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29 março 2011

A benção das matérias- primas

Um bom texto publicado no Valor, baseado no artigo de Heber e Menaldo,afirma que a maldição dos recursos naturais não é tão importante para determinadas regiões da América Latina.

Um dos tópicos mais arraigados no pensamento econômico das últimas décadas foi a maldição das matérias-primas.[1] Nos países em desenvolvimento, ter petróleo, minerais ou produtos agrícolas era sinônimo de corrupção econômica e autoritarismo político, desperdícios e saques, guerras civis e golpes de Estado frequentes. É possível que precisemos revisar drasticamente essa suposta lei da maldição das matérias-primas, muito especialmente, quando a aplicamos a determinadas regiões da América Latina.

Nações com enormes recursos naturais, como Nigéria, Angola, Gabão, Bolívia e Venezuela, têm boa parte de suas populações vivendo abaixo da linha da pobreza ou mesmo da extrema pobreza. Muitos outros, como Arábia Saudita, Líbia, Irã, Sudão e até Rússia, não se destacam por serem democracias exemplares. Em ambos os casos, no entanto, também é possível dizer o mesmo de muitos países que carecem de recursos naturais. Em outras palavras, não há maldição "per se", por si só, das matérias-primas. Seria mais o contrário, em muitos casos (em particular na América Latina).

Stephen Haber e Víctor Menaldo descobriram que os incrementos da dependência em matérias-primas não levaram, na América Latina, a democracias sistematicamente mais fracas nem mesmo impediram processos de democratização. Ao contrário, seria mais o caso de falar em uma benção disfarçada (e não uma maldição) das matérias-primas: desde 1800 o aumento das receitas derivadas das matérias-primas veio associado a uma maior democracia.

No âmbito econômico, o que importa, no fim das contas, é a capacidade dos Estados e empresas de um país de dar saltos produtivos, ou seja, empreender uma diversificação mais além das matérias-primas. O que importa, no fim das contas, é o que se faz ou se deixa de fazer com essa abundância. A comparação entre Noruega e Venezuela ilustra isso: há mais de meio século, os dois países ostentavam níveis de desenvolvimento comparáveis. Hoje, Noruega e Venezuela, ambos países com petróleo, apresentam caminhos de desenvolvimento drasticamente opostos. Um não deixou de se enriquecer, enquanto o outro, de empobrecer. Embora a Noruega hoje consiga exportar sete vezes mais petróleo por habitante que a Venezuela, o petróleo bruto representa apenas 35% do total de suas exportações (no caso da Venezuela, a porcentagem é superior a 85%). A Noruega conseguiu saltos produtivos, diversificar[1] sua capacidade e suas empresas e construir colossos mundiais nas indústrias de petroleiros, de explosivos e sísmica. Suas riquezas permitiram-lhe empreender uma corrida em direção à inovação e diversificação. No seu caso, o ouro negro não foi uma maldição, ao contrário. Esse tipo de salto também foi dado pela Finlândia, país rico em madeira, que conseguiu produzir uma fortaleza tecnológica como a Nokia a partir da indústria madeireira.

Não há motivos para os países da América Latina não darem esses saltos, a não ser eles próprios. O Brasil mostra isso com sua agroindústria[1].

[2]Em relaçao a situação do Brasil, ainda tenho medo que o país se torne mais Venezuela do que Noruega. Como já foi dito neste blog:as decisões recentes de usar o dinheiro do pré-sal para capitalizar empresas estatais, indicam que o país ainda não evitou a maldição dos recursos naturais. Apesar da visão otimista de alguns. Ainda, existe uma má uma utilização desses recursos, atrapalhando o direcionamento do Brasil para o caminho da Finlândia ou Noruega, que além de buscarem inovação e diversificação de sua economia priorizaram, principalmente,invetimentos em capital humano.Para concluir é interessante ler o artigo de Demétrio Magnoli : A maldição do pré-sal.

Redução de custo

As novas regras são parte de um programa de treinamento que a varejista Supervalu Inc. acredita que poupará milhões de dólares por ano ao fazer com que sejam colocados mais itens em cada sacola, ou que nem se usem sacolas. A empresa para US$ 0,02 por sacola plástica e US$ 0,05 pelos de papel. (...)
Algumas das diretrizes da Supervalu reforçam regras familiares, como começar pelos cantos e preencher as caixas dali para o meio. Mas outras rompem com as práticas comuns: nada de usar uma sacola dentro da outra. Nenhum saco para itens grandes ou itens com alças, como garrafões de suco de laranja. Não se pergunta "papel ou plástico?", simplesmente se usam sacolas plásticas. As regras podem ser quebradas, mas apenas a pedido.
(...) Alguns clientes da Supervalu podem resistir - por motivos ambientais - a serem encorajados a usar plástico. Siemienas diz que a empresa promove o plástico porque é mais barato que o papel mas não toma posição a respeito de qual é melhor para o ambiente. O objetivo é reduzir o uso de todas as sacolas, o que inclui a ênfase na reutilização das sacolas, diz.
A cadeia põe em média três a cinco itens numa sacola, seja de papel ou plástico, e vende cerca de 10 bilhões de itens por ano. Desde meados de 2009, ela aumentou o número médio de itens por sacola em cerca de 5%, poupando de US$ 4 milhões a US$ 6 milhões anualmente, apesar de o preço da sacola ter subido, diz Siemienas.
Pode não parecer muito para uma empresa com receita anual de US$ 40,6 bilhões no ano fiscal de 2010. Mas a Supervalu, quarta maior varejista de alimentos dos Estados Unidos em receita, tem planos para as economias.
SUPERMERCADO REDUZ OS CUSTOS NA SACOLA – WALL STREET JOURNAL (Valor Econômico, 28 mar 2011, Ilan Brat)

A história em gráficos

Os gráficos abaixo mostram dados como o número de telefones, veículos, restaurantes, consumo de papel, população urbana, consumo de fertilizante, uso da água, investimento estrangeiro, turismo internacional, PIB e população. Entre 1750 a 2000.

28 março 2011

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Teste 453

Esta empresa tradicional chegou a fabricar cartas para jogar. A figura (na verdade uma pequena amostra da figura, já que o blog não pode exibir material pornográfico) mostra uma das cartas, chamado Hanafunda, que a empresa produziu ao longo de sua história para os jogadores japoneses. No final do século XIX, hanafunda era jogado por “indíviduos inúteis”, ou yakuza, em japonês. Esta empresa é:
Atari
Nintendo
Sony

Resposta do Anterior: PwC e KPMG

Links

A cor vermelha é ideal para o primeiro encontro

A inteligência do enxadrista (e seu custo)

