Saiu a lista da Fortune. Como sempre, a mais divulgada é a lista das maiores. Mas é curioso notar os maiores prejuízos também:
1. Fannie Mae = 58,7 bilhões (405o. entre as maiores)
2. Royal Bank of Scotland = 43 bilhões (38o.)
3. General Motors = 30,9 bilhões (18o.)
4. Citigroup = 27,7 bilhões (39o.)
5. UBS = 19,3 (119o)
10 julho 2009
Normas internacionais para Pequenas e Médias Empresas
Duas notícias sobre as normas de contabilidade para pequenas e médias empresas pelo Iasb:
O segundo texto, a seguir:
Llega la adaptación contable de las pymes
Expansión - 10/7/2009 - EXPNSI
Tras cinco años de trabajo, el organismo encargado de la elaboración de los estándares contables internacionales (Iasb, en sus siglas en inglés) publicó ayer la norma internacional que permitirá que las cuentas de las pequeñas empresas de todo el mundo se rijan por unos criterios contables.
Las Normas Internacionales de Información Financiera (Niif o Ifrs, en inglés) para las pymes proporcionan un conjunto de principios contables mucho más simplificados y reconocidos internacionalmente. Basándose en la normativa que emplean todas las compañías cotizadas desde 2005, la nueva normativa será más beneficiosa para todas aquellas empresas que, sin estar en un mercado de valores o ser de interés público, operen en el extranjero.
Adaptación
Cada Estado miembro deberá ahora adaptar la normativa a la legislación nacional. En el caso de España, según Donato Moreno, socio director de Práctica Profesional de Auditoría de Audihispana Grant Thornton, "la introducción a comienzos de 2008 del nuevo Plan General de Contabilidad (PGC), que sustituyó al de 1990, hace poco probable que se realice la adopción integra de esta nueva normativa internacional a corto y medio plazo". De hecho, la reforma contable llevada a cabo el pasado año se realizó con el objetivo de adaptar la normativa española a los estándares mundiales, aunque aún no se ha conseguido plenamente. No obstante, "habrá que ver cómo acoge estos estándares la Unión Europea y qué impulso ejerce sobre su adopción en los países miembros". Además, los países tendrán libertad para decidir a qué entidades aplican estas normas, como, por ejemplo, el hecho de que sean de aplicación para las filiales no cotizadas de multinacionales cotizadas podría ser un claro ejemplo de compañías a incluir.
El texto, que afecta al 95% del tejido empresarial, simplifica el reconocimiento y la medición de activos, obligaciones, ingresos y gastos. Además, la nueva normativa es una décima parte de las Niif actuales, ya que consta de aproximadamente 300 artículos, en lugar de los 3.000.
O segundo texto, a seguir:
El organismo contable internacional adapta sus normas a las pymes
A. Corella Madrid
Cinco Días - 10/7/2009
El IASB (International Accounting Standards Board), encargado de elaborar las normas contables internacionales (NIC/NIIF), publicó ayer una adaptación a pequeñas y medianas empresas -el 95% del total de las compañías en Europa- de las normas contables internacionales.
La contabilidad internacional para pymes es un compendio de 230 páginas que pueden consultarse en la página web de este organismo (www.iasb.org [http://www.iasb.org]), y aunque mantiene el espíritu de los principios contables reconocidos internacionalmente, representan una décima parte de la norma completa, ya que constan de unos 300 artículos frente a los 3.000 de las normas para las empresas cotizadas. El IASB explica que la adaptación de las normas contables internacionales a las pymes responde a una "fuerte demanda" de empresas y países emergentes y desarrollados y que su adopción "proporcionará una plataforma para los negocios en crecimiento que se planteen salir a Bolsa". Grant Thornton, la sexta firma mundial de servicios de auditoría y asesoramiento, considera que las normas ofrecerán una oportunidad única "para crear un marco contable normalizado para pequeñas y medianas empresas de todo el mundo". Sin embargo, el socio director de práctica profesional de auditoría de esta firma, Donato Moreno, señala que en el caso de España, la introducción a principios del pasado año del nuevo Plan General de Contabilidad con criterios de contabilidad internacional hace poco probable "la adopción íntegra de esta nueva normativa internacional a corto y medio plazo". El socio de Grant Thornton añade no obstante, que "habrá que ver cómo acoge estos estándares la UE y qué impulso ejerce sobre su adopción en los países miembro".
As maiores do mundo
Petroleiras dominam ranking da ''Fortune''
Entre as dez maiores empresas do mundo em receita, sete são produtoras de petróleo
Marianna Aragão
A crise mundial provocou grandes mudanças no ranking das 500 maiores empresas do mundo, elaborado anualmente pela revista Fortune. Companhias do setor do petróleo e gás conquistaram sete das dez principais colocações da lista, roubando posições de montadoras como a General Motors. A varejista Wal-Mart também perdeu o topo do ranking para a Shell - hoje a maior empresa em receita do mundo, com faturamento de US$ 458,3 bilhões em 2008 - e ficou na terceira posição. Exxon (2ª), BP (4ª), Chevron (5ª), Total (6ª), ConocoPhilips (7ª), ING Group (8ª), Sinopec (9ª) e Toyota (10ª) completam a lista das dez maiores companhias mundiais.
As empresas petrolíferas também lideram o ranking das mais lucrativas do mundo, com seis entre as dez primeiras colocações. Nesse levantamento, a brasileira Petrobrás é a sexta melhor posicionada. No ranking geral, está na 34ª posição. Mesmo com a queda no preço do petróleo, o lucro das empresas do setor cresceu em média 16, 2% em 2008 ante o ano anterior. Em vendas, as companhias tiveram alta de 27,8% no período.
Companhias que foram símbolo da crise financeira recente, como Citigroup e Fannie Mae, perderam várias posições na lista. A instituição financeira caiu do 17º para o 39º lugar, enquanto a agência hipotecária, com prejuízo de US$ 58,8 bilhões, saiu da 161ª colocação em 2008 para a 405ª este ano. As grandes montadoras - com exceção da Fiat, que subiu sete posições - também amargaram quedas no ranking. A GM, que pediu concordata após acumular dívida de US$ 173 bilhões, saiu da 9ª para a 18ª posição. A Toyota, que estava em quinto lugar, perdeu cinco posições.
O Brasil ganhou um novo representante na lista. A gaúcha Gerdau estreou na 400ª posição, dividindo espaço com Petrobrás, Bradesco (148ª), Itaúsa, a holding do grupo Itaú (149ª), Banco do Brasil (174ª) e Vale (205ª). Todas as brasileiras ganharam posições na lista da Fortune. A maior ascensão foi a da Itaúsa, que subiu 124 degraus no ranking. Pela primeira vez, o País tem seis companhias na lista.
O número, porém, ainda é modesto perto de outros países emergentes. A China tem 37 empresas no ranking da revista, três delas entre as 20 maiores. Já a Rússia tem oito representantes, um a mais que Índia, com sete. A lista da Fortune leva em conta os dados para o ano fiscal encerrado em 31 de março de 2009, utilizando, para as empresas de fora dos EUA, a taxa de câmbio média no ano fiscal de cada empresa.
AS MAIORES
1 - Royal Dutch Shell: Petróleo; receita de US$ 458,3 bilhões
2 - Exxon Mobil: Petróleo; US$ 442,8 bilhões
3 - Wal-Mart: Varejo; US$ 405,6 bilhões
4 - BP: Petróleo; US$ 367 bilhões
5 - Chevron: Petróleo; US$ 263,1 bilhões
6 - Total: Petróleo; US$ 234,6 bilhões
7 - ConocoPhillips: Petróleo; US$ 230,7 bilhões
8 - ING: Finanças; US$ 226,5 bilhões
9 - Sinopec: Petróleo; US$ 207,8 bilhões
09 julho 2009
Teste #106
A seguir, a descrição de algumas cidades importantes para a história da contabilidade:
i) Edinburgh é a capital da Escócia. Possui quase 500 mil habitantes.
ii) New York é talvez a cidade mais cosmopolita do mundo. Está localizada no estado do mesmo nome, muito embora a capital do estado seja Albany
iii) Orange, cidade do Massachusetts, possui 7518 habitantes.
A seguir, alguns eventos:
a) cidade onde nasceu Robert Anthony, em 1916 e membro do The Accounting Hall of Fame
b) criação da primeira entidade organizados que reunia contadores em 1854
c) realização do primeiro exame de contadores públicos, em 1896
Você seria capaz de achar a correspondência entre as listagens?
Resposta do Anterior: Usou o dinheiro do disponível para pagar fornecedores. Com isto o ativo corrente reduziu para 160 e o passivo corrente para R$80, atingindo a liquidez de dois.
i) Edinburgh é a capital da Escócia. Possui quase 500 mil habitantes.
ii) New York é talvez a cidade mais cosmopolita do mundo. Está localizada no estado do mesmo nome, muito embora a capital do estado seja Albany
iii) Orange, cidade do Massachusetts, possui 7518 habitantes.
A seguir, alguns eventos:
a) cidade onde nasceu Robert Anthony, em 1916 e membro do The Accounting Hall of Fame
b) criação da primeira entidade organizados que reunia contadores em 1854
c) realização do primeiro exame de contadores públicos, em 1896
Você seria capaz de achar a correspondência entre as listagens?
Resposta do Anterior: Usou o dinheiro do disponível para pagar fornecedores. Com isto o ativo corrente reduziu para 160 e o passivo corrente para R$80, atingindo a liquidez de dois.
Combatendo a corrupção no aeroporto do Nepal
As autoridades do Nepal, país conhecido pelas elevadas montanhas (Everest inclusive) decidiram combater a corrupção existente no aeroporto da capital.
Diante das denúncias da existência de um elevado nível de corrupção no aeroporto e da constatação de que as denúncias eram verdadeiras, as autoridades resolveram adotar uma medida enérgica: todos os funcionários devem usar calças sem bolsos.
Diante das denúncias da existência de um elevado nível de corrupção no aeroporto e da constatação de que as denúncias eram verdadeiras, as autoridades resolveram adotar uma medida enérgica: todos os funcionários devem usar calças sem bolsos.
FASB e a pressão política
Segundo noticiado no blog Accounting Principles (FASB Succumbed to Political Pressure: High Powered Investment Committee) um painel consultivo de investidores, o Investors Technical Advisory Committee (ITAC), acusou o FASB de perder sua independência ao não resistir a pressão política para mudar as regras contábeis. O grupo de investidores disse que o FASB deveria ter lutado contra o tratamento especial aos bancos e a mudança na norma de marcação a mercado.
IASB para Pequenas e Médias Empresas
O International Accounting Standards Board (IASB) divulgou o International Financial Reporting Standard (IFRS) para se usado em pequenas e médias empresas (PME). Isto significa dizer que as normas internacionais estão chegando para mais de 95% - segundo estimativa do Iasb - das entidades existentes.
Foram mais de cinco anos e um resultado de 230 páginas onde os princípios das IFRSs de reconhecimento e mensuração de ativos, passivos, receitas e despesas foram simplificados. Isto significa dizer que as normas para as PMEs não abordam temas de baixa relevância para este tipo de entidade.
Segundo o Iasb o objetivo é melhorar a comparabilidade dos usuários, melhorar a confiança na contabilidades das PMEs e reduzir os custos na manutenção dos padrões locais.
Como ficará a situação do Brasil? Iremos adotar as normas para PMEs? É importante lembrar que uma das críticas ao CPC refere-se a sua padronização está focada nas grandes empresas.
