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04 novembro 2024

Mais desenvolvimentos da IA

Do 1440:


A startup Anthropic, apoiada pela Amazon, revelou que treinou uma versão de seu modelo de IA, Claude, para realizar uma série de tarefas em computadores, incluindo navegar na web, abrir aplicativos e imitar toques no teclado e cliques de botões. A nova habilidade, chamada "uso de computador", transforma Claude de um chatbot em um agente de IA — um bot projetado para realizar tarefas específicas em nome de uma pessoa.

A Anthropic também lançou uma série de vídeos pré-gravados ontem para demonstrar como a ferramenta de uso de computador pode ser aplicada em funções específicas, como criar uma página da web com tema dos anos 90 (assista aqui), planejar uma caminhada matinal com um amigo que inclua uma vista da Ponte Golden Gate (assista aqui), e preencher uma planilha usando informações espalhadas pelo computador de alguém (assista aqui).

O uso de computador ainda está na fase experimental e foi lançado para obter feedback de desenvolvedores. A startup de design Canva e a gigante de entrega de alimentos DoorDash estão entre os parceiros que já começaram a testar o Claude 3.5 Sonnet atualizado. Saiba mais sobre IA generativa aqui (com vídeo).

20 outubro 2024

Investindo muito em energia nuclear para a IA

A Amazon está investindo US$ 500 milhões em energia nuclear para atender à crescente demanda de energia de seus centros de dados e iniciativas de inteligência artificial. O anúncio de ontem vem dois dias após o Google revelar planos de comprar energia nuclear e menos de um mês depois que a Microsoft anunciou que reabriria a usina de Three Mile Island—local do pior acidente nuclear da história dos EUA—para alimentar seus esforços de IA.

A energia nuclear representa 19% da geração de eletricidade nos EUA e provém da energia liberada quando o núcleo de um átomo pesado se divide em átomos mais leves. Embora seja cara e potencialmente perigosa, defensores promovem a energia nuclear como uma alternativa limpa às fontes de energia que emitem gases de efeito estufa, como carvão, petróleo e gás. Aplicações de IA generativa e centros de dados, que consomem muita energia, devem representar cerca de 9% do consumo total de energia dos EUA até 2030.

Amazon e Google estão investindo em reatores modulares pequenos (SMRs), que são mais baratos e mais fáceis de construir do que os reatores nucleares tradicionais, e geram até 300 megawatts de energia, ou cerca de um terço da capacidade de um reator convencional. Atualmente, apenas dois SMRs estão em operação no mundo, na China e na Rússia.



01 outubro 2024

Processo judicial e valor de mercado

A figura acima é muito interessante. Quase metade do valor de mercado dos Estados Unidos, o maior do mundo, está sob investigação devido a processos antitruste. Isso inclui Google, Amazon, Meta, Apple e Microsoft. Historicamente, os reguladores sempre conseguem algum resultado em processos desse tipo.

05 setembro 2024

As maiores empresas do mundo por empregados (e do Brasil também)

As maiores empresas do mundo por empregados:


1. Walmart - 2.100 mil

2. Amazon - 1.525

3. Foxconn (Taiwan) - 826,6

4. Accenture - 750

5. Volkswagem - 656,1

6. Tata Consultancy Services - 601,5

7. DHL Group (Deutsche Post) - 594,9

8. BYD - 570,1

9. Compass Group (Reino Unido) - 550

10. Jingdong Mall (China) - 517,1

E agora a relação do Brasil:

62. JBS - 270 mil

265. BRF - 100 mil

327. Banco do Brasil - 86 mil

355. Assai - 80 mil

392. Banco Bradesco - 74,2

408. Multiplan - 70,4

444. Hapvida - 66

513. Raia Drogasil - 57,3

531. Santander - 55,2

563. Simpar - 51 mil

(Bem interessante a presença de algumas empresas na lista acima)

As maiores empresas do mundo em Receita (e do Brasil também)

As maiores empresas do mundo em volume de receita:


1. Walmart - 657,33 bilhões

2. Amazon - 604,33

3. Saudi Aramco - 495,35

4. Sinopec (China) - 473,53

5. PetroChina - 430,65

6. Berkshire Hathaway - 402,87

7. Apple - 385,60

8. UnitedHealth - 381,25

9. CVS Health (EUA) - 363,24

10.  Volkswagen - 350,67

E as brasileiras são:

