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15 março 2025

Custo de Saída

O problema das redes sociais é que as pessoas que amamos e com quem queremos interagir estão presas em jardins murados. O mecanismo de sua prisão são os "custos de mudança" para sair. Nossos amigos e comunidades estão em redes sociais ruins porque amam uns aos outros mais do que odeiam Musk ou Zuck. Deixar uma plataforma social pode custar o contato com familiares no país de onde você emigrou, um grupo de apoio formado por pessoas que compartilham sua doença rara, os clientes ou a audiência dos quais você depende para seu sustento, ou simplesmente os outros pais que organizam o jogo da liga infantil do seu filho.  

Hipoteticamente, você poderia organizar todas essas pessoas para saírem de uma vez, irem para outro lugar e reestabelecer todas as suas conexões sociais. Na prática, o "problema da ação coletiva" torna isso quase impossível. É nisso que os donos das plataformas apostam – é por isso que sabem que podem tornar seus serviços piores sem perder usuários. Enquanto a dor de usar o serviço for menor do que a dor de deixá-lo, as empresas podem apertar o cerco e tornar a vida dos usuários pior para extrair mais lucro deles. É por isso que Musk eliminou o botão de bloqueio e por que Zuck demitiu todos os seus moderadores. Por que arcar com o custo de fazer algo bom para os usuários se eles continuarão na plataforma mesmo que você reduza drasticamente a equipe e/ou o processamento caro?


Fonte: aqui 

Imagine que você seja um profissional que tem uma conta no Instagram. Uma mudança nas políticas da plataforma pode fazer com que você perca um grande número de clientes. O que você pode fazer? Nada. 

O custo de saída também é conhecido como switching cost (custo de mudança), decorrente do efeito rede.

24 maio 2019

Custos de Troca

No passado, os reguladores brasileiros forçaram os bancos a "aceitarem" a saída dos clientes para o concorrente em serviços financeiros e de telefonia. Até então, quando um cliente deseja trocar de banco (ou de companhia telefônica ou de serviço de internet/televisão a cabo), as empresas impunham um longo ritual. (Em alguns casos, o leitor deve estar pensando, ainda ocorre)

Esta dificuldade em mudar para o concorrente recebe a denominação de Switching Cost ou Custo de Troca. Apesar do termo "custo" é muito mais uma estratégia de marketing. Estaria no limite da "ilegalidade", já que a empresa aproveita da impaciência do consumidor para força-lo a permanecer usando seus serviços. Imagine você tentando cancelar a assinatura da TV a cabo durante duas horas, sendo transferido de atendente para atendente, recebendo ofertas, sendo questionado dos motivos, ficando esperando o atendente, confirmando suas informações pela enésima vez, entre outros procedimentos. Isto é o switching cost.

Uma edição do American Economic Journal: Microeconomics mostrou como isto é relevante nos fundos de pensão do Chile. A pesquisa ajuda a explicar a razão pela qual os inscritos em fundos de pensão permanecem "fiéis" mesmo com as mudanças ocorridas no mercado.

Eis o resumo:

How do different switching costs affect choices and competition in a private pension system? I answer this question in a setting in which variation in employment status allows me to identify two switching costs that jointly affect enrollees' decisions: the cost of evaluating financial information and the cost of the bureaucratic process that enrollees must navigate when switching. I use this variation to estimate the different switching costs and study their impact on competition among pension funds. I find that though eliminating all switching costs decreases equilibrium fees the most, eliminating either switching cost decreases fees significantly.