Foram mais de cinco anos e um resultado de 230 páginas onde os princípios das IFRSs de reconhecimento e mensuração de ativos, passivos, receitas e despesas foram simplificados. Isto significa dizer que as normas para as PMEs não abordam temas de baixa relevância para este tipo de entidade.
Segundo o Iasb o objetivo é melhorar a comparabilidade dos usuários, melhorar a confiança na contabilidades das PMEs e reduzir os custos na manutenção dos padrões locais.
Como ficará a situação do Brasil? Iremos adotar as normas para PMEs? É importante lembrar que uma das críticas ao CPC refere-se a sua padronização está focada nas grandes empresas.
08 julho 2009
Rir é o melhor remédio
Como funciona o Mundo Corporativo...
'Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.
E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora. A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. '
Enviado por Janne Nasser
'Todos os dias, uma formiga chegava cedinho ao escritório e pegava duro no trabalho. A formiga era produtiva e feliz.
O gerente marimbondo estranhou a formiga trabalhar sem supervisão. Se ela era produtiva sem supervisão, seria ainda mais se fosse supervisionada.
E colocou uma barata, que preparava belíssimos relatórios e tinha muita experiência, como supervisora. A primeira preocupação da barata foi a de padronizar o horário de entrada e saída da formiga.
Logo, a barata precisou de uma secretária para ajudar a preparar os relatórios e contratou também uma aranha para organizar os arquivos e controlar as ligações telefônicas.
O marimbondo ficou encantado com os relatórios da barata e pediu também gráficos com indicadores e análise das tendências que eram mostradas em reuniões.
A barata, então, contratou uma mosca, e comprou um computador com impressora colorida.
Logo, a formiga produtiva e feliz, começou a se lamentar de toda aquela movimentação de papéis e reuniões!
O marimbondo concluiu que era o momento de criar a função de gestor para a área onde a formiga produtiva e feliz, trabalhava.
O cargo foi dado a uma cigarra, que mandou colocar carpete no seu escritório e comprar uma cadeira especial..
A nova gestora cigarra logo precisou de um computador e de uma assistente a pulga (sua assistente na empresa anterior) para ajudá-la a preparar um plano estratégico de melhorias e um controle do orçamento para a área onde trabalhava a formiga, que já não cantarolava mais e cada dia se tornava mais chateada.
A cigarra, então, convenceu o gerente marimbondo, que era preciso fazer um estudo de clima. Mas, o marimbondo, ao rever as cifras, se deu conta de que a unidade na qual a formiga trabalhava já não rendia como antes e contratou a coruja, uma prestigiada consultora, muito famosa, para que fizesse um diagnóstico da situação.
A coruja permaneceu três meses nos escritórios e emitiu um volumoso relatório, com vários volumes que concluía : Há muita gente nesta empresa!!
E adivinha quem o marimbondo mandou demitir?
A formiga, claro, porque ela andava muito desmotivada e aborrecida. '
Enviado por Janne Nasser
Teste #105
O Sr. Sérgio Martins era conhecido na empresa por sua engenhosidade no trato das questões contábeis. No final do exercício, a empresa tinha um grande problema: sua liquidez. O administrador sabia que era necessário apresentar uma liquidez elevada, para obter uma linha de crédito no banco. Em geral, o banco só concedia empréstimo para empresas com liquidez acima de 2. No dia 31 de dezembro, as 17 horas, a empresa apresentava um ativo corrente constituído de caixa (R$100) e estoques (R$150). O seu passivo corrente era de R$80 de salários a pagar e R$90 de fornecedores. Ou seja, a liquidez corrente era de 1,47, ainda muito longe do valor ideal. Sérgio Martins, ao olhar aquela situação disse:
- Com uma operação contábil será possível atingir a uma liquidez exatamente de dois.
O gerente estava preocupado, pois não queria fazer nada ilegal. Qual foi a engenhosa solução de Sérgio?
Resposta do Anterior: Allen Klein tornou-se famoso como contador de Sam Cooke e, posteriormente dos Beatles. Robert McNamara trabalhou na contabilidade da GM, mas era formado em filosofia. Richard Shapiro é fictício.
- Com uma operação contábil será possível atingir a uma liquidez exatamente de dois.
O gerente estava preocupado, pois não queria fazer nada ilegal. Qual foi a engenhosa solução de Sérgio?
Resposta do Anterior: Allen Klein tornou-se famoso como contador de Sam Cooke e, posteriormente dos Beatles. Robert McNamara trabalhou na contabilidade da GM, mas era formado em filosofia. Richard Shapiro é fictício.
Telefonica
Julgamento de César Alierta cria incertezas em torno da Telefónica
Thomas Catan e Jason Sinclari, The Wall Street Journal, de Madri
The Wall Street Journal Americas - 7/7/2009
Um tribunal espanhol deve proferir este mês o veredicto num julgamento do presidente do conselho da Telefónica, César Alierta, por suspeita de negociação de ações com informação privilegiada — uma decisão há muito esperada e que pode ter consequências profundas para a maior empresa de telecomunicação da Europa, assim como para o círculo empresarial da Espanha.
As acusações contra Alierta remontam ao fim dos anos 90, quando ele chefiava a estatal de tabaco da Espanha. Mas analistas dizem que o valor de mercado da Telefónica é tão ligado à reputação de Alierta como habilidoso administrador que uma possível condenação, que envolveria pena de até quatro anos e meio, pode chacoalhar a empresa e prejudicar suas operações.
"Seria uma mudança brutal para a ação da Telefónica", diz Robin Bienenstock, analista de telecomunicação da Sanford C. Bernstein em Londres. "Existe um culto à chefia envolvido nesta ação muito maior do que na maioria das outras empresas."
A Telefónica não quis comentar como o resultado do julgamento pode afetar a empresa, afirmando que a própria questão violava a premissa da inocência de Alierta.
Alierta, de 64 anos, negou repetidas vezes qualquer ato ilegal. Ele é um dos executivos mais bem sucedidos e admirados da Espanha, tendo ajudado a transformar o antigo monopólio estatal num império com operações em 25 países, da América Latina à Europa e à China. Alierta comanda a empresa com mão de ferro. Ele preside o conselho e tem atribuições executivas; não há diretor-presidente na Telefónica; e ele ainda não preparou um possível sucessor, dizem analistas e executivos.
"Ninguém por aqui nem mesmo cogitou a demissão" (de Alierta), disse um executivo da Telefónica a par da situação. "Os negócios por aqui não foram nem um pouco afetados."
Alierta, que rejeitou pedidos de entrevista, provavelmente recorreria de qualquer condenação, dizem pessoas próximas dele.
Mesmo assim, o caso, que já dura sete anos, está se revelando um divisor de águas para a Espanha, país em que os executivos raramente foram julgados por acusações de uso indevido de informação privilegiada.
Há muito tempo que a Telefónica é a favorita dos investidores em telecomunicações por causa de sua estratégia ambiciosa de crescimento com aquisições, e presença em países da América Latina de rápido crescimento. Nos últimos anos ela foi uma das empresas do setor de melhor desempenho na Europa.
Mas o veredicto ocorre num momento em que a Telefónica enfrenta novas pressões. A empresa se beneficiou durante anos de sua posição privilegiada no mercado interno, que lhe permitiu manter preços mais altos que no resto da Europa. Os espanhois pagam as tarifas de celular mais caras do continente, segundo dados da União Europeia. Mas os ventos estão começando a mudar: a autoridade espanhola que regulamenta o setor mandou este ano a Telefónica abrir sua rede de fibra ótica à concorrência. Determinou também que todas as firmas de telecomunicação da Espanha baixem a tarifa cobrada dos rivais para conectar chamadas — uma fonte importante de receita para a Telefónica.
O indiciamento criminal de Alierta se refere a 1997, quando ela presidia o conselho da produtora estatal de tabaco Tabacalera SA. Naquele ano Alierta criou um veículo de investimento com um empréstimo de 2,4 milhões de euros (US$ 3,4 milhões), segundo informações contidas nos documentos da promotoria. Menos de duas semanas depois de registrar o veículo de investimento, Alierta transferiu o controle para seu sobrinho de 29 anos Luis Placer, segundo os documentos.
Depois de anos de investigações, a promotoria de combate à corrupção acusou Alierta de faturar 1,86 milhão de euros ilegalmente graças a operações supostamente secretas com a ação da Tabacalera, por meio do veículo de investimento do sobrinho, ao mesmo tempo em que tomava decisões no conselho da empresa que tinham o poder de influenciar o mercado. O julgamento, em que Placer também enfrenta acusações de uso indevido de informação privilegiada, começou em abril.
Alierta e Placer negaram todas as acusações no tribunal. Um advogado de Placer não respondeu a pedidos de entrevista.
Em documentos judiciais e na argumentação da promotoria durante o julgamento, as autoridades alegam que Placer comprou ações da Tabacalera enquanto seu tio negociava a compra da fabricante americana de charutos Havatampa Inc., em 1997. Essa aquisição, juntamente com a decisão da Tabacalera de aumentar os preços, ajudou a ação da empresa a subir 113%, segundo os documentos judiciais e a argumentação da promotoria. As autoridades acusam Placer de ser testa-de-ferro do tio, permitindo que os dois enriquecessem graças a informações privilegiadas que não estavam disponíveis para os outros investidores.
"É um caso clássico de informação privilegiada", disse Alejandro Luzón, promotor que chefia o caso, em entrevista ao Wall Street Journal.
Durante o julgamento, os advogados de Alierta disseram que o veículo foi montado por motivos legítimos, como benefícios fiscais, mas que Alierta transferiu a propriedade a seu sobrinho porque mudou de ideia em relação a controlar o fundo. Os advogados disseram que Placer comprou a ação da Tabacalera em seu próprio interesse, sem orientação de Alierta.
Em 1999 a Tabacalera se fundiu com a francesa Seita e se tornou a Altadis SA, que desde então foi comprada pela britânica Imperial Tobacco Group PLC. Alierta assumiu o comando da Telefónica em 2000. A Altadis não quis comentar o caso.
Embora Alierta seja um dos empresários de mais alto calibre a ir a julgamento na história da Espanha, o caso recebeu pouca atenção da imprensa. Vários executivos da mídia dizem que usam cautela para não incomodar a empresa, o segundo maior anunciante do país. A Telefónica gastou 174 milhões de euros em propaganda ano passado, segundo a firma local de pesquisa de mercado Infoadex.
Segundo jornalistas, editores e executivos dos cinco maiores jornais e agências de notícias da Espanha entrevistados para esta reportagem, representantes da Telefónica costumam ligar pedindo que a cobertura do caso de Alierta seja limitada.
O "El Mundo", o jornal espanhol que divulgou pela primeira vez a investigação, em 2002, afirma que durante anos a Telefónica se esquivou dele. "Nos primeiros anos a situação foi muito desgradável", disse Pedro J. Ramírez, editor do "El Mundo", ao Wall Street Journal. "O volume (de anúncios) da Telefónica caiu sensivelmente." Ele diz que agora o relacionamento entre o jornal e a empresa está "normal", acrescentando que não havia sido contatado pela Telefónica durante o julgamento.
A Telefónica não quis comentar seu relacionamento com a imprensa.
A mídia local não é a única a sofrer a pressão da Telefónica. Em 2002, Alierta contatou Marjorie Scardino, diretora-presidente do conglomerado britânico Pearson PLC, dono do "Financial Times", para reclamar que o jornal tinha divulgado a investigação sobre suas operações na bolsa, disseram pessoas familiarizadas com a questão. Na época a Telefónica tinha 5% da Pearson.
