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Mostrando postagens com marcador marfrig. Mostrar todas as postagens
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12 junho 2013

Seara

A operação de compra da Seara por parte da JBS trouxe algumas consequências interessantes:

1. A JBS passa a ter uma receita de 100 bilhões de reais, tornando-se a segunda maior empresa do Brasil em receita. Em geral os executivos das empresas são orientados para agregação de receita, não de valor. Isto confirma a operação de aquisição.

2. A operação irá aumentar o endividamento da JBS e reduzir o da Marfrig. O aumento de endividamento poderá gerar consequências futuras no custo da dívida da empresa. Já a Marfrig poderá reduzir seu custo de captação.

3. A operação deverá passar pelo Cade.

4. O mercado reagiu como sempre: aumento nos papéis da vendedora e redução na compradora. Em geral operação de compra não é boa para quem compra. A reação do mercado já era esperada.

16 dezembro 2011

Marfrig

O clima ficou tenso durante reunião anual realizada pelo frigorífico Marfrig, dono da marca Seara, com analistas de investimentos, promovida na segunda-feira à tarde pela Apimec (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais).


O analista e sócio da casa de análise de investimentos Empiricus, Rodolfo Amstalden, questionou os gestores do Marfrig presentes ao encontro, incluindo o presidente do grupo, Marcos Antonio Molina dos Santos, sobre a contabilidade da empresa. A Empiricus já havia levantado dúvidas sobre o balanço apresentado pela companhia no fim de novembro.(...)


“Nós recomendávamos, sim, a compra de ações do Marfrig, mas isso até o terceiro trimestre. O balanço do terceiro trimestre foi o gatilho para que passássemos a investigar a empresa de perto”, disse Amstalden, para quem é natural que os analistas mudem de opinião. “Nós avaliamos as empresas com base nas informações que estão disponíveis”.


(...) Os gestores do Marfrig responderam que as suspeitas da Empiricus deviam-se, na verdade, à forma como a variação cambial é contabilizada no balanço das empresas no exterior, e que o impacto cambial explica as mudanças no patrimônio líquido das subsidiárias do grupo fora do País e nos estoques. O dólar se valorizou 19% em relação ao real entre o segundo e o terceiro trimestre.


Amstalden acredita que os executivos do Marfrig tentaram desmerecê-lo ao sugerir, enquanto respondiam às suas perguntas, que ele não "entendia" muito bem os conceitos de contabilidade. Um dos pontos que chamaram a atenção da Empiricus e a levaram a duvidar dos números apresentados são os estoques da Marfrig, que, na avaliação da casa de análise, estariam “inflados”.


O número de abates não é condizente com as vendas, alega Amstalden. O total de cabeças abatidas é muito inferior ao que seria necessário, acrescenta. A contabilização dos números para o IFRS, sistema de normas internacionais, também é colocada em xeque. Segundo Amstalden, o IRFS pode ser usado como uma desculpa.


Aquisição de ações


Felipe Miranda, analista da Gradius, com a qual a Empiricus mantém boas relações, uniu-se a Amstalden e, além de questionar a Marfrig sobre os critérios contábeis utilizados pela companhia, também levantou suspeitas sobre as constantes aquisições de ações feitas pela corretora Umuarama, que atua em nome do frigorífico, coincidentemente nos 10 minutos finais do pregão. Essas aquisições, segundo o analista, são realizadas com o objetivo de elevar os preços do papel no fechamento.


“Já não compramos ações há um tempo. A última aquisição de ações que fizemos foi no dia 24 de novembro”, disse Marcos Antonio Molina dos Santos, presidente do Marfrig. Segundo ele, todas as informações sobre a compra de ações, incluindo o dia em que a operação foi feita e a quantidade, foram informadas às autoridades e ao mercado, de forma transparente.


De forma geral, os investidores costumam gostar quando os controladores ou as tesouraria de suas empresas compram ações, o que demonstra que eles estão dispostos a correr riscos. O problema seria se eles vendessem.

