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26 novembro 2009

Petrobras

Duas notícias recentes sobre a empresa Petrobras. A primeira, Petrobrás é alvo de lobby contra Irã (Gustavo Chacra, 23/11/2009, O Estado de São Paulo) informa de um lobby contra a presença da empresa no Irã. A União Contra um Irã Nuclear (UANI, na sigla em inglês) alertou para os negócios da empresa. Além disto, existe a possibilidade da empresa sofrer sanções do governo estadunidense por conta de uma ação do legislativo daquele país.

[A UANI] adverte estes investidores sobre as relações de companhias nas quais eles investem com o regime de Teerã, dizendo que, indiretamente, o dinheiro deles pode ser canalizado para um inimigo dos EUA.


A empresa enviou uma correspondência a SEC informando não ter mais atividade no Irã, apesar de manter três funcionários no país asiático.

Outro artigo diz respeito a capitalização da empresa (Capitalização da Petrobrás vai servir para financiar fornecedores, Kelly Lima, Estado de São Paulo, 24/11/2009). A empresa irá oferecer financiamento para fornecedores com os recursos obtidos com a capitalização para desenvolver os projetos do pré-sal.

Os financiamentos poderão ser adotados não somente para atender diretamente aos fornecedores ligados à estatal, mas também os de terceira ou quarta ponta. “Nosso objetivo é que toda a cadeia tenha condições de crescer junto com a Petrobrás”, disse o executivo [Barbassa], destacando que aqueles que tiverem contratos de longo prazo com a companhia serão os principais beneficiados. “Quanto maior o prazo do contrato, maior o valor a ser financiado e melhores as condições.” (...)

Passados dois meses da apresentação do novo marco regulatório do setor de petróleo, o mercado ainda demonstra preocupação quanto à possibilidade de diluição da participação dos acionistas minoritários depois da capitalização.

O conselho de administração da companhia aprovou aceitar títulos da dívida pública mobiliária federal para a integralização de ações pelos minoritários. Na semana passada, durante reunião da Apimec, em São Paulo, executivos da empresa foram questionados sobre possíveis danos aos acionistas.

Um dos pontos abordados foi o fato de os minoritários serem excluídos da operação de revisão do preço dos barris de petróleo a serem cedidos pela União, que servirão de base para a definição do valor da capitalização.

O argumento da estatal para a exclusão é o de que a cessão onerosa assemelha-se a uma transação comercial, o que tornaria desnecessária a participação dos minoritários.


Será papel da empresa financiar os fornecedores "até a quarta ponta"? Ou isto não seria uma forma de driblar certos controles - inclusive políticos?

Temor das novas normas 4

Contexto - Valor Economico - 25/11/2009

O Regime Tributário de Transição (RTT) foi criado pela medida provisória 449, convertida na lei 11.941/09, para que as empresas pudessem continuar recolhendo Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) pela legislação vigente até 31 de dezembro de 2007, como se não estivesse ocorrendo o processo de convergência para o padrão internacional de contabilidade, conhecido como IFRS.

Para ter controle sobre o impacto da mudança contábil no resultado das companhias abertas, a Receita Federal criou o Fcont, que faz a reconciliação do lucro conforme o novo padrão contábil com o resultado que a companhia teria se as regras vigentes ainda fossem as de 2007. A partir do "lucro velho", usa-se o Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur) para se chegar ao resultado sujeito à tributação, incluindo efeitos de diferenças temporárias.

Somente as empresas que optaram pelo RTT e pagam tributo pelo lucro real precisam entregar o Fcont. O prazo final é o dia 30 de novembro. A empresa que recolhe imposto sobre lucro presumido e optou pelo RTT também deve manter um registro de controle sobre as diferenças entre os dois balanços, mas não precisa apresentar a declaração.

O RTT é válido para o biênio 2008/09 e se tornará obrigatório a partir de 2010, a não ser que o governo edite nova lei para regulamentar o impacto tributário das diferenças trazidas pela nova lei contábil.

Temor das novas normas 3

Fisco terá detalhes do impacto das novas regras
De São Paulo - Valor Econômico - 25/11/2009

A Receita Federal terá, a partir da próxima segunda-feira, um quadro mais claro sobre como as mudanças contábeis para o padrão internacional afetaram os balanços das companhias que operam no Brasil em 2008. As empresas que optaram pelo Regime Tributário de Transição (RTT) tem até o dia 30 de novembro para entregar o Fcont, declaração que tem o nome completo de Controle Fiscal Contábil de Transição e foi criada em junho deste ano pela Instrução Normativa (IN) 949/09.

O especialista fiscal e tributário Marcelo Simões, da consultoria Aliz Inteligência Sustentável, explica que a declaração vai mostrar para o Fisco qual seria o lucro da companhia antes da mudança contábil. A empresa apresenta o lucro contábil divulgado em 2008 e faz a reconciliação excluindo os itens gerados pela nova lei, mesmo em relação a diferenças temporárias, e adicionando efeitos que existiriam com a norma anterior.

Com esses dados, a Receita saberá com detalhes se o novo padrão contábil aumentou ou diminuiu os lucros das companhias e o que causou essas diferenças. Poderá identificar também se uma mesma mudança contábil gerou efeitos distintos nos lucros de diferentes empresas e, a partir daí, encontrar possíveis desvios. "É um instrumento de monitoramento poderoso, do qual a Receita pode se valer até para fins estatísticos", afirma Manuel Marinho, sócio da PricewaterhouseCoopers.

Segundo José Luiz R. Carvalho, diretor do Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (Ibracon) e sócio da KPMG, a Receita deve usar o Fcont principalmente para acompanhar o que ocorreu no balanço dos principais contribuintes.

Isso se torna particularmente importante quando se observa que uma parte relevante dos balanços mostrou recuperação em relação à crise bem antes da arrecadação federal, que registrou crescimento na comparação anual somente no mês de outubro.

Uma das divergências que poderão ser detectadas pela Receita com o Fcont, mas talvez só em 2010, tem a ver com a apuração do ágio decorrente de uma aquisição e incorporação.

A nova regra contábil deixa claro que o ágio deve ser separado em três partes, sendo uma referente à mais valia de ativos, outra relacionada com ativos intangíveis e uma terceira ligada à expectativa de rentabilidade futura do negócio adquirido. Somente esta última parcela é que fica classificada no balanço como ágio e pode ser amortizada em cinco anos apenas para fins fiscais. Antes disso, a prática mais comum era enquadrar todo o ágio como expectativa de rentabilidade futura, sendo todo ele passível de amortização.

No novo cenário, com a nova lei contábil e o RTT, algumas companhias estão calculando um ágio menor para fins societários e outro "inteiro" para propósitos tributários. O argumento desse grupo de empresas é que o RTT permitiu que elas agissem como fariam até 2007 e essa era a prática corrente até então. A Receita, no entanto, ainda não se posicionou oficialmente sobre como agirá em relação a esses casos, mas há apostas no mercado de que ela fará valer o que já estava previsto desde a criação da possibilidade de amortização de ágio, em 1997, que já falava da separação em três contas. (FT)

Temor das novas normas 2

Contabilidade: Há dificuldades para preparar informações para o Fiscal Contábil de Transição, o Fcont.

Empresas pedem mais prazo para Receita
Por Fernando Torres, de São Paulo - Valor Econômico - 25/11/2009

As empresas estão com dificuldades operacionais para preencher todos os dados pedidos pelo Controle Fiscal Contábil de Transição (Fcont), declaração criada pela Receita Federal em que as empresas devem detalhar o impacto das mudanças contábeis nos seus balanços.

Diante desses problemas, há demanda de importantes agentes do mercado para que o prazo final de entrega, marcado para a próxima segunda-feira, dia 30 de novembro, seja adiado. Consultada, a Receita Federal disse por meio de sua assessoria de imprensa, na última sexta-feira, que "por ora não há previsão de adiamento" de prazos.

Os dados apresentados pelas companhias em junho deste ano no Sistema Público de Escrituração Digital (Sped) Contábil servem de ponto de partida para a nova declaração. Mas segundo o especialista fiscal e tributário Marcelo Simões, da consultoria Aliz Inteligência Sustentável, algumas empresas não preencheram o balanço patrimonial e a demonstração de resultados no Sped, já que o sistema da Receita permitia o envio do documento mesmo sem esses dados.

Agora, elas têm que correr atrás. Mas o problema é que a forma como o Fisco pede a abertura dos dados nem sempre é a mesma feita pelos sistemas de controles internos das empresas. "Cada companhia trata seu plano de contas de um jeito, seja uma indústria, uma empresa de varejo etc.", afirma Simões.

Fora isso, o Fisco exige uma abertura de dados maior, inclusive de forma detalhada por centro de custo. Por exemplo, é preciso detalhar dados sobre salários da área administrativa e de produção em cada setor da companhia. "Uma empresa que tem dezenas de estabelecimentos ou inúmeros departamentos pode não ter isso disponível de imediato", afirma Simões. Entretanto, as empresas sabem do prazo a ser cumprido desde junho.

Na mesma linha, Manuel Marinho, sócio da PricewaterhouseCoopers (PwC), diz que as empresas de uma maneira geral estão coordenando forças para fazer o Fcont, "mas ainda não exploraram todas as dificuldades que ele pode apresentar".

Os especialistas argumentam que as dificuldades decorrem não apenas dos dados que são pedidos, mas também do acúmulo de trabalho nos últimos meses. As companhias tiveram que entregar o Sped Contábil em 30 de junho, o Sped Fiscal em 30 de setembro e a DIPJ no dia 16 de outubro.

Segundo Marinho, seria importante que a Receita Federal adiasse o prazo final para entrega do Fcont ou desobrigasse o preenchimento de alguns dados. "Se não mudar, vai ter muita empresa entregando com atraso ou com deficiência, para corrigir depois", afirmou o especialista, acrescentando que se as companhias tivessem mais um mês seria o suficiente.

Questionado sobre de que modo a abertura de dados por centro de custo ajuda a Receita a compreender os efeitos da nova lei contábil, Marinho diz que não vê relação direta e entende o pedido como parte da estratégia do órgão de aumentar a inteligência de fiscalização. "O propósito da Receita pode ser não apenas para saber o cálculo do imposto. Pode ser para outros monitoramentos", afirma.

