Definição de "e"
07 maio 2023
05 agosto 2021
Bonilla e um exemplo de decisão financeira
Uma história interessante sobre um jogador que está recebendo sem jogar. É nos Estados Unidos e no beisebol
Todos tem uma data que consideram especial. Pode ser o aniversário, bodas de casamento ou uma festividade como o Natal. No caso do ex-jogador de beisebol, Bobby Bonilla, seu dia favorito é 1º de julho. Isso porque desde 2001, quando aposentou o bastão, o New York Mets, da MLB, liga profissional de beisebol dos Estados Unidos, paga a ele mais de US$ 1 milhão (R$ 5 milhões). Mas para entender essa história, é preciso conhecer seu contexto.
Bonilla começou sua carreira na MLB, a principal liga de beisebol nos EUA, em 1986. Passou por diversos times, incluindo os Mets, até voltar à equipe em 1998. Campeão pelo Miami Marlins no ano anterior, o terceira base decepcionou em Nova York, tendo vários atritos com o técnico Bobby Valentine. Porém, o momento decisivo que causou a rescisão do contrato do atleta ocorreu quando, em meio à eliminação do time nos playoffs, ele e um companheiro estariam jogando cartas no banco de reservas.
No total, o jogador embolsará mais de U$S 30 milhões (R$ 149 milhões) até 2035, momento em que ele receberá a última parcela desse negócio maluco. A taxa de juros é de incríveis 8% ao ano [1]. Mas não pense que essa é a parte mais surpreendente do caso. Os Mets apenas aceitaram pagar essa quantia muito maior porque Fred Wilpon e Saul Katz, donos do time, fizeram negócio com Bernie Madoff, mentor do maior esquema de pirâmide da história [2].
Naquele tempo, os mandatários afirmaram desconhecer a fraude. Por isso, concordaram que adiariam as parcelas do pagamento de Bonilla e o pagariam com os rendimentos do investimento gerenciado por Madoff. O resultado foi um prejuízo estimado em US$ 65 bilhões (R$ 322 bilhões), que 'caiu no colo' de mais de 3 milhões de pessoas, incluindo Wilpon e Katz. Após o escândalo, os Mets tiveram que fazer diversos ajustes financeiros para lidar com as dívidas, e Bernie Madoff foi condenado a 150 anos de prisão, onde morreu em abril deste ano.
Já Bobby Bonilla tem seu dinheiro garantido pela franquia até completar 72 anos. Aliás, o ex-jogador arruma maneiras de lucrar mais, participando de comerciais onde faz piadas com a situação. É por conta de toda essa loucura que, em 1º de julho, se comemora o 'Bobby Bonilla Day', uma data criada pelos torcedores para, ironicamente, lidar com um acordo que entra certamente para a lista de piores do esporte.
Os Mets, por sua vez, arrumaram uma maneira de tirar proveito dos erros do passado e convidou Bonilla para ser o anfitrião de um evento em parceria com a Airbnb, que oferece aos fãs a oportunidade de se hospedarem em um quadro decorado dentro do Citi Field, casa da equipe.
Rafael Sant'Ana, especial para o Estadão - 01 de julho de 2021
06 junho 2017
Matemática Financeira e a multa da JBS
O jornal usou os préstimos de uma empresa de gestão de recursos chamada Quantitas. Estes concluíram que a multa deve sair pela metade do valor originalmente acertado. O cálculo feito é o seguinte: o valor será corrigido pela inflação somente, sem incluir uma taxa de juros, ao contrário do acordo da Odebrecht, que será corrigido pela Selic. Assim, se a empresa aplicar os recursos que serão usados para pagar a multa em NTN-B, um investimento do próprio governo, corrigido pelo IPCA mais juros, os recursos gerados seriam suficientes para reduzir o impacto da dívida pela metade. Ou, se a empresa aplicar R$5,158 bilhões hoje nestes títulos, os recursos serão suficientes para efetuar todo pagamento.
(Em matemática financeira, seria descobrir o valor presente - que neste caso é de R$5,158 bilhões - que será igualado as anuidades ou pagamentos a serem realizados pela empresa, a taxa de juros)
É um cálculo simples que assume uma hipótese: a taxa de juros do título público deverá continuar nos atuais níveis. Se ocorrer um aumento na taxa, o valor irá reduzir; existindo uma redução, como parece ser possível, o valor a ser aplicado deverá ser maior.
