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06 abril 2010

Links

Airbus é ação de alto risco

Por que o BB é mais rentável que o Itaú e Bradesco? (Faltou comentar dos depósitos judiciais e da conta salário)

Nota Fiscal Eletrônica e Fraude

Um aplicativo que força a produção do escritor

Superfaturamento

Suspeita no caso Aerolíneas-Embraer é reforçada

01/04 – Estado de São Paulo – Marina Guimarães

A Justiça argentina encontrou novos documentos que reforçam a suspeita de superfaturamento no contrato entre a Aerolíneas Argentinas e a Embraer para a compra de 20 aviões E-190. A operação é investigada desde setembro, um mês após a assinatura do contrato, no valor de US$ 698 milhões, financiados pelo BNDES.

A suspeita foi denunciada pelo jornal La Nación. Na segunda-feira, a Aerolíneas recebeu um mandado de busca e apreensão em sua sede, determinado pelo juiz federal Sergio Torres, com base em denúncia anônima enviada a ele e ao jornal.

O autor da denúncia afirma que Manuel Vázquez, principal assessor do ex-secretário de Transportes do governo Cristina Kirchner, Ricardo Jaime, pagou suborno para fechar a operação. Jaime foi afastado do cargo em julho, acusado de atos de corrupção. Na terça-feira, a Justiça o proibiu de sair do país.

Os investigadores encontraram nos computadores dos diretores da Aerolíneas um memorando contra a compra dos aviões Embraer, e que mencionava os possíveis preços alterados.

O ministro de Planejamento, Julio De Vido, negou qualquer irregularidade no contrato. "É impossível algum tipo de suborno em uma operação entre dois países", argumentou. Os documentos apreendidos pela Justiça indicam que o preço dos aviões ficou 10% acima do valor de mercado.

A Secretaria de Transportes informou que "o valor de compra unitário é de US$ 30,5 milhões, e a esse valor somam-se US$ 4,4 milhões referentes a opcionais".

A Embraer distribuiu nota na qual repudia "veementemente especulações" sobre superfaturamento "na condução de seus negócios". A empresa também disse que "não comenta preços e condições comerciais constantes em seus contratos, que são protegidos por cláusulas de confidencialidade". Mas afirmou que os valores do contrato com a Argentina estão dentro do previsto pelo mercado.

Em recente visita a Buenos Aires, o vice-presidente do BNDES, Armando Mariante, disse ao Estado que "a denúncia era completamente improcedente".

No início da polêmica, o então presidente da estatal argentina, o atual ministro de Justiça, Julio Alak, afirmou que "houve forte lobby da Boeing para que fracassasse a operação com a Embraer". Alak prometeu revelar à Justiça o nome "dos operadores informais que tentaram fazer com que a Aerolíneas continuasse a comprar aviões da Boeing".

Segundo o jornal Crítica, um dos nomes da lista é do presidente do sindicato dos pilotos, Jorge Pérez Tamayo.

Até o momento a empresa Embraer não divulgou nenhum fato relevante sobre o assunto. Ou o tema não é relevante ou a empresa pretende adotar a estratégia de ficar calada, para ver se o assunto esfria. Divulgamos anteriormente (aqui e aqui) esta notícia. Nos últimos sete dias a ação da empresa caiu 2,5%, segundo o Guiainvest.

Devedores Duvidosos



Desde janeiro no comando da Serasa Experian, [Ricardo] Loureiro era o responsável pela unidade de negócios pessoa física da empresa [Serasa Experian], até sua promoção. Não por acaso, portanto, ele defende da aprovação, pelo Congresso Nacional, do chamado cadastro positivo, uma alternativa à pratica vigente na concessão de crédito, baseada apenas em informações negativas sobre os indivíduos. " A metodologia atual trabalha apenas com os dados do sistema bancário e não se sabe quanto o cidadão tem de dívidas no comércio e nas empresas de serviço, com o pagamento das contas de luz, água e telefone, por exemplo", diz Loureiro. Com a mudança metodológica trazida pelo cadastro positivo, Loureiro acredita que 26 milhões de brasileiros poderiam ser incluídos no sistema de crédito.

Como derrubar os índices de calote no Brasil - Clayton Netz – Estado de São Paulo – 1º. De Abril de 2010

aqui)


Foto, aqui

05 abril 2010

Transparência

Publiquei anteriormente que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) está evidenciando os salários dos seus servidores. Aqui você pode ter acesso a relação dos funcionários e os seus salários. Alguns servidores ganham acima de vinte mil reais por mês e muitos deles com salários de cinco dígitos.

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #256

O anúncio de empregos na área de contabilidade subiu, nos Estados Unidos, 12% em um ano. As ofertas só perdem para o setor de Saúde, Varejo, Tecnologia da Informação e Serviços Financeiros e Bancários. O número está próximo de:

120 mil ofertas de emprego
15 mil ofertas de emprego
5 mil ofertas de emprego

Resposta: Curitiba. São mais de 2 milhões de funcionários. A população de Curitiba é de 1,8 milhão de habitantes

Links

O problema da contabilidade da Dell e a visita da SEC

A corrupção boa e a corrupção ruim (?)

Sete palavras idiotas do mundo dos negócios (inclui sinergia)

Por que o preço dos trabalhos das empresas de auditoria estão caindo?

Nomear uma celebridade para o board de uma empresa valoriza a ação

Ainda sobre a IFRS

Um artigo muito interessante, de J Edward Ketz (Contrary Opinions on IFRS) apresenta algumas reflexões sobre a adoção das normas internacionais por parte dos Estados Unidos. O texto é uma análise crítica e se posiciona contrário ao uso das normas internacionais por algumas razões interessantes. Logo de início Ketz afirma que:

O leitor deve lembrar que este estudo anterior apenas fornece uma lista de afirmações não comprovadas sobre a contabilidade baseada em princípios, incluindo uma maior comparabilidade para os investidores e redução nos custos de capital para as empresas. Ao invés de apresentar prova, a SEC apenas enumera os artigos de fé.

Este ponto é interessante, já que as afirmações sobre as vantagens da IFRS são frases repetitivas, com baixo nível de cientificidade. É o que Ketz chama de "artigos de fé".

Outro aspecto importante, já debatido anteriormente neste blog, é sobre o financiamento do Iasb. Enquanto a SEC é financiada pelo governo, o financiamento do Iasb é proveniente de doações. (Apenas lembrando, o balanço recente do Iasb mostrou que grande parte das doações são das grandes empresas de auditoria). Ketz, ao lembrar isto, pergunta:

Você acha que talvez, apenas talvez, os doadores querem algo em troca? 

Uma questão apresentada é o efeito da IFRS em outras áreas, fora do domínio da SEC.

IFRS poderia ter efeitos desconhecidos em outras áreas de investimentos, o domínio da SEC. Por exemplo, as demonstrações financeiras são utilizadas pela indústria e os reguladores antitruste e federal e órgãos estaduais de tributação. Será que uma adoção do IFRS ter um efeito perverso das políticas nacionais e estaduais?

Ativos são bens e direitos?

De uma maneira resumida, os professores costumam dizer que ativos são bens e direitos. Entretanto, alguns livros não consideram esta a definição de ativo.

Um ativo deve ser algo que pode produzir riqueza, no futuro, para a entidade. A essência desta definição é proveniente da literatura estadunidense. Recentemente foi incorporada a Estrutura Conceitual Básica do CPC; então podemos dizer que trata de uma definição também aceita na nossa contabilidade.

A questão de ativo não ser bens e direitos é que esta definição é ampla demais. Alguns bens e direitos da entidade não têm nenhuma probabilidade de gerar riqueza e por isto não devem ser considerados como ativo.

Considere o caso de um cheque que a entidade recebeu de terceiro. Após o recebimento, descobriu-se que o cheque é falsificado. Apesar de ser um direito, o cheque não pode ser considerado um ativo, pois não irá produzir riqueza para a empresa no futuro.

Outra situação é um computador existente na empresa. Mesmo sendo um bem, se o computador for defasado e não estiver em uso nas atividades da entidade, ele não pode ser um ativo.