Segundo ele, a autoridade tem investido pesado desde a década passada em sistemas de informatização e criado diversas obrigações acessórias para cruzar dados e aumentar a eficiência da gestão tributária. "E isso não é crítica. É só uma constatação", afirma Marinho, argumentando que faria o mesmo se estivesse no comando da Receita.

Temor das novas normas

Temor sobre impacto desestimula adesão ao IRFS
por Nina Alves - 25/11/2009

Para especialista da Audibra, empresas estão aguardando obrigatoriedade para aderir ao novo padrão contábil
SÃO PAULO – O impacto desconhecido que os resultados financeiros adaptados ao IFRS gerariam ao mercado contribui para a menor adesão ao sistema, facultativa nas informações trimestrais divulgadas pelas companhias abertas em 2010. A opinião é do diretor de Programa de Certificação do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (Audibra), Renato Fontes Trisciuzzi.

“As empresas estão com receio de chocar seus acionistas por conta de um sistema que ainda está em implementação”, declarou. “Elas estão esperando para ver se grandes corporações, como Petrobras e os maiores bancos, publicarão os resultados no novo modelo já no primeiro trimestre. E, pelo que tenho notado, mesmo as empresas de grande porte vêm sentindo dificuldades”, complementou.

Com a formatação dos atuais resultados com base no IFRS, muitas empresas poderão sofrer redução do lucro líquido declarado, seguindo seus ramos de atuação.

“Tenho recebido muitas dúvidas dos meus clientes em relação a questões de concessão, derivativos, leasing financeiro – que antes não era contabilizado e agora será adicionado ao imobilizado. Esses fatores podem gerar uma alteração forte na apresentação dos resultados de um exercício, trazendo desconforto para os acionistas, mesmo que, a princípio, a mudança no padrão contábil seja divulgada em nota explicativa”, disse.

Casamento e contabilidade

A Contabilidade e o Relacionamento Conjugal (Segundo as Normas internacionais de Contabilidade) - Paulo Henrique Feijó

Como avaliar os resultados de uma relação conjugal? Essa é e sempre será uma pergunta de difícil resposta. No entanto, a Contabilidade, na qualidade de ciência social, poderia contribuir muito para avaliação dos relacionamentos conjugais a partir da adaptação de alguns conceitos, princípios e técnicas. Senão vejamos...

Quando duas pessoas decidem casar-se e formar um único núcleo familiar, de imediato aplicam-se dois princípios fundamentais da contabilidade: O primeiro é o princípio da Entidade, pois a partir da celebração da sociedade matrimonial não mais existirão duas pessoas, mas uma única entidade que não se confunde com os indivíduos que integram a relação.

Outro princípio é o da Continuidade, pois não se casaram com data de validade ou com o objetivo de se separar no futuro. A proposta de enlace, as promessas e as expectativas são de laços eternos, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na pobreza, até que a morte, em fim os separe, pelo menos acredita-se nisso e não se vislumbra naquele instante nenhuma perspectiva de falência da relação. Da mesma forma ocorre na constituição de uma empresa que, via de regra, não será criada com a expectativa de que irá falir. Neste caso também acredita-se que será para sempre!!!

O patrimônio da relação deverá ser segregado em ativo, passivo e patrimônio líquido, se apropriando da equação fundamental do patrimônio. No entanto, os ativos e passivos serão segregados em: Emocionais (intangível) e Patrimoniais (tangível).

Quando se casam já se constitui um patrimônio inicial do tipo emocional, pois normalmente pouco se tem de patrimônio. No ativo emocional estará registrada a capacidade que cada um tem de gerar benefícios futuros para relação.

O ativo emocional inicial deve ser contabilizado aplicando-se o princípio do Registro pelo Valor Original, ou seja, o valor de “compra” de cada um que integra a relação.

As promessas de longo prazo ditas no momento da paixão devem ser avaliadas a valor justo (fair value) e trazidas a valores de hoje (valor presente), para não inflar as expectativas. Senão, em ambiente de concorrência perfeita outros competidores de mercado já poderiam botar olho grande na relação.

Em alguns casos será necessária a criação de uma conta retificadora a fim de melhor representar o ativo ou passivo emocional muitas vezes em contrapartida de uma provisão. Isso acontece muito quando se tem uma expectativa não correspondida. A provisão pode ser revertida: são os pedidos de desculpas, a mão na consciência e o infalível envio de flores...

Nos momentos de “Discussão da Relação (DR)” deve-se fazer um ajuste a valor recuperável (impairment). Quando selarem as pazes e se restabelecer o equilíbrio da relação, resgatando a capacidade de ambos sorrirem, faz-se novo teste de imparidade e se restabelece o valor original do ativo.

As receitas são os momentos felizes, as conquistas, os filhos, a família, ou seja, tudo que de alguma forma aumentou o bem estar da relação e trouxe alegria ao casal, contribuindo para o aumento do ativo emocional.

As despesas são as brigas, tristezas e decepções, que devem ser levadas logo a resultado, pois diminuem o bem estar da relação. A rotina e os desgastes diários devem ser levados a “Custo da Relação Vivida (CRV)”, para em seguida serem levados a resultado.

O confronto das receitas (alegrias, conquistas...) e despesas (tristezas, decepções...) é o lucro da relação no período de apuração. Nesse confronto é importante garantir que as despesas sejam menores que as receitas, principalmente as emocionais, que garantem a liquidez da relação. Deve-se lembrar que os dividendos serão distribuídos em sistemática de partilha simples.

Sob a ótica fiscal (variação da dívida emocional líquida...) também deve-se garantir que as alegrias e conquistas sejam maiores que tristezas e decepções, sempre trazidas a valor presente (ótica de caixa...). Dessa forma também se evita a necessidade de financiamento junto a terceiros (as).

A técnica contábil para registro dos atos e fatos emocionais é o das partidas dobradas ou do carinho mútuo. Nunca haverá um débito sem um crédito, ou seja, nunca haverá um carinho sem reciprocidade. Algumas vezes a contrapartida poderá chegar tardiamente, de forma um pouco defasada, mas no final o lançamento deve fechar as partidas a débito e a crédito. Quando os dois estão bem, cada crédito exige em contrapartida apenas um débito para que o lançamento se feche. Esse é o típico carinho de primeira fórmula (um débito e um crédito).

Há momentos em que um deles se acha muito importante e exige diversos créditos para fechar com um débito ou diversos débitos para fechar com um crédito. Esses são instantes de carência de um dos lados, que exigem atitudes de carinho de 2ª e 3ª fórmula (diversos débitos para um crédito ou diversos créditos para um débito)

Quando o momento é de ampla felicidade, de ambos os lados, daí tem-se um momento de carinho de 4ª fórmula (diversos débitos para diversos créditos...), ocorre normalmente nos momentos de extrema felicidade da relação (nascimento dos filhos, filhos dormindo, orgasmos múltiplos...).

Ao longo da relação podem ocorrer momentos difíceis que diminuem a capacidade de geração de benefícios futuros para a relação. Nesse momento pode-se desejar incorporar outro ativo, externo a relação, muitas vezes denominados de ativo oculto, geralmente financiados como caixa dois, com capacidade de proporcionar benefícios presentes e futuros, normalmente para um dos integrantes da relação. Vale ressaltar que é um ativo de risco!! É “Derivativo Emocional”, pois deriva de situações em que não há carinho mútuo. Ao se desincorporar esse ativo as conseqüências podem ser desastrosas a ponto de se avaliar que patrimônio emocional ficou a descoberto e exigir um novo aporte emocional ou a falência da entidade, digo, da relação.

Assim, o principal ativo emocional da relação é a capacidade que cada um tem de fazer o outro feliz, de fazer o outro sorrir... Nesse sentido o valor da relação não está no que se viveu, mas no que se vive e na expectativa do que se pode viver. O que vale é a capacidade de continuar fazendo um ao outro sorrir e não o quanto sorriu!

Então ame, viva, registre as emoções, celebre as conquistas, provisione as decepções, avalie as expectativas a valor justo, valorize seu companheiro(a) e pontencialize a capacidade que ele(a) tem de gerar benefícios emocionais para a relação, pois essas são boas práticas de governança para uma relação duradoura!



Grato Orleans Martins, pela dica.

25 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: New Yorker

Teste #183

Um conhecido super-herói dos quadrinhos "afirmou" que o custo de manter sua identidade secreta era "priceless" (sem preço, igual a propaganda do cartão de crédito). Entretanto, uma análise do quadrinho mostrou que o custo foi em torno de 11 mil dólares (vidros, móveis destruídos etc). Você arriscaria afirmar que herói é este?

Batman
Spider Man (Homem Aranha)
Super Man

(P.S. Homenagem ao professor e amigo Wagner, fã dos quadrinhos e professor de custos)

Resposta Anterior: Agnelli. Ver: Corporate News: Lawsuit Drives Rift Among Agnellis --- Fiat Patriarch's Daughter Wants Fresh Accounting of His Estate, Stacy Meichtry, 18/11/2009, The Wall Street Journal, J , B2. Rubirosa foi considerado o último playboy. Lundgren foi o fundador das Casas Pernambucanas.

Estudo de Caso de Contabilidade Pública 2

'Emprestei nome e recebi R$ 2 mil'
Bruno Tavares e Marcelo Godoy
23/11/2009 - O Estado de São Paulo

Além de ganhar a quantia mensalmente, aposentado ouviu promessa de que seria presenteado com casa

Foi no começo de 2006 que o aposentado Carlos Seiiti Nakajima, de 62 anos, recebeu a tentadora proposta: R$ 2 mil por mês e a chance de ganhar uma casa ou apartamento pelo empréstimo de seu nome para a abertura de uma empresa de representação comercial, a Carsena. O convite partiu de um homem que mal conhecia - só sabia se chamar João Pedro e seu apelido, Bigode. Sem que desconfiasse, Nakajima estava sendo envolvido em um esquema arquitetado pela J. Coan & Cia. Ltda, uma das maiores fornecedoras de refeições prontas do País.

