Translate

30 abril 2010

Suborno do Barclays

"O banco britânico Barclays subornou um alto executivo para garantir a compra do Lehman Brothers, inclusive antes da instituição financeira declarar falência em 2008 por conta da crise financeira.

O Barclays pagou US$ 4,5 milhões a Ian Lowitt, ex-diretor financeiro do Lehman Brothers, e solicitou facilidades para adquirir o banco americano.

"O Barclays queria contar comigo e esta era uma forma de me ter", confessou Lowitt, atualmente diretor de operações da divisão de administração de patrimônios do Barclays nos Estados Unidos.

Este foi o primeiro depoimento no julgamento que avalia se o Barclays dever pagar até US$ 11 bilhões ao Lehman Brothers por "lucros imprevistos" que o banco supostamente recebeu durante a compra das atividades de mercado da instituição financeira americana.

A batalha no Tribunal de Falências de Manhattan irá determinar se o Barclays, cuja rentabilidade aumentou mais que o dobro no ano passado, irá pagar os creedores e clientes do serviço de corretagem do Lehman Brothers.

De acordo com o banco americano, um grupo de seus executivos que buscam trabalho no Barclays deram à instituição financeira um desconto "secreto" de US$ 5 bilhões a US$ 6 bilhões em "ativos adicionais" após a quebra do Lehman em 2008, considerada a maior já vista nos Estados Unidos.

"Estamos fritos"

Um dos advogados do Lehman, Robert Gaffey, classificou Lowitt como um alto executivo que temia por seu futuro e que, por conta disso, firmou um contrato de emprego com o Barclays por um pacote de remuneração de US$ 6 milhões antes de firmar a compra do Lehman Brothers.

Lowitt sabia que não teria emprego caso o trato não fosse concluído, disse Gaffey. Em uma mensagem ao tesoureiro do Lehman, o executivo escreveu que "se não tivermos êxito, você e eu estaremos fritos", acrescentou.

Lehman, seus credores e o sindicato do banco acusam o Barclays de ganhar muito dinheiro com a compra da instituição financeira americana. O Barclays afirmou que os termos do contrato já eram públicos antes mesmo da venda e enfatizou que ainda restam US$ 3 bilhões a serem pagos pela operação."

Executivo revela suborno do Barclays ao comprar Lehman – Linda Sandler – Brasil Econômico

29 abril 2010

Rir é o melhor remédio


A habilidade de Tiger Woods em focar-se no jogo é impressionante, diz o assessor dele. Este cartoon foi banido pela Apple

Teste #270

O sítio Wolfram Alpha propõe revolucionar as pesquisas na internet. Entretanto, quando digitamos uma palavra, o sítio não responde de forma adequada (algo como "você não quis dizer xxx?"). Qual destas palavras a resposta não é aquilo que esperamos?


 

Iasb

Fasb

SEC


 

Resposta: Beyoncé. Fonte: Beyoncé Knowles gets 425000 taxpayer bailout on her house in texas

Goldman

Aqui a carta aos acionistas de 2009, onde os executivos afirmam que os interesses dos clientes é prioritário. Aqui, um texto comentando sobre o duelo entre o Goldman e o JP Morgan. Inclui um gráfico interessante mostrando o gasto com lobistas de alguns grandes bancos estadunidenses.

Convergência

James Kroeker, chefe de contabilidade da SEC, afirmou que o prazo de 30 de junho de 2011 para a convergência é arbitrário. Kroeker enfatizou que prefere a qualidade a quantidade e por este motivo defende que as discussões conjuntas de normas existentes hoje entre Fasb e Iasb podem atrasar.

Apesar disto, Kroeker considera que as discussões sobre arrendamento e instrumentos financeiros são prioritárias.

Atualmente existem 11 padrões que estão sendo desenvolvidos entre o Fasb e o Iasb.

Polêmica

“Entendo que não existe vantagem em aplicar as aludidas normas nas empresas menores tal como se encontram redigidas e muito menos dever legal de fazê-lo.

Por força de lei os empresários e os profissionais não estão obrigados a seguir as nominadas normas internacionais (IFRS) nas pequenas e médias empresas.”


Lopes de Sá

Especialista

"Frederic Brochet, um psicólogo da Univervidade de Bordeaux, fez algumas pesquisas para testar a experiência dos provadores de vinhos. Ele convidou 54 especialistas para da sua impressão para um vinho tinto e um vinho branco. Ele escutou que o vinho tinto tinha sabor de “frutos vermelhos esmagados”, entre outras respostas descritivas. Ele escutou que o vinho branco tinha sabor de limão, pêssego e mel, todos sabores tradicionais de vinho branco. Os especialistas retornaram para nova prova, desta vez com um vinho branco tingido de vermelho com um corante (sem sabor) alimentar. Os especialistas descreveram o mesmo vinho branco, só que agora parecia vermelho."

Tyler Cowen – Create your own Economy

Links

Comercial de 1977 da IBM sobre seu computador

Animais de estimação escutam melhor que os maridos

Iasb propõe mudança na contabilidade de pensão

Regime de competência na receita pública

Soneca de 20 minutos é um santo remédio

Opções e Avaliação

O uso das opções em avaliação de empresas é limitado. Ferris e Petitt (Valuation: Avoiding the Winner´s Curse, London: Prentice, 2002) apontam três razões para isto:

  1. Muitos analistas não estão acostumados com os modelos de opções e consideram que seu uso é complexo;
  2. É difícil estimar os parâmetros necessários para os casos de uma carteira de opções. Neste caso, uma opção pode influenciar outra;
  3. O modelo deve ser usado quando o investimento ocorre em estágios

28 abril 2010

Rir é o melhor remédio

O juiz José Francisco de Almeida Filho, de São José do Egito, município no sertão pernambucano, foi afastado por 90 dias das suas funções, diante de indícios de que quem efetivamente mandava no fórum era a sua mulher Maria do Socorro Mourato Almeida. Seu afastamento foi definido ontem, pelo pleno do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), por 11 votos a 2.

Maria do Socorro não é juíza nem concursada, mas de acordo com denúncias recebidas pela Corregedoria Geral da Justiça desde 2006, participava ativamente das audiências - sempre ao lado do marido juiz - chegando a arbitrar alimentos, dar voz de prisão e a atender a partes e advogados, entre outras supostas ingerências na administração da comarca, onde ela teria sala própria.

