lhe concedeu.
Penhora
Partiu de Alessandra a escolha da sala em que funciona parte da agência do Banco do Brasil para a penhora. O imóvel foi aceito em juízo e nem desta vez o Banco do Brasil teria apresentado alguma contestação [4]. Em seguida, os advogados de Alessandra pediram a avaliação da área. Um oficial de Justiça cuidou da estimativa do valor do imóvel que, segundo os representantes da servidora pública, levou em conta o mercado do Distrito Federal e o fato de a área estar ocupada pelo Banco do Brasil, o que reduziria o interesse pela sala.
O imóvel deveria ir a leilão em que qualquer pessoa poderia arrematá-lo pelo melhor lance. O preço de venda seria transferido para o banco, abatido o valor de R$ 22 mil devido a Alessandra. A Justiça [5], no entanto, acatou pedido de adjudicação feito pelos advogados de Alessandra, ou seja, deu a ela o direito de comprar a sala pelo preço avaliado durante o processo.
Alessandra e o marido, Alan Guerra, pediram empréstimos com amigos e fizeram financiamentos bancários para arrematar o bem, que hoje já está escriturado em nome da procuradora. Ou seja, ela já se tornou dona de parte da agência do Banco do Brasil no Lago Sul. Os advogados sustentam que o casal está disposto a alugar a área para o próprio Banco do Brasil, pelo preço que a instituição vizinha, o Bradesco, paga pela permanência no Gilberto Salomão. O casal aceitou dar apenas uma declaração sobre o episódio: “Foi uma vitória da Justiça. Uma servidora pública e o maior banco da América Latina foram tratados com igualdade”. [6]
Jacques Veloso, advogado de Alessandra, afirma que já não cabem mais recursos, uma vez que a ação de indenização transitou em julgado e a escritura do imóvel já está em nome da servidora. “Isso só aconteceu porque o banco sempre protelou uma solução para o caso [4]. Foi intimado e não pagou a indenização, não contestou a penhora e não questionou a avaliação do imóvel [4]. O direito não socorre a quem dorme”, afirmou o advogado.
A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou ontem que a equipe jurídica está envolvida no caso e vai recorrer da decisão porque não se conforma com a medida. Vai lançar mão de todos os meios jurídicos para contestar a transferência do bem para a procuradora federal. Em nota enviada à noite ao Correio, o BB informa que reconhece uma dívida de “pouco mais de R$ 20 mil” com a procuradora. No entanto, a instituição contesta a avaliação de R$ 300 mil porque sustenta que, em valores no mercado imobiliário, o bem valeria em torno de R$ 1,5 milhão. Por isso, alega o banco, a procuradora será alvo de uma representação na Corregedoria da Procuradoria da Fazenda Nacional “em face de suposto enriquecimento sem causa”.
Cobrada indevidamente, servidora fica com agência de banco no Lago Sul - Ana Maria Campos

 [1] Observem o cargo...
[2] Observem o valor...
[3] Observem o valor ...
[4] Observem a atitude do BB ...
[5] Justiça = do latim justitìa,ae '; justeza, exatidão (do peso); bondade, benignidade' (Houaiss)
[6] Existem servidores e servidores.

 Veja mais sobre a notícia na próxima postagem.

Estranho, muito estranho 2 ...

Sobre a postagem "Estranho, muito estranho..."

a) Considerando a dívida inicial de 983 reais em julho de 2000 e usando uma taxa de desconto de 1% ao mês, o valor hoje seria R$3.583. Se a taxa utilizada for de 2% ao mês, o valor seria R$12,899, muito abaixo do valor inicial.

b) Supondo que a indenização da justiça, de R$22 mil, tenha sido julgada em julho de 2006, a 1% de taxa de desconto tem-se um valor atual de 80 mil reais. Se a taxa for de 2% ao mês, o valor será de 289 mil reais.

c) Supondo o valor de mercado de R$1,5 milhão do imóvel, em relação a dívida, de R$983, o ganho da procuradora será de 5,8% ao mês. No período não existiu investimento com este retorno.