De qualquer forma, o texto mostra que o MPF precisa contratar aulas de reforço de matemática financeira para seus negociadores.
08 agosto 2013
A volta do sistema Price
O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, porém, resgataram a tabela Price do ostracismo. Os bancos retomaram o uso da tabela, ainda de forma incipiente, no programa de financiamento habitacional do governo, o Minha Casa, Minha Vida. A vantagem de ressuscitar a tabela Price, que tem agradado às incorporadoras, é que a metodologia facilita enquadrar quem tem renda menor nas regras do programa. Também aumenta o poder de compra de quem já estava habilitado a participar e que passa, por isso, a ser capaz de financiar imóveis mais caros.
De acordo com cálculos da Associação Brasileira das Incorporadoras (Abrainc), considerando um imóvel de mesmo valor, a renda necessária do tomador para um financiamento pela tabela Price é 35% menor do que se o crédito fosse concedido seguindo o Sistema de Amortização Constante (SAC), a metodologia mais comum no crédito imobiliário hoje.
A razão é a diferença entre os valores máximos da prestação mensal em cada sistema. Como o SAC conta com uma parcela maior no começo, fica maior também a renda exigida do tomador. Ne regra do SAC, a parcela mensal vai caindo ao longo do contrato, uma vez que a fatia de amortização do principal é constante e os juros, decrescentes. (...)
BB e Caixa reabilitam tabela Price para o crédito - Valor Econômico - 07/08/2013
01 maio 2013
Educação Financeira e Custo do Financiamento
In this paper, we examine high-cost methods of borrowing in the United States, such as payday loans, pawn shops, auto title loans, refund anticipation loans, and rent-to-own shops, and offer a portrait of borrowers who use these methods. Considering a representative sample of more than 26,000 respondents, we find that about one in four Americans has used one of these methods in the past five years. Moreover, many young adults engage in high-cost borrowing: 34 percent of young respondents (aged 18–34) and 43 percent of young respondents with a high school degree have used one of these methods. Using well-tested questions to measure financial literacy, we document that most high-cost borrowers display very low levels of financial literacy, i.e., they lack numeracy and do not possess knowledge of basic financial concepts. Most importantly, we find that those who are more financially literate are much less likely to have engaged in high-cost borrowing. Our empirical work shows that it is not only the shocks inflicted by the financial crisis or the structure of the financial system but that the level of financial literacy also plays a role in explaining why so many individuals have made use of high-cost borrowing methods.
Fonte: Financial Literacy and High-Cost Borrowing in the United States.
05 setembro 2012
Bradesco
De acordo com a decisão, serão acrescidos ao valor extraviado juros simples e não mais compostos. O julgamento da ação rescisória proposta pelo banco começou no dia 20 de agosto, mas foi suspensa porque o desembargador Cláudio de Mello Tavares pediu vista dos autos. Na ocasião, a relatora do processo, desembargadora Nilza Bittar, acolheu pedido do Bradesco, afastando os juros compostos.
Se não bastasse a ignorância da justiça ao determinar a correção usando a taxa de juros do mercado, fazendo com que a dívida original tornasse impagável (lembrando, R$1 trilhão corresponde a 17 vezes a receita anual do Bradesco), a nova decisão comete outro erro: mudou a multa para juros simples. Este regime de capitalização só existe nos livros de matemática financeira e na justiça brasileira.
03 setembro 2012
Regra do 72
04 junho 2012
Imóveis 2
Os valores dos aluguéis estão em alta. Vale a pena investir num imóvel residencial para receber o rendimento mensal da locação?
Só vale a pena se o valor mensal do aluguel corresponder a, no mínimo, 0,6% do preço do imóvel (algo como 7,5% ao ano). Esse é um rendimento equivalente ao da poupança e pode ser superior ao dos fundos DI se a taxa Selic cair para 8% ao ano, como esperam muitos economistas.
O aluguel pode ser considerado um tipo de perpetuidade. Trata-se de um fluxo de caixa vinculado ao valor do imóvel. O que é interessante é que o valor do aluguel pode servir de proxy para obter o valor do imóvel.
07 abril 2011
Estranho, muito estranho...
De correntista, uma servidora pública se tornou a dona de parte de uma agência do Banco do Brasil (BB), graças a um lançamento indevido em seu cartão de crédito.