18. JBS - 281,46

122. Petrobras - 78,37

260. Vale - 42,05

375. Itau Unibanco - 30,42

386. Banco do Brasil - 29,78

464. Ultrapar Participações - 25,17

538. Atacadão - 22,0

597. Banco Bradesco - 19,77

746. Ambev - 15,77

850. Braskem - 13,73

As maiores empresas do mundo em lucro (e do Brasil também)

A relação das maiores empresas do mundo em termos de lucro é a seguinte:


1. Saudi Aramco - 228,37 bilhões de dólares

2. Apple - 121,62 bilhões

3. Microsoft - 107,78

4. Alphabet (Google) - 101,82 

5. Berkshire Hathaway - 88,9 

6. JP Morgan Chase - 68,78

7. Meta - 60,64

8. ICBC (China) - 58,25

9. Amazon - 56,85

10. China Construction Bank - 53,91

Isto totaliza um lucro somado de 947 bilhões de dólares.Eis a relação das empresas brasileiras:

48. Petrobras - 19,22

93. Vale - 12,74

124. Banco do Brasil - 9,93

146. Itau Unibanco - 8,78

469. Ambev - 3,28

502. BTG Pactual - 3,12

509. Itausa - 3,09

513. Banco Santander Brasil - 3,05

662. Nu Holdings - 2,27

721. Rede D'Or São Luiz - 2,06

14 agosto 2024

Promessas Climáticas Corporativas: Realidade ou Contabilidade Criativa?


A contabilidade tradicional limitava-se a relatar o passado. Porém, nos dias de hoje, parte dos números que aparecem nas informações divulgadas está voltada para o futuro, como a estimativa de ganho em um processo judicial, a previsão sobre o fluxo de caixa que será gerado por uma unidade de negócio quando se faz um teste de recuperabilidade, entre outros. Quando saímos dos números do balanço patrimonial e da demonstração do resultado, a presença do futuro no conjunto de informações divulgado pelas empresas pode também incluir as promessas que estas fazem em relação ao desempenho futuro.

O surgimento da preocupação mundial com o clima demonstrou a existência de uma ligação entre as atividades humanas e o aquecimento global, o que inclui a necessidade de reduzir a queima de combustíveis fósseis. Como boa parte da queima de combustíveis é realizada pelas empresas, começou a existir uma pressão de investidores e reguladores sobre as entidades.

É nesse cenário que surgem as normas de sustentabilidade. Também se iniciou uma pressão para que as empresas pudessem contribuir com o esforço global no sentido de reverter a tendência de aquecimento global. E como isso poderia ser feito? Usualmente, o foco recai sobre as emissões realizadas pelas empresas.

Nos anos recentes, muitas empresas, especialmente aquelas de grande porte e com ações negociadas em bolsa, começaram a divulgar metas de redução de emissões. Isso pode ter ocorrido pelo desejo de agradar a certos grupos, por excesso de confiança, pressão social, desejo de manter a imagem, impulso emocional, medo de dizer "não", entre outras razões.

Com o tempo, tornou-se claro que muitas promessas feitas eram irrealistas. Veja, por exemplo, o que ocorreu com a Air New Zealand, uma empresa tradicional do setor aéreo. Em 2022, a empresa afirmou que sua meta de emissão de carbono seria uma redução de 29%. Isso é muito para um setor que utiliza a queima de petróleo para obter sua receita. E a meta parece ainda mais absurda quando se sabe que o setor adotou uma meta em torno de 5%. Como a Air New Zealand conseguiria obter tal redução? Parece que a única resposta possível seria através da redução do número de viagens realizadas pela empresa, o que significaria perder mercado. E vale lembrar que a redução da emissão de carbono nos aviões depende do desenvolvimento realizado pelos fabricantes de aeronaves, algo fora do controle da gestão da empresa. Poderíamos pensar que a empresa tem uma frota antiga e que uma eventual troca permitiria atingir a meta fixada.

Lembrando que a promessa foi feita em 2022. Atualmente, as empresas aéreas já estão se recuperando do choque da pandemia e o número de voos realizados voltou a crescer. A Air New Zealand decidiu então abandonar a meta de 2030 para as emissões de carbono. A alegação foi de que haveria atrasos na renovação da frota, conforme argumentou o executivo da empresa, Greg Foran.