"A Pearson transferiu a questão para o editor do FT na época, que era eu", disse Andrew Gowers, hoje desligado do jornal. "Estávamos reportando uma investigação e tínhamos todo o direito de fazer isso."
Um porta-voz da Pearson não quis comentar e disse que Scardino não estava disponível para dar entrevista.
Um executivo da Telefónica disse que Alierta ligou para Scardino para explicar seu lado da história, não para barrar a divulgação do caso. A Telefónica vendeu sua fatia da Pearson em 2004.
Padrões internacionais
Ministros da União Europeia pedem novas regras financeiras
Nathália Ferreira
AE Conjuntura e Finanças - 7/7/2009
Os ministros de Finanças da União Europeia (UE) concordaram hoje que novas regras financeiras são necessárias para evitar ciclos de expansão e explosão de bolhas nos mercados, mas rejeitaram o pedido da Alemanha de suspender as exigências de capital para bancos. Os ministros, depois do encontro mensal em Bruxelas, ainda criticaram as regras de capital bancária determinadas pelo Acordo Basileia II. Esse acordo internacional, assinado em 2004, visava assegurar que os bancos possuíssem capital suficiente em reserva para se proteger de riscos.
Os formuladores de política da UE criticaram essa estrutura por ser "pró-cíclica", afirmando que ela permite que bancos cortem reservas quando a economia se mostra sólida e os força a estocar capital quando os riscos surgem - no momento em que a economia provavelmente já começou a se contrair. Os ministros de Finanças da UE não disseram como alterariam os padrões da Basileia II, mas enfatizaram, em comunicado, que os bancos devem ter "colchões de capital contracíclicos (...) a serem levantados em períodos positivos e sacados em desacelerações".
Essas provisões de risco exacerbaram a desaceleração econômica, disse o ministro de Finanças da Alemanha, Peer Steinbrueck, aos ministros de Finanças dos 27 países europeus do bloco. Ele fez lobby por uma suspensão temporária das regras da Basileia II para encorajar os bancos avessos ao risco a emprestar mais.
Dados recentes do Banco Central Europeu (BCE) mostram que o empréstimo bancário está diminuindo e os grupos empresariais da UE alertam que os canais de crédito bloqueados permanecem como o principal obstáculo à recuperação econômica.
Mas a maioria dos ministros se opôs à ideia de Steinbrueck, embora tenham concordado que querem que a Comissão Europeia, braço executivo da UE, estude a questão e apresente um relatório completo até o começo de outubro. Regras contábeis e padrões de remuneração também devem ser revisados, com uma proposta legislativa ampla preparada para mais tarde no outono (no Hemisfério Norte).
"Precisamos de um sistema financeiro mais robusto na Europa, com cada vez mais habilidades de construir reservas contra a instabilidade financeira", disse o ministro sueco, Anders Borg, em entrevista após o encontro. Borg comandou o encontro, uma vez que a Suécia atualmente ocupa a presidência rotativa da UE. "Peer Steinbrueck justificou fortemente os problemas específicos da Alemanha, por outro lado, é muito importante que também alcancemos conclusões amplas", acrescentou Borg.
A coordenação internacional é outra preocupação. Desde o começo da crise financeira, a UE tem pressionado os Estados Unidos e outros países do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo, representadas por 19 países desenvolvidos e emergentes e pela UE) a determinar regras mais fortes. Os líderes do G-20 pediram, em novembro do ano passado, por uma revisão internacional das políticas que possam criar condições pró-cíclicas.
A UE provavelmente levantará essas questões novamente no encontro do G-8 na Itália, a partir de amanhã. Essas negociações sobre novas regras do mercado financeiro vão continuar no encontro do G-20 em setembro, em Pittsburgh (EUA).
Padrão contábil
Os ministros da UE também criticaram os padrões contábeis de valor justo durante o encontro. "Essa crise enfatizou que a determinação de valor atual de certos ativos financeiros pode subestimar os riscos em períodos positivos e exagerá-los em desacelerações", afirmou o comunicado dos ministros, que pediu padrões internacionais de contabilidade. Os ministros pediram ainda uma ligação mais forte entre performance e remuneração. As informações são da Dow Jones.
Economistas e Psicólogos
A diferença fundamental entre os psicólogos e os economistas é que psicólogos estão interessados no comportamento individual, enquanto economistas estão interessados em explicar os resultados dos grupos de pessoas interagindo. Psicólogos também estão focados em disfunção humana (...) Daí a atenção dos economistas sobre as pessoas que são "racional". Determinados tipos de eventos - pânico, por exemplo - que são de interesse para economista, sem dúvida irá beneficiar de compreensão da disfuncionalidade humana. Mas o balanceamento de carteiras pelos gestores de fundos mútuos, por exemplo, não é um candidato óbvio. Na verdade um dos temas deste ensaio é que, no laboratório experimental do modelo mais simples do comportamento humano - egoísta com racionalidade imperfeita aprendizagem - faz um excelente trabalho de explicar a maior parte do comportamento.
Fonte: Is Behavioral Economics Doomed?
07 julho 2009
Teste #104
Contador famoso (possui verbete na Wikipedia), morreu neste final de semana. Quem sou?
a) Allen Klein
b) Richard Shapiro
c) Robert McNamara
Resposta do Anterior: questionáveis aquisições e fusões; valores irreais de ativos e passivos; muita dívida; baixo fluxo de caixa; mudança no método contábil. Fonte: EPSTEIN, Lita. Reading financial reports for dummies.
Atuária, Fundos de Pensão e Contribuintes
Eis um dilema: você administra um fundo de pensão de servidores públicos e seu atuário afirma que está sem fundos. Você não querem aumentar as contribuições. Cortar benefícios está fora de questão. (...)
O que fazer? Para os administradores de dois fundos de Montana [estado dos EUA] a resposta é óbvia: contrate um novo atuário. (...)
Fundos de pensão estão preocupados com benefícios generosos, subfinanciamento crônico e, agora, trilhões de perdas no mercado de ações. (...) estes planos estão subfinanciados em 310 bilhões de dólares.
Public Pensions Cook the Books - Andrew G. Biggs - 6/7/2009 - The Wall Street Journal
J - A13
Os números são piores quando se utiliza como taxa de descontos valores mais reduzidos. Para dois economistas da Universidade de Chicago, Robert Novy-Marx e Josué RAUH, o valor pode chegar a 2 trilhões. Ou quase 87 mil dólares por participante. Como isto corresponde a um direito - e em alguns casos garantido na constituição estadual - o valor deve sobrar para os contribuintes.
Alguns administradores dos fundos de pensões tem uma estratégia: manter os contribuintes desavisados.
Uma alternativa possível é usado a teoria do valor de mercado para os passivos dos fundos. Em geral a legislação obriga os fundos de pensão adotarem uma taxa mais conservadora. No caso do passivo, usar uma taxa de desconto mais baixa. A opção de adotar uma taxa mais próxima do mercado irá reduzir o valor descontado (lembre-se que quanto maior a taxa de desconto, menor o valor atual).
A questão é que fundos de pensão do setor público geralmente são garantidos por lei. Se o governo não tiver condições de arcar com uma despesa, o governo aumenta os impostos.
Segredos de investimento
Uma notícia interessante divulgada pelo Blogging Stocks:
O Goldman Sachs Group, conhecido grupo de investimento, acusa um russo de roubar códigos secretos que são usados para fazer seus negócios. O Goldman possui uma elevada lucratividade e o russo, Sergey Aleynikov, que anteriormente trabalhou no Goldman, está sendo acusado de fazer cópias de arquivos secretos no seu computador.
O Goldman Sachs Group, conhecido grupo de investimento, acusa um russo de roubar códigos secretos que são usados para fazer seus negócios. O Goldman possui uma elevada lucratividade e o russo, Sergey Aleynikov, que anteriormente trabalhou no Goldman, está sendo acusado de fazer cópias de arquivos secretos no seu computador.
O Contador
ANTÔNIO MIGUEL FERNANDES
7/7/2009 - O Globo
William Helal Filho
O PRESIDENTE do Conselho Regional de Contabilidade, Antônio Miguel Fernandes: “O profissional tem que ser curioso”
O contador é um sujeito poderosíssimo numa empresa, por quem passam informações de todos os departamentos. É o que diz o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio, Antônio Miguel Fernandes. Gerente de auditoria do BNDES e professor nas universidades Candido Mendes e Mackenzie, ele diz que o bom profissional tem que ser concentrado, mas também sociável e capaz de circular em todos os setores.
Qual é a função efetiva de um contador? (Gabriela Paula da Silva Cruz)
ANTÔNIO MIGUEL FERNANDES: O contador está para uma entidade como o médico está para o ser humano. Nenhuma empresa pode abrir mão dele antes da sua existência, durante ela e até na sua morte. Cabe ao contador registrar todas as informações sobre o patrimônio da entidade. Ele reúne dados das diversas áreas da empresa (vendas, pagamentos, compras, impostos...), põe na balança débitos e créditos e registra o acréscimo ou o decréscimo patrimonial. Tudo é contabilizado no diário, um livro obrigatório, que é histórico e cronológico.
Quais as oportunidades e como está o mercado no setor privado para um recém formado? (Lino Mufarrej de Carvalho)
FERNANDES: O estudante tem que se movimentar a partir do 4º período. Não é difícil achar estágio. As melhores faculdades são procuradas por grandes escritórios em busca dos novos talentos. E as quatro maiores firmas de auditoria do mundo, chamadas de “Big Four” (PricewaterhouseCoopers, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e Ernst & Young) fazem seleção anualmente.
Na área pública onde estão as melhores oportunidades? (Cavedog)
FERNANDES: São várias. Auditor da Receita Federal, fiscal do ICMS, auditor do Tribunal de Contas da União e do Estado, fora os cargos de contabilidade em diversos órgãos públicos. Os salários vêm melhorando, tanto no plano federal quanto nos estados, e os concursos estão mais exigentes. Isso está gerando quadros excelentes. Este ano vai haver concurso para o BNDES, cujo salário inicial de contador passa de R$7 mil.
Qual é o papel de um contador na área ambiental? (Leonardo Albuquerque)
FERNANDES: Toda empresa que lida com meio ambiente tem que investir em prevenção, preservação etc. A contabilidade registra tudo num relatório de responsabilidade social, além de fazer um balanço de ativos e passivos ambientais. É uma área em que operam grandes empresas no Brasil.
No atual quadro de crise econômica, a carreira passa por alguma valorização? (Gabriela Paula da Silva Cruz)
FERNANDES: Cresce muito. O profissional pode ter dificuldade com empresas fechando, alguma falta de demanda de serviços... Mas as firmas estruturadas precisam dele mais do que nunca, porque a crise tem que ser vista como chance de investir. E o bom contador mostra caminhos, espaço para melhorias, onde cortar gastos... Tem que nutrir a direção da empresa de dados para gerar decisões.
E o que precisa ter um bom contador? (Rafael Alvarez)
FERNANDES: Tem que ser uma pessoa concentrada, mas não pode ser apenas técnica. Precisa ser curioso e se dar bem com as pessoas, porque todas as áreas da empresa vão passar por suas mãos. Não pode ficar escondido na sala. O contador nunca vai ser o cara mais popular da firma, mas não pode ser uma ostra. Tem que mostrar à empresa que seu trabalho não é apenas um fardo para atender ao fisco e a legislação.