Agressividade em meninos e meninas

Vídeo sobre o Efeito placebo

As raízes das árvores são armas

A voz da mulher durante o sexo e os efeitos sobre o homem

Bebês entendem o ponto de vista de outra pessoa

No período fértil, mulher presta mais atenção em homem com cara mais masculina

 Metade dos médicos da Alemanha receitam placebo

Religião e felicidade 

Falta de sono torna as pessoas exageradamente otimistas

Medo do Medo

Alguns animais são mais animais do que outros 

Desastres e emoções

Os motivos econômicos dos terroristas

O blog de Tyler Cowen comenta a decisão de um terrorista da Al Qaeda em atacar um alvo em Detroit, em vez de Houston e Chicago, pois a passagem aérea era mais barata. Ele sugere que " este exemplo mostra como é difícil entender os motivos dos terroristas". (...) Jacob Shapiro e David Siegel num artigo de 2007 fazem exatamente este argumento
Pouco depois de meio-dia de 26 de fevereiro de 1993, cerca de 1.500 quilos de bombas caseiras foram detonadas no segundo nível da estrutura do estacionamento do World Trade Center. Seis pessoas foram mortas e mais de mil ficaram feridas. Poderia ter sido muito pior, o F-350 Econoline van alugada pelos terroristas tinham uma capacidade de carga de mais de 4.000 libras. Ramzi Yousef, líder do ataque, depois declarou que não tinha dinheiro suficiente para comprar material suficiente para construir uma grande bomba
Fonte: aqui

Obesidade e Custos

Para reduzir custos com planos de saúde e estimular seus colaboradores a perder peso com um estilo de vida mais saudável, as empresas estão apostando em ações que vão desde orientação nutricional até a redução de bônus, caso seus executivos não cumpram “metas” de emagrecimento. 
(...) Segundo os headhunters, algumas companhias associam os quilos extras à falta de dinamismo e disciplina, o que atrapalha a contratação. Pesquisas da consultoria Aon Hewitt indicam que as taxas de sobrepeso e obesidade nas empresas do Brasil variam entre 40% e 60%. “É alarmante”, diz o médio Rodolfo Milani. De acordo com a OCDE, os gastos com planos de saúde de uma pessoa obesa são, em média, 25% maiores. Além disso, o levantamento revela que profissionais acima do peso ganham, em média, 18% menos. 

Para evitar custos, empresas declaram guerra à obesidade – Vivian Soares – Valor Econômico – 28 de mar de 2011

O impacto das catástrofes no valor dos ativos

Postado por Pedro Correia


Damodaran escreveu excelente artigo sobre o impacto de catástrofes: na avaliação de ativos, no mercado e a exposição aos riscos. Escolhemos alguns trechos de extrema relevância e que demonstram a visão diferenciada do autor.

Gerenciar a exposição ao risco catastrófico é muito mais difícil do que administrar a exposição ao risco contínuo:


As companies and investors with Japanese risk exposure struggled with the aftermath of the disaster, I was reminded again of how much more difficult it is to manage and deal with discontinuous risk than continuous risk, especially if that risk occurs infrequently and has large economic consequences.In fact, this is the reason that I argued that companies that think that operating in authoritarian, stable regimes is less risky than operating in democratic chaos are mistaken.


Em seguida apresenta argumentos para mostrar que, ao contrário do mercado, a queda da bolsa japonesa não foi desproporcional aos custos do dano:

While much of the commentary has noted that the market value lost (in the Nikkei) has been disproportionally large, relative to the cost of of the damage, the definition of cost (as damage to existing assets) seems crimped.


Segundo ele existe 3 níveis de custo (como dano aos ativos existentes) em qualquer catástrofe:


a. Damage to existing assets: This is measured, either in terms of book value (or what was originally spent to build or acquire these assets) or replacement cost (to replace the damaged assets).


b. Loss of earnings power: The true value lost in a catastrophe is not the original cost, replacement cost or book value of the assets destroyed but the present value of cash flows lost in future periods as a result of the loss. Thus, when a factory with a book value or replacement cost of $50 million collapses, the value lost is the present value of the expected cash flows that would have been generated by the factory. If the firm was generating returns that exceeded its cost of capital, the value from the foregone cash flows will exceed $ 50 million.


c. Psychic damage: Catastrophes create psychic damage by reminding investors not only of their own mortality but of the fragility of the assumptions that they make to justify value. After all, in discounted cash flow valuations, we assume that cash flows continue in perpetuity for most companies and that big chunks of value (especially for growth companies) come from expectations of excess returns from investments that firms will make in the future. To the extent that catastrophes shake this faith that investors have in the future, they can create significant damage to the value of growth assets.


Leia o artigo na íntegra.

Política na Vale

A escolha do substituto de Roger Agnelli na presidência da Vale deve influenciar as ações da empresa nos próximos dias. A cada vez que surgem novos rumores sobre a saída do executivo, os papéis têm sido afetados. A principal preocupação é que os rumos da companhia sejam desviados por interesses políticos (...) Analistas acreditam que, se for escolhido um profissional que já atue na empresa ou em outra grande companhia, o impacto sobre as ações se suavizam. Se, por outro lado, a interferência do governo acabar gerando a indicação de um nome político, os papéis tendem a sofrer mais. 


Na última sexta-feira, o Bradesco cedeu à pressão do governo e decidiu apoiar a saída de Agnelli da presidência da Vale , após reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da Previ, Ricardo Flores. Empresa, governo e acionistas, no entanto, ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o assunto. A atuação de Agnelli vinha gerando descontentamento no governo, que prefere que a empresa invista mais no beneficiamento do minério de ferro. 


O analista-chefe da SLW Corretora, Pedro Galdi, acredita que a notícia da saída do executivo da mineradora ainda deve pesar nas ações, até que se defina quem será o substituto. 


- A saída dele (Agnelli) já estava precificada (no jargão do mercado, incluída nas estimativas de preço), há um ano esperava-se que ele fosse deixar a Vale. O problema é quem vai entrar. Se for alguém de dentro da empresa, o mercado respira. Esta notícia deve pressionar os papéis, sim - diz Galdi. 


Outro analista que acompanha de perto a mineradora e pediu para não ser identificado lembra que o mercado se estressa sempre que as notícias de pressão para a saída de Agnelli voltam a circular. A principal questão, segundo ele, é que nem sempre os interesses do governo coincidem com os dos acionistas da Vale. Por isso, se for escolhido um nome sob influência política, pode colocar em risco os ganhos para os acionistas. 


O temor de ingerência política é um dos fatores que pesam nas ações da Petrobras, por exemplo. O fato de a estatal não repassar imediatamente a alta dos preços do petróleo no mercado internacional para a gasolina é um indicador de uso político, já que o preço do combustível poderia influenciar negativamente a inflação. 


- Sempre que os rumores voltaram ao mercado, as ações foram afetadas, mas depois a situação se tranquilizou - diz o analista.