Outro aspecto interessante nas promessas é que há uma observação atenta sobre o comportamento das empresas. Naturalmente, a atenção está voltada para seus principais representantes e o que eles estão fazendo para atingir as metas. Uma investigação do ProPublica revelou uma história interessante nesse sentido. O site analisou a Nike, mais especificamente o jato particular Gulfstream da empresa, e verificou que o mesmo utilizou várias vezes um campo de aviação perto da casa do CEO da empresa, John Donahoe. Em três anos e meio, o jato aterrissou mais de cem vezes.

Em seus discursos, Donahoe afirmava que a questão climática exigia uma ação urgente. Chegou a afirmar, em 2022, que "estamos [ele e a empresa] mais comprometidos do que nunca em ajudar a salvar o planeta". O interessante é que isso aparece nas demonstrações contábeis da empresa: os jatos particulares emitiram, em 2023, 20% a mais de carbono do que em 2015, o ano de referência nas metas divulgadas. Sim, os voos são uma pequena parte da contribuição da Nike para o aquecimento global. Mas você acreditaria em executivos que falam em redução de emissões e não fazem nada? E os detalhes divulgados pelo ProPublica incluem as viagens que Donahoe fez para um acampamento de verão para bilionários, pousos nas Ilhas Cayman, entre outros.

O caso da Nike, onde os voos do seu executivo foram mostrados em uma investigação, não é único. Algumas pessoas entendem que promessa feita deve ser cumprida. Algumas empresas estão buscando formas mais criativas de contornar os anúncios otimistas do passado. Uma forma criativa é através das emissões líquidas zero. Lembra da companhia aérea da Nova Zelândia que prometeu uma meta irreal? A maneira de fazê-lo seria através da substituição das aeronaves. Mas isso é muito caro e exige saída de caixa, o que, por sua vez, pode reduzir os bônus dos gerentes e as suas mordomias.

Uma forma alternativa para cumprir as promessas otimistas do passado é através da compra de créditos de carbono. Nesse caso, a empresa paga para alguém fazer o seu trabalho. Em muitas situações, pode ser uma boa solução para a sociedade. Por exemplo, a empresa paga a uma entidade sem fins lucrativos para plantar árvores ou ajudar alguém a instalar painéis solares. No entanto, a solução através da aquisição de créditos de carbono, que pode ser barata e rápida, é um caminho fácil demais. Recentemente, a Amazon informou que sua meta de 2030 de ter eletricidade limpa para seus escritórios, centros de dados e armazéns foi atingida. Mas o Google, também uma empresa de tecnologia, comunicou que não estava mais usando o termo “neutro em carbono” para suas operações e a razão disso foi a inteligência artificial. Agora, em vez de olharem as frases otimistas do passado, os investigadores estão observando também a forma como as metas são alcançadas. Afinal, ser neutro em carbono comprando créditos parece não ser tão difícil assim.

Há uma estimativa de que 78% da energia da Amazon nos Estados Unidos tenha como procedência fontes não renováveis. Assim, o anúncio da empresa de que antecipou uma meta de 2030 parece muito mais uma contabilidade criativa, mesmo que esteja investindo uma boa quantia em energia renovável e adotando outras políticas interessantes.

Parece que há uma aposta aqui: as promessas feitas no passado serão esquecidas ou a dificuldade em alcançar as metas climáticas poderá ser perdoada pelos investidores. Isso lembra muito os políticos que fazem falsas promessas, confiando na memória curta dos eleitores. Depois de receberem seus votos, as promessas são esquecidas ou minimizadas. Será esse o futuro das empresas que fazem falsas promessas climáticas?

15 julho 2024

Os 100 melhores livros do século


O New York Times publicou uma lista com os 100 melhores livros do século. Para compilar essa seleção, 523 pessoas foram convidadas a enviar uma relação com seus 10 livros preferidos, publicados a partir de 1º de janeiro de 2000. Após enviar suas listas, os participantes podiam ainda escolher o melhor livro entre duas sugestões apresentadas. Os dados dessas sugestões, juntamente com os totais de votos dos livros favoritos, foram agregados para criar a lista dos 100 melhores livros.

