Translate

Mostrando postagens com marcador influência. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador influência. Mostrar todas as postagens

11 maio 2020

Socialmente contagioso


O assédio sexual é contagioso. Sabemos disso pelos estudos do movimento #MeToo. O assédio moral é contagioso. Isso foi mostrado experimentalmente. A tendência a se tornar obesa é contagiosa. Isso me surpreendeu. Quando os militares mandavam uma família para um novo posto, se fosse um município com uma taxa de obesidade 1% maior do que onde estavam, os membros adultos da família tinham 5% mais chances de se tornarem obesos no novo posto. É um efeito enorme.

Fumar é contagioso. Sabemos que o problema de beber tem um forte componente de contágio. Os calouros que recebem um colega de quarto que bebia mais no ensino médio têm muito mais  probabilidade de ter déficits significativos de notas no segundo ano, sem nenhuma outra diferença para atribuir isso.

O que surpreenderia a maioria das pessoas - mas não me surpreende de todo porque estou trabalhando nisso há tanto tempo - é que o que os outros gastam molda o que gastamos.


Em entrevista de Robert Franck sobre seu novo livro. Neste ponto, Franck cita o caso dos casamentos. Tenho observado isto: nos últimos anos, cada casamento possui "invenções" que serão copiadas nos próximos. Isto inclui os músicos, o local da cerimônia, a produção, a presença de um fotógrafo exclusivo para registrar os noivos com cada convidado,

É algo que as pessoas fazem porque outras estão fazendo.

14 julho 2016

A dificuldade das mulheres em provar competência

SÃO PAULO - Ser competente e demonstrar confiança em relação a isso é o suficiente para ser reconhecido no ambiente de trabalho? Um estudo de pesquisadoras de escolas de negócios europeias aponta que sim, mas só no caso de homens. Para ter influência nas empresas — e assim mais chance de promoção —, profissionais mulheres dependem de mais uma variável: se colegas, chefes ou subordinados gostam delas. 

Um motivo frequentemente citado para a pouca presença de mulheres em posições de liderança no mundo corporativo é a falta de confiança das profissionais dentro do ambiente de trabalho. “Em um estudo anterior, eu e minhas colegas descobrimos que mulheres costumam avaliar suas habilidades de forma precisa, enquanto os homens tendem a ser superconfiantes em relação às deles. Dessa forma, pode-­se pensar, as mulheres são menos confiantes, o que atrapalha suas chances de promoção”, escreve Margarita Mayo, uma das autoras do estudo e professora da espanhola IE Business School, em um artigo na “Harvard Business Review”. 

Fonte: Aqui
Junto com Natalia Karelaia, do Insead, e Laura Guillén, do European School of Management and Technology, Margarita desenvolveu um estudo com 236 engenheiros de uma multinacional de tecnologia. Na pesquisa, que será apresentada em uma conferência da Academy of Management em agosto, elas coletaram avaliações de desempenho 360° de engenheiros em dois aspectos: se os profissionais eram competentes e se os colegas, chefes e subordinados gostavam deles. Um ano depois, os mesmos engenheiros foram avaliados com relação ao nível de confiança que aparentavam ter e o nível de influência deles na empresa. 

Os resultados mostram que engenheiros homens que são considerados competentes também são vistos como confiantes e influentes na organização – independentemente de os colegas, chefes ou subordinados gostarem deles. Já as engenheiras mulheres que apresentaram altos níveis de competência só eram vistas como confiantes e influentes quando elas também eram consideradas “afáveis” e seus colegas gostavam delas – por razões não relacionadas à competência profissional. 

Para Margarita, os resultados indicam que encorajar mulheres a se mostrarem mais confiantes no ambiente de trabalho — além de apresentarem competência — não é suficiente para aumentar a influência delas nas organizações. “A competência dos homens se traduz diretamente em uma imagem de confiança, independentemente de os outros gostarem deles ou não. Aos mulheres, por outro lado, só conseguem ser beneficiadas pela competência quando aqueles ao seu redor gostam delas”, escrevem as autoras no estudo.

Fonte: Aqui

10 setembro 2012

Influentes

Aqui  a lista das cem pessoas mais influentes da Contabilidade. Entre os indicados, David Albrecht (blogueiro), Attmore (do GASB), Beswick (contador chefe da SEC), Hoogervorst (presidente do Iasb), Ian Mackintosh (vice chairman do Iasb), Melacon (AICPA), Caleb Newquist (do site Going Concern), Obama, Rommey, Schapiro (SEC), Seidman (Fasb), entre outros.

Deste total, 24 são mulheres, indicando que a contabilidade ainda é muito machista. Mas para provar que a lista é muito enviesada, das cem pessoas listadas, nove são de outros países. (É uma estimativa minha, já que em alguns currículos não aparece sua naturalidade).

06 novembro 2011

Importância do Blog

Ter um blog vale a pena? Esta é uma pergunta que faço constantemente. Toma muito tempo e parece uma atividade pouco reconhecida. Uma pesquisa realizada por dois estudiosos do Banco Mundial, David McKenzie e Berk Özler, analisa a influencia dos blogs na área de economia. Talvez ajude a entender melhor porque blogar.

Usando uma série de experimentos, os autores mostram que existem três efeitos. Em primeiro lugar, o blog aumenta o número de visitas e downloads em artigos científicos. Segundo, blogar aumenta a reputação do autor (e da sua instituição) em relação aos autores similares. Terceiro, alguns dos tópicos na área de economia podem sofrer influencia dos blogs.

Vamos por etapas. Em primeiro lugar, os efeitos do blog na leitura de textos acadêmicos. A figura mostra o número de downloads de um artigo desde sua publicação, em 2006, até maio de 2011. Em 2008 o texto foi citado no blog Freakonomics e o número de visualizações do resumo e de downloads por mês saltou de menos de vinte para mais de 140.

Diversos outros textos são citados no artigo, mostrando que a lembrança de um artigo científico por parte de um blog famoso tende a aumentar o número de pessoas que leem o texto.

O outro aspecto refere-se a reputação do autor. Na área de economia a atividade de blogar está associada, por exemplo, ao prestígio do economista. O texto mostra que os economistas blogueiros são vistos como “economistas favoritos”. Os autores fizeram experimentos, inclusive criando um blog (Development Impact), mas gostaria de citar uma observação feita por David Albrecht: ele tem postado textos há três anos sobre contabilidade financeira e auditoria e apesar de não ter publicado muito artigos em periódicos acadêmicos, em setembro (2011) foi considerado uma das pessoas mais influentes em contabilidade.

O terceiro tópico é sobre a importância que o blog pode exercer na política econômica. Neste caso, a conclusão dos autores é que a influencia direta é rara. Mas a pesquisa mostrou que o blog pode levantar um assunto que será mais tarde explorado pela grande imprensa. Neste caso, o blog seria um importante formador de opinião.

Leia o Texto aqui: The Impact of Economics Blogs, David McKenzie e Berk Özler

11 outubro 2011

Influentes


Na eleição dos 100 contadores mais influentes, Albrecht faz um destaque interessante sobre as pessoas constantes da lista. Nos últimos anos quatro tipos de profissionais eram lembrados: executivos de grandes empresas de CPA; reguladores governamentais; executivos da AICPA; e CEO de grandes empresas relacionadas ao trabalho do contador.

Na versão do último ano aparece uma nova categoria: professores e blogueiros.

(Agradeço ao Pedro Correa pela lembrança).

Imagem: aqui