7/7/2009 - O Globo
William Helal Filho
O PRESIDENTE do Conselho Regional de Contabilidade, Antônio Miguel Fernandes: “O profissional tem que ser curioso”
O contador é um sujeito poderosíssimo numa empresa, por quem passam informações de todos os departamentos. É o que diz o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio, Antônio Miguel Fernandes. Gerente de auditoria do BNDES e professor nas universidades Candido Mendes e Mackenzie, ele diz que o bom profissional tem que ser concentrado, mas também sociável e capaz de circular em todos os setores.
Qual é a função efetiva de um contador? (Gabriela Paula da Silva Cruz)
ANTÔNIO MIGUEL FERNANDES: O contador está para uma entidade como o médico está para o ser humano. Nenhuma empresa pode abrir mão dele antes da sua existência, durante ela e até na sua morte. Cabe ao contador registrar todas as informações sobre o patrimônio da entidade. Ele reúne dados das diversas áreas da empresa (vendas, pagamentos, compras, impostos...), põe na balança débitos e créditos e registra o acréscimo ou o decréscimo patrimonial. Tudo é contabilizado no diário, um livro obrigatório, que é histórico e cronológico.
Quais as oportunidades e como está o mercado no setor privado para um recém formado? (Lino Mufarrej de Carvalho)
FERNANDES: O estudante tem que se movimentar a partir do 4º período. Não é difícil achar estágio. As melhores faculdades são procuradas por grandes escritórios em busca dos novos talentos. E as quatro maiores firmas de auditoria do mundo, chamadas de “Big Four” (PricewaterhouseCoopers, Deloitte Touche Tohmatsu, KPMG e Ernst & Young) fazem seleção anualmente.
Na área pública onde estão as melhores oportunidades? (Cavedog)
FERNANDES: São várias. Auditor da Receita Federal, fiscal do ICMS, auditor do Tribunal de Contas da União e do Estado, fora os cargos de contabilidade em diversos órgãos públicos. Os salários vêm melhorando, tanto no plano federal quanto nos estados, e os concursos estão mais exigentes. Isso está gerando quadros excelentes. Este ano vai haver concurso para o BNDES, cujo salário inicial de contador passa de R$7 mil.
Qual é o papel de um contador na área ambiental? (Leonardo Albuquerque)
FERNANDES: Toda empresa que lida com meio ambiente tem que investir em prevenção, preservação etc. A contabilidade registra tudo num relatório de responsabilidade social, além de fazer um balanço de ativos e passivos ambientais. É uma área em que operam grandes empresas no Brasil.
No atual quadro de crise econômica, a carreira passa por alguma valorização? (Gabriela Paula da Silva Cruz)
FERNANDES: Cresce muito. O profissional pode ter dificuldade com empresas fechando, alguma falta de demanda de serviços... Mas as firmas estruturadas precisam dele mais do que nunca, porque a crise tem que ser vista como chance de investir. E o bom contador mostra caminhos, espaço para melhorias, onde cortar gastos... Tem que nutrir a direção da empresa de dados para gerar decisões.
E o que precisa ter um bom contador? (Rafael Alvarez)
FERNANDES: Tem que ser uma pessoa concentrada, mas não pode ser apenas técnica. Precisa ser curioso e se dar bem com as pessoas, porque todas as áreas da empresa vão passar por suas mãos. Não pode ficar escondido na sala. O contador nunca vai ser o cara mais popular da firma, mas não pode ser uma ostra. Tem que mostrar à empresa que seu trabalho não é apenas um fardo para atender ao fisco e a legislação.
Sobre o Contador
Conheça a profissão
O Globo - 7/7/2009
FACULDADE: O curso de Ciências Contábeis dura, em média, de quatro a cinco anos. Há muitas disciplinas relacionadas a matemática, cálculo, análise de investimentos, além de ciências políticas, noções de administração e também economia.
MERCADO: A crise econômica pode levar ao fechamento de empresas, mas as firmas estruturadas precisam, mais do que nunca, da contabilidade para ter as finanças monitoradas e identificar possíveis cortes de gastos, assim para planejar os melhores caminhos para investimentos em tempos delicados.
SALÁRIO: Um profissional recém-formado em Ciências Contábeis entra numa empresa ganhando, em média, de R$1.500 a R$2 mil. Por volta dos cinco anos de carreira, ele pode estar ganhando de R$3.500 a R$4 mil. Mas a remuneração depende bastante da empresa e do setor.
Limpeza dos balanços
Bancos ainda não concluíram a limpeza de balanços, alerta FMI
Para diretor-gerente da instituição, recuperação econômica não virá até que esse processo seja concluído
Nathália Ferreira, da Agência Estado
GENEBRA - O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, afirmou nesta segunda-feira, 6, que os bancos ainda têm trabalho a fazer na limpeza de seus balanços financeiros e que a recuperação econômica não virá até que esse processo seja concluído. "Você nunca se recupera até que tenha limpado o balanço dos bancos, e isso não foi completamente feito", disse, em conferência na Organização Mundial do Comércio, segundo a agência Dow Jones.
Strauss-Kahn apontou que os bancos centrais agiram de forma decisiva para mitigar a crise financeira, e que os governos responderam ao pedido do FMI para que 2% do Produto Interno Bruto fossem gastos em estímulo global para reviver a economia.
Contudo, ele observou que ainda há um ponto que falta para a recuperação - os esforços dos bancos para limpar os balanços. "Muito foi feito, mas ainda há muito a fazer. Dependendo da velocidade da limpeza dos balanços dos bancos, a recuperação virá mais cedo ou um pouco mais tarde", acrescentou.
Grifo meu. Da forma como isto tem sido feito - alterando as regras contábeis - o termo "limpeza" no texto ficou estranho.
06 julho 2009
Bancos mais lucrativos
1 ICBC China
2 China Construction Bank Corp China
3 Santander Central Hispano Espanha
4 Bank of China China
5 BBVA Espanha
6 HSBC Holdings Grã-Bretanha
7 Barclays Bank Grã-Bretanha
8 Agricultural Bank of China China
9 UniCredit Itália
10 Royal Bank of Canada Canadá
20 Banco Bradesco Brasil
Fonte: aqui
Interessante notar que cinco dos 25 maiores bancos em termos de lucros são de uma país comunista.
2 China Construction Bank Corp China
3 Santander Central Hispano Espanha
4 Bank of China China
5 BBVA Espanha
6 HSBC Holdings Grã-Bretanha
7 Barclays Bank Grã-Bretanha
8 Agricultural Bank of China China
9 UniCredit Itália
10 Royal Bank of Canada Canadá
20 Banco Bradesco Brasil
Fonte: aqui
Interessante notar que cinco dos 25 maiores bancos em termos de lucros são de uma país comunista.
Madoff e a Prisão
Bernard Madoff foi recentemente condenado a 150 anos de prisão. Uma reação interessante de Madoff foi contratar um consultor de prisão - Herb Hoelter - a ajudá-lo a encontrar o melhor local para cumprir a pena!
Um outro consultor, Larry Levine, disse que fraudadores são considerados na mesma categoria de molestadores de crianças. Levine aconselha que Madoff mude também suas atitudes, evitando a arrogância e mantendo-se em alerta e silêncio (existem muitos delatores nas prisões, que gostariam de trocar parte da pena por uma informação sigilosa).
Fonte: Aqui
Um outro consultor, Larry Levine, disse que fraudadores são considerados na mesma categoria de molestadores de crianças. Levine aconselha que Madoff mude também suas atitudes, evitando a arrogância e mantendo-se em alerta e silêncio (existem muitos delatores nas prisões, que gostariam de trocar parte da pena por uma informação sigilosa).
Fonte: Aqui
Teste #103
Um determinado livro indicou alguns sinais para saber se uma empresa está com problemas. Você seria capaz de completar as regras usandos as palavras "baixo", "muita", "valores irreais", "mudança" e "questionáveis"?
_______ aquisições e fusões
_______ ativos e passivos
_______ dívida
_______ fluxo de caixa, margem de lucro, liquidez, rotação de estoque e recebimento de fornecedores
_______ método contábil
Resposta do Anterior: 450
_______ aquisições e fusões
_______ ativos e passivos
_______ dívida
_______ fluxo de caixa, margem de lucro, liquidez, rotação de estoque e recebimento de fornecedores
_______ método contábil
Resposta do Anterior: 450
Orçamento da Saúde
Manobra contábil tira R$480 milhões da Saúde
O Globo - 6/7/2009 - Eduardo Rodrigues
O relatório final sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), apresentado à Comissão Mista de Orçamento do Congresso, abriu uma brecha para que governo deixe de investir em 2010 até R$480 milhões a mais na área de Saúde. Recorrendo a manobra contábil, um dos artigos do documento autoriza a transferência dos gastos públicos com hospitais universitários, tradicionalmente computados como despesas do Ministério da Educação, para a Saúde.
Dessa forma, ficará mais fácil para a União cumprir o dispositivo legal que prevê reajuste para o orçamento do setor, sem precisar desembolsar quase meio bilhão a mais.
Até deputado da base governista critica desvio
No texto, divulgado sexta-feira, o relator Wellington Roberto (PR-PB) deu parecer favorável à mudança, que terá impacto no cumprimento da chamada Emenda 29. Esta obriga o governo federal a repassar à Saúde o total investido no ano anterior, acrescido da variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas os bens e serviços produzidos no país).
Se o Brasil crescer 1% este ano, segundo as previsões mais otimistas de especialistas, o governo teria que adicionar ao orçamento da Saúde em 2010 pouco mais de R$500 milhões, considerando que em 2008 os gastos federais para o setor somam R$59 bilhões. Só que, em vez de acrescentar, a LDO está transferindo o que já é gasto com hospitais universitários para a conta da Saúde pública. Para o líder da minoria na Câmara, Otávio Leite (PSDB-RJ), o valor que se pretende sonegar seria suficiente para manter o funcionamento de pelo menos quatro grandes hospitais pelo período de um ano.
— O que mais nos preocupa é que o governo está propondo uma alquimia contábil para tirar uma fábula de dinheiro da Saúde com o objetivo de fazer caixa para gastar em outras coisas — afirmou Otávio Leite.
Da base governista, mas um dos mais ativos integrantes da bancada da Saúde, o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS ) considerou lamentável o parecer favorável do relator e garantiu que vai trabalhar para que o texto não seja aprovado.
— Infelizmente, o governo trata o mínimo como o teto para os investimentos em Saúde. É triste verificar que o (Ministério do) Planejamento não privilegia a área, sabendo que somente neste ano faltaram quase R$2 bilhões no orçamento do SUS — disse Perondi.
O deputado Geraldo Magela (PT-DF), favorável à alteração, argumenta que este é um debate antigo dentro do governo, que não tem o objetivo de mascarar uma economia com a área. Além disso, como a lei que regulamenta a Emenda 29 — e especifica o que pode ser considerado gasto em Saúde e o que não pode — ainda não foi aprovada, não há nada que impeça a migração da contabilidade, segundo o petista.
— Apesar de funcionarem como escolas, os hospitais universitários estão abertos à população como quaisquer outros e, portanto, devem ser incluídos na conta da Saúde.
O relatório deve começar a ser discutido na Comissão de Orçamento amanhã, com votação prevista para a próxima semana, a última antes do recesso — o Congresso não pode entrar oficialmente em recesso se a LDO não for aprovada.
Compensação a estados ausente do texto da lei
Outra crítica dos parlamentares ao texto do relator é à ausência na LDO de um compromisso do governo com a quitação de parte da dívida da União com os estados, estimada em cerca de R$1,3 bilhão, referente à compensação do ano de 2007 garantida pela Lei Kandir— que desonera de tributos estaduais os produtos destinados à exportação.
