Na economia, há, em geral, dois tipos de bens em que a alocação dos recursos não ocorre de forma eficiente: os bens públicos e os recursos comuns. O ar que respiramos é um bem público: ninguém pode ser impedido de usá-lo e o uso por um individuo não diminui a disponibilidade para outro. Como ninguém paga pelo ar que respira, o mercado não pode fornecê-lo de forma eficiente. Os peixes no mar são exemplo clássico de recurso comum: ninguém pode ser impedido de pescar, mas, quando alguém o faz, reduz a disponibilidade de peixes para outras pessoas. Como os indivíduos não pagam para usufruir de um recurso comum, há uma externalidade negativa - excesso de pesca, neste caso, pois existe um desalinhamento entre os interesses privados e o ótimo social. Em ambos os casos, o mercado falha devido a ausência de direitos de propriedade; portanto, o governo pode, às vezes, melhorar o resultado.
A rua podem ser bem público ou recurso comum. Quando não está congestionada, é um bem público: o uso por alguém não afeta outras pessoas. Caso contrário, é um um recurso comum: o uso por indivíduo torna a rua mais congestionada, gerando externalidades negativas para outros motoristas- poluição, perda de tempo, etc. Para solucionar esse problema ,o governo pode aumentar os impostos sobre a gasolina (medida impopular e imperfeita) ou cobrar pedágio em áreas com trânsito mais caótico. Várias cidades já utilizam pedágio urbano, como é o caso de Londres, para reduzir os congestionamentos. Neste vídeo, Jonas Eliasson apresenta o resultado satisfatório do uso do pedágio urbano em Estocolmo na Suécia.
Para saber mais, leia este trabalho, que não li ,sobre o tema: Discussão Econômica sobre a Tarifação de Congestionamentos como Instrumento de Regulação do Tráfego Urbano