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18 março 2010

Decisão de investimento

Este trabalho analisa a relevância da informação contábil ambiental para a tomada de decisão em investimento em uma companhia. Os dados utilizados para a confecção do caso foram obtidos no sítio da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA). A amostra de 32 estudantes foi divida em dois grupos. Cada estudante, atuando como sub-rogado de analista, deveria tomar a sua decisão sob duas condições distintas e independentes entre si: a) o investimento deveria compor a carteira de investimentos do amigo em uma visão em longo prazo; e, b) o investimento deveria compor a carteira de investimentos do amigo, em uma perspectiva de ganho especulativo, portanto, em curto prazo. Os analistas foram municiados de um relatório gerencial e de demonstrações contábeis resumidas para apoio à decisão, devendo indicar o valor a ser alocado à companhia analisada (em longo e curto prazos). Os participantes eram convidados a responder a avaliação pós-decisão, na qual indicariam as informações relevantes para a alocação dos recursos. Os resultados da pesquisa indicam um investimento médio sugerido maior na companhia B, tanto numa perspectiva de curto quanto de logo prazos. Dos 32 participantes do experimento, sete sujeitos (22%) consideraram a informação contábil ambiental altamente relevante para a decisão de investimento. Nenhum participante indicou a informação contábil ambiental como a mais relevante para sua decisão. A informação contábil ambiental foi identificada por três (9%) dos participantes como a segunda mais relevante para sua decisão. Os dados apresentados indicam que a informação contábil ambiental é relevante para a decisão de investimento em uma companhia, na perspectiva de estudantes atuantes como sub-rogados de analistas de mercado.


A RELEVÂNCIA DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL AMBIENTAL PARA A TOMADA DE DECISÃO DE INVESTIMENTO: UM ESTUDO EXPERIMENTAL - Jorge Luiz Alves & José Alonso Borba (UFSC)

Madoff

Dois programadores, Jerome O'Hara e George Perez, foram condenados por desenvolverem e manterem os softwares utilizados por Madoff no esquema fraudulento. Eles afirmaram que sabiam do esquema e podem pegar até 30 anos de prisão.



Fonte: Bloomberg

IPO da OSX

OSX corta preço e volume de ações em revés para Eike - Estado de São Paulo - 18/3/2010

SÃO PAULO - A aposta do bilionário Eike Batista no negócio petrolífero do Brasil sofreu um revés, com a sua construtora de navios OSX reduzindo sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) após investidores mostrarem receio em pagar um preço considerado alto por uma empresa iniciante e ainda sem receita. A OSX, que tem R$ 750 milhões de dívida e que atualmente só tem um navio, reduziu a estimativa do valor total de seu IPO para até R$ 3,31 bilhões. Quando anunciou sua oferta de ações, em 2 de março, a empresa pretendia captar até R$ 9,92 bilhões.

A companhia informou no final da terça-feira, 16, que planeja agora vender ao menos 3,06 milhões de ações ordinárias, contra 5,51 milhões de ações previstas anteriormente no lote inicial. Enquanto isso, o preço estimado para o papel caiu para ao redor de R$ 800, contra faixa estimada antes de R$ 1 mil a R$ 1.333,33. A oferta pode ser acrescida de 1,07 milhão de ações caso haja exercício de lotes adicional e suplementar.

A decisão de reduzir a oferta é um revés para Eike, que figura como a oitava pessoa mais rica do mundo, tendo feito a maior parte de sua fortuna através de IPOs de suas empresas de mineração, energia, logística e petróleo.

"A questão foi certamente o preço", disse um gestor de recursos que desistiu de participar do negócio e que pediu para não ser identificado. "Há um sentimento de nervosismo entre alguns grandes investidores sobre a oferta e isso provavelmente afetou o negócio", acrescentou.

Apesar de um "modelo interessante de negócios", o IPO da OSX na faixa de preço anterior não oferecia aos investidores potencial de ganho por expectativa de valorização das ações, segundo o gestor de fundos da Modal Asset Management Eduardo Roche, no Rio de Janeiro.

Ele considerou o preço alto demais, tendo em vista o fluxo de caixa previsto a partir das vendas de navios e plataformas, locações de navios e serviços de petróleo.

"Eles (OSX) não têm fluxos de caixa e gostamos de comprar fluxos de caixa existentes, não fluxos de caixa futuros", disse Greg Lesko, que ajuda a administrar US$ 750 milhões como chefe de ações da Deltec Asset Management, em Nova York, e que decidiu não participar da oferta de ações da OSX. "Os mercados têm sido razoavelmente bons, mas você esperaria ver um acordo como esse no auge do mercado, não agora."

A OSX, que será listada apenas no Brasil, também adiou a precificação do IPO em um dia, para 18 de março, com o início das negociações de suas ações na Bovespa previsto para a próxima segunda-feira, dia 22.

Na estimativa inicial do tamanho da oferta, de R$ 9,92 bilhões, a operação da OSX poderia se converter no segundo maior IPO da história no Brasil, atrás apenas da oferta gigante do Santander Brasil, de R$ 14,1 bilhões, realizada em outubro do ano passado. Mas agora, considerando o valor de R$ 3,31 bilhões, deverá ficar em sétimo no ranking dos maiores IPOs do país.

"Banqueiros cometem erros"

O Credit Suisse é o coordenador-líder da operação. As unidades de investimento de Bradesco, Itaú Unibanco, BTG Pactual e Morgan Stanley também participam da oferta de ações da OSX. Com os mercados ainda se recuperando da pior crise desde 1930, os coordenadores do IPO pensaram que investidores estariam comprometidos com o negócio, não importando muito o preço, disse Jose Gonzales, executivo do setor financeiro que ajudou a estruturar a venda de bônus da venezuelana PDVSA em 2007, a maior de uma empresa da América Latina até agora.

"Um fundo de pensão ou um hedge fund caem fora e sua oferta pode despencar 30%", afirmou Gonzales por telefone, de Bogotá. "Logo após a crise, com os mercados ainda sensíveis, banqueiros podem cometer erros."

No prospecto da oferta, a OSX disse que planeja usar 89% dos recursos captados para construir plataformas e embarcações para a exploração e produção de petróleo. A maior demanda deve vir da OGX, petrolífera também controlada por Eike. Devido à queda no preço e no volume de ações na oferta, a OSX disse que haverá atrasos nos planos de investimentos.

Eike concordou em comprar US$ 1 bilhão em ações da OSX entre março de 2010 e 2013 para ajudar a financiar os negócios da empresa, caso a OSX não consiga recursos adicionais nos mercados de capitais nesse período.

A OSX procura se beneficiar de um esperado aumento na demanda por plataformas de petróleo e outros itens da indústria por parte não somente da OGX, mas também da Petrobras, em meio aos planos de exploração dos novos recursos petrolíferos em águas ultraprofundas do Brasil.

Com dívida, mas sem lucro

A OSX não possui receita e apresentou prejuízo de R$ 33,4 milhões em 2009, contra perda de R$ 57,7 milhões em 2008. A empresa possui um navio e terrenos onde planeja construir um estaleiro. A companhia espera começar a construir o estaleiro no segundo semestre deste ano, com início da fabricação de embarcações um ano depois.