Provavelmente dizer que ativo é um bem e direito, apesar de errôneo, tem sido usado por dois motivos. Primeiro, é uma definição muito mais fácil do que a existente na Estrutura Conceitual Básica do CPC. A segunda razão é que talvez alguns professores não consideram a imprecisão da definição de "bens e direitos" relevante o suficiente para incomodar os seus alunos.

Ações e seu preço

O tema de pesquisa é a mensuração do preço das ações no mercado financeiro nacional. Como questões se investigam qual a influência do terceiro e quarto momento na precificação de ativos, a influência da coassimetria na correlação da proxy IBOV com as ações, a influência da cocurtose na correlação da proxy IBOV com as ações, a influência conjunta da coassimetria e cocurtose na correlação entre a proxy IBOV e as ações, o seu desempenho comparado com o modelo CAPM e o aumento ou não da precisão. No momento da compra ou venda de uma ação se faz necessário verificar se o preço é justo para o mercado, se este está sob ou sub valorizado. O modelo de apreçamento de ativos, CAPM (Capital Asset Price Model) proposto por Sharpe (1964) é o modelo mais comumente utilizado para determinar o valor das ações. Porém, evidências apontam ineficiência nesta mensuração. Estudos em vários mercados estão sendo desenvolvidos para identificar a influência da

assimetria e da curtose neste modelo. No mercado brasileiro, no entanto, não foi identificado nenhum estudo buscando evidenciar esta tendência. Como método de pesquisa desenvolveu-se pesquisas bibliográficas e estudo das séries temporais das ações que compunham o índice Ibovespa em 30 de Maio de 2008, tratadas com o uso de regressões múltiplas tendo como variáveis a volatilidade sistemática, a assimetria sistemática e a curtose sistemática. Como resultados o trabalho permite afirmar conclusivamente que a coassimetria e a cocurtose não melhoram o desempenho do modelo de precificação de ativos.


 

MENSURAÇÃO DO PREÇO DAS AÇÕES NO MERCADO FINANCEIRO NACIONAL - Alexandre Silva de Oliveira e Luis Felipe dias Lopes - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

04 abril 2010

Rir é o melhor remédio




Fonte: aqui

Planejamento tributário

Receita fecha o cerco aos prejuízos fictícios
Planejamento tributário feito por grandes empresas gera perdas contábeis para reduzir pagamento de impostos
04 de abril de 2010 - Adriana Fernandes - O Estado de S.Paulo

A Receita Federal abriu guerra contra o planejamento tributário feito pelas empresas para pagar menos impostos e vem travando disputas nos tribunais sobre a legalidade de uma série de negócios bilionários feitos nos últimos anos, como fusões, aquisições e reorganização societárias.

O Fisco criou duas delegacias especiais de fiscalização de operações de planejamento tributário, em São Paulo e Rio de Janeiro, e vai formar equipes de auditores especiais em todas as 10 superintendências regionais do País. Ao todo, serão cerca de 400 auditores, com apoio do serviço de inteligência da Receita, à caça de operações desse tipo suspeitas de serem irregulares.

Simulação. Levantamento da Receita mostra que, nos últimos cinco anos - período de bom desempenho econômico -, 42% das maiores empresas, responsáveis por cerca de 80% da arrecadação federal, apresentaram prejuízo fiscal. Para a Receita, boa parte desse prejuízo foi formada com base em operações simuladas, construídas com apoio de escritórios de advocacia para diminuir o pagamento do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

A cúpula do Fisco já fez um alerta sobre o risco de queda na arrecadação nos próximos anos, com operações "abusivas" de planejamento tributário depois da crise financeira. É que a legislação permite que "estoques" de prejuízos possam ser compensados sem prazo final de decadência. Ou seja, uma empresa pode acumular vários anos de prejuízo e, depois, quando registrar lucro, abater o valor anualmente até 30% do lucro apurado.

Jurisprudência. Os tributaristas e as empresas se defendem com o argumento de que as operações são feitas com base na legislação. Mas a disputa vem ganhando terreno porque a jurisprudência sobre uma série de operações de planejamento tributário está mudando. Tanto o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), tribunal administrativo ao qual os contribuintes podem recorrer quando são autuados pela fiscalização, quanto a Justiça têm aceitado as atuações do Fisco com base em provas circunstanciais apresentadas pelos auditores para mostrar que o negócio, mesmo formalmente correto, tem lances forjados para reduzir o imposto.

Até pouco tempo atrás, a jurisprudência entendia que, se estivesse de acordo com a lei, a operação estava correta. Agora, mesmo em casos em que a legislação não proíbe a operação, se houver comprovação da simulação da operação, o negócio pode ser considerado irregular.

Colgate Palmolive. Em julgamento recente, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) considerou ilegal operação de planejamento tributário da Indústria de Alimentos Josapar. No Carf também há exemplos de condenação contra operações de planejamento, como da Colgate Palmolive, que emprestou US$ 500 milhões para a Kolynos do Brasil.

Numa típica operação de planejamento ao estilo "Casa e Separa", o Carf julgou procedente a autuação aplicada em cima da empresa Tavares e Filhos Administração e Participações na venda da participação societária da Café Três Corações S/A à empresa Lantella Representações Ltda. Uma autuação do Fisco na Natura Cosméticos, decorrente de lançamento de debêntures, também foi julgada procedente.

"É preciso frisar que existem prejuízos gerados licitamente. Nem todo o planejamento é ilegal. Existem muitas possibilidades de economizar o pagamento de tributos. Mas temos visto muitas operações que não têm nenhuma substância econômica, racional, que são montadas apenas para não pagar os tributos", diz o subsecretário de Fiscalização da Receita, Marcos Neder.

"Antes, o Fisco tentava descaracterizar o que estava formalmente correto. Agora, estamos mais bem preparados. A inteligência fiscal começou a levantar provas que não estão nos livros, nas assembleias, que ajudam a convencer os julgadores administrativos e judiciais de que a operação não tem a menor justificativa econômica", diz Neder.

Provas como acordos paralelos com minoritários, notas explicativas publicadas na imprensa, notícias contraditórias sobre a operação e valores desproporcionais de compra de ações estão sendo rastreados e usados nos julgamentos.

Segundo ele, é uma discussão de alto "nível técnico", pois o modelo de fiscalização que busca apenas omissão de receitas não funciona para as grandes empresas. As operações societárias são realizadas com orientação de profissionais muito preparados.

PARA LEMBRAR

Caso de R$ 4 bi da Petrobrás rachou governo

A compensação de tributos de cerca de R$ 4 bilhões feita pela Petrobrás em 2008 é um polêmico caso de planejamento tributário que dividiu a Receita sobre a validade da operação. Em meio à maior crise da história do Fisco, que resultou na demissão da ex-secretária Lina Maria Vieira, o caso foi parar no Congresso, no ano passado, na Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás.

TIPOS DE PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Casa e separa

Para pagar menos tributos sobre ganho de capital, a empresa que tem um ativo subavaliado se associa outra que quer comprar esse ativo. Meses depois há a separação.

Estoque superfaturado

O estoque se transforma em custo, que pode ser abatido do lucro.

Preços de transferências

A empresa importa produtos superfaturados. Só que a compra é feita de uma empresa coligada no exterior.

A empresa que está lá vai ter uma receita maior e a daqui um custo maior.

Sub-capitalização

Ao invés de subscrever capital, a empresa no exterior faz um empréstimo para o sócio no Brasil. Dessa forma, a empresa tem que pagar os juros do empréstimo (remetido ao exterior), que é custo e acaba não pagando imposto.

Debêntures para sócio

A empresa faz um lançamento de debêntures, mas quem compra o papel são os próprios sócios. As despesas com juros são dedutíveis para a empresa que emite, o que diminui o lucro dela.

Incorporação às avessas

Uma empresa com prejuízo incorpora uma lucrativa. O lucro da incorporada é diluído no
prejuízo da outra.

