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31 maio 2018

País pobre patrocinando um clube de futebol

Um caso curioso (?): um dos países mais pobres do mundo, Ruanda, resolveu pagar 39 milhões de dólares por um patrocínio do Arsenal, um dos clubes de futebol mais ricos do mundo. Durante três anos, o Arsenal irá exibir o anúncio "Visit Ruanda". Ruanda ficou conhecida por um brutal genocídio ocorrido em 1994. 

O que ajuda a explicar a escolha: o presidente Kagame (este é o nome mesmo) é fã do Arsenal. Apesar do turismo ser uma importante fonte de renda para o país, o assunto não foi discutido com sua equipe e o valor não constava do orçamento público.

A questão de um time de futebol sendo patrocinado por um país não é algo novo. Anteriormente o Barcelona aceitou o patrocínio do Catar e o Atlético de Madrid do Azerbaijão.

15 janeiro 2010

Woods

Foram-se o patrocínio e os carros da General Motors. Depois de Gillette, AT&T, Gatorade, Accenture e Tag Heuer, é a vez da General Motors deixar de patrocinar Tiger Woods. De quebra, o golfista nao vai mais ter à sua disposiçao veículos da marca - privilégio de que dispunha sendo seu garoto propaganda. Woods usava vários automóveis da fabricante, inclusive o Cadillac que bateu contra uma árvore 2 meses atrás. Os carros já foram devolvidos para a GM


Fonte: aqui

Mais sobre Woods, aqui

14 janeiro 2010

Tiger Woods e Patrocinadores

O escândalo envolvendo o golfista Tiger Woods pode ter significado uma perda de 12 bilhões de dólares para os patrocinadores do atleta. Segundo o The Wall Street Journal (7 de janeiro de 2010, Currents -- The Numbers Guy: Misreading the Green: Study of Tiger's Toll Misses --- Attempts to Quantify the Economic Impact of News Events Often Amount to Long Shots; the Traps of Interpreting Market Reaction, Carl Bialik, A13) este valor corresponde ao resultado obtido por pesquisadores do EUA ao comparar o valor dos patrocinadores antes e depois dos problemas enfrentados pelo golfista.

Na prática, estudos como este possuem uma série de limitações, pela dificuldade de separar o evento estudado – o escândalo – com o comportamento do mercado. Por exemplo, as ações da Pepsi, que patrocinava Woods através do Gatorade, sofreram uma redução na semana do escândalo. Entretanto, naquele momento a empresa também anunciava uma revisão, para baixo, da receita e do lucro previsto. Deste modo, o valor de 12 bilhões é uma estimativa que depende do tamanho da amostra, que neste caso é reduzido, que prejudica as conclusões.

16 novembro 2009

Olimpíadas e Retorno das Empresas

Parceiros olímpicos levam medalha de ouro
Guilherme Guimarães - Brasil Econômico - 16/11/09

Muito tem-se falado sobre as oportunidades de investimento que a Copa do Mundo do Brasil em 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016 trarão para o Brasil e quais os setores da economia serão os maiores beneficiados.

Isso, com certeza, abre um grande leque de oportunidades para as pessoas que querem ver seu dinheiro multiplicado em investimentos também na bolsa de valores.

Um ponto a mais para os investidores manterem seus bolsos atentos serão as negociações de patrocínio que os Comitês organizadores empreenderão nesses próximos 4 anos (para a Copa do Mundo) e 6 anos (para a Olimpíada).

Um estudo realizado pelo site Chart of the Day (Gráfico do Dia, na tradução livre), especializado em análises financeiras, apontou que o Dow Jones Summer/Winter Games Index, que inclui as ações dos 36 patrocinadores e fornecedores dos Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver 2010, cresceram 34% desde 22 de dezembro do ano passado, 11% acima do Standard & Poor's 500 Index e 7% acima do MSCIWorld Index. [1]

Empresas nacionais em destaque

Dentro do índice olímpico, destacaram-se, principalmente, empresas canadenses, como o Royal Bank of Canada, que cresceu 63% e a mineradora Teck Resources, fornecedora do material para as medalhas dos Jogos de Vancouver, que multiplicou por seis o seu valor de mercado.

Obviamente que não é só o fato de serem patrocinadores que fez com que essas empresas conseguissem esse crescimento. Os resultados apresentados é que o fazem.

Porém, como afirma Michael Payne, ex-diretor de marketing do Comitê Olímpico Internacional e principal idealizador do atual programa de marketing da Olimpíada, que trabalhou como consultor da candidatura do Rio para sede das Olimpíadas de 2016, em seu livro Olympic Turnaround, "patrocinadores olímpicos comumente têm performances melhores do que o padrão".

Opinião corroborada por especialistas brasileiros. Kelly Trentini, analista de investimentos da SLW Corretora, acredita que a maior visibilidade dos patrocinadores nesse período deve alavancar negócios e gerar um aumento no valor das ações.

Trentini lembra que, no dia do anúncio da vitória do Rio a performance da Bovespa como um todo foi impactada positivamente, mas empresas de construção, energia e telefonia tiveram destaque ainda maior. [2]

Atenção no longo prazo

Lucas Reñe Copelli, sócio diretor da Vallua, consultoria de gestão e reestruração de empresas, concorda que esse crescimento diferenciado no curto prazo dos patrocinadores também deverá ocorrer no Brasil. No entanto, o executivo entende que para o longo prazo o resultado do patrocínio e a forma como as empresas o utilizarão exercerão grande influência em seus resultados.

O fato dos proprietários de grandes eventos, como a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional, obrigarem os países e cidades-sede a bloquearem os
meios de comunicação antes, durante e depois da realização dos mesmos, para seus parceiros, facilita esse trabalho.

Porém, Copelli lembra que os grandes aportes necessários para tais parcerias podem impactar negativamente o resultado das empresas, caso as
mesmas não tenham um plano consistente e integrado de utilização da associação com os eventos.


[1] Grifo do blog
[2] Existe aqui uma confusão. O texto fala de patrocinadores olímpicos. O exemplo citado são de setores que seriam influenciados pela escolha dos Jogos.