Marketing

Para os países e empresas que estão por trás desses aviões e armas, não há melhor instrumento de vendas do que o combate real. Para forças aéreas às voltas com cortes de orçamento, trata-se de uma briga pelo próprio valor do poder aéreo. "Quando um avião ou arma é empregado em mobilização operacional, isso se torna instantaneamente uma operação de marketing. Ele se torna "testado em combate"", diz um ex-alto funcionário de exportações de equipamentos bélicos de um país da Otan, falando sob condição de anonimato sobre o tema delicado.
Ação militar na Líbia se torna vitrine para mercado de armas - Autor(es): Tim Hepher e Karen Jacobs | Reuters, de Paris - Valor Econômico - 05/04/2011, via clipping do Ministério do Planejamento

Moral da história


De todas as histórias surgidas dos colapsos, em 2008, da Fannie Mae e da Freddie Mac, esta pode ser a mais incrível: até hoje, nenhuma das duas empresas admitiu que quaisquer dos números em suas demonstrações financeiras daquele ano estavam errados.

Parece também que a Comissão de Valores Mobiliários americana (SEC) nada fará para contestar essa pretensão, e isso pode ser intencional. Durante anos, a SEC vem evitando acusar as principais instituições financeiras de cozinhar seus balanços, mesmo quando é óbvio que o fizeram. Isso é que é assegurar integridade financeira.

Na semana passada, a agência fiscalizadora notificou Daniel Mudd, ex-presidente da Fannie Mae, de que poderá dar entrada com um processo cível contra ele. Mas as acusações não teriam relação com a contabilidade da Fannie Mae. Elas iriam concentrar-se em se a financiadora habitacional garantida pelo governo divulgou aos investidores quanto de seus empréstimos eram de quitação incerta ("subprime").

"A divulgação de informações e procedimentos que constituem objeto da investigação são precisas e completas", disse Mudd em comunicado na semana passada. Ele disse que apresentará uma resposta por escrito "que deixará claro por que a equipe da SEC não deve prosseguir com nenhuma ação nessa questão".

(...) É indiscutível que os balanços da Fannie e da Freddie eram uma farsa. À época em que foram colocadas sob um interventor, ambas as empresas tinham supervalorizado seus ativos tributários diferidos em bilhões de dólares. Quanto maiores ficaram os prejuízos, mais seus ativos tributários cresceram, com base na ridícula alegação das empresas de que eles iriam usar todos esses créditos para compensar encargos tributários futuros, porque eles seriam enormemente lucrativos nas décadas seguintes.

As duas "blindaram" seus lucros e seu capital regulamentar contra bilhões de dólares de prejuízos financeiros com títulos lastreados em hipotecas, rotulando as perdas de "temporárias", quando era óbvio que as quedas eram tudo, menos isso. Elas também alegaram, falsamente, estarem adequadamente capitalizadas.

E fizeram tudo isso em plena luz do dia e com conhecimento e aprovação do sua fiscalizadora, a Federal Housing Finance Agency. Isso ajuda a explicar por que a SEC está tentando encontrar alguma coisa diferente de erros contábeis, ao tentar montar processos contra ex-executivos da Fannie e Freddie. O maior problema, para a SEC, será apurar irregularidades sobre as quais o governo não tinha conhecimento.

As maiores beneficiárias da abordagem do tipo "não queremos ver males contábeis" da SEC são as quatro grandes firmas de contabilidade. A Freddie Mac é auditada pela PricewaterhouseCoopers. A Deloitte auditou a Fannie Mae. A KPMG auditou a Countrywide. A Ernst & Young auditou a IndyMac.

Enquanto a SEC se apega à posição de que inexistiram erros nas demonstrações financeiras dessas empresas, não poderá alegar ter havido algo de errado nas auditorias das empresas. Isso ajuda a proteger os auditores de responsabilização potencialmente devastadora em litígios legais. (...)

Moral para os executivos: escolham bem a sua fraude - Jonathan Weil - Bloomberg - (Tradução de Sergio Blum.) - Publicado no Valor Econômico, 4 de abr de 2011 (via aqui)

Prêmios

A tabela mostra os maiores prêmios pagos, em percentuais, em processos de aquisição nos Estados Unidos. O interessante é que o setor de saúde é responsável pela metade das operações . Fonte: aqui

Lucro da CBF

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) registrou um lucro líquido de R$ 83 milhões ao longo do ano passado. O resultado positivo é recorde na história da entidade. 