Turbinando créditos

Grandes empresas fazem uma compensação automática de créditos, por meio de uma
declaração eletrônica enviada à Receita, mas com base em uma interpretação favorável das leis tributárias. Se o Fisco contestar, está criado um litígio que pode durar anos.

Fabricação de ágio

Há vários tipos de operações de fabricação de ágio. Em síntese, uma empresa fabrica um ágio numa operação de fusão e aquisição de outra companhia, que depois pode ser abatido do lucro.

A informação de Estoque e a Economia

Em alguns países, o governo acompanha de perto a informação do estoques das empresas. Assim, a medida do prazo médio de estocagem das empresas é um importante indicador sobre o comportamento da economia como um todo. A razão disto é simples e pode ser ilustrada através de um exemplo numérico.

Considere uma empresa que fabricou num determinado período 100 unidades de mercadoria. No período seguinte, diante de uma redução no número de pedidos e de um comportamento aparentemente adverso da economia, a empresa resolve reduzir o número de unidades produzidas, de cem para vinte unidades. Mas durante o exercício, o volume de vendas foi de 50 unidades, acima do número fabricado. Como se fabricou menos unidades do que foram vendidas, o prazo médio de estocagem reduz.

Para política econômica, no entanto, a decisão de reduzir o número de unidades fabricadas é péssima, pois reduziu a atividade industrial, de cem unidades para vinte unidades. Esta diferença é justamente o que aparece nas estatísticas econômicas sob a forma de produção interna do país. Neste caso, a decisão da empresa irá refletir no PIB de forma negativa.

Entretanto, ao mesmo tempo em que ocorreu uma retração na atividade econômica da empresa, também ocorreu uma redução no prazo de estocagem. Isto significa que no futuro, deverá ocorrer um aumento na quantidade produzida, para repor os estoques que estão sendo vendidos. Admitindo que a empresa tenha como objetivo manter o volume de estocagem inicial, a quantidade produzida no próximo período deverá ser aumentada em trinta unidades, que representa a diferença entre a quantidade produzida (vinte unidades) e o volume de vendas (cinqüenta unidades).

Assim, ao mesmo tempo em que o PIB está sinalizando uma retração na economia, o prazo de estocagem menor indicaria que no futuro a atividade econômica irá aumentar.



Mais sobre o assunto, aqui.

03 abril 2010

Rir é o melhor remédio



Adaptado, daqui

Produtos Verdes e Comportamento


Uma nova pesquisa indica que a exposição a produtos verdes e a compra de produtos verdes tem diferentes efeitos sobre o comportamento. Nina Mazar e Chen-Bo Zhong encontraram que a exposição de produtos verdes resulta em comportamento mais altruísta mais tarde, mas a compra de produtos verdes parece ter um efeito oposto.

Do “Green” products cause bad behavior?

Capitalização

As maiores empresas do mundo, em termos de capitalização

  1. Exxon Mobil = 316,23 bilhões de dólares
  2. Microsoft – 256,86
  3. BHP Billiton – 223,5
  4. Apple – 213,03 bilhões
  5. Wal-Mart – 211,85
  6. Berkshire Hathaway – 200,89
  7. Petrochina – 214,54
  8. Petroleo Brasileiro – 195,22

Fonte: Aqui

02 abril 2010

Confusões

BRASÍLIA - Os medicamentos protegidos por patentes têm uma participação 40% maior nos gastos dos brasileiros com saúde [1] do que os produtos genéricos. Isso é o que revela um estudo realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ao qual o GLOBO teve acesso, mostra reportagem de Martha Beck publicada na edição desta sexta-feira do jornal. Os remédios patenteados são os mais caros do mercado, mas são utilizados no tratamento de doenças importantes [2], como câncer, disfunções pulmonares e cardíacas, e não podem ser copiados por outros laboratórios.

O levantamento da Anvisa mostra que o país tem hoje 96 moléculas protegidas por patentes, sendo a maior parte pertencente a empresas americanas, alemãs e suíças. Desse total, oito estão em medicamentos que fazem parte da lista dos 20 mais vendidos no mercado nacional. Entre eles estão o Glivec (utilizado no tratamento da leucemia) e o Viagra.

Segundo a pesquisa, os gastos da população com genéricos representaram 7,62% do faturamento da indústria brasileira em 2008, o que equivale a R$ 2,05 bilhões. Já os gastos com produtos patenteados corresponderam a 10,47% do faturamento da indústria, ou R$ 2,8 bilhões, 37,9% acima do gasto com genéricos [3]. Os produtos patenteados têm um custo médio de R$ 104,38 por unidade. No caso dos genéricos, esse valor é de apenas R$ 4,60 por unidade [4].

O chefe do núcleo de regulação econômica da Anvisa e autor do estudo, Pedro Bernardo, lembra que 14 das moléculas protegidas tinham prevista a queda da patente entre 2009 e 2010, mas as empresas costumam pedir ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) para prorrogar o incentivo.

Remédio patenteado custa 40% mais do que o genérico

Publicada em 01/04/2010 às 23h50m


 

Fonte: aqui

[1] Observe a frase e compare com o título. O título aparentemente informa uma comparação entre os custos dos medicamentos normais e os genéricos. O texto informa sobre a quantidade que é gasta no total.

[2] Aqui o texto é positivo. O título apresenta o contexto de maneira negativa.

[3] Precisão não é forte do texto: 37,9% foi aproximado para 40%.

[4] A comparação não pode ser feita, pois trata de produtos para fins distintos.

01 abril 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Links

O mercado do livro eletrônico

O Estado Brasileiro e as eleições

A crise muda o modo de ensinar macroeconomia

Globish: a língua universal ou o inglês universal

Caloteiros


O gráfico mostra o número de países que tiveram problemas com a dívida externa (defaults), por períodos de vinte anos. A América Latina foi sempre destaque (negativo) em quase todos os períodos, mas nos últimos vinte anos parece ser uma exceção.

O efeito, a médio prazo, é que os países que tiveram default pagam mais pelos empréstimos, nos anos seguintes, do que países com mesma relação dívida/PIB. Além disto, parece que o default afeta o crescimento econômico. Entretanto, um texto da The Economist (Default Settings) lembra que provavelmente os efeitos são menores do que o esperado. Ou, o mercado tem memória curta.

Uma imagem, três interpretações

Uma imagem vale mais que mil palavras?


Fonte: aqui

Estatais

Economist critica Telebrás
Estado de Sao Paulo - 31 de março de 2010| 19h48|
Por Renato Cruz


Os planos de trazer de volta a Telebrás já repercutem mal fora do País. A revista britânica The Economist (em inglês) traz na sua edição desta semana uma matéria sobre o fortalecimento do discurso estatizante do governo antes das eleições presidenciais.

Sobre a Telebrás, a revista diz:

“Lula criou oito novas estatais. A maioria são empresas pequenas para tarefas específicas, como pesquisa em energia. Uma proposta recente de reviver a Telebrás, a defunta estatal monopolista de telecomunicações, para oferecer serviços de internet em banda larga para os pobres, parece diferente. O setor privado não fornece serviços em áreas rurais e pobres, porque o investimento necessário não seria lucrativo. Isso irrita o governo, que considera o acesso à internet uma questão de ‘cidadania’. Mas, ao invés de subsidiar os consumidores para encorajar as companhias a investir, o governo quer ele próprio entrar no mercado.”

O artigo contrapõe o papel exercido pelos bancos oficiais na crise ao desempenho de instituições privadas, que também foram bem, e ao fracasso de outras estatais. Sobre a Telebrás, a revista ainda destaca:

“A Telebrás e suas subsidiárias regionais eram tão ineficientes que criaram um mercado secundário vigoroso para linhas telefônicas. Em seus 30 anos de existência, elas instalaram 10 milhões de telefones fixos e registraram 1 milhão de telefones móveis. Desde que foram vendidas há 15 anos, o Brasil instalou 40 milhões de telefones fixos e agora tem mais de 174 milhões de celulares.”

A Economist espera que o discurso estatizante seja retórica de campanha, mas vê sinais de que o próprio presidente Lula, “que muitos esperam que continue como o poder por trás do trono se a senhora Rousseff ganhar”, passou a acreditar na necessidade de um Estado mais forte.