A procuradora federal [1] Alessandra Chaves Braga Guerra ganhou na Justiça o direito de comprar uma sala onde hoje funcionam os terminais de autoatendimento da instituição financeira no Gilberto Salomão, centro comercial mais tradicional do Lago Sul. (...)
A disputa começou com a cobrança de uma dívida de R$ 983 [2] , valor correspondente a três compras não realizadas por Alessandra e lançadas incorretamente na fatura pela BB Administradora de Cartões de Crédito, em julho de 2000. Ao detectar o extravio de seu cartão de crédito Mastercard, ela comunicou ao banco a perda e o possível uso por terceiros. Também registrou a ocorrência por meio de 14 cartas.
Alessandra conta no processo que ligou várias vezes para reclamar, sem sucesso. Ela pagou a conta, excluindo os valores errados. O Banco do Brasil, então, passou a enviar cobranças por telefone e correspondências, com inclusão de juros. O cartão de crédito foi cancelado e o nome de Alessandra foi incluído no Serasa. Ela reclama de ter sido submetida a constrangimentos.
A procuradora, então, ajuizou ação para declarar a inexistência do débito cobrado pelo Banco do Brasil. Ela pediu também uma indenização por dano moral. O processo transitou em julgado em 2006, com ganho de causa para ela. O Tribunal de Justiça do DF não só reconheceu que a servidora não devia nada ao cartão de crédito como também considerou que a cobrança lhe causou dano.
A Justiça determinou como compensação o pagamento de indenização de R$ 22 mil [3]. O Banco do Brasil não pagou a dívida, tampouco propôs acordo judicial na fase de execução [4]. Com a demora no desfecho do caso, a servidora pública entrou na Justiça com pedido de penhora de patrimônio da instituição financeira, como forma de obter o recebimento da vantagem que a Justiça lhe concedeu.
Penhora
Partiu de Alessandra a escolha da sala em que funciona parte da agência do Banco do Brasil para a penhora. O imóvel foi aceito em juízo e nem desta vez o Banco do Brasil teria apresentado alguma contestação [4]. Em seguida, os advogados de Alessandra pediram a avaliação da área. Um oficial de Justiça cuidou da estimativa do valor do imóvel que, segundo os representantes da servidora pública, levou em conta o mercado do Distrito Federal e o fato de a área estar ocupada pelo Banco do Brasil, o que reduziria o interesse pela sala.
O imóvel deveria ir a leilão em que qualquer pessoa poderia arrematá-lo pelo melhor lance. O preço de venda seria transferido para o banco, abatido o valor de R$ 22 mil devido a Alessandra. A Justiça [5], no entanto, acatou pedido de adjudicação feito pelos advogados de Alessandra, ou seja, deu a ela o direito de comprar a sala pelo preço avaliado durante o processo.
Alessandra e o marido, Alan Guerra, pediram empréstimos com amigos e fizeram financiamentos bancários para arrematar o bem, que hoje já está escriturado em nome da procuradora. Ou seja, ela já se tornou dona de parte da agência do Banco do Brasil no Lago Sul. Os advogados sustentam que o casal está disposto a alugar a área para o próprio Banco do Brasil, pelo preço que a instituição vizinha, o Bradesco, paga pela permanência no Gilberto Salomão. O casal aceitou dar apenas uma declaração sobre o episódio: “Foi uma vitória da Justiça. Uma servidora pública e o maior banco da América Latina foram tratados com igualdade”. [6]
Jacques Veloso, advogado de Alessandra, afirma que já não cabem mais recursos, uma vez que a ação de indenização transitou em julgado e a escritura do imóvel já está em nome da servidora. “Isso só aconteceu porque o banco sempre protelou uma solução para o caso [4]. Foi intimado e não pagou a indenização, não contestou a penhora e não questionou a avaliação do imóvel [4]. O direito não socorre a quem dorme”, afirmou o advogado.
A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou ontem que a equipe jurídica está envolvida no caso e vai recorrer da decisão porque não se conforma com a medida. Vai lançar mão de todos os meios jurídicos para contestar a transferência do bem para a procuradora federal. Em nota enviada à noite ao Correio, o BB informa que reconhece uma dívida de “pouco mais de R$ 20 mil” com a procuradora. No entanto, a instituição contesta a avaliação de R$ 300 mil porque sustenta que, em valores no mercado imobiliário, o bem valeria em torno de R$ 1,5 milhão. Por isso, alega o banco, a procuradora será alvo de uma representação na Corregedoria da Procuradoria da Fazenda Nacional “em face de suposto enriquecimento sem causa”.Cobrada indevidamente, servidora fica com agência de banco no Lago Sul - Ana Maria Campos
[1] Observem o cargo...
