04 março 2011
Imposto Efetivo no mundo
Previsão é para os pássaros (e ratos), não para os humanos
No experimento, os pesquisadores faziam piscar duas luzes, uma verde e uma vermelha, numa tela. Quatro de cada cinco vezes era a verde; na outra vez, a luz vermelha acendia. Mas a seqüência exata era mantida aleatória. Quando recompensado se a escolha era correta, ratos e pombos rapidamente descobriam que a melhor estratégia era sempre escolher verde, garantindo 80 por cento de acertos. Os seres humanos, no entanto, tentaram antecipar quando a luz vermelha acendia. Esta estratégia equivocada leva em média as pessoas a escolherem a luz com precisão de apenas 68 por cento no tempo. Mais estranho ainda os seres humanos persistiam nesse comportamento, mesmo quando os investigadores dizem a eles que as luzes piscando eram aleatórias. E enquanto os roedores e pássaros aprenderam rapidamente como maximizar sua pontuação, as pessoas muitas vezes tinham pior desempenho quanto mais eles tentavam descobrir.Forecasting Is for the Birds (and Rats) - By CATHERINE RAMPELL
Comitê de Identificação de Riscos
03 março 2011
Teste 441
(a) da defesa
(b) da saúde
(c) da indústria
Resposta do anterior: Argentina. Fonte: aqui
Por que situação do Brasil é preocupante?
Um relatório da Nomura mostra uma situação desconfortável. Veja o seguinte quadro, de setembro de 2010. Os ativos correspondem aos investimentos de brasileiros no exterior, além das reservas. Observe que os ativos brasileiros representam 548 bilhões de dólares, sendo 166 investimentos diretos no exterior e 275 bilhões em reservas. O grande problema é que estas reservas estão investidas em títulos de baixo risco, com baixa remuneração.
Agora o passivo. São 436 bilhões de dólares em investimento direto, 386 bilhões em ações, 221 em títulos de renda fixa e 156 em outros investimentos. Enquanto os ativos possuem um rendimento de 6,7%, o passivo é remunerado a 16,5%. A conta é simples:
Remuneração do ativo = 548 bilhões x 6,7% = 37 bilhões por ano
Remuneração do passivo = 1205 bilhões x 16,5% = 199 bilhões
A diferença é de 162 bilhões. Como cobrir esta diferença? Uma resposta é através da balança comercial. Mas sabemos que o desempenho nos últimos anos tem sido decepcionante, em parte por conta do câmbio.
Outra possibilidade é a transformação do país em exportador de petróleo. Mas será possível isto a curto prazo?
O Financial Times, ao analisar o relatório da Nomura, faz algumas ponderações: (a) a análise é realizada usando suposições históricas, que podem não repetir; (b) a economia brasileira ainda é muito fechada, indicando que os fatores internos podem ser relevantes; e (c) existe uma grande semelhança com o Brasil da década de setenta.
Associação entre o lucro das companhias e o desempenho das ações
Jeitinho 2
Está ruim, mas está bom. Em essência, é mais ou menos isso que os auditores independentes vão escrever nos pareceres sobre os balanços das construtoras.
Pelo tempo que se gastou na discussão sobre quando se deve reconhecer a receita de venda de um imóvel, a pressão foi grande. O lobby das construtoras interessadas nas benesses contábeis do sistema anterior não é surpresa. O que pode ser mais difícil de entender é a posição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), guardiã da boa informação financeira.
O fato é que se decidiu pela criação de uma vertente das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS, na sigla em inglês) de acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis brasileiro. Com isso, os balanços só serão comparáveis com os das construtoras da Malásia e da Índia. Já é uma evolução, diriam os mais otimistas.
Os arautos do IFRS, que discutem os destinos da língua universal da contabilidade em Cannon Street, no coração financeiro de Londres, têm questões maiores com as quais se preocupar desde que os banqueiros resolveram culpar os contadores pela crise financeira. Ainda assim, eles sabem que pequenas rachaduras podem causar grandes estragos.
A grande promessa do IFRS é dar aos investidores o poder da comparação. Idealmente, significa colocar numa planilha os números das principais empresas globais de um dado setor e tirar conclusões consistentes sobre eles. Se for preciso salpicar asteriscos para fechar a conta, os céticos, principalmente nos Estados Unidos, não vão deixar barato.
Fazer com que o maior mercado de capitais do mundo adote o IFRS é de longe o maior desafio para que a promessa se cumpra. Há críticos o bastante no país fazendo campanha para que isso nunca aconteça.
O americano Dennis Nally, presidente mundial da auditoria PwC, disse em entrevista recente ao Valor que acredita na necessidade de se caminhar para um sistema único. No entanto, é preciso garantir que haja consistência dos padrões. "É crucial a questão da independência do processo de adoção das normas em relação a pressões políticas, por exemplo", afirmou. "Se cada país puder modificar as normas, então voltamos ao ponto de partida."
Decisões locais colocam 'língua universal' em risco - Nelson Niero | De São Paulo - Valor Econômico - 2 de março de 2011
Jeitinho
As auditorias chegaram a um consenso e não devem fazer ressalvas nos balanços das incorporadoras imobiliárias brasileiras que ainda adotarem as regras de contabilidade antigas para registrar no balanço o reconhecimento de receitas de vendas de imóveis na planta. Esse é um dos últimos temas de polêmica envolvendo a adoção do padrão internacional de contabilidade, o IFRS, pelo Brasil.