Não foi definido um critério específico para "melhor", permitindo que a escolha variasse desde o livro preferido de alguém até uma obra que se acreditava que duraria por muitos anos. Para serem considerados, os livros precisavam ter sido lançados em inglês nos Estados Unidos.

Os 20 primeiros foram (fonte: aqui):

1. "A Amiga Genial", de Elena Ferrante;
2. "The Warmth of Other Suns", de Isabel Wilkerson;
3. "Wolf Hall", de Hilary Mantel;
4. "O mundo conhecido", de Edward P. Jones;
5. "As Correções"; de Jonathan Franzen;
6. "2666", de Roberto Bolaño;
7. "The Underground Railroad: Os Caminhos para a Liberdade", de Colson Whitehead
8. "Austerlitz", de W. G. Sebald;
9. "Não Me Abandone Jamais", de Kazuo Ishiguro;
10. "Gilead", de Marilynne Robinson;
11. "A Fantástica Vida Breve de Oscar Wao", de Junot Díaz;
12. "O Ano do Pensamento Mágico", de Joan Didion;
13. "A Estrada", de Cormac McCarthy;
14. "Esboço", de Rachel Cusk;
15. "Pachinko", de Min Jin Lee;
16. "As Incríveis Aventuras de Kavalier e Clay", de Michael Chabon;
17. "O Vendido", de Paul Beatty
18. "Lincoln No Limbo", de George Saunders;
19. "Say Nothing"; de Patrick Radden Keefe;
20. "Erasure", de Percival Everett

Fiquei feliz em ver "Pachinko" ali, dentre os primeiros, pois li e achei incrível, tornando-se um dos meus favoritos também. Uma obra que está na minha lista de leituras futuras e que parece ser incrível é “Não Me Abandone Jamais”, do Kazuo Ishiguro.

Em 1ª posição veio "A Amiga Genial", da Elena Ferrante, de quem já falamos nesta postagem peculiar. Elena Ferrante é um pseudônimo misterioso; ninguém sabe quem ela realmente é. Em nossa postagem, destacamos um jornalista que acredita que Elena seja, na verdade, Anita Raja, com base nos pagamentos efetuados pela editora na época em que a obra foi publicada.

No site é possível ver em quem alguns autores ou “celebridades” votaram. Segundo Stephen King, por exemplo, o melhor livro é “Reparação”, de Ian McEwan. Para Min Jin Lee, em 1º lugar vem “Toda Luz Que Não Podemos Ver”, do Anthony Doerr, que inclusive ganhou o prêmio de melhor livro de Ficção no Pulitzer de 2015 e é, realmente, sensacional, também nos meus top 5, ali juntinho de Pachinko. Achei curioso o James Patterson ter colocado "Harry Potter" entre os seus dez mais e me pergunto se a obra teria aparecido mais vezes caso a votação permanecesse anônima. 

Os 100 "melhores" do século são claramente enviesados, por, dentre outros, considerarem a opinião de quem o jornal escolheu, em relação a livros publicados nos Estados Unidos, com considerável verba publicitária para conseguir se destacar meio a tantas opções. Mas não deixa de ser uma publicação curiosa e interessante!

Em alguns livros deixamos o link afiliado da Amazon, pelo qual ganhamos uma pequena porcentagem.

04 junho 2024

Redução do mercado de capitais

 

O gráfico mostra que o número de empresas que possuem ação comercializada no maior mercado de capitais do mundo reduziu de mais de 8 mil para 4 mil. Uma das explicações favoritas diz respeito a Sarbox, a legislação que tentou estabelecer certas regras de governança corporativa nas empresas, mas que aumentou o custo de abrir o capital. 

Mas o gráfico mostra que isso não faz sentido, já que o número de empresas estava em queda antes da norma. Afinal, o número máximo foi alcançado em 1996 e a Sarbox no novo século. Outras explicações envolve o crescimento do capital de risco privado. 

Uma pesquisa acadêmica sugeriu uma outra resposta: as fusões e aquisições. E muitas destas operações são realizadas por empresas já listadas e isso termina por reduzir o número do gráfico acima. Há uma estatística impressionante, mostrada no gráfico a seguir. Somente Google, Microsoft, Apple, Meta, Amazon e Nvidia juntas adquiriram impressionantes 875 empresas.


O leitor certamente conhece alguns dos nomes desta lista: YouTube, LinkedIn, Instagram, Fitbit, Whole Foods, DoubleClick, Skype, Audible, GitHub, Beats Electronics. Zappos...