No mês passado, a OSX concordou em vender uma participação de 10% da sua subsidiária OSX Estaleiros para a sul-coreana Hyundai Heavy Industries, a maior construtora de navios, em troca de transferência de tecnologia e treinamento a seus funcionários. Analistas esperam que 2010 seja um ano bom para a venda de ações no Brasil, à medida que investidores procuram se beneficiar da retomada econômica do país. O PIB brasileiro deve crescer quase 6% neste ano.

Contudo, preocupações sobre a retirada de pacotes de estímulos fiscais ao redor do mundo e juros mais altos podem reduzir a demanda por ações globais. Cinco companhias fizeram IPOs ou ofertas secundárias de ações no Brasil até agora em 2010, movimentando R$ 4,4 bilhões ao todo.

(Por Elzio Barreto e reportagem adicional de Guillermo Parra-Bernal)

Tábua biométrica

Nos seguros, vida média de 82 anos
Janes Rocha, do Rio - Valor Econômico - 18/03/2010

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) e a Fenaprevi, que reúne as seguradoras que operam nos ramos de vida e previdência aberta, anunciam hoje a adoção da primeira tábua biométrica - que calcula a expectativa de vida e mortalidade da população - desenvolvida especialmente para o Brasil. Encomendada ao Departamento de Matemática Aplicada da UFRJ, ela aponta que o brasileiro vive em média 82 anos, mais que os 75 anos estimados pelo IBGE

17 março 2010

Rir é o melhor remédio

Lembram do Mambo 5? Gravado originalmente em 1949, sucesso de Lou Bega em 1999 e agora, uma nova versão, em homenagem ao Lehman: Repo 105

Repo 105

Ladies and gentlemen, this is Repo 105.
One, two, three, four, five
Everybody on the desk so come on let's call
To the European banks and the mighty house of Morgan
Dick Fuld says we gotta get it done
But I really don't wanna
Ring 'em up like I did last week
The market ain't deep and this crap ain't cheap
We do Treasuries, Agencies, our balance sheet gets longer
And as I continue, the smell is getting stronger
So what can I do I really beg you my Lord
To get a five percent haircut, not just a four
Anything shite, it's no good let me dump it
Please send in the trumpet

A little bit of Treasuries out the door
Ring 'em up again and do some more
A little bit of repo'd GSEs
A little less mortgage-backed is what I see
A little bit of ABS is awfully fun
A hundred fifty billion though is way too long
A little bit of repo ain't a scam
A little bit more? Dick Fuld's your man

Repo 105!

Jump up and down and move it all around
Our balance sheet ain't sound
Got one knee on the ground
Sent some stuff to the left
Get some dough from the right
Sell some bonds to the front
Buy 'em back on the side
Try it on once
Then try it on twice
And if the market can't tell
Then you're doing it "right"

Repo 105!

A little bit of Treasuries out the door
Ring 'em up again and do some more
A little bit of repo'd GSEs
A little less mortgage-backed is what I see
A little bit of ABS is awfully fun
A hundred fifty billion though is way too long
A little bit of repo ain't a scam
A little bit more? Dick Fuld's your man

I do it all to
Try to keep us out of a river of poo
We can run and we can hide
But some day we're gonna take a slide

A little bit of Treasuries out the door
Ring 'em up again and do some more
A little bit of repo'd GSEs
A little less mortgage-backed is what I see
A little bit of ABS is awfully fun
A hundred fifty billion though is way too long
A little bit of repo ain't a scam
A little bit more? Dick Fuld's your man

Links

Internet mostra os plágios na propaganda

Muzak e atendimento telefônico (quadrinhos)

A difícil arte de simplificar um texto

Usando o PC enquanto dorme

O trabalho ideal

Os efeitos de um desastre natural dependem da riqueza de um país

Teste #247

Uma das grandes razões para que as empresas patrocinem eventos esportivos diz respeito a mídia espontânea. Assim, em lugar de pagar pelo espaço num televisão ou jornal, o patrocinador beneficia das imagens onde seu patrocinado aparece. Assim, para mensurar o benefício do patrocínio esportivo basta determinar quanto custaria se fosse necessário contratar um espaço publicitário num jornal ou num canal de televisão naquele horário.

Neste final de semana, no pódio do Grande Prêmio de Fórmula 1 do Bahrein, os três pilotos ostentavam a marca Santander, banco espanhol. O banco fez uma estimativa de retorno com a "mídia espontânea" e constatou um valor estimado que corresponde a mais da metade do foi gasto com o patrocínio. Um bom retorno, sem dúvida nenhuma. O valor estimado da "mídia espontânea" foi de:

5 milhões de euros
25 milhões de euros
100 milhões de euros

Resposta do anterior: Chelsea. Fonte aqui

Santander

O balanço do banco Santander apresentou uma surpresa desagradável: um fluxo de caixa das atividades operacionais negativo em 18 bilhões de euros para 2009, versus um fluxo positivo de 15,8 bilhões do ano anterior, positivo. Isto provocou uma redução na liquidez do banco de curto prazo, onde o volume de caixa e equivalente reduziu em 10 bilhões de euros em 2009. O resultado do fluxo operacional não foi o pior para este banco; em 2006 o fluxo foi negativo em 52 bilhões de euros, que somado ao fluxo negativo de 34 bilhões de 2005, resultou num fluxo negativo em dois anos de 86 bilhões de euros.

O problema é que em 2005 e 2006 os bancos espanhóis não eram destaque no noticiário econômico. Além disto, o Financial Times (Cashflow, Spanish banks and ECB support? (Updated & debunked), Izabella Kamiska, 16 de março de 2010) achou que pode existir uma conexão com o Banco Central Europeu. Esta suspeita foi negada pelo Santander.

Lehman


Tudo indica que as acusações de participação da Ernst & Young (E&Y) no colapso do Lehman Brothers deverão abrir um debate mais amplo sobre o que até agora tem sido um dos aspectos menos dissecados da crise financeira - o papel desempenhado pelos auditores. O relatório de Anton Valukas sobre a maior falência na história americana propagou ondas de choque através da fraternidade dos contadores devido a sua pesada crítica dirigida à E&Y, uma das "Quatro Grandes" do setor.

Em especial, a conclusão de que há evidências persuasivas de que a E&Y não cumpriu as normas profissionais abalou a confiança.

As alegações do relatório estão centradas em afirmações de que a E&Y não tomou medidas para questionar ou contestar a não divulgação, por executivos do Lehman, de que recorreram a operações temporárias da ordem de US$ 50 bilhões - não registradas em balanço - conhecidas como Repo 105, que "embelezavam" a situação financeira do banco.

As reclamações contra a E&Y, embora excepcionais, dão munição a um lobby crescente que questiona a intenção dos auditores ao proporcionar aos investidores um retrato verdadeiro sobre a saúde financeira de uma empresa.

Alguns especialistas em contabilidade acreditam que o relatório sobre o Lehman mostra a necessidade de refinar a ideologia por trás das demonstrações financeiras, para que manobras como operações extra-balanço fiquem claras para os investidores. Eles argumentam que o debate precisa ser travado no mais alto nível internacional, inclusive no âmbito da entidade mundial definidora de regras contábeis, o Iasb .