TJ afasta juiz de PE que era influenciado pela mulher - Isto é Dinheiro - Angela Lacerda

O mapa da crise


De vermelho, os países onde a dívida ultrapassa a 60% do PIB. De amarelo, entre 30 e 60%. Verde, onde a dívida é inferior a 30%. Portugal e Grécia, que foram rebaixados nos seus títulos externos, estão no primeiro grupo. Fonte: aqui

Teste #269

Esta cantora é famosa e rica. E não tem problemas com dinheiro, aparentemente. Mas seu pai possui um imóvel no Texas que foi devastado pelo furacão Ike. E por este motivo irá receber 425 mil dólares dos contribuintes de seu país. Ela é:


 

Beyoncé Knowles

Mariah Carey

Rihanna


 

Resposta do Anterior: o país mais rico do mundo seria a África do Sul, em razão das reservas de ouro, com valor estimado de US$2,5 trilhões. Depois Rússia (1,6 trilhão) e Austrália (1,6 trilhão). O Brasil seria o 5o. na lista, com 726 bilhões. Fonte: aqui.

PIB e Estoque



Já postamos anteriormente que existe uma relação entre a economia e o nível do estoque de uma empresa. Quando analisamos os últimos trimestres da Cia Brasileira de Distribuição (CBD) é possível visualizar esta relação claramente. Usando as informações de estoques de cada trimestre da maior empresa nacional de varejo podemos verificar uma forte relação com o valor do Produto Interno Bruto (PIB), a principal medida de uma economia de um país. Isto significa dizer que o comportamento desta conta do ativo de curto prazo comporta-se de modo aproximado ao valor do PIB trimestral. (Os dados dos estoques foram obtidos no sítio da Bovespa e os valores do PIB no sítio do Ipea).

A correlação entre os estoques no final do trimestre da CBD e o PIB entre 2002 a 2009 foi de 0,891. Lembrando que a correlação varia entre -1 e 1, sendo que quando mais próximo dos extremos maior a correlação. Esta relação está no gráfico 1. Neste caso, a correlação foi significativa, o que significa dizer que existe uma relação entre as duas variáveis.

Calculei também uma regressão da seguinte forma:

PIB = a + b1 Tempo + b2 Estoque Médio/Receita + b3 Deflator + b4 Estoque + b5 Receita

O modelo que calculei elimina as variáveis que não são adequadas, deixando somente as melhores variáveis. O modelo final ficou:

PIB = 170 919 + 14 652,7 Tempo + 472 746 Estoque Médio/Receita

Este resultado é interessante pela presença da variável estoque/receita. Usei esta variável para medir se o peso do estoque manteve-se constante, em termos da receita, no tempo. E o resultado mostra que a resposta é não. O gráfico 2 mostra o comportamento do estoque médio sobre a receita no tempo para a CBD. Apresenta também uma linha de tendência, neste caso crescente. Isto significa dizer que a empresa está investindo proporcionalmente mais em estoques. (Uma razão disto pode ser a abertura de novas lojas, que pode ter conduzido a uma deseconomia de escala)


Links

Erro nas Assembléias dos Acionistas

Questionário do Iasb para usuários do Impairment

República do Benin e a moeda com Marijuana

Fraude e auditoria sem palavras

Goldman Sachs: ganhando com a crise

E-mails incriminam executivos do Goldman Sachs

Mais de um milhão de contas do Facebook à venda

Governança Corporativa e Retorno

Direitos humanos na China


A figura é de uma campanha pelos direitos humanos na China.

27 abril 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #268

A Arábia Saudita é o país mais rico em petróleo. Entretanto, quando se analisa somente os recursos minerais metálicos e o ouro, este país não aparece. Os três países mais ricos do mundo nestes recursos estão abaixo. Qual o país mais rico?

África do Sul
Austrália
Rússia

O Caixa da Petrobrás


A figura mostra o saldo de disponibilidades da Petrobrás. A maior empresa brasileira já chegou a ter mais de R$20 bilhões em caixa. Mas no período do gráfico observa-se uma grande variação na disponibilidade. É interessante notar que esta variação não se deve a sazonalidade, já que no final de setembro a empresa já chegou a ter 7 bilhões de reais (em 2007) e também 21 bilhões (em 2009). Nos treze trimestres do gráfico, a média da disponibilidade foi de 13 bilhões, mas o desvio-padrão ficou em 5 bilhões de reais.

Uma possível explicação pode estar na demonstração dos fluxos de caixa. No ano de 2007 a empresa gerou 40 bilhões de caixa das operações. No ano seguinte, o valor foi de R$55 bilhões, razoável diante do crescimento da receita da empresa. Mas em 2009 a geração de caixa caiu pela metade, para R$23 bilhões. Para cobrir esta diferença, a empresa, que tinha fluxo das atividades de financiamento negativo – indicando que estava pagando seus financiadores – passou a ter um valor positivo, de menos 17 bilhões em 2008 para 28 bilhões, positivo, em 2009.

Links

STJ conclui texto do novo Código do Processo Civil

Custo fixo anual de 832 milhões para novos estados

Legislação retarda as fusões

Fraudes nos fundos previdenciários dos estados e municípios

O que estamos pesquisando 2



A figura mostra as palavras mais comuns nos resumos dos trabalhos aprovados no 7o. Congresso de Iniciação Científica. Fonte: aqui. Compare com os termos mais usados no 10o Congresso da USP aqui

Congresso Usp 4

O Congresso USP possui um congresso paralelo onde são apresentados trabalhos de alunos de graduação e, por este motivo, é chamado de Iniciação Científica. Este ano foi aprovado somente 28 trabalhos. A principal surpresa chama-se Universidade Estadual de Montes Claros. Esta instituição aprovou cinco trabalhos ou 18% dos trabalhos, igual número da Universidade de São Paulo.

Enquanto no Congresso principal são comuns trabalhos preparados por autores de diversas instituições, na iniciação científica somente dois trabalhos tiveram autores de instituições diferentes. A relação das instituições que tiveram artigos aprovados é a seguinte:

USP e Montes Claros = 5 cada

UFMG/UFU = 3 cada

UnB = 2,25 (dois trabalhos só com autores da UnB e um trabalho com 1 autor de quatro)

UFRN = 2

Alvares Penteado/UFSC = 1,75

UCB/UFPR/UFCG/UFPE = 1

Universidade Cruzeiro do Sul = 0,25.