02 junho 2024

Moda e nome


Há quarenta anos, o nome Alexa estava no 745o lugar entre os nomes mais populares para meninas. Nos anos seguintes, Alexa tornou-se um nome popular, chegando a ocupar a posição 39 em 2006. De repente, tudo mudou. Quando a Amazon resolveu batizar de Alexa a voz que responde aos comandos, no final de 2014, o nome cresceu em popularidade, para depois cair substancialmente. 

12 maio 2024

Os primeiros vencedores da corrida da IA

A grande aposta da Amazon de que a inteligência artificial poderia ser a base para sua próxima era de crescimento parece estar dando resultados: as ações da gigante da tecnologia estão em alta no pregão pré-mercado hoje, após seu lucro trimestral superar as expectativas dos analistas. Grande parte de seu crescimento veio de seu negócio de computação em nuvem, que potencializa o uso corporativo de IA.

Os resultados robustos, juntamente com os da semana passada de Microsoft e Alphabet, mostram que os investidores estão dispostos a tolerar grandes gastos com IA — pelo menos por empresas que fornecem as ferramentas e a infraestrutura para construí-la.

A Amazon relatou seus melhores resultados do primeiro trimestre, com cerca de 143 bilhões de dólares em receita total e cerca de 10 bilhões de dólares em lucro. Mais importante é o que aconteceu em sua divisão de nuvem, Amazon Web Services, que representa cerca de um quinto da receita total: as vendas aumentaram 17%, para 25 bilhões de dólares, enquanto a receita operacional disparou impressionantes 84%, para 9,4 bilhões de dólares.

A empresa não divulgou quanto dessa receita veio da IA, mas os executivos notaram um aumento na disponibilidade de tais serviços. (A Amazon investiu bilhões na startup de IA Anthropic e está tornando o chatbot de IA Q mais amplamente disponível via AWS.)

Wall Street aprova alguns tipos de gastos com IA. As ações da Microsoft e da Alphabet saltaram após seus relatórios de ganhos na semana passada, mas as da Meta caíram — apesar de todas as três anunciarem que gastariam muito mais com a tecnologia. (Amazon também gastará: Brian Olsavsky, seu CFO, disse aos analistas ontem que os 14 bilhões de dólares que sua empresa gastou em despesas de capital e aluguéis neste trimestre seriam o ponto mais baixo do ano.)


Uma grande diferença: Alphabet, Amazon e especialmente Microsoft relataram ganhos em seus negócios de nuvem, provavelmente devido ao aumento da demanda corporativa pelos serviços de computação para suportar suas aplicações de IA. Meta, cujas aplicações de IA são mais focadas em serviços voltados para o consumidor, provavelmente levará mais tempo para ver seus enormes investimentos na tecnologia compensarem.

Outros no setor de tecnologia também estão olhando para a infraestrutura de IA em busca de oportunidades. Os data centers são uma área de interesse. O gigante de private equity Silver Lake liderou um investimento de 6,4 bilhões de dólares este ano em um grande provedor de data centers, enquanto Alphabet, Amazon, Microsoft e Meta também estão investindo pesadamente em seus próprios centros.

As demandas energéticas da indústria são outro foco: Sam Altman, CEO da OpenAI, apoiou uma startup de fusão nuclear para fornecer mais eletricidade para alimentar os centros de IA.

Fonte: DealBook. Tradução e Imagem: ChatGPT

14 abril 2024

Drones da Amazon e uma aposta questionável

O CEO da Amazon, Andy Jassy, divulgou sua carta anual aos acionistas nesta manhã. Ele registrou modestas 5.448 palavras — essencialmente um livro infantil em comparação com o tomo de 28.000 palavras de Jamie Dimon, mas ainda cerca de cinco vezes mais longo do que o boletim informativo comum da Bloomberg Opinion. “Quando feita corretamente, uma carta aos acionistas permite que a personalidade de um CEO brilhe — de uma maneira altamente jurídica e editada”, escreve Beth Kowitt. Mas no caso de Jassy, ele pode acabar parecendo um tolo.


