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09 março 2010

Certificado digital

Certificado digital gira R$ 3 bi e gera queixas
Folha de São Paulo - 9/3/2010

FÁTIMA FERNANDES & CLAUDIA ROLLI

O uso cada vez maior da internet como meio para as empresas transmitirem informações contábeis e fiscais e prestarem contas ao fisco impulsionou o mercado de certificação digital, estimado em cerca de R$ 3 bilhões neste ano.

O certificado digital é um documento eletrônico, com validade jurídica, que funciona como uma carteira de identidade virtual das empresas.

Permite realizar operações eletrônicas com mais segurança porque utiliza procedimentos lógicos e matemáticos complexos que asseguram a confiabilidade das informações.

Nove empresas -sete do setor público e duas do privado- estão autorizadas pelo ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), autarquia criada em 2001 e ligada à Casa Civil da Presidência da República, a conceder o certificado digital.

Na prática, porém, Certisign e Serasa Experian dominam esse negócio no setor privado. Cada uma delas credenciou outras empresas e entidades, como sindicatos e federações, e montou uma rede para fornecer a certificação digital pelo país.

Esse novo mercado é semelhante ao do cartão de crédito. As bandeiras dos cartões, como Visa e MasterCard, corresponderiam às nove empresas certificadoras, credenciadas pelo governo federal para conceder a certificação digital. E os bancos que oferecem os cartões aos clientes corresponderiam às entidades que firmam parcerias com as certificadoras.

O que fará o mercado crescer 50% neste ano em relação ao ano passado, segundo estimativa do ITI, da Certisign e da Serasa Experian, é o fato de a Receita Federal ter obrigado mais empresas, a partir deste ano, a ter certificação digital para prestar contas ao fisco. Hoje, só estão livres dessa obrigação as empresas que pagam impostos pelo Simples Nacional.

"A tendência é que cada vez mais pessoas físicas e jurídicas tenham CPF e CNPJ virtuais", afirma Márcio Nunes, diretor de desenvolvimento e produto da Certisign, que estima deter 60% do mercado.

"O Brasil passa por uma revolução virtual, está transformando todo o seu sistema contábil e fiscal em digital. E a ferramenta para isso é a certificação digital", afirma Helder Moreira, da Serasa Experian.

O certificado digital ainda é algo novo -e desconhecido- para muitas empresas. Escritórios de contabilidade informam que clientes estão enfrentando dificuldades para obter a carteira de identidade virtual. Reclamam que o agendamento por meio da internet é demorado, que os preços são elevados e que o serviço deveria ser subsidiado pelo governo.

O e-CPF (versão eletrônica do CPF de pessoas físicas) custa a partir de R$ 110. O e-CNPJ (para empresas), R$ 165. A renovação do certificado digital, que pode ter validade de um e de três anos, também é pago.

Esses preços são das versões mais simples e não incluem cartões com chip, leitoras ópticas e uma espécie de pendrive que permitem ao usuário portar o certificado digital e acessar informações e documentos de qualquer computador.

Para atender o empresário em seu local de trabalho, as empresas cobram ainda taxas de cerca de R$ 300. Pacotes que incluem outros serviços -como implementação da nota fiscal eletrônica- chegam a custar até R$ 2.000.

"Defendemos que a certificação digital deva ser subsidiada pelo governo. Quando o projeto nasceu, o certificado digital era para ser gratuito", diz José Maria Chapina Alcazar, presidente do Sescon-SP, sindicato que reúne empresas de contabilidade e de assessoria empresarial.

Renato Martini, diretor-presidente do ITI, diz que os preços do certificado digital são "baixos" considerando as vantagens com a troca do papel pelo documento eletrônico.

Certificado digital

Contadores suspeitam de preço combinado; empresas negam
Folha de São Paulo - 9/3/2010

Escritórios e assessorias de contabilidade suspeitam de combinação de preços em serviços oferecidos pelas empresas que atuam no mercado de certificação digital e criticam o fato de apenas a Serasa Experian e a Certisign comandarem o negócio no setor privado.

Os preços dos serviços considerados básicos -caso do e-CPF (versão eletrônica do CPF de pessoas físicas) e do e-CNPJ (pessoas jurídicas)- são iguais para certificados digitais com validade de um ano e têm diferença de R$ 5 nos produtos com validade de três anos.

"O contribuinte está praticamente nas mãos de duas empresas privadas. Não há concorrência de preços, o que é ruim para os clientes. Quando existem mais empresas, há disputa e oferta de preços. Hoje, a diferença está na forma de atender o cliente", diz Fernando Oberle, sócio da Oberle Assessoria Empresarial, que presta serviço para 195 empresas.

"As empresas informam que há pouca diferença nos preços dos produtos oferecidos pelas certificadoras", afirma a contadora Cristiane Barbosa Pires, que trabalha para 25 clientes.

Nos sites da Certisign e da Serasa Experian o e-CPF, na versão mais simples (com validade de um ano), é vendido por R$ 110. O e-CNPJ, também na modalidade mais simples, custa R$ 165 na Certisign e R$ 170 na Serasa Experian.

O prazo dado pela Receita Federal para que as empresas prestem contas usando a certificação -a partir deste semestre- provocou uma corrida em busca do serviço, o que pode resultar em elevação de preços e demora para tirar o e-CPF e o e-CNPJ, segundo contadores.

"As empresas têm prazo até maio para tirar o certificado digital. Agora, todos os escritórios de contabilidade do país estão correndo atrás desse serviço, que deveria ser mais descentralizado", diz Fernando Vieira Geromel, sócio da Confirmy Contabilidade Auditoria, que atende 70 clientes.

No setor público, há sete empresas que atuam com a certificação digital, mas atendem mercados específicos -caso da Caixa e da Casa da Moeda. "Para uma empresa entrar nesse negócio, são necessários R$ 20 milhões para criar a infraestrutura, além de pagar taxas de inscrição no ITI. Não há licitação, mas as empresas têm de se credenciar e cumprir normas técnicas. Por isso, o número de empresas que atuarão no setor privado não deve se expandir", diz Renato Martini, diretor-presidente do ITI (Instituto Nacional de Tecnologia da Informação), que regula o setor.

As próprias empresas reconhecem que os preços são semelhantes, mas explicam que isso se deve ao fato de os custos também serem similares.

"Cada empresa estabelece o seu preço. Alguns produtos têm diferenças maiores e outros menores", diz Helder Moreira, da Serasa Experian. "Os produtos têm um custo calculado a partir de gastos com treinamento, tecnologia, auditorias", diz Márcio Nunes, da Certisign.

A tendência, segundo dizem, é que, com a ampliação desse mercado, ocorra uma queda de preços porque haverá maior ganho de escala em produtos e serviços oferecidos.

Remuneração 2

Executivos alegam surpresa e tentam impedir divulgação
Por Nelson Niero e Graziella Valenti, de São Paulo - Valor Econômico - 8/3/2010

Apesar de ter sido discutida em audiência pública, a obrigatoriedade divulgação da remuneração da diretoria e dos conselhos das companhias de capital aberto acabou sendo uma surpresa para os executivos.

"Achei que era só um balão de ensaio", disse Keyler Carvalho Rocha, vice-presidente do conselho do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP). "A privacidade das pessoas está sendo violada."

A exigência faz parte de um pacote de medidas aprovadas no ano passado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado de capitais, com o objetivo de aumentar as informações prestadas pelas companhias aos investidores. Para Rocha, a autarquia foi "cabeça-dura" ao levar adiante essa questão.

A Instrução 480, da CVM, que entrou em vigor neste ano, pede a divulgação das políticas de remuneração e a abertura dos valores máximo, médio e mínimo pagos por órgão de gestão (diretoria e conselhos) - o que na prática significa divulgar o quanto ganha o executivo-chefe.

O regulador também determinou, com a Instrução 481, que esse detalhamento conste da proposta da diretoria para a assembleia geral ordinária, com objetivo de estimular o debater desse tema pelos acionistas.

Até o ano passado, as companhias divulgavam apenas o orçamento global da remuneração. Não havia como saber se o montante divulgado incluía bônus ou continha apenas os salários fixos, nem quantos diretores dividiam o bolo ou se o valor também considerava conselhos e comitês.

Na semana passada, o Ibef-Rio conseguiu uma liminar que desobriga seus associados do cumprimento da regra. Segundo José Roberto Castro Neves, advogado do Ibef-Rio, a exigência agride o direito a privacidade dos executivos. A CVM deve recorrer.