Imobiliárias e reconhecimento da receita

Balanço societário - 24/04/10 - José Santiago da Luz - Sócio-Diretor da Crowe Horwath RCS - Brasil Econômico


 

"No Brasil, o conflito entre as normas contábeis e a legislação tributária vem de longa data. O Fisco sempre legislou em matéria de contabilidade estabelecendo regras fiscais, que acabam por gerar inúmeros reflexos na própria contabilidade.

Um exemplo disso são as normas do Fisco para tributação das atividades imobiliárias, por meio da Instrução Normativa nº 84/79, que permitem o registro de suas operações pelo regime misto: caixa e competência.

Ou seja, as receitas são reconhecidas e tributadas pelo seu efetivo recebimento, os custos apropriados proporcionalmente aos valores recebidos e as demais despesas e receitas pelo regime de competência.

A referida IN determina que o controle dessas receitas e custos diferidos seja efetuado na contabilidade, utilizando o grupo de Resultado de Exercícios Futuros, conhecido como REF. Este procedimento distorce completamente as demonstrações contábeis da empresa.

Exemplificando, um contrato de venda a prazo de uma unidade não concluída, em que o empreendimento imobiliário somente possui levando em conta o terreno. O total da receita é contabilizado por meio do contrato no REF, a fração ideal do terreno, relativa à unidade vendida, é transferida também para esse grupo e é contabilizado um custo orçado para os gastos ainda não incorridos. Nada reflete a realidade da operação nesse balanço.

A IN nº 84/79 é interpretada pelos auditores e contadores como tecnicamente incorreta, pois os balanços e resultados de empresas que exploram essa atividade não são compatíveis com sua situação efetiva e não são comparáveis com as demonstrações contábeis de outros setores.

A partir de 2003, a Resolução CFC nº 963, substituída posteriormente pela Resolução CFC nº 1.266/2009, estabeleceu regras a serem aplicadas às entidades imobiliárias quanto à observância das normas e dos princípios fundamentais de contabilidade.

Isso ficou ainda mais claro com a Lei nº 11.638/07, que trouxe modificações na Lei das S/A, principalmente em suas posições de natureza contábil, com o objetivo de alinhar a contabilidade brasileira aos padrões internacionais de contabilidade, o IFRS. Ademais, a Resolução CFC nº 1.171/09 que aprovou a NBC T 19.21 veio também reforçar essa posição.

A Resolução CFC nº 963/03 considera entidades imobiliárias aquelas que têm como objeto uma ou mais das seguintes atividades: compra e venda de direitos reais sobre imóveis; incorporação em terreno próprio ou em terreno de terceiros; loteamento de terrenos em áreas próprias ou em áreas de terceiros; intermediação na compra ou venda de direitos reais sobre imóveis; administração de imóveis; e locação de imóveis.

Mais recentemente, o CFC, por meio da Resolução nº 1.171/09, retificou o entendimento já estabelecido pela Resolução nº 963/03 sobre o reconhecimento dos contratos de construção, ficando em linha com o Pronunciamento CPC nº 17.

De acordo com a referida Resolução, as receitas, custos e despesas devem ser reconhecidos mensalmente, respeitando-se, em especial, os Princípios da Oportunidade e da Competência.

Dessa forma, a principal diferença na contabilização é a receita, que é reconhecida pelo regime de caixa (recebimento) segundo o critério fiscal é pelo regime de competência (andamento da obra) no aspecto societário.

As pequenas e médias entidades imobiliárias não se enquadram nos padrões em que são exigidas as mudanças trazidas pela Lei nº 11.638/07, por não serem consideradas entidades de grande porte.

No entanto, é importante lembrar que tais empresas estão submetidas às normas do CFC e, dessa forma, deveriam seguir as normas estabelecidas nas referidas Resoluções. No entanto, tais mudanças não pedem ter reflexos fiscais.

Desta forma, foi criado o Regime Tributário de Transição, mais conhecido como "RTT", instituído pela Medida Provisória nº 449/08 e convertida em 27 de maio de 2009 na Lei nº 11.941/09.

A referida lei, dentre as importantes alterações efetuadas na legislação fiscal, busca neutralizar os impactos tributários da adoção dos novos critérios contábeis instituídos pela Lei nº 11.638/07, de 28 de dezembro de 2007, até que se possam regular definitivamente o modo e a intensidade de integração da legislação tributária com os novos métodos e critérios internacionais de contabilidade

Na verdade, o problema é que sempre foi muito complicada a elaboração de balanços societários (de acordo com as práticas contábeis) e fiscais (de acordo com o RIR/99) deste tipo de empresa, pois elas vendem um tipo de bem muito específico que, na grande maioria das vezes, não é pago à vista, além da dificuldade de mensuração do próprio custo.

Por mais incrível que possa parecer, as pequenas e médias entidades imobiliárias, que não são obrigadas a seguir as novas normas, enfrentam inúmeras dificuldades com as mudanças.

Isso porque a grande maioria dessas empresas mantém parceria com as grandes do setor, que normalmente têm capital aberto, o que indiretamente as obriga a seguir as novas regras.

O que ocorre é que elas não têm estrutura para absorver todas essas mudanças, uma vez que nunca tiveram que passar por auditoria ou elaborar esse tipo de balanço.

Com isso, apesar das dificuldades que enfrentarão para alinharem-se a tais normas, o resultado será muito positivo - com a transparência das informações contábeis e uma grande valorização do profissional da área contábil."