Stephen Haddrill, diretor do Conselho de Informações Financeiras, agência regulamentadora contábil britânica, está entre os que acreditam que "os contadores têm feito fielmente o que lhes é pedido". "Mas temos de nos perguntar se precisamos que, no futuro, contadores e firmas de auditoria façam mais."

Como notaram políticos e agências competentes, as quatro grandes - PwC, KPMG, Deloitte e E&Y -, deram sua chancela positiva a balanços de outros bancos no centro da crise. Ao produzir seus relatórios, elas também faturaram enormes comissões.

A E&Y recebeu US$ 27,8 milhões para auditar o Lehman; a Deloitte ganhou 17 milhões de libras para auditar a RBS e a KPMG faturou US$ 9 milhões para auditar o HBOS, segundo uma investigação parlamentar no Reino Unido.

A PwC recebeu 1,8 milhão de libras referente ao último ano de sua auditoria do Northern Rock. Não há nenhuma sugestão, porém, de que essas firmas não cumpriram os padrões profissionais exigidos nesses casos.

Críticos dizem que a cultura de "ticar no quadradinho" incentivada pela profissão contábil ao longo dos últimos anos - uma técnica que ajuda as empresas a se defender contra ações judiciais -, tem diminuído a sua autoridade. Eles dizem que as acusações contra a E&Y são um caso em questão. A resposta da empresa ao relatório de Valukas é que a falência do Lehman foi resultado de eventos sem precedentes nos mercados.

A firma também continua sustentando estar correta a última auditoria no banco para o ano fiscal findo em 30 de novembro de 2007, afirmando que as demonstrações financeiras foram apresentadas de acordo com princípios contábeis amplamente aceitos (Gaap, em inglês) nos Estados Unidos.

PwC, Deloitte e KPMG recusaram-se a comentar o relatório sobre o Lehman, assim a como agência americana que define as regras contábeis nos EUA. Contabilistas seniores em empresas rivais dizem, reservadamente, que a E&Y provavelmente não respeitou as regras contábeis americanas.

Mas dizem que o cumprimento das regras nem sempre significa apresentar o quadro mais nítido sobre a saúde financeira de uma empresa. A Repo 105 não é "feitiçaria financeira" nova, mas sim a nova versão de um velho truque contábil: "carregamento de canais."

Gestores tradicionalmente tentam "embelezar" a contabilidade em fins de trimestres enchendo canais de distribuição com produtos - registrando uma venda e contabilizando um lucro mesmo que os produtos ainda não tenham sido pedidos. A Repo 105 também é um tipo de operação de fachada. No entanto, diz Partha Mohanram, professor da Columbia Business School, "nesse caso, a intenção é, aparentemente, livrar-se simultaneamente tanto de ativos de má qualidade como de passivos".

Experts em contabilidade não acreditam que as consequências do relatório sobre o Lehman prejudicará a reputação da E&Y a ponto de que corra risco de extinção, embora perdas decorrentes dos custos de ações judiciais possam ser substanciais, assim como os impactos de longo prazo na credibilidade da profissão, particularmente entre as quatro grandes.
Steven Thomas, da Thomas Alexander & Forrester, um advogado com experiência em litígios, acredita que as contínuas revelações estão minando a confiança na profissão "e nos fazem questionar por que temos auditores". "Minha preocupação é que eles estejam se tornando irrelevantes", diz ele.

Relatório faz estrago na imagem dos auditores - Fonte: Valor Econômico (via Vladmir Almeida) - Rachel Sanderson, Financial Times, de Londres - 16/03/2010

Sadia


 

A Sadia esclareceu em comunicado à imprensa, a respeito da reportagem publicada nesta terça-feira (16) na Folha de S.Paulo, que todas as suas operações estão devidamente contabilizadas nas demonstrações financeiras publicadas pela companhia.

A empresa afirma ainda que todos os contratos de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) estão lastreados em exportações efetivamente realizadas e registradas no SISBACEN (na contratação do ACC com banco) e SISCOMEX (registro da exportação e do embarque).

De acordo com a nota, as investigações feitas pela Polícia Civil visavam averiguar operações feitas pela Corretora Lira. "A Sadia não era o foco da investigação", ressaltou o documento.

Apesar disso, a Sadia explica que está colaborando com as investigações e já apresentou à Polícia Federal, na condição de testemunha, a documentação que comprova "a lisura e a licitude das operações praticadas pela empresa com a corretora Lira, entre 2002 e 2005".

"Sobre o fato de a Sadia ter feito em apenas um dia US$ 60 milhões em operações de ACC, não há nada de atípico, dado o enorme volume de exportações da companhia - que, no mesmo período, chegou a ultrapassar US$ 300 milhões num único mês", relatou a empresa.

Operações estão devidamente contabilizadas, esclarece Sadia - Brasil Econômico - 16/03/10 20:09

Sadia 2

O investidor Flavio Fontana Mincaroni foi condenado nesta terça-feira (16) a pagar multa de R$ 500 mil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) por uso de informação privilegiada.

Segundo investigação do órgão regulador, como acionista do bloco de controle da Sadia, ele soube cerca de uma semana antes que a empresa faria uma oferta hostil de aquisição da Perdigão em 16 de julho de 2006.

Ele adquiriu oito mil ações da Perdigão entre 12 e 14 de julho de 2006 e vendeu após a oferta, em 18 e 21 de julho, assim, obteve lucro bruto de R$ 42,7 mil.

A operação foi feita por ele em nome de seu pai (Jorge Alberto Mincaroni), mas o colegiado de diretores da CVM poupou Jorge, porque considerou que Flavio fora o responsável pelo crime por ter autorização formal para a transação e constar no registro da corretora como o responsável pelo negócio.

A decisão aceita recurso ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, o Conselhinho.

Após inúmeras negociações, Sadia e Perdigão só anunciaram fusão em maio de 2009, formando hoje a Brasil Foods.

No mesmo processo, também Christiane Assis, gerente de relações com investidores da Sadia (com a mesma função na atual Brasil Foods), e Osorio Furlan Junior (irmão de Luiz Fernando Furlan) também foram acusados, mas absolvidos por maioria de votos (4 a 1).

Outro processo administrativo da CVM já condenou o ex-diretor financeiro e de relações com investidores da Sadia Luiz Gonzaga Murat Júnior e o ex-conselheiro da empresa Romano Ancelmo Fontana Filho à inabilitação para o exercício de cargos em empresas abertas por cinco anos.

No entanto, os dois ainda respondem a ação penal na 6ª Vara Federal Criminal de São Paulo por uso de informação privilegiada, crime que admite condenação à prisão de um a cinco anos.