(...) Isso quer dizer que as auditorias vão dar parecer "limpo" - que significa em conformidade com a lei - para as incorporadoras que apresentarem seus números no chamado método POC (sigla em inglês do termo Percentage of Conclusion).
Por esse critério, as empresas imobiliárias reconhecem a receita de venda de imóveis residenciais de acordo com o percentual de andamento da obras.
Na prática, o consenso "permite" às auditorias contrariar o entendimento mais comum sobre o modelo contábil internacional IFRS, que passou a ser obrigatório no Brasil nos balanços referentes a 2010 e que são divulgados agora. No padrão IFRS, as incorporadoras costumam reconhecer a receita da venda de um imóvel toda de uma vez, no momento da entrega das chaves.
Essa regra é obrigatória mesmo para as empresas que tenham recebido parcela significativa do pagamento das vendas dos imóveis durante as obras.
(...) Conforme pessoas a par das reuniões que levaram as auditorias e a CVM a um consenso sobre os pareces, em vez de afirmar que os demonstrativos desobedecem os padrões do IFRS, conforme determinação do Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb), os auditores afirmarão que as normas seguem o IFRS, de acordo com as regras do Comitê de Pronunciamentos Contábeis.
Traduzindo ao pé da letra, o consenso deve evitar o desgaste das auditorias com os clientes, por conta de ressalvas, e com a CVM, que permitiu às incorporadoras usar o padrão POC.
Durante todo o ano de 2010, as incorporadoras imobiliárias brasileiras pressionaram os agentes reguladores para que a publicação dos balanços seguindo o padrão IFRS fosse prorrogada ou que as regras contábeis fossem mantidas. Venceu a segunda opção.
O que está por trás da resistências das incorporadoras em adotar o reconhecimento da receita nas chaves é o impacto que as novas regras provocariam nos seus resultados. Segundo estudo feito pelo banco Credit Suisse, em outubro de 2010, o percentual de queda nos resultados das empresas variaria entre 21% e 33% sobre as previsões do banco para 2011. O declínio médio seria de 28%.
(...) Caso o Ifric chegue à conclusão sobre essa polêmica e se manifeste, o Brasil deve adotar essa determinação, seja quando for. Se ficar claro que o reconhecimento da receita deve ser feito pelo POC, os auditores poderão dizer que os balanços seguem o IFRS conforme emitido pelo Iasb. A ênfase, então, deixa de constar no parecer.
Caso contrário, caberá às empresas mudar a contabilidade para registrar a receita somente no momento da entrega das chaves, se não quiserem ter parecer adverso dos auditores.
Contabilidade : Empresas poderão manter regras anteriores na elaboração dos balanços - Valor Econômico - Denise Carvalho e Fernando Torres | De São Paulo - 2/3/2011
A experiência de outros países de adotaram as normas internacionais já indicavam que este seria um setor sensível.
Entidade
No mesmo documento, também entregue ao Valor por investidor, a diretoria acusa Guilherme [Affonso Ferreira de Camargo] de ter usado o caixa da factoring [Ponto Forte] para fins pessoais, como a compra de carro, e de ter vendido ações ordinárias da Ponto Forte de sua propriedade para a tesouraria, acima do valor patrimonial, e usado o dinheiro para compra de apartamento. Essas mesmas ações teriam sido revendidas a um novo investidor a um preço substancialmente menor, causando perda para a empresa e lucro para Guilherme.Bônus de bancos engordaram Ponto Forte – Vanessa Adachi e Carolina Mandl – Valor Econômico – 2 março de 2011
Afinal, quem ganhou com o salvamento do Panamericano
A compra do controle do PanAmericano pelo BTG Pactual está se revelando mais um negócio de ouro fechado pela instituição comandada por André Esteves. Se adquirir o banco do apresentador Silvio Santos por apenas R$ 450 milhões (um terço do seu patrimônio), com o compromisso da Caixa Econômica Federal de repasse de R$ 8 bilhões em linhas de crédito, já havia sido uma grande tacada, a descoberta de que o PanAmericano tem cerca de R$ 2,5 bilhões em créditos tributários a receber dá ainda mais brilho à transação. A existência desses créditos, revelada ontem pelo jornal "Valor Econômico", teria sido levada em conta pelo BTG Pactual antes de concordar em comprar o PanAmericano, no início do mês passado, embora exista a possibilidade de contestação pela Receita Federal.
PanAmericano vira 'mina de ouro' para o BTG
02 março 2011
Links
Escrever uma tese pode acabar com o casamento
E & Y investigada na Inglaterra por atuação numa falência
Rir é o melhor remédio
Dragão chinês e o dissidente chinês ganhador do Nobel da Paz.
Fonte: The Economist -
(Clique na imagem para visualizar melhor).
Vida curta para a dominância de mercado do iPad?
A Apple deverá lançar hoje a nova versão do iPad. A empresa vendeu cerca de 15 milhões de tablets em 2010, ano em que o aparelho foi lançado e, de acordo com previsões, poderá vender mais de 40 milhões em 2011. Todavia, espera-se que outros computadores-tablet, em especial aqueles baseados no sistema operacional do Google – Adroid, corroam essa fatia desse mercado em expansão. Em 2010 os iPads corresponderam a cerca de 80% do total da venda de tablets; até 2015 a participação de mercado da Apple poderá ser menor que 40%.