Ações no embalo de novo presidente da Vale - O Globo

Wal Mart

A Suprema Corte dos EUA ouvirá, a partir de terça-feira, os argumentos das partes para decidir se leva adiante a maior ação coletiva de todos os tempos, por discriminação de trabalhadoras no Walmart, a maior rede varejista do mundo. A ação, de 2001, pode incluir de 500 mil a 1,6 milhão de mulheres, segundo diferentes cálculos, e custar bilhões de dólares em indenizações.
Em duas instâncias anteriores, a Justiça decidiu pelo prosseguimento do caso. O Walmart quer a rejeição do processo, argumentando que incluiu mulheres em diversos cargos em suas 3.400 lojas nos EUA. Afirma que suas políticas proíbem a discriminação e que a maioria das decisões gerenciais é adotada nas lojas ou regionalmente, e não no escritório central. O que pode ter havido, alega, são casos isolados.
O advogado Brad Seligman, que concebeu e apresentou a ação há dez anos, diz que a média salarial anual de uma mulher no Walmart é de US$ 13 mil - cerca de US$ 1.100 abaixo da masculina. Além disso, o processo indica que as mulheres estão sub-representadas na rede, com 14% das gerências e 80% dos cargos inferiores. A empresa afirma que as mulheres são dois terços de todos os seus empregados e que, em 2001, elas eram dois terços dos gerentes.
Justiça dos EUA avalia processo contra o Walmart por discriminar mulheres

27 março 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Como gastamos nosso Dinheiro

As figuras mostram como seis países diferentes gastam seu dinheiro (fonte: aqui). O Brasil é o primeiro gráfico, onde predomina "outros". Mas comida é importante.

O gráfico a seguir é da China, onde predomina a economia. Gastos com alimentação representam menos de 20% do total, como ocorre no Brasil.

A seguir, Egito. Comida representa mais de 40% do valor gasto.
A alimentação também é importante na Índia, gráfico abaixo.

A Rússia também possui uma grande parcela de gasto em alimentação.
Finalmente, nos Estados Unidos, o gasto com casa é o mais expressivo. Representa quase 35% do total.

Opinião sem Ressalva

Por Pedro Correia
Segue quadro com amostra das instituições financeiras, que receberam pareceres de auditoria sem ressalvas alguns meses antes da crise. Além disso, mostra qual foi a perda dos investidores e o destino da instituição: bancarrota, "estatização" ou venda. O quadro foi feito pelo PCAOB Investor Advisory Group. Clique na imagem para ampliar

Problema Fiscal

Por Pedro Correia


Na atual situação fiscal brasileira é bom ler e manifesto de eminentes economistas americanos, que pedem que as diferenças partidárias, entre republicanos e democratas, sejam exauridas e que se inicie um debate para possíveis propostas de ajuste de longo prazo para o problema fiscal da economia americana. Como afirmou o economista do IPEA Mansueto Almeida: Será que algo semelhante seria possivel de ocorrer no Brasil? por exemplo, um manifesto de ex-secretários de Política Econômica e do Tesouro Nacional contra o uso da contabilidade fiscal criativa que tanto marcou a atuação recente do Tesouro Nacional?

Mudança de regras para BDR's

Por Pedro Correia


Segundo reportagem do Valor Econômico: Acreditando que não trará riscos para o mercado e ainda elevará a liquidez de um produto que é novo no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) flexibilizou a aplicação em Brazilian Depositary Receipts (BDRs) nível 1 - certificados com lastro em ações de companhias com sede no exterior. A autarquia atendeu ao pleito de investidores e permitiu que esses papéis sejam negociados tanto por entidades de previdência complementar como por pessoas físicas ou jurídicas superqualificadas, com investimento superior a R$ 1 milhão. É interessante observar que está alteração é uma mais uma importante fonte de recursos para empresas estrangeiras. O mercado de Depositary Receips nos EUA tem alta liquidez e a participação de investidores de diversas partes do mundo é crescente. As empresas que mais emitem ADR'S são provenientes da Ásia, que são responsáveis por 46% das emissões. Assim, essa fleixibilização de regras realizada pela CVM irá abrir mais oportunidades para a emissão de BDR's de empresas de todo planeta.

Clique na imagem para ampliar

Fonte: Fipecafi

IFRS: Fraude é o temor de auditores internos

Por Pedro Correia


Os Auditores internos americanos estão apreensivos com a convergência da USGAAP às IFRS. De acordo com matéria "IFRS, Fraud Among Key Concerns of Internal Auditors" do site "CFO Innovation", neste momento deve-se dar uma maior atenção ao gerenciamento de riscos.

"... as IFRS, tal como uma abordagem baseada em princípios, exige mais discrição e julgamentos, ao invés de um conceito baseado em regras, tais como as USGAAP onde as linhas são mais claros em torno do que pode e não pode ser feito", é a opinião de Bob Hirth, vice presidente da Protiviti, empresa de consultoria na área de risco, que divulgou recentemente estudo sobre os temores dos auditores internos com a conversão. Ainda de acordo com Hirth, "é fundamental uma auditoria interna forte para o sucesso operacional e manutenção de um estado de controle interno eficaz em um ambiente de regulação e gestão de elevado risco".

De acordo com o estudo, foi "constatado que a gestão de risco é prioridade para os membros dos conselhos e executivos, tornando-se vital para os auditores internos para aumentar o seu foco nesta área, nomeadamente a identificação dos potenciais riscos futuros, bem como os riscos ligados à estratégia de negócios".

Leia também "Internal Auditors Urged to Sharpen Focus on Risk Management"


Fonte: Alexandre Alcântra

26 março 2011

Rir é o melhor remédio






Motivos para Adotar um Sistema de Custos


Sistemas de custos adotados como parte de uma ampla reforma voltada para o aumento da eficiência na gestão pública mediante a introdução de competição na provisão de serviços e adoção de métodos privados de gestão
. Austrália, Nova Zelândia e Reino Unido são os países em que essa motivação predominou. Nesse caso, a adoção da contabilidade de competência é vista como uma etapa no caminho do orçamento de competência
Adoção de riscos fiscais de longo prazo
. Adoção da contabilidade de competência é importante para gerar informações que permitam avaliar riscos fiscais de longo prazo. Na Islândia, essa foi a principal motivação para adotar esse regime e conter a expansão dos gastos previdenciários. Essa também é uma preocupação importante nos Estados Unidos, principalmente agora com a adoção de medidas para combater a crise econômica.
Eficiência do Estado e melhoria da qualidade do gasto
. Holanda e Canadá, que estiveram entre os pioneiros na adoção da contabilidade de competência, deram mais ênfase à contribuição da contabilidade de competência para a eficiência do Estado e à adoção de reformas voltadas para a privatização e a devolução de maiores responsabilidades na provisão de serviços a governos locais, mediante a descentralização fiscal.
Qualidade, transparência e confiabilidade das informações sobre as contas públicas
. Essa foi uma motivação importante na França, que privilegiou a contribuição da contabilidade de competência para o controle interno e externo do Estado

Fonte: REZENDE, Fernando; CUNHA, Armando; BEVILACQUA, Roberto. Informações de custos e qualidade do gasto público. Revista de Administração Pública. Rio de Janeiro: FGV, 44 (4), p. 959-92, 2010,

Análise gráfica

Por Pedro Correia
A revista norte-americana “Forbes” publicou em seu site uma análise na qual o autor afirma já no título: “É hora de comprar Brasil”. O texto, publicado ontem (quarta-feira, 23), diz que o momento é bom para adquirir ações de empresas brasileiras.

