No índice Global da Paz, o Brasil ocupa a 132ª posição entre 163 países ao redor do mundo, o que coloca o país em uma posição desfavorável. Se considerarmos um termômetro para avaliar a situação, estaríamos em um patamar baixo, ao lado de nações como Venezuela, Colômbia, México e Estados Unidos, mas distantes de países como Argentina, Chile e Uruguai. Essa realidade me parece bastante preocupante.
No entanto, uma estimativa interessante apresentada pelo documento é o custo econômico da violência. Esse cálculo abrange tanto os custos diretos quanto os indiretos da violência, incluindo um multiplicador econômico aplicado aos custos diretos. É importante mencionar que o custo econômico da violência leva em conta apenas os custos diretos e indiretos. A partir desse cálculo, são determinados os resultados per capita e a porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) afetados pela violência.
Embora essas informações sejam um tanto limitadas, podemos observar que o maior impacto econômico da violência ocorreu, em 2022, em países como Ucrânia, Afeganistão, Sudão, Coreia do Norte e Somália, com porcentagens do PIB variando de 35% a 63%. No caso do Brasil, o documento estima que o impacto econômico da violência seja de 11%, o que nos coloca na 29ª posição em relação a outros países. Nesse ranking, estamos logo após Rússia, Palestina, Arábia Saudita, Bahrein e Mauritânia, que ocupam as posições de 24º a 28º. Em termos per capita, o impacto da violência é de 2.150 dólares no Brasil.