Isto importa?

Foi pelo Twitter que Luiza Helena Trajano, presidente da rede de varejo Magazine Luiza, decidiu quebrar o silêncio após a fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante.

"Recebi com tranquilidade a notícia da mais nova fusão do varejo. O mercado vai assistir a muitos movimentos como esse", tuitou a empresária.

E disse mais: "Começamos o ano muito bem. Nossa previsão para 2010 é faturar R$ 5 bilhões, o que manterá o Magazine Luiza em segundo lugar no varejo."

O Magazine Luiza negociou a compra do controle da Insinuante, assim como tentou a compra do Ponto Frio, que acabou sendo adquirida pelo Grupo Pão de Açúcar.

O Magazine Luiza faturou no ano passado R$ 3,8 bilhões, um resultado 18,7% superior ao de 2008. Para atingir a meta deste ano, a empresa terá de crescer mais de 30% ao ano em vendas. Por enquanto, os planos estão sendo realizados.

"Nos primeiros três meses, crescemos 35%. E planejamos mais 30 lojas para São Paulo, em 2010", tuitou a empresária.

Ricardo Eletro e Insinuante também estão prevendo um faturamento de R$ 5 bilhões neste ano. Se mais nenhuma fusão acontecer, vai ganhar a posição quem realmente for eficiente em vendas.

Magazine Luiza não vai perder o segundo lugar, garante Luiza Trajano - Regiane de Oliveira – Valor Econômico


 

Para a gestão financeira da empresa, o que é relevante não é o valor do faturamento, mas a geração de valor. Apesar de o faturamento trazer benefícios indiretos, como poder de negociação com os fornecedores, percebe-se que o torna valioso para o empresário é o "poder" de ser o maior.

31 março 2010

Evidenciação de Salário no Setor Público

O Superior Tribunal de Justiça, STJ, divulgou, no dia de hoje (31 de março de 2010), os salários dos seus funcionários. A evidenciação não associava o nome da pessoa ao salário, mas colocava os valores em cada seção/gabinete do STJ. A abertura dos salários provavelmente resultou de pressões do CNJ.

Entretanto, no período da tarde, a página do STJ saiu do ar. (E até o momento desta postagem continua fora do ar) Provavelmente ocorreu um recuo do STJ na evidenciação, já que os valores apresentados mostravam que o salário médio daquele órgão era razoavelmente elevado em relação aos outros poderes. Além disto, era possível verificar a existência de salários acima do limite legal.

Rir é o melhor remédio


Fonte: New Yorker

Transparência fiscal

Este trabalho se propõe a contribuir com a formulação de mecanismos de pesquisa e análise dos novos padrões de responsabilidade na gestão das contas públicas impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal - LRF (Lei Complementar Nº 101/2000), mediante os instrumentos de transparência fiscal estabelecidos no art. 48 dessa legislação, especificamente sua utilização em meio eletrônico via internet. Aborda-se, dentro dessa perspectiva, o atendimento às exigências de uma nova gestão pública cada vez mais participativa, transparente e com elevado grau de accountability governamental. Para alcançar esse objetivo, procedeu-se, inicialmente, a formulação de um modelo geral de investigação, baseado nas quatro perspectivas em que foi elaborada a LRF e com foco específico no cidadão (Planejamento, Transparência, Responsabilização e Controle Social). Posteriormente, são propostos a aplicação de cinco modelos de investigação que poderão ser usados para o levantamento dos níveis de transparência fiscal eletrônica apresentados nos sites dos

Poderes/Órgãos das três esferas de governo (federal, estadual e municipal). Esse levantamento permitirá evidenciar ao cidadão e à sociedade o grau de aderência do Poder/Órgão à integralidade das exigências legais de transparência fiscal eletrônica.


 

MODELOS DE INVESTIGAÇÃO DOS NÍVEIS DE TRANSPARÊNCIA FISCAL ELETRÔNICA DOS PODERES E ÓRGÃOS GOVERNAMENTAIS - Jorge José Barros de Santana Junior (FACULDADE SANTA CATARINA); Jeronymo José Libonati (UFPE); Marco Tullio de Castro Vasconcelos (UFPE)

Grau de Alavancagem Operacional

O Grau de Alavancagem Operacional (GAO) é um conceito muito usado em contabilidade gerencial, finanças e até mesmo em análise das demonstrações contábeis. Ele possui dois significados aparentemente distintos. O primeiro, mede a variação no lucro em razão de uma variação nas vendas. Assim, se o lucro aumentou 20% para um aumento de 10% nas vendas, dizemos que a alavancagem operacional é de 2.

Outro sentido do GAO é medir a distância que a empresa está do ponto de equilíbrio. Em geral, quanto maior o GAO, mais perto a empresa encontra-se do ponto de equilíbrio. Por este motivo dizemos que o GAO é uma medida de risco operacional.

Na realidade, os dois significados são iguais, pelo menos matematicamente.

Considere que o GAO é uma medida da variação do lucro a uma dada variação das vendas. De outra forma:

GAO = (L1/L0 – 1)/(V1/V0 – 1)

Ou então

GAO = [(L1 – L0)/L0] x [(V0)/(V1 - V0)]

Sendo

L1 = Lucro operacional do período 1

L0 = lucro operacional do período zero

V1 = vendas do período um

V0 = vendas do período zero

O lucro operacional pode ser escrito da seguinte forma:

L1 = P x Q1 – CV x Q1 - CF

Onde P = preço, CV = custo variável e CF = custo fixo

Substituindo na expressão do GAO

GAO = {[(P x Q1 – CV x Q1 – CF) – (P x Q0 – CV x Q0 – CF)]/L0} x [(P x Q0) / (P x Q1 – P x Q0)]

GAO = {[(P x Q1 – CV x Q1 – CF –P x Q0 + CV x Q0 + CF)]/L0} x {(P x Q0) / [P x (Q1 –Q0)]}

GAO = {[(P x Q1 – CV x Q1– P x Q0 + CV x Q0)]/L0} x {(P x Q0) / [P x (Q1 –Q0)]}

GAO = {[(Q1 – Q0) x (P – CV)]/L0} x { Q0 / (Q1 –Q0) }

GAO = (P – CV) x Q0 / L0

Ou seja, o grau de alavancagem corresponde a margem de contribuição unitária (P – CV da fórmula) multiplicado pela quantidade e dividido pelo lucro operacional. Como a margem de contribuição unitária pela quantidade representa a margem de contribuição total, temos que a expressão representa a margem de contribuição total pelo lucro operacional. Quando a empresa está próxima do ponto de equilíbrio, o lucro operacional aproxima-se de zero. Isto aumenta o GAO.

Links

Por que os médicos nos EUA são bem pagos?

Por que as mulheres deixam as engenharias?

Lennar é a próxima Enron?

Por que as ilhas da Indonésia estão desaparecendo?

Quantos zumbis você conhece?

Ilusão de ótica


Na figura, descubra 16 rostos escondidos. Um deles nas nuvens. Do Mighty Optical Illusions

Rio de Janeiro e o Grau de Investimento

S&P concede grau de investimento ao Rio de Janeiro

Rafael Rosas | Valor - 30/03/2010 19:29

RIO - A agência de classificação de risco Standard and Poor's (S & P) concedeu o grau de investimento ao Estado do Rio de Janeiro. A agência elevou a nota de crédito em escala global para "BBB-" e o rating de crédito em escala nacional para "brAAA". A perspectiva para os ratings é estável.

De acordo com a S & P, a legislação brasileira e a "forte gestão que prevalece no Estado nos últimos três anos" levaram a agência a acreditar que o Rio vai manter sua qualidade de crédito no médio prazo.

"O Estado do Rio de Janeiro se mantém apoiado por uma economia forte e diversificada, com um PIB per capita estimado em cerca de 25% acima da média do Brasil. O desenvolvimento dos campos do pré-sal vão continuar dando suporte à economia no médio prazo", diz a S & P.