Siafi e Senado
Senado fará auditoria externa em contas controladas por Agaciel
Gerusa Marques e Renata Veríssimo, BRASÍLIA
O Estado de São Paulo - 6/7/2009
O Senado fará uma auditoria externa nas contas secretas usadas para custear o plano de saúde dos funcionários do Senado. O primeiro-secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI), disse ontem que é preciso saber como essas contas são administradas e se houve mau uso do dinheiro, estimado em R$ 160 milhões. O presidente da Comissão de Fiscalização e Controle do Senado, Renato Casagrande (PSB-ES), também pedirá explicações à Mesa Diretora.
As contas, que estão fora da contabilidade oficial do Senado e do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), são movimentadas pela diretoria-geral da Casa, cargo que Agaciel Maia ocupou nos últimos 14 anos até ser afastado, em março passado.
O atual diretor-geral, Haroldo Tajra, divulgou nota ontem negando que as contas tenham recursos públicos, já que são alimentadas por descontos feitos nos salários de servidores. Por isso, segundo Tajra, as movimentações não aparecem no Siafi.
Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, as contas paralelas foram criadas em 1997, na gestão do então presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA).
Heráclito reconheceu que a quantia de R$ 160 milhões é muito alta para ficar sob controle apenas do diretor-geral do Senado. “É muito dinheiro, por isso vamos montar um conselho de gestão”, afirmou. Ele evitou qualificar as contas como secretas ou irregulares. “Com esse dinheiro é custeado o plano de saúde. A questão é saber se a conta é bem gerida”, disse o primeiro-secretário, defendendo a criação de um conselho com a participação de servidores. “Essa conta não é secreta, é especial”, acrescentou.
O senador Renato Casagrande contou que já havia a suspeita da existência de outras contas, que estavam sendo investigadas pela comissão. “Nossa avaliação é que estas contas eram uma prática equivocada, tanto que o Senado mandou encerrar”, disse o senador, lembrando que, em junho, foram identificadas duas contas paralelas com R$ 3,74 milhões.
Casagrande anunciou que apresentará hoje um pedido de esclarecimentos ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). “Se ficar confirmado isso, é uma gestão pré-histórica, frágil, que leva a muita suspeição. Estamos muito estarrecidos, se isso se confirmar, com a forma como o Senado gerencia as suas finanças.” Para Casagrande, embora a denúncia não envolva diretamente Sarney, fragiliza ainda mais o presidente do Senado, que vem sofrendo pressões para deixar o cargo. (...)
Provisão em Bancos
Segundo o jornal Cinco Dias (Bruselas exigirá a la banca nuevas reservas contra la morosidad, Bernardo de Miguel Bruselas, 6/7/2009, 013) a comunidade européia deverá adotar o modelo de provisão espanhola.
A reunião dos Conselhos de Ministros de Economia e Finanças da Comunidade Européia deverá decidir sobre a atuação pró-cíclica do setor financeiro. Com isto, deve-se adotar provisões "prospectivas (ou dinâmicas)",
Como consequência, busca a modificação das normas do Iasb para permitir mais flexibilidade na provisão de perdas esperadas.
A reunião dos Conselhos de Ministros de Economia e Finanças da Comunidade Européia deverá decidir sobre a atuação pró-cíclica do setor financeiro. Com isto, deve-se adotar provisões "prospectivas (ou dinâmicas)",
reserve una parte de sus beneficios en previsión de posibles préstamos fallidos. Ahora mismo, esa provisión ni siquiera es posible con una aplicación estricta de las normas contables internacionales.
Como consequência, busca a modificação das normas do Iasb para permitir mais flexibilidade na provisão de perdas esperadas.
El IASB ya está trabajando en ello y espera publicar la primera versión de la nueva norma antes del próximo octubre.
(...) El objetivo, por el contrario, es permitir a los bancos movilizar en los tiempos difíciles las reservas generadas en etapas de bonanza para evitar un estrangulamiento del crédito como el acontecido en la crisis actual. La decisión del Ecofin confirma la validez del sistema de provisiones aplicado en España, uno de los pocos países del mundo, según el organismo que encabeza Miguel Ángel Fernández Ordóñez, donde a comienzos de la crisis los fondos de solvencia superaban ampliamente las perdidas esperadas en ese momento.
Tributos e Judiciário
Apesar de não abordar a questão do tempo de tramitação da ação, a seguir, um texto interessante sobre a questão tributária e o judiciário:
Decisões não avaliam o mérito
GISELLE SOUZA
Jornal do Commércio do Rio de Janeiro - 6/7/2009
Mais de 60% das decisões proferidas pelos cinco tribunais regionais federais (TRFs) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em casos de crimes tributários, não analisaram o mérito das ações, revela pesquisa do Núcleo de Estudos sobre o Crime e a Pena da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgada na semana passada.
De acordo com o levantamento, no STJ, chega a 70% o índice de decisões que discutem apenas o prosseguimento ou a extinção da ação penal. Nos tribunais de segunda instância da Justiça Federal, a taxa é de aproximadamente 64% das decisões proferidas pelos TRFs. Fazem parte desse grupo de decisões o prosseguimento ou trancamento da ação penal, o prosseguimento ou trancamento do inquérito policial, a suspensão do processo/pretensão punitiva; o recebimento ou rejeição da denúncia e a anulação do processo.
Também segundo o estudo, as decisões que propriamente analisam o mérito da causa – ou seja, se houve ou não crime e se o acusado deve ser condenado ou absolvido – representam apenas 11,8% no STJ e 25% nos tribunais regionais federais.
“Temos dados relacionados ao prosseguimento ou trancamento da ação. A maior parte dos recursos se dá no decorrer da ação penal. A regra geral é a de que o juiz de primeira instância decide e, apenas depois, a questão vai parar nos tribunais. Nos crimes tributários é justamente isso o que não ocorre”, afirmou Maíra Rocha Machado, uma das coordenadoras da pesquisa.
“São várias as conclusões que podemos tirar disso. A primeira é de que a discussão dos tribunais regionais e da corte superior está centrada na relação entre o Direito Penal e a esfera administrativa. Há um grande número de recursos com vistas a interromper a ação penal no meio do caminho antes que o juiz decida se o crime ocorreu ou quem foi autor”, acrescentou a pesquisadora.
De acordo com ela, os dados suscitam a discussão em torno da necessidade ou não do término da via administrativa para o início da ação penal. Tanto que essa questão está presente em 29,7% das decisões do STJ e 17% das determinações proferidas pelos tribunais regionais federais.
CONDENAÇÕES
Quanto às condenações, a pesquisa mostra que, nos TRFs, elas representaram 20,6% das decisões. No STJ, por sua vez, 9,2%. Segundo Maíra, o quadro muda nos casos em que o mérito foi analisado. “Olhando as situações em que houve decisão de mérito o número de condenações é superior ao de absolvições. No STJ, foram 78,3% de condenações e 17,4% de absolvições. Isso, no entanto, só nos casos em que houve decisão de mérito”, explicou.
Em relação ao resultado das ações, de um modo geral, a pesquisa mostrou que, entre os tribunais regionais federais, das decisões proferidas, 32% foram para o trancamento ou suspensão do andamento da ação penal. As cortes também determinaram, em 30% das ações, o prosseguimento do processo. No STJ, as decisões para o prosseguimento representaram 29,2% dos casos. Trancamento ou suspensão chegaram a quase 40% das determinações.
Na média, as decisões analisadas se distribuem da seguinte forma: aproximadamente 35% das decisões pelo trancamento ou suspensão do processo; aproximadamente 30% pelo prosseguimento do caso; e 16,4% pela condenação. O número de absolvição foi considerado bastante reduzido.
“A extinção da punibilidade ocorre justamente no momento em que o devedor pagou o tributo. Já a suspensão quando ele parcelou o débito. O trancamento, por sua vez, se dá por várias outras hipóteses, entre as quais a de que a administração precisa terminar o processo”, explicou.
Segundo a pesquisa, com fundamentos no princípio da isonomia, os tribunais ampliaram progressivamente as hipóteses de extinção da punibilidade inicialmente previstas na legislação. A possibilidade de se extinguir a punição foi introduzida no ordenamento jurídico brasileiro em 1995, com o artigo 2° da Lei 4.729/65, o qual exigia o recolhimento do tributo antes do início da ação fiscal. Desde então, passou por mudanças, sobretudo em 1991, com a edição da Lei 8.383/91, que instituiu a Unidade Fiscal de Referência e alterou a legislação do Imposto de Renda.
JURISPRUDÊNCIA
Segundo a pesquisa, o STJ chegou a adotar quatro teses favoráveis à concessão da extinção da punibilidade. Foram elas: regular situação do contribuinte perante o Fisco, em decorrência da formalização de parcelamento do débito antes do recebimento da denúncia, afasta a justa causa para a ação penal; o simples deferimento do acordo de parcelamento equivale à promoção do pagamento, extinguindo-se a punibilidade; o acordo de confissão de dívida implica em nova ação e, portanto, na extinção da dívida antiga, sendo que no surgimento desta outra, opera-se o efeito jurídico idêntico ao pagamento, ou seja, a extinção da punibilidade; e parcelamento, com a prova do regular pagamento das parcelas, constitui promoção do pagamento, extinguindo-se a punibilidade.
“O aumento do papel do Judiciário na discussão sobre o alcance da extinção da punibilidade torna-se bastante visível com a frequência de decisões sobre esse tema encontradas na pesquisa e, especialmente, pelas tentativas por parte da defesa, autora de 71,7% das decisões que analisamos, de ver a norma legal sobre extinção da punibilidade estendida para casos que, a princípio, não estavam previstos”, explicou Marta Rodriguez de Assis Machado, que também coordenou o estudo.
A pesquisadora disse que o estudo fornece elementos para maior reflexão a respeito da interação entre a política fiscal e a política criminal brasileiras. “A interação entre o direito penal e o direito administrativo na área dos crimes tributários pode ser feita de duas formas. A primeira, exigir que a autoridade tributária tenha decidido pela existência de débito fiscal para que a conduta do contribuinte possa a vir ser reconhecida como crime pela esfera penal. A segunda é estimular o pagamento do débito tributário como forma de afastar a intervenção da esfera penal, mediante o mecanismo da extinção da punibilidade. Essas duas questões são muito controvertidas, daí motivarem uma grande quantidade de recursos”, disse.
Marta lembrou que esses dois mecanismos de interação entre as esferas penal e fiscal assumiram diferentes formatos no campo penal tributário desde a primeira regulamentação, em 1965. A discussão, no entanto, não foi esgotada. Há ainda que se debater as relações entre as esferas administrativa e penal, no que diz respeito à comunicação entre elas e aos efeitos que a decisão de uma esfera tem na outra.
O levantamento foi elaborado com base na análise de 530 decisões emitidas pelos tribunais regionais federais e pelo STJ. Trata-se da segunda etapa do projeto Contribuições Para a Reforma da Legislação Penal Econômica Brasileira. A primeira fase se constituiu no diagnóstico da aplicação da lei dos crimes financeiros pelos tribunais brasileiros, divulgado no ano passado.
*** Mais de 70% dos recursos julgados pelo STJ e mais de 60% dos recursos julgados pelos TRFs envolvendo a Lei 8.137/90 (que define crimes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo), provêm das regiões sul e sudeste, em especial do Estado de São Paulo, que concentra 36,2% do total de acórdãos analisados. Os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul aparecem em segundo lugar, com 10% do total de casos.