Além de emprestar seu nome, Nakajima foi incumbido de recolher os encargos da empresa, tais como PIS, Cofins e Imposto de Renda, nas datas de vencimento. Colocou como sócia na empreitada Ana Maria Martins, uma amiga de baile. Segundo ele, a mulher nada sabe sobre o acordo firmado com Bigode. Em depoimento a promotores do Ministério Público Estadual (MPE), o aposentado disse desconhecer a razão social da Coan e o esquema de venda de refeições. “Doutores, na verdade eu assinei diversas procurações em branco”, afirmou. Algumas dessas procurações, segundo apuração do MPE, foram usadas para a abertura da conta bancária da Carsena.

Inicialmente, disse Nakajima, a empresa ficou registrada em Tietê, mesma cidade em que a Coan tem sede, no interior de São Paulo. Meses depois, a Carsena migrou, pelo menos no papel, para um endereço em Indaiatuba. Conforme registro na Junta Comercial de São Paulo, a empresa teria iniciado suas atividades em 2 de outubro de 2006, no número 106 da Rua Benedito de Campo, no Jardim Morada do Sul, loteamento residencial às margens da Rodovia SP-75.

Na semana passada, o Estado esteve no local. O galpão abriga, na verdade, uma igreja evangélica. “Os crentes estão aí há uns cinco anos ou mais”, afirmou o montador aposentado Valdomiro Soledade, de 47 anos, que há 22 reside na rua. “Antes da igreja, funcionava a mercearia do seu Sebastião. Nunca teve essa Carsena aqui, de jeito nenhum.”

Nakajima admite nunca ter ido ao endereço da Carsena em Indaiatuba. Só transferiu o registro da empresa no ano passado, por ordem de Bigode. Para justificar a existência da empresa, teve de alugar uma sala em Sorocaba. Indagado pelos promotores se tinha consciência de que fora usado como laranja, Nakajima não soube responder, pois desconhece o significado dessa expressão.

Estudo de Caso de Contabilidade Pública 1

Fornecedora de merenda de São Paulo admite fraude
AE – 23/11/2009

Uma rede de empresas fantasmas, laranjas e notas fiscais frias envolve uma das maiores fornecedoras de refeições prontas do País, a Geraldo J. Coan & Ltda. Investigação feita pelo jornal O Estado de S. Paulo descobriu que o imóvel onde deveria funcionar uma representante da Coan abriga uma igreja evangélica. Dados bancários indicam depósitos periódicos da Coan nas contas de empresas fantasmas.

Tudo foi confirmado pelo Ministério Público Estadual (MPE), a tal ponto que a empresa se viu obrigada a admitir sonegação fiscal. Promotores, no entanto, desconfiam de que o esquema tinha outra serventia: disfarçar o pagamento de propina a autoridades municipais. A Coan tem contratos com diversas prefeituras paulistas, incluindo a da capital.

A investigação começou em 2008, quando uma denúncia levou a 2ª Delegacia de Crimes Fazendários a abrir inquérito sobre o caso. Insatisfeito com a atuação policial, o mesmo informante procurou O Estado de S. Paulo em outubro de 2008. Trazia nomes, endereços e documentos que, segundo ele, levariam à descoberta de um grande esquema de fraude.

A reportagem confirmou os indícios de que duas empresas dessa trama seriam fantasmas: a Carsena Representação Comercial, que indica o endereço de uma igreja como seu escritório, e a CJM - Representação Comercial de Gêneros Alimentícios e Refeições Prontas, também registrada com endereço frio na Junta Comercial. Os promotores descobriram que a CJM havia mudado do endereço falso na Rua Barão de Itapetininga, no centro de São Paulo, para outro lugar inexistente. Dessa vez, a sede ficava em Belo Horizonte.

O acesso a papéis da Coan, obtidos em operação conjunta do MPE com a Secretaria Estadual da Fazenda, confirmou a denúncia de que ela fazia pagamentos para as empresas que nada lhe forneciam. Exemplo disso é um recibo de R$ 54,7 mil da Coan para a Carsena, datado de 31 de julho de 2007. A nota fiscal de número 17, emitida pela Carsena, mostra pagamento de R$ 144,7 mil em 24 de junho de 2007. Entre setembro e dezembro de 2007, cerca de R$ 900 mil entraram nas contas da Carsena. Outro tanto circulou pelas contas da CJM.

Fraude

Para se defender das acusações, há dois meses o empresário Geraldo João Coan apresentou ao MPE declaração de duas folhas em que assume que a CJM e a Carsena foram “utilizadas em transações que não correspondiam à efetiva prestação de serviço”. O documento isenta de responsabilidade as pessoas que emprestaram seus nomes e alega que o objetivo do esquema era diminuir a base tributável do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). A Receita Estadual ainda não apurou quanto a Coan teria sonegado nem o valor da multa a que a empresa está sujeita.

A Coan e as demais fornecedoras de merenda escolar da capital paulista estão desde o ano passado na mira do MPE. Elas são acusadas de terem formado um cartel para fraudar licitações e corromper agentes públicos. Atualmente, a Coan é responsável por fornecer merenda para o lote 3, que engloba as unidades municipais de ensino em Pirituba e Freguesia do Ó, nas zonas oeste e norte de São Paulo.

Defesa

O advogado Geraldo Fabri, que coordena as bancas de defesa contratadas pela Geraldo J. Coan & Cia Ltda, preferiu não comentar o andamento das investigações feitas desde o ano passado pelo Ministério Público Estadual (MPE). “Esse caso (suposta fraude fiscal, uso de empresas fantasmas e laranjas) é objeto de investigação em São Paulo e estamos oferecendo defesa”, assinalou. “Não teria condições de dar nenhum veredicto. Ainda é um pouco cedo para falar qualquer coisa.”

Segundo Fabri, a própria empresa não chegou a nenhuma conclusão sobre as acusações de que tem sido alvo desde 2008. “É muito prematuro falar agora”, reiterou. O advogado disse desconhecer a existência da declaração entregue em setembro pelo empresário Geraldo João Coan ao MPE, na qual confirma o uso de duas empresas fantasmas para, segundo ele, burlar o Fisco. “Precisaria ver isso com ele mesmo, mas o sr. Geraldo não está aqui nesse momento. Não tenho como falar nada a respeito, me desculpe.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Autismo

O novo livro de Tyler Cowen, Create your Own Economy, foca na questão da síndrome de Asperger ou autismo. O prêmio Nobel de Economia Vernon Smith – um dos mais importantes economistas modernos, responsável pela economia experimental – é um conhecido doente. Cowen, do blog Marginal Revolution, considera que a doença está vinculada ao mundo moderno.

Adversários

Em enfrentei Gustavo Kuerten, a Brazilian. Levou 46 minutos para derrotar-me.


No livro Open, Agassi, ex-número 1 do mundo no tênis, cita somente uma vez Gustavo Kuerten. Em 2000 Kuerten venceu Agassi em Lisboa e naquele ano tornou-se o número 1 do mundo. O livro causou polêmica por revelar o uso de drogas por parte de Agassi.

Enquete

Encerramos mais uma enquete, onde a pergunta foi "Em sua opinião, a imagem do contador na imprensa é"

A maioria considerou uma imagem negativa (43% relativamente e 9% negativa ou 22 e 5 respostas). Onze responderam que a imagem é neutra, 4 (7%) relativamente positiva e 9 (17%) positiva.

Uma aluna de graduação, Carolina Flor, está finalizando uma pesquisa sobre o assunto. Avaliando a imprensa brasileira (Folha de São Paulo, O Globo, Estado e Valor), de 2005 a 2009, constatou-se que a maioria das notícias eram neutras. Entretanto, das que não eram neutras, as notícias negativas correspondiam a nove vezes as notícias positivas sobre a profissão.

A percepção da maioria dos respondentes parece que foi confirmada pela pesquisa.

Temos nova enquete, agora sobre a escolha da profissão contábil. Participe.

Normas internacionais e Aplicação

Um artigo interessante sobre a adoção das normas internacionais de contabilidade

Palavra do gestor: IFRS: mais transparência entre empresas e acionistas
Marco Antonio Papini - Valor Econômico - 24/11/2009

Imagine sair do médico com um terrível problema de saúde diagnosticado e saber que o remédio só vai ficar pronto no ano seguinte, diante da falta generalizada de conhecimento sobre a doença em questão. Com certeza, o desespero se instalaria em você.

Guardadas as devidas proporções, é assim que se sente hoje grande parte da classe contábil e, por conseguinte, pequenos e médios investidores diante das muitas dúvidas ainda presentes dois anos depois de publicada a Lei 11.368, das S.A. Entre elas, o porte exato das empresas às quais essas novas regras se destinam, aspecto básico na definição quanto à sua real aplicabilidade.

A própria Comissão de Valores Mobiliários (CVM), em nota recém-divulgada, reconhece ser muito difícil que o novo modelo se aplique já no primeiro trimestre de 2010, o que levou a autarquia a sugerir a aplicação provisória dos padrões atualmente vigentes tendo em vista a demora com que a agenda envolvendo a migração de uma realidade para a outra tem sido divulgada.

Essa decisão pode ser considerada acertada, pois traduz o desejo de boa parte de quem trabalha nos departamentos financeiros das empresas em busca de um pouco mais de tempo para poder se atualizar em relação às normas internacionais de contabilidade, cuja complexidade não se pode desprezar.

Altamente ilustrativo desse cenário é o número de contadores [1] contestando a tese de que as normas IFRS devam ser adotadas, inclusive, pelas micro e pequenas empresas, à luz da Resolução do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Foi o caso de um conhecido profissional da área, com atuação no Sul do país, cujo título de um artigo recém-publicado já diz tudo: "Novo padrão contábil - um delírio". [2]

Aos investidores, em especial aos pequenos, também não faltam motivos para interrogações a esta altura, pois geralmente eles não recebem todas as informações necessárias sobre a empresa nas quais estão colocando dinheiro. [3] Nem devem imaginar, por exemplo, que o fato de uma entidade vender um ativo a um terceiro com a documentação indicando a transferência legal da propriedade não significa, propriamente, a inexistência de acordos paralelos assegurando o usufruto contínuo dos benefícios econômicos gerados por esse bem.