(Clique na imagem para visualizar em melhor definição).
Fonte: The Economist
Buffett e Derivativos
No entanto, mais uma vez o Oráculo de Omaha está rindo. A justificativa? A empresa de Buffett teve um ganho 222 milhões de dólares com derivativos. Nada mal para um "fool's game". Talvez, o segredo de tanto sucesso esteja nesta frase da última carta anual da Berkshire: "Para que não termine com uma nota mórbida, eu quero garantir-vos que nunca me senti melhor. Eu amo gerenciar a Berkshire, e se aproveitar a vida promove a longevidade, o recorde de Matusalém está em perigo"
Seminário sobre Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto Público
Links
A teoria do cisne negro aplicada aos levantes do Egito
Warren Buffet é homem ou mito?
Banco Lloyds e Enron
Por que as pessoas mais obesas do mundo vivem em ilhas?
Preço de seguro de carros no Rio de Janeiro caem até 37%.
Por que o Egito deve preocupar a China?
Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz em 2006, foi demitido da empresa que criou, o Grameen Bank.
É mais fácil construir um negócio do que encontrar uma nova esposa.
Por que os CFO's se envolvem em manipulações contábeis?
Os resultados gerais do estudo sugerem uma falha de governança corporativa e têm implicações para a reforma da governança corporativa. Embora, algumas pessoas tenham colocado o foco na remuneração baseada em ações e seus efeitos sobre os falsos números contábeis dos CFOs, esta pesquisa sugere que refazer os pacotes de remuneração de para os diretores financeiros não é a única resposta. Melhorar a independência do CFO, limitando a pressão de CEOs no CFOs poderia também melhorar a qualidade dos relatórios financeiros. Uma possível forma para alcançar isso seria ter conselhos ou comitês de auditoria mais envolvidos na avaliação de desempenho do CFO .
Paradoxo da Megasena
Pergunta 1: Qual é a chance de não sair cara em 10 repetições?
Pergunta 2: Dado que não saiu cara em 9 repetições, qual é a chance de sair cara na décima repetição?
Já adiantando, a resposta a pergunta 1 é a mesma de sair somente 10 coroas em 10 repetições. Ou seja (1/2)^10 ou 1 em 1024.
A resposta a pergunta 2 é mais curiosa: 1/2. O fator é que as repetições são independentes. Isto não é simples de ver, mas pode ser obtido da seguinte fórmula:
P(cara na décima tentativa 9 coroas nas tentativas anteriores)=P(cara na décima tentativa e 9 coroas nas tentativas anteriores)/P(9 coroas nas tentativas anteriores) = (1/2*1/512)/(1/512) = 1/2
No caso, a nossa cara tem de ocorrer na décima tentativa e por este motivo não é o mesmo que nas tentativas de Bernoulli, em que a cara pode ocorrer na primeira, segunda, terceira,..., ou décima tentativa. Neste caso temos:
P(1 cara e 9 coroas) = 10*(1/2)^9*1/2 = 10/1024
O fato é que se jogarmos a moeda 9 vezes e sair coroa, a probabilidade de sair cara na décima jogada é exatamente 50%. Note que isto parece contradizer a resposta da pergunta 1.
O que isto serve para cada um de nós? [2]
Digamos que você jogue na Megasena religiosamente a 10 anos o jogo de 1 dezena (chances de ganhar 1 em 50063860). Se você não acertou as seis dezenas ao longo das N apostas, a chance de acerta na aposta N+1 é exatamente 1 em 50063860 (e não 1 em 96154 como se imaginava pelas repetições).
Ou seja: o fato de você ter apostado 10, 20 ou 30 anos religiosamente na Megasena não aumenta em nada a sua chance de ganhar o próximo sorteio.
Texto de Leonardo de Menezes - Professor da UnB. Especialista em Engenharia Elétrica – Eletromagnetismo
01 março 2011
Links
A economia e a felicidade
Bebês entendem cedo que o mais forte é quem manda
A ciência do romance
Diferença na felicidade explica a chance de divórcio
Conselhos de Dan Ariely para o dia dos Namorados
Britânicas gastam em roupas que não irão usar
Campanha contra Homeopatia e efeito placebo
Relação entre Twitter e Mercado
A neurocientista do amor
Cinco livros indicados por Robert Shiller
É possível avaliar um planeta?
Com esta expressão será possível determinar quanto vale Marte, por exemplo. Ou Gliese 581 c. Por exemplo, aplicando a fórmula em Marte, seu preço seria 14 mil dólares. A Terra seria 5 quatrilhões ou 100 vezes o valor da economia. Gliese 581 c teria um valor de 160 dólares, enquando Gliese 581 g valeria 60 mil dólares. Já Venus valeria menos de um dólar.
Vamos explicar somente o primeira parte da expressão, ou seja,
A primeira parte representa o custo da missão Kepler dividido pelo número de planetas igual à Terra que a missão deve encontrar. O valor da segunda parte da expressão é a idade da estrela dividida por meio bilhão de anos. Isto favorece planetas mais antigos, obviamente. O terceiro termo é a massa.
Outras variáveis que estão incluídas são luz, temperatura, proximidade com a Terra (o termo com 2009 na expressão), brilho.
Se a avaliação parece não ser o aspecto mais problemático, é bom lembrar que o valor de um bem está associado a possibilidade de internalizar o fluxo de caixa que seria gerado.