Uma oportunidade são os papéis da Petrobrás, que recentemente atingiram seu piso para o momento, na opinião de Tom Aspray, autor da análise. Ele também disse que “é uma oportunidade de comprar [cotas do] iShares MSCI Brazil Index”, um fundo que inclui ações de Vale, Itaú, Bradesco e outras.

Após analisar tecnicamente dois gráficos[1], um das ações da Petrobras e outro do fundo, Aspray afirma que a curva mostra ter atingido “uma baixa importante”, sinal de que pode estar chegando o momento de subir.

Mas ele faz uma ressalva[1]: o índice Market Vectors Brazil Small-Cap ETF, que engloba empresas não tão grandes, como TAM, Gafisa e Klabin, não deu sinais claros de que tenha atingido o seu piso.

Fonte: It's time to Buy Brasil - via Estadão

[1] Será que é possível confiar em análise gráfica?

25 março 2011

Rir é o melhor remédio









Auditoria

O governo britânico pediu a suas autoridades reguladoras antitruste para investigar se alguns bancos ajudaram a fortalecer o domínio das “quatro grandes” empresas de auditoria, por meio de acordos restritivos nos empréstimos que concedem a empresas.
Anteontem, o orçamento apresentado pelo ministro das Finanças britânico, George Osborne, incluiu um pedido para o Gabinete de Comércio Justo (OFT, na sigla em inglês) investigar se condições exigidas pelos bancos nos contratos deixaram de fora as empresas menores de auditoria.
Em 2010, o Conselho de Contabilidade Financeira (FRC), órgão regulador do setor no Reino Unido, havia expressado preocupação aos parlamentares de que as clausulas de alguns contratos estariam obrigando as empresas a usar apenas as quatro grandes – PwC, Deloitte, KPMB e Ernst & Young.
O FRC informou que o governo havia ouvido seus receios e que esperava ver o OFT prosseguindo com a investigação.
O setor de auditoria já está sob pressão, sendo observado por seu papel ao ter conferido aos bancos uma “ficha limpa” de saúde no período antecedente à crise.
A Câmara Alta do Parlamento britânico, a Câmara dos Lordes, finaliza informa sobre a atual distribuição de negócios.
No Reino Unido, eles também dominam a auditagem de companhias de médio porte, o que gera acusações de que auditorias de menor porte estão sendo mantidas fora do mercado por cláusulas restritivas nos acordos de empréstimos. Uma investigação parece inevitável, pois a União Europeia (UE) também busca maneiras de injetar competição no setor de auditagem, temendo um caos nos mercados financeiras se uma das Quatro Grandes falisse – como aconteceu na esteira do colapso da Arthur Andersen, que antes era a quinta das Cinco Grandes.
“Estamos mantendo o mercado de auditagem em reavaliação desde 2002 e já deixamos claro que estamos interessados na área de contratos bancários”, disse Frank Shepherd, porta-voz da OFT.
Reino Unido investiga ajudas às grandes – Huw Jones, Reuters, Valor Econômico, 25 de marco de 2011

A esmola é demais, os mercados são eficientes, o almoço não é de graça e o Santo desconfia

Postado por Pedro Correia

Os economistas criaram o princípido da “Hipótese dos Mercados Eficientes” (HME). O nome, a primeira vista, pode assustar alguns, mas a idéia não nada complicada. A grosso modo, ela quer dizer que as melhores oportunidades de lucro na economia já foram exploradaspor alguém. É impossível conseguir ganhar um lucro acima do normal usando informações que já estão disponíveis. A única maneira de obter um lucro extraordinário é descobrindo algo novo,alguma informação nova que é desconhecido do público em geral. Tal situação é extremamente dificil de acontecer. A performance de uma pessoa não pode ser sistematicamente melhor do que
o mercado em geral. As melhores e mais óbvias oportunidades de lucro são sempre ocupadas primeiro, por isso, não é algo simples superar o mercado.

Para ilustrar esse princípio, é sempre bom lembrar da piada que sempre é contada quando se explica a HME:

Dois amigos caminham em uma rua deserta. Uma dessas deles é um economista.
Seu amigo olha para o chão e grita para o economista: “Olha só! Uma nota de 100 reais no chão!”. Quando o amigo começa a correr em direção a nota, o economista diz: "Não diga bobagens! Se realmente existesse uma nota de 100 reais ali, alguém já teria achado!”

Isso tem tudo a ver com o ditado: "Quando a esmola é demais o santo desconfia". Quando ouvimos falar de uma oportunidade de lucro “rápido e fácil”, a nossa tendência é de desconfiar. “Se é tão fácil assim, porque não existem mais pessoas fazendo?”, nós nos perguntamos. É difícil aceitarmos a idéia de que exista uma oportunidade de lucro fácil que ainda não foi aproveitada. Quando pensamos nisso, no fundo,nós estamos pensando a Hipótese dos Mercados Eficientes. As oportunidades de lucro fácil já deveriam ter sido aproveitadas por outras pessoas. Na grande maioria das vezes, essas oportunidades acabam não sendo tão “fáceis” quanto nos informaram que seria. Algumas vezes essas oportunidades se revelam um golpe, ou simplesmente acabam dando muito errado. Raras são as vezes em que esses negócios são realmente uma oportunidade ainda inexplorada e realmente se tornam lucrativos.

Texto de Guili Stein

Ajuste a Valor Presente

Três pesquisas foram apresentadas no ano passado sobre o tema de ajuste a valor presente nos Congressos USP e Anpcont. Parece existir um consenso sobre os problemas da evidenciação do ajuste, assim como da sua relevância sobre os números contábeis.

Vera Ponte, Marcelle Oliveira e Danival Cavalcante estudaram a evidenciação do ajuste em companhias abertas (ANALISE DAS PRATICAS DE DIVULGACAO DO AJUSTE AO VALOR PRESENTE (AVP) PELAS COMPANHIAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA). Os autores verificaram que as empresas com níveis de governanças diferenciado apresentam maior evidenciação. Apesar disto, o nível de divulgação das práticas do ajuste a valor presente é reduzido.

Lísia Queiroz, Elizabeth Oliveira, Camilla Medeiros e Alexsandra Moura analisaram em AJUSTE A VALOR PRESENTE SOLICITADO PELA LEI Nº 11.638/07 os efeitos do ajuste a valor presente nas empresas de aviação civil (TAM e Gol). A constatação é que as empresas não divulgam informações sobre os procedimentos usados.

A aplicação do ajuste em empresas de leasing foi o tema do trabalho de Ednei Pereira, Eric Barreto Jr, Fátima Freire e Antonio Ribeiro Filho, todos do Programa Multiinstitucional UnB-UFRN-UFPB (Ajuste a valor presente da carteira de leasing e as distorções patrimoniais nas demonstrações contábeis das sociedades de arrendamento mercantil listadas na CVM). Os autores constataram que o ajuste influencia nos valores, sendo observado que os ativos estão super avaliados. As empresas apuraram prejuízos, mas que foram revertidos em lucros.