A Imagem do Hubble


Mais imagens, aqui

26 abril 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Congresso USP 3

Dos trabalhos aprovados no Congresso da USP, as instituições com maior número de autores são:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

40

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

23

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

18

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

17

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

12

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

11

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

11

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

10

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

9

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

8

UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

7

FUCAPE

6


 

Mas esta tabela possui três problemas relevantes:

  1. A USP Ribeirão Preto está sendo contada junto com a USP São Paulo
  2. A maioria dos artigos possui mais de um autor, o que significa que um artigo com dois autores da mesma instituição está sendo contado em duplicidade para esta universidade (o mesmo é válido para um artigo com três e quatro autores, onde se conta três e quatro vezes)
  3. O programa Multi (UnB-UFRN-UFPB) foi considerado de forma individual

Para corrigido o segundo problema, considerei que um artigo com quatro autores deveria contar ¼ para cada autor, um artigo com três autores corresponde a 1/3 para cada autor e um artigo com dois autores deveria contar ½ para cada autor. Desta forma, o ranking seria:

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

15,3

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

8,0

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

6,9

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

5,3

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

3,8

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

3,8

UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU

3,5

UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS

3,3

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA

3,0

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

3,0

FUCAPE

2,8

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

2,2

Congresso USP 2

O resultado do Congresso USP de Contabilidade mostra 91 trabalhos aprovados. Em média, cada trabalho possuía 2,81 autores. Dos 91 artigos aprovados, somente seis eram de um autor somente. Isto pode ser em conseqüência de dois pontos: (1) a pesquisa científica depende, cada vez mais, da iteração entre conhecimentos, o que faz com que a produção seja com vários autores; (2) a maneira como somos avaliados por nossa pesquisa induz a apresentação de trabalhos com mais autores. Particularmente acredito mais na segunda opção.

Outro aspecto importante é que 32% dos trabalhos eram da área de controladoria; 8% de educação e 16% de mercado financeiro. Mas 44% eram trabalhos da área de contabilidade financeira.

IFRS e GRI

Evento na FEA USP no dia 12 de maio, das 14 as 17:30, sob a coordenação do professor Dr. José Roberto Kassai. Mais informação, aqui.

Teste #267

Ontem foi o dia do Contabilista. Você sabe a razão do dia 25 de abril ser o "dia do Contabilista"?


 

Resposta do Anterior: Ativos. Vide, por exemplo, aqui 


 

Plágio

"CITAÇÃO não é plágio. Copiar e colar é PLÁGIO. Mas, qual o limite para o plágio? A Lei não especifica limite, logo, cópia de um único parágrafo sem citação da fonte em um texto de 200 páginas, É PLÁGIO." (Jorge Scarpin, Contabilidade e Finanças)

Concordo com Scarpin. Na realidade, uma frase igual deve ser considerada plágio.

Remuneração e Valor

"Na primeira posição entre os que mais remuneram seus principais executivos está o Itaú Unibanco, o maior banco privado do país

As 50 empresas que melhor remuneraram seus executivos no ano passado tiveram uma despesa média de R$ 2,75 milhões com cada diretor e de R$ 29,8 milhões com diretoria e conselho, segundo levantamento do Valor com base em dados inéditos que começaram a ser divulgados este ano por determinação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) . Nas demais companhias, o valor individual cai para R$ 760 mil e o custo da administração recua para R$ 6,2 milhões.

Na média, o peso da parcela variável no total pago é de 56% nas empresas que pagam mais, em comparação com um índice de 29% nas demais, em uma amostra com 197 companhias abertas que divulgaram seus dados seguindo as normas da CVM.

Na primeira posição entre os que mais remuneram seus principais executivos está o Itaú Unibanco, o maior banco privado do país, com gasto médio de R$ 7,9 milhões por diretor, bem acima dos concorrentes Santander, com R$ 3,7 milhões, e Bradesco, com R$ 2,1 milhões. Em seguida aparecem a mineradora Vale, a cervejaria AmBev e o Pão de Açúcar.

A maior remuneração não está sempre relacionada ao porte da empresa. Há coincidência de 28 empresas entre o ranking do Valor e o das 50 maiores por valor de mercado na Bovespa. São destaque as empresas do setor financeiro e as que já tiveram ou têm investidores de "private equity" com participação relevante no capital e na gestão. Das 50 da lista, nove contaram em algum momento com gestão da GP ou do Pactual, por exemplo.

Felipe Rebelli, da área de talentos e recompensas da Towers Watson, consultoria especializada na área, diz que as empresas do setor financeiro costumam ter políticas de remuneração mais agressivas. "Elas pagam um salário fixo um pouco abaixo do mercado e dão como contrapartida uma parcela variável acima da média, sujeita aos resultados alcançados". A estratégia é repetida, às vezes com uma alavancagem menor, nas empresas não financeiras que possuem gestores de "private equity" no comando."


 

Ranking mostra empresas que pagam mais – Fernando Torres e Graziela Valenti – Valor Econômico – 26/4/2010

25 abril 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Bulgária versus Índia

Começou em Sofia a disputa pelo título mundial de xadrez. Dois dos três melhores jogadores da atualidade irão jogar doze partidas. É o confronto entre o atual campeão, o indiano Anand, e o desafiante, o búlgaro Topalov. E a primeira já ocorreu ontem e foi fantástica. No 24º. Lance, Topalov entrega o cavalo, para, dois lances depois, colocar a torre na 6ª. Casa. No 28º. Lance, Topalov, com um cavalo a menos, possui duas torres na sétima casa, numa posição onde ameaça o rei de Anand. No lance seguinte, Topalov "entrega" o bispo, mas Anand recusa a oferta. No lance seguinte, Topalov toma o bispo com a torre e Anand reconhece a derrota, pois o seu rei está ameaçado. Veja a partida aqui.

O que estamos pesquisando



A figura mostra as palavras que mais aparecem nos resumos de todos os trabalhos aprovados no Congresso USP de Controladoria e Contabilidade. Destaque para os termos "empresas", "resultado", "pesquisa" e "estudo".

Imagem criada em Wordle.

23 abril 2010

Rir é o melhor remédio


Na junção das placas, "Cristo morreu pelos nossos Dunkin Donuts"

Teste #266

A discussão sobre a concentração bancária está sempre presente no noticiário econômico. No Brasil, o processo de aquisições conduziu, nos últimos anos, a um aumento da importância dos grandes bancos. De uma maneira geral, existe uma grande desvantagem da concentração em razão do aumento no risco. A medida de concentração bancária é feita através de uma variável contábil que corresponde


 

ao número de empregados

ao total das receitas financeiras

ao total dos ativos 


 

Resposta do Anterior: considerando somente a hora útil a resposta seria 100 mil dólares por hora de trabalho. Fonte: aqui

Links


Em situações de crise econômica e social, as músicas são mais longas, focadas no futuro e com temas sociais

Estados Unidos mudam a nota de cem dólares

Custo do seguro da dívida portuguesa bate recorde

Como um sindicato quebrou a California (cartoon)

Twitter e a previsão da receita de filmes

Empréstimos, homens e mulheres

Uma das pesquisas mais interessante em finanças comportamentais foi realizada por Sendhil Mullainathan e Eldar Shafir em 2003. Eles enviaram diversos tipos de correspondências a clientes de uma financiadora da África do Sul. A diferença estava na foto que acompanhou a correspondência.

