Planejamento Anual: devemos levar a sério?
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27 dezembro 2020
06 agosto 2020
Eletrobras e o planejamento em tempos do Covid - Parte 2
No final de março, logo depois da decretação da pandemia por parte da OMS, o Conselho da Eletrobras reuniu-se para aprovar o "Novo Plano Diretor de Negócios e Gestão", para o período de 2020 a 2024. Nós postamos aqui sobre este assunto.
No início de agosto, a empresa divulgou um Plano Estratégico das Empresas Eletrobras 2020-2035, em substituição a outro documento, que contemplava o período de 2015 a 2030. Agora sim, a empresa contemplou, de forma mais detalhada, o impacto da pandemia.
Mas notei algo interessante: não há, no documento, a palavra "privatização", um assunto considerado pelo principal acionista. E a palavra "venda" aparece somente para tratar da venda de serviços, embora "valor" apareça 38 vezes. (Estranho, para uma empresa que destruiu tanto o valor nos últimos anos)
30 março 2017
Papel do Planejamento
As demonstrações contábeis da Energisa começam de uma maneira interessante:
Perseverança e disciplina foram fundamentais para enfrentarmos a tempestade perfeita que marcou os negócios no Brasil em 2016. Ela foi desencadeada por um ambiente macroeconômico adverso e dificuldades no cenário político, com impeachment da presidente eleita e denúncias de corrupção envolvendo meios empresariais e políticos (1). O resultado foi o aprofundamento da recessão já instalada desde o ano anterior, com queda do Produto Interno Bruto de 3,6% (2). A recessão iniciada em 2014 já é considerada a mais profunda e longa que o país enfrentou. Esta conjuntura econômica desfavorável desarranjou toda a cadeia produtiva, notadamente no setor industrial, gerando desemprego recorde (3) na história recente do país. A renda per capita em 2016 recuou para o nível de 2009. O consumo das famílias foi impactado de forma severa pelo elevado nível de endividamento, pela perda de renda e pelo desemprego. Os investimentos na indústria recuaram ao nível mais baixo desde 2010 com a paralisação de obras públicas e pela enorme capacidade ociosa dos negócios (4).
Não fomos pegos de surpresa por essa realidade (5). Previmos “esta tempestade perfeita” em nosso planejamento estratégico feito no final de 2014 (6). Naquela ocasião, reforçamos que seria vital estarmos preparados para enfrentar as turbulências conjunturais e ao final conseguimos superar com sucesso o cenário pouco favorável para o desempenho das empresas.
(1) É muito importante que a empresa tenha feito esta contextualização, indicando o que ocorreu no ano. Observe que a empresa não precisou assumir uma posição política para isto.
(2) A análise foi sustentada com um dado inegável.
(3) Como está falando no número de pessoas desempregadas, o texto está correto.
(4) Geralmente este tipo de análise é acompanhado por um desempenho ruim. Com efeito, ocorreu uma redução na receita (pequena) e uma queda nos lucros, de 351 milhões para 196 milhões. Nada expressivo. Mas o caixa operacional cresceu e o endividamento está sob controle. Ou seja, o desempenho da empresa não foi ruim.
(5) Eis aqui a frase mágica do texto. Apesar de tudo, a empresa estava preparada.
(6) Revi as demonstrações dos anos anteriores e não encontrei nada sobre este fato, embora isto não signifique que não tenha existido. Mas é interessante o fortalecimento do planejamento diante destas incertezas.
Perseverança e disciplina foram fundamentais para enfrentarmos a tempestade perfeita que marcou os negócios no Brasil em 2016. Ela foi desencadeada por um ambiente macroeconômico adverso e dificuldades no cenário político, com impeachment da presidente eleita e denúncias de corrupção envolvendo meios empresariais e políticos (1). O resultado foi o aprofundamento da recessão já instalada desde o ano anterior, com queda do Produto Interno Bruto de 3,6% (2). A recessão iniciada em 2014 já é considerada a mais profunda e longa que o país enfrentou. Esta conjuntura econômica desfavorável desarranjou toda a cadeia produtiva, notadamente no setor industrial, gerando desemprego recorde (3) na história recente do país. A renda per capita em 2016 recuou para o nível de 2009. O consumo das famílias foi impactado de forma severa pelo elevado nível de endividamento, pela perda de renda e pelo desemprego. Os investimentos na indústria recuaram ao nível mais baixo desde 2010 com a paralisação de obras públicas e pela enorme capacidade ociosa dos negócios (4).
Não fomos pegos de surpresa por essa realidade (5). Previmos “esta tempestade perfeita” em nosso planejamento estratégico feito no final de 2014 (6). Naquela ocasião, reforçamos que seria vital estarmos preparados para enfrentar as turbulências conjunturais e ao final conseguimos superar com sucesso o cenário pouco favorável para o desempenho das empresas.
(1) É muito importante que a empresa tenha feito esta contextualização, indicando o que ocorreu no ano. Observe que a empresa não precisou assumir uma posição política para isto.
(2) A análise foi sustentada com um dado inegável.
(3) Como está falando no número de pessoas desempregadas, o texto está correto.
(4) Geralmente este tipo de análise é acompanhado por um desempenho ruim. Com efeito, ocorreu uma redução na receita (pequena) e uma queda nos lucros, de 351 milhões para 196 milhões. Nada expressivo. Mas o caixa operacional cresceu e o endividamento está sob controle. Ou seja, o desempenho da empresa não foi ruim.
(5) Eis aqui a frase mágica do texto. Apesar de tudo, a empresa estava preparada.
(6) Revi as demonstrações dos anos anteriores e não encontrei nada sobre este fato, embora isto não signifique que não tenha existido. Mas é interessante o fortalecimento do planejamento diante destas incertezas.
12 março 2010
Planejamento e ciclo de vida
Este trabalho tem por objetivo analisar o perfil das empresas brasileiras no que se refere à estruturação do processo de planejamento, associado aos estágios do ciclo de vida. O foco está no entendimento de como o processo estruturado de planejamento, que inclui o planejamento estratégico, o orçamento e o controle orçamentário, está sendo utilizado pelas empresas brasileiras nos diversos estágios do ciclo de vida organizacional. Trata-se de uma pesquisa empírica desenvolvida a partir de uma amostra orientada, com 112 empresas. Os métodos de tratamento de dados foram a análise fatorial e a correlação. A justificativa para o estudo está na percepção de que o desenvolvimento de um processo de planejamento estruturado, dentre outras coisas, depende do estágio vivido pela entidade. O estudo conclui que existe correlação entre os estágios do ciclo de vida organizacional e o perfil de formalização de planejamento. Contudo, a inexistência do orçamento tanto no nascimento, quando não se mostra uma prioridade, como no declínio, quando deveria ser entendido como uma alavanca de recuperação, provoca uma reflexão relevante sobre as possibilidades perdidas por uma organização que não prioriza o processo.
ANÁLISE DO PERFIL DE PLANEJAMENTO ASSOCIADO AO CICLO DE VIDA ORGANIZACIONAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS - Fábio Frezatti, Tânia Regina Sordi Relvas, Emanuel R. Junqueira, Artur Roberto do Nascimento - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
ANÁLISE DO PERFIL DE PLANEJAMENTO ASSOCIADO AO CICLO DE VIDA ORGANIZACIONAL NAS EMPRESAS BRASILEIRAS - Fábio Frezatti, Tânia Regina Sordi Relvas, Emanuel R. Junqueira, Artur Roberto do Nascimento - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
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