*** A defesa recorre com maior freqüência ao STJ e aos TRFs do que o Ministério Público. De fato, do total de acórdãos verificados na pesquisa, 71,7% tiveram a defesa como recorrente/impetrante, ao passo que o Ministério Público representa 22,3% dos recursos ou ações impugnativas. No STJ, a defesa interpõe 81,5% dos recursos/ações impugnativas, contra 17,4% interpostos pelo Ministério Público. Nos TRFs, são 66,0% contra 25,1%.
*** De acordo com o estudo, os casos analisados em que houve decisão condenatória pelo STJ, por ordem de freqüência, tratam de fraude à fiscalização tributária; omissão de informação ou prestação de declaração falsa às autoridades fazendárias; elaboração, distribuição, fornecimento, emissão ou utilização de documento falso ou inexato; falsificação ou alteração de documento relativo à operação tributável; não fornecimento de nota fiscal ou documento equivalente, quando obrigatório e não recolhimento de tributo ou contribuição social.
*** A tese mais alegada pela defesa no âmbito das decisões de prosseguimento foi a de ausência de exaurimento da via administrativa. O argumento está presente em quase a metade dos recursos interpostos.
*** Do total de decisões analisadas no STJ, poucas trataram de questões de natureza cautelar, sendo que a maioria delas estava relacionada com a matéria de liberdade. Houve também um caso de medida cautelar relacionada ao sigilo telefônico.
Auditoria como entrave
Licitações e auditorias freiam grandes obras
Estudo mostra que os maiores projetos de investimento público são menos afetados por questões orçamentárias do que as obras menores
Estado de S Paulo - Fernando Dantas - 6/7/2009
Os programas de investimento público de maior envergadura sofrem menos restrições orçamentárias, mas, em compensação, são mais atingidos em termos de entraves institucionais, como licitações e auditorias feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria-Geral da União (CGU). Essa é outra importante conclusão da análise que o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) Mansueto Almeida fez dos relatórios de avaliação do Plano Plurianual de Investimento (PPA).
Na tabulação das principais restrições aos investimentos mencionadas pelos gestores nos relatórios de avaliação, o economista constatou que, nos maiores programas, fatores institucionais, como licitações e auditorias, ganham maior peso.
Para isso, ele tabulou as respostas sobre as restrições ao investimento para os seis programas de baixa execução - de uma lista de 36 analisada no trabalho - que tinham previsão de recursos de mais de R$ 1 bilhão em 2008. Essa lista menor inclui programas como o Brasil com Todo Gás (obras ligadas ao gás natural, principalmente de gasodutos) e o Desenvolvimento da Infraestrutura Aeroportuária. Do total de R$ 19,5 bilhões de investimentos previstos nesses seis programas para 2008, apenas R$ 8,6 bilhões, ou 44,2%, foram executados.
As restrições mais citadas para esse conjunto dos maiores programas foram "administrativas", "licitações" e "auditorias", com quatro menções cada uma. As duas últimas têm mais a ver com o ambiente institucional fora dos órgãos de governo diretamente envolvidos no investimento do que com o funcionamento da máquina.
Um exemplo desse tipo de restrição foram os problemas de licitação e auditoria que levaram o TCU a paralisar obras nos aeroportos de Guarulhos, Macapá, Vitória e Goiânia. O programa de Desenvolvimento da Infraestrutura Aeroportuária, com previsão de R$ 2,55 bilhões de investimentos em 2008, só executou R$ 598 milhões, ou 23,45%, segundo o relatório de avaliação do PPA.
Uma constatação que surpreendeu Almeida foi a do baixo número de menções às questões ambientais na lista de 36 programas de baixa execução. Ele notou, por outro lado, que os quatro programas que citaram o meio ambiente como um entrave previam investimentos muito grandes em 2008, como o Vetor Logístico do Nordeste Meridional (que inclui inúmeras obras rodoviárias, ferroviárias e portuárias na Bahia e Sergipe), com previsão orçamentária de R$ 904,5 milhões e execução de R$ 445,6 milhões.
Porém, mesmo se considerando que tudo o que esses programas deixaram de investir foi causado pela dificuldade de obter licenças ambientais, ainda assim esse fator explicaria uma perda de investimentos de apenas R$ 3,19 bilhões, ou 22,7% dos R$ 14,05 bilhões que deixaram de ser executados nos 36 programas. E o meio ambiente não foi a única restrição daqueles programas, que incluem também questões administrativas, judiciais e de licitações e auditorias.
Almeida observa, finalmente, que, para esses programas maiores, a questão orçamentária, citada 20 vezes na lista que inclui os 36, deixa de aparecer. "A minha interpretação é de que, para as grandes obras, eles realmente deixam o dinheiro disponível", comentou.
05 julho 2009
Contabilidade pública 2
Senado movimenta contas ocultas
O Estado de São Paulo - 5/7/2009
Ex-diretor Agaciel Maia tinha total controle sobre o dinheiro
O Senado Federal possui três contas bancárias secretas, com saldo atual de R$ 160 milhões, que não aparecem em nenhum lugar da contabilidade oficial da Casa nem no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi). As contas foram criadas em 1997 e a responsabilidade pela sua movimentação ficou nas mãos do diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, que deixou o cargo em março deste ano, após a revelação de que ocultou da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões.
Agaciel tinha autonomia para movimentar o dinheiro. Formalmente, ele só devia prestar contas a uma comissão formada por 11 servidores, indicados por ele. Há fortes indícios de que se tratava de uma comissão de fachada, pois, embora nunca tenha se reunido para analisar a movimentação do dinheiro, sempre referendou as decisões do chefe Agaciel.
As contas foram abertas e movimentadas com o dinheiro descontado no salários dos servidores do Senado, na rubrica para custeio de planos de saúde, o chamado Fundo de Reserva do Sistema Integrado de Saúde (SIS), administrado pelo vice-presidente do conselho de supervisão do SIS, que vem a ser o diretor-geral do Senado.
As movimentações de dinheiro são vultuosas, segundo apuração da Folha de S. Paulo, que revela a existência das contas em sua edição de hoje. Só neste ano, entre janeiro e março, Agaciel teria autorizado despesas de R$ 35 milhões. O saldo atual, de R$ 160 milhões, é quase três vezes maior que o gasto anual do Senado com a área de assistência médica, em torno de R$ 50 milhões.
A acumulação de dinheiro foi possível porque apenas uma parte do dinheiro descontado para o custeio de planos de saúde é usada para esse fim. O Senado tem recursos próprios para isso e banca quase todas as despesas médicas, de senadores e funcionários.
No passado o dinheiro descontado para o custeio dos planos ficava vinculado ao Fundo do Senado, cuja movimentação é acompanhada pelo Siafi. Em 1977, porém, houve a separação e a desvinculação das contas do sistema oficial de acompanhamento.
A criação das novas contas foi autorizada por uma comissão, formada pelos ex-senadores Antonio Carlos Magalhães, Geraldo Melo, Ronaldo Cunha Lima, Lucídio Portella, Emília Ferreira e Marluce Pinto. Duas das três contas estão na Caixa Econômica Federal e uma no Banco do Brasil. Uma delas, na Caixa, está na agência da gráfica do Senado.
A revelação da existência das três contas ocultas põe mais lenha na fogueira da crise que sacode a administração do Senado. No mês passado já havia sido noticiada a existência de outras duas contas paralelas da Secretaria de Informática do Senado. O saldo chegava a R$ 3,7 milhões, mas não era movimentado havia dois anos.
Agaciel foi nomeado para o cargo em 1995, por José Sarney (PMDB-MA), atual presidente da Casa. Durante quase 14 anos foi o responsável direto por toda a administração.
Em 10 de junho, o Estado revelou que o Senado acumula mais de 300 atos secretos para criar cargos e nomear parentes de políticos. Já se sabe que o número de senadores envolvidos com esses atos secretos chega a 40.
Esta não é a primeira vez que o nome de Agaciel aparece diretamente ligado aos escândalos. Em 26 de junho, o Ministério Público Federal obteve a primeira prova material de que a produção dos atos secretos era intencional e operacionalizada pelo diretor-geral.
Entre os beneficiados pelos atos secretos está um neto de Sarney, João Fernando Sarney. Ele ganhava R$ 7,6 mil mensais, oficialmente lotado no gabinete de Epitácio Cafeteira (PTB-AP).
No dia 26, o Ministério Público Federal obteve provas de que a produção dos atos secretos era intencional e operacionalizada pelo diretor-geral, Agaciel.
Contabilidade pública
Senado cria contas ocultas e faz saques sem controle
Folha de São Paulo - 5/7/2009
LEONARDO SOUZA - ANDREZA MATAIS - ADRIANO CEOLIN
O Senado criou em 1997 três contas bancárias paralelas e deu ao então diretor-geral, Agaciel Maia, total liberdade para movimentá-las sem prestar esclarecimentos a ninguém. O saldo delas está hoje é de R$ 160 milhões.
As contas não estão na contabilidade oficial do Senado nem no Siafi (sistema de acompanhamento dos gastos públicos). A única fiscalização sobre a saída de dinheiro é de responsabilidade de uma comissão de 11 servidores. A atual composição desse colegiado foi toda indicada por Agaciel e, segundo a Folha apurou, nunca se reuniu para auditar os gastos.
Na prática, o conselho apenas referendava as decisões tomadas pelo diretor-geral.
O dinheiro das contas vem do desconto feito no salário de servidores da Casa para custear o plano de saúde. Mas só uma pequena parte desse valor é usada para essa finalidade porque o Senado custeia quase a totalidade das despesas médicas de seus funcionários -a Casa tem orçamento próprio para isso.
O saldo atual nessas contas representa mais de três vezes o gasto anual do Senado com despesas médicas, incluindo as dos senadores, de cerca de R$ 50 milhões.
As contas são constantemente movimentadas. Neste ano, ainda sob a gestão de Agaciel, foram autorizadas despesas de R$ 35 milhões. Até agora, já foram gastos R$ 6 milhões.
Até julho de 1997, o dinheiro dos servidores estava vinculado ao Fundo do Senado, que é acompanhado pelo Siafi. Contudo, naquele mês, a Mesa Diretora da Casa decidiu destinar esses recursos a três contas, duas na Caixa Econômica Federal e uma no Banco do Brasil.
Uma das contas na CEF é na agência da gráfica do Senado, reduto de Agaciel, onde ele foi diretor antes de assumir a Direção Geral da Casa. O Fundo de Reserva do Sistema Integrado de Saúde (SIS), como o dinheiro das contas paralelas é tecnicamente chamado, é administrado pelo vice-presidente do conselho de supervisão do SIS -que vem a ser o diretor-geral, até março Agaciel Maia.
Senadores
A comissão que decidiu separar as contas em 1997, retirando-as do radar do Siafi, era formada pelos ex-senadores Antonio Carlos Magalhães, Geraldo Melo, Ronaldo Cunha Lima, Lucídio Portella, Emília Fernandes e Marluce Pinto.
Segundo a Folha apurou, a utilização dessas contas já foi alvo de denúncias de desvio de dinheiro para a reforma de um gabinete da gráfica do Senado. O caso, porém, foi arquivado depois que servidores envolveram os nomes de dois senadores nas acusações.
No mês passado, foi noticiado que existiam duas contas paralelas da Secretaria de Informática do Senado (antigo Prodasen), com saldo de R$ 3,74 milhões. Diferentemente das contas da área da saúde, os recursos não eram movimentados havia anos e estavam incluídos no Siafi.