Alguns clientes receberam cartas com fotografia de uma jovem; outros, com foto de um homem; e outros, sem nenhuma fotografia. Existiam diferenças também na taxa de juros das propostas.

Os autores observaram que a correspondência com a jovem gerou mais resposta positiva, com uma taxa de juros mais elevada. Qual a explicação para este comportamento? Uma possível explicação é que os homens acreditam que as mulheres são péssimas negociadoras. Assim, a foto de uma mulher identificaria uma boa oportunidade de negócio.

Custo do Lehman

A empresa Lehman Brothers pagou a advogados e conselheiros um valor de 731,6 milhões de dólares nos 18 meses desde seu colapso [setembro de 2008], incluindo mais de US$250 milhões ao síndico da massa falida, a Alvarez & Marsa, conforme a Bloomberg News informa.

Lehman Bankruptcy Bill Approaches $750 million – The New York Times – 22 de abril de 2010

Ibovespa

Em 42 anos de existência do Ibovespa, foram registrados 26 anos de altas e 16 anos de baixas, cuja valorização acumulada foi de 1.313,72% (média de 31,28% ao ano), segundo estudo elaborado pela Tov Corretora.

(Fonte: Em 42 anos, investir em ações rende 31% ao ano em média - Vanessa Correia – Brasil Econômico - 22/04/10 19:37)


 

O período analisado inclui os anos anteriores a 1994, quando a inflação anual era extremamente elevada. O texto não informa se a série foi deflacionada ou não, mas comparar os anos inflacionários com os anos após o Plano Real é temeroso.