O Ibef-SP, com cerca de 800 associados, também é contrário à regra da CVM, mas não vai seguir o mesmo caminho da secional fluminense. "Não vamos à Justiça", disse Rocha. A posição foi tomada depois de uma consulta aos associados, feita antes de a liminar ter sido concedida ao Ibef-Rio. A decisão, no entanto, pode ser revista, disse Rocha, se houver movimentação dos sócios nesse sentido.

A diferença de postura entre as duas secionais do Ibef - as mais representativas da entidade - seria por conta do maior "conservadorismo" dos paulistas no que se refere à contestação de atos regulatórios, comentou uma pessoa que acompanhou a discussão do assunto. Uma outra fonte afirmou que não houve consenso de que as vias judiciais seriam as mais adequadas.

Embora também exista preocupação com as consequências da divulgação dos salários, alguns executivos paulistas ficaram temerosos com a mensagem que o apoio a um embate judicial pela não abertura dos dados poderia causar na imagem de governança da companhia. Alguns consideraram também que a manifestação foi tardia, já que o Ibef não participou da consulta pública da norma, e por isso seria uma "causa perdida".

As solicitações de extensão de prazo para cumprimento da norma feitas à CVM pela Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) são outro sinal de que as empresas não haviam se preparado para essa nova realidade.

Em dezembro de 2008, quando lançou a consulta pública, a CVM declarou sua intenção de exigir a abertura dos salários individualmente, junto com separação entre ganhos fixos, variáveis e planos de opção, além da política por trás desses pagamentos. Na época, o próprio regulador pediu especial atenção e contribuições para esse tema na audiência, dada a mudança significativa que representaria, inclusive, culturalmente.

Não foram raros comentários de que a autarquia estava "subindo a régua" alto demais na consulta, para poder conseguir algo mais na reformulação da instrução.

A consulta pública referia-se a toda a Instrução 480, que criou o Formulário de Referência, documento que substitui o Informativo Anual (IAN). O debate ficou aberto por três meses. Em outubro, o regulador levou a público a versão final do documento que passaria a ser exigido, já neste ano. Essa nova audiência já não tinha por objetivo a discussão do conteúdo. A função principal era evitar eventuais incorreções.

Alguns executivos ressaltam que o dado não tem relevância para a análise do acionista e que não existia esse tipo de questionamento no Brasil. Mas há quem argumente que o debate não existia porque era um tema considerado tabu dentro das empresas.

Remuneração 1

Risco salarial

Por Fernando Torres, de São Paulo - Valor Econômico - 8/3/2010

Ninguém duvida que a segurança pública seja um problema no Brasil e que a divulgação de altos salários expõe os executivos a riscos. Mas embora se dividam quanto à pertinência da nova regra da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que exige essa abertura, especialistas em remuneração garantem que a preocupação das companhias abertas em não querer divulgar quanto ganham seus administradores vai muito além disso.

Perda de competitividade em relação às rivais de capital fechado, mal-estar na diretoria e com o chão de fábrica e o risco de uma inflação de salários são questões cruciais que levam as companhias a tratar com extremo cuidado um tema tão delicado.

Felipe Rebelli, líder na América Latina da área de talentos e recompensas da Towers Watson, empresa especializada na área, diz que as companhias abertas ficarão em desvantagem em relação às fechadas neste quesito e que os executivos podem exigir um prêmio pela exposição da sua remuneração. "Uma empresa que não tenha uma política de remuneração tão competitiva pode ter problemas para reter seus executivos", afirma.

Ainda segundo Rebelli, a experiência nos Estados Unidos mostra que sempre que houve avanços na legislação sobre abertura da remuneração, ocorreram aumentos salariais acima do padrão nos anos seguintes.

Segundo uma especialista em remuneração com mais de 20 anos de experiência em companhias abertas que pediu para não ser identificada, a divulgação de salários tem um potencial grande para causar mal-estar dentro da empresa. Para ela, pode ser humilhante para um operário saber o salário de um diretor, até porque esse funcionário, mesmo no chão de fábrica, às vezes também tem curso superior, embora não tenha tido tanto sucesso.

Os sindicatos também poderão usar essa informação em caso de demissões coletivas.

Há risco de problemas também, segundo a especialista, dentro da própria diretoria, quando um executivo perceber que ganha muito menos que seu colega. Essas diferenças podem ocorrer, diz ela, por conta das áreas sob a responsabilidade de cada um.

Já para Sara Behmer, professora da Brazilian Business School na área de recursos humanos, o principal problema é mesmo a segurança. "Entre alguém imaginar quanto ganha um executivo e ter certeza tem uma grande diferença", afirma.

De qualquer forma, a existência de outros argumentos - além da segurança - para justificar o sigilo dos salários encontra respaldo em uma análise consensual dos especialistas ouvidos, de que a divulgação do salário médio dos executivos já é suficiente para expô-los a risco.

A principal argumentação daqueles que são contrários à divulgação exigida pela CVM está centrada na obrigação de se revelar a remuneração máxima, média e mínima dentro da diretoria e do conselho e o impacto que isso teria na segurança dos executivos.

Ocorre que, com a divulgação da remuneração global e do número de membros de cada órgão, já é possível saber a média. E entre as empresas abertas que divulgaram essas informações até agora, na maior parte dos casos esse valor está na casa de sete dígitos ou bem próximo disso.

Há ainda o argumento citado pela presidente da CVM, Maria Helena Santana, de que as pessoas cujas remunerações serão divulgadas já dão sinais externos de riqueza pelo cargo que ocupam, pela casa onde moram ou pelo carro que dirigem.

O Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças regional Rio (Ibef-Rio) obteve uma liminar na Justiça para livrar seus associados da obrigação de divulgar a remuneração máxima, média e mínima da diretoria e dos conselhos. A fabricante de cigarros Souza Cruz foi a primeira e única companhia a usar a liminar até agora.

A Light, que poderia ter usado a prerrogativa na sexta-feira, optou por divulgar suas informações conforme requerido pela norma da CVM. Questionada sobre o tema, a distribuidora de energia disse que "tem por premissa atender as regulamentações do órgão regulador".

Na visão de Rebelli, da Towers Watson, a abertura maior desses dados é um caminho sem volta. "Haverá um fator de autorregulação muito forte do mercado. Os analistas e investidores, que acabam tendo peso na formação do preço da ação na bolsa, preferem as empresas mais abertas", afirma.

Fato emblemático disso é a postura da Usiminas, que se antecipou e foi além do exigido pela norma da CVM. Já em 2008 a siderúrgica informou quanto havia pago para cada diretor e conselheiro. Uma prova de que a segurança não pesou na decisão é que o relatório não contém apenas os salários, mas também a foto dos profissionais. Em 2008, a diretoria da Usiminas recebeu R$ 21,5 milhões, parte referente aos ganhos variáveis de 2007 (R$ 11,9 milhões).

Rebelli não tem dúvida sobre a importância da abertura dos dados sobre remuneração. Para ele, quando o investidor vai comprar ação de uma empresa, ele procura uma companhia com perspectiva de gerar resultado no futuro. E isso decorre de uma estratégia de negócios bem implementada, o que depende de bons executivos. "A remuneração reflete como a empresa vai atrair, reter e motivar os executivos. No fim, isso vai garantir os dividendos e a valorização da ação", resume.

Nesse contexto, o consultor da Towers Watson argumenta que é importante que as empresas divulguem com transparência tanto a política da remuneração, como os valores efetivamente pagos. "O numero permite saber se aquilo que é descrito como é a estratégia está sendo bem aplicado", afirma.

Se o bônus tiver métricas bem definidas, mas um peso irrelevante no total da remuneração, isso pode não motivar o executivo. Da mesma forma, se a parcela variável for exagerada e paga no curto prazo, o profissional pode ser levado a tomar riscos excessivos.

Já a abertura da remuneração entre máxima, média e mínima pode revelar, por exemplo, se o bônus é muito concentrado no presidente, e se isso tem alguma ligação com o alinhamento dessa pessoa a um acionista.

Discordando de Rebelli, a especialista em remuneração que não quis ser identificada não vê vantagem na divulgação dos salários. Para ela, essa informação poderia ser restrita a órgãos reguladores como Banco Central e CVM, que poderiam tentar conter eventuais distorções. (Colaborou Graziella Valenti)

08 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Links

Os prédios mais feios do mundo (inclui Vollard, em Curitiba e Casa Mila, em Barcelona)

Logos infelizes

Evolução dos Logos das empresas

Gráfico sobre futebol (e jogadores) no mundo

Parede e papel de parede

Aposta e Oscar

A lista a seguir mostra os vencedores do Oscar e, entre parênteses, o percentual de aposta no Intrade.