Uma de suas grandes apostas em 2024 é o “Prime Air”, o novo serviço de entrega por drones da Amazon, que ele diz que eventualmente permitirá que a empresa de comércio eletrônico entregue pacotes aos clientes em menos de uma hora. Embora haja certamente uma necessidade a ser atendida aqui — a preguiça humana não tem limites! — Leticia Miranda diz que há alguns problemas com a metodologia:

Os drones da Amazon só podem carregar pedidos que pesem até cinco libras, e os itens não podem ser muito frágeis porque precisam sobreviver a uma queda de 12 pés... Um estudo de 2023 da McKinsey estima que uma entrega de drone de um único pacote custa à empresa cerca de $13,50, o que é mais caro do que a entrega via veículo elétrico ou a gás fazendo apenas uma entrega. Para que os drones deem lucro à empresa, um único operador terá que gerenciar até 20 drones ao mesmo tempo.

Vinte drones!!! Considere, por um momento, o que isso pode significar para sua cidade. (...)

Sem mencionar que os drones são barulhentos! Este estudo de 2021 os descreveu como sendo “substancialmente mais irritantes” do que um avião comum ou um congestionamento. No futuro, ainda precisaremos de muitos e muitos humanos para entregar coisas. (...)

Fonte: Bloomberg

25 março 2024

iLobby

Após enfrentar a Comissão Internacional de Comércio dos EUA (ITC) em tudo, desde iPhones a relógios inteligentes nos últimos anos, a Apple está aumentando seus esforços de lobby em Washington para reescrever as regras da agência, segundo o NYTimes.

No ano passado, a empresa foi forçada a remover uma funcionalidade de medir o oxigênio no sangue do seu Apple Watch nos EUA após a ITC banir o produto por infrações de patentes. Multas são algo com que a Apple pode lidar, mas a capacidade da ITC de implementar proibições completas é mais preocupante para o fabricante do iPhone, levando a empresa a fazer lobby junto aos legisladores para remodelar o foco da ITC em direção ao que está no "interesse público".


Como gastar dinheiro e influenciar pessoas

Embora gastar muito para conseguir o apoio do governo possa parecer um fenômeno moderno, a prática data quase desde a fundação da nação, com os primeiros lobistas supostamente contratados em 1792, quando veteranos do Exército Continental recrutaram influenciadores políticos para fazer lobby no Congresso por mais compensação.

Embora a indústria farmacêutica tenha sido a maior gastadora na cena do lobby por décadas, as grandes empresas de tecnologia têm aumentado seu orçamento à medida que o escrutínio aumentou. No ano passado, as 5 maiores empresas de tecnologia voltadas para o consumidor gastaram cerca de $76 milhões na busca de seus interesses políticos, segundo dados da Open Secrets. De fato, o gasto de $9,86 milhões da Apple no ano passado parece relativamente frugal em comparação com o Meta e a Amazon, cujos gastos ultrapassaram $19 milhões cada.

Fonte: Chartr

06 março 2024

As matemáticas da vida e morte

O livro "As Matemáticas da Vida e da Morte", de Kit Yates, diz na capa de trás que não é para matemáticos nem sobre matemática. Não há equações, apenas a promessa de uma leitura fácil. Em sua maioria, o autor atinge esse objetivo nos sete capítulos, especialmente no primeiro sobre crescimento exponencial e no quinto sobre sistemas numéricos. Talvez o capítulo cinco devesse estar no início do livro.



No entanto, às vezes o autor torna a explicação de alguns conceitos mais complicada do que deveria ser, como no capítulo sobre a matemática por trás da medicina. Encontrei isso como um problema, pois o livro promete uma compreensão fácil das aplicações da matemática no mundo real. Por isso, acredito que o livro não cumpre completamente essa promessa.

Apesar disso, a obra oferece lições valiosas. Quando Yates explica o uso do problema da contratação, uma regra matemática para fazer escolhas, seus exemplos são interessantes e originais até certo ponto.

É uma leitura interessante para quem deseja entender como a matemática pode ser útil na vida real. Também é indicado para quem gosta do assunto ou para aqueles que têm receio do tema e desejam superar o medo. 


Atualização pela Contabilidade Financeira: O livro está com um link de Associado Amazon. Isso significa que, caso cliquem e adquiram o produto, ganharemos uma comissão que utilizamos para manter e cobrir os custos do blog. Todavia, isso não motivou a indicação do produto.