Convergência no momento da verdade

No ápice da crise financeira mundial em 2008, o sossegado presidente do Conselho de Padrões de Contabilidade Financeira (Fasb), Bob Herz, viu-se no centro dos holofotes, com furgões das equipes de TV se amontoando do lado de fora da sede do órgão responsável pelas regras contábeis nos Estados Unidos, na normalmente sonolenta cidade de Norwalk, Connecticut.
De uma hora para outra, as atenções haviam se voltado para o tratamento contábil misterioso dado a alguns ativos obscuros em mãos de bancos de investimento de Wall Street, papéis que estavam sendo cada vez mais considerados culpados de exacerbar a crise.
Desde então, a questão ainda não se esgotou. No início de maio, Herz deverá voltar ao tema quando apresentar as propostas do Fasb sobre o grau de uso que o controverso parâmetro do "valor justo" - também conhecido como "marcação a mercado" - deveria ter para a determinação do preço de derivativos e outros instrumentos nos livros dos bancos.
Seu pronunciamento atenderá a um pedido do Grupo dos 20 principais países industrializados e em desenvolvimento, que em setembro colocou a contabilidade entre os itens de sua agenda. O grupo pediu ao Fasb e ao Conselho de Padrões de Contabilidade Internacional (Iasb, na sigla em inglês), com sede em Londres, para preparar um padrão contábil mundial de alta qualidade - uma forma única de medir todas as companhias do mundo.
A questão é tensa - e precede, há um longo tempo, a recente crise. Desde o século XVI, quando Luca Paciola, monge franciscano itinerante amigo de Leonardo da Vinci, inventou [1] a contabilidade moderna nas montanhas da Toscana, há discussões sobre seu significado e propósito.A contabilidade é uma construção social, apenas uma entre várias formas de ver o mundo, ou praticamente uma ciência, baseada em fatos precisos? [2]
Nos tempos modernos, a capacidade de comparar [3] contas em diferentes fronteiras tornou-se o santo graal dos contadores do mundo, assim como de muitos investidores e analistas financeiros. Eles argumentam que essa uniformidade [3] significa que o capital poderia ser alocado de uma forma mais eficiente, que haveria menos facilidade para as companhias provocarem os reguladores e serem processadas e até que escândalos contábeis com os de Enron, WorldCom e Parmalat ocorreriam com menos frequência.
As turbulências financeiras mundiais, no entanto, centraram as atenções em uma questão fundamental: como calcular quanto vale um ativo. O motivo é que durante o pânico do mercado, os preços dos produtos financeiros mais complexos, como os derivativos, despencaram enquanto os mercados se congelavam [4] - um declínio praticamente independente da qualidade de créditos dos ativos que estavam por trás, sustentando esses derivativos. Para alguns, a situação proporcionou pechinchas, compradas rapidamente. Para a maioria dos bancos e fundos hedge, no entanto, levou a buracos devastadores em seus balanços patrimoniais, por causa da prática de marcar os ativos pelos preços atuais de mercado.
As baixas contábeis criaram um círculo vicioso no qual a queda dos valores levou as instituições de crédito a pedir mais garantias para conceder empréstimos, o que por sua vez obrigou grupos demasiado alavancados a vender ativos, empurrando os preços ainda mais para baixo. [5] Como resultado, as autoridades monetárias começaram a ver procedimentos alternativos com interesse renovado: permitir que administradores julgassem os valores ou os contabilizassem pelo que custaram originalmente e pelo dinheiro que supostamente gerarão antes de sua venda.
A opinião de que a contabilidade de "valor justo" enfraquece a estabilidade financeira e econômica persiste entre muitos políticos e autoridades reguladoras, especialmente na Europa, mas também na Ásia. Alguns investidores, contudo, mais notavelmente nos EUA, continuam convictos na defesa do valor justo, pois o consideram mais transparente. Daí a vontade do G-20 em ver um padrão único até junho de 2011.
Dependendo de como as investigações dos responsáveis por determinar as regras prosseguirem, a Securities and Exchange Commission (SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) pretende decidir até este mês se todas as companhias americanas deveriam deixar de usar o padrão contábil americano (US Gaap), atual sistema em vigência no país, e aderir aos padrões internacionais de contabilidade (IFRS), do Iasb, usado na maior parte do mundo.
Os investidores, em sua maioria [6], são a favor da convergência, mas alguns temem que, na pressa para cumprir o prazo do G-20, possam ser cometidos erros que criariam problemas futuros para a contabilidade das empresas. "A coisa mais importante para os investidores é que sejam padrões de alta qualidade e que atendam as demandas dos acionistas e da comunidade de investimentos em geral - e é um equívoco sugerir que a convergência é mais importante do que isso", diz Michael McKersie, da Associação de Seguradoras Britânicas (ABI, na sigla em inglês), um poderoso grupo de investidores do Reino Unido.
A decisão da SEC será crucial, já que sem o apoio do maior mercado de capitais do mundo, qualquer padrão global seria assim apenas no nome. Com a aproximação do fim do prazo, as inevitáveis diferenças culturais, divergências e rivalidades que acabam surgindo com uma tarefa global desse tamanho - e que afetam os debates contábeis há séculos - ameaçam interromper o processo. Apesar de meses de negociações, há sinais de que o Fasb e o Iasb não conseguirão chegar a um consenso sobre até que ponto o valor justo dever ser usado para determinar o valor dos instrumentos financeiros. De acordo com um encarregado de determinar os padrões, o sonho do G-20 de harmonia contábil mundial depara-se com a real possibilidade de "explodir".
A história de como a contabilidade se tornou um viveiro de ressentimentos que confrontam autoridades reguladoras, contadores, investidores e executivos tem suas raízes nas semanas anteriores ao desmoronamento do Lehman Brothers, em setembro de 2008. No fim de agosto daquele ano, o projeto para criar um padrão único mundial, congregando EUA e resto do mundo, chegou ao que ainda é seu ponto mais alto até hoje.
Christopher Cox, então presidente da SEC, anunciou um acordo tentativo segundo o qual, até 2014, todas as empresas americanas estariam cumprindo o IFRS. O raciocínio de Cox, bem recebido por contadores [6], foi o de que a "crescente aceitação em todo o mundo - e o cada vez maior controle de companhias estrangeiras por investidores americanos - deixam claro que se nada fizermos, e simplesmente deixarmos essas tendências se desenvolverem, a comparabilidade e a transparência diminuirão para investidores e emissores americanos".
Tornando cada vez mais viável a implementação da visão de contadores - a prática de "uma norma única" -, naquele ano mais de cem outros países adotaram ou concordaram em adotar o IFRS [7]. Mas após a implosão do Lehman muitos governos voltaram a procurar garantir a sua "soberania contábil". [8]
Poucas semanas depois do colapso do Lehman, Cox foi substituído por Mary Schapiro [9], nome pertencente ao novo governo do presidente Barack Obama. Durante as audiências de confirmação no cargo, Schapiro disse que "não estaria disposta a delegar a definição de padrões ou responsabilidade pela supervisão ao Iasb".
Enquanto o afável Herz, no Fasb, enfrentava as equipes de televisão à frente de seu escritório, David Tweedie, o combativo escocês e ex-sócio da KPMG que comanda o Iasb, tinha de lidar com seus próprios problemas no outro lado do Atlântico. Em outubro de 2008, pressões da UE forçaram a publicação de uma regra que foi amplamente considerada como uma diminuição na qualidade de informação - mas que pode ter poupado alguns bancos europeus do colapso. As mudanças permitiram que os bancos reclassificassem carteiras inteiras, inclusive produtos estruturados complexos, e avaliassem de forma mais favorável com base no custo dos empréstimos e títulos que lastreavam os papéis. Tweedie, cujo desejo de precisão contábil por vezes conflitava com a visão tradicional dos formuladores de normas contábeis da Europa Continental como elaboração social e instrumento de estabilidade econômica, mais tarde disse quase ter se demitido devido ao incidente.
Então, em julho, o Fasb e o Iasb anunciaram não ter conseguido chegar a uma abordagem comum sobre como valorar instrumentos financeiros. Por isso, foi preciso a intervenção do G-20 para aumentar as esperanças de que a convergência estava de novo no bom caminho. Mas, exatamente quando os EUA pareciam mais próximos, a Europa divergiu. Em novembro, a UE recusou-se a considerar a adoção da primeira fase do IFRS 9, norma do Iasb relacionada à valoração de instrumentos financeiros, alegando que ela defende o uso excessivo de valor justo.
Tweedie seguiu em frente e publicou o IFRS 9 para uso em mais de 110 países que haviam adotado ou estavam em vias de adotar o IFRS, mas sem o apoio de seu principal patrocinador [10]. A convergência foi avançando a partir de então, mas com crescente intervenções por parte de agências reguladoras e de formuladores de políticas, particularmente na Europa.
Michel Barnier, novo comissário para mercado interno da UE, pareceu, recentemente, ter criado um novo conflito, ao sugerir que verbas futuras para manutenção do Iasb dependeriam de a organização ceder a pressões de Bruxelas no sentido de admitir mais quadros de agências reguladoras em seu conselho diretor. A SEC disse que a independência do Iasb é necessária para que avalie submeter as empresas americanas aos IFRS. No entanto, dizem especialistas, duas coisas podem contribuir para impedir o que recentemente parecia um desfecho mais provável: a criação de blocos contábeis regionais, ou seja, EUA, Europa e Ásia.
Um fator em jogo é o apoio ao Iasb na Ásia. Embora a Europa pareça estar se distanciando, o Japão, segundo maior mercado de capitais no mundo, convergiu um pouco mais. Noriaki Shimazaki, da Sumitomo Corporation e curador do Iasb, diz acreditar que o Japão está a caminho de tornar o IFRS obrigatório para as empresas japonesas já a partir de 2016. À medida que os fluxos de capital deslocam-se para a Ásia, o peso dos países asiáticos deve influenciar mais o processo de normatização, diz Mohandas Pai, da Infosys, segunda maior exportadora indiana de serviços de tecnologia. Entretanto, China, Índia e Japão estão apoiando o desenvolvimento dos IFRS entre si para promover o comércio intrarregional.
O segundo fator envolve o Lehman. O evento, que fez descarrilhar a convergência, ainda poderá levá-la a se concretizar.
Quando Anton Valukas, procurador de Chicago, publicou no mês passado seu relatório condenando as práticas que resultaram na maior falência empresarial na história, uma das revelações foi a "arbitragem regulatória" utilizada pelo banco para tratar as operações de uma maneira que "embelezavam" temporariamente seu balanço. As hoje infames operações Repo 105, que permitiram ao Lehman lançar US$ 49 bilhões fora de seus livros em um trimestre, eram permitidas nos termos do padrão americano US Gaap. Mas se a contabilidade obedecesse ao IFRS, acabariam permanecendo no balanço e bem à vista dos investidores.
Estando as audiências do Congresso que discutirão o relatório sobre o Lehman previstas para o início desta semana, os contabilistas esperam que a convergência receba um impulso favorável em função dessas revelações. "É a melhor razão que até agora já vi para que a convergência progrida", diz um alto executivo de uma das maiores firmas de contabilidade americanas.
Se isso não ocorrer, a uma próxima geração de contabilistas, em meio a uma futura crise, poderá ser legada a tarefa de prosseguir o debate.