Melhor Filme:
Hurt Locker (53%)
Avatar (40%)

Melhor ator:
Jeff Bridges (92%)

Melhor atriz:
Sandra Bullock (68%)

Melhor ator coadjuvante:
Christoph Waltz (93.5%)

Melhor atriz coadjuvante:
Mo'Nique (86%)

Melhor diretor:
Kathryn Bigelow, The Hurt Locker (85%)

Custo Brasil

Custo Brasil, uma sobrecarga de 36%
Segundo estudo inédito da Abimaq, produzir no Brasil sai muito mais caro do que na Alemanha e nos EUA
Marcelo Rehder, de O Estado de S. Paulo , 7 de março de 2010

SÃO PAULO - O chamado Custo Brasil, conjunto de fatores que comprometem a competitividade e a eficiência da indústria nacional, encarece em média 36,27% o preço do produto brasileiro em relação aos fabricados na Alemanha e nos Estados Unidos. Somado ao câmbio valorizado, esse custo ajuda a explicar a tendência de especialização cada vez maior do País em exportar produtos primários e semimanufaturados, e de importar mais produtos de maior valor agregado e de tecnologia avançada.

"Imagine que um alemão apaixonado pelo clima tropical resolvesse trazer sua fábrica de porteira fechada para o Brasil, incluindo mão de obra e máquinas. O preço do mesmo produto que ele fabrica hoje na Alemanha subiria automaticamente 36,27% só pelo simples fato de passar a produzir no Brasil", diz o empresário Mário Bernardini, assessor econômico da presidência da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Bernardini coordenou estudo inédito da Abimaq que mede o Custo Brasil pela primeira vez nos últimos 20 anos. "Todo mundo sabe que o Custo Brasil existe, mas nunca ficou claro o tamanho do problema", comentou o empresário ao apresentar o trabalho em reunião plenária da Abimaq em São Paulo na semana passada.

Ele ponderou que, na verdade, trata-se de uma tentativa de avaliação, pois foram mensurados oito itens e o Custo Brasil tem ao menos mais outros 30 que não se consegue transformar em números.

"É um piso, pois seguramente o número é maior que 36%, já que não engloba tudo e foi comparado com países que não são os mais baratos do mundo", disse Bernardini ao Estado.

Segundo ele, se a comparação fosse com a China, o número dobraria de tamanho. "Fomos conservadores de forma proposital, pois o mundo inteiro tem problemas com a China", disse o diretor de Competitividade da Abimaq, Fernando Bueno.

Entre os componentes do Custo Brasil medidos pela Abimaq estão o impacto dos juros sobre o capital de giro, que na média gera custo 7,95% superior ao dos concorrentes internacionais, e preços de insumos básicos, cuja diferença de custos é de 18,57% entre a produção nacional e a americana e alemã. Outros fatores de custo adicional: impostos não recuperáveis na cadeia produtiva (2,98%), encargos sociais e trabalhistas (2,84%), logística (1,90%), burocracia e custos de regulamentação (0,36%), custos de investimento (1,16%) e custos de energia (0,51%).

"Corremos o risco de ver parte do setor produtivo ser transformado em montador, numa indústria que só tem casca e cujo conteúdo vem de fora", alerta o economista Júlio Sérgio Gomes de Almeida, assessor do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Internet 2

O que restou da bolha da internet
Renato Cruz
O Estado de São Paulo - 8/3/2010

Dez anos depois do pico da Nasdaq, a internet se popularizou, mas ganhar dinheiro com ela ficou mais difícil

“A internet ficou velhinha”, afirma Marcelo Lacerda, que vai completar 50 anos, pioneiro da internet brasileira. Ao lado de Sérgio Pretto, ele criou a NutecNet, que depois se transformou no ZAZ, ao se associar à Rede Brasil Sul (RBS), e finalmente foi vendida para a Telefônica, em 1999, dando origem ao provedor Terra. “Hoje, quando vou lá no Terra, sou quase o tiozão.”

Na próxima quarta-feira, fará 10 anos que a bolsa americana Nasdaq, que concentra as ações das empresas de tecnologia, alcançou a maior pontuação de sua história. Nunca mais chegou perto dos 5.048,62 pontos atingidos em 10 de março de 2000. Na última sexta-feira, a Nasdaq fechou em 2.326,35 pontos, bem longe dos momentos de glória da década passada.

Durante a bolha da internet, parecia que as empresas e o mercado financeiro viviam num mundo paralelo, em que não era importante ter retorno financeiro e nem mesmo faturamento. Os empreendedores buscavam crescer rápido para se tornarem bilionários na abertura de capital de suas empresas. A preocupação era com o “burn rate” (tempo que levaria para zerar o caixa antes de um novo aporte) no lugar do “break even” (momento em que a operação deixa de ser deficitária). A internet parecia um mercado de crescimento infinito, em que tudo se tornaria possível a um clique do mouse.

Esse otimismo exagerado gerava distorções bizarras, que só pareciam fazer sentido naquele período. Nos EUA, a Priceline, que vendia passagens aéreas pela rede, chegou a valer, no dia de sua abertura de capital (30 de março de 1999), quase US$ 10 bilhões, o que correspondia a mais do que a United Airlines, a Continental Airlines e a Northwest Airlines combinadas, mesmo registrando perdas três vezes maiores que seu faturamento.

O fim da bolha foi marcado por uma escalada de aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed), banco central americano, para combater riscos inflacionários. As empresas que dependiam de uma nova rodada de investimentos para continuar funcionando viraram pó. Apesar disso, houve pontos positivos na bolha. Sem a animação desenfreada do mercado, a infraestrutura que poderia levar décadas para ser criada acabou se desenvolvendo em poucos anos.

“A internet foi uma promessa que se cumpriu não só nas pontocom, mas em toda a economia”, diz Lacerda, um dos casos de maior sucesso da internet brasileira. Ele continua investindo em tecnologia e prepara o lançamento de uma empresa de banda larga.

Outro pioneiro que atravessou bem os altos e baixos foi Aleksandar Mandic. Filho de imigrantes iugoslavos, ele criou, em 1990, a primeira Bulletin Board System (BBS) brasileira e a batizou com seu nome, Mandic. As BBSs eram serviços online anteriores à internet, em que as pessoas participavam de listas de discussão e trocavam correio eletrônico. A Mandic virou provedor em 1995 e foi vendida para a argentina Impsat, quatro anos depois.

Depois de passar pela criação do iG, acabou fundando uma nova empresa com seu nome, especializada em e-mail. “O iG chegou a ser avaliado em US$ 7 bilhões”, lembra Mandic. “Era uma ciranda financeira. Hoje, a internet é coisa do passado, deixou de ser alvo de interesses especulativos. Quem fez a crise não foi o técnico, foi o banco.”

Internet

Ícones de uma era de excessos
O Estado de São Paulo - 8/3/2010

AOL Time Warner

O principal símbolo da loucura que tomou conta do mercado mundial foi a compra da gigante de comunicação Time Warner pelo provedor America Online (AOL), em janeiro de 2000, por US$ 166 bilhões em ações. Na época, a AOL valia duas vezes mais que a Time Warner. Três meses depois, com o estouro da bolha, as ações da empresa caíram 75%. Com o tempo, a AOL acabou sendo tirada do nome da companhia, virou uma divisão de internet e, no fim do ano passado, já era uma empresa à parte.

Telecom Italia e Globo.com

No Brasil, o maior negócio da internet foi a compra de 30% da Globo.com pela Telecom Italia, por US$ 810 milhões, em junho de 2000. Na época, a Globo havia investido US$ 12 milhões no portal, que tinha 60 dias de vida. Em fevereiro de 2002, a Telecom Italia anunciou que havia dado baixa contábil no investimento, reduzindo seu valor a US$ 18 milhões. Depois de tentar vender - sem sucesso - a sua participação na Globo.com, a empresa italiana acabou trocando-a por espaço publicitário em outras empresas da Globo.

StarMedia

O uruguaio Fernando Espuelas vendeu a Wall Street o sonho da internet latino-americana, com seu portal StarMedia. Em maio de 1999, a empresa abriu capital na Nasdaq, a US$ 15 por ação. Em dois meses, os papéis subiram para US$ 70 e a StarMedia chegou a valer US$ 3,7 bilhões. Mas a bolha estourou e, em fevereiro de 2002, a empresa deixou de ser listada na Nasdaq, quando suas ações já valiam menos de US$ 1. Em julho de 2002, foi comprada pelo grupo espanhol EresMas, por US$ 8 milhões.