A agência pondera que, embora tenha caído, a dívida do Rio continua alta, aproximadamente 125% do total da receita de 2009, contra cerca de 200% em 2002.

"Mas a composição reduziu significativamente o risco. Cerca de 95% do débito correspondem a dívida nas mãos do governo central como credor", ressalta a S & P.

Essa dívida contém o que a agência de risco classificou de termos favoráveis para o Estado, como uma taxa de juros fixa, de 6% e a denominação em moeda local. A Agência também lembra que o Rio tem uma baixa dependência das transferências federais, o que dá maior agilidade para solução de "desafios fiscais".

30 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: New Yorker

Teste #255

A Wal-Mart tem faturamento de 400 bilhões de dólares e 8 mil lojas. O número de empregados da empresa corresponde, aproximadamente, a população total da seguinte cidade brasileira:

Curitiba
Natal
São Paulo

Resposta do Anterior: Capa do relatório anual da Westinghouse de 1970: Fonte: aqui

Links

Alíquotas de impostos em diversos anos dos países da OECD

SEC está investigando a existência de outros REPOs (e aqui)

Floyd Norris: Ainda sobre a investigação da SEC

A carta da SEC para as empresas sobre a REPO

600 bilhões é o valor das reclamações contra o Lehman

O preço de um Apple Lisa (1983) compra 43 iPad

Transferência Federal e Corrupção

Transferência federal gera corrupção, diz pesquisa
FERNANDO DANTAS Agencia Estado - 29/3/2010

A corrupção nos municípios brasileiros, que já é alta, sofre um forte impacto para cima quando as transferências federais aumentam. O que sempre foi uma crença intuitiva para muitas pessoas agora foi demonstrado estatisticamente, sendo medido de forma precisa em um trabalho de quatro economistas da Universidade Bocconi, de Milão, incluindo a brasileira Fernanda Brollo.

De acordo com o estudo, chamado de "A Maldição dos Recursos Políticos", um aumento de 10% nas transferências federais para os municípios brasileiros provoca uma alta da incidência de corrupção "em sentido amplo" de 12 pontos porcentuais. Mais especificamente, o porcentual de prefeitos que tiveram pelo menos um caso de corrupção saltaria de 71% para 83%, dentro de uma amostra de 606 gestões municipais aleatoriamente selecionadas para serem fiscalizadas no programa "Fiscalização de Recursos Federais a partir de Sorteios Públicos", da Controladoria-Geral da União (CGU).

O trabalho também mostra que o número de prefeituras com pelo menos um caso de corrupção em sentido estrito (mais grave), que corresponde a 42%, saltaria para 51,1% caso as transferências subissem 10%. Também haveria uma alta de 26% no número médio de casos de corrupção estrita por município. Naquela amostra, há 7,3 casos para cada 10 municípios, e o número subiria para 9,2 para cada 10.

Na definição dos autores, a corrupção em sentido amplo inclui, além das ocorrências mais graves, práticas que podem às vezes ser interpretadas como má gestão, tais como o não cumprimento de todos os requisitos e as etapas de uma licitação ou a incapacidade de comprovação de todas as despesas. A corrupção "estrita", mais grave, é composta por práticas fortemente ilegais de licitação, fraudes, favoritismo e superfaturamento.

Risco de Crédito

O artigo examinou se eventos de default de companhias abertas no Brasil podem ser previstos por um sistema de classificação de risco de crédito baseado em índices econômicofinanceiros. O sistema de classificação desenvolvido utilizou a análise de conglomerados para classificar as empresas em oito classes de risco, das quais sete são destinadas a empresas solventes e uma para empresas insolventes (em default). A variável utilizada para atribuir as classificações de risco às empresas foi a probabilidade de default estimada pelo modelo de risco de crédito desenvolvido por Brito e Assaf Neto (2008). O sistema de classificação de risco atribuiu ratings anuais para as companhias não-financeiras listadas na

BM&FBOVESPA no período entre 1994 e 2006. Com base nesses ratings, foram geradas diversas matrizes de migração de risco anuais e uma consolidada para todo o período analisado. As matrizes de migração geradas evidenciaram a elevação do risco das empresas insolventes previamente ao ano de ocorrência do default. A maior parte dessas empresas foi classificada nas piores classes de risco ou apresentou migrações para ratings inferiores nos

anos que precedem o default. Além disso, as taxas de mortalidade das empresas são crescentes nas classes de risco do sistema. Esses resultados evidenciam que insolvências empresariais podem ser previstas por sistemas de classificação de risco baseados apenas em índices contábeis.


 

SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO DE CRÉDITO: UMA APLICAÇÃO A COMPANHIAS ABERTAS NO BRASIL - Giovani Antonio Silva Brito; Luiz João Corrar; Alexandre Assaf Neto (USP)



Aqui o artigo completo

Normas do Iasb no Brasil

Novas normas contábeis, mais transparência e custos menores

Via Financial Web - por Eduardo Nasajon - 29/03/2010

 

Pudemos observar, nos últimos 20 anos, um grande amadurecimento social, político e econômico em nosso país. Mudanças que começaram nos anos 90, frutos de políticas governamentais acertadas e que tiveram continuidade nos governos posteriores, colocaram o Brasil em uma posição de maior destaque no mundo. Pode-se gostar ou não do conceito da globalização, mas o fato é que atualmente o país está muito mais inserido no universo econômico das nações.

Em contraposição a leis protecionistas, reserva de mercado e outras práticas condenáveis e obsoletas, o Brasil aboliu proibições de importação, diminuiu tarifas e abriu o seu mercado para compra e venda de bens, serviços e tecnologia. Como resultado dessas ações, passou cada vez mais a atrair capital internacional que, ao contrário do passado - quando os recursos que chegavam eram meramente especulativos -, se transformou em novas empresas, novos negócios e maior relevância econômica.

E dentro dessa nova realidade, as práticas contábeis existentes deixaram de atender às novas demandas. O Brasil mais globalizado passou a ter que prestar contas a matrizes estrangeiras [1]. Passamos a ter que demonstrar os números de nossas empresas em um formato que possa ser entendido por outras nações e, dessa forma, conseguirmos atrair mais investimentos. [2]

A lei 11.638, sancionada nos últimos dias de 2007 e que vem sendo implementada ao longo dos últimos dois anos, vem justamente modernizar as demonstrações contábeis e inserir o Brasil em um clube com mais de 100 sócios que aderiram à IFRS (International Financial Reporting Standards) do IASP [3], instituto econômico [4] baseado em Londres.

O objetivo dessas novas medidas contábeis é dar mais transparência, aumentar a produtividade [5], permitir uma comparação das demonstrações financeiras, reduzir ou eliminar o custo de se preparar demonstrações voltadas ao exterior, entre outros benefícios.

O Brasil mudou para melhor e a contabilidade teve que acompanhar essa transformação. É cada vez mais necessário dotar as empresas de ferramentas modernas e práticas que permitam o crescimento, o desenvolvimento e a participação no jogo global. E é sempre bom constatar que algumas medidas estão contribuindo para diminuir o indesejável "Custo Brasil".


 

[1] Esta prestação de contas sempre existiu. Pode ter mudado a complexidade. Nenhuma empresa estrangeira investe num país sem implantar um sistema de controle.

[2] Em termos temporais, isto não procede. A argumentação é que a adoção das normas internacionais melhora a atração pelos investimentos estrangeiros. Mas o grande fluxo de investimentos ocorreu quando as normas não existiam no Brasil.

[3] Do texto original. Iasb seria o correto.

[4] Não classificaria o Iasb de instituto econômico.

[5] Esta é uma argumentação nova referente a vantagem do Iasb.



Via Blog do Jomar

Venda ordenada

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta segunda-feira (29) a intenção de vender de "forma ordenada" sua parte no banco Citigroup até o fim de 2010.

No entanto, o governo americano não revelou um calendário preciso para colocar no mercado os US$ 7,7 bilhões em ações que ainda possui.

"O Tesouro anuncia a intenção de se desfazer da totalidade de seus US$ 7,7 bilhões em ações ordinárias do Citigroup durante o ano de 2010, segundo a situação de mercado", afirma um comunicado o Tesouro.