[2] Observem o valor...
[3] Observem o valor ...
[4] Observem a atitude do BB ...
[5] Justiça = do latim justitìa,ae '; justeza, exatidão (do peso); bondade, benignidade' (Houaiss)
[6] Existem servidores e servidores.
Veja mais sobre a notícia na próxima postagem.
Estranho, muito estranho 2 ...
a) Considerando a dívida inicial de 983 reais em julho de 2000 e usando uma taxa de desconto de 1% ao mês, o valor hoje seria R$3.583. Se a taxa utilizada for de 2% ao mês, o valor seria R$12,899, muito abaixo do valor inicial.
b) Supondo que a indenização da justiça, de R$22 mil, tenha sido julgada em julho de 2006, a 1% de taxa de desconto tem-se um valor atual de 80 mil reais. Se a taxa for de 2% ao mês, o valor será de 289 mil reais.
c) Supondo o valor de mercado de R$1,5 milhão do imóvel, em relação a dívida, de R$983, o ganho da procuradora será de 5,8% ao mês. No período não existiu investimento com este retorno.
01 outubro 2010
Juros
Levantamento do Banco Central mostra que o devedor gasta mais com juros do que com o bem adquirido em prestações
Compre juro e ganhe uma geladeira. Nenhuma loja vai atrair clientes com esse chamariz pouco convincente, mas é assim que, na prática, pessoas têm se endividado.
Estudo do Banco Central mostra que devedores gastam mais com juro nos financiamentos que com o bem adquirido. Em julho, 13,3% do salário dos brasileiros foi destinado ao pagamento de juros e 10,5% usado no abatimento da dívida. Ou seja, a maior despesa é com o banco, e não com a loja. A crescente vantagem do juro sobre a amortização do empréstimo é atribuída em parte ao boom do crédito imobiliário, que já consome 8,1% do salário dos brasileiros.
A situação em que o juro é a maior despesa dentro dos financiamentos é vista há pelo menos quatro anos. E, desde 2006, a “vantagem” dos encargos financeiros sobre o pagamento do principal tem crescido. Em julho daquele ano, 11,3% do salário era consumido pelo juro e 10,1% quitava efetivamente a dívida.
Ao ser questionado sobre o fato de o juro ter maior peso que o principal, o diretor de Política Econômica do BC, Carlos Hamilton Araújo, não demonstrou preocupação. “As taxas de inadimplência no Brasil estão caindo. Então, as pessoas estão conseguindo pagar suas dívidas”, disse.
O professor de finanças pessoais do Insper, Ricardo José de Almeida, atribui boa parte do aumento do peso dos juros nos gastos familiares à disparada dos financiamentos imobiliários. “Muitos desses empréstimos são pós-fixados. Nesse caso, juro e a correção pela TR são calculados sobre o valor do original do empréstimo. E, como esses empréstimos são muito longos, os pagamentos começam com peso maior do juro que do principal”, explica o professor.
Casa própria. No estudo, o BC afirma que o comprometimento da renda dos brasileiros com os financiamentos imobiliários mais que dobrou nos últimos anos.
Em janeiro de 2007, famílias gastavam, na média, 0,65% do salário para pagar essas prestações. Em julho de 2010, o valor aumentou para 1,03%. Mesmo com a alta, o diretor Carlos Hamilton Araújo considera o porcentual ainda “baixo” na comparação com outros países.
O levantamento mostra também que a dívida com os empréstimos imobiliários, que somava apenas 3,7% da renda anual dos brasileiros em 2007, mais que dobrou para 8,1% do salário no meio deste ano. O BC explica que o endividamento cresceu em ritmo maior que o comprometimento da renda porque os prazos foram ampliados e os juros caíram - o que reduz a parcela mensal.
O professor do Insper também chama a atenção para o fato de que a nova realidade do crédito no Brasil aumenta o gasto proporcional com juros.
Juros pesam mais que produto, diz BC - Fernando Nakagawa , Fabio Graner / BRASÍLIA
1/10/2010 - O Estado de São Paulo
29 setembro 2010
Valor do dinheiro no tempo
Como afirmado pela doutrina e jurisprudência, de forma reiterada, o pagamento feito em dinheiro ou em cartão de crédito se equivalem, pois ambos devem ser considerados como pagamento à vista.