Para Ler Mais: Cosmic Commodities: How much is a new planet worth?, Boing Boing
Teste 440
Argentina
Venezuela
Zimbabwe
Resposta: Todos três participaram. Fonte: aqui
Mulheres e Vendas
Cada produto, que variou de um Porsche a uma caneta, foi exibido na tela de um computador por um segundo. Eles também foram convidados a classificar cada produto com base no custo e no status.
"Nosso estudo mostra que a exposição a uma pesquisadora sexy aumenta a atenção dos homens para produtos de status", escrevem os pesquisadores. "A mera presença de uma mulher "sexy" em um contexto de vendas pode ser suficiente para aumentar as vendas de itens de alto custo. "
Fonte: aqui
Copa do mundo
A Copa do Mundo da iniciativa privada ruiu. Um estudo do TCU (Tribunal de Contas da União) mostra que sairão dos cofres públicos 98,56% dos R$ 23 bilhões orçados para as obras de 2014.
Isso menos de dois anos após o presidente do COL (Comitê Organizador Local), Ricardo Teixeira, declarar que a maioria dos gastos do próximo Mundial seria bancada com dinheiro privado.
A maior parte das verbas virá dos bancos governamentais [1](Caixa Econômica Federal e BNDES) e da Infraero [2], estatal que administra os aeroportos do país. Juntas, as três empresas públicas investirão cerca de R$ 16,5 bilhões até a abertura da Copa.
Responsável por financiar as obras de mobilidade urbana nas 12 cidades-sedes, a Caixa irá repassar R$ 6,6 bilhões para os governos estaduais e municipais.
Já o BNDES investirá R$ 4,8 bilhões --R$ 1,2 bilhão em mobilidade urbana e R$ 3,6 bilhões para as arenas.
Segundo o estudo do TCU, a Infraero gastará cerca de R$ 5,1 bilhões para a reforma e a ampliação dos aeroportos.
O órgão federal não computou na conta os bilhões que os governos vão destinar para organizar o esquema de segurança do Mundial.
No trabalho realizado pelo TCU, a iniciativa privada aparece investindo apenas R$ 336 milhões, ou 1,44% dos R$ 23 bilhões do torneio [3]. A verba não sairá de nenhuma empresa e virá dos cofres dos clubes que vão reformar ou construir estádios.
Internacional e Atlético-PR já confirmaram que vão investir nos seus estádios para o Mundial. Segundo o órgão, os paranaenses vão gastar R$ 113 milhões na Arena da Baixada. Já os gaúchos destinarão R$ 133 milhões para reformar o Beira-Rio.
Em São Paulo, o Corinthians pretende construir uma arena em Itaquera.
O clube do Parque São Jorge ainda tenta viabilizar o novo estádio. Na conta do TCU, o Corinthians investirá R$ 90 milhões. A intenção da Fifa é realizar a abertura da Copa na arena de Itaquera.
A verba privada no Mundial é menos de 10% do que o BNDES vai usar para financiar os projetos das arenas.
Em 2007, quando o país ganhou o direito de abrigar a Copa pela segunda vez, a CBF, responsável pela candidatura brasileira na Fifa, estimou que o país gastaria pouco menos de R$ 2 bilhões com estádios. A conta atual já superou os R$ 5 bilhões. [4]
A projeção de investimento dos brasileiros supera a cifra gasta pelos sul-africanos no Mundial-10. [5] A África do Sul pagou R$ 3,9 bilhões para erguer dez estádios, dois a menos do que no Brasil.
Alguns dos projetos da África do Sul são arquitetonicamente mais ousados do que os brasileiros, como o do Soccer City, em Johannesburgo, além das arenas da Cidade do Cabo e de Durban.
Folha de São Paulo - Copa de 2014 terá 98,5% de dinheiro público - Sérgio Rangel
[1] Aqui a notícia tem um problema. O fato de um banco público ajudar a financiar os investimentos não significa dizer que o dinheiro é público. Suponha, por exemplo que o Corinthians obtenha R$500 milhões de financiamento do BNDES. Isto só seria dinheiro público se o clube não pagasse o passivo. Observe que existe uma confusão entre o ativo (estádio), que será privado, com o passivo (financiamento), que é dinheiro público. Lamentável a falha do TCU.
[2] Novamente uma confusão. Os investimentos da Infraero só acontece em razão da estrutura de aeroportos no Brasil ser de capital público. E estes investimentos serão em razão do fluxo maior de turistas, beneficiando outros passageiros. Deste modo, é questionável incluir nesta conta os valores que a Infraero irá gastar.
[3] É lógico que a conta do TCU está errada. Computou o financiamento do BNDES para um estádio privado como sendo investimento público.
[4] Isto possui uma explicação técnica (originária da disciplina de custos) ou política.
[5] É necessário ter cuidado com estes valores, pois não sabemos como foram calculados (taxa de câmbio usada, inflação etc)
Previsão
as pessoas que conseguiram prever os eventos extremos, e estão devidamente enfeitados com elogios, as vendas de livros grandes e lucrativas palestras, não o fazem porque o seu julgamento é tão afiado. Eles fazem isso porque é muito ruim...
O trabalho mais notável no campo é de Philip Tetlock, da Universidade da Pensilvânia. Tetlock analisou mais de 80.000 previsões políticas de supostos especialistas por mais de duas décadas para ver como eles se saíram.