"O Tesouro planeja colocar as ações ordinárias no mercado por diversos meios, de forma ordenada", completa a nota.

O Estado injetou US$ 45 bilhões no Citigroup no pior momento da crise.

As modalidades exatas da venda não foram divulgadas.

Tesouro anuncia venda ordenada de sua parte no Citi - Brasil Econômico   - Por AFP - 29/03/10 11:14

Salários

Uma pesquisa que será publicada nesta semana, e que calcula os salários dos atletas em libras esterlinas, estima que um jogador médio do Real Madrid ganha 4,23 milhões de libras por anos (€ 4,7 milhões), com uma média semanal de 81.444 libras.

O Barcelona paga em média 4,06 milhões de libras ao ano, com média semanal de 78.231 libras.

Os jogadores do Yankees, no entanto, recebem 4,67 milhões de libras por temporada, ou 89.897 libras por semana.

O terceiro clube de futebol com os salários mais altos é o Chelsea, seguido por seis equipes da NBA, segundo o estudo do site www.sportingintelligence.com.

Entre os times da NBA aparecem os Lakers - em 6º lugar no ranking geral - que paga 3,4 milhões de libras ao ano.

Os salários considerados são dos atletas da equipe principal, sem levar em conta os contratos de patrocínio. Os valores do Yankees têm como base a temporada 2009, enquanto os dos clubes de futebol têm como base o ano de 2008, e os seis times da NBA a temporada 2008-09.

Nick Harris, editor do site e autor do estudo, disse à Reuters que a conta de todos os salários do Yankees superava de longe a soma dos salários das outras equipes da liga americana de beisebol.

Por sua vez, as equipes da NBA têm salários tão altos porque seus elencos são pequenos. "São apenas 12 ou 13 jogadores numa equipe da NBA", explicou. "Uma equipe de futebol americano da NFL tem 60 jogadores na primeira equipe", acrescentou.

"Os resultados serão uma surpresa para todo mundo que acha que a Premier League (inglesa) tem os melhores salários do mundo esportivo, porque está muito longe disso", acrescentou Harris.

Real e Barça pagam maiores salários do futebol mundial - Brasil Econômico  - Por John Mehaffey/Reuters - 29/03/10 15:48

Suborno 2

Embraer nega superfaturamento em venda para Aerolíneas Argentinas
Brasil Econômico - Por AFP
29/03/10 19:25

A Embraer negou nesta segunda-feira (29) que tenha superfaturado a venda de aviões à estatal Aerolíneas Argentinas, rebatendo notícias divulgadas pela imprensa argentina de que teria pago suborno para fechar o negócio, totalizando US$ 700 milhões.

"A Embraer não comenta preços ou condições comerciais que constam em seus contratos, protegidos por cláusulas de confidencialidade", disse a empresa à AFP.

"Embraer repudia veementemente as especulações sobre a ocorrência de superfaturamento em seus negócios".

Nesta segunda-feira, a Justiça argentina realizou uma batida nos escritórios da Aerolíneas Argentinas, com parte da investigação sobre a possível compra superfaturada de 20 aviões da Embraer.

Também hoje, o jornal La Nación informou que a Justiça investiga se um assessor do ex-secretário de Transportes, Ricardo Jaime, está envolvido na distribuição de subornos para promover a transação.

Os aviões da Embraer foram adquiridos como parte do Plano de Renovação da Frota de Aerolíneas Argentinas e Austral, empresas nacionalizadas que pertenciam ao grupo espanhol Marsans.

As primeiras unidades do Embraer 190 serão entregues entre julho e dezembro de 2010, e os demais aparelhos até 2011.


É interessante constatar que não existia, até o dia de ontem, nenhum fato relevante da Embraer no sítio da CVM

Suborno


 

A Justiça da Argentina emitiu nesta segunda-feira (29) uma ordem de busca nos escritórios da companhia aérea estatal Aerolíneas Argentinas por suposto pagamento de suborno na compra de 20 aviões da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em uma operação envolvendo US$ 700 milhões, informou uma fonte oficial.

O procedimento judicial foi feito em meio a uma investigação, depois de reportagem publicada nesta segunda-feira pelo jornal La Nación.

"Nos parece pitoresco o fato de aparecer a nota no jornal (La Nación) e logo em seguida, às três horas, termos a busca" efetuada nas Aerolíneas Argentinas, disse o secretário de Transporte do governo, Juan Pablo Schiavi, que negou a suposta irregularidade.

Schiavi afirmou à agência estatal Télam que "em uma operação entre países, seria impensável qualquer tipo de manobra dolosa como a descrita hoje".

O jornal informa que a Justiça Federal investiga se um assessor do ex-secretário de Transportes, Ricardo Jaime, estaria envolvido em uma suposta divisão de dinheiro para fechar a operação e esclarece que a denúncia surgiu de uma pessoa não identificada.

"Os aviões foram comprados a preço de mercado" e esses valores "são fixados na transação entre as partes", neste caso, com a estatal Embraer, com "US$ 700 milhões por 20 aviões", completou o funcionário.

A primeira das 20 unidades Embraer 190 será entregue em julho de 2010, enquanto outras nove serão entregues este ano. As 11 restantes serão enviadas em 2011.

Essa compra faz parte do Plano de Renovação de Frota iniciado pelas Aerolíneas Argentinas e pela Austral. No total, foram incorporados 12 Boeing 737/700 à frota.

Aerolíneas Argentinas e Austral foram expropriadas do grupo espanhol Marsans por lei do Congresso aprovada em dezembro passado.

As companhias tinham sido vendidas em um processo controverso à espanhola Iberia em 1990, e Marsans as comprou em 2001 pelo preço simbólico de US$ 1, momento em que o erário espanhol fez um aporte de capital de US$ 750 milhões para que as empresas funcionassem.

Aerolíneas Argentinas é investigada por suborno à Embraer - Brasil Econômico   - Por AFP - 29/03/10 14:37

29 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Análise do Setor público

Em análise de balanços é comum fazer uma mescla de índices, que possibilita uma avaliação mais ampla do que ocorre com a empresa. O caso clássico é o índice Dupont.
Este tipo de análise não é encontrado no setor público. Talvez pelo fato de que a análise das informações da contabilidade pública ainda não seja comum na área pública.

Usando índices obtidos na obra Contabilidade Pública, de Lima e Castro, é possível construir um índice de análise para o setor público bastante abrangente.

Para isto vamos definir:

QER = Quociente de Execução da Receita = relação entre receita executada (Re) e receita prevista (Rp). Mostra se existiu excesso de arrecadação, quando maior que a unidade, ou subestimação orçamentária da receita, sendo menor que um.

QEO = Quociente do Equilíbrio Orçamentário = Relação entre despesa fixada (Df) e receita prevista (Rp). Quando menor que um mostra que a lei orçamentária foi aprovada com superávit.

QED = quociente de execução da despesa = relaciona despesa executada (De) e despesa fixada (Df). Se maior que a unidade, existe dotação sem autorização legal.
QRO = quociente do resultado orçamentário = relação ente Receita Executada (Re) e Despesa Executada (De). Se maior que um, ocorreu superávit na execução.

Assim é fácil demonstrar que

QRO=QER/(QED×QEO)

A equação faz a relação entre os índices citados. Para um melhor entendimento, suponha que houve uma previsão de receita de $80 mil e despesas de 75 mil. Na execução, as receitas foram de 90 mil e as despesas foram de 82 mil. Com isto pode-se obter os índices:

QER = 1,125; QEO = 0,9375; QED ≅ 1,093; QRO ≅ 1,098.

Ocorreu uma subestimação da receita pois o QER é maior que um. Com os dados é possível constatar que a receita arrecadada foi 12,5% maior que a receita prevista ($90mil/$80 mil – 1) e que a despesa executada foi 9,3% acima da prevista (82000/75000 – 1). Assim, o erro na estimativa da receita não comprometeu o superávit. Ou de forma alternativa, basta multiplicar o QRO pelo QEO.