Cristina Stringari Pasqual - Cartão é dinheiro - Brasil Econômico - 27/09/10
Sem discutir a questão legal, afirmar que uma compra no cartão equivale a um pagamento à vista é simplesmente falta de conhecimento básico de matemática financeira. Leiam Irving Fisher. (Já temos uma candidata ao prêmio Valor do Dinheiro no Tempo, deste blog)
29 maio 2010
Transbrasil
Uma reportagem da Isto É Dinheiro (Falência Turbinada, Hugo Cilo) informa que o Tribunal de Justiça de São Paulo fez felizes os antigos donos da Transbrasil. O Tribunal considerou que uma dívida de US$22,5 milhões, cobrada pela GE, eram indevidos.
Estranho, muito estranho. Além da devolução do valor em dobra da quantia cobrada, o tribunal decidiu cobrar uma indenização referente ao lucro cessante. Segundo o texto, o valor da indenização é de US$190 milhões. Estranho, muito estranho.
Prossegue o texto:
Às vésperas da falência, quando a empresa aérea ensaiava uma fusão com a americana Continental, a Merrill Lynch calculou em US$ 250 milhões o preço da Transbrasil – quantia que, segundo a consultoria Economática, em valores atuais seria de US$ 1,047 bilhão.
Vamos verificar este valor. Entre 2001, data da falência, e 2010 são nove anos. Como não sabemos como foi feita a correção, vamos obter a taxa anual usada. Para isto basta dividir o valor corrigido atual, de US$1,047 bilhão, pelo valor da empresa na época, US$250 milhões. Do resultado, para encontrar a taxa anual, é necessário extrair a raiz nove. Fazendo os cálculos, encontramos 17,25% ao ano. Se pesquisarmos no Wolfram Alpha, a inflação média dos Estados Unidos no período foi de 2,473% ao ano. Ou seja, o valor corrigido pela Economática está muito acima do razoável. Usando a taxa de inflação dos Estados Unidos, o valor final seria US$311 milhões.
O texto prossegue afirmando que quando a empresa faliu, administrava espaços nos aeroportos do país que valiam R$1,5 bilhão em direito de uso. Isto é questionável, já que os contratos talvez não possam ser considerados ativos (vide um exercício sobre isto no livro de Teoria da Contabilidade, de Niyama e Silva, capítulo Ativo).
Outro aspecto interessante da questão é que o STJ, em 2009, tinha confirmado a falência da empresa.
Finalmente, cabe perguntar: para onde irá o dinheiro recebido da indenização? Será usado para pagar as dívidas trabalhistas e fiscais?
Foto: Carlos NAscimento
15 janeiro 2010
Teste #213
Resposta do Anterior: Mappin. Fonte: Marabraz paga R$ 5 mi pela marca Mappin. Folha de São Paulo, 14/1/2010
16 dezembro 2009
Teste #196
Resposta do Anterior: O tratado é de William Stevenson (nenhuma relação com o estatístico), publicado em 1756. O auditor é de T.R., publicado em 1707. De James Mill, a superioridade do método italiano de contabilidade.
10 novembro 2009
Matemática
Se um investimento diminui 10%, é preciso um ganho de 11% para voltar ao mesmo (...). Se a queda é de 20%, deverá ter um ganho de 25% para recuperar. A queda de um terço requer uma recuperação de 50%. E se o seu investimento cai pela metade, você precisa de um casal, ou um retorno de 100%, diz o Sr. Wiener, o editor baseado em New York-based editor do Independent Adviser for Vanguard Investors.
The Cruel Math of Big Losses via The Cruel Basic Mathethematics of Losses
27 março 2007
Prazo é mais importante que juros
"Não é à toa que o consumidor sempre pergunta para o lojista em quantas vezes ele pode pagar o produto, não qual é a taxa de juros. Ele quer saber se a prestação cabe no orçamento do mês", diz Miguel de Oliveira, vice-presidente da Anefac.
(...) Em dezembro do ano passado, o prazo médio de financiamento de bens no país era de 18 meses, e o máximo, de 36 meses, segundo levantamento da Anefac. Em 2005, o prazo médio era de 16 meses, e, o máximo, de 36 meses. Em 2004, esses prazos eram de 12 meses e 24 meses, respectivamente.