Agaciel perdeu o cargo no começo de março, após a Folha revelar que ele ocultou da Justiça uma casa avaliada em R$ 5 milhões. Ele ficou no comando administrativo do Senado por 14 anos. Foi nomeado em 1995 pelo então presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), eleito para a função neste ano.
No início da semana passada, o senador Tião Viana (PT-AC) afirmou que Agaciel fazia empréstimos a "fundo perdido" a diversos senadores.
O líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), admitiu que tomou emprestado do ex-diretor-geral R$ 10 mil por meio de um assessor -o senador diz que devolveu o dinheiro.
04 julho 2009
03 julho 2009
Teste #102
A estudante de contabilidade Fanny Granado estava fazendo sua prova e no seu balancete transcreveu um valor de lançamento a crédito com um zero a menos (o zero a direita). Todos os outros lançamentos estão corretos, inclusive os lançamentos a débito. O total do débito foi maior em R$405. Com apenas estas informações você seria capaz de determinar o valor do lançamento?
Resposta do Anterior: (c)
Resposta do Anterior: (c)
Perguntas e respostas
Um contador de Sorocaba faz uma série de questionamentos sobre a IFRS:
Existe alguma maneira de desconsiderar o processo de convergência da contabilidade brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade?
Acredito ser difícil simplesmente ignorar o processo de convergência. Aparentemente é inevitável, apesar dos problemas existentes. Existe uma área duvidosa quanto a sua aplicação: incluirá ou não as empresas de pequeno e médio porte? Parece que com o passar do tempo deverá incluir.
Se desconsiderarmos todo esses processo de convergência, qual modelo deve ser aplicado?
O modelo seria o existente no Brasil, mais legislação fiscal.
Existe algum estudo que demonstre as imperfeições das IFRS e apresente soluções alternativas?
Diversos estudos têm questionado isto. Tenho, sempre que possível, postado no blog os dois lados da questão. E pretendo fazer um texto com estes aspectos.
Todo esses processo de convergência no Brasil é reversível?
Acredito que o processo será irreversível, dentro das condições atuais econômicas
Se, a grande maioria dos contadores de nosso país, está despreparada para assimilar as IFRS, estariam preparados para desenvolver uma contabilidade que realmente levasse em consideração os alicerces na verdadeira ciência contábil?
Esta é uma pergunta difícil. Acho que a grande maioria está despreparada para a contabilidade societária. Particularmente não gosto do termo "verdadeira ciência contábil", pois sendo uma ciência social poderemos dizer que realmente existe uma "verdade absoluta"?
Existe alguma maneira de desconsiderar o processo de convergência da contabilidade brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade?
Acredito ser difícil simplesmente ignorar o processo de convergência. Aparentemente é inevitável, apesar dos problemas existentes. Existe uma área duvidosa quanto a sua aplicação: incluirá ou não as empresas de pequeno e médio porte? Parece que com o passar do tempo deverá incluir.
Se desconsiderarmos todo esses processo de convergência, qual modelo deve ser aplicado?
O modelo seria o existente no Brasil, mais legislação fiscal.
Existe algum estudo que demonstre as imperfeições das IFRS e apresente soluções alternativas?
Diversos estudos têm questionado isto. Tenho, sempre que possível, postado no blog os dois lados da questão. E pretendo fazer um texto com estes aspectos.
Todo esses processo de convergência no Brasil é reversível?
Acredito que o processo será irreversível, dentro das condições atuais econômicas
Se, a grande maioria dos contadores de nosso país, está despreparada para assimilar as IFRS, estariam preparados para desenvolver uma contabilidade que realmente levasse em consideração os alicerces na verdadeira ciência contábil?
Esta é uma pergunta difícil. Acho que a grande maioria está despreparada para a contabilidade societária. Particularmente não gosto do termo "verdadeira ciência contábil", pois sendo uma ciência social poderemos dizer que realmente existe uma "verdade absoluta"?
02 julho 2009
Teste #101
No verbete Accountant da enciclopédia Wikipedia define-se o trabalho do contador. Numa figura do lado direito existem algumas características da profissão, entre as quais “trabalhos relacionados”. Sem consultar a Wikipedia, você saberia adivinhar qual a profissão (somente uma) que está vinculado ao contador, segundo esta enciclopédia?
(a) Administrador
(b) Economista
(c) Engenheiro
(d) Psicólogo
(a) Administrador
(b) Economista
(c) Engenheiro
(d) Psicólogo
Resposta do Anterior: Figura a = 2; Figura b =4; Figura c =1; Figura d = 3.
Taxa sem Risco e Taxa com Risco
Em finanças corporativas estuda-se a questão do investimento num título que pretensamente não possui risco. Os livros, geralmente com forte influência anglo-saxão, considera a taxa do tesouro dos EUA como o valor mais próximo deste retorno do título sem risco, ou Rf na expressão clássica do CAPM.
Com a crise financeira, esta taxa deixa de ser referência.
Atualmente o país com menor remuneração para os investidores, que pretensamente representa a taxa mais próximo de um título livre de risco, é a Noruega, com um retorno de 2,7%. Isto corresponde a um rating AAA para o investimento no país escandinavo, segundo a empresa CMA, que divulgou estes números. A seguir, os seguintes países: Finlândia, Alemanha, França, EUA, Japão, Holanda, Dinamarca, Suiça e Bélgica, nesta ordem.
A lista dos piores, entre os pesquisados, é liderada pela Argentina, com 76,9% e um rating correspondente a C. Depois Ucrânia, Venezuela, Letônia, Islândia, Dubai, Lituânia, Cazaquistão, Romênia e Bulgária.
Com a crise financeira, esta taxa deixa de ser referência.
Atualmente o país com menor remuneração para os investidores, que pretensamente representa a taxa mais próximo de um título livre de risco, é a Noruega, com um retorno de 2,7%. Isto corresponde a um rating AAA para o investimento no país escandinavo, segundo a empresa CMA, que divulgou estes números. A seguir, os seguintes países: Finlândia, Alemanha, França, EUA, Japão, Holanda, Dinamarca, Suiça e Bélgica, nesta ordem.
A lista dos piores, entre os pesquisados, é liderada pela Argentina, com 76,9% e um rating correspondente a C. Depois Ucrânia, Venezuela, Letônia, Islândia, Dubai, Lituânia, Cazaquistão, Romênia e Bulgária.
O falso poder do pensamento positivo
Livros de auto-ajuda, através dos séculos, incluindo o clássico de Norman Vincent Peale de 1952 "O Poder do Pensamento Positivo", têm incentivado a pessoas com baixa auto-estima positiva a fazer auto-declarações. Novas pesquisas, no entanto, sugerem que isto pode fazer mais mal do que bem.
O que os pesquisadores descobriram é que pessoas que sofrem de baixa estima, provavelmente os leitores de livros de auto-ajuda, as declarações positivas possuem efeito contrário.
Fonte: Aqui
01 julho 2009
Teste #100
Associe a imagem a pessoa
Figura (a)
Figura (b)
Figura (c)
Figura (d)
1) Anton Pavlovitch Tchekhov foi um importante escritor e dramaturgo russo, considerado um dos mestres do conto moderno. Começou como servente e depois contabilista
2) Megas Logothetes ("Grande Contabilista, ou Contabilista-Mor") era o chefe da burocracia bizantina durante o período médio do império.
3) Raymond Chandler foi um escritor de histórias policiais e romances, criador do personagem e detetive Philip Marlowe. Trabalhou como contabilista em 1912 nos EUA.
4) Victorien Sardou - foi um escritor dramático francês, conhecido pelas suas comédias, boa parte delas traduzidas para português, constituindo parte frequente do reportório do teatro amador. É autor de peças de teatro em que se baseiam os libretos das óperas Tosca e Fedora. Foi contabilista e professor de contabilidade
Resposta do Anterior: 1 e; 2a ; 3 d; 4 c; 5 b Fonte: Wikipedia
Figura (a)
Figura (b)
Figura (c)
Figura (d)
1) Anton Pavlovitch Tchekhov foi um importante escritor e dramaturgo russo, considerado um dos mestres do conto moderno. Começou como servente e depois contabilista
2) Megas Logothetes ("Grande Contabilista, ou Contabilista-Mor") era o chefe da burocracia bizantina durante o período médio do império.
3) Raymond Chandler foi um escritor de histórias policiais e romances, criador do personagem e detetive Philip Marlowe. Trabalhou como contabilista em 1912 nos EUA.
4) Victorien Sardou - foi um escritor dramático francês, conhecido pelas suas comédias, boa parte delas traduzidas para português, constituindo parte frequente do reportório do teatro amador. É autor de peças de teatro em que se baseiam os libretos das óperas Tosca e Fedora. Foi contabilista e professor de contabilidade
Resposta do Anterior: 1 e; 2a ; 3 d; 4 c; 5 b Fonte: Wikipedia
Balanço de Michael Jackson
Segundo notícia da AP (Exclusiva AP: Jackson tenía 236 millones de dólares en 2007, Stevenson Jacobs, 30 de junho de 2009) o cantor Michael Jackson teria uma patrimônio líquido de 236 milhões de dólares no dia 31 de março de 2007.
Os documentos obtidos pela AP são o que se tem de mais próximo das finanças do cantor. Existe uma expectativa de um duelo entre a família e os credores pela herança do cantor.
O ativo de Jackson era 567,6 milhões, que incluía o rancho Neverland (2500 acres a 33 milhões de dólares), sua participação de 50% na Sony/ATV Music Publishing que incluí os direitos autorais dos Beatles (390,6 milhões) e automóveis, antiguidades e objetos de coleção (20 milhões), segundo um levantamento realizado pela empresa de contabilidade Thompson, Cobb, Bazilio & Associates, de Washington. No relatório de 12 de junho de 2007 consta 668 125 em dinheiro.
A situação de Jackson foi baseada em informações dos assessores do cantor. A situação financeira não era boa, como se pode constatar. Um empréstimo de 23 milhões de dólares foi obtido tendo por garantia Neverland.
Os documentos obtidos pela AP são o que se tem de mais próximo das finanças do cantor. Existe uma expectativa de um duelo entre a família e os credores pela herança do cantor.
O ativo de Jackson era 567,6 milhões, que incluía o rancho Neverland (2500 acres a 33 milhões de dólares), sua participação de 50% na Sony/ATV Music Publishing que incluí os direitos autorais dos Beatles (390,6 milhões) e automóveis, antiguidades e objetos de coleção (20 milhões), segundo um levantamento realizado pela empresa de contabilidade Thompson, Cobb, Bazilio & Associates, de Washington. No relatório de 12 de junho de 2007 consta 668 125 em dinheiro.
A situação de Jackson foi baseada em informações dos assessores do cantor. A situação financeira não era boa, como se pode constatar. Um empréstimo de 23 milhões de dólares foi obtido tendo por garantia Neverland.
30 junho 2009
Teste #99
A palavra “contador” possui outros significados quando associado a uma ou mais palavras. Você seria capaz de associar alguns destes termos?