Aeron

A cadeira Aeron foi sinônimo de sucesso na época da bolha. Criada pelos designers Bill Stumpf e Don Chadwick, fez parte de uma exposição no Museu de Arte Moderna (MoMa) de Nova York em 2000, e custava US$ 1,3 mil. A agência on-line Razorfish tinha mais de 200 em sua sede em Nova York. “Um site brasileiro de viagens entrou nessa onda, mandou importar 60 e acabou fechando em sete meses”, lembra o jornalista Eduardo Vieira, autor do livro Os bastidores da internet no Brasil.

07 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Portais dos Municípios


 

Esse trabalho teve como objetivo verificar o nível de transparência fiscal eletrônica nos sites dos maiores municípios do Estado do Rio de Janeiro, bem como os fatores que possivelmente influenciam a transparência eletrônica da gestão fiscal (população, receita orçamentária, PIB per capita, taxa de alfabetização, IDH-M, IQM e estágio do site). O pressuposto inicial era que quanto maiores fossem os valores dos indicadores sociais e econômicos, maiores seriam os níveis de transparência fiscal eletrônica. O referencial teórico tratou da transparência da gestão fiscal, além de uma exigência legal, como forma de promover uma melhor interação entre governo e os cidadãos, além de facilitar o exercício da cidadania e da accountability. A técnica de análise de conteúdo foi aplicada aos sites dos 23 municípios selecionados com a finalidade de mensurar o nível de transparência fiscal eletrônica. Utilizou-se o teste paramétrico de correlação de Pearson para verificar as hipóteses propostas. As evidências empíricas apontam baixos níveis de transparência fiscal eletrônica, considerados incompatíveis com o desenvolvimento socioeconômico dos municípios e ainda relações positivas e significativas entre nível de transparência fiscal eletrônica e as variáveis: população, receita orçamentária, taxa de alfabetização, IDH-M, IQM e estágio do site. A relação entre a variável dependente e a variável PIB per capita não se mostrou significativa. Esses resultados são condizentes com os verificados em algumas pesquisas realizadas no Brasil e no exterior.


 

TRANSPARÊNCIA DA GESTÃO FISCAL: UM ESTUDO A PARTIR DOS PORTAIS ELETRÔNICOS DOS MAIORES MUNICÍPIOS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - Cláudia Ferreira Cruz, Lino Martins Silva, Ruthberg Santos

06 março 2010

Rir é o melhor remédio


O declínio dos Correios

Pesquisa em Contabilidade

Dois artigos sobre pesquisa na área de Contabilidade. A primeira, sobre os egressos dos doutorado da USP. A segunda, sobre a produção científica:


 

O estudo objetiva analisar as redes de pesquisa dos egressos do curso de Doutorado em Ciências Contábeis da FEA/USP. A pesquisa documental foi realizada nos currículos Lattes dos doutores em controladoria e contabilidade, formados pela Universidade de São Paulo, no período de 1962 a 2008. Da população de 185 doutores do Doutorado de Ciências Contábeis da FEA/USP, uma amostra de 158 foi selecionada, pois 27 currículos Lattes não estavam disponíveis. Na análise dos dados, utilizou-se estatística descritiva para quantificação da produção científica dos doutores, conforme informações disponíveis nos currículos Lattes. Para análise das redes de pesquisa entre os egressos, utilizou-se o software UNICET®. Os resultados da pesquisa evidenciam as instituições que os egressos estão vinculados atualmente, as funções que exercem nestas instituições, a produção científica dos egressos no período de 1998 a 2008 e as redes de pesquisa predominantes entre os egressos. Constatou-se que a Universidade de São Paulo concentra o maior número de docentes egressos e que a produção científica dos doutores pesquisados está predominantemente publicada em anais de congressos. Quanto às redes, observou-se que estabelecem redes de cooperação com predomínio de ligações fracas em livros, capítulos de livros e textos de revistas/jornais, porém relações de cooperação fortes na publicação de artigos em periódicos. Conclui-se que há ainda necessidade de um fortalecimento nas redes estabelecidas entre os egressos analisados para proporcionar um aprimoramento científico na área contábil.


 

REDES DE PESQUISA ENTRE OS EGRESSOS DO DOUTORADO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA FEA/USP - Ilse Maria Beuren, Sabrina do Nascimento, Vanderlei dos Santos, Silene Rengel


 

Este artigo efetua uma pesquisa bibliométrica das publicações em eventos e periódicos brasileiros das áreas de Contabilidade e Administração, com a finalidade de mapear e analisar a utilização da Análise Envoltória de Dados (DEA). A DEA representa uma metodologia, baseada em programação matemática, que busca avaliar o desempenho de unidades operacionais homogêneas, considerando múltiplos inputs (entradas ou insumos ou indicadores do tipo quanto menor, melhor) e múltiplos outputs (saídas ou produtos ou indicadores do tipo quanto maior, melhor). Apesar de bastante difundida no exterior, tem aplicação ainda recente e restrita no Brasil. Dessa forma, este estudo tem o intuito de oferecer um panorama dos estudos realizados e constituir-se em base de referência para estudos futuros. Os resultados revelam que nas áreas de Contabilidade e Administração a aplicação de DEA se encontra em uma fase embrionária, onde as publicações se encontram migrando da concentração em eventos para a divulgação em periódicos.


 

MAPEAMENTO E ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DA UTILIZAÇÃO DA ANÁLISE ENVOLTÓRIA DE DADOS (DEA) EM ESTUDOS EM CONTABILIDADE E ADMINISTRAÇÃO - Marcelo Alvaro da Silva Macedo, Silvia Pereira de Castro Casa Nova, Katia de Almeida

Telebrás

Telebrás volta a ter passivo a descoberto
Téo Takar, de São Paulo - Valor Econômico - 5/3/2010

A Telebrás, cujas ações voltaram a estar em evidências nos últimos meses, registrou prejuízo líquido de R$ 20,6 milhões em 2009 e voltou a ficar com patrimônio líquido negativo - dívidas maiores que os ativos. Ao fim de dezembro, o passivo a descoberto da empresa era de R$ 16,7 milhões.

Em dezembro de 2008, após receber um aporte de capital de R$ 200 milhões do governo federal, a companhia ficou com patrimônio líquido positivo, em R$ 3,8 milhões. Naquele ano, o prejuízo da empresa havia sido de R$ 31,78 milhões.

Sem novos aportes, e sem atividade operacional que gere receita, o balanço da Telebrás consiste basicamente em despesas com pessoal e manutenção de sua estrutura administrativa.

A empresa contabilizou apenas R$ 181 mil como receitas operacionais no ano passado. Já as despesas operacionais somaram R$ 18,4 milhões. A companhia encerrou 2009 com 227 funcionários, sendo que 223 estão cedidos à Anatel e a outros órgãos do setor.

Apesar de estar parada há mais de uma década, a reativação da estatal tem sido cogitada pelo governo, como forma de viabilizar o Plano Nacional de Banda Larga, que pretende levar o acesso de internet em alta velocidade para locais que não são atendidos pelas operadoras privadas. A possibilidade de uso da empresa para gerenciar essa rede fez as ações da companhia disparar nos últimos meses.

Cada vez mais prodígios



A lista dos vinte e quadro jogadores de xadrez que obtiveram o título de Grande Mestre, o reconhecimento da qualidade de um enxadrista, apresentam algumas curiosidades. O jogador mais jovem a conseguir este feito foi Sergey Karjakin, da Ucrânia, que em 2002, com 12 anos e 7 meses, obteve o título de GM. Dois anos depois, com 13 anos e 3 meses e 27 dias, Magnus Carlsen, da Noruega e atual número 1 do ranking, também obteve o título de Grande Mestre. E dois anos depois Parimarjan Negi, um indiano, também conseguiu este feito, também com 13 anos e 3 meses, mas com 22 dias.

O 24º. da lista de jovens prodígios é Bobby Fisher, que em 1958, com 15 anos e 6 meses e 1 dia, obteve seu título. Bobby Fisher, por sinal, é o único campeão mundial desta lista, e também o único que obteve antes da década de noventa. O feito de Fisher merece ser louvado já que foram necessários 36 anos para que outro jogador obtivesse o título de Grande Mestre mais cedo que ele.