Nessas operações, até a futura recompra é possível e por um montante próximo ao valor original acrescido apenas dos juros de mercado pouco tempo depois. Em outras palavras, reportar a transação numa circunstância assim não representaria adequadamente o negócio efetivado, comprometendo, com isso, a veracidade da informação levada tanto à contabilidade quanto aos acionistas da empresa.

As normas IFRS estão sendo implantadas também para solucionar essa falta de transparência entre as empresas e os pequenos acionistas, uma relação que certamente será transformada nessa nova etapa da história da contabilidade mundial, em que pese, repito, ser no mínimo inconveniente a pressa numa implantação de tal complexidade.

Paralelamente, não se pode negar também que será dado um novo impulso à gestão empresarial com todas essas mudanças elevando, sem dúvida, o grau de confiança dos investidores externos. Os que tiverem participação irrelevante na tomada de decisões, por exemplo, poderão acompanhar com mais proximidade os passos da administração, a fim de coibir possíveis deslizes, como os registrados no passado recente com grandes e famosas corporações. [4]

Voltando à questão sobre quais entidades realmente serão obrigadas a aplicar as normas IFRS em 2010, vale lembrar o parágrafo 44 da Resolução CFC 1.121/08 (Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis), que coloca o equilíbrio entre custo e benefício como "uma limitação de ordem prática, ao invés de uma característica qualitativa", já que as vantagens decorrentes da informação devem exceder o custo de produzi-la. [5]

Diz ainda o dispositivo que esse aspecto é, basicamente, um exercício de julgamento, no qual deve-se sempre levar em conta a relação custo-benefício de uma forma ampla, e não apenas para atender à conveniência dos usuários para os quais as informações são preparadas.

Por esse raciocínio, o fornecimento de dados mais detalhados e precisos aos credores, por exemplo, seria uma forma de reduzir seus custos financeiros, além de deixar os investidores bem mais seguros quanto à situação verdadeira do negócio ao qual confiam suas aplicações.

Aspectos assim tornam evidente que as resoluções do Conselho Federal de Contabilidade [6] devem ser seguidas por contadores e empresas, contanto que se respeite a real validade dessa decisão, já que em 99% das pequenas entidades as resoluções do CFC que tratam da internacionalização contábil são tecnicamente perfeitas e sustentáveis, porém dificilmente aplicáveis.


[1] Quantos? É muito ou pouco?
[2] Seria interessante nomear que é o conhecido profissional...
[3] Não é o caso, pois trata-se de pequenas empresas, onde o processo de avaliação para esta decisão não é baseado na contabilidade.
[4] Novamente, acredito que a comparação está fora de contexto. O assunto são pequenas e médias empresas, correto?
[5] Bem lembrado. Provavelmente será contrário a aplicação das normas para PMEs
[6] O próprio CFC ainda não aceitou plenamente as normas internacionais de contabilidade.

Um adendo: o autor do texto NOVO PADRÃO CONTÁBIL, UM DELÍRIO é Marcelo Henrique da Silva.

Setores e investimentos ambientais e sociais

Fundamentado na teoria da legitimação, este estudo objetiva averiguar se o volume de
investimentos sociais e ambientais efetuados pelas empresas difere de setor para setor, uma vez que se supõe que cada setor tem características distintas e, conseqüentemente, exigências diversificadas quanto à sua postura frente à sociedade. (...) A métrica utilizada na análise corresponde à parcela média dos últimos três anos da receita líquida destinada a tais investimentos, sendo as informações necessárias extraídas do banco de dados do Ibase. Quanto à classificação dos setores, recorreu-se aos critérios utilizados pela Bolsa de Valores de São Paulo – Bovespa. Fizeram parte da amostra 212 empresas, pertencentes a nove setores da economia, correspondendo a um total de 376 balanços sociais referentes ao período de 2005 a 2007. (...) verificou-se diferença nos investimentos sociais e ambientais entre os setores, ao nível de significância de 1%. Com base no mapa perceptual, foi possível observar algumas associações entre os setores e os investimentos sociais e ambientais.

A RELAÇÃO ENTRE SETOR ECONÔMICO E INVESTIMENTOS SOCIAIS E AMBIENTAIS - Márcia Reis Machado (UFPB), Márcio André Veras Machado (UFPB) e Ariovaldo dos Santos (USP)

Bandeira


Bandeira do mundo, pelo número de habitantes.

Crimes empresariais

As três formas de crime mais comuns são roubos, fraude contábil e corrupção. Uma pesquisa bianual da PWC com 3 mil respondentes de 54 países mostra que a recessão aumentou os crimes empresariais. (The rot spreads – 21/11/2009 The Economist e Rise in fraud by middle managers – Michael Peel – 19/11/2009 - Financial Times)

Uma das razões seria a redução no número de supervisores dos trabalhadores, segundo a The Economist. Já o Financial Times destaca o aumento dos crimes no staff intermediário.

Sobre este assunto ver também o blog do professor Lino Martins.

24 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: Aqui

Teste #182

O falecimento de um patriarca sempre gera disputas entre as famílias. Um dos casos que ainda desperta curiosidade e atenção da imprensa refere-se a herança deste milionário, que quando vivo já foi considerado um rei não oficial do seu país. Os negócios deste patriarca alcançam inclusive o Brasil, numa empresa industrial muito importante para economia mineira. Qual o seu nome?

Gianni Agnelli
Porfírio Rubirosa
Herman Theodor Lundgren

Resposta do Anterior: 6,9/10,4 = 66%

Links

Um desenho baseado em Buffett

Hierarquia das distrações

Legalizando e Tributando a Marijuana nos EUA

Auditoria da Parmalat

Auditorias indenizam investidor da Parmalat
Por David Glovin, Bloomberg, de Nova York - Valor Econômico - 23/11/2009

As empresas de auditoria e consultoria Grant Thornton e Deloitte & Touche vão pagar um total de US$ 15 milhões para resolver um processo no qual investidores da Parmalat Finanziaria, da Itália, acusam as firmas de contabilidade de ajudar a fraudá-los, segundo consta em documentos que deram entrada na Justiça na sexta-feira.

A Deloitte, com sede em Nova York, vai pagar US$ 8,5 milhões, e a Grant Thornton, de Chicago, US$ 6,5 milhões, segundo os documentos que pedem ao juiz distrital de Nova York, Lewis Kaplan, que aprove o acordo preliminar firmado entre as partes. "O acordo encerra o litígio com a Parmalat", diz James Sabella, um advogado dos investidores que processaram as duas firmas de contabilidade.

O advogado, que trabalha para a Grant & Eisenhofer, de Nova York, chamou o acordo de um bom resultado. Decisões recentes de Kaplan "reduziriam dramaticamente os danos máximos recuperáveis" se o caso fosse a julgamento, disse ele anteriormente.

Os investidores recuperaram cerca de US$ 91 milhões no caso, disse Sabella. Antes disso, o Credit Suisse First Boston e o Banca Nazionale del Lavoro já haviam pago um total de US$ 50 milhões, e a Parmalat (após a reorganização realizada pela companhia), US$ 26 milhões.

As reivindicações dos investidores contra o Citigroup e o Bank of America (BofA) foram negadas. Sabella disse que o acordo é notável porque quem está pagando são "as organizações guarda-chuva, ou de coordenação internacional", das duas firmas de contabilidade, e não as entidades que fizeram o trabalho de auditoria. Essas organizações guarda-chuva tentaram escapar da responsabilidade legal. [1]

A Parmalat Finanziaria pediu concordata em dezembro de 2003, depois que investidores alegaram uma enorme fraude. A companhia sucessora abreviou seu nome para Parmalat SpA e voltou a ser negociada no mercado de ações em 2005.

Os investidores processaram a Parmalat, seus bancos e auditores por causa da implosão da companhia. Os investidores da ação coletiva alegaram que os auditores da Parmalat deveriam ser responsabilizados pela fraude supostamente contábil.

O problema na Parmalat aconteceu logo depois dos escândalos contábeis das empresas Enron e WorldCom, que levaram a uma profunda mudança de regulação no mercado de capitais americano.

Com o colapso dessas companhias, foi criada, em 2002, a Lei Sarbanes-Oxley (SOX) [2]. A nova legislação tornou a rotina das auditorias mais rigorosa, exigiu que a administração das empresas atestasse a veracidade dos demonstrativos financeiros e impôs que determinados comitês dos conselhos de administração tivessem uma maioria de membros independentes.


[1] Isto é uma novidade. No caso da empresa hindu Samtyam a PwC alegou que não possuía responsabilidade na auditoria.
[2] O texto foi infeliz, já que o escândalo da Parmalat é de 2003.

Desempenho de Seguradoras

Este artigo tem como objetivo analisar o desempenho contábil-financeiro no setor brasileiro de seguradoras, aplicando análise hierárquica (AHP) às informações do ano de 2007. Para tanto, utiliza-se de informações sobre lucratividade, eficiência gerencial (despesas operacionais), sinistralidade e risco (de uso de capital de terceiros), que são os fatores resultantes da análise fatorial feita com os índices contábil-financeiros disponíveis na base de dados da Revista Conjuntura Econômica (2008). (...) A análise do desempenho mostra que a melhor seguradora é a Safra e o pior resultado fica por conta da Sulina. Os resultados mostram, ainda, não existir qualquer relação entre o desempenho e o tamanho. Apesar disso, foi possível observar impacto do tamanho no desempenho contábil-financeiro, ao nível de 5% de significância, pois o desempenho das cinco menores seguradoras se mostrou significativamente superior ao das cinco maiores. Mesmo que de forma incipiente, isso pode estar mostrando uma mudança nos paradigmas de desempenho no setor, onde o foco pode estar saindo das questões mais financeiras (comum a grandes seguradoras pertencentes a grandes conglomerados financeiros) para as mais operacionais como qualidade da carteira e outras congêneres.