Investidor usa privilégios em oferta da Sadia e é multado

Daniel Haidar   (dhaidar@brasileconomico.com.br) - Correspondente do Brasil Econômico no Rio de Janeiro 
16/03/10

Beta contábil

O beta contábil é uma alternativa ao beta tradicionalmente calculado pelo CAPM. Deveria ser uma opção para os casos de empresas que não possuem ação negociada na bolsa de valores. Entretanto, em geral, os testes não são animadores. A seguir, um artigo sobre o beta contábil no Brasil:

O presente estudo apresenta uma abordagem integrada de como as demonstrações financeiras conseguem capturar o grau de risco no nível individual da firma. A intenção é oferecer uma estrutura fundamentada na teoria de finanças que utiliza preceitos essencialmente contábeis para usuários interessados em uma estimativa geral do risco da empresa. Para tanto são testados: (i) a associação entre o beta de mercado e o parâmetro contábil teoricamente construído, denominado beta contábil; (ii) a existência de relações mais ou menos robustas para determinados grupos de companhias. A inovação empírica da pesquisa está em testar as hipóteses sugeridas sob a estrutura de dados em painel, que admite o controle dos efeitos fixos característicos às empresas ao longo do tempo. A amostra é composta pelas empresas negociadas na BOVESPA (Bolsa de Valores de São Paulo) entre os períodos de 1996 a 2007. Os resultados indicam existir relação estatística significante entre todos os betas contábeis testados (construídos a partir dos indicadores: tamanho, crescimento, liquidez, grau de alavancagem operacional, grau de alavancagem financeira, grau de alavancagem total, proporção de pagamento de dividendos e estrutura de capital) quando os dados são testados sob a estrutura em painel. Relação mais fraca é encontrada em corte transversal.

CONSTRUÇÃO EMPÍRICA E ANÁLISE TEÓRICA DO BETA CONTÁBIL - Vinícius Simmer de Lima (Fucape); Hudson Fiorot Ilha (FGV-SP); e Fernando Caio Galdi (Fucape)

Quem tem o ouro




A figura mostra a distribuição da quantidade de ouro no mundo.
Brasil é 47o.

Barco Agência

O barco que funciona como posto de atendimento do Bradesco e circula pela região amazônica, o Voyager III, foi destacado na primeira página do jornal norte-americano The Wall Street Journal.

“Muitos gerentes de banco se inquietam com maus empréstimos ou corridas por depósitos. Luiza Moraes tem que se preocupar com um furo no casco, bandidos e tempestades que afastam os clientes por semanas”, diz o jornal.

A agência fluvial do Bradesco foi inaugurada em dezembro último e vende serviços como poupança e conta-corrente, além de produtos como feijão, frango e outros. Segundo a instituição financeira, ela atende a uma população de 210 mil pessoas, percorrendo cerca de 1.600 quilômetros de Manaus a Tabatinga, passando por 11 cidades e 50 comunidades ribeirinhas. O barco leva sete dias para percorrer o trajeto, pelo Rio Solimões, e o faz duas vezes por mês.

Quando inaugurou o barco, o banco traçou o objetivo de abrir 1.000 contas até junho deste ano. Pesquisa do Ibope feita no final do ano passado mostrou que metade da população brasileira adulta ainda não tem conta bancária.


Barco-agência do Bradesco vai à capa do Wall Street Journal - Sílvio Guedes Crespo - 16/3/2010

16 março 2010

Rir é o melhor remédio




Fonte: aqui e aqui

Correlação espúria

A correlação espúria diz respeito a existência de um vínculo estatístico entre duas variáveis, mas onde não existe nenhuma explicação lógica para tal fenômeno. Em termos mais técnicos, o coeficiente de correlação – medida que mensura a relação existente entre duas variáveis – é elevado, muito embora não seja possível estabelecer uma relação de causa e efeito.

Existem muitos exemplos de correlações espúrias. Entretanto, algumas delas talvez não sejam efetivamente espúrias. Uma delas associa o comportamento do mercado de ações com o tamanho da saias das mulheres. Esta correlação, destaque no livro de Malkiel sobre a irracionalidade dos mercados, é uma das mais clássicas existentes. Entretanto, seria efetivamente espúria? Um ex-aluno apresentou em sala de aula uma explicação interessante para esta relação: as aplicações em ações são investimentos tipicamente de risco, indicando uma confiança na economia. Além disto, a ação é tipicamente um investimento liberal, que nos costumes é refletido por saias menores.

Outra relação interessante refere-se ao consumo de cuecas e crescimento da economia. Existe o consumo de roupas íntimas como aproximação para o comportamento da economia foi proposto pelo ex-presidente do Banco Central dos EUA, Alan Greenspan. Em situações de crise, os homens evitam renovar seu guarda-roupa de cuecas, já que é uma roupa que não "aparece" para o público.

Em outros casos, existe uma explicação bastante razoável para uma pretensa correlação espúria. Existe uma relação entre capa de revista e desempenho de uma empresa. Na realidade, esta relação foi constatada inicialmente nos esportes. Observou-se que os atletas que eram capas nas revistas esportivas tinham um desempenho pior após ser destaque. Quando comento sobre este assunto em sala de aula, digo aos meus alunos que isto se refere ao índice Obina, uma justa homenagem ao artilheiro do Clube Atlético Mineiro. Quando Obina faz quadro gols numa partida torna-se destaque na imprensa esportiva. Mas nos jogos seguintes, o desempenho de Obina volta ao seu normal. Isto é que os estatísticos chamam de "reversão à média". Do mesmo modo, quando uma empresa é destaque na capa de uma revista, provavelmente isto ocorre em razão do desempenho passado. Neste caso, é hora de vender da ação daquela empresa.

Em geral, as correlações espúrias não são consideradas de forma séria pelos pesquisadores. É o caso, por exemplo, da relação entre o preço do ouro e a quantidade de jóias existentes no pescoço de Mr. T. Outros casos mostram que estas correlações podem ser representações de superstições, como as irracionalidades associadas aos números: na China, por exemplo, o número oito é sinal de sorte. Assim, uma empresa que consiga fazer uma associação com este número deverá ter um bom desempenho pela própria crença dos investidores de que o número está associado a uma boa superstição.

Teste #246

A receita tem sido utilizada como uma forma de mensurar a grandeza de um time de futebol. Em geral o Real Madrid tem-se destacado neste posto, com uma receita anual bastante expressiva de 400 milhões de libras. Entretanto, uma grande parte da receita desta equipe é proveniente do marketing e dos direitos da televisão. Considerando somente o que é arrecadado no campo, o maior destaque é um clube inglês:


 

Arsenal

Chelsea

Manchester United


 

Resposta do Anterior: Insure foi vendido por dezesseis milhões de dólares. Sex custou 14 milhões dólares e fund 10 milhões de libras.

Nome

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Links

Ernst Young receberá o tratamento da Andersen?

A Enronização da Lehman

O problema da aceleração da Toyota (e o recall que teve que fazer) pode estar relacionado com a idade

Moody´s confiante nos países e suas dívidas

Número quatro, lucro por ação e manipulação do lucro

Sadia

Documentos que integram o inquérito apontam que a Sadia recorreu a uma operação bancária chamada ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio), que antecipa recursos para quem exporta, sem comprovar que realizou todas as exportações que lastreavam esses contratos. A investigação corre sob segredo de Justiça, mas a Folha obteve cópias de partes dessa documentação.

A suspeita é que a empresa tenha usado os ACCs para tirar ou trazer dólares ao país, conforme a necessidade. A Sadia sustenta no inquérito que as operações foram regulares.