A resposta é: ruim. Os peritos fizeram tão bem quanto chance. E quanto mais procurado o especialista, mais ousado e, portanto, menos precisas, as previsões. Uma pesquisa feita por um punhado de outros sugere que o mesmo vale para analistas econômicos. Uma previsão precisa - de um evento extremo pode gerar excesso de confiança, que pode levar a fazer mais ousadas apostas e, portanto, e mais mais erros...
Fonte: aqui
Dodd–Frank Wall Street Reform
No livro Regulating Wall Street os eminentes acadêmicos da New York University's Stern School of Business realizaram um profundo estudo da Lei de Dodd-Frank. Segundo o prólogo do livro de Acharya, Cooley, Richardson, Sylla e Walter estes são os principais pontos:
1-Identificação e regulação do risco sistêmico: a lei cria um Conselho de Risco Sistêmico que define quais instituições não-financeiras são sistemicamente importantes, esse conselho pode regulamentá-las e, como último recurso, dividi-las. Além disso, estabelece também um escritório no âmbito do Tesouro dos EUA para recolher, analisar e disseminar informações relevantes para antecipar futuras crises.
2- Estabelece a responsabilidade e a autoridade do Federal Reserve: a lei concede a autoridade do Fed sobre todas as instituições financeiras rotuladas como “sistematicamente importantes”, que significa que o seu fracasso poderia desestabilizar o sistema financeiro e concede ao Fed a faculdade de impor qualquer tipo de regulação sobre a entidade, como exigir que ele aumente o capital social, limite a quantidade de dívida de curto prazo que pode emitir e etc. Além disso, o banco central norte-americano tem responsabilidade de preservar a estabilidade financeira. Em suma, dá ao Fed enorme poder de regulação.
3- Regulação e transparência dos derivados: a lei dispõe sobre a compensação central de derivativos padronizados, e a regulação dos mais complexos que permanecem negociados no balcão (isto é, fora das plataformas centrais de compensação), em suma, visa à transparência de todos os derivados.
4-Restringe intervenções regulatórias discricionárias: a lei impede ou limita a ajuda emergencial do governo para cada instituição.
5- Restabelece uma forma limitada de Glass-Steagall (a Volcker Rule): limita os bancos na manutenção de companhias para investimentos mínimos em atividades de negociação por conta própria, tais como fundos de hedge e de private equity, e proíbe-os de resgatar financeiramente esses investimentos.
Além disso, a lei introduz uma série de reformas para as hipotecas, a divulgação de fundos de hedge, resolução de conflitos em agências de rating.
6-BCFP- A reforma mais popular da lei, ainda que secundária à crise financeira é a criação do Bureau of Consumer Financial Protection (BCFP), que terá extensa autoridade para regular e fazer cumprir as normas que regem os serviços financeiros, para qualquer indivíduo que se engaje na oferta ou venda de um produto ou serviço financeiro junto aos consumidores. O BCFP é especificamente encarregado de proteger os consumidores contra a discriminação e "atos desleais, enganosas e/ou práticas abusivas. Uma série de entidades, serão dispensados da autoridade do BCFP, incluindo, por exemplo, a SEC.
Tradução livre de Pedro Correia
Kadafi e LSE
O diretor, Sir Howard Davies, lamenta o erro de considerar Saif uma "figura modernizadora".
Auditorias
(...) Nove conselheiros [da Sadia], entre eles a empresária Luiza Helena Trajano, uma das donas do Magazine Luiza, receberam multas que variam de 200 000 reais a 400 000 reais. “Eles falharam ao permitir operações acima do limite estabelecido pela companhia”, diz Alexsandro Broedel Lopes, relator do processo. Como é de imaginar, a decisão da CVM incomodou os conselheiros.
“Todo mundo errou”, diz Roberto Faldini, ex-conselheiro que acabou inocentado no julgamento porque havia assumido uma cadeira no conselho da Sadia poucos dias antes do estouro do escândalo. “Por isso mesmo, estranhamos o fato de os auditores não terem sido sequer indiciados.” A KPMG, auditora da companhia entre 2004 e 2008, nunca fez ressalvas sobre o risco das operações com derivativos em seus pareceres anuais. Segundo a CVM, a apuração da conduta dos auditores ainda está em curso.
O debate em torno do rombo na Sadia (empresa que viria a se unir logo depois à Perdigão para formar a Brasil Foods) é mais um dos vários escândalos financeiros dos últimos anos que colocam em dúvida o papel das firmas de auditoria. Nos últimos tempos, três outras grandes empresas sofreram perdas bilionárias com fraudes ou irregularidades contábeis — Aracruz, Carrefour e PanAmericano, todas avalizadas por auditorias independentes. Estima-se que companhias desse porte paguem algo em torno de 5 milhões de reais ao ano para contar com o serviço de auditores.
Com tanto dinheiro na mesa, seria fácil supor que o carimbo dessas firmas representasse uma garantia de que investidores e acionistas poderiam confiar nas informações divulgadas nos balanços. Mas não é bem isso o que acontece. De acordo com a legislação, descobrir fraudes não é papel das auditorias. Sua função é esquadrinhar as contas dos clientes para verificar se a contabilidade está em ordem. E só. Ainda assim, essa tarefa esbarra numa limitação prática — o volume assombroso de documentos gerado pelas grandes empresas.