ANÁLISE DO DESEMPENHO CONTÁBIL-FINANCEIRO DE SEGURADORAS NO BRASIL NO ANO DE 2007: UM ESTUDO APOIADO EM ANÁLISE HIERÁRQUICA (AHP) - Marcelo Alvaro da Silva Macedo (UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO) & Luiz João Corrar (USP)

A questão da garantia

Muitos consumidores têm como hábito ao comprar um eletrodoméstico adquirir juntamente uma garantia entendida. O consumidor acha que é uma barganha, mas o lucro geralmente são dos comerciantes. Em Protection racket (The Economist, 19/11/2009) relata uma pesquisa publica no Journal of Consumer Research, sobre as razões de comprar uma garantia estendida. Segundo os pesquisadores, Tao Chen e Ajay Kalra, se o consumidor compra algo divertido – como uma televisão de plasma – ele estará mais propenso a garantia extra. O estudo mostrou também que consumidores pobres tendem a comprar em razão da despesa potencial de substituição do produto.

Verde

McDonald's muda logo na Europa
Associated Press, BERLIM
O Estado de São Paulo - 24/11/2009

Verde substitui o vermelho atrás dos arcos

A rede de lanchonetes americana McDonald’s está se tornando verde - trocando o tradicional vermelho de seu logotipo por um verde escuro - para buscar uma imagem mais “ambientalmente amigável” na Europa. Cerca de 100 lanchonetes da rede na Alemanha vão fazer essa mudança até o final do ano, de acordo com a companhia. Algumas franquias na França e na Grã-Bretanha também já começaram a usar a nova cor no logotipo. “Essa não é uma iniciativa alemã, mas de toda a Europa”, disse Martin Nowicki, porta-voz da rede na Alemanha.

A rede, sediada em Oak Brook, no Estado de Illinois, nos EUA, conta com mais de 32 mil lanchonetes em 118 países, e vem sendo há um bom tempo alvo de ativistas ambientais, acusada de “inimiga” do meio ambiente. Por causa disso, a companhia vem tentando adotar práticas mais “verdes”, o que inclui a conversão do óleo usado nos restaurantes em biodiesel.

“Com essa nova aparência, nós queremos deixar clara nossa responsabilidade na preservação dos recursos naturais. No futuro, colocaremos um foco ainda maior nisso”, disse, em comunicado, Hoger Beek, vice-presidente do conselho de administração da companhia na Alemanha.

Mas os ativistas ambientais não ficaram muito convencidos com a mudança de cor no logotipo. Clare Oxborrow, do grupo Friends of the Earth (Amigos da Terra), disse que a empresa continua usando carne de animais criados em florestas devastadas. A empresa disse, porém, que toma cuidados para que isso não aconteça.

Lucro e Crise

Empresas voltam a lucrar e deixam crise para trás
O Globo - 24/11/2009 -
Ronaldo D’Ercole

SÃO PAULO. As empresas brasileiras de capital aberto já recuperaram boa parte das perdas que o agravamento da crise financeira internacional, no fim de 2008, provocou em seus balanços. Levantamento feito pela consultoria Economática mostra que o lucro líquido acumulado por 291 companhias com ações listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) alcançou R$36,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano, valor 7,8% menor que os ganhos [1] de R$39,5 bilhões registrados no mesmo trimestre de 2008.

Dos diferentes setores analisados, o de mineração é o que ainda mais se ressente da brusca queda de demanda na economia global. A lucratividade do setor, que é puxada pelos resultados da Vale, despencou de R$12,06 bilhões entre julho e setembro para R$1,19 bilhão no último trimestre de 2008. Apesar da gradual recuperação dos mercados mundiais, o lucro do setor somou R$3,07 bilhões no trimestre passado, um quarto do que era um ano atrás. Assim, antes no topo do ranking dos ramos mais lucrativos, a mineração ocupa agora o quarto lugar.

— A diferença ainda é muito grande, absurda, em relação aos ganhos de antes da crise — diz Einar Rivero, gerente de relacionamento institucional da Economática.

Bancos estão no topo do ranking da lucratividade

Na direção contrária das mineradoras, o setor bancário saiu da condição de terceiro colocado no ranking da lucratividade para o primeiro posto. O lucro das 21 instituições financeiras analisadas pela Economática passou de R$6,83 bilhões no terceiro trimestre de 2008 para R$7,49 bilhões.

Os bancos são seguidos bem de perto pela lucratividade do setor de petróleo e gás — no qual a Petrobras também tem peso preponderante —, que registrou ganho de R$7,47 bilhões no trimestre passado. Esse valor, entretanto, está longe ainda dos resultados do terceiro trimestre do ano passado, de R$11,33 bilhões de lucro.

As 20 empresas brasileiras de capital aberto do setor de siderurgia e metalurgia, que viram seus lucros despencarem de R$2,1 bilhões no último trimestre de 2008 para R$331 milhões nos primeiros três meses deste ano, também já apresentam um bom desempenho. Mesmo reunindo grandes empresas exportadoras, como Gerdau e Usiminas, entre outras, que ainda se ressentem do encolhimento dos mercados europeu e americano, o setor fechou o trimestre passado com R$2,33 bilhões em ganhos líquidos [2], pouco acima do registrado um ano antes.

Setor elétrico e teles refletem retomada

A lucratividade das empresas do setor elétrico, duramente afetada pela desaceleração da economia doméstica, já reflete a retomada da economia. No último trimestre, o lucro das 42 empresas elétricas alcançou R$4,74 bilhões, depois de cair a R$2,44 bilhões entre abril e junho. É uma reação parecida à experimentada pelas companhias do setor de telecomunicações, cujos ganhos [3] alcançaram R$1,98 bilhão, em relação a R$307,7 milhões um trimestre antes.


[1] [2] [3] O autor do texto tenta encontrar outro nome para lucro e utiliza o termo ganho.

Gênio norueguês


Dentro de alguns meses, Magnus Carlsen provavelmente assumirá o posto de primeiro jogador no rating de xadrez. Se isto ocorrer, como se espera, o norueguês de 18 anos será o enxadrista mais jovem, desde que o ranking foi criado, a chegar ao topo.

A diferença entre Magnus e o atual primeiro colocado no ranking, o búlgaro Topolov, é de menos 10 pontos. E Magnus já ultrapassou o atual campeão do mundo, o indiano Anand.

Recentemente, Magnus venceu o torneio mundial de xadrez rápido, deixando em segundo lugar Anand (Topolov não participou). No confronto contra Anand, o terceiro (outro jovem brilhante, Karjakin), o quarto (o ex-campeão Kramnik, um dos quatro ex-campeões que participaram) e o quinto (Grischuk), em oito partidas, ele ganhou todas.

Ele era o jogador mais jovem do torneio. (O mais velho era o ex-campeão Karpov, que iniciou bem o torneio – chegou a estar em terceiro – mas caiu de produção). (fonte: aqui. Vide aqui um vídeo mostrando uma partida de Carlsen no torneio).

Enquanto isto, o xadrez brasileiro possui poucas possibilidades de ter um grande mestre entre os maiores do mundo. Atualmente o Brasil é considerado pela FIDE - a entidade que regula o xadrez - em 25o. lugar. Dos cem melhores jogadores brasileiros, somente um – Vitor Shumyatsky, filho de um professor russo de matemática da Universidade de Brasília – possui menos de dezesseis anos, muito embora cinco nasceram na década de 90.

As empresas que desenvolvem talentos

1 IBM
2 PROCTER & GAMBLE
3 GENERAL MILLS
4 McKINSEY
5 ICICI BANK
6 McDONALD'S
7 GENERAL ELECTRIC
8 TITAN CEMENT
9 CHINA MOBILE
10 HINDUSTAN UNILEVER
11 NATURA COSMETICOS
12 COLGATE-PALMOLIVE
13 TNT
14 DEERE
15 WHIRLPOOL
16 3M
17 CARGILL
18 OLAM
19 ELI LILLY
20 PEPSICO
21 AMERICAN EXPRESS
22 LOCKHEED MARTIN
23 INTEL
24 INFOSYS

Fonte: Fortune (The 25 Best Leader Machines; Beth Kowitt; Kim Thai; 7/12/2009)

23 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


Fonte: aqui

Teste #180

Os franceses o chamam de Aiatolá da Contabilidade, segundo o Financial Times (Europe's schism threatens global accounting rules, Rachel Sanderson, 16/11/2009). Você sabe quem é ele?

Douglas Flint, HSBC chief financial officer
Paul Volcker, assessor de Obama, inclusive para assuntos contábeis
Sir David Tweedie, chairman do Iasb


Resposta do anterior: século XX. Trata-se de A History of Accounting and Accountants, de Richard Brown, editor. Publicado originalmente em Edimburgo, Escócia, em 1905. Uma cópia do livro pode ser comprado na Amazon.

Competir contra o melhor

O que acontece com nosso desempenho quando competimos com alguém melhor? Jennifer Brown, do Kellogg School da Northwestern University, encontrou que competir contra um campeão pode diminuir o desempenho. Utilizando dados de torneios de golfe, onde a pontuação é individual de cada jogador.

A presença do campeão Tiger Woods num torneio de golf faz com que o desempenho dos jogadores caia em média. Para Brown, a presença de Woods intimida e inibe os competidores de tentarem fazer o melhor.

A pesquisa de Brown vai além. Ela estimou que Woods recebeu 4,9 milhões adicionais por causa da redução do esforço de outros golfistas.

Fonte: In the Eye of the Tiger

Presente de Natal

Cada dólar gasto com alguém gera menos valor do que o dólar gasto com você mesmo – cerca de 18%, estima [Joel] Waldfogel. Como os estadunidenses gastam cerca de 66 bilhões por ano com presentes de natal, isto implica numa destruição de 12 bilhões de riqueza – cerca de 0,1% do PIB. Uma razão para esta destruição, diz Waldfogel, são incentivos mal alinhados. [em vez de revoltarmos com um presente, nós sorrimos e dizemos obrigado.

SCROOGENOMICS: A REVIEW

Estudo e Nota


Os Stinebrickners tentaram uma nova abordagem, perguntando aos estudantes que inscreveram na sua pesquisa de forma detalhada como eles gastaram seu tempo durante os primeiros dois anos de faculdade, e então examinaram cada uma das notas dos estudantes.