O ACC é muito usado por exportadores porque os juros cobrados podem chegar à metade das taxas habituais, já que tem como garantia o contrato de venda do produto exportado.

Os ACCs investigados são anteriores à crise global que abateu a Sadia em 2008, mas podem fornecer uma explicação adicional para a bancarrota.

Polícia Federal investiga Sadia por suspeita de fraude cambial

Agora a China

As informações da China nunca foram totalmente confiáveis. A notícia a seguir mostra que aquele país pode estar fazendo contabilidade criativa na área pública:


 

PEQUIM - O Ministério das Finanças da China mudou a contabilidade de alguns gastos do governo este ano de forma a permitir que fosse divulgado um planejado déficit do orçamento abaixo do nível simbólico de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), como mostra um exame dos documentos orçamentários, segundo The Wall Street Journal.

 
 

No relatório do orçamento que apresentou no início deste mês, o Ministério das Finanças estimou o déficit total do orçamento para 2010 em 2,8% do PIB, "basicamente o mesmo do ano passado". Uma contabilidade estritamente cash dos gastos do governo, no entanto, elevaria o déficit de 2010 para 3,5% do PIB previsto e reduziria o déficit de 2009 a 2,2% do PIB, segundo cálculos do Journal verificados por três economistas.

 
 

A contabilidade simplesmente move gastos de um ano para outro e, portanto, não significa que a tendência geral das finanças do governo da China seja pior do que a informada. Mas abre dúvidas sobre a transparência e coloca em destaque o desejo do governo chinês de demonstrar finanças públicas fortes num momento em que os mercados globais estão nervosos com os déficits e dívidas oficiais. O Ministério das Finanças da China prometeu manter o déficit do orçamento anual abaixo de 3% do PIB - o mesmo limite que os países da zona do euro deveriam observar.

 
 

A Grécia e outros países europeus usaram por anos uma série de manobras contábeis para atingir a meta. Antes da criação do euro, França, Espanha e Portugal fizeram mudanças em seus orçamentos que permitiram que estes países mantivessem seus déficits abaixo do nível de 3% em 1997. Revisões posteriores mostraram que os déficits naquele ano foram, de fato, superiores a 3% do PIB nos três países.

 
 

Não está claro porque o Ministério das Finanças da China se atém à meta de 3%. A China não tem obrigação de manter seus déficits abaixo deste nível e muitos economistas estrangeiros, na realidade, exortam o governo a ter déficits maiores. A China também não enfrenta pressões dos mercados financeiros globais para manter um aperto nas finanças do governo, uma vez que seu enorme pool de poupança doméstica significa que o pais praticamente não precisa tomar empréstimos no exterior.

 
 

Mas, no passado, o governo da China enfrentou perguntas frequentes de investidores e de seu próprio público sobre se os dados oficiais representam acuradamente o estado da economia que cresce mais rapidamente no mundo. As informações são da Dow Jones.


 

China alterou contabilidade do orçamento para reduzir déficit, diz WSJ - Regina Cardeal, da Agência Estado 

Classificação de risco

A agência de classificação de risco Moody´s, alertou nesta segunda-feira para os crescentes riscos nos países com nota AAA, que incluem a Alemanha, a França, o Reino Unido e os EUA. A análise gerou temores de que os EUA possam ser rebaixados na classificação. (...)

A classificação AAA ajuda os países a obter financiamento mais baratos nos mercados de capitais internacionais. A Moody's disse que há preocupações sobre como os governos estão fazendo para atingir melhores condições econômicas e para implantar políticas fiscais e monetárias expansionistas, agressivamente. (...)

Alerta da Moody´s gera temor de que nota dos EUA seja rebaixada

O Globo – 16/3/2010 - Valor/ Reuters

É muito difícil imaginar que uma agência de rating possa rebaixar uma dívida de um país como os EUA. As agências são muito conservadoras – e por isto são criticadas – na decisão de rebaixar o rating de um título de primeira linha.

Mappin e Mesbla

Na tentativa de rastrear dinheiro supostamente escondido fora do País, a Justiça de São Paulo mandou investigar os movimentos do empresário Ricardo Mansur – ex-dono das falidas Mappin e Mesbla e do banco Crefisul. Na sexta-feira, 12, o juiz Luiz Beethoven Ferreira, responsável pelo processo de falência do Mappin, nomeou um síndico exclusivo para trabalhar na "obtenção de ativos eventualmente desviados, ou malversados", por parte de Mansur, segundo o despacho do juiz.

 
 

As empresas de Mansur faliram há dez anos. Mesmo deixando uma dívida estimada anos atrás entre R$ 2 bilhões e R$ 3 bilhões, e com os bens indisponíveis, o empresário vive hoje numa fartura financeira. Leva uma vida de luxo em Ribeirão Preto (SP) e, em menos de um ano, comprou duas usinas de açúcar e álcool na região de Ribeirão e uma faculdade no Espírito Santo. As dívidas do tempo em que era chamado de "rei do varejo brasileiro", no entanto, continuam penduradas na Justiça.

 
 

"Como ele pode ter feito tudo isso, se o que ele tinha a gente tomou para pagar parte das dívidas trabalhistas? Isso não pode passar despercebido pelo poder público. É acintoso", afirma o juiz Beethoven Ferreira.

 
 

O síndico responsável pela massa falida do Mappin há cerca de dez anos, Alexandre Carmona, continua onde está. Para rastrear eventuais contas ou propriedades que Mansur possa ter ocultado da Justiça, o juiz Beethoven Ferreira nomeou outro profissional – o advogado Afonso Henrique Alves Braga. "É uma outra linha de atuação. O dr. Alves Braga vai perseguir os supostos ativos do falido (Mansur). Ele é especialista nesse tipo de trabalho", afirma o magistrado.

 
 

Até o começo da noite desta segunda, o despacho do juiz nomeando o novo síndico ainda não havia chegado à Promotoria de Falências do Ministério Público de São Paulo, que também acompanha o caso. "É uma medida salutar ter mais uma pessoa para procurar esse suposto dinheiro", afirma o promotor de falências Marco Antonio Marcondes Pereira. "Só é preciso tomar alguns cuidados, para não transformar isso numa atividade de risco. Mas o juiz saberá definir por quanto tempo o novo síndico vai fazer o rastreamento e quanto essa operação vai custar." Procurada pela reportagem, Kátia Mansur Murad, irmã e advogada do empresário, não deu retorno.

 
 

Padrão de Vida

 
 

A suspeita de que Ricardo Mansur possa ter dinheiro fora do País, longe do alcance das autoridades, é antiga entre seus credores. Passou a ser compartilhada pela Justiça em razão dos sinais exteriores de riqueza que o empresário apresenta desde que se mudou para Ribeirão Preto, no ano passado.

 
 

Mesmo formalmente falido e cheio de dívidas, o empresário não baixou seu padrão de vida. Ele e a segunda mulher, Roberta, vivem numa casa alugada no condomínio mais caro da cidade (o aluguel seria de R$ 25 mil por mês) e tornaram-se sócios dos dois clubes mais exclusivos de Ribeirão Preto. Ele continua viajando pelo mundo com todo conforto. No ano passado, quando esteve em Paris e em Nova York, hospedou-se em dois dos hotéis mais luxuosos das cidades. Ele e a mulher passaram as festa de fim de ano em Miami.

