Uma das grandes preocupações que o usuário da informação
contábil deve ter ao analisar uma indústria é certificar a vida útil do ativo.
Quando uma empresa possui ativos novos, a vida útil será longa. Isto pode
resultar numa tranquilidade em termos de novos investimentos. Neste caso, os
investimentos serão realizados somente se houver uma expansão. Já quando a vida
útil é baixa, torna-se necessário fazer investimentos nos ativos de longo
prazo, em particular máquinas e equipamentos. A expansão pode representar uma
redução de pagamento de dividendos.
O cálculo da vida útil pode ser apresentado pela empresa nas
notas explicativas ou pode ser obtida pelo usuário, desde que tenha acesso a
informação da despesa de depreciação e do valor líquido do ativo. Para ilustrar
este cálculo, considere o exemplo da Companhia Industrial Cataguases no seu relatório de final de 2013. A empresa informa, na página 21, que a vida
útil de máquinas e equipamentos é de 11,1 anos:
Para verificar estes valores, vamos observar o quadro resumo
do imobilizado, geralmente publicado nas notas explicativas. A figura a seguir
apresenta os valores:
A depreciação do ano de máquinas e equipamentos foi de R$4476
mil, para um ativo líquido de 52722 mil. Para determinar a vida útil estimada
de máquinas e equipamentos, basta dividir o ativo líquido pela despesa de
depreciação. No nosso exemplo:
52722 / 4.476 = 11,78 anos
Que é um valor bastante aproximado daquele informado pela
empresa. Podemos fazer o mesmo com edificações:
24321/1631 = 14,91
Que é um valor um pouco menor do que aquele informado pela
empresa (18,2 anos).
Curso de Contabilidade Básica - Editora Atlas - César Augusto Tibúrcio
Silva e Fernanda Fernandes Rodrigues (prelo)