A figura mostra a distribuição dos prodígios do xadrez ao longo das décadas. Dos vinte e quatro enxadristas mais jovens, 18 obtiveram o título de GM no novo milênio.
Esta distribuição tem uma justificativa: a difusão dos programas de xadrez, que permitem que um jovem enxadrista possa treinar sem precisar jogar com jogadores mais fortes que moram perto da sua casa.

Outro ponto interessante da lista é que a mesma registra quatro países com três enxadristas (Hungria, Índia, Ucrânia e EUA), dois países com dois enxadristas (China e França) e o restante com um enxadrista (incluindo um jogador do Peru). Ou seja, é uma lista bem democrática, mostrando o poder dos programas de xadrez. Considerando a antiga URSS, o número de prodígios seriam cinco, indicando que o predomínio soviético no xadrez talvez seja coisa do passado.

Mas a lista ainda registra a participação de duas mulheres somente: Judith Polgar, da Hungria, e Koneru, da Índia. Por enquanto.

Finalmente, para se ter uma idéia sobre a dificuldade de obtenção do título de Grande Mestre, o Brasil, 27º. País no xadrez, possui 7 GMs.

05 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Links

Links sobre contabilidade de blogs nacionais.


 

Ritmo diferente na convergência: Brasil x EUA

IFRS para pequenas empresas

10 de novembro: dia do contador

A questão do valor justo

Pesquisa do IFAC: acredita-se nas normas internacionais

Livro Big Brother Fiscal

Conservadorismo

Este trabalho investiga se a regulação afeta o nível de conservadorismo contábil no Brasil. Como proxy de regulação, adotou-se a existência de agência nacional reguladora (ANR), legislação específica (LE) ou plano de contas normatizado (PCN). Como proxy de conservadorismo, foram utilizados dois modelos desenvolvidos por Basu (1997). A amostra estudada contemplou as empresas brasileiras de capital aberto, cujos dados estavam disponíveis no Economática® para o período de 1996 a 2006. Os testes realizados envolveram regressões em painel, onde os modelos de Basu (1997) foram rodados com a introdução de uma dummy para captar o impacto da regulação. Os resultados obtidos pelos dois modelos de conservadorismo adaptados às três dummies de regulação não permitem inferir nenhum impacto. Assim, esta pesquisa contribui com a literatura no sentido de não corroborar a hipótese de que a regulação aumenta o conservadorismo. Uma possível explicação para esse cenário é que o Brasil possui outros fatores, tais como ambiente institucional e alta concentração acionária, que podem explicar o nível de conservadorismo. Com isso, o "efeito país" pode ter comprometido o "efeito regulação". Para testar essa alegação, seria interessante replicar este estudo em outros países code-law e compará-los aos países common law.

O IMPACTO DA REGULAÇÃO NO CONSERVADORISMO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA - Rosilda Aparecida da Costa, Fábio Moraes da Costa, Ézio Carlos Silva Baptista, Gustavo Amorim Antunes


 

Teste #242

Os países estrangeiros são responsáveis por 25% da dívida dos EUA. Japão e China possuem, juntos, cerca de 1,5 bilhão de títulos. E o Brasil é um dos maiores credores desta dívida. O valor que nosso país possui é de aproximadamente:

$250 bilhões de dólares
180 bilhões de dólares
100 bilhões de dólares

Resposta do Anterior: débito - crédito

CEO bem pago

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, foi em 2009 o chairman mais bem remunerado em todo o mundo, superando Bernanke, King e o japonês Shirakawa.

Trichet recebeu no ano passado um total de € 360,6 mil, de acordo com os dados divulgados hoje pelo BCE.

O chairman da autoridade monetária europeia é seguido pelo governador do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Mervyn King, que arrematou € 329 mil no mesmo período.


Presidente do BCE é o chairman mais bem pago do mundo - Brasil Econômico - Por Cristina Barreto do Diário Económico (Portugal)

No passado, no teste #231, mostramos que Joseph Yam ganha mais. Veja aqui.

Valorização

Jim Cramer, um polêmico comentarista do mercado financeiro norte-americano, afirmou em seu programa de televisão Mad Money, da rede CNBC, que o mercado brasileiro está muito caro e que corre risco político por estar perto da Venezuela.

"O Brasil é bom, mas está um tanto sobrevalorizado. E o que aconteceria se o governo de lá entrasse na onda da Venezuela?", provoca Cramer, tapando o nariz com o dedo como se sentisse nojo do país presidido por Hugo Chávez.

A afirmação foi feita no contexto de uma análise sobre a economia mundial. Ele se pergunta por que investidores de outros países continuam comprando papéis dos Estados Unidos, com crise e tudo? A resposta, ele mesmo dá: "Parafraseando Churchill, a América é o pior lugar para investir, com exceção dos outros".

Cramer afirma que a China é uma bolha. Pergunta se quem investe no Japão teria coragem de comprar um Toyota. Diz que a Europa seria normalmente um bom refúgio para investidores, mas não neste momento. Considera que a Índia está imersa em inflação. Sobre a Rússia, ele lembra o telespectador do fantasma da crise de 1999.

Leia resumo no site do Mad Money (em inglês)


 

Ações do Brasil estão caras e têm risco político, diz TV dos EUA - 4 de março de 2010 | 16h19 - Sílvio Guedes Crespo

Talvez o apoio do Brasil ao Irã tenha influenciado esta posição.

Ajuda do Refis


 

SÃO PAULO - O Programa de Parcelamento de Débitos da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional e da Receita Federal, apelidado de "Refis da Crise", foi generoso para grandes empresas, sem problemas de caixa, e, em tese, sem necessidade de adesão à renegociação oferecida pelo governo.

 
 

Graças ao pacote de ajuda federal, elas puderam reduzir o provisionamento no balanço e, com isso, aumentaram os ganhos. Foi o que aconteceu com a CSN, que teve um impacto positivo bem expressivo nos resultados do quarto trimestre de 2009, divulgados na semana passada. O grupo conseguiu abater no Refis R$ 507 milhões. A bolada turbinou o lucro, que chegou a R$ 745 milhões. Sem o programa, teria sido de R$ 238 milhões.

 
 

Na divulgação de resultado, a CSN confirmou a ajuda: "No 4T09, a adesão ao programa de recuperação fiscal (Refis) proporcionou um efeito positivo no resultado antes do IRPJ e CSLL de R$507 milhões".

 
 

Outras empresas seguiram a mesma trajetória. É o caso do Grupo Ultra, da AES Eletropaulo, da Braskem e da Klabin. O Ultra negociou no Refis R$ 134 milhões e também vitaminou o lucro. A companhia estimou o impacto sobre lucro líquido em R$ 17 milhões.

 
 

Cerca de 1,1 milhão de empresas aderiram ao Refis 4, mais que a soma de todas aquelas que integraram os três programas anteriores. Entre as de capital aberto, o Refis atraiu 11 empresas, como Hering, Portobello e Paranapanema.

 
 

Ao optarem pelo Refis, as empresas fizeram uma limpeza no balanço. Conseguiram um desconto que pode chegar a 50% nas dívidas tributárias no caso do pagamento à vista e transformam o valor provisionado em lucro. "Quem contava com dinheiro em caixa teve a facilidade de conseguir um desconto maior. Mas para o governo também é bom, porque as discussões poderiam se arrastar durante muito tempo na Justiça. E com o Refis o dinheiro entra no caixa do governo de imediato", diz Roberto Haddad, sócio da área de tributação da KPMG.

 
 

Raimundo Batista, sócio da Deloitte, avalia: "As grandes empresas se beneficiaram bastante". E explica: as companhias que questionam há anos as dívidas tributárias na Justiça sabem que a chance de ganhar a ação hoje não é a mesma do começo. Em alguns casos, decisões do Supremo Tribunal Federal já acabaram com as esperanças de vitória. "Então é melhor fazer um acordo e, se tiver dinheiro em caixa, pagar com abatimento a dívida que uma hora deverá ser quitada."

 
 

Além do desconto de 50% para o pagamento à vista, o Refis 4 deixou de cobrar Imposto de Renda sobre o valor que mais tarde vai virar lucro no balanço da empresa. Para Cláudio Yano, diretor da Ernst Young, o programa trouxe ainda outra vantagem em relação aos anos anteriores: no caso de um questionamento judicial, a empresa não precisa desistir de tudo que está sendo reivindicado para fazer parte do Refis. Ela pode abrir mão de apenas parte do que está sendo questionado. "Antes só aderia quem confessasse todas as suas dívidas", completa.