 
 

Como a lei não permite que empresários falidos façam negócios até que suas dívidas sejam liquidadas, o nome do empresário não aparece oficialmente nas operações atribuídas a ele. De acordo com investigações particulares contratadas por alguns de seus credores, Mansur teria empresas em nome de laranjas.

 
 

É o que estaria acontecendo agora, com suas últimas aquisições. A Usina Galo Bravo, de Ribeirão Preto, e a Destilaria Pignata, de Sertãozinho, adquiridas por ele de agosto para cá, não estão em nome do empresário. Mas é ele quem negocia com os credores, quem pagou salários atrasados e, no caso da Galo Bravo, apresentou-se à prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Vera (DEM), como novo proprietário da empresa.

 
 

No caso da Faculdade Batista de Vitória (Fabavi), comprada no fim do ano passado, a própria faculdade informou em nota que "o senhor Ricardo Mansur tem vindo semanalmente ao Espírito Santo para acompanhar as realizações e complementar os investimentos no Estado". A Fabavi teria custado cerca de R$ 40 milhões. O preço das usinas nunca foi esclarecido.
Como Mansur pagou? É o que o juiz Beethoven Ferreira diz que pretende descobrir.


 

Justiça vai atrás de bens de Mansur - David Friedlander, de O Estado de S. Paulo – 16/3/2010

15 março 2010

Rir é o melhor remédio


A tira acima mostra um personagem irritado dizendo odiar os liberais e seus lattes. Latte diz respeito a um tipo de café com leite quente. Para nós, brasileiros, Lattes é o sobrenome de um físico conhecido mundialmente. Para nós, da área acadêmica, Lattes está associado ao currículo Lattes, que somos "obrigados" a atualizar regularmente e burocraticamente. "I hate Lattes".

Links

Iasb e Fasb estão estudando o conceito de entidade

Por que a AOL não vende a Bebo: planejamento tributário

Pesquisa da KPMG mostra que os executivos estão indecisos sobre a adoção da IFRS

Sobre a contabilidade criativa da Lehman, com entrevista de Brad Hintz, ex-executivo

Lehman: o sistema todo estava falido

Ernst Young

Aqui um vídeo onde Hillary Hansen, da Ernst Young afirma:

"We audit Lehman Brothers, UNFORTUNATELY."

Política e Reguladores Contábeis

Sobre a crise financeira e as consequencias contábeis, Roger Ehrenberg, em It's Time To End FASB (And Shake Up The SEC), apresenta alguns pontos interessantes para discussão. Ao analisar o relatório sobre a quebra do Lehman ele destaca o papel político dos reguladores:

A SEC é uma organização altamente politizada e o Financial Accounting Standards Board (FASB) é um tipo de organização auto-reguladora que é um fantoche da indústria.


Ehrenberg apresenta algumas sugestões para melhorar o ambiente regulatório,entre as quais destaco a proibição das transações fora de balanço e o arrendamento financeiro.

Teste #245

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

Infiéis

Um estudo entre as contas do sítio AshleyMadison (quase dois milhões) encontrou as profissões onde é mais provável a infidelidade. Entre as mulheres, professoras, donas de casa, enfermeiras, assistentes administrativos e corretoras. Entre os homens, médicos, policiais, advogados, corretores e engenheiros.

Casamento e aversão ao risco

O casamento faz com que as pessoas sejam menos avessas ao risco? Esta coluna defende que este é o caso das mulheres, mas não para os homens. Mas a atitude das mulheres casadas é diferente, no sentido que risco tem caído ao longo do tempo já que a prevalência do casamento na sociedade desapareceu. Para as mulheres que trabalham o casamento não faz diferença.

Responsabilidade do auditor

Lehman Brothers pode ter entrado em colapso há um ano e meio, mas as conseqüências da sua morte criou um potencial de responsabilidade jurídica para a sua antiga empresa de contabilidade, Ernst & Young.

Num relatório de 2.200 páginas, um examinador nomeado pelo tribunal, Anton R. Valukas, sobre o colapso da Lehman, têm muitas críticas para vários agentes envolvidos com o banco de investimento. Mas alguns de suas mais duras palavras são reservadas para a Ernst & Young e as manobras contábeis permitidas.

Sr. Valukas escreve que ele encontrou provas suficientes para suportar pelo menos três reclamações contra a empresa de contabilidade por não olhar mais atentamente para o uso da contabilidade questionável pela Lehman. Lehman usou a tática, conhecida dentro do banco como Repo 105, para esconder $ 50 bilhões de seu balanço para reduzir temporariamente os seus níveis de endividamento. (...)


Auditor Could Face Liability in Lehman Case - MICHAEL J. de la MERCED, 14 de março de 2010

14 março 2010

Pesquisa

Um leitor do blog está solicitando que os leitores respondam uma pesquisa, que irá auxiliar num trabalho final de curso. O link está aqui.

Rir é o melhor remédio























Adaptado daqui

Big Three?

O relatório sobre a quebra do Lehman levou o Financial Times (A future ‘Big Three’?, Paul Murphy) a perguntar: Teremos num futuro somente três grandes empresas de auditoria?

Lehman Brothers

Um relatório divulgado nesta sexta-feira sobre a queda do banco americano Lehman Brothers, considerada um marco do início da crise econômica mundial, diz que executivos da instituição esconderam o real estado das contas do banco antes dele pedir concordata, em setembro de 2008. 

O documento afirma que o banco de investimentos estava insolvente - não conseguia pagar suas dívidas na data do vencimento - por semanas antes de quebrar. 

Ele também acusa os executivos de "manipulação dos relatórios financeiros" e de usar um recurso de contabilidade para esconder as dívidas do Lehman Brothers. 

A empresa de auditoria Ernst & Young, que prestou serviços para a empresa, também foi citada no relatório, sendo acusada de graves erros que levaram ao ocorrido. 

Processo 

O documento de 2,2 mil páginas afirma que há possibilidade de um processo contra os ex-executivos do banco. 

O advogado Anton Valukas, presidente da companhia de advocacia americana que liderou a investigação, afirmou que os credores poderão abrir um processo contra o presidente do Lehman Brothers Dick Fuld e os diretores financeiros do banco Chris O'Meara, Erin Callan e Ian Lowitt, alegando negligência ou não cumprimento de deveres. 

Valukas também afirmou que há provas suficientes de que a Ernst & Young foi negligente e que a companhia poderá ser processada por "incompetência profissional". 

A Ernst & Young respondeu ao relatório afirmando que seu trabalho no Lehman Brothers foi "apresentado de forma clara", de acordo com as regras de auditoria. 

"Nossa última auditoria para a companhia foi para o ano fiscal que terminou em 30 de novembro de 2007. Nossa opinião indicava que as declarações financeiras do Lehman para aquele ano foram apresentadas de forma clara", afirmou a empresa de auditoria em uma declaração. 