De 2008 para 2009, o lucro havia subido 126%: de R$ 32 mi para R$ 72,4 milhões. O novo balanço foi divulgado na manhã desta quarta-feira pelo presidente Ricardo Teixeira, durante assembleia geral da confederação, no Rio. 


A reunião controu com a presença dos presidentes das 27 federações estaduais. 


No início de março, foi a vez de a Fifa divulgar com pompa um lucro de US$ 631 milhões (cerca de R$ 1 bi) no período 2007-2010, que engloba a Copa da África do Sul. 


Mas, segundo estimativa feita por ela em 2007, o lucro esperado seria de US$ 807 mi. O organismo que controla o futebol mundial ganhou no período o total de US$ 4,189 bilhões (R$ 6,9 bilhões), mas desembolsou US$ 3,558 bilhões (R$ 5,8 bilhões). 


Com esse dinheiro gasto pela Fifa, daria para erguer todos os estádios previstos para a Copa do Mundo de 2014 --o custo das arenas, que inicialmente seria de R$ 2 bilhões, segundo a CBF, já supera a cifra de R$ 5 bilhões. 

CBF registra lucro de R$ 83 mi em 2010, recorde da entidade - SÉRGIO RANGEL – Folha de São Paulo

06 abril 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: New Yorker

Teste 458

Em “O golpe VIP que derrubou milionários” (Bruno Paes Manso - O Estado de S.Paulo, 3 de abr 2010, p. C5) temos a descrição de uma fraude interessante.

 O dono de uma empresa foi procurado, em 2007, com uma proposta interessante: um fundo de pensão estrangeiro oferecia empréstimo de longo prazo, com cinco anos de carência e 20 para pagar. Mas para receber o aporte, o empresário deveria apresentar um projeto de expansão; caso fosse aprovado, receberia 35 milhões de reais para investimento. Seria necessário oferecer garantias financeiras, através da aquisição de debêntures no valor de R$175 mil.

 Entusiasmado com o dinheiro, o empresário compra caminhões financiados, expandindo a empresa.
Mas o dinheiro, que deveria chegar em 2007, não veio. O meliante sumia por longos períodos e reaparecia dizendo que o aporte não ocorria por entraves burocráticos. No final do ano passado, depois de quatro anos, esgotado, Augusto percebeu que se tratava de um golpe. "A quadrilha oferece debêntures sem valor de mercado e fica com o dinheiro. 
 O teste de hoje é o seguinte:

a) Faça a contabilização dos eventos que ocorreram em 2007;
b) Faça os lançamentos contábeis após o empresário ter descoberto a fraude.

  Resposta do Anterior: 86,5 / 16,1 = 5,4 anos. Observe que esta conta só levou em consideração uma instância. Caso uma das partes recorra, seria maior.

Acredite, se quiser

A empresa Satyam representa, para contabilidade, um daqueles escândalos famosos. O caso ocorreu na Índia, em 2009, e envolveu a filial daquele país da PwC.

Agora, um texto de Floyd Norris (Indian Accounting Firm Is Fined $7.5 Million Over Fraud at Satyam, 5 de abril de 2011) mostra alguns detalhes dos problemas contábeis da empresa indiana prestadora de serviços. O relato de Norris é assustador, em razão das falhas grotescas cometidas pelos auditores. Em razão disto, os auditores foram multados em 7,5 milhões de dólares, o maior valor já pago por uma empresa estrangeira.

A fraude da Satyam não foi descoberta; foi revelada pelo presidente da empresa. O principal ponto foi o saldo das contas bancárias, que a empresa informava atingir 1 bilhão de dólares, quando era 66 milhões. Mas como isto passou pelos auditores?

Os auditores não verificaram, ou o fizeram de maneira inadequada, os valores existentes nas contas bancárias da empresa. É isto mesmo. Norris informa que o BNP Paribas informou aos auditores que empresa tinha um saldo em 31 de março de 2007, de US $ 11,2 milhões; a empresa afirmava que o valor era de 108,6 milhões. Em 2008 o Citibank afirmava que a conta corrente da empresa era de 330.172 dólares, 2% do valor que a empresa afirmar ter: 152,9 milhões de dólares.

Norris também comenta sobre quem é responsável pela auditoria da empresa: “embora as empresas de auditoria em todo o mundo usam nomes semelhantes e fazem parte de uma rede global, as empresas dizem que são juridicamente independentes”.