Fonte: Valor Econômico, via Análise de Balanços - IFRS: Ainda sobre o valor "justo" - Contabilidade: Paralisada pela crise, convergência global está em risco.
Padrão global de balanços enfrenta sua hora da verdade - Por Rachel Sanderson e Jennifer Hughes, Financial Times, de Londres - 22/04/2010

[1] Um erro comum considerar Pacioli o "inventor". Na realidade foi o divulgador.

[2] A ciência não significa necessariamente que seja baseada em fatos precisos. Talvez o melhor fosse fazer a contraposição entre ciência exata e ciência social.

[3] Aqui faltou um pouco de precisão técnica. Na contabilidade uniformidade é diferente de comparabilidade.

[4] Ou seja, faltou liquidez.

[5] Mas conduziu a ganhos com a perda de valor dos passivos.

[6] Há controvérsias...

[7] Na realidade a adoção da IFRS não garante uma "norma única"

[8] A normatização é uma atividade política. Isto foi refletido nesta atitude.

[9] O fato de Cox ter sido um burocrata com um trabalho ruim na SEC não ajudou.

[10] Talvez o termo correto seja "apoiador". O principal patrocinador do Iasb é o grupo das maiores empresas de auditoria.

22 abril 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui
O Bar Aurora Boteco Ferraz fez uma campanha institucional interessante, que mistura custo e alerta sobre o uso da bebida. Os clientes recebem a conta que incorpora as despesas hospitalares caso dirijam bêbados e tenham acidentes de trânsito. O vídeo mostra a reação dos clientes ao receberem a conta. (Via Design you Trust).

Belo Monte

Consórcios mudaram lances por Belo Monte após Eletrobras impor lucratividade menor

Publicada em 21/04/2010 às 23h39m

Gustavo Paul, Mônica Tavares e Ronaldo D'Ercole

BRASÍLIA e SÃO PAULO - O governo jogou pesado para que o consórcio Norte Energia, liderado pela Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) fosse o vencedor da concorrência para construção da usina de Belo Monte. Pouco antes do leilão, a Eletrobras mandou um recado para os dois consórcios em disputa, determinando [1] que a taxa de retorno do empreendimento deveria ser de apenas 8%, bem abaixo dos 12% esperados pelas empresas privadas. Diante dessa exigência e temendo prejuízos com a obra, o consórcio Belo Monte Energia, liderado pela construtora Andrade Gutierrez, decidiu por uma proposta conservadora, enquanto a estatal Chesf apostou na rentabilidade menor.

O governo determinou a redução dessa taxa de retorno argumentando que o financiamento dado pelo BNDES já prevê juros subsidiados de 4% ao ano, por um período de três décadas. Esse e os outros benefícios concedidos na véspera seriam suficientes para compensar os custos dos empreendedores. Mas, as empresas privadas queriam que o retorno financeiro fosse de pelo menos 12% ao ano, percentual considerado razoável dentro de um cenário em que a taxa básica de juros anual está em 8,75% e os riscos inerentes ao empreendimento são gigantescos. [2]

A ordem [1] dada de última hora levou os consórcios a refazer suas contas pouco antes do leilão. Uma fonte do mercado de energia conta que até o meio dia o grupo da Andrade Gutierrez ainda estava revendo seus cálculos. A partir daí, os dois consórcios seguiram caminhos diferentes.

Petrobras poderá integrar consórcio

O mais conservador, liderado pelas empresas privadas e contando com a Votorantim e a Vale decidiu puxar o freio e apostou, segundo informações não oficiais, em uma tarifa de apenas R$ 82,90 o megawatt/hora (MWh), pouco abaixo da preço teto, estabelecido em R$ 83. Uma taxa de retorno tão baixa foi considerada inexequível pelos empresários. Eles temem que os riscos da obra reduzam os ganhos para próximo de zero. As estatais Furnas e Eletrosul [3] não tiveram como reverter essa posição.

Do outro lado, o consórcio da estatal Chesf seguiu a vontade do seu controlador e apostou na tarifa de R$ 77,97 o MWh, para levar o leilão em uma tacada só. Essa foi a razão do deságio de 6,02%. A decisão foi tomada por Eletrobras e Chesf, mas contou com a concordância dos demais sócios. Segundo fontes do setor, as empresas privadas não puderam reagir contra a redução da rentabilidade, exigida pelo sócio maior.

Ainda de acordo com fontes, o governo também não queria mais ficar refém das grandes construtoras. Nos últimos meses, o Palácio do Planalto estava se sentindo chantageado pelas empreiteiras. O episódio da desistência da Odebrecht e da Camargo Corrêa de participar do leilão causou irritação, a ponto de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter vindo a público anunciar que a obra sairia de qualquer forma [3]. Também estão na lembrança do governo os conflitos que envolveram as empreiteiras nas licitações das usinas de Jirau e Santo Antonio, no Rio Madeira.

[1] Este termo mostra como o governo fez a intervenção numa disputa que deveria ser na iniciativa privada.

[2] A dificuldade de fazer o leilão mostra que o risco pode ser elevado. O governo não conseguiu garantir um ambiente seguro para o investimento.

[3] Dinheiro do contribuinte.

21 abril 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Por que a bebida é tão cara num restaurante?

A diferença do preço cobrado por uma bebida num restaurante, para seu preço num supermercado, é razoavelmente significativa. Existem algumas razões para isto, entre as quais o custo de estocagem mais elevado do restaurante, a economia de escala existente num supermercado e o custo adicional existente num restaurante com o garçom. Entretanto, existe uma outra razão importante, apontada por John R. Lott Jr., em Freedomnomics (p. 43):

"Além do custo da comida, o preço de uma refeição tem que cobrir o aluguel da mesa. Quanto mais relaxado for o ritmo em que as pessoas desfrutam de uma refeição, mais dinheiro perde um restaurante por não vender refeições adicionais para clientes nessa mesa. Qualquer indivíduo que freqüente restaurantes com regularidade certamente já encontrou garçons que sutilmente tentam apressar seus clientes com pequenas manobras, tais como limpar a mesa antes de todos os clientes terem sequer terminado sua refeição. No negócio de restaurantes, tempo é dinheiro.