O estudo afeta a nota? A relação parece não ser significativa, segundo a pesquisa. A conferir. Fonte: Aqui

Espanha e crise

O texto a seguir discute a questão das provisões dos bancos espanhóis e a crise financeira. Estes bancos possuem provisões para as crise, mas o texto afirma que isto pode ter prejudicado o país. Grifo do blog.

Economía/Finanzas.- Ybarra (ex BBVA) afirma que el Banco de España permite contabilidad "no todo lo estricta que antes"
Europa Press - Servicio Nacional - 22/11/2009

El ex copresidente de BBVA Emilio afirma que el Banco de España ha relajado la normativa de saneamiento y, en general, permite actuaciones contables "no todo lo estrictas que venían siendo con anterioridad", al tiempo que vaticina que las necesidades de capital "se harán imperiosas".

Según el ex directivo que copresidió BBVA junto a Francisco González hasta 2001, las cajas de ahorros en España llevan a cabo actuaciones que retrasan la afloración de la morosidad, con refinanciaciones, adjudicaciones de activos o canje por acciones, entre otras.

"Las cajas de ahorros, con la anuencia del propio Banco de España, empujan el problema hacia adelante", sostiene Ybarra en un artículo sobre el sector financiero español ante la crisis incluido en el último número de 'Política Exterior' que recoge Europa Press.

A su parecer, una importante diferencia entre muchas grandes entidades internacionales y los bancos y cajas de ahorros españoles es que aquéllas tenían en su balance activos en los que las normas contables exigen su valoración de mercado, 'mark to market'.

Con estos activos -básicamente títulos, muchos de ellos procedentes de hipotecas- dichos bancos internacionales se han visto obligados a reflejar cuantiosas pérdidas con una relativa rapidez, mientras que en España las entidades tienen en su activo fundamentalmente créditos.

Estos activos en las entidades financieras españolas no tienen un valor objetivo de mercado y sólo irán aflorando sus pérdidas subyacentes a medida que vayan entrando en morosidad y sea necesario provisionarlos, explica Ybarra.

"Sin embargo, está claro que en un sector en el que existe tan altísima concentración de créditos a la construcción, al sector inmobiliario y a la adquisición de vivienda, sólo es cuestión de tiempo que se planteen problemas de gran calado en algunas entidades", afirma Ybarra, en alusión a las necesidades de capital.

En este sentido, agrega que los mercados son conscientes de esas "pérdidas latentes" y exigen a todas las entidades financieras unos mayores niveles de capitalización que antes de la crisis, a lo que se une la alta probabilidad de que los organismos financieros internacionales dicten nuevas normas de capital en las que se exijan más recursos propios.

En otros países la rapidez en la contabilidad de las pérdidas ha conllevado una urgencia en la necesidad de recapitalizar entidades, deparando los mecanismos ya conocidos de inyección de capital desde los gobiernos, recalca Ybarra.

Los bancos y cajas españoles han transitado por la crisis financiera internacional "con menos sobresaltos" que en otros países porque partían de niveles "ínfimos" de morosidad y porque tenían muchas provisiones por la prudente política aplicada por el Banco de España, indica. "Pero es cuestión de tiempo que lleguen momentos mucho más complicados, augura. "FRENÉTICO AUMENTO DE LA MOROSIDAD".

El "frenético" aumento de la morosidad debido al rápido deterioro económico y a los criterios contables establecidos por el Banco de España, la mayor necesidad de provisiones y las dificultades para tomar financiación en los mercados obligan a reconvertir el sector, estima.

Según sus cálculos, si la morosidad sigue el mismo ritmo que hasta ahora, "se podría llegar a finales de 2010 con unas tasas de mora no muy lejanas a los dos dígitos", especialmente en las cajas de ahorros, lo que causará "serias dificultades" a algunas entidades.

Además, incluso en 2011 las tasas de impago podrían continuar aumentando, "dependiendo de si se afronta el problema con decisión o se sigue, como hasta ahora, aplazando al futuro", dice Ybarra, para quien las provisiones necesarias se comerían los beneficios e incluso una parte del capital.

Ybarra pronostica "fuertes problemas con el margen financiero en 2010 y dificultades para generar ingresos a través de un aumento del volumen, ya que el crédito "está parado" y cabe incluso esperar un descenso, y los depósitos son difíciles de atraer con tipos de interés bajos.

Madoff e Auditores

El caso 'Madoff' y los auditores
Expansión - 23/11/2009 - Lupicinio Rodríguez

El 2 de diciembre de 2001 se presentó en el estado de Texas la mayor suspensión de pagos de la historia de Estados Unidos hasta entonces. Estas quiebras y las que siguieron provocaron pérdidas multimillonarias para miles de accionistas, despidos masivos de la plantilla de trabajadores y quiebras en cascada de multitud de filiales de las compañías en el resto del mundo. Se demostró, además, en algunas de las investigaciones judiciales, la involucración fraudulenta de administradores y auditores en la presentación de una información financiera manipulada y desvirtuada.

Dos años después -en 2003- se promulgó la Ley Sarbanes-Oxley con el propósito de prohibir a los auditores la realización de numerosos servicios complementarios, extremar las reglas de conflictos de interés y reforzar las relaciones entre auditores y el comité de auditoría. A pesar de esta ley, hemos sufrido nuevas catástrofes financieras -Madoff, Lehman, Gescartera, Forum Filatélico- que han sumido a la comunidad de negocios en la gran incertidumbre y la frustración. Los auditores: Enron, Ibercorp, Parmalat, Gescartera, Forum Filatélico, no detectaron en origen, las falsedades mercantiles, la manipulación fraudulenta de valores y precios o, de manera general, la existencia de irregularidades o fraudes o los riegos latentes.

Las cifras de los últimos tsunamis son galácticas. Han trastornado el sistema financiero mundial y han abierto un proceso de progresiva intervención e incluso publicitación de la actividad financiera en la región anglosajona.

¿No pudieron los auditores -desde su marco normativo- conocer la pésima calidad de los activos subyacentes, la creditworthiness de las hipotecas subprime o de los instrumentos financieros derivados de tales hipotecas? Si no pudieron, ¿para qué sirven los auditores? Si debieron y no lo hicieron, ¿qué hacer con los auditores? Si no debieron ¿qué hacer con los reguladores?

Parece que los reguladores no fueron capaces de edificar un marco normativo que obligara a conocer el verdadero valor intrínseco de los activos y de los instrumentos financieros y, con ello, la confianza pública en los mercados y en sus reguladores/supervisores ha desaparecido.

El modelo teórico de la profesión auditora implica grandes riesgos para su independencia, honestidad y eficiencia.

Señalaré dos riesgos fundamentales: primero, la ineficacia. Los papeles de auditores son en general afirmaciones subjetivas basadas en el examen con escaso contraste real de los registros de contabilidad de la entidad auditada. A partir de estos registros y de un documento firmado por los responsables de los estados financieros de la compañía, el auditor emite una carta, dirigida al universo de stakeholders, expresando su posición.

El segundo talón de Aquiles de la función auditora atañe a sus riesgos de independencia. La incompatibilidad de auditores con otras profesiones fue ya objeto de un enérgico pronunciamiento del Consejo General de la Abogacía Española en 1997. La práctica totalidad de los informes que han atacado esta cuestión (Hempel, Winter, Cadbury o Le Portz) alertan sobre los riesgos de dependencia y subjetividad de los auditores. De la lectura de los diferentes informes y del análisis de las grandes catástrofes financieras debiera concluirse (por el legislador) que los servicios de auditoría de cuentas son incompatibles con numerosas actividades o disciplinas que realizan en la actualidad los auditores, como la asesoría jurídica, fiscal o la secretaría de sociedades.

En realidad, si se desea evitar nuevas catástrofes financieras de gran repercusión y daños a los consumidores. Debieran los auditores verificar la certeza de los papeles de trabajo sometidos a su consideración, al menos, mediante muestreos razonables. Sin una modificación radical de las normas técnicas y una fijación estricta del cuadro de actividades incompatibles, seguirán produciéndose desastres. Probablemente, la auditoría no será un servicio eficaz para la comunidad financiera si no se modifica el propio estatus de los auditores que debieran, poseer prerrogativas y disciplina similar (mutatis-mutandis) a los fedatarios o, in extremis, a los inspectores de tributos.

Links

Três artigos do NBER

Existe relação entre a crise financeira e o valor justo? Não

Qual o impacto do mercado de capitais nas artes?

Qual o estado da arte da pesquisa em governança corporativa?

22 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


Idéias e inimigos (Cristo, Beatles e Titanic)

Auditor

Engravatados e aventureiros
Eduardo Pocetti - CEO da BDO - Brasil Econômico

Em uma matéria sobre profissões, uma revista colocou a carreira de auditor em 18º lugar em um ranking relativo a salários. Como o levantamento foi feito com base em vinte possibilidades, essa colocação é a antepenúltima - posição pouco atraente para um jovem que esteja em busca de um futuro promissor.

No entanto, quem está nessa caminhada há mais de três décadas, como é o meu caso, sabe que a realidade não é bem esta.

Em primeiro lugar, poucas carreiras oferecem uma perspectiva tão concreta de ascensão rápida. Isso acontece porque, em geral, as empresas de auditoria são bastante flexíveis na sua composição societária, o que aumenta as chances de um jovem e talentoso profissional integrar o time de comando muito antes do que em qualquer outro tipo de organização.

Na própria BDO, boa parte dos sócios-diretores começou sua história na empresa na função de trainee.

Além da possibilidade de obter reconhecimento e ascensão em um prazo mais curto do que em outras carreiras, o auditor tem um dia-a-dia do qual a rotina não faz parte.

A cada novo cliente que atende, o profissional da área é desafiado a encontrar respostas e soluções, sem jamais abrir mão da independência que deve pautar o seu trabalho.

Essa batalha cotidiana é uma fonte de aprendizado constante, que torna a profissão de auditor uma das mais satisfatórias para quem está disposto a não se acomodar.