Para revisá-los, os auditores trabalham por amostragem. Pinçam alguns dados e checam com fornecedores, bancos e outras áreas da companhia se as informações estão corretas. Desse modo, encontrar uma fraude isolada pode ser tão difícil quanto tirar o bilhete premiado na loteria. “Se um administrador conhecer os meandros e quiser burlar o sistema, pode ter sucesso”, diz Jorge Menegassi, presidente da Ernst&Young Terco. “Nosso trabalho é criterioso, mas nunca vai ser infalível.”
As estatísticas mostram que são raras as situações em que essas firmas percebem alguma irregularidade nesse sentido. Uma pesquisa da KPMG avaliou que em apenas 2% dos casos uma fraude é apontada pela auditoria. Quem identifica com mais frequência os rombos são os filtros criados pelas próprias companhias — de canais para receber denúncias de funcionários a auditorias internas. Fortalecer esses órgãos foi justamente a solução da Brasil Foods para evitar ter novas surpresas em seus balanços.
Exame, via Notícias Contábeis
A questão que persegue as auditorias é aparentemente estatística. Qualquer procedimento de auditoria possui um percentual que possibilita evitar fraudes. Mas o destaque da imprensa será sempre sobre o percentual de falha. Por exemplo, suponha que uma empresa de auditoria possua 98% de chance de sucesso no seu trabalho, descobrindo fraudes. Isto significa que de cada 100 empresas que auditar, duas deverão apresentar problemas. Estas serão notícias quando o problema for descoberto.
28 fevereiro 2011
Evidenciação em Empresas Fechadas
A questão se iniciou quando a Lei nº 11.638, de 2007, determinou a aplicação das disposições da Lei das S.A. - Lei nº 6.404, de 1976 - sobre escrituração e elaboração de demonstrações financeiras, à sociedade ou conjunto de sociedades sob controle comum que tiver, no exercício social anterior, ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, o que inclui as sociedades limitadas. (...)
Nesse aspecto, entendemos que tal exigência é aplicável apenas para o registro das atas que aprovem as demonstrações financeiras (atas das assembléias gerais ou reuniões anuais) e não de outros documentos. Com base nessa decisão, algumas juntas comerciais têm determinado a comprovação da publicação das demonstrações financeiras das sociedades de grande porte para o registro das atas das assembleias gerais ou reuniões anuais que as aprovem.
Em junho, o DNRC recorreu da sentença. No entanto, o recurso não suspende os efeitos da sentença do tribunal. Assim, momentaneamente, prevalece a exigência de publicação das demonstrações financeiras por sociedades limitadas de grande porte.
Se a sentença for mantida, as limitadas que preencham os requisitos acima serão obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras, sob pena de não conseguirem arquivar as atas de suas assembleias gerais ou reuniões anuais que aprovem tais contas na junta comercial e sofrerem as implicações comerciais decorrentes. A publicação das demonstrações financeiras deverá ser feita no diário oficial do Estado em que esteja localizada a sede da sociedade e em outro jornal de grande circulação, editado no lugar em que está localizada a sede da sociedade. Nenhuma outra forma de divulgação será exigida. (...)
Maria Lúcia de Almeida Prado e Silva - Valor Econômico
Oscar
A figura mostra a relação entre os filmes mais populares e os filmes que venceram o Oscar. No alto, os pontos vermelhos representam que naquele ano o filme que mais arrecadou, ou seja o filme escolhido pelos espectadores, também venceu o Oscar. Por exemplo, E o Vento Levou ou O Poderoso Chefão. Em 16 dos 83 anos, ou menos de 20%, isto ocorreu. Nos demais anos, a relação entre a receita do filme mais popular versus a bilheteria do vencedor do Oscar do Ano. Em 2009, a relação entre Avatar e Guerra ao Terror ficou perto de zero, por exemplo.
Medida Provisória 507
Quase cinco meses depois de publicada, a Medida Provisória 507, de 2010, continua sendo contestada por contadores e advogados. A norma exige procuração pública para a representação de terceiros em processos administrativos da Receita Federal. Nesta semana, o Sindicato dos Contabilistas (Sindcont) de São Paulo e a Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) obtiveram duas liminares suspendendo os efeitos da exigência.
A decisão da segunda-feira (21/2) vai beneficiar 65 mil profissionais de contabilidade. Os efeitos da liminar começam a valer só depois da notificação da Receita Federal. Para usufruir da suspensão, o contabilista associado ao sindicato precisa apresentar a certidão da entidade e a carteira social.
A necessidade de procuração pública "afronta os princípios constitucionais da proporcionalidade e da razoabilidade", escreveu o juiz federal da 19ª Vara Federal de São Paulo, José Carlos Motta, autor da decisão. De acordo com ele, a exigência "adiciona entraves burocráticos que dificultam e inviabilizam as atividades dos contabilistas".
Obedecendo ao disposto na MP 507, a Receita Federal publicou a Portaria 2.166. O artigo 7º da norma disciplina como se dá o uso de instrumento público em atos que impliquem o fornecimento de informações protegidas por sigilo fiscal.