 
 

Para Yano, casos de grandes empresas que optaram pelo programa deixam a dúvida: "Muitos se perguntam se o Refis era realmente necessário". Sócio da BDO Consultoria, Lúcio Abrahão pondera que, se no Brasil não houve tanta insegurança jurídica, não haveria um volume tão grande de ações entre empresas e governo. "Aí programas de anistia como este não seriam necessários", argumenta.


 

Empresas saudáveis aproveitam Refis para renegociar dívidas

Grandes grupos como CSN, Ultra, Braskem e Eletropaulo usaram recurso para reduzir provisionamento e lucrar mais

Paula Pacheco, de O Estado de S. Paulo  - 5/3/2010

04 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui (Clique na imagem para ver melhor)

COSO

Dois artigos sobre o COSO publicado na CGG. O primeiro:


 

O estudo objetiva identificar os termos evidenciados de gestão de riscos dos componentes do COSO (2004), nos relatórios da administração de 2007, das empresas brasileiras com emissão de American Depository Receipt (ADRs). Para tal, realizou-se pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa e quantitativa, por meio de pesquisa documental. Na análise de conteúdo, tomaram-se como referência os oito componentes da gestão de riscos contidos no documento do COSO (2004) e seus respectivos termos. A amostra da pesquisa compreende 28 das 32 empresas brasileiras com emissão de ADRs, na New York Stock Exchange (NYSE). Os resultados da pesquisa mostram que, no total, foram encontrados 400 termos relacionados à gestão de riscos em ambientes do COSO (2004). Embora todos os componentes do COSO (2004) tenham sido identificados nos relatórios da administração analisados, a ênfase foi na evidenciação de informações referentes às atividades de controle das empresas. Conclui-se que as empresas pesquisadas não evidenciam as informações relativas às suas práticas de gestão de riscos de forma padronizada e, também, alguns componentes do COSO (2004) são mais enfatizados, com maior número de termos evidenciados do que outros no relatório da administração.


 

EVIDENCIAÇÃO DA GESTÃO DE RISCOS DO COSO (2004) NOS RELATÓRIOS DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS COM ADR'S - Vinícius Costa da Silva Zonatto, Ilse Maria Beuren


 

Eis o segundo:


 

O controle interno é tema em discussão nos meios empresarial e acadêmico. A pesquisa retrata a utilização de uma das principais frameworks para gerenciamento de controles internos, o Committee of Sponsoring Organizations of the Treadway Commission (Coso), e tem como objetivo geral analisar a adequação da metodologia Coso no gerenciamento dos controles internos do Banco do Brasil (BB), na visão dos gerentes de agência. Trata-se de pesquisa de natureza qualitativa, utilizando-se os procedimentos de pesquisa documental e aplicação de estudo de caso único. Foram analisadas questões relacionadas à adequação da metodologia Coso no gerenciamento dos controles internos do BB quanto aos seguintes aspectos: processo de gestão e objetivos estratégicos; eficiência e efetividade operacional; confiabilidade dos registros contábeis e financeiros; e conformidade com leis e normativos aplicáveis à entidade. Concluiu-se que, do ponto de vista dos gerentes de agência pesquisados, a metodologia Coso no gerenciamento dos controles internos do BB é adequada e alinha-se aos interesses da estrutura e da cultura de controle interno propostas pelo banco.


 

A METODOLOGIA COSO COMO FERRAMENTA DE GERENCIAMENTO DOS CONTROLES INTERNOS - Rômulo Paiva Farias, Márcia Martins Mendes De Luca, Marcus Vinicius Veras Machado

Links


Fotos manipuladas

O Oscar vai para o melhor filme?

Comercial da Pepsi com Messi, Henry e outros jogando futebol na África

Kamasutra nos jogos de Vancouver

Nunca desligar o celular: mais dez dias de trabalho

Teste #241

Complete:
O termo ______ vem do latim "o que é devido". O _________ vem do latim que significa "a qual é confiada ou emprestada".

Resposta do anterior: creativa. Fonte: CONTABILIDAD CREATIVA, ANTONI Serra, 23/2/2010, El Periódico Córdoba

Marca

Marca Santander ganha valor com Real

Adriana Cotias, de São Paulo - Valor Econômico - 3/3/2010

Ao abandonar a marca Banco Real no mercado brasileiro, o Santander vai abrir mão de um ativo estimado em R$ 5 bilhões, segundo cálculos da Brand Finance. Em contrapartida, o grupo espanhol já conseguiu incorporar à sua própria identidade corporativa atributos oriundos do Real e o resultado é que obteve uma valorização significativa desde a aquisição da subsdiária do grupo holandês ABN Amro em 2007. A marca Santander, que até então era avaliada em R$ 2,1 bilhões, hoje alcança os mesmos R$ 5 bilhões do Real. No fim do processo de integração, previsto para este ano, valerá mais ainda, segundo o sócio-diretor da consultoria, Gilson Nunes.

Embora considere que o símbolo da sustentabilidade, tão caro ao Banco Real, não esteja plenamente assimilado à marca Santander, tal valorização mostra que o grupo espanhol tem sido bem-sucedido na transição. O fato de o brasileiro ver conta corrente e serviços bancários como uma commodity, uma espécie de "mal necessário" ajuda nessa empreitada. "Quando o Santander adquiriu o Real, ele levou uma base de clientes sem muita paixão pela marca", diz.

Conforme estima, pelo menos metade dos correntistas do Real é formada pelos chamados clientes oportunistas, que usam o banco ou por imposição da empresa que trabalha ou pela conveniência da localização de determinada agência. Só de 10% a 15% compõem a fatia leal à marca e que o Santander terá a missão de manter a bordo.

Nos últimos dois anos, o Santander começou a usar elementos da identidade do Banco Real nas suas campanhas para buscar uma simbiose e isso fez com a que a transição para a destruição da marca Real ocorresse de maneira suave, pontua o sócio da Top Brand, Júlio Moreira. "O fato de o número 1 no comando da operação do Santander ser oriundo do Real também ajuda nesse processo, porque o CEO é o grande pai na gestão da marca", diz, referindo-se ao presidente do Santander Brasil, Fábio Barbosa.

Nem sempre as instituições financeiras, em processos de incorporação, têm chance de percorrer esse caminho sem percalços. O especialista lembra que quando o Itaú adquiriu o BankBoston, em 2006, teve de fazer a mudança nas agências a toque de caixa porque a marca não poderia mais ser usada no Brasil - pouco antes, o Bank of America havia comprado o Boston nos Estados Unidos. O Unibanco, ao assumir as operações do combalido Nacional, no dia seguinte colocou banners com o nome do novo banco, fez uma transição atabalhoada e acabou perdendo parte da carteira de clientes.

Apesar do sucesso na execução da estratégia de comunicação do Santander, Moreira acrescenta que, invariavelmente, vão sobrar algumas "viúvas" do Real, de clientes que se identificavam com aqueles valores da sustentabilidade e responsabilidade social que o banco incutiu na percepção dos consumidores e que podem não ser notados na nova organização.

O significado da marca Real, tudo que entregava em termos de produtos e serviços, o atendimento e a visão ideológica do negócio vão sobreviver debaixo da marca Santander, diz o vice-presidente de estratégia da marca e comunicação corporativa do Santander Brasil, Fernando Byington Egydio Martins. "A marca vai continuar viva dentro das práticas do dia a dia, só o nome Real é que vai sumir."

Prova disso, exemplifica, é que alguns produtos do Banco Real foram incorporadas à rede do Santander, como os 10 dias sem juros no cheque especial e os serviços Van Gogh, destinados à segmentação de alta renda. O sistema de remuneração nas agências também mudou e deixou de ser definido por metas individuais para combinar metas da equipe e a visão do cliente.

"A venda só é boa se for consciente, se permitir uma segunda venda", diz Martins. Pesquisas trimestrais de satisfação de cliente vêm sendo aplicadas em todos os canais de distribuição.

Apesar da força-tarefa, Martins reconhece que os clientes do Real têm muito apego à marca e que todo processo de transição é sujeito a solavancos. Mas não havia a hipótese de a bandeira conviver com a marca Santander, que tem peso global e é avaliada em US$ 25 bilhões.

Como patrocinador de eventos mundiais, como a Ferrari na Fórmula 1, o banco espanhol perderia eficiência ao ter duas marcas ativas no Brasil, diz Moreira, da Top Brand. "Uma marca seria beneficiada por essa mídia espontânea e a outra não, além de ser necessário dois orçamentos."

