Nos últimos dias a movimentação do dólar trouxe a preocupação com a exposição ao risco cambial por parte das empresas brasileiras. O Estado de S Paulo afirmou (Dívida da Petrobrás sobre mais R$100 bi) que o endividamento da empresa Petrobras deve chegar a mais de 500 bilhões em razão do dólar. Naturalmente os jornais destacam os prejudicados com a movimentação cambial, como é o caso da estatal. Mas existem também as empresas que serão beneficiadas, como as exportadoras.
Como isto apareceu nas demonstrações das empresas? Será que elas estão preparadas? Vejamos o caso da Petrobras. A Petrobras afirma o seguinte no seu relatório de administração de 2014:
33.2. GERENCIAMENTO DE RISCO CAMBIAL No que se refere ao gerenciamento de riscos cambiais, a Petrobras busca identificá-los e tratá-los em uma análise integrada de proteções (hedges) naturais, beneficiando-se das correlações entre suas receitas e despesas. No curto prazo, a gestão de risco envolve a alocação das aplicações do caixa entre real, dólar ou outra moeda. Nesse contexto, a estratégia pode envolver o uso de instrumentos financeiros derivativos para minimizar a exposição cambial de certas obrigações da companhia.
Bom, para o leitor isto significa que não se deve preocupar-se já que a empresa possui uma estratégia de minimização a este tipo de risco. É importante salientar que a no relatório de administração, de quase cem páginas, o “risco cambial” foi citado uma vez. Mas na explicação sobre a redução do valor recuperável, a empresa informa que adotou uma taxa de câmbio média de 2,85 para 2015 e 2016, convergindo a 2,61 no longo prazo.
Já a JBS apresenta uma análise de sensibilidade indicando o efeito no resultado da variação no câmbio de 25 e 50%:
A análise acima se refere ao dólar. Aparentemente a empresa irá ganhar com a desvalorização da moeda.
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25 setembro 2015
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