Felicidade

Fotografando felicidade



Sinal de alerta para possíveis colapsos no mercado financeiro

Por Pedro Correia



De acordo com diversas reportagens parece que o mercado financeiro americano está em um "bull market". Por exemplo, o índice S&P500 está a apenas 3.4% da sua máxima recente, que, tudo indica, deve ser superada em algum momento. A pergunta é : quando? Assim, a famosa frase "Bull markets climb a wall of worry", talvez explique o que está em curso.


24 março 2011

Rir é o melhor remédio

Marca

Valor adicionado contábil e econômico: o cálculo do PIB

Por Pedro Correia

As diferenças de conceituação de valor adicionado dentro dos critérios econômicos e contábeis são intuitivamente muito grandes, por vezes não conciliáveis. Um dos contrários a esta informação é Larraz. Ele afirma que é possível a reconciliação do valor adicionado econômico ao contábil (ou vice-versa).

Dado que o cálculo do valor adicionado “contábil” é feito a partir das vendas e que o “econômico” é derivado da produção, dependendo da forma pela qual é feita a avaliação, fica difícil fazer a reconciliação.

Larraz em seu trabalho demonstra que é possível a confecção de tal tarefa.

A maneira que isso acontece é simples. As diferenças entre o “contábil” e o “econômico” serão cada vez menores quanto menor for a diferença entre os estoques iniciais (Ei) e os finais (Ef) no ano estudado. Assim deduzimos que, se Ei = 0 e Ef = 0, os conceitos/ valores dos valores adicionados econômico e contábil convergirão.

Larraz argumenta que o termo valor adicionado produzido é igual a produção (“econômico”) mais a variação do estoque (“contábil”) do período.

O critério mais robusto para o cálculo do valor adicionado é o “contábil”, pois utiliza-se de práticas consistentes (GAAP) e da utilização de valores reais. Há um pequeno problema quanto ao uso de estimativas e julgamentos, tais como em provisões e marcação a valores de mercado; porém este problema é diminuído, pois em algum momento eles serão ajustados aos valores reais (realização). Além disso, outra vantagem do valor adicionado contábil é a confiabilidade por serem auditados por parte independente.

Evolução da Contabilidade à Controladoria

Por Pedro Correia

Alguns trechos do excelente artigo de Nilton Cano Martin :Da Contabilidade à Controladoria: A Evolução Necessária

No Brasil, esta situação de irrelevância da contabilidade para o apoio da administração é ainda pior.Como mais de 80% dos contadores se dedicam tão somente à contabilidade financeira ou externa, é natural que uma grande parte dos administradores acabe por vê-los quase como agentes do Fisco e, como tais, “elementos estranhos à atividade propriamente empresarial” (palavras do diretor financeiro de uma grande construtora brasileira). E é também bastante natural que, vendo a contabilidade tão somente como base de lançamento de impostos, tais administradores procurem aliviar a pesadíssima carga fiscal que atinge as empresas brasileiras (Neves & Fagundes,1999; Tinoco, 2001), buscando alterar, por meios nem sempre legítimos, os demonstrativos financeiros produzidos.

De um modo geral, para um executivo brasileiro uma boa contabilidade é tão somente aquela que minimiza o grau de exposição tributária de sua empresa. Este estado de coisas, além de praticamente eliminar a escassa relevância que poderiam ter para a gestão os informativos contábeis5, tem sido responsável pela projeção de uma imagem social extremamente desfavorável da figura do contador e de seu trabalho.

...Deve a contabilidade aceitar pacificamente esse destino? No âmbito empresarial, deve apenas ficar limitada ao seu uso externo, principalmente fiscal, e apenas lutar legalmente pela manutenção das prerrogativas legais dos contadores como os únicos autorizados a preparar um gênero de demonstrativos contábeis, que, de antemão já se sabe, teriam pouca ou nenhuma serventia para a gestão? Ou deve reformular-se, como sempre o fez no decorrer de sua evolução?

...Com a formação adequada e livre da “mentalidade típica do contador fiscal”, um contador moderno deve considerar que o status legal atual da profissão contábil no Brasil, que lhe confere exclusividade na preparação dos demonstrativos contábeis-financeiros é, na verdade, uma grande oportunidade e uma importante “vantagem competitiva” para se promover a Controller.

Por que Cometemos Erros?

O livro Por que Cometemos Erros, de Joseph Hallinan (Globo, 2010) é um achado. O autor tenta responder a pergunta do título ao longo de treze capítulos. A leitura é rápida, pois Hallinan tem um estilo agradável de expor os assuntos.

Apesar de não ser um livro de Finanças Comportamentais, o texto utiliza muitas pesquisas realizadas na área. O capítulo 3, por exemplo, começa com o conceito de prêmio pela beleza. Pesquisas recentes constataram que as pessoas levam em consideração, nas suas escolhas, a aparência. Assim, numa pesquisa realizada em 2004, pesquisadores descobriram que as escolhas políticas são afetadas pelas fotografias dos políticos, mas não por suas idéias.

A popularidade dos softwares de análise de dados

Por Pedro Correia


Qual é o software de análise de dados com maior popularidade? Robert A. Muenchen nos apresenta a resposta num interessante artigo. A metodologia consistiu na análise das vendas, popularidade na internet, números de downloads, entre outros fatores para determinar qual software é o mais popular. Segue o resumo:


This page presents various ways of measuring the popularity or market share of BMDP, JMP, Minitab, R, R-PLUS, Revolution R, S-PLUS, SAS, SPSS, Stata, Statistica, and Systat, as well as two implementations of the SAS Lanugage, Carolina and WPS. I plan to update this paper twice a year at http://r4stats.com/popularity to provide an ongoing view of the software. The most recent update was on March 20, 2011 when I added updated most the data overall and added coverage of Statistica, WPS and Carolina.

Após a análise de diversos fatores o autor concluiu que o R é o software mais popular. Segue a conclusão:

By most of the measures discussed here, R is competing well with the commercial software vendors. However, I advise not over generalizing from this data. SAS and SPSS continue to dominate the corporate world and Stata is doing quite well in the scholarly arena. Each of these packages is dominant in one market or another. I'm interested in other ways to measure software popularity

Concentração

A empresa de auditoria KPMG deve anunciar nos próximos dias a compra da empresa Trevisan, hoje associada à rede BDO. Eduardo Becher, Diretor Sênior Regional da BDO na América Latina, diz que a transação deverá ser concluída no fim de março. Para manter suas operações no Brasil, a BDO anunciou nesta quarta-feira (23/03) uma parceria com a auditoria RCS, formando a BDO RCS Auditores Independentes. "A associação à BDO representa um importante passo em nossa estratégia de expansão”, diz Raul Correa da Silva, fundador da RCS, uma auditoria especializada em empresas de médio porte."Hoje atuamos principalmente nos setores de construção civil e esportes, além de termos 70 clientes no mercado financeiro, principalmente corretoras e distribuidoras de valores", diz ele. Silva diz que a associação vai criar uma empresa com 350 funcionários e 650 clientes. "A estrutura da BDO vai permitir que nós entremos no mercado de companhias abertas", diz. Ele afirma que a transação fará a empresa avançar da oitava para a quinta posição no ranking das auditorias. Procuradas, a assessoria da KPMG informou que a notícia não existe e a assessoria da Trevisan não respondeu às solicitações de entrevista. KPMG está comprando a Trevisan - Cláudio Gradilone Segundo informações do jornal Valor (Denise Carvalho, KPMG anuncia compra da operação brasileira da BDO) o valor da negociação deverá ser acima de R$150 milhões. Recentemente a E&Y comprou a Terco. A transação deverá ser analisada pelo CADE.