Claro que nem tudo são flores. O auditor tem que estar preparado, por exemplo, para não ser exatamente uma ‘figura querida' pelas equipes de seus clientes.

Embora a auditoria seja uma ferramenta valiosa para melhorar os controles internos e a gestão, maximizando lucros e otimizando o desempenho, ela ainda é vista com certa antipatia por parte das pessoas.

Isso acontece porque, muitas vezes, se invoca a figura do auditor quando a empresa está indo mal ou sob suspeição - e, assim, ele se transforma num ‘símbolo da crise'.

Sentindo-se investigado, o funcionário da empresa contratante vê a equipe de auditoria como uma espécie de interventora, empenhada unicamente em investigar e apontar erros.

Sem dúvida, uma auditoria bem feita realmente é aquela que revira tudo, analisa os detalhes, compara, esmiúça e não faz vista grossa ao que quer que seja.

Mas a intenção do auditor, nem sempre compreendida por aqueles que se sentem ou ameaçados, consiste em fornecer uma opinião imparcial sobre as empresas auditadas, de modo que estas possa, se necessário, corrigir processos e rever posicionamentos contábeis.

Para uma pessoa que se magoa com facilidade ou que gosta de agradar a todos, exercer esse papel e, ainda por cima, lidar com eventuais hostilidades, não é uma coisa simples.

Mas o profissional que tem consciência da importância e do valor do seu trabalho não se intimida, e com suas atitudes firmes e autoconfiantes torna-se capaz de reverter os cenários mais difíceis.

Assim, esteja em primeiro ou em último lugar nos rankings de revistas, a auditoria é uma carreira interessante, cheia de possibilidades e rica em experiências.

Mas quem atua na área deve estar sempre atento a três pontos: treinamento constante, preservação da própria credibilidade e total senso de responsabilidade.

A desatenção a qualquer um destes aspectos pode afundar uma carreira que levou anos para ser construída.

O Brasil está a caminho de se tornar a quinta economia do mundo na próxima década, o que certamente representa um campo fértil para a atuação dos auditores.

Afinal, da indústria de nanotecnologia à usina de açúcar, do banco ao mercadinho da esquina, todos os negócios precisam de contabilidade confiável.

Além disso, desde 2007 o Brasil está aderindo às normas internacionais de contabilidade. As novas diretrizes exigem adequações por parte das empresas e aumentam a necessidade de assegurar a transparência de seus números.

E mais: a quantidade de companhias dispostas a abrir seus capitais nas Bolsas de Valores cresce a cada dia. E, para que o processo se concretize, elas precisam ser auditadas.

O futuro é, enfim, bastante promissor. Principalmente para quem, apesar do terno, da gravata e do corte tradicional de cabelo, gosta de aventura e está disposto a fazer do dia-a-dia uma fonte constante de aprendizagem.

Linguagem simples

EUA querem linguagem simples em leis e provas
Gustavo Chacra
O Estado de São Paulo - 22/11/2009

Movimento defende inglês menos rebuscado e mais fácil de entender

Nos Estados Unidos, advogados, consumidores, professores e até políticos travam uma batalha para fortalecer a linguagem simples na hora de redigir leis, documentos, comunicados oficiais, bulas de remédio e descrições de alimentos. Instituições, como a Universidade de Nova York (NYU), começam a exigir que seus alunos escrevam trabalhos e provas de forma mais direta e com as palavras que melhor expressem as suas ideias, conforme manuais do movimento que luta contra os textos rebuscados e pouco claros.

O Centro para a Linguagem Simples (CLS), que busca alertar as pessoas para a necessidade de serem claras ao escrever, lançou uma premiação para escolher os mais bem escritos documentos e sites do setor público e do privado. Os piores também serão indicados e, posteriormente, divulgados. “Nós homenagearemos aqueles textos ruins que ninguém entende”, diz Susan Kleiman, do CLS. O anúncio dos vencedores será feito no mês de fevereiro.

Joseph Kimble, professor da Escola de Direito Thomas Cooley, escreve uma coluna mensal sobre linguagem direta no jornal da Ordem dos Advogados de Michigan há mais de duas décadas e se tornou o principal porta-voz do movimento. Seus artigos são encarados como a bíblia da linguagem simples. Em um texto intitulado Escrevendo para Dólares, ele demonstra 25 casos em que textos de leis, caso fossem alterados, poderiam ter levado o governo a economizar dinheiro. “A linguagem simples pode não ser um assunto sexy, mas eu acredito que o custo da má comunicação é um dos maiores desperdícios deste governo, podendo chegar a milhões e mesmo bilhões de dólares”, afirmou, em depoimento para uma comissão legislativa do Congresso dos Estados Unidos. “A linguagem simples deveria ser o idioma americano”, acrescenta.

Segundo David Daly, advogado Chysler e um dos entusiastas da linguagem simples, “advogados sabem que demora mais escrever uma petição clara e concisa. Assim como é preciso mais tempo para redigir um contrato que possa ser mais facilmente entendido pelos clientes”. Esse tempo a mais para escrever, na sua visão, seria compensado pela redução nos minutos gasto com a leitura.

Uma pesquisa de Kimble com oficiais da Marinha descobriu que eles demoravam de 17% a 23% menos tempo para ler documentos em linguagem simples. “O tempo perdido com a leitura de textos complicados pode custar até US$ 350 milhões para as Forças Armadas”, diz o professor de Michigan, sem determinar como chegou ao valor.

De acordo com seguidores do movimento pela linguagem simples, quase não há opositores. O problema maior está em educar as pessoas para não deixarem seus textos rebuscados. Por esse motivo, as universidades pressionam os alunos, principalmente na área de Direito, a serem muito claros na hora de escrever.

Outra preocupações está relacionada à quantidade de estrangeiros no país, que enfrenta dificuldades para entender leis escritas em um inglês mais rebuscado e com palavras ou expressões mais complicadas.

Incorporando os mandamentos da linguagem simples, o governo americano possui um site no qual explica o que é a “plain language”. Os funcionários são aconselhados a ler e usar as dicas disponíveis. Por exemplo, “palavras estrangeiras devem ser evitadas, assim como jargões e abreviações que deixem o texto menos claro”, diz uma das sugestões disponíveis pelo governo americano.

SUGESTÕES

O site do governo american também sugere utilizar algumas palavras em detrimento a outras: ao lado de (em vez de adjacente a); avião (aeronave); ajudar (beneficiar); parte (componente); querer (desejar); contar (enumerar); terminar (expirar); e, além disso ou também (no lugar de em adição a); e método (metodologia).

No manual oficial do governo, os funcionários públicos são aconselhados ainda a usar a voz ativa, a forma mais simples do verbo, evitar abreviações e escrever sentenças curtas, entre várias outras recomendações.

O bilionário Warren Buffett é outro defensor da linguagem simples. Na introdução do manual da Securities and Exchange Comission (a comissão de Valores Mobiliários dos EUA), o investidor aconselha a “escrever com uma pessoa específica na cabeça”. “Quando escrevo o relatório anual da minha empresa, imagino as minhas irmãs, que são inteligentes, mas não especialistas em contabilidade ou finanças. Elas entenderão a linguagem simples, mas os jargões podem confundi-las. Meu objetivo é dar a informação que gostaria de receber se estivesse no lugar delas”, afirma.


Grifo do blog. Sobre o assunto, vide a dissertação de Fernanda Rodrigues, em que a doutorando analisa a complexidade da linguagem dos relatórios de administração. Rafael Koifman fez um estudo sobre a narrativa em documentos contábeis.

20 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


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Teste #179

Um livro de história da contabilidade, ao descrever a questão da numeração nos primitivos, gregos, romanos e modernos, afirma:

Os brasileiros geralmente contam pelas articulações dos dedos, e consequentemente somente até três.


Você arriscaria dizer em que século este livro foi publicado?

Século XV
Século XVIII
Século XX

Resposta: Eiffel. A obra custou 7,8 milhões de francos e foi construída por Gustave Eiffel. Fonte, aqui. Fonte da foto, aqui

Ameaça ao Fasb

Está em discussão nos EUA a denominada Emenda Perlmutter. Segundo o New York Times,

Uma proposta de emenda apresentada pelo representante Ed Perlmutter, democrata do Colorado e fortemente apoiada pelos bancos, poderá dar a um grupo de reguladores o poder de ordernar que a Securities and Exchange Commission, que agora supervisiona o Financial Accounting Standards Board, suspender ou mudar qualquer regra contabil que o conselho pense que é uma ameaça a estabilidade financeira. (…)


Mais adiante, o jornal reproduz as palavras de Volcker, ex-presidente do Fed, e atualmente assessor de Obama

“você tem politicos influenciando a Europa” ele [Paul Volcker] diz. “Você tem políticos nos EUA influenciando”. Se isto continua, ele diz, “nós nunca iremos ter padrões comuns”

Perguntado sobre a emenda Perlmutter, ele respondeu, “que é uma idéia terrivel”


(Fonte: Volcker Criticizes Accounting Proposal - FLOYD NORRIS – 17/11/2009 - The New York Times)

Já no Wall Street Journal, Roderick Hills, Harvey Pitt e David Ruder (Don't Let Banks Hide Bad Assets, 19/11/2009, J, A19) criticam a emenda e consideram que pode ser uma ameaça na obtenção de recursos no mercado financeiro. Os autores foram da SEC.

Outra reação a proposta vem do American Institute of CPAs e do Center for Audit Quality , conforme relata o blog Accounting Principles.