28 fevereiro 2024

Mais da metade do conteúdo da internet foi gerado por IA

Eis o abstract: 

We show that content on the web is often translated into many languages, and the low quality of these multi-way translations indicates they were likely created using Machine Translation (MT). Multi-way parallel, machine generated content not only dominates the translations in lower resource languages; it also constitutes a large fraction of the total web content in those languages. We also find evidence of a selection bias in the type of content which is translated into many languages, consistent with low quality English content being translated en masse into many lower resource languages, via MT. Our work raises serious concerns about training models such as multilingual large language models on both monolingual and bilingual data scraped from the web.

O artigo é proveniente de funcionários da Amazon e pode ser encontrado aqui. O gráfico a seguir mostra o resultado por língua (português, pt, na parte esquerda)


O impressionante é que das frases analisadas, 57,1% foram traduzidas para dois ou mais idiomas. A cada tradução, a qualidade piora. Os pesquisadores acreditam que um texto básico de inglês é usado para outros idiomas e este material é traduzido cada vez mais. E como a IA depende de material de boa qualidade para treinamento, o que temos hoje talvez seja ruim para os algoritmos mais avançados. 


18 fevereiro 2024

Emoção e Dinheiro

Eis o início da notícia

A mudança de Jeff Bezos para Miami poderia economizar mais de US$ 600 milhões em impostos. O bilionário, terceiro homem mais rico do mundo, com um patrimônio de US$ 189,6 bilhões segundo a Forbes, se mudou de Seattle para Miami para ficar mais perto de seus pais, chamando isso de uma “decisão emocional”.


No entanto, também há uma vantagem financeira nisso. Ao contrário do estado de Washington, onde fica Seattle, a Flórida não cobra imposto sobre ganhos de capital com a venda de ações.

O fundador da Amazon planeja vender 50 milhões de ações da gigante do comércio eletrônico até 31 de janeiro de 2025. Pela cotação da terça-feira (13) isso movimentaria US$ 8,4 bilhões (R$ 41,92 bilhões). Como o lucro é isento na Flórida, cálculos do site CNBC indicam que Bezos vai economizar cerca de US$ 600 milhões em impostos que teriam de ser pagos se ele tivesse domicílio fiscal em Seattle.

12 fevereiro 2024

Grandes corporações e a Disrupção

 

Cory Doctorow discute como as grandes corporações interrompem a disrupção. A discussão está baseada em um artigo de dois professores de direito. Para Doctorow, as grandes empresas de tecnologia (Facebook, Apple, Google, Microsoft e Amazon) criaram uma série de estratégias para impedir que novas ideias prosperem: muitos produtos bem-sucedidos dessas empresas foram comprados e não desenvolvidos internamente. Pense, por exemplo, no Instagram, logo incorporado ao Facebook quando começou a representar uma ameaça.

A ideia é que as grandes empresas de tecnologia não estão inovando, mas operacionalizando. Se surge uma ameaça que pode abalar uma gigante, ocorre um processo de aquisição e despojamento das características inovadoras. Mas a estratégia de compra não é a única. Há três outras formas que as grandes usam para defender o território. A primeira é descobrir qual startup pode desenvolver um produto ou serviço disruptivo e desviá-la do seu caminho, o que inclui parcerias. Segundo, cortar o acesso de recursos do seu concorrente em potencial. É o caso do Facebook, que permite o acesso aos dados dos usuários para a Amazon, mas não para uma startup chamada Messageme, com a alegação de privacidade. E a terceira estratégia é convencer o governo a aprovar regulamentações que sejam caras e que possam matar os pequenos concorrentes.

Um dado que reforça os argumentos do texto: em um ano, a Apple compra 90 empresas. Isso provavelmente é uma quantidade maior do que o número de vezes que você vai ao supermercado. Outro dado: a divisão do Departamento de Justiça que trata do assunto tem um número de funcionários inferior ao número de guardas de segurança do Museu Smithsonian. E estamos falando de um mercado de 24 trilhões de dólares.

07 fevereiro 2024

Promessas das empresas sobre o clima estão

Quando a preocupação ambiental ganhou destaque nas empresas, muitas anunciaram que estavam agindo de maneira ambientalmente responsável. Isso incluiu promessas climáticas. No entanto, com o tempo, essas empresas estão sendo cobradas e algumas estão percebendo que não conseguem cumprir suas promessas.