Três dias depois da decisão da Justiça Federal paulista, a Justiça Federal no Distrito Federal manifestou posicionamento semelhante. A juíza federal Edna Márcia Ramos entendeu que "a exigência contida no artigo 7º da Portaria RFP 2.166 [...] apresenta vícios, em especial os que se referem à violação aos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, e ao livre exercício das profissões de contador e técnico em contabilidade". De acordo com a CNPL, a decisão afeta o cotidiano de 450 mil bacharéis e técnicos de Contabilidade do país.
Ainda de acordo com a decisão, "o ato institui verdadeira condição à prática, por terceiros, de atos perante o Fisco, ao exigir apresentação por procuração por instrumento público, o que implica maior investimento de tempo e dinheiro para solução de pendências, com prejuízo para o cidadão e profissionais da área contábil".
"Esta vitória é um presente especial da CNPL para toda a categoria contábil e para o empreededorismo nacional", disse o presidente da CNPL, Francisco Antonio Feijó. Já Victor Domingos Galloro, presidente do Sindcont-SP, reforça que a entidade vai continuar na luta pela defesa das prerrogativas dos contabilistas.
Fonte: aqui (dica de Caio Tibúrcio)
Custos do trem bala
“...dados comparativos que indicam que o TAV é o projeto de infraestrutura mais caro do país. O seu orçamento, de R$ 34,6 bilhões (provavelmente subestimado), é quase duas vezes maior que o da hidrelétrica de Belo Monte (R$ 19 bilhões) e mais de seis vezes superior ao da Ferrovia Transnordestina (R$ 5,4 bilhões). Registre-se, ainda, que o custo por quilômetro orçado para o TAV é mais de vinte vezes superior ao custo de construção de uma ferrovia convencional de transporte de carga, e que o orçamento total da obra representa mais que o dobro do valor total investido em ferrovias no Brasil, pelo setor público e pelo setor privado, no decênio 1999-2008...Além disso, o valor presente da despesa pública com o TAV ficaria entre R$ 14,6 bilhões, no caso em que o projeto venha a ser bem sucedido, e R$ 36,4 bilhões em um cenário pessimista (estouro nos custos, frustração de demanda, inviabilidade financeira do empreendimento e consequente estatização.Assim,uma obra desse porte deve ser planejada com extremo cuidado, pois qualquer variação no custo estimado significará uma despesa adicional de bilhões de reais, pressionando as finanças públicas.”
27 fevereiro 2011
Links
Executivos do HSBC pagam para encerrar processo na CVM
O empresário Roberto Carlos
Contador é preso por fazer ameaças no Twitter (aqui) dica de Pedro Correia
Warren Buffett e sua carta anual: aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui
Workaholic
Fonte: aqui
26 fevereiro 2011
Rir é o melhor remédio
Demanda no Walt Disney World
O professor Daniel Hamermesh escreveu uma postagem pro blog Freakonomics com base em uma simples observação de seu filho: o complexo da Walt Disney World tem formas interessantes de alterar a demanda por serviços em seus parques para os horários que não de pico, como oferecer cupons de desconto de 30% para o consumo entre 15h e 16h30 nos restaurantes, ou 20% entre 9h e 12h na compra de produtos.
A Disney treina seus funcionários extensivamente de forma com que uma grande parte dos custos com mão de obra se tornem fixos. Para espalhar esses custos de forma com que a produtividade seja maximizada, faz sentido reduzir o pico da demanda por mão de obra. Distribuir esses custos ajuda a reputação do parque com os consumidores que podem passar menos tempo na fila e mais tempo gastando dinheiro.
Mais sobre a Disney: Aqui e Aqui.
25 fevereiro 2011
Links
A inteligência de um grupo depende da ignorância dos seus membros
O efeito do pagamento por notas no desempenho do aluno
Por que o solteiro gasta muito: o custo do amor
Macacos possuem gestos quando não querem interação social
Na paquera online, elogiar os lábios é mais eficiente
O efeito do último nome no comportamento
Lágrimas das mulheres e desejo sexual dos homens
Por que o valor não depende das normas contábeis?
Por este motivo, o valor não depende das normas contábeis. As normas contábeis estão preocupadas com o regime de competência. Mas será que esta frase tem fundamento?
Somente em parte. Existem duas situações onde as normas contábeis podem afetar o valor de uma empresa. Em primeiro lugar, algumas entradas e saídas de dinheiro estão diretamente relacionadas com as normas contábeis. Considere a situação de um funcionário que recebe comissão sobre receita. A maneira como a receita é apurada afeta o pagamento desta comissão. Uma norma contábil que muda o reconhecimento da receita irá alterar o momento da saída do dinheiro e, por conseqüência, o valor.
A segunda situação onde a norma contábil influencia o valor é no processo decisório. Se a adoção de uma norma melhora o processo decisório, isto pode agregar valor. Mas ao contrário da primeira situação, em geral nós temos muita dificuldade de mensurar o que uma empresa estaria ganhando com normas.
Teste 438
imagem mostra um par de sapatos. Quanto vale? Duas dicas: é de rubi e foi um dos quatro usados no filme Mágico de Oz.
Mais de 10 mil dólares e menos de 100 mil dólares
mais de 100 mil dólares e menos de 1 milhão
mais de um milhão
Resposta do Anterior: diz respeito a uma reforma em Wall Street. O nome é em homenagem aos dois políticos que promoveram a mudança. (Precisamos falar mais sobre isto no blog.)