1. Contador assíncrono
2. Contador de Visitas
3. Contador Geiger
4. Contadores binários
5. Largo do Contador-Mor
a) ferramenta, geralmente gratuita, utilizada para se contar o número de visitantes em um site na internet.
b) largo situado na freguesia de Santiago, em Lisboa.
c) são circuitos digitais que variam os seus estados, sob o comando de um clock, de acordo com uma sequência pré-determinada
d) serve para medir certas radiações ionizantes
e) um circuito digital que varia o estado de acordo com o sinal de entrada
1. Contador assíncrono
2. Contador de Visitas
3. Contador Geiger
4. Contadores binários
5. Largo do Contador-Mor
a) ferramenta, geralmente gratuita, utilizada para se contar o número de visitantes em um site na internet.
b) largo situado na freguesia de Santiago, em Lisboa.
c) são circuitos digitais que variam os seus estados, sob o comando de um clock, de acordo com uma sequência pré-determinada
d) serve para medir certas radiações ionizantes
e) um circuito digital que varia o estado de acordo com o sinal de entrada
Resposta do Anterior:
Na importação, na contabilidade da importadora:
D – Disponível
C – Estoques 10
Prestação de Serviço para Rede (evento fictício, na contabilidade da loja)
D – Despesa de Prestação de Serviço
C – Disponível 90
Compra de mercadoria
D – Estoques
C - Disponível
Defendendo o Iasb
A abordagem baseada em princípios falhou muito espetacularmente no Reino Unido? Sim - mas o sistema financeiro britânico era tão grande e tão endividado que diante de uma crise financeira e econômica deste tamanho, o fracasso seria inevitável qualquer que fosse a estrutura regulamentar. Sou ainda de opinião que na margem, uma abordagem baseada em princípios será mais útil e menos prejudicial do que uma abordagem baseada em regras (...)
The U.S. Move to Principles-Based Regulation
Felix Salmon
Mudança no Comportamento das Pessoas
Uma pesquisa relatada no Calgary Herald (When nothing says cool like a coupon, Ylan Q. Mui, 14 de junho de 2009, d8) mostra uma mudança no comportamento dos investidores. Quando perguntado “você é um tipo de pessoa que gosta mais de gastar dinheiro ou gosta mais de economizar dinheiro?”, 45% optaram pela primeira alternativa em abril de 2001. Aqueles que escolheram a segunda alternativa correspondiam a 48% do total, sendo 7% sem opinião.
Em abril de 2009 37% escolheram gastar dinheiro, 59% economizar e 4% não tinham opinião.
Entre os dois momentos, uma crise financeira.
Em abril de 2009 37% escolheram gastar dinheiro, 59% economizar e 4% não tinham opinião.
Entre os dois momentos, uma crise financeira.
Madoff condenado
Madoff, um dos maiores fraudadores da história, foi condenado a 150 anos de prisão. A figura acima - desenho do julgamento e cópia do documento de acusação, são do Financial Times. A seguir, notícias sobre o caso:
Madoff é condenado a 150 anos por fraude
Folha de São Paulo - 30/6/2009
FERNANDO CANZIAN - DE NOVA YORK
Sob aplausos da audiência, o financista e ex-presidente da Bolsa eletrônica Nasdaq Bernard L. Madoff foi sentenciado ontem em uma corte de Nova York a 150 anos de prisão por fraudes financeiras estimadas em US$ 65 bilhões. O valor é considerado o maior da história para esse tipo de crime.
Madoff sustentou durante duas décadas um esquema do tipo "pirâmide" que prometia rendimentos bem acima do mercado a investidores. Entre eles, gente do cinema como Steven Spielberg e John Malkovich, atletas famosos e fundações centenárias nos EUA.
Em março, ao se declarar culpado de 11 acusações, Madoff admitiu que tomava dinheiro de novos investidores para pagar os mais antigos que pediam saques. A investigação revelou que Madoff não havia feito uma única operação no mercado financeiro nos últimos 13 anos.
O dinheiro apenas entrava e saía de sua firma, a Bernard L. Madoff Investment Securities, para pagar investidores e bancar extravagâncias pessoais, como barcos e propriedades ao redor do mundo.
A pena de 150 anos é seis vezes superior à aplicada para punir as fraudes dos ex-executivos (ainda presos) da Enron e WorldCom no início da década. Aos 71 anos de idade, Madoff deve morrer na cadeia.
Logo após a sentença, Madoff foi encaminhado a uma unidade prisional em Manhattan. Dentro de alguns dias será transferido definitivamente para uma prisão federal.
Os advogados do investidor haviam pedido uma pena máxima de 12 anos. Alegavam que a expectativa de vida de seu cliente é de mais 13,5 anos, segundo as estatísticas do Social Security nos EUA, o equivalente à Previdência Social.
"A mensagem que deve ser passada com esta sentença é de que o crime cometido pelo senhor Madoff foi diabólico. A quebra de confiança foi maciça. A fraude, chocante. E eu simplesmente não acredito que ele tenha feito tudo o que podia ou contado tudo o que sabia [para ajudar nas investigações]", afirmou o juiz Denny Chin ao proferir sua sentença diante de 250 pessoas.
Segundo Chin, o golpe de Madoff não tem paralelos em termos de valores e de número de pessoas envolvidas.
Apesar de intensas investigações desde dezembro de 2008, quando o esquema veio à tona na esteira da derrocada dos mercados financeiros globais, apenas Madoff foi condenado.
O financista inocentou seus dois filhos e outros funcionários que trabalhavam com ele e disse que sua mulher jamais soube da origem do dinheiro que financiava seus gastos.
Na semana passada, Ruth Madoff, 68, abriu mão de vários bens e valores do casal no total de US$ 80 milhões e concordou em receber uma única "compensação" de US$ 2,5 milhões.
A investigação ainda não conseguiu chegar a um valor total de quanto Madoff teria roubado de suas vítimas. A estimativa atual é de que cerca de US$ 170 bilhões tenham passado por suas mãos nas duas últimas décadas. Algumas semanas antes de sua prisão, a contabilidade de Madoff mostrava que US$ 65 bilhões de atuais investidores estavam "aplicados". Na prática, só uma pequena fração do dinheiro existia.
Um fundo criado para tentar recuperar parte dos desvios conseguiu recolher até agora cerca de US$ 1,2 bilhão, isso já incluindo valores de algumas das propriedades de Madoff.
Emocionados, nove de seus clientes prestaram depoimento na audiência ontem. Alguns disseram ter pedido a poupança de uma vida no esquema. Os advogados de Madoff por sua vez afirmaram que o caso em torno de seu cliente virou "sede de vingança de uma turba".
"Hoje vivo atormentado, consciente da grande dor que eu mesmo provoquei. Deixo para trás uma herança de vergonha, tanto para minha família quanto para meus netos. Terei de viver com isso até o fim", disse Madoff antes de ouvir a sentença final de seu caso.
_______________
Madoff é condenado a 150 anos de prisão por maior fraude da história
Robert Frank e Amir Efrati, The Wall Street Journal
The Wall Street Journal Americas - 30/6/2009
Bernard Madoff, o autor confesso do maior golpe financeiro da história, foi sentenciado ao máximo de 150 anos atrás das grades por um crime que seu juiz qualificou de fraude "extraordinariamente demoníaca" que abalou a fé do país em seu sistema financeiro e legal e destruiu ricos e pobres, sem distinção.
A sentença histórica, uma das maiores já aplicadas em crimes do colarinho branco, deu voz não apenas à ira das vítimas de Madoff, mas também à de toda uma nação que, na eclosão da crise financeira, perdeu aposentadorias, poupanças da vida inteira, o valor dos imóveis e empregos. A longa fala do juiz Denny Chin parecia pretender indicar que, no mínimo, o sistema jurídico responderia vigorosamente para corrigir os erros financeiros.
"As vítimas depositaram confiança em Madoff e isso deixou muitos a duvidar do nosso sistema financeiro e dos reguladores financeiros", disse o juiz Chin.
A sentença também fechou a porta aos esforços de Madoff de se redimir no tribunal e o marcou como uma das figuras mais desprezíveis da história das finanças, sem ninguém mais, além dos advogados, a lhe dar apoio na hora da sua prestação de contas.
"Viverei com esta dor, com este tormento, pelo resto de minha vida", disse Madoff, de 71 anos.
A dramática sentença não só encerra a batalha legal de Madoff como também mostra o pouco que o público sabe a respeito dessa fraude, inclusive a exata extensão das perdas e a existência ou não de cúmplices. O caso também aponta falhas das fiscais financeiros, particularmente a SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos, que não apurou o crime a despeito de repetidos alertas.
O juiz recriminou Madoff por não ter sido mais aberto com as autoridades desde sua prisão, em 11 de dezembro. "Não sinto que Madoff tenha feito tudo que podia ou dito tudo que sabe", disse.
Chin foi claramente afetado pelo grande número de cartas e declarações das vítimas que disseram ter suas vidas arruinadas pela pirâmide financeira de dezenas de bilhões de dólares armada por Madoff.
O juiz referiu-se a carta de uma viúva que se encontrou com Madoff duas semanas depois da morte do marido e investiu todas as suas economias com ele. Madoff colocou o braço ao redor dos ombros da viúva e disse: "Seu dinheiro está seguro comigo", segundo a carta.
Nove vítimas falaram no tribunal, entre eles Michael Schwartz, de 33 anos, um residente de Nova Jersey. Ele disse que os recursos de sua família investidos com Madoff se destinavam ao pagamento de despesas com um irmão deficiente mental. "Espero que a sentença dele seja longa o suficiente para que a cela na prisão se transforme em seu caixão", disse Schwartz ao juiz.
Nenhum dos membros da família de Madoff — mulher, filhos ou irmão — compareceu ao tribunal. Chin disse que Madoff não recebeu uma única carta ou declaração de apoio antes da sentença.
A esposa de Madoff, Ruth, fez sua primeira declaração pública depois da sentença, dizendo que, "como todo mundo, sinto-me traída e confusa. O homem que cometeu essa fraude terrível não é o homem que conheci durante todos esses anos".
Madoff comportou-se estoicamente, num terno cinza escuro e de óculos sem aros, quando Chin leu a sentença que provocou uma explosão de aplausos na sala de audiências. Madoff mostrou um pouco de emoção durante a fala em que pediu desculpas às vítimas. Ele disse que nunca quis prejudicar ninguém.
Apesar de estar há três meses na prisão ele apareceu impecável, com sua cabeleira branca e terno bem cortado.
Madoff manteve-se de costas para as vítimas enquanto falava. Por um breve momento ele se virou para olhá-las de frente. "Sinto muito", disse. "Sei que isso não ajuda vocês."
Ele continuou a proteger sua família e empregados, dizendo que mentiu a todos.
"Não posso dar nenhuma desculpa pelo meu comportamento", disse. "Como desculpar a traição a milhares de investidores que me confiaram todas as suas economias? Como justificar enganar 200 empregados que passaram a maior parte de suas vidas trabalhando para mim? Como explicar as mentiras ao irmão e aos dois filhos que passaram suas vidas ajudando a construir um negócio bem sucedido? Como perdoar as mentiras à esposa que deu apoio durante 50 anos?"
O advogado de Madoff, Ira Sorkin, admitiu que Madoff era um homem "com muitos defeitos", mas insistiu que a maioria do dinheiro da fraude foi para outros investidores. Ele acrescentou que a cifra de US$ 13 bilhões mencionada pelo governo como perdas líquidas sofridas pelas vítimas desde 1995 eram exageradas, uma vez que pelo menos US$ 1 bilhão em recursos recuperados podem ser devolvidos aos investidores. Ele disse que Madoff merecia apenas 12 anos de prisão, por ter 71 anos e ter ajudado o governo nas investigações — afirmação questionada pelo juiz Chin.
Depois da sentença, Sorkin disse não ter ainda decidido se apelaria.
A sentença marcou a vitória absoluta dos promotores, que pediram uma pena de 50 anos de prisão, alegando o tamanho e a duração da fraude. Madoff praticou a fraude por, no mínimo, 20 anos, disseram os promotores.
Não se sabe onde Madoff cumprirá a sentença; a decisão cabe ao Birô de Prisões.
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