Essa situação pode ser problemática, pois promessas feitas anteriormente podem ter sido enganosas para investidores e para a sociedade em geral. Existem vários exemplos disso. Em 2022, a gigante dos seguros AIG declarou que não faria mais seguros para projetos de combustíveis fósseis, uma atitude elogiável para alguns investidores e setores da sociedade. No entanto, a empresa está envolvida em projetos de extração de petróleo no Canadá e de gás na Austrália. A Amazon também fez promessas sobre emissões até 2030, mas recentemente alterou suas metas, alegando que o novo objetivo é mais ambicioso, embora o prazo agora seja 2040.

Empresas que têm grande parte dos lucros provenientes da exploração de petróleo tiveram resultados expressivos nos últimos anos. Isso levou empresas como Shell, BP e Chevron a recuarem em suas metas. No Brasil, a Petrobrás, cujo lucro está ligado ao petróleo, está se distanciando de questões ambientais devido à exploração de novas reservas no norte do país.

Uma reportagem do Washington Post (de Evan Halper, traduzido pelo Estadão) revelou que apenas cerca de 4% das empresas que se comprometeram a zerar emissões até 2050 estão cumprindo as metas do Acordo de Paris. Isso significa que as empresas mencionadas aqui não estão sozinhas nesse cenário. Apesar de muitas empresas terem estabelecido metas voluntárias com horizontes temporais até 2030 ou 2050, poucas estão cumprindo essas promessas. A sociedade precisa cobrar responsabilidade das empresas e dos executivos que anunciaram essas metas, especialmente se essas promessas foram oficialmente divulgadas nos documentos da empresa, como suas demonstrações contábeis.

01 janeiro 2024

Custo e o lançamento espacial

 A trajetória da Virgin Galactic mostra um grande começo, com um valor de mercado chegando a 14 bilhões, mas uma trajetória de queda, a partir de 2021. 

No final de 2023, o empresário Branson anunciou que o seu grupo não iria mais investir na Virgin Galactic. Isso não alterou substancialmente o valor de mercado da empresa, que estava abaixo de 1 bilhão. Pouco diante de dois concorrentes de peso: a empresa da Amazon e do grupo Tesla. Ou seja, Blue versus SpaceX ou Bezos versus Musk. 

Parece que viagem espacial é cara e não devemos ter muitos vencedores. Na situação atual, a Space X (leia-se Tesla ou Musk) está em vantagem. De 2000 até o momento, a empresa 281 lançamentos comerciais, versus 17 da Blue e 14 da Galactic. 

O valor da SpaceX deve estar em torno de 175 bilhões de dólares. Sua grande vantagem é o foguete Falcon 9, que pode levar 1 kg de carga por cerca de 1.500 dólares. Quando compara com o custo de dez anos atrás, isto representa uma redução de 10 a 20 vezes. E o milagre é a reutilização de parte do foguete. Traduzindo: custo é importante agora. 

09 novembro 2023

Custo irrelevante da IA

Sobre a Inteligência Artificial,  um artigo lembra que a questão do custo é "irrelevante". A OpenAI deve ter gasto um pouco abaixo de 100 milhões de dólares para treinar o GPT, o que é seria pouco: 

os últimos 6 meses, percebemos isso que o custo do treinamento é irrelevante. Claro, parece loucura na superfície, dezenas de milhões, senão centenas, de milhões de dólares em tempo de computação para treinar um modelo, mas isso é trivial para gastar para essas empresas. É efetivamente um item de linha da Capex, onde a escala maior sempre produziu melhores resultados. 


Nos próximos anos, várias empresas, como Google, Meta e OpenAI / Microsoft, treinarão modelos em supercomputadores. O Meta está gastando mais de US $ 16 bilhões por ano no "Metaverse", o Google gasta US $ 10 bilhões por ano em uma variedade de projetos que nunca serão concretizados. A Amazon perdeu mais de US $ 50 bilhões em Alexa. As criptomoedas desperdiçaram mais de US $ 100 bilhões em nada de valor. 

Essas empresas e a sociedade em geral podem e gastarão mais de cem bilhões na criação de supercomputadores que podem treinar um modelo massivo único. Esses modelos massivos podem ser produtizados de várias maneiras. 

A verdadeira batalha é que a expansão desses modelos para usuários e agentes custa muito.