'Repo 105' 

A maior parte do relatório, que recolheu provas junto a todos os principais envolvidos no colapso do Lehman Brothers e nas tentativas de resgatar a companhia, traz acusações do uso de um "truque" conhecido como "Repo 105". 

Este é um recurso de contabilidade que, por meio da manipulação de informações sobre ativos, dá a impressão que o nível de endividamento de uma empresa diminuiu. 

O Lehman Brothers teria usado cada vez mais este recurso enquanto seus problemas aumentavam. 

Valukas afirma que o Repo 105 foi usado para "dar a aparência de que o Lehman estava reduzindo sua dívida total" em 2008, quando, na verdade, não estava. 

O relatório estima que o Lehman usou a prática para remover, temporariamente, US$ 50 bilhões em bens de seu relatório financeiro apenas em 2008. 

A instituição começou a usar o Repo 105 já em 2001, mas a prática aumentou "de forma dramática" a partir do fim de 2007, segundo o documento. 

A advogada de Dick Fuld, Patricia Hynes, respondeu ao relatório e afirmou que ele "não sabia o que aquelas transações (o Repo 105) eram". 

"Ele não estruturou ou negociou estas transações", afirmou a advogada. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.


 

Lehman Brothers escondeu dívidas antes de quebrar, diz relatório – Estado de São Paulo – 12/março de 2010

Lehman Brothers 2

NOVA YORK - Comunicados financeiros enganosos e falhas na divulgação de certos detalhes sobre o colapso do Lehman Brothers deram motivo para queixas legais plausíveis contra o ex-executivo-chefe e outros altos executivos do banco de investimento, de acordo com um relatório do investigador da justiça dos EUA Anton Valukas.

 
 

Para o investigador, também há razões plausíveis para queixas legais contra os credores JPMorgan Chase e Citibank, unidade do Citigroup. Esses bancos de investimento fizeram pedidos por colaterais e modificaram acordos com o Lehman que prejudicaram a liquidez da empresa e a levaram à concordata.

 
 

Valukas afirmou ainda que o auditor externo Ernst & Young deveria ser sujeito a um processo "por, entre outras coisas, seu fracasso em questionar e desafiar divulgações impróprias ou inadequadas nos comunicados financeiros".

 
 

Embora os executivos não possam ser legalmente responsabilizados por apostas erradas e pela perda da confiança de seus apoiadores, eles podem ser processados por fracassarem em revelar o que sua avaliação defeituosa provocou no balanço financeiro da companhia. "Há evidências críveis suficientes" para sustentar processos contra o ex-executivo-chefe Richard S. Fuld Jr. e três diretores financeiros - Christopher O'Meara, Erin. M. Callan e Ian T. Lowitt, afirmou o no relatório.

 
 

"As decisões de negócio que levaram o Lehman para a crise de confiança podem ter sido erros, mas a decisão de não revelar os efeitos dessas avaliações dá motivo para queixas contra os altos executivos que supervisionaram e certificaram comunicados financeiros enganosos", disse Valukas. O investigador, no entanto, observou que ele não é quem tomará a decisão final sobre o caso.

 
 

O juiz James M. Peck, da Corte de Falências de Manhattan, deu a ordem para que o relatório fosse revelado em uma audiência hoje. Em janeiro do ano passado, Peck ordenou a nomeação de um investigador para analisar várias questões geradas pelo colapso do Lehman, em setembro de 2008, o maior da história, e os eventos que levaram a esse desfecho. As informações são da Dow Jones. 


 

JPMorgan e Citi podem enfrentar a justiça por colapso do Lehman Brothers - Danielle Chaves 12/3/2010 - Estado de São Paulo

13 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

E-book


O livro eletrônico (E-book) tornou-se uma realidade com o lançamento e consolidação do Kindle, da Amazon. As vantagens são significativas, entre as quais a facilidade de acesso e o custo. Sobre o custo, a discussão diz respeito ao preço justo dos livros que são vendidos.
Quando a Amazon divulgou seu livro eletrônico, a empresa acenou para possibilidade de comercializar os livros a 9,99 dólares, o que corresponde a um preço um pouco acima dos quinze reais. Este valor é um atrativo, já que o leitor brasileiro geralmente incorre num custo elevado do frete.
A lista dos mais vendidos revela que o preço encontra-se acima deste valor, em torno de treze dólares. Entretanto, existem extremos dentro da loja da Amazon. Um grande número de obras é vendido por valores simbólicos (alguns centavos de dólares até dois dólares). Mas outro número de obras possui um preço muito mais salgado, ultrapassando a casa dos cinqüenta dólares.
Algumas editoras não gostaram da idéia de vender suas obras por menos de dez dólares. O argumento, é o que nos interessa, é tipicamente da contabilidade de custos.
Livro Tradicional
Comecemos com um livro tradicional. Metade do valor que você paga por ele fica com as livrarias. As despesas operacionais (impressão, estocagem, distribuição, capa, edição etc) correspondem a US$4 dólares nos Estados Unidos. No Brasil deve ser maior em razão da tiragem da dispersão territorial. Os direitos autorais correspondem a 15% do preço de capa, nos EUA, e a 10%, no Brasil. Calculando uma despesa de marketing de US$1 dólar, tem-se a seguinte estrutura de custos:
Preço – 0,5 x Preço – 4 – 0,15 x Preço – 1 = 0,35 Preço – 4,00
Supondo um livro vendido a $25 tem-se:
Lucro = 0,35 x 25 – 4,00 = 4,75
Este é o valor por exemplar. Sobre este montante é necessário calcular as despesas indiretas da empresa.
Livro Eletrônico
Os custos de distribuição do livro eletrônico são, inicialmente, menores, representando 30% do valor do preço da capa. De igual forma, o custo de marketing também é menor, já que se aproveita das despesas já realizadas com o livro tradicional. A princípio, os valores dos direitos autorais são, percentualmente, maiores; mas como o preço é menor, o valor por produto vendido é menor para o autor. Existe um custo adicional de conversão do livro tradicional num livro eletrônico, mas o valor deve estar em torno de cinqüenta centavos de dólar. A estrutura de custos seria:
Preço – 0,3 x Preço – 0,75 – 0,20 x Preço – 0,50 = 0,5 x Preço – 1,25
Estamos considerando custo de marketing de US$0,75 e direitos autorais de 20%. Se o preço for de treze dólares o lucro será:
Lucro = 13 x 0,5 – 1,25 = 5,25

 

Observe que o lucro seria superior ao livro tradicional, indicando que o livro eletrônico seria um bom negócio para as editoras.
Entretanto esta conclusão deve ser considerada com ressalvas por três razões principais.
Em primeiro lugar, estes cálculos foram realizados considerando que o livro eletrônico seria um subproduto do livro tradicional. A realidade mostrou que o avanço do livro eletrônico pode reduzir o número de exemplares de livros tradicionais vendidos. Assim, alguns custos que hoje estão considerados no livro tradicional devem ser suportados pelo livro eletrônico.
Em segundo lugar, o processo de canibalização poderá fazer com que a estrutura do livro tradicional torne-se muito dispendiosa, sendo necessário existir um subsídio cruzado, do livro eletrônico para o livro tradicional.
Em terceiro lugar, o livro eletrônico pode criar um processo de expectativa de reduzido preço por parte dos compradores. Assim, os clientes provavelmente não desejarão pagar cinqüenta dólares por um livro de custo, mesmo que ele tenha oitocentas páginas, com ilustrações. Isto teria também um efeito sobre o livro tradicional, pressionando por uma redução na margem praticada pelas livrarias e, conseqüentemente, pelas editoras.
Existirá uma pressão no canal de distribuição, das livrarias. Entretanto, se o livro eletrônico tornar-se mais popular, provavelmente as atuais livrarias serão as lojas de discos de hoje.