O custo da mesa também explica por que certos tipos de bebidas são muito mais caros nos restaurantes do que nas lojas. Os restaurantes cobram preços particularmente elevados por bebidas como café, chá e vinho ou porque as pessoas se demoram por mais tempo quando consomem estes itens ou porque se demoram mais em refeições que os incluem."

20 abril 2010

Rir é o melhor remédio

Num dia lindo e ensolarado, o coelho saiu de sua toca com o notebook e pôs-se a trabalhar, bem concentrado. Pouco depois, passou por ali a raposa e viu aquele suculento coelhinho, tão distraído, que chegou a salivar. No entanto, ela ficou intrigada com a atividade do coelho e aproximou-se, curiosa:
R - Coelhinho, o que você está fazendo aí tão concentrado?
C - Estou redigindo a minha tese de doutorado - disse o coelho sem tirar os olhos do trabalho.
R - Humm .. . e qual é o tema da sua tese?
C - Ah, é uma teoria provando que os coelhos são os verdadeiros predadores naturais de animais como as raposas.
A raposa fica indignada:
R - Ora! Isso é ridículo! Nos é que somos os predadores dos coelhos!
C - Absolutamente! Venha comigo à minha toca que eu mostro a minha prova experimental.
O coelho e a raposa entram na toca. Poucos instantes depois ouvem-se alguns ruídos indecifráveis, alguns poucos grunhidos e depois silêncio. Em seguida o coelho volta, sozinho, e mais uma vez retoma os trabalhos da sua tese, como se nada tivesse acontecido. Meia hora depois passa um lobo. Ao ver o apetitoso coelhinho tão distraído, agradece mentalmente à cadeia alimentar por estar com o seu jantar garantido. No entanto, o lobo também acha muito curioso um coelho trabalhando naquela concentração toda. O lobo então resolve saber do que se trata aquilo tudo, antes de devorar o coelhinho:
L - Olá, jovem coelhinho. O que o faz trabalhar tão arduamente?
C - Minha tese de doutorado, seu lobo. É uma teoria que venho desenvolvendo há algum tempo e que prova que nós, coelhos, somos os grandes predadores naturais de vários animais carnívoros, inclusive dos lobos.
O lobo não se contém e cai na gargalhada com a petulância do coelho.
L - Apetitoso coelhinho! Isto é um despropósito. Nós, os lobos, é que somos os genuínos predadores naturais dos coelhos. Aliás, chega de conversa...
C - Desculpe-me, mas se você quiser eu posso apresentar a minha prova. Você gostaria de me acompanhar à minha toca?
O lobo não consegue acreditar na sua boa sorte. Ambos desaparecem toca adentro. Alguns instantes depois ouvem-se uivos desesperados, ruídos de mastigação e ... silêncio. Mais uma vez o coelho retorna sozinho, impassível, e volta ao trabalho de redação da sua tese, como se nada tivesse acontecido... Dentro da toca do coelho vê-se uma enorme pilha de ossos ensanguentados e pelancas de diversas ex-raposas e, ao lado desta, outra pilha ainda maior de ossos e restos mortais daquilo que um dia foram lobos. Ao centro das duas pilhas de ossos, um enorme LEÃO, satisfeito, bem alimentado e sonolento, a palitar os dentes.

MORAL DA HISTORIA:

- Não importa quão absurdo é o tema de sua tese.
- Não importa se você não tem o mínimo fundamento científico.
- Não importa se os seus experimentos nunca cheguem a provar sua teoria.
- Não importa nem mesmo se suas idéias vão contra o mais óbvio dos conceitos lógicos...
- o que importa é QUEM É O SEU ORIENTADOR...


Enviado por Isabel Henriques (grato)

Teste #265

A gestão da falência da Lehman Brothers é de responsabilidade da Price (PwC). Dividindo o valor cobrado (312 milhões de dólares) pelo número de horas de trabalho, isto significa um valor de:


 

1.000 dólares a hora de trabalho

24.000 dólares a hora de trabalho

100.000 dólares a hora de trabalho


 

Resposta do Anterior: Todas as datas estão corretas. A idéia do fax é de 1843 e foi patenteada. Em 1926, surgiu a idéia da junção entre fax e telefone. O primeiro aparelho foi criado em 1947.

Valor da árvore

Um aspecto inusitado do inédito censo arbóreo do Parque do Ibirapuera é que agora se pode atribuir valor a cada árvore, utilizando como base suas características físicas. Sabe-se, assim, que um autêntico cedro rosa de 18 metros de altura, bem fornido de copa, com caule sadio, folhas "abundantes" e estado geral "vigoroso" vale exatos (1) R$ 21.478,24. Trata-se da árvore mais valiosa, entre todas as 15.026 existentes no parque.

(...) Hoje, sabe-se que as árvores do parque, de 366 espécies diferentes, valem somadas R$ 310 milhões. "E isso porque não levamos em consideração a frequência das árvores (2), se não haveria espécies que ocorrem somente uma vez no parque, por exemplo, e que valeriam sozinhas mais de R$ 1 milhão (3)", contou o pesquisador. "Sem levar em conta essa frequência, o cálculo fica mais verossímil."

Árvores do Ibirapuera valem R$ 310 milhões - Vitor Hugo Brandalise - O Estado de S.Paulo


 

  1. O texto não informa como os valores foram obtidos. A incerteza neste tipo de avaliação leva-nos a duvidar da precisão dos centavos do valor atribuído ao cedro
  2. Também isto não está claro no texto
  3. Os valores são duvidosos em razão da incerteza metodológica deste tipo de avaliação

Arte com fita cassete








Gostou? Mais aqui

Links

Goldman Sachs:

A defesa do GS

A investigação da SEC era material? Necessitava ser divulgada nas notas explicativas? Foi divulgada? Sim, sim e não

Os vencedores e perdedores da acusação do GS

SEC começou investigar em 2008