O fato de o brasileiro ser mais aberto à inovação e à presença de players globais permite abandonar a marca Real. No mercado inglês, onde comprou o Abbey, o Santander não teve a mesma sorte, completa Nunes, da Brand Finance.

Lucro por ação

IFRS: cálculo de lucro por ação é discutido
por FinancialWeb - 03/03/2010

CVM recebe opiniões relativas ao CPC 41 até o dia 5 de abril

A Comissão de Valores Mobiliários e o Comitê de Pronunciamentos Contábeis anunciaram nesta quarta-feira (03) a abertura de audiência pública para discussão de mais uma norma internacional de contabilidade, dando continuidado ao processo de convergência ao modelo do IFRS. Opiniões a respeito do CPC 41 - "Resultado por ação" serão recebidas até o dia 5 de abril.

Os interessados devem encaminhar suas propostas ao e-mail AudPublicaSNC0110@cvm.gov.br. Tido como extremamente complexo, o documento deve ser aplicado às demonstrações contábeis das companhias que possuam ações ordinárias ou preferenciais publicamente negociadas ou que estejam registradas ou em processo de registro.

De acordo com a CVM, a companhia deve calcular dois tipos de resultado por ação: o Resultado Básico por Ação (RBA) e o Resultado Diluído por Ação (RDA). O Resultado Básico por Ação deve ser calculado dividindo-se o lucro ou prejuízo da companhia - o numerador, pelo número médio ponderado de ações ordinárias e preferenciais em poder dos acionistas, excluídas as mantidas em tesouraria - o denominador.

O CPC 41 é ligado ao IAS 33. Ocorre que o relativo internacional está essencialmente baseado na determinação do resultado por ação do capital ordinário, pois reflete a realidade dos mercados de capitais europeu e norte americano. "Assim, tornou-se necessário incluir um comando (item 3A) no CPC 41 para refletir a situação diferenciada das ações preferenciais do mercado brasileiro em relação àqueles mercados", explicou a autarquia.

E as dificuldades não param por aí. "Além desse fato, a própria complexidade do pronunciamento irá motivar a elaboração de uma orientação técnica, com outros exemplos ilustrativos, voltados para a realidade do nosso mercado, a qual será brevemente disponibilizada", continuou a CVM.

Dessa forma, além das sugestões relativas ao CPC 41, a CVM e o CPC estão especialmente interessados em receber opiniões sobre a necessidade da emissão de uma orientação técnica mais abrangente, que aborde a determinação do resultado por ação exclusivamente em função dos valores mobiliários existentes no Brasil, além de sugestões sobre os tópicos que devam ser contemplados nessa orientação, acompanhadas de exemplos específicos relacionados com o nosso mercado e o nosso ambiente societário.

Remuneração

Recém-criada e ainda em fase pré-operacional, a OSX, empresa do grupo do empresário Eike Batista, prevê que a remuneração de cinco diretores e nove conselheiros chegue a R$ 340,8 milhões neste ano. O valor supera os R$ 340 milhões que o Bradesco pretende pagar para seus quase 90 administradores em 2010. A remuneração a ser paga pela OSX, empresa de construção e operação naval, será quase toda em opções de ações. No Bradesco, R$ 110 milhões serão em salário fixo e R$ 170 milhões por meio de benefícios previdenciários. A divulgação desse tipo de informação, novidade no país por exigência da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), continua enfrentando forte resistência.


OSX vai pagar R$ 340 milhões a executivos - Fernando Torres e Graziella Valenti, de São Paulo - Valor Econômico - 04/03/2010

03 março 2010

Rir é o melhor remédio


Encaminhado por Matias, grato.

Teste #240

Gracias a la denominada contabilidad _______, había conseguido eliminar de su balance unas deudas considerables dando una apariencia saludable a un enfermo terminal. (...) Nuevamente los expertos de la contabilidad _____ habían hecho la cirugía estética, esta vez a una institución pública.

Os dois trechos podem ser completados como:

creativa
fiscal
internacional

Resposta do Anterior: em 2008, quando a empresa perdeu 9,6%. Mas como o mercado perdeu 37%, em termos proporcionais o ganho da empresa foi de 27,4%. Em 2009, quando a empresa teve ganho de 11%, o mercado cresceu 26,5%. Fonte, aqui

Links

Nós somos muito previsíveis: uma pesquisa usando dados do GPS de celulares

A beleza facial e o olhar masculino

Um modelo estocástico sobre o placebo

A siesta ajuda a memória

Por que o homem assume o volante?

Receita

A receita de uma entidade é um parâmetro interessante quando se deseja mensurar seu tamanho e, consequentemente, sua importância. Nos setores onde o lucro não é o aspecto primordial, a geração de receita torna-se mais relevante.

Muitos rankings são construídos usando a receita por expressar exatamente a importância de uma entidade. É o caso do tradicional ranking da Deloitte sobre futebol, onde os clubes são classificados segundo a geração de receita. Para 2009, o resultado do ranking é o seguinte:

Posição (ano anterior)

Clube

Receita em milhões de libras

Revenue (milhões de euros)

1 (1)

Real Madrid

341.9

401.4

2 (3)

FC Barcelona

311.7

365.9

3 (2)

Manchester United

278.5

327.0

4 (4)

Bayern Munich

246.6

289.5

5 (6)

Arsenal

224.0

263.0

6 (5)

Chelsea

206.4

242.3

7 (8)

Liverpool

184.8

217.0

8 (11)

Juventus

173.1

203.2

9 (10)

Internazionale

167.4

196.5

10 (7)

AC Milan

167.4

196.5

11 (15)

Hamburger SV

124.9

146.7

12 (9)

AS Roma

124.7

146.4

13 (12)

Olympique Lyonnais

118.9

139.6

14 (16)

Olympique de Marseille

113.5

133.2

15 (14)

Tottenham Hotspur

113.0

132.7

16 (13)

Schalke 04

106.0

124.5

17 (n/a)

Werder Bremen

97.7

114.7

18 (20)

Borussia Dortmund

88.1

103.5

19 (n/a)

Manchester City

87.0

102.2

20 (17)

Newcastle United

86.0

101.0


 



Dica daqui

Petrobrás

Câmara aprova texto básico para capitalização da Petrobras
Agência Brasil
02/03/2010

BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados aprovou há pouco, em votação simbólica, o texto principal do projeto de lei que trata da capitalização da Petrobras para a exploração do petróleo e gás da camada pré-sal, ressalvadas as emendas e destaques que visam a alterar o texto.

Na parte da tarde, os líderes partidários fecharam acordo para votar amanhã as emendas e os destaques ao projeto.

O texto aprovado pelos deputados foi o substitutivo apresentado ao projeto original do governo pelo relator da matéria na comissão especial, deputado João Maia (PR-RN).

Na comissão, o relator acolheu duas das 15 emendas apresentadas à proposta. Com isso, os autores das outras emendas poderão destacá-las para apreciação em plenário.

O projeto permite que a União possa vender à Petrobras, sem licitação, o direito de explorar as atividades de pesquisa e lavra de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, até 5 bilhões de barris de petróleo e gás natural em áreas ainda não concedidas no pré-sal.

Ele autoriza, também, o governo a participar do aumento de capital da empresa com operações realizadas com títulos da dívida pública.

Entre os destaques a serem votados amanhã estão três que pretendem incluir no texto a possibilidade dos atuais acionistas da Petrobras, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), aumentarem suas participações na estatal com a compra de novas ações com recursos também do FGTS.

O relator chegou a admitir essa possibilidade em seu parecer na comissão, mas retirou o dispositivo do texto.

O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que o governo admite negociar essa possibilidade do uso do FGTS para a capitalização da estatal, mas que será necessário negociar o percentual a ser usado pelos acionistas que adquiriram ações da Petrobras com recursos do fundo.