Previdência nos municípios

O problema da previdência dos servidores públicos brasileiros tem grande relevância na administração das finanças públicas. O objetivo deste trabalho é avaliar, por meio da análise de clusters, o grau de distanciamento existente nas práticas de gestão de riscos adotadas pelos RPPS do Rio Grande do Sul em suas atividades de investimento. A metodologia aplicada é descritiva, a coleta de dados é documental e do tipo survey, com abordagem quantitativa. A pesquisa foi realizada em todos os 303 municípios gaúchos que possuem RPPS constituído. A amostra é constituída por 84 municípios que responderam aos questionários da pesquisa e este nível de resposta permitiu a caracterização da pesquisa como probabilística com um nível de confiança de 91%. Como resultado constatou-se a formação de 3 clusters cujo agrupamento foi definido em função das variáveis: população, quantidade de servidores, tempo de constituição do RPPS, disponibilidade de pessoal técnico, montante de recursos aplicados e transparência na gestão. No primeiro cluster, com 74 entidades, encontram-se os RPPS onde inexistem política de investimentos e práticas de gestão adequadas e nesse cluster não se constatou a existência de mecanismos de controle de risco. O segundo cluster tem 8 elementos e é formado pelos RPPS que apresentam ao menos uma política de investimento que busca se enquadrar às normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional. No terceiro e último cluster, que tem somente 2 entidades, é onde se encontram as melhores práticas de gestão de riscos. Conclui-se que, apesar das restrições impostas pela legislação trazerem alguma segurança, é urgente a implantação de melhorias na gestão dos riscos inerentes a essa atividade.

GESTÃO DE RISCOS NOS INVESTIMENTOS DA PREVIDÊNCIA DO FUNCIONALISMO PÚBLICO MUNICIPAL: UM ESTUDO COM ANÁLISE DE CLUSTERS - Francisco Carlos Fernandes & Nadia Mar Bogoni (FURB)

Pesquisa e Desenvolvimento



Toyota gastou mais em pesquisa e desenvolvimento (P&D) que qualquer outra empresa do mundo em 2008, conforme a European Comission. O fabricante de carro japonês aumentou seu gasto annual de P&D em 7,6% para €7.6 bilhões ($10.6 bilhões), batendo Microsoft do topo. Três dos cinco maiores são fabricantes de carros, mas empresas farmacêuticas e de biotecnologia também colocam dinheiro em P&D. A suíça Roche agora é quarta, tendo aumentado o gasto em 50% nos últimos três anos. (…)


R&D spending - 19/11/2009 - The Economist

Medida de desempenho

Usando uma fórmula que calcula o salário estimado do ator em cada filme, incluindo DVD e venda para TV, comparado com as receitas dos filmes em cinemas e outros, a Forbes.com diz que cada dólar pago a [Will] Ferrell seus filmes produziram em média 3,29$.

Para criar a lista, o sítio de notícias financeiras olhou os cem maiores astros de Hollywoo que tiveram desempenho importante em ao menos três filmes altamente distribuídos nos últimos cinco anos. (…)

Os mais bem pagos da Forbes foram

1. Will Ferrell ($3.29)
2. Ewan McGregor ($3.75)
3. Billy Bob Thornton ($4)
4. Eddie Murphy ($4.43)
5. Ice Cube ($4.77)
6. Tom Cruise ($7.18

Fonte: aqui

Frase

O medo de perder a autoridade é uma coisa. Mas atrasar as regras que simplificam vários problemas é outra. O comissário europeu para o mercado interno, Charlie McCreevy, considera que a contabilidade é importante demais para ser deixada para os contabilistas. Infelizmente para os investidores, Charlie McCreevy tem o seu desejo; contabilidade é agora deixada com os políticos.


Bank accounting – 16/11/2009 - Financial Times - 18

Links

Do número especial da The Economist sobre o Brasil:

Commodity

Brasil decola

Governo, fazer negócios e impostos

Promessa que está sendo entregue (Ou o favor de Cardoso para Lula)

Crise financeira e sistema financeiro brasileiro

Estrangeiros e Investidores

Comparação Brasil e EUA

Novos pronunciamentos

CVM aprova novos Pronunciamentos do CPC

CVM edita Deliberação e Ofício-Circular que aprovam pronunciamentos e orientação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC
A Comissão de Valores Mobiliários edita hoje, 19/11/2009, uma deliberação referendando os Pronunciamentos Técnicos CPC 38, 39 e 40 e um Ofício-Circular que referenda a Orientação OCPC 03, emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. Os pronunciamentos tratam, respectivamente, do reconhecimento e mensuração, da apresentação e da evidenciação de instrumentos financeiros. Já a Orientação Técnica OCPC 3 estabelece de maneira resumida como a entidade classifica seus instrumentos financeiros ativos e passivos, como os mensura, quando os reconhece no balanço patrimonial e como os divulga, dando também o tratamento relativo às suas mutações no resultado ou no patrimônio líquido.

Os Pronunciamentos Técnicos seguem as normas Financial Instruments: Recognition and Measurement – IAS 39, Financial Instruments: Presentation – IAS 32 e Financial Instruments: Disclosures – IFRS 7 emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, que já vinham sendo parcialmente aplicados desde 2008 em decorrência da edição da Deliberação CVM 566/08, que aprovou o Pronunciamento Técnico CPC 14, e que agora, mais ampliado, se transforma na OCPC 03.

O Pronunciamento CPC 38 – "Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração" disciplina o reconhecimento e a mensuração de operações realizadas com instrumentos financeiros, incluindo derivativos, e o procedimento aplicável ao reconhecimento contábil das operações de hedge. Nesse último são definidos, sob a ótica contábil, os limites para que uma operação de hedge possa ser considerada como de proteção efetiva, bem como a documentação necessária para sua comprovação.

O Pronunciamento CPC 39 – "Instrumentos Financeiros: Apresentação" define termos importantes a serem utilizados quando da leitura de normas que envolvam instrumentos financeiros, principalmente os CPC’s 38 e 40, tais como, ativo financeiro, passivo financeiro, instrumento patrimonial, valor justo e instrumento resgatável. Trata, ainda, de um aspecto relevante no sentido da prevalência da essência econômica sobre a forma jurídica, que é a determinação das circunstâncias que qualificam os instrumentos financeiros a serem reconhecidos como instrumentos de dívida ou patrimonial.

O Pronunciamento CPC 40 – "Instrumentos Financeiros: Evidenciação" estabelece as informações mínimas que devem ser divulgadas nas demonstrações contábeis que permita a seus usuários avaliar a significância do instrumento financeiro para a posição patrimonial/financeira e o desempenho da entidade. Além disso, determina divulgações que permitam a avaliação da natureza e extensão dos riscos a que a entidade está exposta num período de referência, resultante de instrumentos financeiros, e como a entidade administra esses riscos.

A Orientação OCPC – 03 é produto da revisão e transformação do Pronunciamento CPC 14, editado para permitir a regulação de dispositivos da Lei 11.638/07 que tratam de transações com instrumentos financeiros, e que visava ser uma norma resumida e simplificada de suporte às companhias que não incorressem em transações financeiras sofisticadas. Nessa oportunidade, foram para ele convergidos partes dos IAS 32 e 39 consideradas como um conjunto mínimo de procedimentos essenciais para regulamentação das determinações prescritas na Lei 11.638/07 sobre reconhecimento, mensuração e evidenciação de instrumentos financeiros. À época, é conveniente lembrar, a agenda conjunta CVM/CPC previa a normatização de instrumentos financeiros em duas fases: a primeira, que culminou na emissão do CPC 14 e a segunda, agora, com a edição dos CPC’s 38,39 e 40, que convergem integralmente aos seus pares emitidos pelo IASB. Dessa forma, considerou-se que a manutenção do CPC 14 representaria uma duplicidade desnecessária e, por outro lado, que sua revogação significaria uma perda devido a sua característica sintética e objetiva. Por conta disso, decidiu-se pela sua manutenção, transformando-o numa Orientação de forma a servir de guia no reconhecimento, mensuração e divulgação de transações com instrumentos financeiros para as companhias que não incorram em transações sofisticadas com os referidos instrumentos. Destaque-se que, na hipótese de ocorrência de divergências interpretativas entre a OCPC – 03 e os Pronunciamentos CPC 38, 39 e 40, prevalecem as determinações contidas nesses últimos.

Essas normas contábeis, que fazem parte da Agenda Conjunta CVM e CPC, dão continuidade ao processo de regulação de 2009 visando à convergência da Contabilidade Brasileira, no tocante às companhias abertas aos padrões internacionais.

19 novembro 2009

Rir é o melhor remédio


Adaptado de Graphjam

LRF nos municípios

O objetivo deste estudo é analisar se a LRF, como mecanismo de restrição fiscal, influenciou no padrão de endividamento praticado pelos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes. Para atingir tal fim, são construídos dois modelos econométricos. O primeiro busca verificar se houve alteração da influência das variáveis de gestão financeira sobre o endividamento ao longo do tempo, incluindo dummies de tempo. Com nível de significância de 1%, os resultados indicam que as variáveis Estrutura de Capital (EC) e Endividamento Defasado (EDf) alteram seu padrão de influência sobre o endividamento público no decorrer dos anos de 1998 a 2006. Para avaliar se a alteração do padrão de influência das variáveis de gestão financeira sobre o endividamento está relacionada com a introdução da LRF, utilizou-se o segundo modelo econométrico incluindo dummies de regra LRF. Os resultados do segundo modelo econométrico indicam que a LRF alterou o padrão de influência sobre o endividamento das variáveis preditoras Estrutura de Capital (EC) e Endividamento Defasado (EDf), variáveis que possuem maior poder de predição sobre o endividamento público. As variáveis selecionadas relativas à gestão financeira e a LRF mostram-se estatisticamente adequadas para explicar e prever o endividamento dos municípios com mais de 100 mil.


OS EFEITOS DA LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL NO ENDIVIDAMENTO MUNICIPAL: UMA ANÁLISE DE DADOS EM PAINEIS - Ely Célia Corbari (UFPR); Joel de Jesus Macedo (PUC-PR); Viviane da Costa Freitag (UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ); e Paulo Cesar Starke Junior
(UFPR)

Teste #178

Esta obra, símbolo de uma cidade, custou 7,8 milhões em moeda local para ser construída. O responsável arrecadou 6,5 milhões de fundos privados. O governo contribuiu com 1,5 milhão. O valor arrecadado na iniciativa privada foi pago em um ano. Uma lição para o Brasil, na véspera de obras faraônicas. Que obra é esta?

Big Ben, Londres
Estátua da liberdade, Nova Iorque
Torre Eiffel, Paris

Resposta: máquina da Apollo 11, há 40 anos. Fonte: aqui