Custo dos desastres naturais

Por Pedro Correia

Este gráfico mostra a perda econômica, devido a desastres naturais, em relação ao PIB de cada país no ano do evento. De acordo, com expectativas do Banco Mundial o marremoto no Japão vai ocasionar a maior perda econômica da história. A estimativa é de 235 bilhões de dólares de perda, que corresponde a 4% do PIB japonês.



Para ampliar clique na imagem

Fonte: The Economist

Na iminência de uma estagflação?

Postado por Pedro Correia


Vamos ver se será mais uma uma previsão de
Cassandra. do Dr. Doom

Regressão espúria é um problema?

Segue resumo de artigo de Gueorgui I. Kolev, que responde o questionamento acima:

The "spurious regression problem" in the classical regression model framework


Abstract

I analyse the “spurious regression problem” from the Classical Regression Model (CRM) point of view. Simulations show that the autocorrelation corrections suggested by the CRM, e.g., feasible generalised least squares, solve the problem. Estimators are unbiased, consistent, efficient and deliver correctly sized tests. Conversely, first differencing the data results in inefficiencies when the autoregressive parameter in the error process is less than one. I offer practical recommendations for handling cases suspected to be in the “spurious regression” class.

Limitadas e Imposto

As empresas limitadas ganharam um importante precedente no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (tribunal administrativo ligado ao Ministério da Fazenda) que as autoriza a receber investimento sem que tenham que pagar Imposto de Renda sobre o montante que contabilmente é registrado como reserva de ágio. Essa é a primeira decisão do órgão que estende para as companhias limitadas o mesmo benefício já permitido por lei às empresas de capital aberto. 

Decisão Equipara empresas Limitadas a Abertas para IR – Laura Ignacio – Valo Economico – 24 mar 2011

23 março 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: Adaptado daqui

Teste 452

Das quatro grandes empresas de auditoria, duas delas aparecem entre as cem maiores marcas do mundo, segundo a BrandFinance. Com valor de marca de 11,45 e 10,16 bilhões de dólares, quais seriam estas empresas? 

Resposta do Anterior: Fórmula 1. Fonte: aqui

Links

Por que os filmes estão cada vez mais caros?

Chance de 60% de uma crise bancária na China nos próximos três anos

 Fusões reversas na China sob a ótica do auditor

 As indústrias farmacêuticas exageram nos gastos em P&D

 Lindsay Lohan custa milhões aos contribuintes da Califórnia

 Não existe evidência de que a era Napster afetou a quantidade de música gravada ou o número de novos artigos que chegavam ao mercado

 O petróleo está aumentando por causa da Líbia? Causa e efeito

 Imagens do Japão (antes e depois do terremoto) (dica: Alexandre Alcântara, grato)

  Revista de Controle (TCE/CE) em meio eletrônico

 CPC divulga plano de trabalho para 2011

 A Carta que derrubou o executivo da HP será evidenciada

 Terremoto no Japão: teste de stress para o abastecimento

 Sobre a possibilidade de combater os regimes tirânicos pela transparência do dinheiro nos bancos internacionais

  Multinacionais e a questão tributária

  Fotos manipuladas

Por que o contador influencia a medida?

Podemos dizer que o contador é o profissional responsável por medir o desempenho de uma entidade. Neste sentido, também é possível afirmar que este profissional não é isento quando faz sua medida.

Para entender melhor isto, vamos voltar a física. Mais especificamente, ao princípio da incerteza de Heinseberg. Heinseberg afirmou que quando tentamos medir uma posição de um elétron, a medida em si faz com que o elétron mude de posição. Ou seja, a física afirma que medir influencia no objeto que está sendo medido.

Um conceito similar é conhecido na administração como Efeito Hawthorne. A experiência realizada no início do século passado mostrou que os funcionários da fábrica de Hawthorne tiveram seu comportamento afetado quando um grupo de pesquisadores começou observar seu desempenho.

Na contabilidade de custos é muito comum observar que nos processos de mensuração de tempo, o comportamento das pessoas se altera pelo fato de estarem sendo observadas. Assim, quando se pretende medir o tempo de execução de uma tarefa, para a implantação de um sistema de custos, faz-se necessário desconsiderar as primeiras medidas, pois estas estarão “contaminadas” pelo entusiasmo do funcionário.

A partir do momento que a contabilidade torna-se mais subjetiva, com alternativas para a escolha do profissional contábil, esta questão será cada vez mais relevante. Eis um bom tema para uma pesquisa de profundidade na área contábil.

Direitos de Transmissão do Brasileirão

Por Pedro Correia


O mecanismo de leilões usado pelo Clube dos 13 propicia que qualquer empresa possa deter os direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Neste modelo, os concorrentes (Globo, Record, etc) dão lances e vence aquela empresa que pagar mais. Mas como as empresas definem o valor que devem pagar?

Bem, elas olham para o potencial de receita que pode ser gerado com a exclusividade daquele produto. A principal fonte de receitas é o anúncio de empresas durante os jogos, e durante todo o resto da programação. Portanto, aquela empresa que tiver maior potencial de receita dará o maior lance.Veja que só o fato de a Record, ou outra empresa qualquer entrar no leilão, já faz com que a Globo tenha que cobrir pelo menos o lance da concorrente. Isso em si já aumenta o valor esperado do ponto de vista do leiloeiro (Clube dos 13).

Há também um outro equívoco ao olhar os dados do Ibope. Pode ser verdade que o índice seja menor no horário do futebol, mas o telespectador é outro. Quem vê a novela é a minha mãe, eu assisto o futebol. Então, em um intervalo de 4 horas foram dois consumidores bombardeados com anúncios, e não apenas um. Por isso, no horário do futebol a propaganda é da empresa de cerveja, e no horário da novela é de amaciante de roupa.

Enfim, eu só gostaria de apontar que o grande diferencial não está em gostar ou não de futebol, e sim no valor (quantidade x preço) gerado por este programa televisivo. O valor depende não somente do número de telespectadores, mas também de quanto ($$) esse telespectador criará renda pra empresa (valor da cota de anúncios).

Cristiano M. Costa
Ph.D. em Economia pela University of Pennsylvania

Inteligência Contábil

Postado por Pedro Correia



O site Accountacy Age listou as 50 pessoas mais poderosas da área contábil no âmbito financeiro mundial neste ano. É interessante acompanhar a atuação desses indivíduos no cenário contábil durante todo ano de 2011.

Tipos de blogueiros

Adaptado daqui

Liberdade econômica

Saiu o índice de Liberdade Econômica. O Brasil ficou em 113o. lugar, com 56,3 pontos, 0,7 acima do ano passado. Enquanto a pontuação em liberdade fiscal, monetária e de comércio o desempenho é interessante (69; 69,8; e 75,9, nesta ordem), o grande problema é a corrupção (37 pontos). Neste item, que tal aprendermos com a Nova Zelândia, que obteve 94 pontos?