[Esta postagem foi adaptada do capítulo Análise das Demonstrações Contábeis, em co-autoria com Fernanda Fernandes Rodrigues)

Teste #254

A figura abaixo diz respeito a contabilidade!! Você saberia dizer qual a relação com a ciência contábil ?


Resposta do Anterior: Amaro Gomes. Fonte: aqui

Nota Fiscal Eletrônica

Uma pequena revolução se desenha no campo da gestão fiscal brasileira desde 2005, quando foram dados os primeiros passos para a criação da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e).

Este ano, mais precisamente o mês de abril, marca a entrada do projeto - que visa a substituir, por documentos eletrônicos, as tradicionais notas fiscais de papel emitidas pelas empresas dos segmentos industrial e atacadista - em uma nova fase, com avanços quantitativos e qualitativos.

De um lado está a massificação do sistema. "Toda a indústria e o comércio atacadista serão integrados ao programa.

A estimativa é de chegar a dezembro com 1 milhão de estabelecimentos cadastrados", diz Vinícius Pimentel de Freitas, coordenador técnico adjunto do Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat), que desenvolve a nota fiscal eletrônica.

Do outro está a inteligência fiscal. Aperfeiçoada para elevar a qualidade da informação prestada pelas empresas contribuintes, uma versão 2.0 do software da nota fiscal eletrônica e será lançada no dia 1º e até o segundo semestre sairá do papel o que está sendo chamado de Nota Fiscal Eletrônica de Segunda Geração (NF-e 2G).

A nova fronteira da nota está situada na sua estrutura, que permite que nela sejam registrados todos os eventos pelos quais passar o documento fiscal até o fim do seu ciclo de vida - o momento em que a mercadoria vendida efetivamente chega até o comprador.

"Uma série de coisas pode acontecer neste caminho", explica Freitas. Mais precisamente, o Encat mapeou cerca de 35 eventos, que vão do registro da passagem da mercadoria por um posto de fiscalização na divisa entre dois estados até o roubo ou a devolução dela.

Tudo estará registrado no documento eletrônico e poderá ser verificado, pela internet, por quem tiver a chave de acesso da nota - equivalente ao número.

Eleva-se, com este mecanismo, a chance de evitar a fraude mais clássica. "Imagine a rede de um fabricante de automóveis que tenha representações em estados diferentes, com ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) diferentes", sugere o diretor da consultoria NF-e do Brasil, Marco Zanini.

Uma fraude comum é que tal empresa, ao vender um automóvel produzido no estado com a alíquota de ICMS maior, fature a mercadoria como se tivesse sido fabricada no estado com o imposto menor.

"Com o controle dos eventos, se quando o comprador informar ao sistema da NF-e o recebimento do automóvel não constar que ele passou pelas divisas estaduais, a nota será cancelada", explica.

Tempo ao tempo

A segunda geração da nota fiscal eletrônica está em testes nos estados autorizadores do documento - como é o caso do Rio Grande do Sul, cujo sistema atende também a outras 12 unidades da federação.

A data da implementação definitiva da NF-e 2G deverá ser determinada pelo Encat em reunião marcada para o próximo dia 8. "É quando faremos uma avaliação da etapa de massificação de abril", afirma Freitas, que também é chefe de Interação Eletrônica da Secretaria da Fazenda gaúcha.

A preocupação das Secretarias da Fazenda estaduais é assegurar que os emissores das notas não tenham problemas ao manusear o sistema.

Inicialmente, os eventos serão registrados na NF-e a partir do códito de barras estampado no Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (Danfe), que é impresso em papel e acompanha as mercadorias no transporte até seu destino.

Possivelmente a partir de 2011, segundo Freitas, as mercadorias poderão contar com etiquetas com a tecnologia RFID, sistema de identificação por radiofrequência. "Aí o controle de eventos funcionará 100%", sugere Zanini.

Inteligência fiscal impede fraudes na nova nota

Mariana Segala   - Brasil Econômico - 28/03/10 07:19

Controle Gerencial de Desempenho

Boa parte da literatura internacional enfatiza que o Uso Diagnóstico, calcado principalmente no orçamento, contribui para gerar comportamentos disfuncionais dos gestores e consequentemente influencia negativamente o desenvolvimento de competências organizacionais, ocorre que na perspectiva da Estratégia estas são a base para explicação de desempenhos diferenciados. Estudos como o de Henri (2006) com empresas canadenses mostrou que o Uso Diagnóstico tem relacionamento negativo com o desenvolvimento de competências, muito embora o estudo de Widener (2007) com empresas norte-americanas tenha apresentado resultado dissonante. O propósito deste estudo foi entender os relacionamentos entre a forma como se usa o Sistema de Controle Gerencial, diagnostica e interativamente, e o desenvolvimento de competências organizacionais e o desempenho nas empresas brasileiras de grande porte. Com base em um survey em 104 empresas com utilização da Modelagem de Equação Estrutural, os resultados indicam que não existem evidências de relacionamento negativo entre o uso diagnóstico e o desenvolvimento de competências organizacionais, também não existem evidências de relacionamento positivo entre competências e desempenho medido pelo ROE. Quando o desempenho foi medido pelo processo de auto-avaliação, o Uso Diagnóstico e o Uso Interativo apresentaram relacionamentos positivos com as competências Orientação para Mercado e Aprendizagem Organizacional e influenciam indiretamente o desempenho. A principal limitação do estudo é que este tem como base a percepção dos profissionais de controladoria e finanças.


 

EFEITOS DO USO DO SISTEMA DE CONTROLE GERENCIAL NO DESEMPENHO - José Carlos Tiomatsu Oyadomari; Diogenes de Souza Bido; Octavio Ribeiro de Medonça Neto; Ricardo Lopes Cardoso - UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

27 março 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui e aqui

Bolha no Mercado Brasileiro

Para bancos suíço e americano, ações, dólar e economia do Brasil estão sobrevalorizados
Publicada em 26/03/2010 às 23h51m
O Globo

RIO, BRASÍLIA e BRUXELAS - Dois grandes bancos internacionais afirmaram na última sexta-feira que há bolhas em formação no Brasil, como mostra matéria de Bruno Villas Bôas e Martha Beck, com agências internacionais, publicada na edição desta sexta-feira, do GLOBO. Para Gerard Cremoux, co-diretor para América Latina do banco de investimentos suíço UBS, a bolha está no mercado de ações, que poderá sofrer uma correção no próximo ano quando as valorizações estourarem.

Já o estrategista Ben Laidler, do americano JPMorgan, disse que a economia do Brasil corre o risco de "superaquecer" e que a moeda do país, o real, está "supervalorizada". Analistas discordam das afirmações de bolha na bolsa e no câmbio, mas concordam que há riscos quanto ao aquecimento da economia, com um ritmo de expansão de 2% ao ano. Mas, segundo eles, o governo e o Banco Central (BC) têm mecanismos para impedir um crescimento maior, com a retirada de incentivos fiscais e o aumento da taxa básica de juros, a Selic.

- O BC deixou claro que vai subir juros, a questão está no tamanho dessa alta, se ela será suficiente ou não - diz Roberto Padovani, do WestLB.

Técnicos da área econômica, por sua vez, discordam da ideia de que a economia está superaquecida. Segundo assessores do ministro da Fazenda, Guido Mantega, a previsão do governo para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) para este ano, de 5,2% - mas que deve ser revista para cima - indica um crescimento sustentável tanto para 2010 quanto para os próximos anos. Segundo o governo, o PIB potencial em 2010 está em torno de 5% e vai subir para algo entre 5% e 5,5% nos próximos anos.

Segundo Alexandre Póvoa, da Modal Asset, a relação entre o preço das ações negociadas na Bovespa e os lucros das empresas - um indicador do descolamento entre a bolsa e fundamentos econômicos - está dentro da média histórica, em 13 vezes. Nos EUA, essa relação está atualmente em 14 vezes, explica. Na época da bolha de 2002, essa relação chegava a 60.

Cremoux, do UBS, disse, na Columbia University, em Nova York, que o aumento de empresas lançando ações mostra que o mercado de ações do Brasil está ficando supercarregado.