Descentralização

Este trabalho apresenta o resultado de estudo realizado para analisar as práticas de preços de transferência utilizadas pelas empresas brasileiras, associando-as com o papel representado pelos conflitos organizacionais nas transações internas de uma empresa com estrutura organizacional descentralizada. Para isto, analisa-se o referencial teórico sobre o tema e sua repercussão no gerenciamento das atividades das unidades de negócio. O estudo mostra-se relevante porque os sistemas de preços de transferência costumam influir no nível de recompensas extrínsecas e intrínsecas de uma organização e, também, em sua distribuição. Dado que o sistema de compensação, que faz a medição da atuação gerencial, é dependente dos resultados das transações que ele realiza com as demais unidades, é, portanto, razoável admitir que os preços de transferência também possam influir como fatores motivadores positivos ou negativos nos critérios de valoração das transferências. O estudo permitiu inferir que há muitas possibilidades de análise dos preços de transferência em relação aos efeitos de sua influência na motivação dos gerentes. Como resultado do estudo, concluiu-se que, no caso da amostra de empresas pesquisadas, não existia nenhum sinal evidente de problemas de conflito organizacional, por causa dos sistemas de preços de transferência utilizados por elas.


RELAÇÃO ENTRE PREÇOS DE TRANSFERÊNCIA E CONFLITO ORGANIZACIONAL EM EMPRESAS DESCENTRALIZADAS - José Paulo Cosenza

Victoria´s Secret


Por que a Victoria´s Secret põe à venda um sutiã rebordado com pedras preciosas, de milhões de dólares, que ninguém jamais comprará?

Há uma década, anualmente, o catálogo de Natal da empresa Victoria´s Secret tem dado destaque a um presente particularmente caro. A série começou em 1996, com a modelo Claudia Schiffer fotografada com o sutiã Miracle Bra, bordado com diamantes, no valor de US$ 1 milhão. No ano seguinte, Tyra Banks chegou de carro blindado à joalheria Harry Winston, na Quinta Avenida, em Nova York, usando o superpresente de 1997, um sutiã no valor de US$3 milhões, ornamentado com safiras e diamantes. O item de 2006, criado pelos joalheiros da Hearts on Fire e apresentado pela modelo Karolina Kurkova, tinha o preço de tabela de US$6,5 milhões. Considerando-se que ninguém jamais comprou qualquer desses sutiãs com pedras preciosas, por que a Victoria´s Secret continua a colocá-los à venda?

A empresa, provavelmente, jamais esperou vender esses sutiãs. No entanto, colocá-los à venda pode ser uma tática vitoriosa devido ao efeito sobre a vendagem de outros artigos. Os sutiãs-jóia continuam a atrair o interesse da mídia, chamando a atenção de possíveis compradores para a marca Victoria´s Secret.

É claro que a empresa está consciente desse benefício, como comprova o reconhecimento de que cada nova peça só atrairá a atenção se for mais espetacular que as anteriores. Não é importante que a peça não seja vendida, já que as pedras podem facilmente ser recicladas.

Contudo, talvez o benefício mais importante da oferta de sutiãs-jóia seja algo que os economistas muitas vezes perdem de vista – a mera presença dessas peças no catálogo muda a referência sobre o valor que um presente pode ter. Ao implantar a idéia de que alguém está gastando milhões, a Victoria´s Secret torna menos absurda a idéia de gastar várias centenas de dólares. É fácil imaginar que um marido ansioso, tendo acabado de ver o sutiã de US$6,5 milhões, possa comprar o corselete listrado Chantal Thomass por US$298 e achar que está fazendo um bom negócio.

FRANK, Robert. O Naturalista da Economia. Best Business, p. 198-199.



Foto: Sutiã de 4,7 milhões e Adriana Lima

02 março 2010

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #239

A empresa Berkshire Hathaway obteve um retorno de 11%, -9,6% e 19,8% em 2007, 2008 e 2009. Entre 1965 a 2009 o retorno foi de 434 mil pontos percentuais, que fez a fama de Buffett como um dos maiores investidores do mundo. Entretanto, o desempenho é sempre melhor medido em termos comparativos. Usando o SP 500, o ganho médio foi de 11% ao ano. Nos últimos três anos, qual aquele onde a empresa obteve o maior ganho?

2007
2008
2009

Resposta: 100 bilhões. Fonte aqui

Links

Um romance de espionagem, emoção e contabilidade

Preço do ouro em 200 anos

Fasb, Iasb e progresso no Valor Justo

Provisão e condenação

Justiça condena ex-presidente e ex-diretores do BNB
Mariângela Gallucci
AE Noticiário 1/3/2010

A Justiça Federal em Fortaleza condenou um ex-presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e três ex-diretores a ressarcirem os danos sofridos pela instituição financeira em decorrência de supostos atos fraudulentos. De acordo com informações do Ministério Público Federal, o prejuízo causado ao banco pode chegar a mais de R$ 7 bilhões.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério Público, o ex-presidente do BNB Byron Queiroz teria atuado "decisivamente" para a adulteração nos registros contábeis do banco. Ex-diretores do banco teriam autorizado a rolagem de dívidas sem qualquer análise técnica.

Conforme a decisão da Justiça Federal, Byron Queiroz, os ex-diretores da instituição Raimundo Nonato Carneiro Sobrinho, Osmundo Evangelista Rebouças e Ernani José Varela de Melo, além dos ex-superintendentes Marcelo Pelágio Costa Bonfim e Antônio Arnaldo de Menezes foram condenados a ressarcir integralmente os danos. A Justiça também determinou a suspensão dos direitos políticos dos envolvidos e a fixação de multas para cada um deles.

A ação de improbidade administrativa foi ajuizada pelo procurador da República Alessander Sales, que analisou todos os balancetes mensais do BNB do período de 1997 a 2000.

Ao proferir a condenação, o juiz federal João Luis Nogueira Matias observou que a diretoria do banco aprovou rolagem em bloco de dívidas sem qualquer análise técnica, por meio da utilização reiterada de um instrumento denominado carta-reversal. Os administradores do BNB, diz a sentença, aceitaram como condição normal a existência de devedores, mesmo com atrasos superiores a cinco anos. Eles também não fizeram provisão de recursos para essas dívidas. A contabilidade do banco registrou ainda mais de 20 mil operações vencidas há mais de 360 dias, o que já seria suficiente para enquadrá-las como créditos em liquidação.

Fisco

Autuação não significa dinheiro imediato em caixa
Folha de São Paulo - 28/2/2010

O valor das multas aplicadas pela Receita Federal, principalmente aos grandes contribuintes, não se traduz, necessariamente, em dinheiro no caixa da União. "As grandes autuações acabam sendo motivo de disputa jurídica, normalmente envolvendo as próprias normas da Receita", afirma o professor de direito tributário da USP de Ribeirão Guilherme Adolfo dos Santos Mendes.

Para ele, há dois tipos de sonegação: a "simplória e simples", praticadas, em geral, por pequenas empresas que deixam de emitir notas fiscais e repassar informações ao fisco; e a deliberada, realizada por grandes pagadores de impostos que buscam mecanismos para omitir informações ou se utilizam de brechas na legislação tributária para contestar débitos.

Para Mendes, a prática de sonegação, principalmente entre as empresas, principais alvos do fisco, tende a diminuir na medida em que elas crescem e se profissionalizam.

O aparato cada vez maior de que a Receita dispõe para cruzar informações sobre os contribuintes e detectar desvios em suas práticas contábeis reforça esse movimento de diminuição da exposição ao risco, afirmou o docente.

Além disso, segundo Mendes, uma contabilidade paralela para movimentar receitas, a fim de sonegá-las, pode fugir do controle em grandes corporações, que têm complexa estrutura administrativa.

Contabilidade Gerencial e Planejamento

A dinâmica dos mercados e a competitividade no mundo dos negócios exigem das empresas técnicas e sistemas que permitam a tomada de decisão de curto e longo prazo, com intuito de atingir os objetivos da organização. Este estudo objetiva analisar o relacionamento entre a contabilidade gerencial e o processo de planejamento em uma Holding. A pesquisa, quanto aos objetivos, caracteriza-se como explicativa, realizada por meio de um caso ilustrativo, com abordagem qualitativa, visando analisar o relacionamento entre a contabilidade gerencial e o processo de planejamento. Para a coleta de dados utilizou-se de entrevista estruturada. O modelo foi adaptado de Frezatti et al. (2007), e, ao final, comparam-se os resultados. Infere-se que na Holding e em suas controladas existe influência dos atributos da contabilidade gerencial em relação aos instrumentos do planejamento. Portanto, o estudo permite concluir que a contabilidade gerencial influencia nos processos de planejamento da Holding, tanto no planejamento estratégico, quanto no orçamento das empresas do grupo.

O RELACIONAMENTO ENTRE A CONTABILIDADE GERENCIAL E O PROCESSO DE PLANEJAMENTO: ESTUDO EM UMA HOLDING - Júlio Orestes da Silva, Carlos Eduardo Facin Lavarda