Críticas a Convergência

Será que alguém pensa por um momento que as regras [contábeis internacionais] serão aplicadas de forma consistente tanto na Rússia quanto, digamos, em Londres? E é interessante notar que não existe sequer um único regulador de valores mobiliários na União Europeia.
David Reilly - Wall street Journal - via Accounting Onion

Corrupção

Nesse sentido, a propina pode ser entendida como o meio financeiro de se transformar relações impessoais em pessoais, com o objetivo de transferir ilegalmente renda dentro da sociedade, ou realizar a apropriação indevida de recursos de terceiros ou ainda garantir um tratamento diferenciado.
A microeconomia da corrupção I - 15/03/11 Brasil Econômico - Carlos José Guimarães Cova

Para quem gosta de Basquete

(Fonte: Blog da Susan Polgar)

22 março 2011

Rir é o melhor remédio

Fonte: aqui

Teste 451

Gerhard Gribkowsky está sendo acusado de ter subestimado a avaliação num negócio. Gribkowsky representava o banco estatal alemão Beyern LB na venda de uma participação de 47,2%. Por fazer “corpo mole”, Gribkowsky recebeu US$50 milhões em pagamentos, realizados através de dois contratos de consultoria. Esta participação é num esporte (?) muito popular no mundo:

Boxe
Fórmula 1
Hipismo

Resposta do Anterior: Deixou de incluir na estrtura os custos de design, royalties, distribuição, marketing etc. Fonte: Components for the iPad 2 Cost Apple $326

Por que valor da marca depende do valor de mercado?

A Brand Finance acaba de divulgar as maiores marcas do mundo. Eis o ranking com as principais marcas (incluindo três brasileiras entre as cem maiores do mundo:
Assim, a marca Google tem um valor de 44 bilhões de dólares. A maior marca de uma empresa brasileira é do Bradesco, com quase 19 bilhões. O problema desta estimativa é o elevado grau de subjetividade. Em outras palavras, não é possível acreditar que a marca Google tenha um valor de 44 bilhões. Talvez o valor verdadeiro esteja entre 10 bilhões e 80 bilhões.

Em virtude da dificuldade de mensurar o valor real de uma marca, as empresas que promovem avaliação terminam por usar os dados do mercado. Assim, compara-se o valor de mercado da empresa com o valor contábil; quanto maior a diferença, maior “deve” ser o valor da marca.

Para comprovar que não devemos acreditar muito nos números acima, fiz um pequeno teste. Comparei o aumento no valor da marca, de um ano para outro, com o aumento no valor de mercado. Ou seja, em 2010 a marca Bradesco valia, segundo a Brand Finance, 13,2 bilhões de dólares. Ou seja, em um ano a empresa aumentou o valor da sua marca em 5,4 bilhões. No mesmo período o valor de mercado do Bradesco saiu de 56,6 bilhões para 69,6, ou 13 bilhões. Esta variação no mesmo sentido não é coincidência.

Usando os dados de variação no valor da marca e variação no valor de mercado das cem maiores empresas fez-se um cálculo para verificar se realmente existia relação entre ambos. Neste caso, calculou-se uma regressão entre estas duas variáveis e o resultado foi o seguinte:

Variação da Marca = 2181,33 + 0,037 Variação do Valor do Mercado

Isto significa que para cada aumento de 1 bilhão no valor do mercado a marca aumenta 37 milhões. O modelo apresentou medidas estatísticas boas (R = 0,344; DW = 1,797; Fc = 12,244), indicando que o modelo é bom. O gráfico abaixo mostra esta relação:
Existem alguns pontos que distorcem o resultado. A Verizon aumentou o valor de mercado em 185 bilhões de dólares, mas sua marca só cresceu 4,3 bilhões. Se tiramos a Verizon do cálculo as medidas estatísticas são ainda melhora mais, com R = 0,40; DW = 1,87; Fc = 17,122.

Como melhorar o seu referencial

Como melhorar o seu referencial – Por Isabel Sales

Qualquer trabalho científico - inclusive monografias e trabalhos de conclusão de curso - precisa de referências diversas e não apenas livros, como já foi comentado no blog. Após a publicação do texto “Pecados na Produção Científica”, várias pessoas já me perguntaram como baixar artigos com o acesso periódicos.capes e por isso resolvi escrever esse post. A intenção é ensiná-los como eu faço as minhas buscas (não é necessariamente a melhor forma ou totalmente sem possibilidades de melhorias).

Para tanto, hoje estou utilizando a internet wi-fi da Universidade de Brasília. Se você aproveitar a rede da sua universidade ou de alguma biblioteca provavelmnete poderá seguir etses passos da mesma forma.

(Eu tenho o costume de pesquisar os meus temas no Scholar.google, no Jstor e no Science Direct. Mas existem outros incontáveis sites com bases de dados que vocês podem utilizar...)

É tudo muito simples. Vamos ao exemplo.

Digamos que a minha monografia é sobre finanças comportamentais. Pesquisarei o termo “behavioral finance” no Scholar.google. Em seguida irei colocar um filtro com os artigos publicados após 2010, pois quero apenas os mais recentes.



Apareceram vários resultados, mas o que me interessa é o primeiro: Confidence, opinions of market efficiency, and investment behavior of finance professors, publicado na revista Journal of Financial Markets, volume 13, edição n. 1 de fevereiro de 2010.

Quando a busca é por fontes internacionais, geralmente me deparo com um artigo que eu não tenho acesso por não ser assinante da base de dados. Então eu entro no site periódicos.capes (ainda utilizando a rede da minha universidade), pesquiso o journal no qual está o artigo (nesse caso o Journal of Financial Markets), entro na base de dados da revista, encontro a edição e baixo o artigo, conforme demonstrado nos passos a seguir:

Passo 1: Preencha o campo “Buscar periódico” com o journal do seu interesse e clique em “buscar”:


Passo 2: Selecione na lista o periódico do seu interesse:


Passo 3: Procure o volume e a edição em que foram publicados o artigo pesquisado:



Passo 4: Clique no símbolo de pdf que aparece abaixo do título do artigo para baixá-lo:


Pronto! O artigo será aberto em uma nova tela, você poderá salva-lo e utilizá-lo da melhor forma possível em sua referências. Lembre-se de citar as suas fontes! (Posteriormente falaremos mais sobre isso no blog).

A sua biblioteca provavelmente não terá acesso a TODOS os periódicos da sua área, portanto, vira-e-volta, aparecerá algum que você naturalmente terá que deixar de lado ou comprar (cada um custa cerca de US$ 40,00). Faz parte. Mesmo seguindo todos esses passos. Em contabilidade, pela Universidade de Brasília, por exemplo, não temos acesso ao Journal of Accounting Research e por isso escrevi alguns e-mails para a Capes solicitando essa inclusão por ser uma fonte de informações essencial, ao meu ver. Ainda não fui feliz na empreitada, mas acredito que em breve o pedido seja atendido (hopes up). Portanto, deixo como sugestão comunicar a Capes qualquer problema que apareça pra vocês.