- O Brasil parece uma bolha. O mercado espera um bocado de atividade no Brasil este ano. Podemos ver a maior oferta de ações jamais feita. É para ficar

Por que o Lehman é importante para contabilidade?

Introdução

No início do século, a contabilidade passou por uma grave crise de credibilidade nos Estados Unidos. Diversos escândalos mostraram que empresas estavam manipulando as demonstrações contábeis. Entre estas empresas, a Enron tornou-se o símbolo daquela época. Para resolver estes problemas, aprovou-se uma legislação que tentava impedir que estes problemas ocorressem novamente. Esta lei recebeu a denominação de Sarbannes-Oxley, nome dos dois congressistas que elaboraram a lei. Uma das conseqüências dos escândalos contábeis foi a falência da Artur Andersen, uma grande empresa de auditoria, que estava envolvida em alguns dos escândalos contábeis.

Com a nova lei, acreditava-se que as empresas teriam menos incentivos para fraudar as demonstrações contábeis. A crise financeira recente mostrou que isto não era verdade. Entre as empresas que sofreram com a crise, encontra-se o Lehman Brothers.

O Lehman era um banco de investimento tradicional do mercado de capitais dos Estados Unidos. Em setembro de 2008 ele pediu concordata. Foi uma das maiores falências da história daquele país.

Uma investigação divulgada recentemente mostrou que os executivos do Lehman provavelmente estavam manipulando as demonstrações contábeis. Isto talvez seja um sinal de que a legislação Sarbannes-Oxley talvez não tenha resolvido alguns dos problemas que motivaram sua criação.

Como isto afeta a contabilidade?

Dois aspectos são importantes na crise do Lehman em relação à contabilidade. Em primeiro lugar, o papel da auditoria. A pergunta é "onde estava a auditoria que não percebeu as manipulações contábeis?" A empresa de auditoria responsável era a Ernst & Young, uma das maiores empresas do ramo do mundo. Além de não apontar no parecer de auditoria os problemas do Lehman, alguns dos executivos financeiros eram originários da Ernst. Existe uma grande chance da Ernst & Young ser responsabilizada pelo escândalo. Isto significa problemas futuros para empresa.

A segunda questão importante diz respeito à discussão sobre os "itens fora de balanço". Uma das formas de manipulação é fazer transações que retirem das informações contábeis, em especial o balanço, certos itens. As normas abrem esta possibilidade. Entretanto, alguns defendem que não deveria existir exceção: não deveriam existir "itens fora de balanço". Esta discussão talvez não esteja solucionada com os desdobramentos da crise do Lehman.

Como isto é importante para os contadores brasileiros?

Em primeiro lugar, a empresa Ernst & Young atua no mercado brasileiro. Um enfraquecimento da matriz pode trazer conseqüências para as operações brasileiras, como já ocorreu no passado com a Andersen.

Segundo, o caso da Lehman pode ser de argumento para aqueles que defendem as normas internacionais do Iasb. Uma das características das normas contábeis dos EUA é o grande detalhamento de certos itens, o que permite brechas na lei.

Em terceiro lugar, algumas discussões podem ocorrer em razão deste caso, incluindo aqui a comparação entre nosso país e os EUA. Isto inclui rodízio dos auditores, mecanismos de governança corporativa, itens fora de balanço, entre outros aspectos.

26 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Links

O problema da América Latina é a produtividade

SEC está investigando mais Repo 105 (o esquema do Lehman)

Google x China: o problema é o livre comércio

13 propagandas do mal

Explicando didaticamente o Repo 105 (Dica de Alexandre Alcantara)

Ainda a questão da pornografia na SEC: um funcionário com salário de $200 mil está envolvido

O e-mail diz sobre suas finanças

Previsão de Mankiw: a taxa de juros e os impostos irão aumentar nos EUA

Iasb e resumo de notícias relacionadas com as PMEs

25 comerciais horríveis (para divertir)

Revista de negócios Fortune antigas

Ernst & Young

A Ernst & Young começou a auditoria na Lehman Brothers em 1994 e dois dos Diretores Financeiros do Lehman veiram deste auditor externo. Um deles, David Goldfarb, juntou-se a Lehman em 1993 e tornou-se diretor financeiro da empresa em 2000. O outro, Chris O'Meara, juntou-se a Lehman em 1994 e foi o CFO a partir de 2004 a 2007. Foi sob Goldfarb que as políticas contábeis com relação ao "Repo 105" transações foram desenvolvidas.

On Audits and Auditors – John Mason – Seeking Alpha, 25 de março de 2010

Executivos e Remuneração

A lista dos executivos do setor bancário mais bem pagos:

1. John Stumpf, Wells Fargo = $21.3 milhões em caixa e ações

2. Brady Dougan, Credit Suisse = $17.9 milhões em caixa, salário e ações

3. Kenneth I. Chenault, American Express = $17.4 milhões

4. James Dimon, J.P. Morgan = $17 milhões

5. Richard Handler, Jefferies = $12 milhões

6. Richard Fairbank, Capital One Financial = $9.75 milhões

7. Lloyd Blankfein, Goldman Sachs, $9 milhões

8. James Gorman, Morgan Stanley = 9 milhões


 

Fonte: aqui

Atualização do blog

Depois de muito tempo, fiz uma atualização nos sítios que geralmente utilizo para fazer este blog. Tenho acompanhado diariamente mais de 200 sítios e blogs. Alguns possuem mais de cem postagens por dia, como o Seeking Alpha. Isto significa que em alguns dias o Reader (leitor de postagens automático do Google) possui mais de mil postagens, a maioria sem nenhum vínculo com nossos assuntos.

Mais poder a Receita

Projetos polêmicos ampliam poder da Fazenda para cobrar dívida tributária
Publicada em 25/03/2010 às 23h33m
O Globo

Os projetos que ampliam os poderes da Fazenda Nacional na cobrança de dívidas tributárias estão causando polêmica no Congresso Nacional e no meio jurídico. (...)

Os quatro projetos foram enviados ao Congresso pelo Executivo no fim do ano passado, mas só começaram a tramitar este mês numa comissão especial criada na Câmara dos Deputados para tratar da cobrança de dívida ativa. O ponto mais polêmico trata da possibilidade de a Fazenda Nacional penhorar bens de devedores (que posteriormente podem ir a leilão) sem autorização judicial.

Mas há críticas à criação de um Sistema Nacional de Informações Patrimoniais dos Contribuintes, que seria consultado pelos procuradores na hora de selecionar que bens de devedores poderiam ser penhorados. Outro ponto sensível é a possibilidade de os devedores buscarem a PGFN para fazerem acordos.

25 março 2010

Perfil do Bom Professor

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil dos professores de ensino superior, a partir da importância atribuída pelos estudantes de Contabilidade a um conjunto de cinco competências demandadas pelo trabalho docente (didática, relacionamento, exigência, conhecimento teórico e experiência de mercado). Foi realizado um estudo de campo junto a uma amostra de 148 estudantes de cursos de graduação em Contabilidade, em instituições públicas e privadas da cidade de Fortaleza. Os dados são avaliados através de técnicas descritivas e de análise conjunta. Nas análises descritiva e conjunta, verificou-se que a didática foi a competência docente de maior importância, seguida pelo conhecimento teórico. Especificamente por análise conjunta, foram procedidas verificações por categoria de variáveis qualitativas, tendo-se verificado que, apesar de se manter a ordem de importância, os pesos relativos de cada competência variam de acordo com o tipo de instituição, a metade do curso, o sexo, e a condição quanto ao trabalho dos estudantes. Acredita-se que os resultados podem gerar informações relevantes para o planejamento da ação docente tanto de professores quanto de gestores de cursos e de instituições de formação.


 

O PERFIL DO BOM PROFESSOR DE CONTABILIDADE: UMA ANÁLISE A PARTIR DA PERSPECTIVA DE ALUNOS DE CURSOS DE GRADUAÇÃO - Renata Furtado Gradvohl; Francisca Flávia Plutarco Lopes; Francisco José da Costa

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