Eis o que ocorreu com um especialista no assunto:
No Brasil, comprar um par de óculos de sol infantis requer um elaborado ritual de negociação completo com serviço de café e vários funcionários de vendas, como descobriu o professor da London School of Economics, Christopher Sandmann, durante férias em família.
(...) Sandmann descreve em uma loja de óptica high-end com seu filho de dois anos de idade, onde eles foram recebidos por nada menos que seis funcionários. Um segurava a porta, outro os levava até uma mesa, um terceiro apertava as mãos, enquanto outros ofereciam água, limonada e café. (...)
A verdadeira lição veio durante as negociações de preços. O preço inicial de £100 (700 Reais) (...) foi o ponto de partida para uma série de ofertas e contraofertas. A parte principal [da estratégia]? Os vendedores brasileiros dominaram uma tática psicológica comprovada. Eles restauram seu poder de barganha adiando a decisão final para um dono de loja ausente por telefone. Isso transforma a negociação em um esforço colaborativo, com comprador e vendedor subitamente aliados na esperança da aprovação do proprietário.
"Ligar para o proprietário é uma tática inteligente", explica Sandmann. "Primeiro, amarra-lhes as mãos; eles não ligarão duas vezes para o chefe em meu nome. Também é psicologicamente astuto porque transforma [o vendedor] e eu em aliados. Anteriormente, todos os mimos com café e limonada encobriam o fato de estarmos envolvidos em um cabo de guerra pelo preço."
(Eu já tive essa experiência na compra de um automóvel. Nunca tinha imaginado sob essa ótica - ops)