Essa é a forma como eu baixo artigos. Provavelmente existem mais simples ou mais rebuscadas que te darão resultados distintos. Caso tenham sugestões, participem nos comentários.

- Clique nas imagens caso queira uma resolução melhor -

Hedge Inusitado

Por Pedro Correia

A indústria da aviação tem sido muito atingida pela elevação dos preços do combustíveis, mas em Las Vegas a companhia Allegiant Air encontrou uma solução.

Segundo o WSJ, ela montou um sistema onde o preço de um bilhete varia com o preço do combustível. É um sistema onde o passageiro escolhe entre um bilhete a preço fixo ou variável. Com um bilhete variável, se o preço do querosene de aviação cai na data de embarque, o indivíduo recebe a diferença. Se o preço do combustível sobe, o passageiro paga mais até um montante pré-determinado.[1]

Em outras palavras, Allegiant Air está convidando seus passageiros a jogar. Isso só poderia de uma empresa de Las Vegas. Daniel Indiviglio listou alguns prós e contras desse sistema.
[1] - Como diriam os americanos : é um sum zero game para a companhia aérea

Links

Por Pedro Correia

Dez artigos bizarros da Wikipedia

O teste mais difícil do mundo

El PIBón: a Argentina cresceu 9.2% em 2010. Confiável ou não?

A economia comportamental em países pobres.

Porque a bolha imobiliária não estoura no Canadá e na Austrália ?

A popularidade de Anne Hathaway influencia o preço das ações da Berkshire Hathaway, de Warren Buffett?

WSJ E NYT criticam visita de Obama ao Brasil.

26% dos responsáveis por criança que mendigam nas ruas recebem Bolsa Família

A importância do capital humano no Japão

Robô na concorrência pública 2

O uso do software é considerado legal pelo Ministério do Planejamento, apesar de o órgão reconhecer que os programas diminuem a "isonomia entre participantes".
O advogado Rubens Naves também avalia que a prática não vai contra a legislação.
Para o especialista em licitação pública Uesley Sílvio Medeiros, no entanto, o uso de robôs pode ser considerado crime, de acordo com o artigo 90 da Lei de Licitações Públicas, por ferir o caráter competitivo dos pregões.
Se for comprovado o crime, a pena é multa e detenção de até quatro anos. Medeiros argumenta que a compra do software é um gasto com o qual muitas empresas não têm condições de arcar, o que torna a disputa mais difícil para as de menor porte ou fluxo de caixa. Há 154 mil microempresas cadastradas como fornecedoras do governo federal.
Em julho de 2010, o TCU (Tribunal de Contas da União) decidiu que "a regra "antirrobô" do Comprasnet [site de pregões do governo federal] não é suficiente para impedir vantagem competitiva por meio do uso de dispositivo robô". O site obriga o fornecedor a digitar códigos de confirmação se der diversos lances consecutivos. O tribunal fixou um prazo de 90 dias para que o sistema fosse melhorado, e o ministério afirma ter feito ajustes no sistema, sem especificá-los.
Três empresas que dão lances em pregões em tempos inferiores a um segundo foram contatadas e negaram o uso de softwares. Para elas, a rapidez dos lances se deve às equipes bem treinadas. "Temos 20 pessoas trabalhando em pregões aqui", afirmou um empresário.
Legalidade de robô é polêmica - Folha de São Paulo (enviado por Caio Tibúrcio, grato). Mais sobre o assunto aqui e aqui

Robô na concorrência pública

Programas de computador usados para dar lances automáticos em pregões públicos eletrônicos, realizados na internet, estão causando problemas para empresários em compras governamentais. Também chamados de robôs, os softwares são vendidos por preços que vão de R$ 1.400 a R$ 5.500 e garantem o primeiro lugar na disputa. 
A cada oferta dada por um concorrente, os robôs dão lances mais baixos em menos de um segundo -uma pessoa demora seis segundos- até o encerramento do pregão ou até o limite de preço definido pelo usuário. 

O empresário Henrique Dendrih, 61, dono da Eletrônica Henrique, diz ter notado, em 2010, o aumento do número de pregões em que é derrotado por menos de um segundo. Os casos ganharam apelido: "perder pelo fotochart" -equipamento que define o vencedor de provas quando corredores chegam praticamente juntos. "Não consigo dar lances tão rapidamente quanto outros", diz ele, que não pensa em comprar o software. Cerca de 70% do faturamento de sua loja de pequeno porte vem de vendas para o poder público. 
Desde 2007, micro e pequenas empresas têm, por lei, preferência nas compras governamentais. O Ministério do Planejamento, responsável pelos pregões do governo federal, afirma, por meio de sua assessoria de imprensa, que "vem trabalhado constantemente no sentido de impedir a utilização de robôs". 

Robôs ganham licitações e preocupam empresários - Marcos de Vasconcellos - Folha de São Paulo (enviado por Caio Tibúrcio, grato)

Custo do míssil

Um míssil Tomahawk custa um pouco mais de U$ 736 mil. Como os Estados Unidos dispararam 110 mísseis ontem, isto significa US $ 81 milhões.

21 março 2011

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste 450

A figura mostra a composição do preço de um iPAD2, aparelho recém lançado pela Apple. Qual o erro da figura?
Resposta do anterior: A gasolina na Venezuela custa 0,12 centavos de dólar o galão, conforme esta notícia. Este preço corresponde a algo como R$0,20 por galão. Como cada galão corresponde a 3,785 litros, o preço do litro da gasolina naquele país é R$0,05 o litro. Num país desenvolvido o preço é US$ 4 o galão. Ou R$1,80 o litro.

Por que nem sempre a Receita é uma boa medida de desempenho?

A receita de uma empresa tem sido usada para medir o porte, informando quais são as empresas que dominam um setor. Quando a imprensa divulga as receitas dos maiores varejistas do país, no fundo estaria divulgando uma informação aproximada das maiores empresas. Se três ou quatro empresas possuem grande parte da receita de um setor, podemos dizer que o setor aproxima-se de um cartel. Mas a informação de receita possui alguns problemas. Iremos comentar três delas.

A primeira, é que receita que geralmente é evidenciada pode esconder o porte real da empresa. Quando coletamos a informação de receita numa demonstração de resultado, devemos ter o cuidado de usar a receita líquida de impostos e devoluções. Além disto, uma empresa pode ter boa parte de sua receita em atividades financeiras, que poderia não ser incluída no valor da receita.

Em segundo lugar, a receita não informa o esforço real da empresa na cadeia de valor. Uma indústria que possui muita agregação de valor terá uma receita igual a outra que adquire o produto quase pronto e agrega pouco valor.

Finalmente, em alguns setores a informação de receita, sozinha, talvez não seja tão relevante. Considere o caso de um hotel. A receita gerada por uma unidade pode ser enganosa se não levar em consideração a capacidade, ou seja, o número de quartos. Por este motivo, neste setor, a informação RevPAR (Revenue per Available Room ou receita por quarto disponível) é muito importante.