Custo da reserva
O Banco Central gastou R$ 26,6 bilhões [1] em 2010 para manter as reservas internacionais brasileiras, que hoje superam US$ 300 bilhões. O valor é pouco maior que a metade do corte previsto pelo governo para o Orçamento deste ano, de R$ 50 bilhões.[1] Este valor é obtido pela multiplicação de 5,88% x 455 bilhões
Segundo o balanço do BC de 2010, aprovado hoje pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), o chamado "custo de carregamento" das reservas foi de 5,86% no ano passado. Isso ocorre porque o custo médio de captação do Banco Central foi de 7,74%, enquanto a rentabilidade dos títulos que compõem as reservas foi de 1,88% no período [2].
Desta forma, segundo o diretor de Administração do BC, Antero Meirelles, o custo "foi bom" considerando que o volume médio das reservas, em reais, no ano passado chegou a R$ 455 bilhões.
O diretor de Administração do BC, Anthero Meirelles, afirmou que o custo de manutenção das reservas internacionais é menor que os benefícios que o País tem em acumular reservas. Segundo ele, as reservas elevadas ajudam o Brasil e as empresas brasileiras a se financiarem de forma mais barata no exterior [3]. Além disso, na sua avaliação, o acúmulo de dólares evitou perdas maiores em termos de crescimento e geração de emprego durante a crise financeira internacional em 2008 e 2009.
"São difíceis de estimar todos os benefícios. Só dá para comparar com outros momentos de crise que não tínhamos reservas elevadas", disse Meirelles. "Qualquer conta que se fizer, o benefício de ter reservas é maior que o custo".
Custo das reservas internacionais em 2010 foi de R$ 26,6 bilhões - Eduardo Rodrigues e Renata Verísssimo - Agência Estado
[2] É importante destacar o conceito implícito de custo de oportunidade. Entretanto, discordo do cálculo, feito da seguinte forma: 5,86% = 7,74% - 1,88%. O correto seria (1,0774)/(1,0188) - 1 = 5,75%. O valor do custo seria, portanto, 5,75% x 455 = 26,18 bilhões.
[3] Ou seja, diminui o risco
Por melhores informações
Em ofício divulgado nessa quinta-feira (24/2), a autarquia do mercado de capitais afirma ter constatado deficiência na forma de evidenciar as informações em notas explicativas.
"É importante ressaltar que as notas explicativas são fundamentais para que os usuários das demonstrações financeiras sejam capazes de identificar as práticas contábeis selecionadas pela companhia", sinaliza o documento.
Para evitar os desvios mais frequentes, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem encorajado a divulgação das premissas utilizadas para determinar o valor recuperável de ativos durante o período em análise.
As instituições sob verificação também devem usar as notas explicativas para mencionar seu relacionamento e suas transações com partes relacionadas como empregados e administrados, benefícios pós-emprego ou remuneração baseada em ações.
Também tem sido uma preocupação a mensuração do valor presente dos ativos, por meio de uma descrição.
No mesmo sentido, o reconhecimento da entrada de benefícios econômicos deve constar com breve descrição da natureza do ativo na data do balanço e, da mesma forma, uma estimativa dos seus efeitos financeiros
CVM cobra mais precisão em demonstrações financeiras - Brasil Econômico
Particularmente não gosto do termo "precisão" no título. O documento da CVM fala em "desvio"
Deloitte
Aqui a notícia de mais um processo contra a Deloitte.
Carga Tributária
A carga tributária atingiu 35,04% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, com um aumento nominal de arrecadação de R$ 195,05 bilhões em relação a 2009. O número representa alta de 17,80%, aponta estudo do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), divulgado nesta quinta-feira.
A pesquisa mostra ainda que em 2010, cada brasileiro pagou aproximadamente R$ 6.722,38 em impostos, representando um aumento aproximado de R$ 998,96 em relação a 2009.
Em relação aos últimos dez anos, houve um crescimento de cinco pontos percentuais, de 30,03% do PIB, em 2000, para 35,04%, no ano passado.
Brasileiro pagou R$ 6.722 em impostos em 2010, diz IBPT - Folha de S Paulo
Falem mal de mim, mas falem de mim
se o ponto de partida é a obscuridade, a má publicidade ainda pode ser útil, argumenta Alan Sorensen, um professor de economia na Universidade de Stanford Graduate School of Business. (...) Em um estudo publicado em Marketing Science , [ele] descobriu que os autores bem conhecidos que ganhou críticas elogiosas para um novo livro poderia esperar vender 42% a mais de cópias, enquanto que uma análise negativa faz vendas cair 15%. Para os autores desconhecidos, no entanto, não importava se um livro que foi muito criticado ou elogiado. Basta ter resenha no Times que as vendas aumentam até um terço.
Sr. Sorensen extrapou suas descobertas para outras empresas. Para pequenas marcas na luta pelo o reconhecimento em mercados lotados, quase qualquer publicidade é benéfica, ele avalia. Uma razão é que, para marcas menos conhecidas, percepções negativas desaparecem mais rapidamente nas mentes dos consumidores que não a consciência geral do produto. Ao cruzar com uma marca cujo executivo é, digamos, um namorador, eles reconhecem isso, mas não se lembram por quê. Com marcas consagradas, por outro lado, o cheiro de publicidade negativa perdura mais tempo.
Better to be reviled than ignored – The Economist 24 fev 2011
A revista lembra que o filme Borat ridicularizou o Casaquistão, mas o país teve um aumento de quatro vezes nos turismo.