Os dados deste texto foram baseados livremente no texto de Motoko Rich, Math of Publishing Meets the E-Book, para o New York Times.

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12 março 2010

Rir é o melhor remédio



Fonte: aqui

Planejamento e ciclo de vida

Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil das empresas brasileiras no que se refere à estruturação do processo de planejamento, associado aos estágios do ciclo de vida. O foco está no entendimento de como o processo estruturado de planejamento, que inclui o planejamento estratégico, o orçamento e o controle orçamentário, está sendo utilizado pelas empresas brasileiras nos diversos estágios do ciclo de vida organizacional. Trata-se de uma pesquisa empírica desenvolvida a partir de uma amostra orientada, com 112 empresas. Os métodos de tratamento de dados foram a análise fatorial e a correlação. A justificativa para o estudo está na percepção de que o desenvolvimento de um processo de planejamento estruturado, dentre outras coisas, depende do estágio vivido pela entidade. O estudo conclui que existe correlação entre os estágios do ciclo de vida organizacional e o perfil de formalização de planejamento. Contudo, a inexistência do orçamento tanto no nascimento, quando não se mostra uma prioridade, como no declínio, quando deveria ser entendido como uma alavanca de recuperação, provoca uma reflexão relevante sobre as possibilidades perdidas por uma organização que não prioriza o processo.

ANÁLISE DO PERFIL DE PLANEJAMENTO ASSOCIADO AO CICLO DE VIDA ORGANIZACIONAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS - Fábio Frezatti, Tânia Regina Sordi Relvas, Emanuel R. Junqueira, Artur Roberto do Nascimento - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Os mais vendidos

Os livros mais vendidos do Kindle no item Business & Investing

1. Switch: how to change things when change is hard - Heath & Heath - US$11,99
2. Payback time - Town - US$16,20
3. Stregthsfinder 2.0 - Rath - 13,70
4. The Quants - Patterson - 11,99
5. No One Would Listen - Markopolos - 16,71
6. Too big to fail - Sorkin - 11,99

Observe que o preço médio dos livros é relativamente reduzido.

Jornais eletrônicos brasileiros disponíveis no Kindle

1) O globo
2) Zero Hora
3) A Notícia
4) Pioneiro
5) Diário Catarinense
6) Jornal de Santa Catarina

Terceirização

Por que tantas empresas estão terceirizando os serviços gerais?

(...) Uma explicação possível é sugerida por estudos segundo os quais empregados que executam a mesma tarefa ganham mais se trabalharem para empregadores mais prósperos. Uma emprega economicamente próspera pode ser considerada injusta se contratar empregados para serviços gerais pelo salário-mínimo e com benefícios reduzidos. Mas os mesmos empregados podem estar dispostos a aceitar um emprego nesses mesmos termos em uma emprega cujas circunstâncias econômicas sejam relativamente modestas. Dessa forma, um salário baixo pode parecer justo se for pago por uma pequena empresa independente, mas extremamente injusto se for pago pela IBM ou pela Google.


FRANK, Robert. O naturalista da economia. p. 202

Receita Federal

Receita inicia megaoperação de fiscalização a grandes contribuintes

Renata Veríssimo, da Agência Estado - 12/3/2010

BRASÍLIA - No momento em que os contribuintes estão preparando sua declaração do imposto de renda, a Receita Federal iniciou, em março, uma megaoperação de fiscalização de pessoas físicas grandes contribuintes. O objetivo é atingir oito mil pessoas até o final do ano, o que deve gerar uma arrecadação entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. Segundo o subsecretário de Fiscalização, Marcos Vinícius Neder, nos meses de março e abril, dois mil contribuintes já devem ser notificados. Até ontem, a Receita já tinha emitido 680 notificações.

A operação, que está sendo chamada de Quebra-Cabeça, vai cruzar várias informações dos contribuintes nos últimos cinco anos. Um dos focos será executivos das empresas, que recebem salários por meio do Fundo de Previdência Privada. Segundo a Receita, para burlar o pagamento do imposto de renda, grande parte do salário é depositada no fundo pela empresa e, depois, sacada pelo executivo. Isso faz com que a pessoa física não seja tributada na alíquota de 27,5% do Imposto de Renda e reduz a contribuição do INSS. O subsecretário disse que é nesse grupo que deve ocorrer o maior volume de arrecadação dessa operação.

A Receita também investigará aplicadores em bolsas de valores que não recolheram imposto referente ao ganho de capital. "Muita gente ganhou dinheiro na bolsa nos últimos anos e esqueceu do fisco", disse Neder. Segundo ele, embora a Receita já fiscalize ganhos em renda variável, este ano, o órgão tem novos instrumentos que permitirão investigar um maior número de pessoas que operam em bolsa.

Também serão alvo da operação cotistas de fundos de investimentos pequenos. Neder explicou que a Receita vem percebendo que fundos pequenos, com duas ou três pessoas físicas vinculadas entre si, fazem movimentação de um fundo para o outro, sem passar pela movimentação financeira e não declaram esses rendimentos. Ele destacou, no entanto, que dos 27.500 fundos de investimento que existem no país só cerca de 1% é formado por pessoas com ligações entre si.

A operação de fiscalização também investigará profissionais liberais, pessoas com gastos em cartão de crédito acima dos rendimentos declarados à Receita, contribuintes com atividade rural, aqueles com acréscimo patrimonial incompatível com os rendimentos declarados à Receita, e contribuintes que venderam imóveis e não pagaram imposto de renda devido sobre ganho de capital.

O subsecretário disse que o objetivo desta operação, neste momento, é marcar presença e alertar o contribuinte que está fazendo a declaração do imposto de renda deste ano de que a Receita está atuando.

Ele informou que, nas operações anteriores, a média arrecadada por auto de infração foi de R$ 350 mil por contribuinte. Ele orientou que aquelas pessoas que quiserem retificar suas declarações, por estarem suspeitando que podem ser alvo da fiscalização, devem fazer antes de serem notificadas. Após o recebimento da notificação, se ficar provado que houve sonegação, o contribuinte pode receber multa de 75% ou de 150% se ficar provado que houve a intenção de sonegar.

Neder anunciou também que, em abril, a Receita Federal inicia uma ação de fiscalização nos escritórios de contabilidade que prometem reduzir o pagamento do imposto de renda ou aumentar a restituição do contribuinte. Ele não quis divulgar o número de escritórios que serão fiscalizados. Mas ele disse que, no ano passado, a fiscalização em apenas um escritório gerou multa qualificada, ou seja, de 150%, para mais de 1.500 contribuintes no valor médio de R$ 300 mil por pessoa.

11 março 2010