Queda de braço com analista marca reunião do Marfrig, dono da Seara

30 novembro 2011

Marfrig 2

O frigorífico Marfrig afirmou nesta segunda-feira, em resposta a um texto publicado no blog da empresa de análise de ações Empiricus Research, que suas demonstrações financeiras são auditadas por uma empresa independente e que seus balanços cumprem "plenamente todas as normas do IFRS [padrão internacional de normas contáveis, International Financial Reporting Standards]".


O texto publicado na manhã desta segunda-feira no blog da Empiricus apontava a existência de irregularidades no balanço da Marfrig. No cálculo da empresa de análise, os supostos erros do frigorífico levaram a um impacto "considerável" no patrimônio líquido da companhia.


A Marfrig afirma, entretanto, que as considerações do blog da Empiricus "carecem de fundamento" e que "em nenhum momento" recebeu "quaisquer consultas" da Empiricus. A companhia acrescentou ainda que em 2011 foi premiada pela "qualidade de suas demonstrações contábeis" pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).


Veja a íntegra da resposta da Marfrig:


"Com referencia ao artigo publicado sem identificação de autoria pelo blog Empíricos, o Grupo Marfrig esclarece que mantém canais de comunicação de voz e Internet abertos para o esclarecimento de quaisquer dúvidas dos seus acionistas e analistas de mercado, e que, em nenhum momento, recebeu qualquer consulta do blog Empíricos. A Empresa entende que cumpriu plenamente todas as normas do IRFS e que os questionamentos e considerações do blog Empíricos carecem de fundamento. As demonstrações financeiras do Grupo Marfrig são auditadas por empresa independente e a Companhia é referência em rigor técnico no setor, reconhecida pela qualidade de suas demonstrações contábeis com o Troféu Transparência 2011 da ANEFAC - Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade."


Fonte: Aqui

Marfrig 1

A Empiricus Research, empresa de análise de ações, publicou uma carta em seu blog na qual aponta a existência de irregularidades no balanço do frigorífico Marfrig. Intitulada “Carta aberta por uma Marfrig mais aberta”, o texto enumera “erros” na contabilidade feita pela empresa pelo padrão internacional de contabilidade, o International Financial Reporting Standards (IFRS).


“Regra geral, achamos que algumas importantes (e até triviais) correções de erros foram jogadas embaixo do tapete do IFRS”, afirma a carta. “Note que não há problema em fazer os ajustes. Errou, confessou, está perdoado! Mas eles teriam que ser apresentados como uma correção de erros, dentro do arcabouço da CPC 23 ”, diz o texto. CPCs são os pronunciamentos (normas) contábeis do IFRS.


“Levando em conta a agregação dos ajustes supracitados, chegamos a um impacto considerável no saldo do PL (Patrimônio Líquido) de 1 de janeiro de 2009: de R$ 379,6 milhões para a controladora e de R$ 394,3 milhões para o consolidado. Aplicando os mesmos critérios sobre a reconciliação do patrimônio líquido entre o saldo de abertura de práticas anteriores e o saldo de acordo com as CPCs em 31 de dezembro de 2009, concluímos por um impacto agregado ainda mais substancial: de R$ 525,4 milhões para a controladora e de R$ 552,0 milhões para o consolidado", afirma a carta.


"A ordem de magnitude dos valores em jogo apenas reforça a necessidade de esclarecer essas questões, de modo a dirimir ruídos na comunicação com o mercado”, escreve a Empiricus, que possui, entre os seus sócios, o investidor Marcos Elias.


A carta publicada no blog, que não está assinada, faz uso de metáforas e seu tom é, às vezes, irônico.


"Nesta carta, apresentamos - sob forma franca e aberta - os pontos de nervura que dificultam o mastigar digesto de Marfrig. Talvez sejam resultado de nossa ignorância e incompreensão, mesmas faltas que induzem alguns experientes gestores a apostar contra as ações. Talvez sejam problemas menores, irrelevantes, que não merecem carta, sequer um parágrafo. Por isso, somos tão boca quanto seremos ouvidos. Não há aqui ironia, tampouco perseguição. Há - isso sim - a vontade de esclarecer, sob vias democráticas e independentes", afirma o texto.

Fonte: IG